RAFAEL
GUSTAVO
ISOLANI
HISTEROSSALPINGOGRAFIA
Trabalho apresentado
à Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a conclusãodo Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
RAFAEL
GUSTAVO
ISOLANI
HISTEROSSALPINGOGRAFIA
Trabalho
apresentado à Universidade Federalde Santa
Catarina,para a
conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
José
Cardoso
Orientador:
Prof.
Dr. Orlei
de
Luca
Florianópolis
Universidade Federal
de Santa
Catarina
DEDICA
TÓRIA
À
minha
irmã,Marina
Isolani, pela sua paciência, carinho e amizade eà minha
AGRADECIMENTOS
Agradeço
aosmeus
pais, Clóvis Hercílio Isolani e Jeanete Isolani, peloamor
e dedicaçãodurante todos os dias
da
minha
vida.Agradeço
aomeu
orientador, Prof. Dr. Orlei de Luca, pela sua paciência e orientaçãona
pesquisa, elaboração e realização deste trabalho.
Agradeço
aomeu
colega,Acadêmico
Carlos Fernando Collares, pela suaamizade
e ajudaSUMÁRIO
RESUMO
... ..SUMMARY
... .. 1.INTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVO
... .. 3.MÉTODOS
... .. 4.DIscUssÃO
... .. 4.1.ANOMALIAS
CONGÊNITAS
... ..4.2.
ANORMALIDAOES
DA
cA\/IDADE
UTERINA
4.3.
ANORMALIDADES DAS TUBAS
UTERINAS...
0 › . z .. . z
NORMAS
... .. 18REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
...RESUMO
O
objetivo deste estudo foi realizaruma
revisãoda
literatura sobre a importânciada
histerossalpingografia
no
diagnóstico das patologias uterinas e tubárias.Além
de proporcionaro diagnóstico de anomalias congênitas dos ductos Müllerianos, sinéquias intra-uterinas e
leiomiomas, a histerossalpingografia
minimiza
o uso de procedimentos invasivos taiscomo
ahisteroscopia e a laparoscopia.
A
histerossalpingografia é confiável e prática na determinaçãoda
permeabilidade tubária. Entretanto, apresenta lirnitaçõescomo
a incapacidade dedemonstrar a anatomia externa
do
útero; detectarcom
precisão aderências peritubárias; lesõespequenas
na
cavidade uterina e determinar,com
exatidão, qualmalformação
está presente.Além
da
histerossalpingografia, outrosmétodos
deimagem
altemativos para o diagnósticodas patologias uterinas e tubárias
foram
discutidos, taiscomo
a ressonância magnética e aSUMMARY
The
aim of
this studywas
to review the literature about the importanceof
hysterosalpingography in the diagnosis
of
uterineand
tubal pathologies. Besides thecapability
of
providing the diagnosisof
congenital anomaliesof
the Müllerian ducts, intrauterine synechiaeand
leiomyomas, it decreases the useof
invasive procedures such ashysteroscopy
and
laparoscopy.The
hysterosalpingography is trustfiilland
practical todemonstrate tubal patency.
However
it presents limitations such as the inability toshow
the external uterine anatomy; the presenceof
peritubal adhesions with accuracy; small lesions inthe uterine cavity
and
to determine, with precision, the congenital anomalie that is present.Besides the hysterosalpingography, other alternative imaging
methods
for the diagnosisof
uterine and tubal pathologies
were
discussed, such as magnetic ressonance imagingand
ultra- sound.1.
INTRODUÇÃO
A
histerossalpingografia(HSG)
éum
método
radiológico que permite o estudoda
cavidade uterina e
da
luz tubária mediante a injeção de contraste atravésdo
orifício cervical.A
palavra histerossalpingografiaprovém
do
grego sendocomposta
por hystero (útero),salpinx (trompa) e graphein (escrever).1*2'4
A
históriada
HSG
iniciouem
1902quando
Lafay descobriu o lipiodol,um
óleoiodado,que utilizou
como
agente terapêutico.Em
1922, Forestier e Sicard, publicaramum
trabalho sobre cinco mil pacientes nos quais utilizaram o lipiodol
como
meio
de contrasteinjetando-o
em
diferentes cavidadesdo
corpohumano.
Naquelemesmo
ano Heuser,na
Argentina, injetou
no
útero deuma
paciente o lipiodol e publicou os resultados obtidos,considerando de utilidade este
método
para o diagnóstico precoce de gestação.Logo
após,em
1925, Diroff estudou a função tubária utilizando
também
o
lipiodol. Finalmente,em
1927,Stem
e Arens sistematizaram aHSG.
Posteriormente,com
o surgimento dos meios decontraste hidrossolúveis, a técnica evoluiu.1
Atuahnente são utilizados dois tipos de meios de contraste: lipossolúveis e hidrossolúveis.
Os
contrastes lipossolúveis,como
o lipiodol,foram
muito utilizadosno
passado,
porém
atuahnente não estão disponíveisem
nosso meio. Considerações sobre opossível efeito embólico, persistência
do
contrastena
cavidade peritoneal devido a falta deabsorção e a necessidade de
uma
radiografia após vinte e quatro horas (prova de Cotte)levaram praticamente ao
abandono
dos contrastes lipossolúveis para a HSG.1'2'3Hoje
a preferência quase universal é pelos contrastes hidrossolúveis, poisproporcionam enchimento mais rápido e melhor visualização
do
trato genital superior, sãoabsorvidos rapidamente pelo peritônio, e não estão associados a potenciais efeitos embólicos
ou
inflamatórios.1'2 Todavia os contrastes hidrossolúveispodem
estar associados aoaumento
da
dor durante o procedimento, relacionada a rápida distensão das estruturas útero-tubárias eirritação
da
superficie peritoneal.2A
principal indicação para a realizaçãoda
HSG
éna
avaliação de rotinada
infertilidade. Outras indicações são:
na
avaliação de mulherescom
história de abortos derepetição;
na
avaliação pós-cinírgica de recanalização das trompas;na
avaliação de ligaduras2
mais raramente na avaliação
do
sangramento uterino anormal.Todas
estas indicaçõespodem
e
devem
ser investigadascom
outros métodos, principahnentequando
houver dúvida.l'2São
contra-indicações formaisda
HSG:
doença
inflamatória pélvica (DIP)em
atividade; cirurgias recentes
do
útero e das trompas;na
vigência de sangramento; na gestação;e
no
câncerdo
endométrio. L2A
preparaçãoda
paciente é simples,não
requer anestesia, sendo mandatório explicaroexame
que
será realizado antes de iniciar qualquer procedimento.É
um
exame
rápido,que
érealizado
em
média
de três a cinco minutos, geralmentebem
tolerado pela paciente.Ӄ
fundamentalque
ofluxo
menstrual tenha cessado por completo para não carrearem detritospara dentro
da
luz tubáriaou
cavidade peritoneal, oque
aiunentaria o risco de endometriose eDIP.
A
execuçãodo
procedimentona
fase lútea propicia a chance de irradiar-seuma
gestaçãoincipiente, e deve ser evitada. Portanto, deve ser rotineiramente realizada
na
fase folicular,preferenciahnente entre o sétimo e o
décimo
dia deum
ciclo de vinte e oito dias.Na
dúvidaquanto a data
da
última menstruação, deve ser dosado obeta-HCG
do
sangue.3Em
relação a técnica, váriosmétodos
e tipos de instrumentos jáforam
utilizadosna
realização
da
HSG.
No
nossomeio o
material utilizado para realizar o procedimento constade
um
espéculo (plásticoou
metal), tuna pinça de colo uterino (Pozzi),uma
cânula paraHSG,
dispositivos de plástico
ou
borracha para vedar o orifícioextemo do
colo uterino,uma
seringade plástico de 10 cc
ou
20
cc, luvas estéreis, solução antisséptica emeio
de contraste.”A
paciente é colocadaem
posição supinana
extremidadeda
mesa
radiológicacom
osseus joelhos fletidos
numa
posiçãomodificada
de litotomia e cobertacom
campos
estéreis.O
espéculo é introduzido
na
vagina, visualizando o colo uterino e procedendo a limpezacom
substância antisséptica.
Em
seguida, o lábio superiordo
colo é pinçado utilizando a pinça dePozzi
no
sentido horizontal para evitar a rede vascular.O
dispositivo de borracha é entãoposicionado, juntamente
com
a cânula metálica já acoplada a seringacom
o
contraste,no
orificio
extemo do
colo.l'2A
HSG
deve ser realizadaem
equipamento radiológico dotado de intensificador deimagem, onde
sepode acompanhar
oexame
atravésda
radioscopia (fluroscopia), observando-se o enchimento
da
cavidade e das tubas uterinas pelomeio
de contraste,bem como
a permeabilidade das tubas uterinas e apassagem do meio
de contraste para a cavidadeperitoneal.
São
obtidas imagens nas diversas fasesdo
exame
em
filme
radiográficoou
em
vídeo.
Usuahnente
são obtidas cinco radiografiasõ sendo a primeira antesda
injeçãodo meio
3
de contraste; a segunda é feita
com
a cavidade uterina não distendida; a terceira deve flagrar apassagem do meio
de contraste para a cavidade peritoneal; a quarta mostra a dispersãodo
contraste
na
cavidade peritoneal e a quinta mostra o úterono
perfil. Outras rotinaspodem
ser utilizadas de acordocom
a evoluçãodo
exame.O
tempo
de radioscopia varia entremeio
minuto
a dois minutos emeio
e a radiação é estimadaem
1,32 zh 0.72 rad para a pele exposta ede 0.27 az 0.15 rad para
o
ovário.”As
complicações mais frequentes incluem dor, sangramentodo
colo uterino,perfuração
do
útero e extravasamento vasculardo meio
de contraste.”O
canal endocervical, cavidade uterina e as tubas uterinas são visualizadasna
HSG
normal.
O
canal endocervical é geralmente estreito etem
forrnato cônicocom
sua porçãoestreita
no
orificio cervical interno.A
formado
canal não varia muito entre mulheresnulíparas e multíparas, suas bordas
tem
aspecto Serrado e não deve ser confundidocom
endocervicite.
O
grau de distensãodo
canal endocervicalpode
afetar sua aparênciaradiográfica.
O
comprimento do
canal varia entre 3 a4
cm
(raramente maior que 6cm)
e alargura usualmente
mede
1,5cm
(variando entre 0,5 a 3 cm).1*2O
istmo uterino é a transição entre o corpo uterino e a cérvice uterina.O
comprimento
do
istmo varia entre 0,2 a 3,5cm
e a largura varia entre 0,1 a 1,2cm O
orifício cervicalinterno está localizado entre a cavidade uterina e o istmo.
A
cavidade uterinatem
um
formatotriangular, sendo que
o
fimdo
uterino fomia a base e o orifício cervical intemo o ápicedo
triângulo.
Uma
concavidade fúndica é normal e não deve ser confundidacom
malformação
congênita.Além
disso, um_-aleve convexidadedo
fundo uterinotambém
énormal
epode
ser acentuada pela distensão dessa cavidade pelomeio
de contraste.As
margens
lateraisda
cavidade uterinapodem
ser retas, côncavas e raramente convexas, a alturada
cavidade uterina varia entre 1,2 a 6cm
(média 3,3cm)
e a distância entre oscomos
de 1,8a 6
cm
(média de 3,7 cm).A
aparência radiográfica doscomos
uterinos é semelhante auma
pêra epode
estar separadoda
cavidade uterina poruma
constricção anular focal.O
posicionamento lateral
do
útero é consideradouma
variação normal, a não ser que outraevidência de processo patológico esteja presente causando este deslocamento.”
As
tubas uterinasmedem
normalmente
entre 10 a 12cm
decomprimento
etem
origem
no
como
uterino.A
junção útero-tubáriapode
ter urna constricção anular focal,como
foimencionado
anteriormente.A
porção intramuralda trompa
tem
aspecto oval.O
istmotem
4
mm). As
fímbrias das trompas de falópio não são visualizadas radiograficamentecomo
uma
estrutura distinta.
A
permeabilidade das trompas é demonstrada radiograficamentecom
apassagem do meio
de contraste para a cavidade peritoneal (fig.l).O
padrão da dispersãointraperitoneal
do meio
de contraste dependedo
tipo eda
quantidade de contraste utilizado.”G -' em ¬¬¬¬¬¬¬ flr ' 'f¬ f ¬ f"¬ '¬ ~~f rf ff” ~~~~ ~~~~~~~ ~ f . . ._,
meio de contraste hidrossolúvel para a cavidade peritoneal (setas).
Muitos
estudoscompararam
os meios de contraste, as diferentes técnicas e materiais utilizados e até procuraram estabelecer o valor terapêuticoda
HSG.
Enquanto
outroscompararam
os resultadosda
HSG
com
osda
laparotomia, laparoscopia, histeroscopia, ultra-sonografia, ressonância magnética e mais recentemente
com
osda
histerossonossalpingografia. Esta pesquisa é motivada pela aparente substituição
da
HSG,
urna técnica radiológica
com
mais de cinquenta anos,na
propedêutica ginecológica a partirda
incorporação de outros
métodos
de diagnóstico porimagem,
taiscomo
a ultra-sonografia e a2.
OBJETIVO
Discutir através de
uma
revisãoda
literatura a importância atualda
3.
MÉToDos
Revisão bibliográfica. Realizada consulta a obras de referência (livros-texto) e artigos científicos publicados
em
inglês identificados através de buscas nos arquivosdo
MEDLINE
de 1982 até o presente.
As
referências bibliográficas dos artigos obtidosforam
então revisadaspara identificar publicações adicionais. Análise estruturada e padronizada dos artigos obtidos
não foi possível pela variação de qualidade, métodos, desenho e abrangência dos artigos
incluídos. Ênfase foi
dada
nos estudos que utilizarammétodos
diagnósticos mais rigorosos,amostras maiores, revisões
da
literatura, apropriadacomparação
entre os grupos e seguimento mais longo.4.
DISCUSSÃO
4.1.
ANOMALIAS
CONGÊNITAS
A
incidência de anomalias congênitas dos ductos de Müller é incerta, tendoem
vistaque
muitos indivíduoscom
essas anomaliaspermanecem
assintomáticos durante toda a vida.2O
útero e as tubas uterinas sedesenvolvem
a partir destes ductos sendo necessário para o desenvolvimento normalum
crescimento crânio-caudaldo
par de ductos, fusão dos segmentos caudais dos ductos, reabsorçãodo
septoque
divide os segmentos fundidos, efinalmente a estimulação
honnonal
maternalou
placentáriado
útero e das tubas formadas.1'2'6As
mal-formações congênitas são causas raras de infertilidade, todaviaaproximadamente
20%
dos abortos de repetição são causados por defeitosno
desenvolvimento uterino e tubário. Abortos espontâneos são mais frequentemente associados
com
úteros unicomos, bicornos e septados,mas
nãocom
úteros arqueadosou
didelfos (fig. 1).Úteros septados
têm
mais prevalência de abortos de repetição devido a defeitos vascularesno
septo, causando perda fetal precoce
ou
nascimentos prematuros.4°5§.^.'-*;-'___-._;»‹;; - - _ _'z.‹1~~ _¬~.z _* _
Í
_ " -fgfl-~‹›»fl\_›‹.=â. zu"-v ,¬-.:1 .T ' _ ¬T1 " ff* 1'¬.==':z'- zzfzfz z.: :z ¬-... ~ l'f$_-*>'“= sê-“*J=**. _-Í* ¬ fl~.»›*.-z' ==?'f» ;z=~= -~ ‹ zw...-.,_z-.-.-_ . .- ~› _J z.z._- -›¡:, .`¿_= * **¢Ê:`^_--.«. - zzz .'¡...,C‹f›f‹..;‹_¿‹¿¡:¿;;-.;¡~tw ›- ¬_-¿,;__V._¡_.~._.-_-_.-_.-_._~zm _,<_ f;_ .-='-.'‹z-..=â;`,-f:¢.f<'_'==¬=..¿=_=§¿.-;.}'~z.§* 1'¿¿_='? z,¡; ., _. ›. ' ‹ >__ -›_,_.<'.- s›~;'-.,.=;›'-_-rf-'_ * _ “" , 'S . _. _›, _ _ _ ^^ i ,-::«'‹_~--*Y'›z~-'.¬::f-.=_-f---=zzfi;:-=.=T~:-_-:~.-'--_-' _-_-1 ~ > L .~_=` -' ' -^ ^¿ f_,;ö>z- _ _ _. .z~› ~_-_ _ z_-_. -z .. -››,_ z.._'_;-›,-=.-¢-_'¿. ›_ _‹ _ ,--‹- _- , -_ , _ ¬-, _ .,- ›_ _ _ -_ f P9 › 1- z J _ « › z› ) -_ E ' É ~ ~ ._ ,_ _ _ _ _. _ _ _, _ , _ _ _ __ Ji _ ._ . ¬ ___. _ _ F'-' á~ ST* ,\‹ w vz fz -z-f 'V É ' ` *zu _ :-z-'=:.¬^'=r- -_ “Í ' 9. ê _ - .;” ~ _; J- _ .“ ;-'f -z-f ` Y 2. _ -- -- \I;‹.. ¬¬ _». «À . ~ , `= _ -V ~ - _ f _ ‹ _, , - ›\ _@~:z_ ¡_._f_-_-_~. :z;';›;.-_ .:- ,_-›i _-_z__ ,›. i _ y' _ \ rzz. -*¬; _'yzz§›¿§_ ;_ '>: _ ¬ V] *_ éâ-Í* › _ " É =~t lëÁ~ I' ;¿' . -¬.~ ›~ --";z‹ ._ _ _ z -' 1 V ¬ : \'. .. * , A1 ‹ š Í × \ _; wfi  “J A 4 Y» ¬ _ _ «W-= Em _ ¬ _gi
À uziflú › OU nr rw*8
Agenesia
pode
ocorrerem
qualquesegmento
dos ductos Müllerianos,da
tuba uterina até a vagina. Pelo fatoda
agenesia uterina não ser conclusivamente diagnosticada pelaHSG
sozinho, outros
métodos
deimagem
como
aRM
ou
USG
podem
ajudar.”A
HSG
éfiegntemente
utilizadana
determinaçãode
anomalias congênitas poisprovém
um
estudo anatômico das tubas eda
cavidade uterina,porém
sua grandedesvantagem
é a incapacidade
de
demonstrar a morfologiaextema do
útero. Então, por exemplo,pode
serdificil para a
HSG
sozinha distinguir entreum
úterobicomo
(fig. 3) eum
útero septadoparcial
ou
completo.A
visualizaçãodo contomo
externopode
ajudar a fazer esta distinção,porque o útero
bicomo tem
uma
configuração bilobuladaem
seu fundo, enquanto o úteroseptado
tem
aparência normal."2'4Contudo
a presença decomos
uterinoscom
margens
laterais convexas e separação importante entre os
comos
(ângulo intercomual obtuso) sugereum
útero bicomo, enquanto duas cavidadescom
mn
ângulo demenos
de 75° entre elas sugereútero septado parcial
ou
completo.No
entanto, os valores destes ângulos intercomuais nestasduas entidades sobrepõem-se de certa maneira, induzindo erros diagnósticos e resultando
numa
acurácia de apenas toscos 55%.5Além
disso cavidades uterinasnão
comunicantesou
comos
não
opacificados pelo contraste durantea.HSG
contribuem para erros de diagnósticoquando
se realiza apenas este procedimento.1*2'4¬.~ fz -- A. '¬ _ =' . -- .¢|.;_, ~-'_ ¬ ¬..,.~- A ¬. l=- -« f _ ^ ' i-‹ .~ › -ve Í Ú z . __ ; '. .z V_. z_ .. ,__,__ N _ ___' . F 1 -~ _ F ¡.g __¡.‹ _. ». ~ ._ l":.Í‹‹ V-*"`“"' *ífz `<*~'Íz›Ê`;fz"›" › ¬ 3 ' ' " §.f'if:\§š` ix .gy .-: = ` - _ ¬ Í. _ .*~':›' 1,- .' .z_fí¿1í'¿-I^i›' ¬> ~ .' 5;,-za '-:\;_« E `-_'-_›_.}nf_-.Ç 1: Í-' ~¡` _' 'zzrí _ -Y ._.-5, _ ;~ '*"ë_M2?-.ç;¿›:'._^:-I¡ ~ ,_._› ; _ -=z.›'¬-~\ .>;›*;w. . _.f V' -1»-vz 3% z 'Y kz - _ É __ -“ ' _r› J W .z _ â- ¿‹_-'_ 1 *f f ,¿ 1 °“- _'âs‹ . rá» ff* mf' 6 * " ‹»¿;".1***za-.;_, um-wlh*' Y = ‹_ _. âšä W. ay A `.-' . W š .‹f§5*" _¿í' ff; -z:, ' - _ _. zf .fig *.‹.:;.-z-::z-: ›' . ›› m __;¿_¿___..__._¿__¿¿;¡____? za; ¬, Y ~ _ . . ,¬› ¿-, ‹ .;¬ _ _, il ^ “az-'I "¬. .-ê› -~ ‹x»_ .:. '_ ›.-I-.;__z._-;'_f-.›.\. 1 V 'Í - _- V*$1z-_;;_--1^ ‹ - _» _ _-. _- ~t.;-_¿ -¬ _ 'fz\'z“*:zí1;í'%›}›‹;¿ z ¿‹¿_; -.`jzÍ;_:,§.› '›* '*~<«‹.›;‹zf ` à's;ëz===z›.;; ._\z~. aí-~ . e 5
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_ 'Í'5
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Para a visualização
do
contorno externodo
úteropode
ser utilizado a ultra-sonografia,que combinada
aHSG
pode
melhorar a acurácia diagnósticaem
definir anormalidadesuterinas para cerca de
90%.”
Porém
algumas vezespode
ser difícil a diferenciação entremassas tumorais anexiais
ou
rniomas uterinos demá-formações
congênitas utilizando a ultra-sonografia trans-abdominal.
Com
respeito as anomalias de duplicaçãodo
útero, a resoluçãosuperior
da
ultra-sonografia transvaginal(USG-TV)
pode
definircom
maior clareza o septo,comparada
a ultra-sonografia trans-abdominal(USG-TA),
podendo
delinear o endométriocom
grande acuráciaem
ambos comos
uterinos. Porém, frequentemente aUSG-TV
nãoestabelece
com
exatidão o grau de duplicaçãodo
úteromal
formado. Este éum
casoonde
aHSG
e outros estudos nãopodem
ser satisfatoriamente substituídos pelaUSG-TV.7
A
literatura pesquisada sugere que aimagem
por ressonância magnética(RM)
étécnica de maior acurácia para diagnósticos de
má-formações
uteri11as.2'4'5'8De
particular valoré a habilidade que o
exame
tem
de caracterizar o tecido septal (miométrio versus tecidofibroso), identificando os pacientes
em
que o septodo
úterobicomo
tem
componentes
tantode tecido miometrial quanto fibroso, e estabelecendo que aquelas suspeitas de lesões anexiais
eram,
na
verdadecomponentes
de anomalias dos ductos Müllerianos obstruídos.8 Porém, certas dificuldadespodem
ser encontradascom
aRM,
como
a diferenciação entre a presençade dois colos uterinos de
um
septo baixo.4As
má-formações
uterinasdevem
ser diagnosticadas corretamente para que otratamento apropriado seja indicado evitando cirurgias desnecessárias.
Em
certos casos, alaparoscopia para avaliação
da
anatomia externa uterinapode
ser necessária para estabelecerum
diagnóstico definitivo, todavia aRM
pode
eventuahnente substituir este procedimento. 534.2.
AN
ORMALIDADES
DA
CAVIDADE
UTERINA
Anormalidades adquiridas
do
corpo uterino sãouma
importante consideraçãocomo
causa de infertilidade. Estas patologias incluem principahnente aderências intra-uterinas, DIP, anomalias
do
próprio endométrio, neoplasias e pólipos.1'2'3'4As
aderênciasou
sinéquias intra-uterinas sãofiequentemente
causadas por infecçãoespecíficas
ou
não-específicas e traumas pós-parto, pós-abortoou
curetagem, e maisraramente após n1iomecton1ia.2°3'4'9
A
prevalência de sinéquias intra-uterinas é desconhecida e10
qualquer localização
da
cavidade uterina, envolvendo estruturas adjacentes causando estenosedo
óstioda
tubana
região cornualou
da
região endocervicalpróxima
ao orificio cervicalintemo.l°2'3
O
aspecto radiográficona
HSG
das sinéquias (fig. 4) varia de acordocom
a regiãoacometida e a severidade
da
doença.As
sinéquiasaparecem
como
defeitosno
enchimentoque
distorcem
o
contomo da
cavidade uterina e tipicamente apresentamforma
angular e irregularsendo imóveis. Elas são
pouco
definidas devido as paredes uterinas estarem aderidas¡assirn¡o
contraste não consegue delimitar completamente os defeitos, sendo usuahnente diferenciadasde outras causas
de
defeitono
enchimentoda
cavidade uterina,como
as lesões polipóides porestas terem
um
contomo
suave e irregular.Os
filmes
iniciais são importantes para as sinéquiasmenores
jáque
os defeitospodem
ser mascarados pela distensãoda
cavidade uterina.”_ _,-_ zz
_
f¬__ "-`‹"" .~ T* -¬ ff ` Ú _ l _':;¡;`_`,' V ` -""-1-7 ° ff-'”'f'Í'=' Í; ›› Ni zé* ¿_ :Aff ç il* * ip; Í t- I.¢1:^»..à_ . . "Q afFigura 4 ~ Histerossalpingogramas de pacientes diferentes demonstrando formas de apresentação distintas de
sinéquias intra-uterinas.
Outros
métodos
deimagem
podem
ser utilizadosno
diagnóstico de sinéquias intra-uterinas,
como
a histerossonografia, aUSG-TV
e aUSG-TA.2
Na
USG-TV
as sinéquiaspodem
ser ocasionalmente vistascomo
pontes de endométrio serpiginosas e ecogênicas.7A
histerossonografia é
um
método
realizadocom
um
aparelho deUSG-TV.
A
diferença básicaentre os
métodos
éque
antesda
realizaçãodo
exame
é necessária a introdução deuma
canula11
plástica
com
o auxílio deum
espéculono
oriñcioextemo do
colo uterino.Após
afixação do
material é injetado
aproximadamente
5ml
de solução salinana
cavidade uterinacom
objetivode distendê-la e então a
USG-TV
é realizada.1°'“Não
há consensona
literatura pesquisadaquanto a terminologia
da
histerossonografia, pois Bernaschek et al.7 referem esta técnicacomo
sendo a colocaçãodo
transdutor dentroda
cavidade uterina sob anestesia geral.Soares et allo
compararam
a acurácia diagnósticada
histerossonografia,USG-TV
ehisterossalpingografia
em
pacientescom
doençasda
cavidade uterina tendocomo
“padrãoouro” a histeroscopia, e encontraram a
mesma
acurácia paraHSG
e histerossonografiaquando
se tratar de sinéquias uterinas. Neste estudo a pior performance foi
da
USG-TV,
tendo osautores concluido que este
método
não é confiável para a investigação de sinéquias uterinas.”O
potencialde
utilização deRM
no
diagnóstico de sinéquias intra-uterinas já foitestado,
porém
em
apenaspoucos
casos, não demonstrando vantagens sobre os outrosmétodos.9
Nas
anormalidades endometriais taiscomo
câncer de endométrio inicial, pólipos, hiperplasiaou
hipoplasiado
endométrio, aHSG
não é oexame
de escolha para a avaliaçãodestas patalogias.2'3'4'12 Nestes casos deve ser indicada a realização de
USG-TV,
USG-TA
ou
até histerossonografia.3
As
vantagensda
USG-TV
em
relação aUSG-TA
são: a) excelentecaracterização dos tecidos ovarianos e uterinos; b) transdutor mais
próximo
dos órgãospélvicos, gerando imagens de alta resolução até
mesmo
quando
existirem aderências,obesidade
ou
distensão das alças intestinais; c) performance rápidado
exame,sem
desconforto minário pela retenção urinária, permitindo o
agendamento
mais eficiente; d)boa
aceitação
da
paciente.3Cunha-Filho et al 12
compararam
aHSG
com
a histeroscopia para determinar aacurácia destes
métodos no
diagnóstico de lesões intra-uterinasem
296
pacientes inférteis econcluíram
que
aHSG
não é suficientemente segura, quanto a especificidade e sensibilidade,no
diagnóstico de patologiasda
cavidade endometrialem
pacientes inférteis.A
comparação
entre os achados histeroscópicos e histerossalpingográficos revelou
uma
sensibilidade de75,21%
euma
especificidade de4l,4%
para aHSG.”
Os
leiomiomas são neoplasias benignasdo
corpo uterino,bem
delimitadas ecompostas de tecido muscular e conjuntivo, sofrendo raramente malignização.
O
mecanismo
preciso pelo qual os leiomiomas
causam
infertilidade é desconhecido.São
classiñcados pela12
detectados pela
HSG
e pela ultra-sonografia,no
entanto pequenas lesõespodem
passardesapercebidas
com
estesmétodos
ealém
disso a localização precisa desses tumores é difícil.4Na
HSG,
leiomiomas não calcificadospodem
ser detectados apenasquando
alargam cdeformam
a cavidade uterina, enquantomiomas
subserosos são frequentemente inaparentes anão ser que
levem
ao deslocamento óbviodo
útero e estruturas tubárias.Contudo
sem
oacompanhamento
de defeitos de enchimentoda
cavidade uterina,nenhuma
indicaçãoda
localização destas lesões é aparente.
Os
fihnes
iniciais são importantesno
diagnóstico dos rniomassubmucosos
(fig. 5), pois ocasionalmente os defeitosno
contomo
endometrialpodem
estar mascarados pela introdução de grande quantidade de contrastef'
Figura 5 - Histerossalpingograma inicial de
um
mioma submucoso na região fúndica.A
USG
permiteuma
rápida e fácil investigaçãoda
presença de leiomiomas.Os
achados característicos são
aumento
uterino, anormalidadesno contomo
e massas focaiscom
uma
ecogenicidade diferente daquelado
endométrio nom1al.l4 Todavia, tumoresou
lesõespequenas
têm
apenasminima
diferençaem
relação ao endométrio nomaal.A
USG-TV
égerahnente
melhor
que aUSG-TA
para a detecção e localizaçãodo
mioma.13Pequenas lesões são detectadas mais frequentemente
com
aRM
e esta técnicatem
mais sensibilidade e acurácia que a
USG
eHSG
em
determinar qualsegmento
uterino está13
USG,
RM
eHSG
com
os achados cirúrgicos e histológicos,demonstraram
uma
sensibilidadede
85%
e acurácia de94%
para identificação e localização domioma
paraRM
, versusuma
sensibilidade de
69%
e acurácia de87%
paraUSG.
Quando comparam
RM
e aHSG,
asensibilidade e a acurácia
da
RM
foi de91%
e96%,
respectivamente; enquantona
HSG
asensiblidade foi de
18%
e acurácia de72%.
A
especificidade das três diferentes modalidadesnão
foi significantemente diferente; elasforam 100%,
97%
e98%
para aRM,
USG
eHSG,
respectivamente.
Quando
amioméctomia
M.
for indicada, aRM
érecomendada
para avaliaçãopré-cirúrgica de quais segmentos uterinos estão envolvidos. 14
4.3.
ANORMALIDADES DAS TUBAS
UTERINAS
Os
fatores tubários são urna importante causa de infertilidade, estando presenteem
25-40%
das pacientescom
esta queixa.2*3”4A
HSG
é importantena
avaliação diagnóstica dosfatores tubários
porque
provém
informação sobre a arquitetura intemada
tuba uterina e suapermeabilidade. Obstrução
pode
ocorrerem
qualquer porçãoda
tuba e ser localizadaradiológicamente. Contudo, problemas técnicos,
espasmo
tubárioou
outras consideraçõesanatômicas
podem
mirnetizar obstrução tubária. Consequentemente, a não visualizaçãoou
o enchimento parcialda
tuba uterina não é específico de obstrução.1*2'3*4A
obstrução tubáriatambém
pode
ser consequência deuma
DIP ou
endometriose,alguns
poucos
casos são resultado de aderências devido a cirurgias prévias emenos
ainda sãocausados por lesões
como
amiomatose
uterina. Assim,pode
interferirna
fertilizaçãodo
óvulona
ampola, eno
desenvolvimento epassagem do ovo
fecundado atravésda
tuba uterina para a cavidade uterina.A
obstrução tubáriapode
ser prontamente diagnosticada durante aHSG
quando
apassagem do meio
de contraste para a cavidade peritonealnão
é vista.Os
espasmos
(fig. 6) são frequentemente diagnosticados
com
dor durante oexame
e deveria ser suspeitoquando
uma
porção proximalda
tuba está obstruída.Sendo
assim, muita atenção deve serexercitada para
não
diagnosticar bloqueio tubárioquando espasmos
resultamem
exames
falso-positivos para obstrução.
Uma
técnica cuidadosa e filmes tardios deveriam ser obtidospara afastar esta possibilidade, Aitualmente,
nenhum
dos vários antiespasmódicos disponíveis14
esquerda devido a espasmo tubário, revertido no filme posterior após alguns minutos de pressão pelo meio de
contraste.
Na
DIP
aguda
aHSG
é contra-indica@ pelo risco de piorada
doença eaumento do
risco de infertilidade, e nas pacientescom
DIP
crônicapode
reativar a infecção.1'2'3 Nestecaso, a
USG
deve ser utilizada poispode
demonstrar a hidrossalpingeou
piossalpinge,absesso tubo-ovariano e líquido
no
fundo-de-saco. Tanto aUSG-TV
quanto aUSG-TA
sãoin‹1izaà‹›s.”
Os
achados radiográficosda
DIP
dependerãoda
severidade eda
localizaçãoda
infecção,com
envolvimentomínimo ou
doença restrita as aderências peritubáriaspode
sernormal. Ocasionahnente aderências peritubárias causarão delineamento pobre e
compactação
da
ampola
Lun sinalchamado
de “pinçamento” (fig. 7). 13Em
um
recente estudo realizado porKarasick e Goldfarbls foi demonstrado
um
valor preditivo para este sinal de75%.
Os
critériosutilizados neste estudo para o diagnóstico de aderências peritubárias foram: 1) pinçamento
da
tuba; 2) contraste
em
lojas aderênciaisna
cavidade peritoneal; 3) dilataçãoda
ampola; 4)duplo contorno
da
parede tubária (halo peritubário); 5) tubas uterinas orientadas verticahnente.”15
v z 4 1
Por sua vez Thota et al” sugeriram após
uma
revisão de 241 pacientescom
patologiaperitubária tendo
como
padrão ouro neste estudo a laparoscopia, que aHSG
não é ométodo
de escolha para a determinação de aderências peritubárias.”
A
resolução deuma
salpingite écomumente
associada adano na
mucosa
tubária eaderências peritubárias.
A
hidrossalpinge é formada pela reabsorção de material purulento esua substituição por fluido seroso,
que
pode
continuar a se acumular e produziruma
grandedilatação
da
trompa.Na
presença de hidrossalpinge aHSG
geralmente demonstra obstruçãodistal total
da
trompa, ausência de extravasamento peritonealdo
contraste eacúmulo do
mesmo
na
região ampular exibindo dilatação tubária.1'2'3 '17A
salpingite istmicanodosa
(SIN) éuma
condição raraque
envolve as tubas, suaetiologia é desconhecida e as possibilidades incluem causas congênitas, degenerativas e pós-
inflamatórias.
A
origem
do
nome
provém
de sua suposta causa inflamatória (salpingite), sualocalização (istmo) esuas características patológicas (nodularidade
da
tuba).A
suaapresentação clínica e aparência patológica suportam
uma
causa adquirida.Na
HSG
aSIN
(fig. 8) é vista mais
fiequentemente
associada a dilatação e obstrução tubáriado
quecomo
um
achado isolado. Irregularidadesda
tuba, usuahnentena
porção istmica, e a presença demúltiplos e
pequenos
divertículos são os sinais radiográficos típicos.A
intensidadeda doença
16
- ; V › ~
está presente algum derramamento de contraste na direita.
A
avaliaçãoda
endometriose pelaHSG
é limitada, porque o envolvimento das tubasnão é
comum
edoença
anexial não é vista diretamente.1'2'3'4Swart et al 19 realizaram
uma
meta-análise de vinte estudos,num
total de4179
pacientes
com
infertilidadecomparando
aHSG
e laparoscopia, tendocomo
padrão ouro alaparoscopia, na determinação de permeabilidade tubária e aderências peritubárias tendo
atingido urna estimativa de
65%
para sensibilidade e de83%
para especificidade para aHSG.
O
significado clínico deste resultado é que se oexame
for negativo, isto é, tubas pérvias, nãoexcluirá
doença
tubária e se oexame
for positivo, isto é, obstrução tubária, provavelmente existedoença
tubária.No
entanto o estudo demonstrou que aHSG
não éum
exame
confiávelno
diagnóstico de aderências peritubárias.”Apesar
da
HSG
ser o estudo maiscomumente
utilizado para demonstrar permeabilidade tubária, outras técnicastêm
sido utilizadas, taiscomo
ahisterossonossalpingografia, a histerossonografia
com
radionuclídeos e a doppler-sonografia.A
histerossonossalpingografia(HSS)
é urna técnica semelhante ada
histerossonografiacom
adiferença
do meio
de contraste utilizado.O
meio
de contraste utilizado (p.ex.Echovist®) éuma
solução de galactose contendo micro-bolhas de ar quetornam
omeio
eco-refringente17
revolução
no
diagnóstico da penneabilidade tubária, perrnitindo o estudo de seu trajeto pelastubas.2°>21
Schief e Deichert” estudaram a eficácia diagnóstica
da
HSS
utilizando o Echovist®em
120 pacientes
com
suspeita de infertilidadecomparando
os achadoscom
osda
HSG
elaparoscopia.
Concluíam
que estemétodo
é confiável poispode
reduzir a exposição aradiação ionizante
ou
procedimentos invasivosna
investigaçãoda
infertilidade.Dijkman
etal”
avaliaram prospectivamente a performanceda
HSS
eHSG
no
diagnóstico de patologias tubárias
em
100 pacientes inférteis econcluíam
não haverargumentos fortes suficientes par substituir a
HSG
pelaHSS,
ou
para rejeitar o usoda
HSS.”
Ambos
procedimentospodem
ser utilizadosna
avaliação de patalogia tubária e atuahnenteexiste
um
consensona
literatura mundial a respeitodo
valorda
HSS
como
método
altemativoa HSG_11,19,2o,21,22,2s
Lesões polipóides, particularmente neoplasias,
da
tuba uterina são raras. Lesões não-neoplásicas incluem pólipos endometriais e mucosos, os quais
ocorrem
tipicamentena
porçãointra-mural
da
tuba uterina. Neoplasias benignas são reahnenteincomuns
e incluemleiomiomas, mesoteliomas, e mais raramente, tumores mesenquimais.
O
leiomioma e o mesotelioma se apresentamcomo
lesõesbem
defmidas, gerahnente pequenas, de aspectopolipóide que
podem
se projetar para a luz tubária e até causar obstrução. Lesões malignasprimárias
da
tuba uterinatambém
são raras,porém
lesões malignas secundárias são muitomais
comuns
epodem
ser metástaticasou
vindas de lesões adjacentes.O
adenocarcinomado
epitélio tubário é responsável por
menos
de1%
das patalogias malignasdo
trato genitalfeminino.
A
ampola
é a porção maiscomumente
envolvida, e20%
dos tumores são bilaterais.A
lesãopode
serpequena
ou
grande,podendo
se apresentarcomo uma
massa
anexial.Inflamação tubária crônica está frequentemente presente, e obstrução
com
piossalpingeou
hematossalpinge
podem
ocorrer.As
pacientes geralmentetêm
mais de quarenta anos de idade,mas
mulheres mais jovenspodem
ser afetadas e se apresentaremcom
infe1tilidade.1'2NORMAS
Para a realização deste trabalho
foram
adotadas asnormas
daRESOLUÇÃO
n°. 001/2001aprovada
em
Reunião
do
Colegiadodo Curso
deGraduação
em
Medicina
em
05de
Julhode
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diagnóstico de permeabilidadeTCC
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0338Autor: Isolani, Rafael
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,ATítulo: Histerossalpingografia..
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