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-IHENE DE ALBUQUERQUE
(Do Instituto de Educação do Distrito Federal)METODOLOGIA DA
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MATEMATICA
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(De acôrdo com o programa do curso ·de formação do professor primário) Orientação minuciosa e sugestões a>ráticas
acêrca.de todos' os pontos do pr'?grama. do curso primário
Para uso de professôres primários, 'Orien-tadores de Ensino e a.hmos dns
Escolas Nermais.
3" EDIÇÃO
Ilustrações de
C0SETTE JEE ALBUQUERQUE
1
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• •JOGOS E RECREAÇõES MATEMATICAS
pela Prof essôra ~rene de Albuquerque
. t• ? _ Como ensinar Materna ica · ._ Como tórnar clara e interes-sante essa ciência?
- Como facilitar a árdua tarefo. do Professor?
Todos os delicados p.roblemas que essas três perguntas envolvem são ampla e brilhantemente resolvidas neste magnifico volume.
O Professor que deseja exercer o magistério com sincero e real devo -tamento, e se dedica à Ciência dos Números, deve trabalhar inspirado Por
uma
preocupação constante:Tornar simples, atraente e vivo o
ensino
da
:&Iatemática
.
.A. rotina encarquilhada ignora a Utilidade do jôgo no ensino das vá-rias disciplinas; o educador moderno, que o conhece, não o dispensa.
. Nas substanciosas páginas dêste livro, <>s Professôres encontrarão cen-tenas de jogos de grupos, jogos de classes, jogos coin competição, jogos se.m competição, jogos orais etc 3
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ediçãQ, dois v-0lurnes. ' ·
Preço, br. · · · ... Crs 90,00
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METODOLO
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OIGnAUZADO\W
OBRAS DE IRENE DE ALBUQUERQUE (*)
- Metodologia da Matemática. ~ Jogos e Recreações Matemáticas. - Tudo é Fácil (em colaboração).
•
- Di~rio de Lúcia (em colaboração). - Educação Doméstica.
- Te~tes para o Curso Primário. (Livro para o professor) . - Caderno de Testes , . 1 a sene. · · - Cademo de Teste.s , · serie. 2 a · · - Caderno de Testes , 3 . a sene. .. · - Caderno de Testes , 4 a · s r1. e. - Caderno de Teste.s 5 a .
• · s rie. - Cálculos Grad d
ção I Subt. ~a os (Adição I, Adição II,
Subtra;
Divi :1 r~~~ II, Multiplicação I Multiplicação II, sao , D1v1sao II) . '
- Prática de Ensino p 1 .· . .
unario (em colaboração) . - A Prática de Ens·
Escolas Norm . (mo nos Institutos de Educação
e
ais monografia; publicação do INEP) ·1 ' • r • '
. (*) Professor · te ·~ ·
trito Federal ca dratico d 1 . · , n· l . o nstituto de Educação do DiS
lp ornado Pelo I .
nal de Filosofia nstituto de E . , College for Tea~hcom cursos de a:pe~;~ação, pela Faculdade N acd~' p ers. eiçoamento no George Peabo J
rofessor de cursos d e aperfeiçoamento do INEP. I RENE DE ALBUQUERQUE
METODOLOGIA
DA
MATEMATICA
(De acôrdo com o programa do curso de formaçãodo professor primário)
Orientação minuciosa e sugestões práticas acêrca de todos os pontos do programa do curso primário. Para uso de p1·ofessôres primários, orientadores do
Ensino e alunos das Escolas Normais. 3.ª E D 1 Ç ÃO
Ilustrações de
COSETTE DE ALBUQUERQUE
CONQUIST
A
Av. 28 de Setembro, 174 - Rio àe Janeil'o
CONQUISTA "Ama-se mais
com · 0 que s
mais trabalho" A ~ conquisto · rist6te/es u
•
Ao Prof. Hcwoldo Disboa da Ca11hc1,,
que nos Jwn·rou com a distincão de sua c1·ítica esclarecedora
Ao Prof. Ismael França Cami1Jos
que nos ofereceu sugestões de grande valia para a p1·esente edição
'
•
INTRODUÇÃO
Tôda C?'iança de inteligência nonnal, seni ser bri· lhante, é capaz de aprender, com relativo fa'ito, as noções dos programas de Matemática da escola p1rimária; pode, ainda, resolver com certa facilidade os problemas de Ma-temática que a vida lhe apresenta.
A Matemática não é difícil, mas e?'l.$inar Matemática é das tarefas que exigem maior dose de ?'eflexão, de bom.-senso e de cuidado.
Em, geral, o professor erra algumas vêzes, antes de encontrar o caminho certo para rninistrar dada noção; e, enquanto o p1·ofessor está e1-rando, o aluno não está apren-.
dendo. ·
Po1· se1· uma ciência Lógica, certas noções precisam ser dadas antes de outras, a fim de que os alimos possami jogar com elas. Há ainda a preocupação com a dosagem, certa, com a gradiuição de dificuldades, com o desdobra-1nento de casos que a nós parecem idênticos, ?nas são di-ferentes para a C?W!nça; há o apê'lo constante ao seu interêsse, iL sua experiência anterior; há, :Sobretudo, a necessidade de certo conheciniento de psicologia que nos leve a uma adaptação tão perfeita ao tipo de r<Lciocínio da criança em cada idade, que seja êsse o raciocínio que em-preguemos ao ministrar-lhe u1na noção.
Proporcionar à criança o prazer da "redescoberta" em Matemática é wni di?'eito que lhe tem sido negado em detrimento do êxito do próprio ensino. Quando ela é capaz de descobri?· iima reg'ra e chegar a enunciá-la, es:;a regra está sabida pa1·a semp1·e, e o tempo gasto são apenas. al-guns minutos. Se, ao contrário, na ânsia de economizar tempo e esfôrço, damos a 'regra, o "saber pronto" pa1:a a criança usa1·, estamos of~r~çerW,Q -iima tarefa 1nuito 1n<H$
8
mENE DE ALBUQUERQUE dificil e desinte'ressant
nos vários dia.s. volt e, e
ª
su~ w1wendizagem vai to11ia1 ·-daí a semanasdaí
aremosª
insistir no mesmo assiinto quecimento". ~ª
meses, porque have1·á sempre o "es -que a crianÇaeiq~:
nwn.ca confessamos a nós meS?nos é a aprender. ece 1u.sta7nente porque nunca chegoi"Nosso ensino apela . •
me11w1'ia, não ,,.;gni'f' .muito .Para a memória· e como · · .,. ica intel' 4
• '
oencia normal ou su . i~encia, a crianca de inteli -menta1·es, se não Pe?:o1· deixa1·á de ap1·endér coisas ele
-A M Possui boa mem, . atemática que . O?'ta.
e concreta, à nossa volt:~ exige na escola 7n'imária é viva ~::sa Pa1·a o quad,1·o-ne ;.
0Quando essa mesma Matemática . mat<!'"a, tfra.lhe a ~id de uma sala de aula o
profes-~:~
~·~ciocín
io
não Podese~'
~oma-a
abstrata; 'a c1·ian(W,N mate~iática do Quad ainda abstrato, é inca .. paz para Pa, ises est-as univeniclades american r~-neg1·0".
vêm t~
1
. eªº se '!_n-Ultiplicando ~~ como em alguns outros estudantes8PJntaneamente oitclin~cas
Pedagógicas, aonde unive1·sitá'. esde o cu1·so m·ú:::;v~ados_ pelas suas escolas, est1idosd'to,
9ue não encont no ate ao mais alto nível ca1·-lhe~ umP;-imefro ~idado 1~am ~ ~xitodevido nos seu.s
ou
sup~~- este de intelig 4.ª
clinica consiste em apli--· "Vr, o e'ltu,,- encia· se t 7
Em ge1·al
1· u.u.nte estagia'·, es
a:
se prova nor1n<tv M atemát•c,, ' . alJuis em le 't ? a na clinica. • .... 01·ig · i u1·a ·
ocasião de lidar ina11i o insucess e . em noções básicas d e
Jo~'
com uma.
c~1?!-
estuciant 0· do estudante. Tivemos tu is meses,p~::isao
dear'it;,~
.de 2.º ciclo secundárionarrnas,
em tôdas ram a alcan :;ica elementa1·, em um a sendot s Po1· mét0A_as
n~té1'ias ~t·
boc; colocação em suas ªndo · '-'-08 tao · ins · eles t · l · ótima , cociente . inadeq'Uad' in iam sido ensi -tatndo iª1t:e ereaçõ;~tel~ctuaz mu~:
Que,. às vêzes, apre-C a as Que 08 Ps~cológica i o acima do normal, apensO::p~'(
quep~;:~Udicava
1
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;~
1-:nais!
vinham arras-racincínio. os métoa08 ' Que1·emos 1 ~uitos anos.nós, prof
~s:. ~riia
luta,i~u~
,n?s, adu7tnsina1· a 40 crianiçascriança
a re
01 e8, nos mog?r:a,,·
se1 . os, usamos eni nosso suamatu?'ia::Jve,.
os seu.sdificãssem~
bem mais fácil que e Pode Pe 1 Ptoblema. s, e ensinássemos a '1nitir, 8 Pelos métodos que aMETODOLOGIA DA MATEMÁTICA 9
As páginas que se segu,e1n são o produto da experiên-cia individual, funda1nentada por leitm·as, cursos e obse,, ·-vações; pen.sa?nos mes111.0 que os nossos melhores mestres fora?n os 1wssos alunos, e confessamos que a nossa apre~ dizagem, se fêz, e11i parte, à. cil-Sta do sac1ifício de algumas dezenas de c1'ianças qite não alcançara111, sucesso pelos 1né-todos que lhes quisemos impor. Não consideram,os nem conipleto neni ver/eito êsse trabalho. E' apenas uma con-tribuição honesta aos alunos elas escolas normais que se prepara1n pa1·a a missão de ensinar, aos autodidatas, ou aos que tê?n função de orientar professôres co1n pouca ex-periência, ou, ai?ula, aos mestres sinceros que não se sen -tem plena1nente satisfeitos com os 'resultados 9btidos cm seu ensino. Tôdas a.s S'ltgestões Q'lt.e nos fo1·eni 'remetidas se1·ão bem-aceitas e estudadas va1·a edições poste1io1·es.
Êsse liv1·0 não ap1·esentará novidades pa1·a ?nuitos, ne?n p1·etende ser original. Para outros, talvez, cause cho-ques co?n sita.s crenças mais arraigadas. Foi esc1'ito para ser lido se?n idéia,., preconcebidas; p1·ete1ule ser útil, p1·ét, tico e desataviado; seu único mfrito, talvez, é p1·ocurar coloca1· o professor de Maternática eni tal identidade cora a C?'iança, se'li modo de ver, de senti->', de agir, de pensar, qic,e a Mateniática se torne sim,ples, fácil, agradável e vi·va. Não há u?na linha, imui palavra, que nã.O rep1·esente a crença sincera do autor.
1.ª
PARTE
CAPÍTULO I
PRINCíPIOS GERAIS DA APRENDIZAGEM A - Aprendizagem espontânea
Há uma porção de conhecimentos que a criança ad
-quire espontâneamente, assistemàticamente, fora da
es-cola; o nome dos petizes das vizinhança, o caminho da
casa da vovó, o lugar onde se guardam os brinquedos ou
os doces, etc.
A própria observação da maneira pela qual ela
apren-de vai-nos ensinar a basear o nosso ensino em princípios. condizentes com a sua psicologia. Como aprende ela tudo
isso? Aprende pelo uso, porque ouviu os nomes várias
vêzes ou <:hamoü várias vêzes por êles, ou porque fêz várias vêzes o mesmo trajeto.
Êsse uso prendeu-se a uma necessidade, ou a uma sen
-sação de satisfação, a um interêsse, enfim. Ouvir ou
cha-mar os nomes dos colegas, ir à casa da vovó foram fatos
que ocorreram várias, -muitas vêzes, mas em dias
dife-rentes, em situações diferentes; a criança nem notou que
aquêle elemento comum - nome dos colegas, caminho da
casa da vovó - estava sendo repetido. Margarida, Luís Paulo, por exemplo, seriam nomes abstratos, se ditos
iso-ladan1ente, mas a criança os aprendeu para designar os
seus donos; ela tem um conhecimento conc'reto dêsses no
-mes: Margarida, Luís, Paulo. Se lhe ensinassem que Mar -garida, Luís e Paulo são nomes de pessoas, e ela nã~ e~
nhecesse essas pessoas, êsse cpnhecimento não teria
....
12
IRENE DE ALBUQUERQUE B - Aprendizagem dirigida
Essa crianca que api·end - . h ta . , m esma que vai . - ' para a escola. e sozm a ~ ntas . . coisas e a . , sistemático q • e se esse ensmo mtenc1onal, mos eleme~to~e ª esco~a se propõe, lhe oferecer os mes-aprendizagem niue
ª
vida de ~ada dia lhe proporciona, a0 apresentara problemas E é fácil conseguir : · 1 - Prover muitas . d
tar cadeiras co~t v~na as experiências (Ex.: con-repetição peÍo uso~1 mesas, conchas, etc.) ; fazer a 2
- Distribuir 0 treino d _
mais intenso no . .e. cada noçao de maneira a ser do-se mais raro inicio da aprendizagem, tornan-que a aprendiz;gmas sen_i desaparecer, à proporção
em se firma. 3 - Dar um E sentido, · um int .A A
_ssa tem como ponto d eiesse_-a toda aprendizagem. çao Problemâti·ca e partida sempre uma sitv ~ -"V e sen·e a . 1
amos ver qual d . r.eso ver novos problemas. dos meninos ou 0 d os Jar?ins está mais florido · o d~spesas para a ir:s .me~inas". "Vamos calcular' as
di-la~"-
"Vamos fazper.essao do nosso jornal e divi-cursao d a tal lugar et r nosso ho . · · ,, rario para urna ex -a motiv-ação d-a ~p-~·na·. E' a tão debatida questãol izagem. Pode-se bem
os seus mold ve~· _que, quant .
teiras estuda e~ tr~d1cionais de ;; ~ais a escola abandona janela, mais 11 0 ~Ições, e deixa enmos _sentados nas car-pontâneamen;:otivosA Para a a
iue
~ vida ihe entre pela Brasil (conhec' De todas ases~lendizagem
aparecem es-que mais apre:mos relativament as que temos visitado no rurais deButan~~tam essa
identi~ ~oucas,
é verdade) as nador no Distriti' em São Pauloª
e com a vida são as rural o centro daFe~e~·aI.
Isso P)o~e
Santíssimo eGover-s atividadeGover-s es 1
1
que, sendo a atividade co ares, dá o motivo, cria
í
METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 13
a necessidade ou desperta a curiosidade para as aprendi-zagens ditas "intelectuais".
Nas escolas não rurais, (*) a aprendizagem se origina de problemas surgidos para atingir objetivos outros a que nos propomos: ornamentação da sala de aula, plan-tação d~ um jardim ou horta no terreno da escola, orga-nização de um museu, de um laboratório de química, de um livro de histórias, de um sistema de correspondência escolar interestadual. etc. Nunca deparamos situação mais desagradável do que chegar a uma sala de aula e dizer: "vamos fazer umas contas", ou "vamos aprender a somar frações". Os motivos forçados, as histórias em que criança alguma acredita, jamais chegam também a motivar; são o ensino tradicional mascarado de moderno ; são a forma sem a essência, e de nada valem, desde que não atinjam a sua única finalidade: dar um sentido, um interêsse in-trínseco a tôda aprendizagem.
4 - Tornar todo conhecimento objetivo.
Ex.: Contar coisas, ao invés de enunciar números de 1 a 100; medir extensões com um metro ou uma fita mé-trica, ao invés de papaguear uma lista de múltiplos e sub-múltiplos, usados ou não.
A criança gosta de ver, pegar, sentir as coisas.
Quanto mais nós apelamos para os seus sentidos, me-lhor é a aprendizagem. Usar objetos do mundo real, de-senhos, massa plástica, papel e tesoura, etc., ajudam mui-to mais do que longas explicações ou infindas decorações. Apelar mais para o raciocínio e a evidência do que para a_memóri~, é o papel do professor. A objetivação da apren-dizagem e de grande valor para o seu êxito.
(*) Ultimamente, a Escola Guatemala no Instituto Federal,
te~ · vivido experiências muito ricas de ' significação para a
14 IRENE DE ALBUQUERQUE
5 - Oferecer situações para que a criança redescubra. fórmulas, regras ou relações.
.
Aos invés de ensinarmos que 2+
2 são 4, provere-mos ~port~nidade para que a criança junte dois grupos de d01s ob3etos e "descubra" que o total é quatro.~? invés de ensinarmos a fórmula para achar
a
ár~" do. tnangulo, perrJitiremos que ela com pa pcl e teso ui: a, veJa. que. pode partir um paralelog~·amo em dois triângu-lo~ .. iguais e, daí, "redescobrirá" como achar a área do tnangulo.6 - Einsinar l p ouco d e cada vez, graduando as d'f' uldal ·1c -e ~s e atendendo ao interêsse.
'Êsse é o pont f . . edor
à aprendizag 0 que az o ensmo intencional suP ce uma porção ~: esp~nt~nea. Assim como o mei~ of er~o
nando de acôrd oportunidades, que a criança vai. ~e}ec es assim a escola
~ c.~rn..
os seus interêsses e possib1lldad rn' ensinando-lhe ara esse trabalho de selecão e dosagt.e ·1'd . Pouco de c d . . ~ · f <1>c1 , ;P.01s o mais difícil a a yez, pr1me1ro o mais . ,.. eia
logica, é preciso sel ·
~
como e a Matemática uma cien raª
aprendizagem d ecionar ainda as noções básicas ?~0 •
ª~ m~didas de
co~
~?tras;
a numeração ante da adiça~
nao e Preciso po/ imento antes das de área etc. Co~e numeração P~ra exemplo, conhecer todo o, sistema . ·s~~
adição, essasa~~.:~n~er
as combinações f undamentfl;e dee~=~~~dot
à .. ordemded~i~?ens
vão-se alternando,.sernç~es
in eresse. iculdade, e resolvendo situa 7 - Formar h'b'
tôrn d
ª
ltos salut · eJllevit~r
0 ensino daM.
ares~ ~onexões agradáV~
1~to
e 0 fracasso. atematica; promover o e:>eCAPÍTULO II
A MATEMÁTICA E AS DEMAIS MATÉRIAS; PLANOS DE TRABALHO; PLANO DE AULA 1. Sendo a globalização do ensino de valor indis-cutível na escola primária, a Matemática não pode manter-se isolada. A motivação torna-se muito mais fácil quando as necessidades ou as oportunidades para o uso da Mate-mática nascem naturalmente no desenrolar do di.a escolar.
A Matemática, em inúmeras ocasiões, vale-se das ou auxilia as demais disciplinas; tem uma terminologia ap1'opriada, que é linguagem; lida com desenhos e côres, divisões do tempo, etc. Quanto mais a Matemática se apre-sentar em conexão com as demais disciplinas, resolvendo os problemas numéricos que a vida apresenta mais ela
estará ligada à vida. '
2. Nenhum ensino pode ser eficiente sem plane-jamento cuidadoso.
O plano é esboçado, primeiramente, em suas linhag gerais e, depois, nos seus pormenores. Há três tipos de planos:
a) Plano para o ano letivo (programa escolar). b) Plano para o período correspondente a uma uni-dade de trabalho (é chamado geralmente "plano de
tra-balho"). ' ' 1
r
para noção nova ou c) Plano de aula (diário) ~ fixação dei
6
iRENE DE ALBUQUERQUE
3
· Linhas gerais para o planejamento e realização de uma unidade de trabalho:
U?i.dade de trabalho ... .
Serie escolar
...
...
...
.
.
.
.
.
...
'1 - Planejamento
a) Escolha d qual
estejam relacionad e um as·sunto geral dentro do b) Indicação as as matérias do currículo. é
rias
do currículo a das questões das diferentes rnat 1vj· tnento da U~idad serem .estudadas durante o desenvo
e)
La
e.ra ni t· . nçamento d · , eis pa· o ivação. a unidade: condições poss1v d) Métodos
e) Material a empregar.
~) ât~v~dad~s
co .h) liab1tos e atif Plementares necessárias.
Duração
Prov~des
a desenvolver. ave} da unidade.II-E
a) xecução
nos de
a~damento
da u . s pia·b) A ).. nidade (faz-se através do
(e ~vaha - d
rn relação ao ça? lleriódi nidll e e) "MatériºhJetivo Pro ca do andamento
d~
~llla~s).
Prova). a doniinaa llosto e às noções ass1rn1 uftlii
d) Tem '
ª
(verificação por meio dee) Obs llo gasto
etva - . ~atura} Çoes sôbt
registrados atnpe,nte êstes te"' a execução a.el' os 0
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cieJl'l "r -A. l\iatemáf ertnin0 d u timos itens só po
açao do Pla ica dev a unidade bO'
de trabalh no Pal'a o e seniPre . . na ele.
de
ProbI o, 'Pois el . ~esenv l . ser prevista unida
s
emas numér·
ª
e ltnp 0 vunento de uma ... 0 dº . icos. ºrtante Para a resoluçsMETODOLOGIA DA MATEMÁTICA 17
Nota - O plano àe aula deve ser registrado num
ca-derno especial.
Ao iniciar a unidade de trabalho, o professor deve transcrever o plano desta no caderno de planos, de modo que não há necessidade de mencioná-la diàriamente, nem
tampouco fazer referência à série escolar.
Pela motivação prevista no plano, podemos examinar
se a Matemática está sendo dada realmente em conexão
com as outras matérias. em relação à unidade de trabalho,
ou se o professor insiste em isolá-la.
Embora, à proporção que adquire prática, o
profes-sor possa ir resumindo o seu registro de planos, dêle devem
constar sempre, por exemplo, os exercícios propostos para fixação ou os jogos realizados e as questões por êle
en-volvida~
bem como os problemas resolvidos pela classe. Tôdaes~a
parted
~
ve
ser planejada por escrito e colecio-nada no caderno de planos, para que o professor possa consultá-la ao elaborar outros exercícios.Após cada noção nova de aritmética dada à classe,
seguem-se sempre uma revisão, oral ou no quadro-negro,
e um exercício escrito de fixação.
4. Linhas gerais do plane de aula:
a) Série escolar - data
b) Unidade de trabalho
c) Matéria
d) Objetivos:
1 - aquisição de conhec!mentos (assunto; mencionar se se trata de noção nova, revisão da matéria, fixação ou verificação da
apren-dizagem; no caso de fixação, indicar se é por
exercício ou jôgo e explicar sumàriamente o jôgo).
2 - formação de hábitos e atitudes.
e) Material a ser utilizado f) Motivação
-18 IRENE DE ALBUQUERQUE
g) Andamento provável (como a aula será enca-minhada)
_ h) Exercícios (para aplicação, treino ou verifica-çao; transcrever os exercícios, jogos ou problemas).
. Naturalmente que, num dia escolar, serão dadas
vá-rias aulas,
pe
várias matérias; a Matemática pode encon-t~·a.r seu mo?vo na própria aula anterior, de outra ma-tena, ou, diretamente, na unidade de trabalho (vejaexemplificação de plano de aula de Matemática).
. 5. A ~atemática, e.orno outras disciplinas, exige um treii:io especial, que precisa ser dado por exercícios siste
-~ati~ados de treino ou por jogos. 1!:sse treino tem uma
fmahd~de em si mesma e, portanto, fixa as noções a cujo aparec:n:ento a Unidade deu motivo, mas não envolve. necessariamente, problemas ou questões d'
ta
tr
gadas à unidade de trabalho F ire men ei-sôbre feira ou sôbre mei'os de.t azer problemas somente ta. is ossem as unidades de trabalh fA ransporte po d ' r exen_ip l o, se
pletamente sem sentido e ao . ,0 da classe, sena com-.. ~ d . • inves e desp
ta
·
t ~esse a criança, causaria mon t . o oma. er r o me-SUGESTõES PRATICAS A - Sugestões relativas às
un
.
d d, i a es de trabalho
A titulo de sugestão
~~~orsª~
0
ª~ ~e
2.ª e~-ª séi'.ie~º:~~s
t~ltoguns
tópicos dosmá ti ,
ª
0 0 que eles nos lemb . 8 n Federal e colo-1. ismo ca. ·E preciso notar do ensino que -nao 1 se am, tr em relação t d à Mate-dos numérico ' mas que a Matemát· a a e um artificia-outras maté ~· completa as noçõe ica, fornecendo osda-rias se propõem. s que os programas das
I - Su.gestões Para a 2 a , .
) · serie·
. a Como unidad .
g! amas, são das ma. e~ de trabalho .
vida da fazenda e à is. interessantes ' analisando os
pro-vida na cidade ª~rque .se referem à ' P meio d~ livro de .
ÍlfÉTODOLOGIA DA MATEMÁTICA 19
histórias, fazenda em miniatura (construção) barra para
sala de aula, "cinema", etc.
b) Tópicos e sua relação com a Matemática: Canteiros - filas de plantação; contagem de 5 em 5,
de 10 em 10, etc.
Animais - número; contagem; adição, subtracão ·
criação de pintos; chocadeira - multiplicação, divi°são 1
subtração, adição. '
Vegetais - frutas das árvores, flores dos jardins
-adição, multiplicação.
Animais e vegetais - preço de venda dos produtos e.a fazenda; listas de preços ; moedas, notas.
Meios de transporte e comunicação - preços, moedas,
notas.
Carros de bois - contagem de 2 em 2, de 4 em 4. Ruas - pares e ímpares; numeração de 2 em 2, de
4 em 4.
Vida na fazenda e na cidade - horários das dife-rentes atividades; leitura de horas, cartas enigmáticas.
Valor do gêlo para conservação dos alimentos - ar-rumação de geladeiras: adição, substração, dôbro.
II - Sugestões para a S.ª série:
a) Unidade de trabalho: "Album Turístico do Rio"; "Aventuras de um turista no Rio" (livro, diário,
cine-ma, etc.).
b) Tópicos e sua relação com a Matemática: Pontos aprazíveis da cidade - transporte, tempo, preço, dinheiro; - curiosidades para comprar (postais,
trabalhos de asa de borboletas, etc.) - dinheiro, proble-mas de compra.
Praças - tamanho, perímetro. forma, sistema mé-trico.
Fatos históricos, datas - subtração.
Correio - preços de cartas aéreas, preços de trans-portes de livros - massa (pêso) - registro, selos, en-·
comendas aéreas ; problemas sôbre dinheiro e massa. Telégrafo - tempo, horas, preços.
20
IRENE DE ALBUQUERQUE
Estradas de ferro e de roda e _ .1• metros· transpo ·t d
1 g m - extensao, qui o -mento;' cubo 1 .e e ~a as e de _volumes; acondiciona-pêso. ' paralelepipedo, medidas de comprimento,
Agricultura, indústria , . · , .
pregados, trabalh f . e co~erc10 - salano de em-pagamento
quinz~n
~ito,
em unidade, horas de trabalho; mento · tamanho deªl
pagamento mensal; lucros,abati-cas
pa~·a
fazendas e:enc~~s, ta~a!ilio
de canteiros, cêr-para animais; cálculo
~euo~
,
viv~1ros
de aves, cercadoslaranjal, cálculo do leit
ª
P10?u.çao aproximada de umtidade de manteiga (c e ne.~s~ario para fazer certa
quan-pesa com alimentos de :~ci ~ e ~
1massa), cálculo da cle s-nais para 0 consumo d imais ; e.a culo das compras
sema-t~ç~o
dos agricultores)eo~~a
~?b
1:;ha
de _fazenda (alimen-ranos), retalhos vendidos e~ ~-~1.~ª (alimentação de op
e-do comprimento, do preço, etc.)~ ncas de tecidos (cálculo B -Exemplo da posicão. da Mate , .
de uma Unidade ·de Trabalh:'(!)ca no Planejamento
CASA DA BONECA (Período preparat, " .
(lo ono. · ano - Primeiro m ~ d . . es e aula) I - Di.~tnbuição da mat , . e?'UL· . l) - Noções de· . .
pr1do, curto. la. . grande, pequeno. 1
igual. perto' l rgo, estreito; muito ' a to, baixo; com-' , onge · à f ' Pouco · m ·
primeiro último. ' . rente, atrás. em '. aior, menor,
2) ' - Contage , mais ' me nos; direita . • cima em b · ' a1xo' .
3) _
e
h . moral dela 20 • esquerdam ' on ec1mento bº . , .
eros formados por . o Jetivo de cole
-4) - Leitura d do1~, três ou ma· çoes até 10.
(Nú-nhos. e numeros de
1· 15 grupos).
5) a 10 · ,
, - Escrita d . ' numeros
vizi-num-;r? como colecã e nui:ieros de l at, .
~úmero
Õr~i~~)mero
natur:l~O
~
significad?~e
(•) p • como pos1çao
rof. Alcirenia G B
. raga Fontana.
METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 21
6) - Dias da semana.
7) - Noção de cruzeiro. Problemas orais com res-posta oral ou objetiva.
8) - Conhecimento da esfera.
II - Exernvlos de mot-ivos que a 1midade vode oferecer para as a1wendizage11s citadas:
1) - O tamanho ela casa da boneca (grande, peque
-na) ; a localização, etc.
2) - . O número de personagens, os cômodos, etc. 3} - 10s chapéus, os vestidos, etc.
4) - Os vizinhos. etc.
C - Exemplo ele um plano de aula de Matemática
1.ª série - 31 de agôsto de 1948. Unidade de trabalho: Livro de Classe.
Cálculo. Objetivos:
a) treino de problemas orais com cálculo
e
resulta-do escritos;
b) ordem e asseio nos trabalhos; operações armadas convenientemente, algarismos bem feitos; boa posição para a escrita; atenção à leitura do problema (pelo
pro-fessor) .
Material: Folhinha do livro de classe, distribuída entre os alunos (um exemplar está anexado ao plano).
Motivação: Continuação das aventuras de Felipe na
fazenda.
Andamento provável:
a} Motivada a classe, distribuir o material, reco-mendando que escrevam apenas o nome e a data, na mar-gem;
b) Recomendações sôbre execução do trabalho, ati
-tude, etc. ; ·
c) Leitura do l.º problema, execução pelas
crian-ças, correção individual pelo próprio aluno, usando a
22
IRENE DE ALBUQUERQUE
que as crianças devem oh d
mente verificará se tôda e tecer; a professôra imediata-d) Le"t s en enderam ·
. 1 ura do 2 o probl •
riormente, e assim po1··
a·
tema, procedendo como ante-FJX erc1c1os: (Tipo _ , • 1an e Hi~to .a) Um empregado ti. rieta em problemas) : par, e outro tirou 1. Qua ta_ºu 2 mangas para Filipe
chu-b) Filipe começou ~ s mangas Filipe chupou?
coelhos. Numa . passear e chegou 1 • ram 4 Q casinha havia 8 co Ih. h ao ugar dos
c). ~antos. coe~hos ficaram a~· l~ os, depois entra
-FºI' . 0 chiqueiro havia '
m!l
! na casa?1 ipe abrm a p ·t uma duz1a d .
caram? or a e fugiram 4 Q e porquinhos.
· · uantos porquinhos
fi-d) No milhar I F' ·
tavam verdes
ª,
ihpe colheu 10 .· Quantas espigas mad :spig~~· mas 3 es -ur as Fihpe colheu? Prof essoranda . L
. ucy Serrano Ribeiro
'
CAPÍTULO III
HABITOS, ATITUDES E IDEAIS A DESENVOLVER; SUA IMPORTÂNCIA
1. O professor costuma dar mais atenção ao ensino
do que à formação de hábitos, sem se lembrar de que os hábitos concorrem para a melhor aprendizagem. Geral-mente, a preocupação com os exames o absorve. Entre-tanto, se o aluno não "faz prova" de hábitos, a maneira por que se conduz numa prova é resultado da formação de hábitos.
E' preciso insistir com a criança, até que o hábito se
forme, mas convém não esquecer que dar ao aluno o
porquê de cada hábito ajuda-o a formá-lo, uma vez que a criança, conscientemente, trabalhará para a consecução do objetivo conhecido. E' sempre tempo para progredir na aprendizagem, mas um hábito indevidamente formado
é um empecilho à formação de hábitos devidos. Portanto, quanto mais cedo nos preocuparmos com o assunto, melhor.
2. A ve1rificação dos cálculos realizados é um dos
hábitos de maior importância, e pode ser realizada de várias maneiras :
Números terminados em zeros, números decimais, oferecem fáceis oportunidades a resultados absurdos ; no entanto, não é difícil formar o hábito de sempre rever
es~a parte, ao fim de cada operação ; da mesma forma, evitar-se-á o esquecimento de sinais de cruzeiros, ou das denominações em medidas de comprimento, capacidade, etc. ; mesmo nas últimas séries escolares, é freqüente en-contrarmos áreas e volumes expressos em unidades line a-res, por falta de verificação.
24
IRENE DE ALBUQUERQUE
~ ensino das provas das _
permite dar ênfase ao valor' da º~~r.aço:S fundamentais do o professor não pedir a . venficaçao. Mesmo quan-prova real, para algumas
0 PI
0
.Yª
real, por escrito (e a vez que é mais difícil d peraçoes, deve ser evitada umarta t 0 que a próp · · '
po . n e que faça os alunos .. na operação) é
im-lnd1camos, para isso no t ~er1f1carem as operações
f?~damentais, as pro~as es. u 0 especial das operaçõe~ c1c10
·
r
deveria ser dad mais aconselháveis ·Cad .o com a 0 ·d · a exe1-ver1 ique as operações ... " I em completa: "Efetue e
A ve1"ificação , t
Problem . . e, anibém. im.po t
q as' considerar certo o r ante na 1·esolução de
m~~~~~~~
!~
pequeno"en:a~~.~s~e
cert~
um problema critério que nãm~lo,
cem cruzeirosemvh~ula,
transfor-o aluno precisaº eve ser seguido de mil .cruzeiros, é
qüências de tal .. compreenqer a si~nificm~ne1ra alguma; nos comecem a ~ngano" na vida real açao e as conse
-~ente,
oprofess~~so~ver
9ualquerpr~btntes
que. os alu-todas as formas de e~~r.a c~amar-lhes ema, m~1vidual tado satisfatório. venf1caçao necess,
·
ª
atençao para dados usados no ~e con_f erir cada o e ar:~s a um resul -blema; estar certo ~ calculo com os ~oraçao; conferir os zero, denominação e que não houve enunciado dopro-~ que P~etende dai?~ sinal de cruzeire~gano em vírgula,
~:ze).
perguntamos~
esp.onde,realmen~
ver se arespos-~~~~~d;,e~asz~~~o r~su~iil~~l;o e~c~n~~~~s
~·e~~~:3~1~:a
~~~
' Pelo me cu o me t se aproxi d evitado nos, os er n al em " , mam a
s. ros mais gross . numeros redon
-e1ros serão a .
<> 1 ss1m
u. Cla1·ez
dos cálculos a ~l": esc1'i,ta d
devem s~r , .fac1htando os alga1'ismo
estimulados a sua verifi s! boa disposição
4 · L evar . caçao ou correção ' trando a aten
-º
trabalho sedo com a r çao na taref
mpre
à suadoso, que
~~~~!~ªcerta, tu~e·â
términ~º:óZusão,
concen-Ja exercícios i~teal que o' Pro~e contentan-eressantes essorhabili-' consegue
for-METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 25 mar nos seus alunos, conseguindo, assim, que os trabalhos
de Matemática sejam desejados pela classe.
5. Presteza na execução ãe tarefas, exigindo,
sem-pre, e cada vez mais, pe1"{eição e rapidez, através de um estímulo crescente nesse sentido, é de grande valor, não
só para economia de tempo, como, ainda, porque a mo-rosidade, quando permitida, leva os alunos a desviarem a atenção das tarefas que executam, cometendo erros e, até, fazendo decrescer o interêsse.
6. A correção d.o trabalho deve ser considerada
importante por alunos . e professo11; isso é conseguido quando, pela nossa atitude, levamos os alunos a se sen-tirem felizes consigo mesmos pelo seu êxito; e, quando
errarem, à compreensão de que o êrro não é uma situação
permanente, mas algo que pode ser afastado; humilha-ções nesse sentido levam a criança a desinteressar-se da correção, a pretender enganar o professor e a persistir no
~rro.
7. •Em suma, o ideal do trabalho rápido, conipleto, certo, bem, disposto, deve dominar na classe, e o espírito de precisão que a Matemática desenvolve só assim serâ conseguido.
I
•
CAPiTULO IV
TAREFAS DESNECESSÁRIAS EM MATEMÁTICA 1. Em Matemática, muito do tempo e da atenção que a criança deveria dedicar ao trabalho propriamente ~e Matemática, é empregado em tarefas absolutamente
desnecessárias para a aprendizagem.
Uma de tais tarefas é o cabeçalho que precede cada
exercício feito em caderno. Tal tarefa vai-se tornando des
-necessária, à proporção que a criança vai sabendo escre-ver, sem erros, o nome da escola, do professor e a data.
~preferível que a criança tenha apenas um caderno para
todas as matérias e faca cabeçalho uma vez por dia, ao
início dos tr~balhos escÓlares .
.2. A cópia do en:u,nciado dos problemas é outro tra-balho que faz demorar e perder o interêsse pela atividade.
As. vêzes, um problema, que é resolvido em 5 minutos, e:inge 15 para a cópia, na qual, não raro a criança comete
~rros de linguagem, justamente porque está
desinteressa-~· Justifica-se num problema de tipo novo, que a
profes-sora queira deixar arquivado nos cadernos dos alunos;
relo menos 75
%
dos problemas feitos em classe, entretan-t º~ Poderiam poupar tal tarefa, calculando uma média de {eds Problemas para o treino de cada tipo novo
apresen-a o.
d É preferível numerar os problemas que vão sendo
bf
dos em classe e escrever) apenas, por exemplo, "Pro-se~nia. n.º 20 - Solução". Muitos de tais problemas podem 0 feitos em fôlhas de bloco de papel-lousa, economizando eQcad
1 erno, tão dispendioso para muitas criancas das noss~s
• 'l'ço as públic~s: ·
28
IRENE DE ALBUQUERQUE
a·
Anna-r ·cálcitlos ·mentalmente é ainda CJ.'lt~
ª
.C1-zança possa e deva fazerbom-senso. ' ' exigencia que demonstra falta de
4 · Cópia de cálcul
longa, fastidiosa que t. os a sere1n efetiwdos é tarefa ~tividade sem vaÍor al, 1 az erro~ e. cansa a atenção em hzmente, ainda
pre~i
s
a:
de preJAud1car o interêsse. Infe-material impresso. os usar esse recurso, na falta de. Nas escolas onde há m. ,
interessante fornecer cálc. l in;eografo ou duplicador é
dobrar a fôlha de papel-lo~ os impressos e fazer o al~no logo abaixo de cada operaç::· efetuando nela os cálculos,
ª
operação indicada para colarmada. Nos casos de estar ~~h col~nas,, procede~·-se-á da ~:r ao lado os resultados,ª
e calculos podera' . sma forma. Assim uma mesm..
ª
· · servi·· tA · 'serie escolar durant !
ª
odas as turmas da quentes.o
.
· e um ano ou ate'•
,
banos su se-s copiadorese-s o .
rolos de gelat' _ u duplicadores . ,
uma escola ou ma, sao hoje de custo n;an.uai~'. a base de
serviço na eco num .&rupo de prof essôr insigmf icante para As matrizes -omia de tarefas de 1 es, prestando grande
ou lápis
espe~~~
P~eparadas
fàcilm~~nos
e de prof essôres. n.a pelo .espaço ~ ,i·~nsferidas para a e com papel-carbono tirar as cópias aximo de um . superfície de gelati-id d
ª
· Pode s minuto Ae escolar e é ra . ,er. confiada a · operação de
Economizando Pi~issima. qualquer crianca de
alunos escre , ainda as , . ~
poder- vam nelas ' copias, não d ·
forem a~ ser usadas atê corno aconselham eixan~o que os S r:;tdas se gast que o Papel o . os acima, elas
fa ,e qu~remos qu e, Pelo uso. u
ª
cartolina ondevoraveJ a a e nossos l
o seu estua PrencUzagem a unos tenha
0 a tarefas áridde Matemática
m_
uma atitudeas e sem P . ' ;iao associemos toveito.
CAPÍTULO V
FIXAÇÃO DA APRENDIZAGEM: EXERCíCIOS SISTEMATIZADOS E JOGOS DIDÁTICOS
1. Planejamento de exercícios sistematizados
Para se obter os melhores resultados é mister que
os exercícios sejam previamente organizados ou planeja
-dos de acôrdo com o objetivo primordial - a fixação. Os
exercícios dados sem essa preocupação de sistematização deixam-nos no escuro para agir. O professor que propõe exercícios ao sabor do acaso, muitas vêzes perde tempo
demasiado com treino de conhecimentos fáceis e deixa esquecidos outros que estão a exigir de sua parte a mais detida atenção .
Devem merecer a atenção da professôra, não só os
exercícios feitos em classe, como, também, a tarefa que os alunos levam para casa. ·
Para o planejamiento do exercício podemos considerar
os seguintes aspectos, tendo ein conta que a realização do exercício, em ciasse, deve corresponder, tanto quanto
pos-sível, ao seu planejamento:
, . a) Quanto ao objetivo - Ao planejarmos os exer -c1c1os para os nossos alunos, devemos cogitar, antes de t';ldo, do conceito, noção ou habilidade que pretendemos fixar. Isso feito, teremos definido nosso objetivo precípuo:
manejo da vírgula decimal, cálculo de porcentagens, etc.
:tl:sse objetivo deve ser bem delimitado, para que os exercícios alcancem o máximo de eficiência. A prática
aconselha a reduzirmos cada noção a fixar a seus elemen -tos mais simples, para que o aluno, com o pensamento
30
IRENE DE ALBUQUERQlJÊ
orientado no mesmo ~ f d .
zagem mais rã
·
a
~en 1 o, se entregue a uma aprend1-b) Qic~-it~1 ,aJ·
~egura, poupando tempo e energia.tos
i·t·
ia
'
ª
ificitldade - Nos exercíciospropos-' a e i icu ade deve fica . d t .
que se deseja trein 1.
ª
s nta ao conceito ou noçãotreinar raciocínio
c~·
A.ssim,qu
~
ndo
o nosso intuito émente de cálculo ~b mpre-nos ev!tar que a parte
pura-c) Quanto ao =~rva a at~n~ao dos alunos.
formulados de tal t mento basico - Os exercícios serão
ta· i~, sor e que varia d ·
se conserve 0 elem 't , ~ o os elementos ac1den-tre1nar: en
°
bas1co, o que se pretendeObservemos a . · s seguintes operações: Nota-se no 506 - 184 -308 - 59
=
1 085 - 957=
4 032 - 875 -Postas va .· ~xemplo acimahá um'.a .. ~~a 0 nu~ero de algai:isi::e, nas operações
pro-subtra ã lngular1dade" que os de cada têrmo, mas
zero
n~ ~i~om
recurso, àord~~~anec~:
trata-se de uma Eis 0 q~~ndo, ei;itre dois alga~ferior, ~parecendo urnou fixação. constitui o nosso ob ~~?s significativos.
. d) Qiianto , . Je ivo .de treinamento
dispostos em d a se1~ação - O
pe.q~ena
difi~~ld~~
crescente dedi~i:xercícios
devem ser i1:11c1a1 que o ajuda e~ adquire o alu uldade. Vencida uma~ivamente. Além d.ra a vencer a se n~ certa experiência. ogo, valioso estím~~so, o Primeiro ê g1nte, e assim
suces-. ~) Qiianto , 0 Para o Pro xi
? constituirá
, desdecordancia entre o a <;<iequação ~eguunento do trabalho· voca
~-
e
êstesfore~rvel
da~ur~
e~~e
hav~r.perfeita
con-de~
a
o
lamentável~e~as1ado
fáceis exerc1c1os propostos. cie mpo e energi es1nterêsse d Para os alunospro-rne~~!·a~
~
ercício
s
~e~~mad ativÍd
a
âeq~~~ ~·esultará
perda.dimento n erro~ geram o ~a ~s .e difíceis e1radmente desp
i-egativo So' esan1mo e , con uzem tàcita-. se de so Pod
Ve Propor um ern trazer
ren-exercício quando
METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 31
as noções que êle subentende foram bem explicadas e
compreendidas.
f) Quanto ao tempo - Eis outro fator de importân
-cia prima-cial. Aconselha a prática a evitarmos os exer
-cícios longos, que se tornam fastidiosos, e, também, os
extremamente breves, que não sejam suficientes para fixar
uma noção. Impõe-se-nos achar o equilíbrio entre os extre
-mos condenáveis do exagêro. (10 a 20 minutos de resolu-ção, em média).
g) Qi(,anto à va1-ied.ade de técnica e de tipos - Deve
-se variar a técnica de trabalho, ou o tipo de exercícios; a variedade evita a monotonia, favorece a aprendizagem
e torna-a mais atraente.
"A repetição de um.a aprendizagern não a melhora, necessà1-iamente.
De fato, se se desse jit,Stamente a mesma coisa de
cada vez, o aluno não poderia nieUiorar".
São infinitos os modos de conseguirmos essa varia
-ção. ·Citaremos apenas alguns exemplos:
- Dar o trabalho no quadro negro.
- Dar o trabalho escrito no caderno.
- Fornecer o trabalho impresso para o aluno resolver.
- Fazer uns alunos proporem questões a outros. Usar o sistema de perguntas.
Mandar completar lacunas.
Mandar escolher a resposta certa dentre uma lista. É fora de dúvida que haverá inúmeras modalidades,
de acôrdo com o assunto e a série escolar, as quais o Pr.of essor habilidoso vai, aos poucos; descobrindo e
criando. ·
h) Quanto à motivação - ·Os exercícios constituem uma atividade da turma e, como tal, devem ser bem moti-vados, como ocorre, aliás, com todos os trabalhos
esco-lares. Impor um exereício à classe não é o meio de con-seguir os melhores resultados. ·
r
Às vêzes, a motivação pode surgir pela simpleshabi-idad; do professor em fazer a turma sentir a necessidade de f!xar certos conhecimentos. Os exercícios podem-se seguu· a uma noção nova, que, quando bem ministrada,
----32
IRENE DE ALBUQUERQUE
lhes dará motivo· pod . - ta b,
trabalho d ' . -~mo, m em, partir da unidade de de moti~a 0çao. ~ e 0 prnressor encontrará inúmeras fontes
2· Direção dos exercícios
Proposto o exercício , t ,
antes. do início do trabalh
ª
urma, e .necessário expli:á-Io as crianças. Se assim - 0 e conseguir a atenção de todas entenderão a tar·efa nao se der, elas, muitas vêzes nãofl proposta '
icuamente, resolvendo-a d f .e Pe.rderão tempo impro-essa falta de direção inici~l 0II!1a ll1correta. Além disto, estudantes que precisarão d · vai. aumentar o número de
po~cas vêzes terá êle de e explicações do professor. Não
~~~~ulada~
,P?r alunosdifer~~~arece:
dúvidas idênticas exerc1c10 deve evitar 0 êr~~ Nao devemos esquecer' Para fixar o certo. 3. Correç- d
ao e exercícios A correção
Próprios aluno Pode ser feita
Esta prática , s, usando o quad Pelo professor ou pelos dos e Pode
obe~e~referida
Parao:o-neg.r~,.
se necessário. l) er a qualquer d exei:c1cios sis tematiza-umaqu~
s
t
Professôra cham . , as formas abaixo :o. ar a cada al
11) A uno para resolver
assegurai· mP:of essôra, Para
i a1or l econo ·
~~~~~;
~
ro,
enquan~:r:zad,
resolverá~~ar
tempo, ou para ic10. a a crianç .questões noqua-a corrig · .
Tôda corre _ e o seu próprio
Precisa ser be çao, entretant . turma P m coment d o, seJa de
correção ara .que todosª ªe com a Part9-~e ~aneira fôr, t: n aux1he, reaJm se mantenham i~1paçao geral da e não
m~~:ssário cham:~te,
a aprendiz interessados eª
·
se fixe rar a forma a atenção agem.· errad a, evitando Para a f' . orma correta
' assim, que o êrro
METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 33
Quando a verificação é feita no quadro-negro, o pro-fessor precisa ver, pelo menos de vez em quando, os tra-balhos dos alunos. Não com a preocupação de emendar erros, que isso nada adiantaria; o trabalho mais.lucrativo de correção é o que é feito à vista do aluno. Apresenta êste método, de revisão dos cadernos, dentre outras, as
seguintes vantagens:
iO aluno tem prazer em que o seu caderno seja visto pela prof essôra.
O professor avaliará melhor os progressos que o aluno vem fazendo. em caligrafia, ordem, asseio e aprendizagem. A correÇão posterior do trabalho pelo professor jus-tifica-se na 1.
ª
série ou quando se trata de uma pequena prova, isto é, um trabalho de verificação.Não é preciso lembrar que, durante a "direção dos exercícios", o professor procura corrigir ind ividualmen-te, e no momento de ocorrência, as falhas apresentadas pelos alunos.
4. Planejamento dos jogos didáticos a) Objetivos:
O jôgo didático serve para fixação ou treino da apren-dizagem. É uma variedade de exercício, que apresenta mo-tivação em si mesma, pelo seu objetivo lúdico.
É êste objetivo, consciente da parte da criança, que o torna tão valioso na fixação da aprendizagem. Do ponto de vista do professor, entretanto, o objetivo da atividade não é apenas o alvo a que o jôgo se propõe, isto é, ver o cavalo que chega primeiro ao fim de corrida, ou formar um desenho, ou armar um dominó, ou conquistar a
ban-de~ra da ·vitória, etc. Do ponto de vista do professor, a criança deve ter treinado alguma noção, ao fim do jôgo, tendo melhorado a sua aprendizagem.
f Torna-se, pois, necessário planejar o jôgo didático de ?rma a que ambos os objetivos sejam atingidos: é
pre-cis~ que êle não redunde em tarefa para a criança; não sera, também, apenas uma brincadeira; se êle, embora
(
:
-
-
-34
lRENE DE ALBUQUERQUE
exigindo esfôrço mental - .
aprendizagem tambe' '_ nao tiver concorrido para a
S d ' m nao terá sid 't·1 . . en o um jôgo didáf o u i .
dec1d1r a vitória. taico, o acaso, a sorte não devem saber. (e) ' es deve ser conquistada pelo
- O objetivo didático d .
nando apenas uma no ão .eve ser bastante definido,
tre1·
se
r
v~s;
cálculo de árei do'~º:
exemplo: adições semre-~~r~~o
d; frações ordinária:etangulo e do quadrado; con·Jogo e Permitir que
5 ' etc. Justame:o.te a vantagem jô mesmo assunto sej~m e~r c!l-nsar, muitas questões sôbre ab~o pode ser dado com ob ~m!l-das. Excepcionalmente, 0
anÉge~do várias noções Jetivo de revisão da matéria,
• amda de . · :
bem
a·.·
·
'
PIImac1al · . ~jôgo
~~~g~do
naf~1
"
;n
ação
eJ:P~;tância
o papel do jõgO tude1 de si~ve ~remar honestid~ iva, do aluno; através d.0 regrasestab
pati~
ao vencedor0 de, companheirismo,
a~
1-sões do juiz el~i~a~, disciplina ~ao .vencido, respeito o..s
decisões just. Juiz, Por sua nsciente, acato às deci· as e sensatas. vez, far-se-á impor pelas
h) Duração: · O jôgo dev
x1ma de 20 3 e ser econo~ ...
d a O m· · •ulCo em t
ores sentir-se-ão inutos), do con . ~mpo (duração má;
vez de jogar ou enfadados esp trar10 os próprios joga;
f:e mais de um a~uardando' que e~a~do que chegue a sua
. mpo, melhor A.J~gador estive Jogo termine Sempre
~~~ferível q~e ;~ ~
do_ Ponto~e
Pv~rticipando
a.o mes!rllºfoga~/os ~etnais.q
Oestoes Proposta:ta da aprendizageJ111Para da~s simultâneam~so do quadro-~ um Jogador apro;
turma a a s~a contrib .n~e fazendo egro, com 5 ou 6 T odos Prove1ta e em 5 uiçao ao J. ogo ~ é as suas operações 40 ou ma· os alunos de ou 6 etapas ~ ·~ 0 melhor. Tôda a
is. vem fogar m Jogo está concluído.
- - ' esmo numa turma de
(•) IIá
empregados • l'ecreac;ões
tar o gôsto :a~ 1?1Uito sir:;~ternáticas na
interê os lllas s quai
sse dos aluno cujo Valor ~ 0s. conhecimentos 8 Pelos n - ons1ste em
aumen-umeros.
a as: k a
-
•.
.
METODOLÔGJA DA MATEMÂTIC.A. 3ó
e) Tipos:
O jôgo individual é aquêle em que a criança joga consigo mesma; dêsse tipo são os jogos de armar figu
-ras, por exemplo. Quando cada uma das crianças de uma
classe recebe uma figura para armar, o jôgo é individual,
em, situação coletiva.
O jôgo coletivo é aquêle de que todos os jogadores participam para atingir ao mesmo objetivo lúdico. Ex.: armar um dominó, recebendo cada criança uma pedrinha.
Neste exemplo dado, o jôgo é sem, com,petição. No jôgo de competição de partidos as crianças estão distribuídas em grupos, disputando uma vitória para o seu partido. Ex.: uma corrida de cavalos, com obstáculo; cada partido corre com um cavalo; cada jogador vence um dos obstáculos, que é a operação. Pode haver com,petição in-dividiial, quando é um aluno o vencedor; são os concursos e campeonatos. Os jogos coletivos, ao invés de ocupar tôda
uma classe, exigem, às vêzes, apenas um pequeno grupo.
Podem-se fazer jogos com ?naterial especial, alguns
mais fáceis outros mais requintados. Entretanto, mesmo os jogos sem material especial, como os jogos ele quadro
-negro, ou os jogos ao ar livre, usando bolas, bandeirinhas,
etc., são de grande utilidade. Material comum aos jogos
de azar deve ser evitado : dados, cartas, etc .. d) Direção:
A explicação da "técnica do jôgo" - isto é, da manei-ra de jogar, suas regras e penalidades, - deve ser feita
claramente ao início, para evitar confusões no seu decor-~·er devidas à falta de compreensão. Às vêzes, pode-se
Jogar um pouco a título de exemplificação, para evitar
dúvidas. Dentre as penalidades, as referentes à disciplina devem ser logo combinadas ; uma vez estabelecidas, devem
ser respeitadas, ou o juiz perderá a autoridade.
5 - TRABALHO SUPLETIVO
Da realização de um jôgo, muitas vêzes, decorre a necessidade de um trabalho supletivo, em casa ou na :!S·
86
IRENE DE ALBUQUERQUi!
co~á;
trabalho igual para tôacordo com as diºfe . da a classe ou variável de d d renças ind· .d .
tievos s · e classe podem · d . erivar-se IVl • am a, trabalhoua· 1s. d De outras s ativida-s
uple-, . Nas ta1·efas Pa1·a e
varias condições: asa precisamos atender porém a
a) O tr b ' · '
escolar - ª alho deve ter c t' .
unidade e
d~a~.
s~r
uma tarefac~1:ni~utaidade
com o trabalho b) D ra alho que se estáJ
e mente desligada da trabalhos a:v~ ter tôdas as condi :_senvolvendo.c) D c asse. çoes requeridas para os d. ispoem para r - eve-se lev . ar em conta o
fessor
empregae~hzar
os exercício tempo de que os alunos tarefas demas· rda Para corrio-1· l s e o tempo que o pro-ça t ia as Le b "' - os. É • · .s rabalham · m remo-n Preciso evitar as que elas Precis!~ ~asa e não nos os de que muitas crian-c d) Os trabalhr tempo Para ebi1:1eçamos, também, de
omentaaa com os de casa d incar.
P~ra
'otra~af;;alquer
outro t~vbem
sofr~r
correção, necessidades ina· . o supletivo ra alho.n· ·
.
iv1dua· em cl12 1 iv1dir a classe is, aconselha s asse, atendendo às alu~o~nos, ~e acôrdo ~: três ou q~:b.~ seguinte prática: mogêneº saib~m)' Param seu adianta o grupos, de 10 a tarefas ~s. Dois ou três obter grupos me~to (sem que os balhar
s~:q~adas
aosse~rup?s
podem~~s
ou menos ho-mesa do ;n os, enquantos n1veis e nas s ª~ ocupados em dificulda~e~fessor, recebe ou~ro grupo qu~1s possam
tra-seus Pontos f Que ªPresent explicações
s~ ~Is
posto junto à Os trab racos. arn, e trein P ementares sôbre seguida co alhos destinaa o especial sôbre os d ea· •
iscussão rreç-ao, usana os aos outrosVariana~r~I. 0 0 QUadro-neg~upos sofrem, em 0 Professor t d s grupos q g o, ou por meio
vez que n~m o os recebe u~ trabalha .
todos, o oue n_?rupo de ~Oigua1 aten~ d~retamente com ou mais. ao acontece a l.2 ha' o Individual uma
D em t 0Port · '
Pítul ªªndo o tipo urmas de 30un1dade para o III, mesmo o de material e 40 alunos
s grupos Que Pro
Que estão t Pusemos no ca-rabalhando s, OZl-.
METODOLOGL.\ DA MATEMÁTICA 37 nhos podem receber tarefas adequadas aos seus níveis de
adiantamento, uma vez que não é necessário determinar exercícios iguais para todos. O uso de tal material ainda poupa ao professor o trabalho de transcrever exercícios no quadro-negro, uma vez que bastará distribuir às crian -ças os cartões impressos, para trabalharem de acôrdo com êles.
SUGESTõES PRATICAS
Daremos aqui alguns exemplos de jogos que não demandam material de difícil confecção e que podem ser
usados para treinos diversos:
1. Corrida de aittomóveis - Cada partido disputa a corrida com um automóvel (adquirido em casas de bri
n-quedos; cavalinhos de corrida também servem). Numa
fôlha de cartolina ou papelão do tamanho da mesa da professôra, traça-se uma pista, circular ou retangular, dividida em setores ou quadras. •O exemplo abaixo dá para 36 jogadorns; se fôr maior o número de alunos, aumen
-tam-se os partidos ou as quadrículas.
1
11
~
--
~~~-~-·
=---=-c
~
--
~~14-~-=j.
...
---t. (*) , Vide "Jogos e Recreações Matemáticas", Editôrn Cof\-:.
38
IRENE DE ALBUQUE~QUE Cada automóvel ocu a
dras escuras e deve corr P ' antes do jôgo, uma das qua
-0 pa1:tido que chegar :~ ~f sua faixa. Ganha a corrida
podera fazer uma faixa nal. Ase o professor quiser,
Cada partido re b de cada cor.
mai. s ' con orme fôr f ce e cartõe
0 nú 8 numerados de 1 a 6 ou
O
fah1J.xeati. Cadda cartão traz ummaero de quadrículas de cada
vo 0 'A · operaç· d
eqüivalente Jogo. ~~ operações são t~~· e .acôrdo com o
ca1·tão, 1na: ~m d1f1culdades. 0 al 0 as _diferentes, mas Distrib stidm no bloco de ?"ascuulno nao escreverá no
t 0 d u os os ca ·t·
n
io.os farão as r oes Por tod
fessor chamará ~uas
0
operações na caº.{ .ªº mesmo tempo,n.º 1 virão ao · n. 1. Todos os a r etra. Então, o
pro-operação
novam~uf
ai:o~o
mesmo {unos que têm cartãotarem, farão seu n e a vista da elas empo, e farão a sua
algum errar dev:r_carros entrar' n se. ~quêles que
acer-Professor, mas n·
ª
repetir a 0 e.ª!·
quadrícula. Semesma maneira
e~~
fará ocarr~ ~ançdao,
com auxílio do Ob · se1·vaçõ . o n.0 2 • n. o até 0 f. ar. Proced e-se a des . No te-se im.
a) o tr . nesse jôgo que.
~ - ~~
.
c;oes serern f "t aproveita to b)
e
d ei as no a dosno Papel a ir criança trq~adro-ne,gro' Porque todos
-c) e outra no eina a tn , etn situa - . veem as opc -pois que:º jôgo dese~Uadro-negro~stna operaçã;a~ inter!ssada.
I) Ern 6 Volve-se com uas vezes. . umn cluí-lo, desde etapas, Utna '5l'ande economia
uma só vez que o quad turma d de tempo, . II) A~ . ro-negro coe 30 a 42
Já a i·esolv cr1anc;as n- tnporte 5 6 alunos Pode
con-c
ar~ll) l
~~
~:o I?ªP
~
l, ~:rai;n
tnuito ' ou 7 alunos den . • r~s. ni\0 • ªJUda 8 s1inu1t- a fazer
q~~~nd1zag<'rn, ;o.Prefodici1:1e um jogadoneamente. a ope1·açüo, pois
rn ro-negro N is a cria , lllas, a r tenha d
as, sirn de .fbc ot~Hie qu~c;a ~eve l'e~ lcontl'ál'io ado a outro nas
d) O ac;ao d o Jôgo o ver a , concorl'e • lllaterial ni~s1no jô a aprendiz não é at· ?Peração sõ·. pha1·a a urna op '. V~r1ando. go Pode ~getn. 1"1dade d ' z~n. a, no e) e~c;ao difer!~t os Par~f~o J~gado Vár· e vel'1ficação, do que u~zendo nova:· s • cada cr~as Vêzes com
rnatel'ial t ~xercício cartões ( anÇa i·eceb .
·º
mesmo até, fazé1· reinar Pràt~ºlllulll) o o que não eia, assim,e)(ercício i ica~ente Professo denianda .
ntens1vo d qualquer r Poderá maior tempo e resolução ~ação de' ~º':1 o mesmo e Problema~.emática, e,
METODOLOGIA DA MATEMÁTICA 39
f) As questões usadas no jôgo podem ser aproveitadas para
exercícios sistematizados de treino, dos quais tôda a turma
par-ticipe ao mesmo tempo.
2. Conquista da vitória - Num tabuleiro de
pa-pelão, de 40cm X 40cm aproximadamente, fazem-se
pe-quenos furos, onde se possam adaptar palitos. Ao lado de
cada furo, há um número, correspondente aos resultados
das combinações fundamentais de uma das operações.
Bandeirinhas de 2 côres (para 2 partidos), feitas com um retângulo lustroso, tendo como mastro um palito, apre
-sentam as combinações correspondentes aos resultados do
tabuleiro.
De acôrdo com os atuais programas do D. F., com 55 bandeiras treinam-se tôdas as combinações exigidas para a 2.ª série (produtos de 1 até 30). Para a 3.ª série, usam-se 100.
Duas bandeiras maiores, cada uma da côr de um
partido, trazem escrita a palavra Vitória.
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-As crianças podem ficar nas suas carteiras e receber as bandeirinhas. Chamadas pelos seus próprios nomes, cada uma deve ler a combinação que lhe coube e dizer o seu resultado ou escrevê-lo no quadro-negro, colocando a bandeirinha no tabuleiro, no lugar respectivo.
iO partido que colocar tôdas ou o maior número de