Centro
de
Ciências AgráriasDepartamento de Aqüicultura
Relatório
de
Estágio
Supervisionado
llKarina da Silveira
Florianópolis/
SC
Universidade Federal
de
Santa Catarina Centrode
Ciências AgráriasDepartamento
de
AqüiculturaCENTRO DE
TRANSFERÊNCIA
DE
PÓS-LARVAS
DE
CAMARÃO
MARINHO DA
EQUABRAS/UNISUL
-LAGUNA
Relatório apresentado à disciplina
de
Estágio Supen/isionado IIdo nono
semestredo
Curso
de
Engenhariade
Aqüicultura da Universidade Federalde
Santa CatarinaPor Karina da Silveira
Orientador: Luis Alejandro
Vmatea
Arana Supervisor: Walter LuisMuedas
YauriEMPRESA:
Universidadedo
Sulde
Santa Catarina/UNISULFlorianópolis/SC 2003/2
oEo|cATÓR|A
Dedico esta vitória aos
meus
queridospais Valdeci l. da Silveira e Daleth G. da
AGRADECIMENTOS
Meus
sinceros agradecimentos a todas as pessoasque
estiveram presentes na minha vida acadêmica eque de
alguma forma contribuíram para a realização desta etapa.Em
especial gostariade
agradecer:Aos
meus
queridos pais pelo apoioamor
e dedicação destinados amim
em
todas as etapasda
minha vida .Aos
meus
irmãose
cunhados,em
especial a minha irmã Lidiane pelo apoio e exemplome
dado ao
longo destes anos.Aos
meus
sobrinhos simplesmente por eles existirem.Ao meu
namorado
Rodrigo por todoamor
ecompreensão
cedidos aolongo desta trajetória.
Minha
gratidãoao
Professor Doutor. Walter LuísMuedas
Yauri peloexemplo de
competência, capacidadede
trabalho, e- por toda ajudaque sempre
me
deu.
Ao
Professor Doutor Luis Alejandro Vinatea Arana pela contribuição na minha formação profissional e por ter aceitado tão prontamente o convite lhe feitopara orientar-me.
As
amigas Débora e Elaine, funcionárias da Equabras, pela amizade, forçae
ensinamentos.À
amiga
Graziela por ter estado comigo não só durante a realização desteestágio, e sim durante todos os quatro anos e meio da vida acadêmica,
sempre
me
apoiandoem
todos osmomentos.
Aos
amigos da turma 99.1 por cadamomento
vivido ao longo destes quatro anos e meiode
caminhada.A
todos osmeus
amigosque souberam compreender
a minha ausência durante todo essetempo
eque
ainda assim se aIegrara,rncom
minhas vitórias e sesolidarizaram
com
minhas angústias.suIvIÁR|o
AGRADECIMENTOS
... ... .. IIILISTA
DE
FIGURAS ... ..VLISTA
DE TABELAS
... ... .. VILISTA
DE ABREVIATURAS
... ..VIIRESUMO
... .. VIIIINTRODUÇÃO
... .. 2.cARcINIcULTURA BRASILEIRA ... .. 2.l.HIsTÓRIcO ... .. 2.2.PRODUÇÃo BRAsILEIRA... 2.3.ESPEcIE CULTIVADA ... .. 3.DEscRIÇÃODA
EMPRESA
... ..3. 1 .UNISUL (UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA) ... ..
3.2.EQUABRAS AQUICULTURA E TECNOLOGIA LTDA
uuuuuu no ..l ..2 ..2 ..3 ..5 ..7 ..7 ..8 4.INsTALAÇOEs ... ... ..1o
5.ABASTECIMENT
O
ETRATAMENTO
DA
ÁGUA
... ..6.ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
... ..6. 1 .PREPARAÇÃO Dos TANQUES DE LARVICULTURA ... ..
6.2.AcoMPANHAMENTO DA CHEGADA DAS PL's E TRANSFERÊNCIA PARA Os TANQUES DE ACLIMATAÇÃO ... ..
6.3.ACLIMATAÇÃO
DAS
PÓS-LARVASNO
CENTRO DE
TRANSFERÊNCIA ... ..6.4.CONTAGEM DA POPULAÇÃO ... ..
6.5.ROTn~1A DIÁRIA DO LABORATÓRIO ... ._
6.5.1. Controle da temperatura ...
6.5.2.Controle dasalinídade ...
6.5.3.Alimentação ... . . . . . . . . . . . . . . . ..
6.5.4.Tratamento sanitário ...
6.6.TEsTE DE QUALIDADE DAS PÓS-LARVAS .
6.7.CÁLcULO DA SOBREVIVÊNCIA ... .
6.8.DEsPEscA DE PÓS-LARVAS ...
6.9.AcLIMATAÇÕEs NAS FAZENDAS DE ENGORDA... .
6.10.SAíDAs DE CAMPO PARACOLETA DE ÁGUA...
6.1 l.CONsERvAçÃO DAS AMOSTRAS ... ... ..
6. l2.QUANTII=IcAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE zOOPLÁNcTON... ... ..
7. DISCUSSÃO ... .. 9.ANÁLISE CRÍTICA ... .. 10.coNcLUSÃO ... .. 12 15 ›-~›-‹›-I›-I `IO\\J¡UI 17 I7 18 18 20 22 23 24 28 28 29 30 32 35 36 ll.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS: ... ... ..374FIGURA 1 - ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO PARA O ANO DE 2005 ... _.4
FIGURA 2 - L/TOPENAEUS vAIvNAMEI ... ._5
FIGURA 3 - RESERVATÓRIOS ... __ 10
FIGURA 4 - TANOUES DE LARvIcUI_TURA ... __ 10
FIGURA 5 - EOLOSÃO DE ARTÊMIA ... ._ 11
FIGURA 6 - MIOROSOOPIA ... _. 11
FIGURA 7 - SALA DE DESPESOA ... ._ 11
FIGURA 8 - LABORATÓRIO DE CIENCIAS MARINHAS ... __ 11
FIGURA 9 - FI_UxOGRAMA DO .TRATAMENTO DE ÁGUA ... ._ 13
FIGURA 10 - CHEGADA DAS PÓs-LARvAs ... __ 16
FIGURA 11 - RETIRADA DAS PÓs-LARvAs Dos SACOS DE TRANSPORTES ... __ 16
FIGURA 12 - EcI.OSÃO Dos CIsTOs DE ARTEMIA ... ._ 20
FIGURA 13 - BALDES CONTENDO NÁUPLIOS DE ARTEMIA ... _. 20
FIGURA 14 - CONTAGEM DAS PÓs-LARvAs ... ._ 23
FIGURA 15 - PESCA ATRAVES DE PUÇARES ... __ 26
FIGURA 16 - TRANSFERENCIA DAS PÓs-LARvAs ... ._ 26
FIGURA 17 - SISTEMA DE AERAÇÃO _____________________________________________________________________________________________________ ._ 26
FIGURA 18 - AMOSTRAGEM DA POPULAÇÃO ... ._ 26
FIGURA 19 - CHOQUE TÉRMICO NAS PÓs-LARvAs ________________________________________________________________________________ _. 27
FIGURA 20 - CONTAGEM ... _. 27
FIGURA 21 - DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA ... ._ 27
FIGURA 22 - TRANSFERENCIA PARA CAIxAS DE TRANSPORTES ... _. 27
FIGURA 23 - CAMINHÃO DE TRANSPORTE ... _. 27
FIGURA 24 - SALA DE REAGENTES ... ._ 30
TABELA 1 - ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO BRAs|LE:RA ... ..
LISTA
DE
ABREVIATURAS
g -
gramas
ha- hectar
L- Litros
ml- mililitro
PEIMAD-
Programade
Estudos Interdisciplinares sobre Meio Ambiente e DesenvolvimentoPl's -
Pós
Larvaston.- toneladas
RESUMO
O
presente estágio teve início no dia 09 de janeirode 2003
e términoem
09
de
abrildo
mesmo
ano sendo
realizadoem
duas etapas.A
primeira etapaaconteceu no Centro
de
Transferênciade
Pós-Larvasde Camarões
Marinhos Litopenaeusvannamei da
Unisulem
parceriacom
aempresa
Equabras Aqüicultura e Tecnologia Ltda.A
segunda
aconteceu nas dependências do Programade
Estudos Interdisciplinares sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento-PEIMAD,ambos
situadosem
Laguna
-
SC.A
área escolhida para realizaçãodo
Estágio Supen/isionado ll foi a Carcinicultura,devido a
uma
grande identificaçãocom
essa atividadeao
longodo
curso, motivado pelo seu notável crescimentoem
Santa Catarina, destacando a cidadede Laguna
como
o maior pólo deste desenvolvimento.Na
primeira etapa foram desenvolvidas atividades tais como: aclimatações das pl's10 vindas
do
RioGrande do
Norte, rotinas diáriasdo
laboratório, aclimatações daspl's
em
fazendasde
engorda. Teve-se ainda a oportunidadede
conhecer ossistemas
de
filtração, captação, aquecimento,bombeamento,
tratamentoda
água,etc. Já na
segunda
etapa foram realizadas saídasde
campo
com
a finalidadede
coletarágua
dos viveiros de engorda decamarão
para posterior análise dos parâmetros físico-químicos etambém
análise qualitativae
quantitativa dezooplâncton, visando determinar seus picos
de
aparecimento durante o ciclo.O
referido estágio foi válido, pois alémde
reforçar os conhecimentos obtidos durante os quatroanos do
curso, trouxe novos ensinamentos, ampliando de maneira significativa minha experiênciaem
Iarviculturade
camarões.Além
disso, vivificou-sea realidade das fazendas
de
engorda da cidadede
Laguna,dando
uma
dimensão
ainda maior aos conhecimentos obtidos durante o estágio. Contudo, houve a constataçãodo
crescimento da carcinicultura na região,bem
como
suas deficiências. Evidenciando desta maneira a faltade
profissionais capacitados para contribuircom
Graças dentre outras razões, aos seus 561,4 quilômetros
de
costa, ao seu potencial hídricode águas
interiores, à sua estrutura fundiária e à utilizaçãode
tecnologias apropriadas, Santa Catarina
vem
se destacando na aqüicultura dentrodo
cenário brasileiro,que
atualmente confereao
estadouma
posiçãode
referência nacionalem
cultivode
ostras, mexilhões,camarões
e pisciculturade
águasinteriores.(Guimaraes,2002)
Os
resultados obtidos nos cultivoscom
o Lítopenaeusvannamei
em
SantaCatarina superaram as expectativas de produção, fato
que
refletiu-se na taxa de crescimento das áreasde
cultivode
camarão
no estado.Com
todoo
crescimentoda
carcinicultura catarinense, a Unisul passou ater interesse por esta atividade, tanto na parte de produção,
onde firmou
uma
parceriacom
a Equabras na instalaçãode
um
Laboratóriode
Transferênciade
Pós- Larvasde
Camarões
Marinhos, visando atender ademanda
de
pl'sem
SantaCatarina.
Quanto
na partede
pesquisas, atravésdo Programa de
EstudoInterdisciplinares Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento-
PEIMAD,
visando contribuircom
a sustentabilidade desta atividade, atravésde
apoio a pesquisa nesta área.Em
conseqüência disso optou-se por fazer o estágio na Universidadedo
Sulde
Santa Catarina.O
presente relatório descreve o trabalho desenvolvido no âmbito doestágio profissionalizante
do
Cursode
Engenhariade
Aqüicultura da Universidade Federalde
Santa Catarina, contandocom
a supervisão e orientaçãodo
professor pesquisador Dr. Walter LuisMuedas
Yauri.E
também
com
a orientaçãodo
professorDr. Luis Alejandro Vinatea Arana.
Durante o periodo deste estágio teve-se a oportunidade
de
conhecer a realidadede
carcinicutura, seu crescimento e suas dificuldades. Contudo foi válido,pois ampliou o conhecimento obtido durante o curso e tornou-nos mais preparados para
que
chegando
aomercado de
trabalho, sejamos capazesde
contribuircom
o2.CARCINICULTURA BRASILEIRA
2.1.H|sTÓR|co
A
atividade da carcinicultura iniciou nadécada de
70. Porém, a práticado
cultivode camarões
em
termos empresariaissomente
teve inicio nos anos 80,com
o uso da espécie exóticaPenaeus
japonicus.Em
meados
dessa década, devido a faltade
pesquisasque
possibilitassem o alcancede
uma
produtividadeeconomicamente
aceitável e ante a inaptidão
do
P. japonicus às baixas salinidades, a carcinicultura brasileira redirecionou seus objetivos para as espécies nativas P. subtílis, P. schmitti, P. brasiliensis e P. paulensis. Entretanto, a baixa produtividade e a pouca lucratividade dessas espécies provocaram a desativação e a reconversão a salinasde
diversas fazendas na região Nordeste. (Ministério da Agricultura e do abastecimento, 2003)Na
década de
oitenta foi decisiva aopção
pelo cultivodo
Litopenaeusvannamei, espécie exótica
com
capacidadede
adaptação às mais variadas condiçõese
locaisde
cultivo, oque
contribuiu para elevá-la à condiçãode
principalespécie da carcinicultura brasileira.
O
domíniodo
ciclo reprodutivo e da produçãode
pós-larvas resultouem
auto-suficiência e regularizaçãode
sua oferta, consolidando atecnologia de formação
de
plantéisem
cativeiro. (Ministérioda
Agricultura edo
abastecimento, 2003)Entretanto a dependência das importações,
que
constituíam veiculosde
introduçãode
doenças eque
ocasionavam irregularidades na ofertade
pós-larvas, refletia negativamente nodesempenho
global da atividade. Entretanto, a qualidadedo
alimento balanceado,que
em
passado recente representouum
fator limitantepara o
aumento
da produtividade dos viveiros, atualmente revelauma
pequena
melhora. (Ministério da Agricultura e do abastecimento, 2003)Com
efeito, a melhor qualidade das rações comerciaistem
sido decisivapara o crescente
aumento de
produtividade dos empreendimentos camaroeiros nacionais, cuja maioria já usa a tecnologia das bandejas-comedouros fixasbeneficiando-se da significativa redução da quantidade
de
ração ofertadaem
relaçãoao peso final dos
camarões
(conversão alimentar), além dos acréscimos nosganhos
social e ambiental _ (Ministério da Agriculturae do
abastecimento, 2003)Hoje
em
dia, o paíscomeça
a viver o alcanceda
auto-suficiência na produçãode
pós-Ian/as, a ofertade
uma
raçãode
qualidade e o despertardo
setor produtivo para a importânciada
qualidadedo
produto final. Estas condições projetam a carcinicultura marinhaem
direção aomercado
externo, cujas condições dedemanda
e preço são altamente favoráveis,com
um
potencial extraordinário de geraçãode
divisas para o desenvolvimentodo
país. (Ministérioda
Agricultura edo
abastecimento, 2003)
A
firme
tendênciade
consolidaçãodo
setorem
condições técnicas,economicamente
viáveise
altamente Iucrativas, permite vislumbrar, a curto prazo, apossibilidade
do
Brasil se tornarum
dos principais produtores mundiaisde camarão
marinho cultivado, especialmentequando
os setores públicoe
privado seunem
em
proldo
desenvolvimento sustentável.2.2.PRoDuçÃo
BRAs||.E|RA
A
carcinicultura marinha brasileiravem
se desenvolvendo, basicamente,com
o
cultivo da espécie exótica L. vannamei, cuja tecnologiade
reproduçãoe
engorda já está,
em
grande parte, consolidada.A
produçãode
pós-larvas, graçasao
esforço concentrado da iniciativa privada, já alcançou a auto-suficiência.
As
rações balanceadas disponiveis no Brasil, apesarde
ainda deixaremalgum
espaço paramelhoria
de
qualidade e maior competitividade,vêm
contribuindo para a obtençãode
altos niveis
de
produtividade dos viveiros. (Ministério da Agricultura e doabastecimento, 2003)
Com
as recentes medidasde
ajuste cambial, omercado
internacional docamarão
volta a atrair a atenção do setor, oque
certamente levará à diminuição dodéficit
que
registra a balança comercialde
pescado. (Ministérioda
Agriculturae do
A
produção brasileirado
camarão
marinho cultivado,embora
ainda incipiente, secomparada
ade
outros países produtores,vem
aumentando
há cinco anos. Projetando o crescimento ocorrido nos últimos anos para oano
2005, alcançar-se-ia
uma
produção estimadade
160000 ton.em
20000
há.( Tabela 1)(Figura 1).
Tabela 1 - Estimativa da Produção Brasileira
(ABCC
2002)ANO
ÁREA
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005180000
9 9000 "_ 8, li __ 800040000
_
7.05 15B
1000 1 6'429 1zo.ooo-
5.45 - 6000120000
4106
100000
eo.ooo J _ 5000aoooof
v*-4000
60000»
2885 ~~3°°°
40000
"
1"
25°°°4°H
ao 917.00 2000
_ 2000 5200 - 140 0 ' ..a 11.o - _,20000 327250
150032' a.5E
0 U 10000
0 ` 01998 1999 2000
2001 2002* 2003* 2004* 2005*
íllireu
ha) lí.lPf‹›auz;â‹›( T) -¡-Proóutiviaaóa (Kg/nzlzno)A
evoluçãoda
carcinicultura brasileira mostra, nos últimos tempos,uma
apreciávelmudança
noque
concerne à estratificação dotamanho
dos projetosprodutivos.
A
tecnologia, inicialmente desenvolvida pêlos médiose
grandes empreendimentos, estásendo
repassada para opequeno
produtor. ilustrando esta situação o fatode
pertencerem apequenos
produtores85%
dos projetos atualmenteem
operação, os quais,em
conjunto, já apresentamuma
área implantada maiorque
a da totalidade dos projetosde tamanho
médio. (Ministérioda
Agricultura edo
abastecimento, 2003)
2.3.ESPÉCIE
CULTIVADA
O
Lítopenaeusvannamei
(Figura 2),também
conhecidocomo
camarão
branco do Pacífico,
é
atualmente a única espéciede camarão
marinho cultivada comercialmente no Brasil. Isto se deve a sua boa adaptação, rusticidade ecrescimento
em
todas as fasesdo
processo produtivo. (Ministério da Agricultura e Abastecimento, 2002)Apesar
de
seruma
espécie exótica ao litoral brasileiro, as pós lan/asdo
L.vanname¡ são hoje produzidasem
larga escala no país, atravésde
trinta unidadesde
Larviculturas.(Tabela 2)Tabela 2 - Unidades de Larviculturas Brasileiras
(ABCC,
2002)O
camarão
brancodo
Pacifico aceita facilmente rações peletizadas durante a engorda e tolerauma
ampla
variação na salinidadeda
água,de
0,5 a 65%o.
Este peneídeo está entre as cinco espécies
de camarões
marinhos cultivados nomundo
e
em
funçãoda
sua típica coloração, apresentauma
alta3.DEscR|çÃo
DA
E|v|PREsA
3.1.UNISUL
(UNIVERSIDADE
DO
SUL DE
SANTA
CATARINA)
A
história da Unisulcomeça
em
1964. Neste ano,em
Tubarão foi aberto ocurso
de
Ciências Econômicas, embrião daFundação
Educacional do Sulde
SantaCatarina
- FESSC,
que
em
1989 se tornaria a Universidadedo
Sul de SantaCatarina-
UNISUL.
(www.unisul.br)Hoje a Unisul é
uma
instituição consolidada tanto no Suldo
Estado quanto na região metropolitana da capital. (wvvw.unisuI.br)A
Unisul visa a liberdadee
a responsabilidade.Os
núcleos e gruposde
pesquisatêm
flexibilidade para usar os recursos,bem
como
para buscar ascomplementações
e parcerias externasque
considerarem mais interessantes.(vwvw.unisuI.br)
Não
são estabelecidas áreas prioritárias ou excludentes para a pesquisa.visando manter
um
ambiente institucionalque
favoreça a criação e odesenvolvimento
de
gruposde
pesquisas competentes, conseqüentes e pró-ativos. (wvvw.unisul.br)Têm
alcançado destaque grupose
núcleosem
áreas taiscomo
Supervisão Automáticade
Sistemas (robôs), Biologia Molecular (com
destaque para estudos devariações de
HIV
em
Santa Catarina), Qualidadede
Água
(estudosde
sedimentospróximos
de
plataformasde
extração de petróleo e presençade
metais pesadosem
bacias locais),este último situadoem
Laguna, localonde
foi realizado o estágio.(wvwv.unisul.br)
Por seus resultados, estes grupos e núcleos estão recebendo apoio
de
instituições públicas e privadas
como
oCNPq
- Conselho Nacionalde
Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
CASAN
-Companhia
deÁguas
eSaneamento de
Santa Catarina,IPHAN
- lnstitutode
Patrimônio Histórico e ArtísticoFINEP-Financiadora
de
Estudos e Projetos, principal agência de financiamento à ciência etecnologia no País, SAP, IDS - Scheer, e outras. (www.unisul.br)
Visto
que
o desenvolvimento econômico e socialde
Santa Catarina passapela criação
de
novas empresas, a Unisul busca parcerias, visando inovaçãotecnológica e ampliação
de
conhecimentos. Neste intuito no anode
2002firmou
uma
parceria
com
aempresa
Equabras Aqüicultura e Tecnologia Ltda. para a formaçãode
um
Laboratóriode
Transferênciade
Pós-Larvas doCamarão
Litopenaeus vannamei. Laboratório esteque
seria osegundo do
estado responsável pelaprodução
de
pós - larvas deste peneídeo.3.2.EQUABRAS
AQUICULTURA
E
TECNOLOGIA
LTDA
A
Equabras éuma
empresa
formada por engenheiroscom
mais de 18 anosde
experiência na atividade do cultivode camarões
a nível internacional,com
especial atuação no Equador, Brasil e paises
da
Centroamérica.(wvvw.equabras.com.br)
Esta
empresa
foi constituida noano de
1997 inicialmente atuando nosegmento de venda de
pós-lan/asde camarões da
espécie Litopenaeus vannamei, apartir daí foi crescendo e ampliando suas instalações. Muitos projetos foram
consolidados até chegar a quatro novas unidades
de
produçãode
pl's, atendendodemandas
desde
oMaranhão
até Santa Catarina. (wvwv.equabras.com.br)Novos
empreendimentosem
implantação na áreade
laboratórios, fazendas de engorda, frigorificos para beneficiamento e fábricasde
rações balanceadas deverão se consolidarem
pouco
tempo.Fazendo
com
que
a Equabras possuauma
produção integrada verticalmentedesde
os insumos básicos (pós larvase ração), o produto (engorda), beneficiamento e comercialização no
mercado
nacional e internacionaldo
camarão. (wvvvv.equabras.com.br)As
pós-larvas e náuplios produzidos pela Equabras são comercializadosem
todo o Brasil, tendo disponibilidade contínua durante todos osmeses
do ano. Estaspassam
porum
rigoroso controlede
qualidadedesde
a fontede
reprodutores, a nutrição adequada, amanutenção
das condições de qualidadeda
água
e manejossanitários, permitindo
que
os produtoresobtenham
excelentes resultadosem
produtividade nos viveirosde
engorda. (vwvvv.equabras.com.br)A
produçãode
pós lan/as destaempresa
está estruturadada
seguinte forma:Laboratório EL1: Larvicultura - Praia
de
Barreta, Nísia Floresta/RN-Capacidade:
40
milhõesde
pós-larvas/mês.Laboratório EL2: Larvicultura e Maturação - Praia
de
Barreta, NísiaFloresta/RN - Capacidade: 55 milhões
de
pós-Ian/as/mês e600
milhões denáuplios/mês.
Laboratório EL3: Larvicultura - Praia
de
Uruaru, Beberibe/Ceará -Capacidade atual: 55 milhões
de
pós-larvas/mês - Ampliação: 80 milhões de pós-lan/as/mês.
Laboratório EL4: Lan/icultura e Maturação - Praia
de
Carnaubinhas,Touros/RN - Capacidade atual: 100 milhões
de
pós-Ian/as/mês e 550 milhõesde
náuplios/mês - Ampliação: 150 milhões
de
pós-larvas/mês e800
milhõesde
náuplios/mês.
Laboratório EL5: Larvicultura - Laguna, Santa Catarina - Capacidade:
40
milhõesde
Pós
- Iarvaslmês.Laboratório EL6: Larvicultura - Canavieiras, Bahia - Capacidade inicial: 50
milhões de
Pós
- larvas/mês.Laboratório EL7: Larvicultura - Pirambu/Sergipe - Capacidade inicial: 50
milhões
de Pós
- larvas/mês (previsão para outubrode
2003).4.|NsTALAçõEs
O
Centrode
transferênciade
Pós-Larvasde
Camarão
Marinho da Unisul/ Equabrás situa-se na AvenidaMachado
Salles, 84, centro da cidade de Laguna.Este foi construido no prédio
onde
funcionou aempresa
Nipo - BrasileiraPescados, visando reaproveitar o local
que
há muitotempo
estava abandonado.O
Centro possuiuma
casade
bombas
e filtros, situada na parte externa. Quatro reservatóriosde água
com
capacidadede
abastecimento de 100 ton. cada(Figura 3),
sendo
dois destinadosao
afluentee
doisao
efluente.Uma
unidadede
Ian/icultura constituída por dezesseis tanques
de
fibracom
capacidadede
20 ton. cadaum
(Figura 4).Uma
sala para o setor de artêmia (Figura 5),uma
salade
microscopia (Figura 6),
onde
eraarmazenada
a ração, a biomassade
artêmia alémde
possuirum
quadrode
controle dos parâmetrose
alimentação,um
depósito, euma
sala para despesca (Figura 7).A
Segunda
etapado
estágio foi realizada nas dependênciasdo
PEIMAD-
Programa de
Estudos Interdisciplinares sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,juntamente
com
o Laboratóriode
Ciências Marinhasda
Unisul (Figura 8),ambos
situados no
mesmo
endereço do Centrode
Transferênciade
Pós-Lan/as.Figura 6 _ Miu-oscopia Figura 7 - Sala de Despesca
L
> 1?W
5.ABASTECIMENTO
E
TRATAMENTO DA
ÁGUA
O
Sistemade
Abastecimento dos reservatórios acontece da seguinte forma: aágua
ébombeada
quando
amaré
está crescendo, e passa por processos de filtragem (500 micras), antes de entrar nos reservatórios. Imediatamente após a entradada água
nos reservatórios, esta passa por processos de tratamento químicoque
consiste na cloração, visando esterilizar a água,matando
qualquer organismo indesejável, aeração e sedimentaçáode
partículasem
suspensão.Após 24
horasde armazenamento e
tratamento daágua
nos reservatórios,a
mesma
é conduzida, porbombeamento,
para o sistemade
filtragem e aquecimento.O
referido sistema contacom
filtrosde
100, 50 e 1 micras,que
sãoadequados
à retirada das partículasem
suspensão. Conta aindacom uma
caldeirapara aquecimento da
água
até 32°C.Após
a filtragem e o controle da temperaturada
água, esta era distribuídapêlos 16 tanques de larvicultura, confeccionados
em
fibrade
vidro,com
6,0m
de
comprimento, 3,0m
de
largura e 1,15m
de
profundidade, perfazendoum
volume útiltotal
de
20,0m3
por unidade.Os
referidos tanques estão distribuídosem
ambienteabrigado e estão interconectados a quatro caixas
de
despesca.A
larvicultura apresenta canais coletores paraescoamento de águas
residuais (os níveis de trocade água
diário durante a larvicultura estão entre 10 a30%
- 32 a96 m3
-do
volume total,em
função das necessidadesdo
cultivo e dosparâmetros hidrobiológicos e físico-químicos).
Os
referidos canais estão interconectadoscom
os tanquesde
cultivo,com
as caixasde
despesca ecom
ascaixas
de
decantaçãode
detritos.As
águas residuais, provenientesda
totalidade dos tanques de cultivo,passam
pelas caixasde
despesca e são conduzidas, porgravidade para a caixa coletora
de
detritoscom
sistemade
filtros e capacidadede
16 m3.
Os
três filtros presentestêm
sistema anti - fuga da espécie cultivada.A
Segunda
caixa,com
capacidadede
8 m3, recebe aságuas
pré- filtradas da caixaanterior. Equipada
com
sistemade
filtro de segurança, estatem
como
função aApós
a coleta das partículas pequenas, aágua
residualé
conduzida, por gravidade, para o reservatório destinadoao
tratamentodo
efluente.Com
capacidadede
200
ton.,o
reservatório destina-seao
tratamento químicodo
efluente (cioração, aereação e sedimentaçäo)num
tempo
médiode
permanênciade
5 dias.Após
essetempo é
feita adrenagem
para a lagoade
Santo Antônio, no períodode maré
baixa. Abaixo osfluxogramas
de
abastecimentoe
tratamentode água
(Figura 9).AB!~.SíEC1i/E!-JTO
Film Vazão media
GA m'.fcla *_ Tmlafnmm Sistema da
"mmmn
Hsico ou etlueflwW
HUWIW
cam ;.z.â 1. 16 m*_-
Decantaçàc 5°"`b“ _ e ccfietor-3 da detritos Q~›
Finos F1IrO 0 muflclmontu ! Trabäfftflfllfl Flslto da agua ifluxograma do Tmernerztoda agua do Cantrø de Transteràn na
de F'ós-larvas de Cünaráo Marinho
squares-
umsuL
i L_,
ãLARVICULTURA
com sistema oa fllrm ==‹u - 4Fluxograma das
etapas
do
processo
de produção de
pós-larvas
de
camarão
Captação da água Sistema de ponteiras verticaisl
Bombeamento para0reservatório com bomba
de 3I-IP (Vazão 2,67 m3/h) Filtros de elementos (Cartuchos de 10,5 e 1 micra) Filtros de carvão ‹¬+;¬mzIz¬\
l
Aquecimento para 32°C passagem pela caldeira.l
Bombeamento para os tanques de lan/iculturae artemia._Í___
Sistema de tratamento deefluentes 20% do volume para
dia (2,67 m3/hora por
6.ATIVIDADES
DESENVOLVIDAS
6.1.PREPARAÇÃO
DOS TANQUES
DE LARVICULTURA
Antes da
chegada
das pós-larvas, os tanquesde
Iarviculturaeram
devidamente preparados e esterilizados.Este procedimento visava evitar contaminações,
que
poderiam ocasionar a perda de Iarviculturas inteiras.Era feito da seguinte maneira: Lavava-se o tanque previamente
com
água
doce. Depois preparava-seuma
solução contendo hipoclorito de sódio,sabão
neutroe
água.Com
esta solução, esfregava-se as paredes e fundo dos tanques utilizandouma
vassoura para cobrir toda a superficiedo
tanque euma
esponja dupla face paralimpar os cantos e lugares
que
apresentam muita sujeira. Depois lavava-se o tanque novamente, até retirar todos os resíduosde
detergente e cloro.6.2.ACOMPANHAMENTO
DA
CHEGADA
DAS
PL'S
E
TRANSFERÊNCIA
PARA
OS
TANQUES
DE
ACLIMATAÇÃO
O
Centro de Transferência de Pl's,como
o próprionome
sugere nao produzia pós-larvasdo camarão
marinho Litopenaeus vannamei.Sendo
estas obtidasde
um
outro laboratório da Equabras localizadoem
Natal- RN.No
laboratóriode
Natal, as pl's 5eram armazenadas
em
sacosde
polietilenocom
capacidadede
15 litros,em
uma
densidadede
1000 pl'slL.Os
sacoscontinham oxigênio,
que
é o parâmetro essencial para garantiruma
boa sobrevivência das pl's e náuplios de artêmiaque
serviamcomo
alimento. Esteseram
devidamente amarradoscom
elásticos,ficando
muitobem
lacrados, evitando a saidade água
e oxigênio.Estes sacos
eram
colocados aos pares dentrode
caixasde
isopor, visando evitaraumento
excessivo na temperatura daágua
durante o transporte, oque
aumentaria as funções vitais das pós lan/as e consequentemente o
consumo de
alimento e oxigênio.
As
pl'schegavam
no laboratório após trinta horasde
viagem (de Natal-RN
à Laguna- SC),
que
acontecia via aéreade
Natal àSão
Paulo e de caminhão atéLaguna
(Figura 10).Ao
chegarem, as pl'seram
imediatamente retiradas dos sacos plásticos(Figura 11)
com
a ajudade
muitos funcionários e colocadasem
tanques de flbrade
vidrocom
capacidade para2000
litros paraserem
aclimatadas.Figura 10 - Chegada das Pós-Larvas
Figura 11 - Retirada das Pós-Larvas dos
Sacos de Transportes
s.3.Ac|.|MATAçÃo
DAS
Pós-LARvAs
No cENTRo
DE
TRANs|=ERÊNc|A
Após o
términoda
transferência, iniciava-se a aclimatação,que
consistia na colocação lenta e gradualda água
dos tanquesde
larvicultura devidamente preparadoscom
temperatura, salinidade,pH
e
oxigênio adequados,bem
como
nocontrole contínuo destes parâmetros nos tanques
de
aclimatação. Este controleé
feito através
da
mediçãode
todos os parâmetrosde
meiaem
meia hora,com
o auxíliode
oxímetro, salinômetro, termômetroe
kit para análisede
água.Este procedimento é
demorado
pois visa diminuir o stresse ocasionadopela
mudança
brusca das condições fisico - químicas da água.Depois
de
realizada esta etapa, ou seja,quando
aágua
dos tanques deaclimatação e a dos tanques
de
Iarvicultura apresentavam asmesmas
condições físico-químicas, as pl'seram
transferidascom
o auxílio de baldes para os tanquesde
Iarvicultura. Estes
somavam
16 tanquescom
capacidadede
20 toneladas cada um,porém
utilizava-seapenas
15 ton.Após
três dias era feita acontagem da
população visando constatar o valor da sobrevivência obtida após todo esse processo.Este consistia na retirada
de
seis amostrasde
1L, de cada tanquede
Iarvicultura, e posterior contagem.Comumente
obtinha-se80%
de
sobrevivência.6.4.CONTAGEM
DA
POPULAÇÃO
A
contagem da
populaçãode
uma
Iarvicultura é realizadacom
o intuito deverificar se está
havendo
algum problemacom
a população, etambém
paraque
o cálculoda
ração seja o mais preciso possível, evitando desta formaum
excesso ouuma
faltade
alimento, oque
consequentemente ocasionaria sérios problemasdesde
má
qualidadeda água
causado pelo excessode
raçao até canibalismo entre as pós larvas devido a faltade
alimento.Na
Equabras, acontagem
da população dos tanques é feita a partirdo
estádio
de Z3
até PI4. Portanto no Centrode
Transferência não haviam contagens diárias, pois recebia- se as pós- larvas a partirde
Pl-8.A
contagem
era feitasomente
antes da despesca para saber a populaçãoexistente nos tanques e determinar a sobrevivência.
6.5.ROTINA DIÁRIA
DO
LABORATÓRIO
6.5.1.
CONTROLE
DA
TEMPERATURA
A
temperatura éum
fator físicoque
desempenha
um
papel muitoSegundo
Morales (1986), quanto maior a temperatura, maior será avelocidade
de
crescimento dos animais cultivados,sempre que
as demais seconservem
ótimas.A
temperatura era verificadacom
a ajudade
um
termômetro nos seguinteshorários: 03:00, 06:00, 09:00, 12:00, 15:00, 18:00, 21:00, 24:00.
Ou
seja,de
trêsem
três horas, e oscilavaem
tornode
28 a 30 °C.6.5.2.CONTROLE
DA
SALINIDADE
A
água do
Centro de Transferência de Pós-Lan/asda
UnisullEquabras eracaptada da
Lagoa de
Santo Antônio, oque
causavauma
grande preocupação dentre outros parâmetros,com
a salinidade, vistoque
esta era muito variável, obtendodiferenças muito significativas
em
decorrênciada
variação de marés. Portanto, esta eramedida de
meiaem
meia horacom
o auxiliode
um
equipamentodenominado
salinômetro.
Quando
a salinidade estavaem
tornode 25
%0, ou seja, namaré
crescente, a
água
era imediatamente captada, tratadae armazenada
nosresen/atórios.
6.5.3.ALIMENTAÇAO
O
processode
alimentação na Ian/icultura éum
dos passos maisimportantes pois
de
seubom
funcionamento e medição será possível obter ótimas sobrevivências. Por serum
processo dinâmico a alimentação acontece durante o diainteiro.
6.5.3.1 .Ração
Seca
Durante os estádios
de
pós- lan/as a freqüênciaé
de
oito alimentações por dia,sendo
oferecida de trêsem
três horas.Eram
utilizados dois tipos de ração-
a Zieglere
a Flake. AtépL12
era fornecido30%
de
Ziegler e70%
de
Flake, e a partirde pL13
trocava-se para70%
de
Ziegler e
30%
de
Flake. Essamudança
nas quantidades das rações deve-se aotorna muito caro o custo
de
produção, vistoque
a ração Flake possuium
elevado preço por ser importada.Fazia-se diariamente
um
cálculo para saber a quantidade de raçãoadequada
a fornecerdependendo do
estágioque
as pós-larvas se encontravam.A
partir
de
uma
tabela já estabelecidacom
as quantidadesde
raçãoem
gramas
por estágiode
pós- larvas, e sabendo-se a populaçãode
cada tanque(como não havia contagem, era considerada a população estocada após a chegada), obtinha-se a quantidade total a ser fornecida por tanque.Exemplo:
Em
um
tanque estão estocadas 4.000 pl's 12.Então fazia- se 4.000 x 0,24 I 8 = 120
gramas de
ração.Coloca- se 120
gramas de
ração a cada alimentação.E como
utiliza-sedois tipos
de
ração, seguia-se a quantidade necessária para cada estágio Iarval.No
casode
pl's12 utilizava-se70%
de
Flake e30%
de
Ziegler.Ou
seja, 84gramas da
ração Flake e 36gramas
da ração Ziegler.Este procedimento era realizado todos os dias pela
manhã.
6.5.3.2.Artêmia
A
alimentaçãocom
biomassade
artêmia é essencial para as pl's devidoao
seu alto valor nutricional
em
funçãodo
conteúdode
ácidos graxosde
cadeia longa(HUFA:
high unsatured fattyacid)em
especial osHUFA
do
tipo “n-3”.Os
cistosde
artêmiaeram
estocadasem
tanquesde
500L
contendoágua
aquecida entre27
a 30° e aeração constante (Figura 12),pôrum
período de 24 horas,tempo
necessário para eclosão dosmesmos.
Depois recolhia-seem
malhasde
100 e200
micras.Na
malha de200
micras,ficavam
presos os cistosque
não haviameclodido
e
as cascas dosque
eclodiram, e nade
100 micras,que
fiwva
abaixo, os náupliosde
artêmiaficavam
presos.Tendo
separado tudo ,as cascas e os cistosque
não tinham eclodidoeram
reestocados por mais 24 horas
e
depois disso ,novamente se fazia a separação e a casca era desprezada.Era fornecida às pós-larvas artêmia viva
e
biomassatambém.
A
biomassa era utilizada para completar a quantidade de náuplios artêmia, pois não haviamconteiners suficientes para eclosão dos náuplios (Figura 13).
Era calculado
uma
médiade 700g de
artêmia pôr alimentação,sendo que
eram
oferecidas quatro alimentações por dia,de
seisem
6 horas.Figura 12
-
Eclosão dos Cistos de Artêmia Figura 13-
Baldes Contendo Náuplios de Artêmia6.5.3.3.V|tamina
C
As
vitaminas são compostos orgânicos complexos necessários para ocrescimento, metabolismo e reprodução dos camarões.
Como
ocamarão
não sintetiza vitamina c, esta era fornecida diariamente,sendo
utilizadouma
quantidadeproporcional
ao
volumedo
tanquee ao
estádiodo
camarão,com
o objetivode
servircomo
anti- estressante e favorecer o metabolismo das proteinas.õ.5.4.TRATAMENTo sAN|TÁR|o
6.5.4.1 .RenovaçõesÉ
o procedimento pelo qual se realiza adrenagem de
tipo estática dos tanques de larvicultura. Este processo envolvia grande partedo
periodo damanhã
equando
necessário estendia-se até a tarde.Tinha
como
propósito limpar e diluir os restosde
fezes dos camarões,eliminar os restos do alimento não consumido e das cascas.
Em
média a taxade
renovação daágua
dos tanques de larvicultura erade
3 a 7 ton., ou seja,de
20 a47%
do volume do tanqueque
erade
15 ton.A
variaçãoda
taxade
renovação dependiado
estádio das larvase
das condiçõesde
qualidadeda
água do
tanque.O
drenador era preparado colocando a tela correspondenteao tamanho
das pós-larvas.A
tela era encaixada ao longodo
cano e segura na parte inferior poruma
ligaNa
saida correspondenteao
tanque colocava-se o balde drenadorcom
otamanho de
tela especificado para cadatamanho da
pós- larva. Feito isso, dava-se inicio àdrenagem
da água,que
consistia na abertura da torneira para baixar o volume daágua do
tanque.Este processo era devagar,
em
medianuma
vazãode
4-5 litroslsegundo,que
na prática era evidenciadoquando
aágua que
caia no balde coletor formavauma
“saiade
água”,sendo
este o fluxo normal. Desta forma, a sucção daágua não
conseguia causarnenhum
dano
a pós- larva.Quando
já havia drenado o volume desejado, limpava-se as paredes eposteriormente iniciava-se o enchimento
do
volume utilizandoágua
dos reservatóriosdevidamente tratada e aquecida por sistema
de
caldeira.6.5.4.2.Limpeza das paredes
A
limpeza das paredes dos tanques evita a formaçãode
restosde
sujeirae
acúmulode
alimentos não consumidos, carapaças e outrosque
poden`am ser fontede
origemde
patógenos prejudiciais às pós- larvas. Esta era realizada durante a renovaçao.O
formol tinha a funçãode
eliminar os protozoários dos tanquesde
cultivo.Este era fornecido duas vezes
ao
dia,sendo
que
uma
delas era durante arenovação,
quando
o nívelda água
do tanque estavasendo
abaixado. Utilizava-secerca
de
150ml.6.5.4.4.Edta- Etileno diamino tetra-acético
O
EDTA
era utilizado diariamente após a renovação de água.A
concentração utilizada deste produto quimico erade
15g por toneladauma
vez ao dia, no entantopode
apresentar certas variaçõesde
acordo a pratica.Os
objetivos do usodo
EDTA
nos tanques de larvicultura são os seguintes: Melhorar a qualidadeda
água
atravésdo
efeito quelante sobre os metais pesados, promover a troca decarapaça das larvas
e
pós-larvas e combater a presençade
bactérias sensíveisao
EDTA.
6.5.4.5.Eritromicina e Oxitetraciclina
São
antibióticos fornecidos naestocagem
numa
quantidadede
1g por tonelada de água.6.6.TESTE
DE QUALIDADE
DAS
PÓS-LARVAS
Antes
da
despesca, era realizado o teste de stresse das pós-lan/as, o qual verificava se as pl's estavam saudáveis e aptas para sobreviver às condiçoesde
um
viveiro
de
engorda.Este poderia ou não ser
acompanhado
pelo produtor,dependendo apenas
da vontadedo
mesmo.
O
teste era realizadoda
seguinte maneira: Retiravam-secem
(100) pl's dotanque
que
iria serdespescado
e colocava-asnum
balde contendoágua
doce(salinidade O %0) e
com
a temperaturade
18°C. Deixavam-se as pl's nestascondiçoes por 30 minutos. Depois, estas pl's
eram novamente
transferidas paraum
temperatura
do
tanque de lan/iculturaem
que
se encontravam, e aguardava-se mais 30 minutos.Feito isto, era realizada a
contagem
das pl's sobreviventes e calculada asobrevivência.
Comumente
obtinha-se99%
de
sobrevivência.Demonstrando que
as pós-larvas estavamem
ótimas condições.6.'/.cÁLcuLo
DA
soBREv|vÊNc|A
Este era realizado da seguinte maneira:
eram
retiradascom
o auxíliode
um
Beacker de vidro seis amostrasde
1 Lde
cada tanquede
larvicultura (Figura 14).Era então feita a
contagem de
cada amostra utilizandouma
placade
Petri ecalculada
uma
média geralde
cada tanque. Depois multiplicava-se a média obtida pelo volume total do tanqueem
toneladas, obtendo-se então, a populaçãodo
tanque.Este valor era dividido pelo
número
de pl'sque
haviam sido colocadas no referido tanque e multiplicado porcem
(100). Obtendo-se desta forma a porcentagem dasobrevivência
de
cada tanque.Figura 14 -
Contagem
das Pós-LarvasPara determinar a sobrevivência geral da larvicultura,
somava-se
aquantidade total
de
cadaum
dos 16 tanques e dividia-se pelo valor totalde
pI'sarmazenadas
nosmesmos, e
maisuma
vez multiplicava-se porcem
(100), obtendo assim a sobrevivência totalem
porcentagem.s.a.oEsPEscA
DE
Pós-|.ARvAs
As
pós-larvas apóschegarem ao
laboratórioeram
aclimatadase
alificavam
até atingirem otamanho
comercial,que
erade
pl20,mas
muitas vezesficavam
um
pouco
mais,chegando
a pl30 devido a poucademanda.
Após
esse períodoeram
realizadas as despescas,que
aconteciam durante a madrugada,com
a finalidade de facilitar a aclimatação nas fazendas,fazendo
com
que
elas acontecessem logo no início da manhã,onde
os parâmetros nao variam tão bruscamente.Uma
semana
antesda
despesca, o produtor entravaem
contatocom
olaboratório para informar os parâmetros
da
água dos viveirosque
iriam receber aspl's. Então a partir desse
momento
lentamentecomeçava
a aclimatação nolaboratório, visando diminuir ao
máximo
o stress das pl's.Quando
os parâmetrosestavam igualados, era
marcado
o dia da despesca.A
despesca era realizada da seguinte maneira:O
volume do tanque eraabaixado através
de
uma
abertura no registro situado na parte inferior (abaixodo
tanque) fazendocom
que
aágua
saísse pôr gravidade.A
extremidade finaldo
canode
despescacontém
uma
tela fina para evitar apassagem
das pl's.Quando
o nivel daágua
estava baixo, as lan/aseram
pescadas atravésde
puçares (Figura 15) e transferidas para tanques
de
300 litros (Figura 16)que
continham aeração constante (Figura 17) e náupliosde
artêmia. Láeram
feitos o acondicionamentoe
acontagem
da seguinte maneira: após homogeneizar aágua
dos tanques, pegava-se quatro amostrasde
150 mlcom
um
beacker (Figura 18). Erafornecido
um
choque- térmicocom
gelo nas pl's contidas nessas amostras (Figura19), ocasionando sua morte
e
posteriormente a colocação dasmesmas
em
pratos brancos para fazer acontagem
(Figura 20). Este procedimento visa facilitar e deixarmais precisa a contagem. Então era feita a média das quatro amostras. Depois
multiplicava-se pelo volume do tanque (300 litros) e dividia-se pelo volume da
amostra (0,150 litros).
O
resultado será a quantidadede
pl's presentes nos tanques.amostra 1- 307 amostra 2- 318 amostra 3-
294
amostra 4- 394A
média será 317. Então faz-se 317X
300 l 0,150 =634000
pI's contidasno tanque.
Após
a contagem, baixava-se a temperatura dos tanques para 24-25 °C, e se otempo de
viagem fosse muito grande, baixava-se para 22-23 °C utilizando sacoscheios
de
gelo (Figura 21). Este procedimento tinha a finalidadede
baixar o metabolismo das pI's, fazendocom
que
durante o transportenão
houvesse tantostresse.
Só
então as pI'seram novamente
pescadase
transferidas para as caixasde
transporte
de
cargas vivas contidas nocaminhão
(Figura 22).Sendo que
cada caixaera equipada
com
um
sistemade
aeração, comportava 250.000 p|'s, essaseram
transportadas até as fazendas
de
engorda.Também
eram ensacados
náuplios de artêmia,que
serviamde
alimento durante o transportee
aclimatações, evitandoum
maior stresse e o canibalismo entre as pI's.Figura 15
-
Pesca Através de Puçares Figura 16-
Transferência das Pós-Larvas.M
Q
Figura 19 -
Choque
Térmico nas Pós-Larvas
__ ..._-
Figura 20 -
Contagem
Figura 21
-
Diminuição da Temperatura¡..¬.,¡ C
1
Figura 22
-
Transferência para Caixas de Transportes. z ., .eg ‹.
6.9.ACLIMATAÇÕES
NAS FAZENDAS
DE
ENGORDA
Como
já haviamos mencionado, a aclimatação teve por finalidade evitar ostress das pl's causado pôr
mudanças
bruscas nos parâmetrosda
água.Após
achegada
na fazenda, as pós larvaseram
transferidas para tanquescom
volumes conhecidos equipadascom
sistema de aeração, e alimentadascom
biomassade
artêmia.Os
parâmetrosda
água, taiscomo
temperatura, pH, salinidade e oxigênio dissolvido são medidos constantemente e anotadosem
uma
prancheta. Tanto daágua do
tanqueonde
estão presentes as pI's quanto daágua do
viveiroque
irá asrecebê-las.
A
água
passava a ser lentamente renovadacom
aágua do
viveiro, visando igualar os parâmetros.Quando
havia a equivalência, as lan/aseram
sifonadas diretamente para os viveiros.Este processo podia ser rápido ou demorado,
dependendo
da diferença entre os parâmetros.Sendo que
de forma geral a salinidade ajustada de 2 a 3 %<› por hora, a temperatura auma
razãode
1°C por horae
opH
a 0,5 unidades por hora.Mas
atualmente as aclimataçõestêm
sido mais eficientes, pois iniciam no própriolaboratório.
O
periodode
aclimataçãotambém
está relacionadocom
otamanho
e a qualidade das pós-lan/as.Pós
larvas maiores requeremmenos
tempo de
aclimataçãodo
que
pós-lan/as menores.As
aclimatações são essenciais para garantir índices elevadosde
sobrevivência.6.10.SAÍDAS
DE
CAMPO
PARA
COLETA
DE
ÁGUA
A
fazendade
cultivode camarões
marinhos (Litopenaeus vannamel)escolhida para estação de ooleta de
água
foi a Fretta, situadaem
Campos
Verdes, região de Laguna. Esta era gerenciada pela bióloga Liege, a qual estava presente, auxiliando durante as coletas.As
amostrascomeçaram
a ser coletadas no iniciodo segundo
ciclo,em
fevereiro,
uma
semana
antes da fertilizaçãoda
água.Semanalmente
coletava-seágua
de três pontosdo
viveiro,sendo
um
na comportade
abastecimento,um
no meio do viveiro e outro na comportade
escoamento
com
o auxiliode
uma
redede
zooplânctonde
60 micrasque
fazia a filtragemde
100 Lde
água do
viveiro, concentrando-aem
100 ml. Estes 100 mlde
água
filtrada era provisoriamentearmazenada
em
garrafas plásticas devidamenteidentificadas.
Durante as coletas,
também
eram
retiradas amostras da água paraverificação dos parâmetros fisico-químicos. Estes
eram
anotadosem
uma
tabela,juntamente
com
alguma
possível observaçao.Após
a coleta, o material era levado para o laboratório.s.11.coNsERvAçÃo
DAS
A|v|osTRAs
Ao
chegar no laboratório, levava-se as amostras para a salade
reagentes (Figura 24),onde
asmesmas
eram
devidamente conservadasem
frascos rotuladoscom
indicaçõesdo
localde
coleta, data de coleta e pontodo
viveiro.O
método de
conservação consistia na utilizaçaode
uma
soluçao contendo90%
de
água
e10%
de formalina.Utilizava-se 100 ml
da
amostra e 100 mlda
soluçãode
formol a20%.
Este procedimento garantia a conservação das amostras e dos zooplânctons presentes.Figura 24 - Sala de Reagentes
s.12.QuANT|F|cAçÃo
E
QuAL||=|cAçÃo
DE
zooPLÃNcToN
Após
a conservação, iniciava-se a etapade
quantificaçãoe
qualificaçãodo
Zooplâncton presentes nos viveiros.Estudos preliminares demonstraram
que
devido aos fatores fisico-químicose ao
tipode
fertilização dos viveiros, nestes serão encontradosem
maior escala os filosz Rotíferose
Artrópodes (Classe Cladóceros e Copépodes), devido a isto,apenas
preocupava-se
com
estes dois filos.A
etapade
qualificaçâo e quantifiwçao consistiaem
coletarcom
um
amostrador, 10 ml da amostra
homogeneizada e
colocá-laem
uma
Placade
Petri.Depois disso, observava-se
em
uma
lupa eletrônica presente na salade
microscopia (Figura 24).Com
este procedimento era possível a identificaçãodo
zooplânctoncom
o auxíliode
bibliografiasadequadas
e quantificaçãodo
mesmo.
Também
preparava-se lâminas para observarao
microscópio, principalmente o filo Rotífera.Posteriormente os valores
eram
extrapolados para o volume realdo
viveiro e osdados
interpretados.-
Os
dados
ainda nao foram estatisticamente processadose
interpretados devido a faltade
tempo.1.
D|scussÃo
Com
base nos conhecimentos obtidos durante o curso, pôde-se evidenciaralgumas dificuldades presentes no Centro
de
Transferênciade
Pós- lan/asde
Camarões
Marinhosda
Unisul/Equabras.Fazendo
parteda
equipedo
Centrode
Transferênciade
Pós-Larvasda
Unisul/Equabras,pude
observar a faltade
apoio recebido por parte dos órgaosenvolvidos
com
a carciniculturado
Estado.Outra dificuldade encontrada era
em
relação a estruturasendo que
esta ainda estavasendo
recuperada.O
Centrode
Transferênciade
Pós-Larvasde
Camarão
Marinho foi implantadonuma
estruturaque
a muitotempo não
era utilizada,e
que
além disso, havia sido construída para suprir as necessidadesde
um
outro tipode
atividade.Porém
viu-se o esforço e a eficiência da equipeem
implementar os setoresde
Artêmia, Larvicultura e Despesca.No
entanto acredita-seque
aindapode
ser melhorado, sobre tudo para facilitar o processo
de
limpeza e esterilização.Outro fator limitante era a qualidade
da água
captada para uso da larvicultura. Devido aágua
ser captadade
um
estuário, apresentava muita variação,na salinidade,
que
éum
parâmetro físico-químico muito importante na fase de lan/icultura.Apesar
de não seruma
lan/iculturade
primeira fase (náuplio-
até PI1), e consequentemente não necessitarde
água
com
salinidade acimade
30%o
(essencialmente marinha), este fator causava muita preocupação. Havia a necessidadede
um
monitoramento constante, paraque quando
aágua da
lagoa alcançasse a salinidade desejada, (que era obtida no períodode maré
enchente) fossebombeada
imediatamente para os reservatórios, visando evitar a faltade água
para uso na larvicultura.
Algumas
atividadesque
poderiam ser aprimoradas no manejoempregado
também
puderam
ser evidenciadas,sendo que
a principal delas era a ausênciade
contagem da
população dos tanques. Esta era realizadaapenas
uma
vez, três diasapós o recebimento das pl's, visando observar a sobrevivência obtida após a viagem.
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semanalmente, para
que
o cálculoda
quantidadede
ração a ser fornecida fosse o mais exato possível,mantendo
desta formauma
boa
qualidade da água.Além de
evitar gastos desnecessárioscom
ração.No
início algumas despescas foram realizadas durante a madrugada,sendo
concluídas no inicio da manhã. Devido a isto, algumas aclimatações foramfeitas no periodo
da
manhã,avançando
para a tarde.O
que
ocasionou muitosproblemas, visto os parâmetros
demoravam
a se igualar, a temperaturaaumentava
muito rapidamente, estendendo muito o
tempo de
aclimatação e ocasionandoum
stress das pl's, evidenciado pela quantidade
de
ecdises obsen/adas nos tanquesde
aclimatação. Posteriormente isto foi corrigido pois
o
estressenão
ocorre tãointensamente
quando
as aclimataçoes sao realizadas durante a madrugada.É
importante destacarque
o Centro de Transferênciade
Pós-Lan/as possuíauma
equipede
profissionais muito competentes. Era formado poruma
Bióloga,uma
Zootecnista,ambas
funcionáriasda
Equabras. Portanto toda a tecnologiaempregada
era amesma
utilizada nos laboratóriosda
Equabraslocalizados no Nordeste.
Além
delas, haviam dois funcionários por turno,ambos
devidamente treinados eduas
estagiárias.Tudo
era feitocom
a total responsabilidadee
competência,sempre
visando o desenvolvimento sustentável da Aquicultura.
Com
muito respeito principalmente ao meio ambiente, oque
era evidenciado pelo eficiente tratamentodo
efluente, e sua liberaçãoapenas
em
baixa maré, evitando impactos àLagoa de
Santo Antônio.Além
disto, preocupava-se muitocom
o
manejo,e
o resultado era pós-larvasde
excelente qualidade, as quais obtinham bons resultadosem
produtividade nos viveirosde
engorda.Problemas
de cunho
pessoal haviam lá, assimcomo
em
qualquerambiente
onde
trabalham muitas pessoas,mas
esteseram
imediatamente resolvidose esclarecidos. lsto tornava o ambiente
do
Centrode
Transferênciade
Pós-Lan/asuma
excelente local de trabalho,onde
os estagiárioseram
tratadoscom
a devida importância e respeito.Contudo, devido aos custos excessivos no transporte de Pós-larvas
do
Centrode
Transferênciada
Unisul/Equabrás observou-seque
seria inviável trabalharcom
pós-larvas vindasde
Natal à Laguna. Então foi revista a estratégia para trabalhar a partirde
náuplios no próximo ciclo. Entretanto, este centro contribuiumuito