Estudar psicologia sem entender o significado profundo do seu símbolo representativo significa perder um elemento essencial para sua compreensão. Inicialmente, é importante lembrar que além de ser o símbolo é também uma das letras do alfabeto grego, correspondente ao fonema "psi" e ao número 17. Embora este seja o começo da explicação sobre seu significado, não podemos esquecer que a letra "psi" tem toda uma historia e está associada a realidades muitos profundas, expressadas através da mitologia. A letra "psi" é o principal símbolo representativo de Deus Possêidon (ou Netuno em Latim).
PSICOLOGIA
DA
RELIGIÃO
EMENTA
O programa desta disciplina, sob o prisma da
ciência do comportamento humano, entre
outros tópicos,
analisa a evolução da
experiência religiosa
, discute o problema da
conversão em diferentes circunstâncias
pessoais e culturais e indica como a religião
pode ser elemento positivo na preservação
da integridade da pessoa humana.
OBJETIVO
Ao concluir o estudo, o aluno
deverá estar apto a,
analisar
a
experiência religiosa sob o
ângulo da ciência do
HISTÓRIA
FEMOMENOLOGIA RELIGIOSA EM JUNG FENÔMENO RELIGIOSO SOCIAL CARACTERÍSTICAS DA RELIGIÃO O SANTO RESPOSTA AO SANTO CRENÇAS RITUAIS E LITURGIA CÓDIGOS DE ÉTICA COMUNIDADE
FORMAS DE EXPERIÊNCIA RELIGIOSA FORMAS BÁSICAS
VALIDADE DA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA UMA TIPOLOGIA A CONVERSÃO RELIGIOSA MATURIDADE RELIGIOSA MISTICISMO RELIGIOSO A VOCAÇÃO RELIGIOSA Os tipos de vocações Leigo Religiosa Sacerdotal Familiar
RELIGIÃO, E SAÚDE MENTAL
Toda religião possui tais elementos à saber: Evidências Científicas
Religiosidade Intrínseca e Compromisso Religioso Comportamento e Estilo de Vida
HISTÓRIA - 1
• A psicologia da religião nasce na década de 1880. Seu nascimento está associado entre outros autores a
Starbuck, Wilhelm Wundt, William James, James H. Leuba, Sigmund Freud, C.G Jung. Caracteriza-se por ser a perspectiva da psicologia no estudo da religião. De acordo com Ávila (2003) professor de Psicologia do Instituto de Pastoral e da Faculdade de Teologia São Dâmaso, em Madri, a psicologia da religião,
desde seu nascimento é um campo suspeito, pois, por alguns é acusada de irreligiosa, outros, as
FEMOMENOLOGIA RELIGIOSA EM JUNG - 3
• Agnóstico
pela metafísica e
gnóstico
pela
experiência, Jung via a religiosidade como
uma função natural e inerente à psique.
Chegava a considerá-la, como aponta Silveira
(1994),
um instinto, um fenômeno genuíno.
A
religião era vista mais como uma atitude da
mente do que qualquer credo, sendo este
uma forma codificada da experiência religiosa
original.
FEMOMENOLOGIA RELIGIOSA EM JUNG
cont...
• Devo ressaltar que Jung utilizava os termos
"Deus" ou "divindades" no contexto
simbólico
, como explica: "Ambos se
encontram como tais muito além do alcance
humano. Revelam-se a nós como imagens
psíquicas, isto é, como símbolos." (Jung, 2000,
p. 296). E as pessoas realizam os ritos porque
"No rito estão próximas de Deus;
são até
mesmo divinas." (Jung, 1998, p.273)
FEMOMENOLOGIA RELIGIOSA EM JUNG
cont...
• O homem depende grandemente dos símbolos
e dos sistemas simbólicos, a ponto de torná-los
decisivos
para sua viabilidade como criatura.
• Qualquer indício de que não somos capazes de
enfrentar um ou outro aspecto da experiência
provoca em nós grande ansiedade,
pois o
FENÔMENO RELIGIOSO - 15
• O estudo fenomenológico da religião, embora
muitas vezes começando com os resultados do
historiador, é voltada para descobrir a
natureza
da
religião
- as características
fundamentais que estão por trás de suas
manifestações históricas.
• A religião é ancestral da moral superior e das
éticas avançadas, na evolução social
progressiva.
SOCIAL - 15
• Um problema geralmente associado com a
abordagem psicológica é a dificuldade de passar de experiência do indivíduo com a estrutura e a
experiência da comunidade religiosa.
• Esse problema foi enfrentado pela sociológica e antropológica da tradição desde o último terço do século 19. William Robertson Smith, Emile Durkheim e Max Weber foram as figuras de destaque na
criação de uma tradição sociológica na análise da religião.
SOCIAL cont...
• Qualquer atitude tomada isoladamente, os
outros vão levar a distorções e preconceitos.
• A tentativa de integrar um número de teorias
decorrentes de uma riqueza de tradições é
necessário entender o caráter das religiões do
mundo.
• Seu caráter é embasado no crer, no respeitar
e admirar.
CARACTERÍSTICAS DA
RELIGIÃO - 16
• Tendo em mente os perigos das caracterizações gerais, quais são as características distintivas da religião? Vários conceitos podem ser isolados que, apesar de as condições não são necessários ou suficientes se forem tomadas
isoladamente, podem ser considerados conjuntamente "sintomático" das religiões.
• As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o
começo do mundo ou que legitimam a sua existência.
• As religiões tendem igualmente a sacralizar
determinados locais.
• As religiões estabelecem que certos períodos temporais
O SANTO - 17
• A crença religiosa ou experiência é
normalmente expressa em termos do santo ou
do sagrado. O santo é geralmente em
oposição
ao cotidiano
e profanas e traz consigo um
sentimento de valor supremo e derradeiro
realidade. O santo pode ser entendido como um
Deus pessoal, como todo um reino de deuses e
espíritos, como um poder difuso, como uma
O SANTO cont...
• Religiões freqüentemente afirmam ter sua origem em Apocalipse, isto é, em experiências distintas do santo que entram na vida humana. Essas revelações podem assumir a forma de visões (Moisés no
deserto), vozes interiores (Maomé fora de Meca), ou eventos (Êxodo de Israel do Egito, o vento divino, ou kamikaze, que destruiu a invasão da frota Mongol largo do Japão, a morte e Ressurreição de Jesus Cristo). Revelações podem ser semelhantes à experiência religiosa comum, mas eles têm um poder criativo originários do qual possa fluir toda uma tradição religiosa.
RESPOSTA AO SANTO - 17
• Pode assumir a forma de participação e
aquiescência aos costumes e rituais de uma
comunidade religiosa ou de um compromisso de fé.
Fé não é crença, mas apenas uma atitude de
pessoas em que eles se comprometam com a santa e reconhecer a sua reclamação sobre eles. Em uma pessoa profundamente religiosa, compromisso de fé tende a moldar toda a vida dessa pessoa e caráter.
CRENÇAS - 17
• Desenvolver as tradições religiosas, que geram
sistemas de crença com respeito à prática e
doutrina. Estes sistemas servem para situar os
membros da tradição religiosa no mundo ao
seu redor e para fazer este mundo inteligível
em relação ao santo.
• No início ou primitivas tradições desta prática
e doutrina normalmente encontraram
RITUAIS E LITURGIA - 18
• Os atos mais importantes do culto são, na maioria
dos casos, esses realizados por toda a comunidade
ou uma parte significativa do mesmo, apesar de
muitas tradições particulares formas devocionais
como oração, jejum, peregrinação e também são
praticados. A distinção é muitas vezes feita entre
religião e magia neste contexto.
• Na magia, são feitas tentativas de manipular
CÓDIGOS DE ÉTICA - 18
• Conectados com crenças é ainda um outro aspecto da religião, a posse de um código ético incumbem aos membros da comunidade. Isto é
particularmente evidente em sociedades altamente estruturadas, como a Índia, onde o sistema de
castas (endógamo) é uma parte integrante do
hinduísmo tradicional. Marduk na antiga Babilônia
e Yahweh na antiga Israel se acreditava serem os
autores das leis desses povos, dando assim essas leis, o peso e o prestígio da santidade.
COMUNIDADE - 18
• Embora existam
solitaries
religiosa, a maioria
das religiões tem um aspecto social que leva
seus adeptos a formar uma comunidade, que
pode ser mais ou menos bem organizado.
• Em outros tempos a comunidade religiosa
dificilmente poderia ser distinguida da
comunidade em geral, todos professavam a
mesma fé, e o
governante foi de compromisso
político e um líder religioso.
FORMAS DE EXPERIÊNCIA
RELIGIOSA - 19
• O complexo fenômeno descrito até agora
constitui o que pode ser chamado a
experiência religiosa da humanidade.
• Em diferentes religiões e em diferentes
indivíduos, uma ou mais das características
mencionadas podem predominar, enquanto
que outras podem ser fraco ou quase
FORMAS BÁSICAS - 19
• Embora muitas variedades da experiência religiosa
existem, elas parecem ocorrer de duas formas básicas. • No primeiro, o sentido do sagrado é conjoined
acentuadamente com a consciência da finitude humana.
• Já na sequência a consciência do sagrado é conjugada com a experiência humana de transcendência, indo além de cada estado da existência de uma existência mais plena, que atrai sobre o ser humano. Este
VALIDADE DA EXPERIÊNCIA
RELIGIOSA - 20
• Muitas revelações tradicionais, o que pareciam ser milagres na era pré-científica, pode agora ser julgado como acontecimentos naturais ou coincidências.
• Vozes internas e visões privado poderia ser explicada como psicologicamente subconsciente processos
mentais. A partir de Ludwig Feuerbach com Freud, a crença em Deus tem sido explicada como uma
projeção da mente humana, Karl Marx e outros
analistas sociais têm visto as crenças religiosas como o produto de forças sócio-econômico.
UMA TIPOLOGIA - 20
• Qualquer tipologia que tenta uma ordenação das religiões é o produto de uma determinada tradição em que outros são vistos relativamente à sua
própria centralidade.
• Por exemplo, a partir da perspectiva da experiência cristã do santo tanto como imanente e
transcendente torna possível a construção de uma série em que as várias tradições são relacionadas
mais ou menos perto do cristianismo, na medida em que enfatizam um ou outro.
A CONVERSÃO RELIGIOSA - 21
• É ela o "palco" do aspecto religioso, porém, não
está separada como um compartimento na psique
humana, faz parte do todo desse homem. Esta
consciência, presente na totalidade humana, sofre
dos mesmos fenômenos que formam a realidade
deste homem. Um destes fenômenos é, de acordo
com Peter Berge e Luckmamm, a questão da
conservação e a
transformação da realidade
subjetiva. A conservação se diz respeito à
MATURIDADE RELIGIOSA - 23
• Em certa ocasião, alguém me questionou sobre
a relação entre a vocação cristã e o chamado
de Deus. Pesquisei e cheguei à conclusão que o
ministério de um indivíduo é sempre motivado
pela sua chamada, ou seja, vocação, aptidão,
altruísmo, curiosidade, reforma e fascínio.
• Ou seja, o indivíduo religiosamente
maduro
é
dinâmico
,
coerente
entre o que crê e o que faz
e fala.
MISTICISMO RELIGIOSO - 25
• Misticismo (do grego μυστικός, transl.
mystikos,
um iniciado em uma religião de
mistérios
) é a busca da comunhão com a
identidade, com, consciente ou consciência de
uma derradeira realidade, divindade, verdade
espiritual, ou Deus através da experiência
direta ou intuitiva.
• É a religião em seu mais apurado e intenso
estágio de vida.
MISTICISMO RELIGIOSO
cont...
• Nos escritos atribuídos a Dionysius, o Aeropagite,
que apareceu no final do século V. Dionysius
empregou a palavra para expressar um tipo de
"Teologia", mais do que uma experiência.
• Para ele e para muitos intérpretes, desde então, o
misticismo se baseava em uma teoria ou sistema
religioso que concebe Deus como absolutamente
transcendente, além da Razão, do pensamento, do
A VOCAÇÃO RELIGIOSA - 26
• A origem da palavra “vocação”: ela vem do verbo
latino “vocare”, que quer dizer “chamar”. A vocação é, portanto, um chamado. No âmbito religioso, a vocação é sempre um chamado de Deus para alguma coisa.
• A pessoa do vocacionado se sente atraída para aquilo que considera belo, grandioso, importante e
necessário que se faça.
• A vocação é sempre vista como algo que se pode fazer de útil para os outros, e que é, portanto, um serviço que se pode prestar aos outros.
OS TIPOS DE VOCAÇÕES - 27
• Leigo - Leigos são todos os cristãos, que como batizados têm
a missão de anunciar Jesus Cristo.
• Religiosa - são pessoas que foram chamadas para seguir a Jesus dentro de uma congregação religiosa, consagrando-se a Ele através dos votos religiosos de pobreza, castidade e
obediência, além de outros específicos de cada congregação.
• Sacerdotal - O sacerdócio é uma forma de seguir o chamado de Deus exclusivamente para os homens.
• Familiar - O casamento é um chamado cheio de amor que Deus faz a um homem e uma mulher para viverem juntos e constituírem família.
RELIGIÃO, E SAÚDE
MENTAL - 28
1. Albert Ellis (1983), criador da terapia
racional emotiva, afirmou
precipitadamente ser a religião
causadora de patologia e neuroses.
2. Posteriormente, Malony (1988)
mostrou que os religiosos
apresentavam maior progresso e
saúde.
IMPACTOS NEGATIVOS
A SAUDE
1. . Gera níveis patológicos de culpa;2. . Promove o auto-denegrir-se e diminui a auto-estima, através de crenças que desvalorizam nossa natureza fundamental;
3. . Estabelece a base para a repressão da raiva;
4. . Cria ansiedade e medo através de crenças punitivas (por exemplo, inferno, pecado original, ect.);
5. . Impede a autodeterminação e a sensação de controle interno, sendo um obstáculo para o crescimento pessoal e o funcionamento autônomo;
6. . Favorece a dependência, o conformismo e a sugestionabilidade, com o desenvolvimento da confiança em forças exteriores;
7. . Inibe a expressão de sensações sexuais e abre o caminho para o desajuste sexual;
8. . Encoraja a visão de que o mundo é dividido entre "santos" e "pecadores", o que aumenta a intolerância e a hostilidade em relação "aos de fora";
IMPACTOS POSITIVOS
A SAUDE
1. . Reduz a ansiedade existencial ao oferecer uma estrutura cognitiva que ordena e explica um mundo que parece caótico;
2. . Oferece esperança, sentido, significado e sensação de bem-estar emocional;
3. . Ajuda as pessoas a enfrentarem melhor a dor e o sofrimento, através de um fatalismo reassegurador;
4. . Fornece soluções para uma grande variedade de conflitos emocionais e situacionais; 5. . Soluciona o problema perturbador da morte, através da crença na continuidade da vida; 6. . Dá as pessoas uma sensação de poder e controle, através da associação com uma força
onipotente;
7. . Estabelece uma orientação moral que suprime práticas e estilos de vida autodestrutivos; 8. . Promove a coesão social;
9. . Fornece identidade, satisfazendo a necessidade de pertencimento, ao unir as pessoas em torno de uma compreensão comum;
TODA RELIGIÃO POSSUI TAIS
ELEMENTOS - 29
A Saber:
1. . Reverência versus idolatria
2. . Confiança e sensação da presença da providência divina versus
independência e desesperança exageradas
3. . Redenção, justificação, perdão e mudança versus falta de consciência,
irresponsabilidade, amargura e vingança
4. . Compromisso, associação e participação versus isolamento e solidão
5. . Fé versus desespero
6. . Comunhão com outros versus estar centrado em si mesmo e em seu
orgulho
7. . Noção de vocação de viver os valores da vida versus perda de sentido e
perda do sentimento de dever