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Nota Editorial da Revista Científica do ISCTAC Vol. 04 Nº 11 - 2017

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Academic year: 2020

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NOTA EDITORIAL

A

presente edição da Revista Científica do ISCTAC

resulta da compilação de um conjunto de traba-lhos propostos pelos professores, investigadores e estudantes da pós-graduação dos cursos ministra-dos pelo Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande. Esta edição inicia com o texto que versa sobre a importância do plano de negócio para o sucesso das pequenas e medias empresas. Texto postula que o plano de negócio é, sem dúvida, uma ferramenta essencial para a gestão do empreendimento, pois o simples exercício da ela-boração do plano de negócios implica um aprendizado, onde o empreendedor responde a perguntas mínimas refe-rentes à sobrevivência do seu empreendimento: o quê? quando? como? onde? a que custo? Este exercício tem a potencialidade de aumentar a probabilidade de longevida-de do negócio a ser longevida-desenvolvido. Dessa forma. o planea-mento é uma função estratégica, entretanto, na maioria das vezes, acaba sendo colocada em segundo plano pelos empresários, entretanto ter uma noção prévia do funciona-mento de sua empresa através do plano de negócio, já é um começo tornar esse empreendimento em sucesso no futuro próximo.

O segundo texto analisa os desafios das economias em desenvolvimento, analisando os mercados Selvagens, tendo em conta os sectores económicos. A análise aborda em tor-no dos desafios que a ecotor-nomia de Moçambique esta sujei-to no âmbisujei-to da análise das sustentabilidade financeiras que se podem pretender construir face as necessidades exequí-veis no que tange ao crescimento económico, de certa for-ma faz um estudo teórico das directrizes da sustentabilidade financeira em Moçambique, cujo objectivo consiste em pro-por estratégias de consolidação dos sectores económicos visando desafiar a pratica do comercio selvagem como um dos elementos que desintegra a valoração económica nacional, neste âmbito, recorreu-se ao método analítico e hermenêutico de forma transversal dos sectores em alusão, com vista a construção do espírito critico da economia

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Nacional. Na presente análise, o mercado selvagem esta associado aos objectivos da vinculação económica social visando a socialização das directrizes financeiras com vista a consolidar o anarquismo financeiro governamental cujo fisco as normas é a ordem da pratica.

O terceiro texto apresenta uma análise que procura discutir a relação do desenvolvimento regional e a relação entre a sustentabilidade e o lazer no espaço urbano do processo. Trata-se de uma análise nos aspectos das políticas públicas do lazer e sustentabilidade, pontuando a administração pública como o começo primordial de tratar o espaço lazer no nosso espaço urbano. A pertinência temática justifica-se pelo fato da democratização do lazer no nosso espaço urbano para a efetivação das características do lazer é necessário, antes de tudo, que ao tempo disponível corresponda um espaço disponível. As necessidades de políticas setoriais de lazer que seria a re-significação dos espaços urbanos no qual, criaria novos e revitalizaria os antigos, política habitacional, aproveitamento dos equipamentos não específicos com política de animação, preservação dos espaços urbanizados vazios, forma de planejamento mais participativo da sociedade no lazer. A reflexão constata que o lazer é um direito social integrador de todas as castas sociais e o Estado tem o dever legar de fomentar programas concretos para sua efetivação e faz parte de uma melhor qualidade de vida a sociedade e relaciona-se com o convívio melhor entre as pessoas, dando condições a melhor segurança e relações sociais.

O quarto texto discute um tema pouco consensaul entre os teóricos das relações internacionais que é a diplomacia dos atores não estatais. Em termos práticos, a autora aborda a tendência das cidades e municípios de assumirem maior autonomia e independência nos contratos internacionais com o objectivo de defender seus interesses no ambiente global. Como parte desse processo, esses governos subnacionais incorporaram instrumentos e estratégias que até então eram de exclusividade dos governos centrais. Essa internacionalização dos governos locais pode se constituir numa importante ferramenta para que atinjam seus próprios objectivos de desenvolvimento. Nesse contexto, surge o conceito de paradiplomacia, que pretende englobar o conjunto de acções que estabelecem os municípios em

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termos de relações externas. Esse fenómeno, relativamente novo, tem sido absorvido com dificuldade pelos Estados, pois a paradiplomacia questiona a exclusividade destes no relacionamento com o exterior. A pertinência de se estudar a paradiplomacia ou a inserção internacional de unidades subnacionais no cenário da política externa através da paradiplomacia, em termos mais gerais, é ressaltar o papel central da política, isto é, a capacidade de institucionalização política dos actores subnacionais para aproveitar as oportunidades que se apresentam no mundo

como uma forma de promover, sobretudo, o

desenvolvimento sócio-económico local. A proposta foi de analisar especificamente o movimento e as perspectivas da Paradiplomacia na Cidade de Dondo e Beira ambos da província de Sofala, contribuindo para o acervo existente sobre o tema e destacando as mudanças trazidas por tal processo no âmbito regional e/ou nacional, lançando mão, para tal, de uma abordagem descritiva e explicativa, a fim de que se perceba a nova dinâmica que se desenha nas relações internacionais moçambicanas por meio da actuação externa de unidades subnacionais como o município de Dondo e Beira.

O quinto texto discute os contornos da globalização e religião, com enfoque nas influências do Cristianismo protes-tante na Cultura Moçambicana. O autor apresenta uma análise crítica sob os prismas positivos e negativos da referi-da influência. O texto postula que a globalização na visão de muitos, constitui hoje sinónimo de desenvolvimento, com esta alia-se a religião, vista como um bem a ser incutido, dis-tribuído e praticado, dentro deste está o cristianismo protes-tante, que em Moçambique é notória ao seu alicerce, sua manifestação e capacidade de influência sobre as demais manifestas culturas locais. Desta feita, esta religião é uma das que mais cresce no nosso território, e trouxe, suas carac-terísticas especiais de aceitação, assimilação e manifesta-ção, quebrando igualmente um conjunto de ritos, costumes, práticas típicas de identidade de cultura localista.

O sexto texto apresenta um estudo de caso sobre a situação do acervo bibliográfico nas bibliotecas moçambi-canas feito nas Cidades de Maputo e Beira. Nas últimas décadas, observou-se um aumento exponencial de institui-ções de ensino superior, cursos e o número de estudantes. Todavia, esse crescimento não foi acompanhado pelo

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ape-trechamento das bibliotecas das universidades e das institui-ções que oferecem esse tipo de serviços, para responder às demandas de pesquisa e consulta dos acervos bibliográfi-cos. Desta feita, um estudo empírico sobre a situação da regularidade das consultas e disponibilização de títulos para a comunidade universitária é de extrema relevância.

O sétimo texto apresenta uma discussão sobre o papel das ferramentas tecnológicas ao serviço do ensino nas escolas. Os autores fazem um estudo de caso da realidade do Kit Lego. A reflexão propõe que a robótica pedagógica pode ser uma ferramenta inovadora e dinamizadora do processo de ensino/aprendizagem em uma instituição de ensino. O programa de Educação Tecnológica LEGO ZOOM permite que os papéis atribuídos aos professores e alunos se alterem, ou seja, o professor passa a ser um mediador do conhecimento adquirido pelo aluno quando esses estão em fase de estudo de caso problematizado e execução das atividades para resolução do problema. Com essa mudança, o aprendizado também ganha novas concepções, formas, e o processo de ensino-aprendizagem se dinamiza pela troca de conhecimento e percepção do aluno de aplicabilidade do conteúdo na sua vida pessoal e profissional. Para além disso, é oportuno salientar que, mesmo sendo um instrumento dinâmico, a robótica educacional, assim como qualquer outra tecnologia aplicada à educação, deve ser utilizada com critério e planejamento para que não ocorra um ensino tecnicista desprovido de elementos facilitadores da autonomia e da aprendizagem significativa. O aluno precisa levar a sério e perceber a aplicabilidade efetiva do assunto abordado em sala de aula para o seu futuro profissional e pessoal, sendo o professor a peça chave para realização de uma aula baseada em planejamento e critérios qualitativos e quantitativos.

Finalmente é apresentada a resenha da obra “A Educação Como Projecto: Desafios de Cidadania” de Emanuel Oliveira Medeiros publicada em 2010 pelo Instituto Piaget, na Colecção Horizontes Pedagógicos. A obra defende que os diversos projectos educativos só encontram sentido se forem pensados, desenvolvidos e avaliados à luz da Filosofia e da educação. O verdadeiro projecto educativo não tem um objectivo instrumental mas uma finalidade antropológica. Educação Cidadania e Projecto implicam-se mutuamente e devem configurar a pessoa

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numa dinâmica de acção reflexiva participa na Polis, de modo construtivo, crítico e prudencial. A pessoa é agente responsável pela educação cultura e cidadania. As questões da cidadania, transversais ao currículo do ensino básico e secundário exigem uma reflexão filosófica que esteja apara além das contingências do tempo, embora se situe no horizonte da vivência e compreensão reflexiva e crítica da contemporaneidade educacional.

O sétimo e último texto aborda a temática sobre os modos ou formas de resolução extrajudicial de conflitos. Devido a morosidade processual, associado a onerosidade do sistema judicial, as formas extrajudiciais de resolução de conflitos revestem-se de extrema importância para a almeja justiça nos cidadãos, em particular, e pessoas colectivas no geral, no âmbito da prossecução dos seus actos jurídicos como pessoas jurídicas. Com o presente artigo, pretende-se partilhar algumas ideias em volta da arbitragem, pois não faremos um estudo aprofundado em volta de outras formas ou modos de resolução extrajudicial de conflitos. Em termos práticos, recorrendo ao direito comparado, o estudo apre-senta uma contribuição sobre a natureza da decisão arbi-tral, procurando responder à algumas questões que se pos-sam despoletar sobre a valoração jurídica de uma decisão arbitral.

Por último, gostaríamos de reiterar que continuamos a aguardar dos prezados leitores a vossa estimada colabora-ção com críticas, sugestões e contribuições positivas e opor-tunas para a renovação da Revista Científica do ISCTAC.

O Editor Emílio J. Zeca

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