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SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ADOLESCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Revista UNIABEU, V.11, Número 27, janeiro-abril de 2018.

SINTOMAS DEPRESSIVOS EM ADOLESCENTES DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Maria Luzia da Silva Santana1 Erenice Natalia Soares de Carvalho2 Cláudia Cristina Fukuda3

Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo geral descrever os sintomas depressivos em adolescentes, identificando os níveis de sintomatologia apresentada conforme a idade e o sexo. Participaram 153 adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, de uma escola pública localizada em Planaltina, no Distrito Federal. Foram aplicados o questionário sociodemográfico, que contém sete questões que possibilitam caracterizar os participantes nos aspectos sociais e escolares, e o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), que detecta sintomas depressivos, conforme os critérios sintomáticos de Episódio Depressivo Maior. Esses instrumentos foram aplicados coletivamente em uma sala reservada para essa finalidade. Os níveis de sintomatologia depressiva foram aferidos por meio da soma dos pontos de cada item do BDI-II e foram posicionados nos níveis: mínimo, leve, moderado e grave de depressão. Na análise das diferenças entre níveis de sintomas depressivos por sexo, usou-se o Teste t. Quatro participantes apresentaram nível moderado de sintomas depressivos, e cinco adolescentes, nível grave. Desses, sete foram do sexo feminino. Encontraram-se diferenças entre os níveis de sintomas depressivos apresentados pelo sexo feminino e masculino, sendo que as adolescentes apresentaram índices de sintomatologia depressiva mais elevada que os adolescentes.

Palavras-chave: adolescentes; ensino fundamental; sintomas depressivos.

DEPRESSIVE SYMPTOMS IN ELEMENTARY SCHOOLS TEENAGERS

Abstract: This study aimed to describe the depressive symptoms in adolescents, identifying the symptoms levels presented according to the age and the gender. We studied 153 teenagers between 12 and 17 years old in a public school located in Planaltina, in the Distrito Federal. The social demographic questionnaire was applied, which contains seven questions that allow the participants characterization in social and school aspects, and the Beck Depression Inventory (BDI-II), which detects depressive symptoms according to the symptomatic criteria of Major Depressive Episode. These instruments were applied collectively in a room reserved for this purpose. The levels of depressive symptoms were measured by summing the points of each item of the BDI-II and were positioned in the levels: minimal, mild, moderate and severe depression. In the analysis of the differences between levels of depressive symptoms by gender, was used the t-Test. Four participants had a moderate level of depressive symptoms and five adolescents, a serious level. Of these, seven were female. Differences were found between the levels of depressive symptoms presented by the female and the male gender, and the girls had higher rates of depressive symptoms than the boys.

Keywords: adolescents; elementary school; depressive symptoms.

1 Doutoranda e Mestra em Psicologia (Universidade Católica de Brasília- UCB); Especialista em Educação e

Promoção da Saúde (Universidade de Brasília - UNB) e em Psicologia Social (Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC); Psicóloga (Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB); Licenciatura Plena em História (Universidade do Estado da Bahia -UNEB) e em Pedagogia (Faculdades Alfredo Nasser - UNIFAN). É Professora Assistente (DE) na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS.

2 Doutora e Mestra em Psicologia pela Universidade de Brasília – UnB- Brasil, Federação Nacional das

APAES/UNIAPE, FENAPAES, Brasil.

3 Doutora em Psicologia pela Universidade de Brasília - UnB- Brasil, Pós-Doutorando em Universidade do

Porto, UP – Portugal, Docente no Programa de Mestrado e Doutorado em Psicologia da Universidade Católica de Brasília - UCB/DF – Brasil.

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1. INTRODUÇÃO

Há possibilidades de a depressão na adolescência ocorrer de forma mascarada. Assim, ela pode ser subdiagnosticada com a presença de sintomas inespecíficos, como, por exemplo, preocupação com dores, disforia, agressividade, dores abdominais, cefaleia e baixa autoestima (FONSECA; FERREIRA; FONSECA, 2005).

Khalil et al. (2010), em uma pesquisa com 602 adolescentes do sexo feminino, estimaram a prevalência de depressão em 15,3%, conforme medida pelo Children’s Depression

Inventory – CDI –, e 13,3%, com base em entrevista clínica estruturada. No estudo, foi

observado que a fadiga e a falta de energia foram os sintomas mais comuns entre as adolescentes deprimidas. Os autores sugeriram que a cultura influencia a maneira como as adolescentes experimentam e expressam os sintomas depressivos.

De acordo com Bohman et al. (2010), as adolescentes com sintomas depressivos recorrem a consultas ambulatoriais devido a problemas somáticos, e os adolescentes demandam mais assistência ambulatorial devido ao abuso de drogas. Para Marcelli e Braconnier (2007), as adolescentes podem apresentar mal-estar devido às preocupações com a imagem do corpo, peso e dores difusas. Segundo esses pesquisadores, os adolescentes revelam sua depressão de uma forma comportamental, agressiva, descarregando sua tensão e sofrimento com a imagem negativa de si mesmos, muitas vezes dissimulada por uma aparente insolência ou reação violenta.

Observa-se que, nos últimos anos, há um número considerável de pesquisas que rastreia a depressão em adolescentes não diagnosticados. Jatobá e Bastos (2007) realizaram uma pesquisa de prevalência, de base populacional, utilizando uma amostragem aleatória e estratificada, incluindo 243 alunos do ensino fundamental e médio de 11 escolas, com idade entre 14 e 16 anos. Os resultados indicaram níveis de depressão e de ansiedade aferidas pelas escalas de Hamilton, apontando a prevalência de sintomas depressivos expressivos de 59,9% e de ansiedade de 19,9%. Além do mais, a ideação suicida/tentativa de suicídio foi mencionada por 34,3% dos adolescentes, com uma associação significativa de ideação suicida com grau leve ou moderado de sintomas depressivos e moderado de ansiedade.

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Também Silva (2011) investigou as duas variáveis entre 25 jovens com idade de 16 a 20 anos, submetidos a medidas socioeducativas na cidade de Planaltina-DF, tendo utilizado o Inventario de Ansiedade de Beck – BAI –, e o Inventário de Depressão de Beck – BDI. Os resultados revelaram níveis elevados de ansiedade e depressão, quando comparados com a média dos adolescentes no Brasil.

Os resultados do estudo de Silva (2011) apontam variação nos valores do BDI com valor mínimo de 5 pontos e máximo de 36, sendo contabilizados níveis “mínimos” de depressão em quatro participantes, “leves” em doze participantes e “grave” em um participante do estudo. Os valores do BAI variaram entre os participantes com valor mínimo de 4 pontos e máximo de 49, sendo contabilizados níveis “mínimos” de ansiedade em dois participantes, “leves” em nove participantes, “moderado” em nove e “grave” em cinco participantes do estudo.

Abaid (2008) realizou um estudo longitudinal envolvendo 127 participantes – crianças e adolescentes entre 7 e 16 anos – que viviam em abrigos de proteção na região metropolitana de Porto Alegre. Essa pesquisa investigou eventos de vida considerados estressantes, variáveis psicossociais e preditores de sintomas depressivos, tendo utilizado o Inventario de Eventos Estressores na Infância e Adolescência (IEEIA) e o CDI. Os resultados não evidenciaram diferenças significativas no escore do CDI na frequência e no impacto de eventos estressores. No referido estudo, mais de 31,5% dos participantes apresentaram escores de sintomas depressivos clinicamente significativos, sendo que nas meninas entre 7 e 12 anos escores clinicamente significativo ocorreram em mais de 45% delas. Os eventos caracterizados como preditores de depressão indicaram problemas com professores e entre pares, e a ocorrência de afastamento social, além de afastamento em relação a um dos pais.

Wathier e Dell’Aglio (2007), usando o Inventario de Eventos Estressores na Infância e Adolescência (IEEIA) e o CDI, verificaram a manifestação de sintomas depressivos e a frequência e o impacto de eventos estressores em crianças e adolescentes institucionalizados e não institucionalizados. Os participantes do estudo foram 257 crianças e adolescentes entre 7 a 16 anos, de ambos os sexos, 130 moradores de

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abrigos de proteção e 127 residentes com familiares na região metropolitana de Porto Alegre. Os resultados da pesquisa mostraram médias mais altas no grupo institucionalizado, com 17,21% do total da amostra para um provável diagnóstico de depressão. Foram encontradas diferenças entre os sexos e entre os contextos, no impacto atribuído aos eventos estressores.

Outros estudos, como as investigações de Santos (2009) e de Teodoro, Cardoso e Freitas (2010), sugerem uma possível associação entre suporte familiar e sintomas depressivos na adolescência. Santos (2009) usou a Ficha de Dados Sociodemográficos, o Inventário de Depressão de Beck-II (BDI-II) e o Inventário de Percepção de Suporte familiar (IPSF) para investigar a prevalência de indicadores de depressão em 175 adolescentes com idade entre 15 e 19 anos em Belo Horizonte e a relação com o nível de apoio e suporte familiar percebido por eles. Os resultados do estudo apontaram 21,8% da amostra com escore indicativo de depressão, no BDI-II, sendo 18,9% de depressão moderada e 2,9% de depressão grave. Apesar da correlação entre os escores do IPSF e do BDI-II ter sido fraca, a maioria dos adolescentes que apresentou escore equivalente à depressão grave ou moderada tinha uma percepção de baixo suporte familiar.

Nesse sentido, Teodoro, Cardoso e Freitas (2010) investigaram as propriedades psicométricas do Familiograma, associando os resultados de afetividade e conflito familiar com a intensidade da sintomatologia depressiva em 234 crianças e adolescentes, com idades entre 8 a 14 anos, com o uso do Familiograma e o Inventário de Depressão Infantil. Segundo o estudo, a depressão correlacionou-se negativamente com a afetividade e positivamente com o conflito, existindo associação entre relações familiares pouco afetivas e conflituosas com a intensidade dos sintomas depressivos.

O estudo transversal de Avanci, Assis e Oliveira (2008), com 1.923 alunos das 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e 1º e 2º anos do Ensino Médio de escolas públicas e privadas de um município do Rio de Janeiro, aferiu a sintomatologia depressiva por meio de itens da SRQ-20 e da escala de resiliência. Os dados demonstraram que 10% dos adolescentes apresentavam sintomatologia depressiva. No estudo, os fatores familiares que estiveram associados à depressão nos participantes foram: estrutura familiar menos preservada, formada por padrasto/madrasta ou sem figuras parentais; relacionamento

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regular/ruim entre familiares próximos; ausência ou pouca orientação familiar; pouco apoio emocional e baixa interação positiva. Além disso, a ocorrência de eventos estressantes no contexto familiar esteve relacionada à demonstração de sintomas depressivos. Dentre eles, problemas financeiros, de saúde, com o uso de álcool e drogas, relação conjugal dos pais, prisão/indiciamento de um familiar, severa violência física cometida pelo pai e pela mãe contra o adolescente, violência no contexto familiar.

A pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo, realizada por Ribeiro et al. (2007), com o objetivo de apreender as representações sociais da depressão elaboradas por crianças de uma escola da rede pública de ensino da cidade de João Pessoa – PB, sugeriu uma provável associação entre a relação familiar e depressão em adolescentes. Essa pesquisa, com amostra não probabilística, intencional e acidental, incluiu 370 crianças e adolescentes entre 7 e 12 anos.

Para selecionar os participantes da segunda etapa desse estudo, utilizou-se o Children’s

Depression Inventory – CDI. Os resultados indicaram que 22 participantes, ou seja, 5,95%

da amostra apresentou sintomatologia depressiva. Nessa etapa, adotou-se o desenho-estória como instrumento e os achados demonstraram a pessoa depressiva como isolada, sem amigos e com medo de ser rejeitada. Essas representações sociais, ancoradas na esfera psicossocial, sugeriram que os participantes com indicativo de depressão podem ter comprometimento nos laços afetivos e sociais com seus pares e familiares.

Por outro lado, a pesquisa de Monteiro, Coutinho e Araújo (2007), com abordagem de multimétodos e triangulação dos resultados, objetivou apreender as representações sociais (RS) da depressão de adolescentes com e sem sintomatologia depressiva. Os participantes do estudo foram 210 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos. As representações sociais da depressão apresentadas pelos participantes evidenciaram o quanto esta pode intervir de forma significativa na vida diária, nas relações sociais e no bem-estar geral do adolescente. Os dados da pesquisa indicaram que as representações sociais dos estudantes sem sintomatologia basearam a depressão na morte e na dor, ao passo que os adolescentes com sintomatologia depressiva basearam-se na solidão e na droga. Monteiro, Coutinho e Araújo (2007) alegam que as manifestações camufladas do sofrimento são apresentadas em forma de inquietação, rebeldia, preocupações somáticas

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e hipocondríacas, fugas, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade sobre si mesmos, condutas antissociais e impulsividade.

Ademais, o estudo de Souza et al. (2008) verificou a prevalência da sintomatologia depressiva e identificou fatores associados em 1.145 adolescentes de 11 a 15 anos, da cidade de Pelotas. Encontrou-se uma prevalência de depressão de 2,1% associada à baixa condição socioeconômica, histórico de fracasso acadêmico, ausência de prática religiosa, abuso de álcool nos últimos 30 dias e indicativo de transtorno de conduta.

De maneira aproximada, o estudo transversal de Zinn-Souza et al. (2008), com 724 estudantes, com idades entre 14 e 18 anos, do Município de São Paulo, apresentou uma prevalência de sintomas depressivos de 7,5%, com um índice mais elevado no sexo feminino. A regressão logística demonstrou os seguintes fatores associados à depressão: baixo escore na autoavaliação de saúde, gênero feminino e consumo de bebidas alcoólicas. As variáveis sociodemográficas, estilo de vida e de saúde estavam associadas aos distúrbios depressivos.

Santos (2007) realizou uma pesquisa com 132 alunos, entre 14 a 18 anos do Ensino Médio, de duas escolas, uma pública e outra particular, do interior do estado de São Paulo. O autor identificou e discutiu a relação entre o uso abusivo de álcool, a depressão e a consequência do uso no desenvolvimento cognitivo. Os instrumentos utilizados foram o AUDIT - (Alcohol Use Disorder Identification Test), o Inventário para Depressão Beck (BDI-Beck Depression Inventory) e as provas para o desenvolvimento operatório (Permutação, Combinação e Torre de Hanói). Os resultados revelaram que o consumo de álcool em excesso é significativo e que a depressão é existente; 84,3% dos sujeitos apresentaram depressão mínima, enquanto 15,8% estavam com depressão. Não foi observada, para os participantes (segunda etapa da pesquisa), uma relação favorável entre o uso de álcool, depressão e desenvolvimento cognitivo. Os resultados mostraram que houve um decréscimo cognitivo na realização das provas e maior dificuldade do grupo como um todo na prova mais elaborada, sendo que esse aspecto pode ser explicado pelo fato de que esse efeito é tardio, com possibilidade de ser agravado gradativamente.

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Por outro lado, Cruvinel (2009) pesquisou outras variáveis relacionadas ao desenvolvimento cognitivo dos estudantes, com uma amostra inicial de 157 alunos de 3ª e 4ª séries do ensino fundamental, com idade de 8 a 11 anos, de uma escola pública de Campinas. Investigaram-se variáveis cognitivas e psicossociais dos participantes com e sem sintomas de depressão. No estudo, usou-se o CDI e foram selecionadas 54 crianças, 27 com sintomas depressivos e 27 sem sintomatologia. Os participantes com e sem sintomas foram comparados em estratégias de aprendizagem, crenças de autoeficácia, autoconceito e autorregulação emocional. Os resultados indicaram que os participantes com sintomas depressivos apresentam autoconceito negativo e baixa autoeficácia. Por outro lado, outras variáveis relacionadas ao contexto escolar foram investigadas.

Cunha (2009) analisou a relação entre a vitimização entre pares no contexto escolar e a presença de sinais de depressão em 849 adolescentes, com idade média de 14,3 anos. O estudo realizou-se em quatro cidades brasileiras: Curitiba (PR), Goiânia (GO), Governador Valadares (MG) e Teresina (PI). Os participantes responderam à Escala de Agressão e Vitimização entre Pares. No estudo, os participantes envolvidos como vítimas ou agressores apresentaram escores mais altos no CDI, com elevada incidência de sinais de depressão. O percentual de participantes com sinais depressivos entre os não envolvidos foi de 1,6%, aumentando para 6,6% entre o grupo de participantes que se destacaram como vítimas e chegando a 11% entre os agressores e vítimas-agressoras.

A partir dos resultados dos estudos apresentados, é possível sugerir que há adolescentes com índice grave de sintomas depressivos sem acompanhamento. Nesse sentido, a presente pesquisa objetivou descrever os sintomas depressivos em adolescentes, identificando os níveis de sintomatologia apresentada conforme a idade e o sexo.

2. RECURSOS METODOLÓGICOS

A coleta dos dados foi realizada com uma amostra de conveniência em uma escola pública localizada em Planaltina, no Distrito Federal. Foram incluídos na pesquisa os estudantes que aceitaram participar do estudo; entregaram a autorização dos pais ou responsáveis mediante a devolução do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado; frequentaram regulamente as aulas; e responderam a todos os instrumentos aplicados.

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Os participantes foram 153 estudantes com idades entre 12 e 17 anos (͞x= 13,6; dp= 1,1), desses 66,7% do sexo feminino e 33,3% do sexo masculino. Os instrumentos usados nesse estudo foram o Questionário Sociodemográfico e o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), que é um instrumento de autoaplicação, constituído por 21 grupos de afirmações sobre sintomas depressivos que poderiam ter ocorrido nos últimos 15 dias (GORENSTEIN et al., 2011).

Na coleta dos dados foram realizados os seguintes procedimentos: os estudantes participantes da turma, aproximadamente 15 alunos por sessão, foram convidados a ir à sala reservada para aplicação dos instrumentos. Nesse espaço, eles foram acomodados e, em seguida, realizou-se a aplicação dos instrumentos. A aplicação de cada instrumento foi coletiva e ocorreu sob a orientação da pesquisadora. Foram feitas distribuição dos instrumentos com a leitura das instruções conforme os procedimentos padronizados, com prévios esclarecimentos das dúvidas colocadas pelos adolescentes, recolha e checagem do preenchimento dos instrumentos.

As informações do questionário sociodemográfico foram analisadas por meio de estatísticas descritivas que foram apresentadas na caracterização da amostra do estudo. E os níveis de depressão dos participantes foram aferidos por meio da soma dos pontos de cada item do BDI-II. Conforme as orientações especificadas no manual, os participantes foram caracterizados considerando os seguintes níveis de depressão: mínimo (pontuação total 0-13); leve (pontuação total 14-19); moderado (pontuação total 20-28); e grave (pontuação total 29-63) (GORENSTEIN et al., 2011). Foi usado Teste t para verificar as diferenças entre os escores de depressão dos adolescentes conforme o sexo. Para esse teste, adotou-se como parâmetro o nível de significância inferior a 0,05.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Conforme as orientações de Gorenstein et al. (2011), os índices de depressão podem ser considerados como: mínimo com o ponto de corte 13; leve com o ponto de corte 19; moderado com o ponto de corte 28; e grave, que poderá chegar até 63 pontos, corresponde a pontuação máxima que a pessoa poderá atingir, ao responder o BDI-II.

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Dos 153 participantes dessa pesquisa, 117 (75,5%), apresentaram nível mínimo de sintomas depressivos; 27 (17,4%) relataram índice leve de sintomatologia depressiva; 4 (2,6%) descreveram sintomas depressivos moderados; e 5 (3,2%) indicaram gravidade na sintomatologia depressiva (Tabela 1).

Tabela 1 – Níveis de sintomas depressivos por idade

Idade Níveis de sintomas depressivos

Minímo Leve Moderado Grave

12 12 (7,8%) 5 (3,3%) 2 (1,3) 1 (0,7%) 13 36 (23,5%) 15 (9,8%) 1 (0,7%) 2 (1,3%) 14 38 (24,8%) 5 (3,3%) - - 15 25 (16,4%) 1 (0,7%) 1 (0,7%) 2 (1,3%) 16 3 (2,0%) 1 (0,7%) - - 17 3 (2,0%) - - - Total 117 (76,5%) 27 (17,6%) 4 (2,6%) 5 (3,3%)

Os adolescentes com 14, 16 e 17 anos não apresentaram níveis moderado e nem grave de sintomas depressivos. Dos 43 (28,1%) adolescentes com 14 anos, 38 (24,8%) apresentaram nível mínimo e 5 (3,3%) relataram nível leve de sintomas depressivos. Dos 20 (13,1%) adolescentes com 12 anos, desses 12 (7,8%) apresentaram nível mínimo; 5 (3,3%) nível leve; 2 (1,3%) nível moderado e 1 (0,7%) nível grave de sintomas depressivos. Os 54 (35,3%) respondentes com 13 anos, desses 36 (23,5%) relataram nível mínimo; 15 (9,8%) nível leve; 1 (0,7%) nível moderado; e 2 (1,3%) grave de sintomas depressivos (Tabela 2).

Também, dos 29 (19,1%) adolescentes com 15 anos, 25 (16,4%) apresentaram nível mínimo; 1 (0,7%) demonstrou nível leve; 1 (0,7%) relatou nível moderado; e 2 (1,3%), índice grave de sintomas depressivos. Ainda não há segurança quanto às idades médias de começo da depressão na adolescência, porém, alguns autores apontam uma, provável, faixa etária de idade inicial abrangente que varia entre 13 e 19 anos de idade (BHALS, 2004).

Observou-se que o nível grave de sintomas depressivos só foi relatado pelo sexo feminino 5 (3,3%), já o nível moderado de sintomas depressivos aparece na mesma quantidade 2

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(1,3%) em ambos os sexos (Tabela 2). Esses resultados estão de acordo com os achados de Rocha et al. (2006), que encontrou indicativo de transtornos depressivos, predominantemente em estudantes do sexo feminino.

Tabela 2 – Níveis de sintomas depressivos por sexo

Níveis de sintomas depressivos Masculino

n ͦ (%) Feminino n ͦ (%) Mínimo 43 (28,1%) 74 (48,4%) Leve 6 (3,9%) 21 (13,7%) Moderado 2 (1,3%) 2 (1,3%) Grave - 5 (3,3%) Total 51 (33,3%) 102 (66,7%)

Sobre a depressão na adolescência, Bhals (2002) lembra que adolescentes nessa condição precisam de cuidados e acompanhamento especializado. Contudo, os níveis moderado e grave de sintomas depressivos rastreados nos (5,9%) adolescentes dessa pesquisa não revelam que eles tenham a depressão.

Conforme lembra Gorenstein et al. (2011), os resultados do BDI-II não demonstram somente sintomas cognitivos e afetivos, também refletem sintomas somáticos e vegetativos da depressão. Assim, alguns pacientes poderão não indicar ideias suicidas, todavia, deixaram de alimentar-se ou de dormir. Cada pessoa poderá apresentar indicativos de sintomas depressivos de forma diferente, portanto, deverá ser avaliada considerando as suas particularidades.

Outro aspecto relevante é que as escalas de autoaplicação estão sujeitas a resposta tendenciosa. Algumas pessoas poderão marcar mais sintomas do que realmente apresentam, assim, produzir pontuações altas de forma falseada, como também outras podem negar sintomas e obterem pontuações baixas (GORENSTEIN et al., 2011).

Essas considerações evidenciam a necessidade de cautela na interpretação dos dados aferidos, pois o BDI-II apenas rastreia os sintomas depressivos. Os seus resultados por si

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não representam um espelho do diagnóstico. Esse demanda um processo de avaliação ampliado e cuidadoso, principalmente no período da adolescência.

Foi realizada análise de comparação de médias, por meio do Teste t, encontraram-se diferenças entre os níveis de depressão apresentados pelo sexo feminino e masculino. O sexo feminino (͞x=12,7; dp= 6,1) demonstrou índices de depressão mais elevados que o sexo masculino (͞͞x=10,7; dp= 3,4), (t (151) = 2,18; p< 0,05).

Esses resultados estão próximos dos achados de Gorenstein et al., (2011), no estudo de validação do BDI-II, eles encontraram nas adolescentes (͞x=13,2; dp= 9,6) níveis de depressão mais altos que nos adolescentes (͞x=9,4 dp= 8,2), (t (1100) = 58,0; p< 0,001). Conforme esses pesquisadores as diferenças de gênero observadas em todas as amostras dos escores do BDI-II corroboram a literatura que discute a temática.

Esses dados se aproximaram dos resultados do estudo de Zinn-Souza et al. (2008), que encontrou uma prevalência de depressão de 7,5%, com níveis mais alto nas adolescentes. E também do estudo de Bhals (2002), que apontou a prevalência entre 3,3 a 12,4% de adolescentes com depressão. Além do mais, os resultados da presente pesquisa estão em consonância com os achados de Santos (2009), com 2,9% dos 175 adolescentes com índice grave de depressão, e o de Silva (2011), que relatou níveis elevados de depressão ao comparar com a média dos adolescentes brasileiros.

Contudo, os dados do presente estudo estão distantes dos achados de prevalência de Jatobá e Bastos (2007), que em 243 alunos verificou níveis expressivos de depressão em 59,9% deles, desses 34,3% apresentaram ideação suicida/tentativa de suicídio. Também da pesquisa de Abaid (2008), que apontou escores altos de depressão em 31,5% das 127 crianças e adolescentes em abrigos de proteção que participaram do estudo. E dos achados de Khalil et al. (2010), que numa pesquisa com 602 adolescentes egípcias do sexo feminino, estimou-se a prevalência de depressão em 15,3% e ideação suicida de 13,3% nas participantes.

No entanto, é importante ressaltar que apesar de o sexo feminino ter apresentado índices mais elevados de sintomas depressivos, por questões metodológicas, não é possível

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sugerir que houve prevalência de sintomas depressivos “graves” nas adolescentes. Esse estudo foi de caráter descritivo exploratório e o número de participantes do sexo masculino foi menor que do sexo feminino.

Também, cabe destacar que os participantes do presente estudo foram adolescentes e estudantes de uma população não clínica. Essa característica já diferencia-se da pesquisa de Abaid (2008) com adolescentes abrigadas, do estudo de Silva (2011) com adolescentes em medidas socioeducativas e a de Khalil et al. (2010) com jovens egípcias.

Dos 153 adolescentes participantes da presente pesquisa, 4 relataram nível moderado de sintomas depressivos (2 do sexo feminino e 2 do sexo masculino) e 5 adolescentes do sexo feminino apresentaram nível grave de depressão. As análises de diferenças das médias de sintomas depressivos apresentadas por esses sexos demonstraram diferenças significativas, as meninas apresentaram níveis de sintomas depressivos mais elevados que os meninos. Com isso, é possível sugerir que os sintomas depressivos estão mais presentes no sexo feminino.

De acordo a OMS (2000), o sexo feminino tem um índice mais elevado de depressão que o sexo masculino, porém elas dialogam mais sobre seus problemas e procuram ajuda, o que pode contribuir para a prevenção de atos fatais. Garber (2006) afirma que as adolescentes têm mais risco do que os adolescentes para desenvolver depressão, mas os dois sexos podem responder de maneira similar a uma intervenção. Segundo o autor, intervenções com vista à aprendizagem de resolução de conflitos, enfrentamento e comunicação interpessoal podem possibilitar benefícios para as pessoas nessa condição.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa se propôs a descrever os sintomas em adolescentes, identificando os níveis de sintomas depressivos apresentados conforme o sexo. Entre os achados, encontrados em conformidade com esses objetivos, aponta-se a presença elevada de sintomatologia depressiva em nove participantes do estudo. Desses, sete foram do sexo feminino. Quatro adolescentes relataram nível moderado de sintomas depressivos e cinco

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descreveram nível grave. Não houve diferenças significativas entre as médias nos escores de sintomas depressivos entre os sexos.

Os resultados dessa pesquisa poderão subsidiar ações interventivas em redes, considerando o nível micro e intersetorial, envolvendo escola, instituição de assistência social, religiosa e rede de saúde da área adscrita do adolescente. E poderão também, a nível macro, com políticas públicas direcionadas aos adolescentes, amenizar os sintomas depressivos e favorecer a promoção e proteção da saúde dessa população. Sugere-se a replicação desse estudo em pesquisas futuras, incluindo um número de participantes representativo dessa faixa etária e de diferentes localidades do país. Também, é interessante o uso de procedimentos metodológicos diversificados, incluindo delineamentos longitudinais, multimodais e programas avaliativos e interventivos para adolescentes com índices elevados de sintomas depressivos.

REFERÊNCIAS

ABAID, J. L. W.. Vivências adversas e depressão: um estudo sobre crianças e adolescentes institucionalizados. Porto Alegre. 2008. 89 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em:

<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13406/000641407.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14 mar. 2012.

AVANCI, J. Q.; ASSIS, S. G.; OLIVEIRA, R. V. C.. Sintomas depressivos na adolescência: estudo sobre fatores psicossociais em amostra de escolares de um município do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 10, pp. 2334-2346, out. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n10/14.pdf>. Acesso em: 15 out. 2012.

BAHLS, S. C.. Aspectos clínicos da depressão em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 78, n. 5, pp. 359-366, set./out. 2002. Disponível em:

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Submetido: 11 de julho de 2017 Aceito: 23 de janeiro de 2018

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Tabela 1 – Níveis de sintomas depressivos por idade
Tabela 2 – Níveis de sintomas depressivos por sexo  Níveis de sintomas depressivos  Masculino

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