• Nenhum resultado encontrado

Análise ergonômica do posto de trabalho do armador de ferro da construção civil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise ergonômica do posto de trabalho do armador de ferro da construção civil"

Copied!
150
0
0

Texto

(1)

Programa de Pós-graduação

em

Engenharia

de Produção

'

ÀNÁUSE

Eneeriôrvficâ

no

Pesro

DE

TRABALHÓ

Do

ARMADQR

DE

FERRQ

BA

coNsTRuÇÃo

civil.

Dissertação

de Mestrade

Walney

Gomes

da

Silva

Florianópolis

(2)
(3)

Programa de Pós-graduação

em

Engenharia

de Produção

ANÁLISE

ERGor~âôrfi¡cÀ

oo

Posro

DE

rRAaAl_Ho

oo

ARMADQR

DE

FERRQ DA

coNsTRuçÃo

c|v||_

Walney

Gomes

da

Silva

Dissertação

apresentada

ao

Programa

de

Pós-Graduação

em

Engenharia

de Produção

da

Universidade

Federal

de

Santa

Catarina

como

requisito

parcial

para

obtenção

do

Título

de

Mestre

em

Engenharia

de

Produção.

P

Florianópolis

(4)

Walney

Gomes

da

Silva

ANÁLISE

ERGONÔMICA

DO

POSTO

DE

TRABALHO DO

ARMADOR

DE

FERRO NA

CONSTRUÇAO

CIVIL

Esta

dissertação foi

aprovada

para

a obtenção

do

título

de

Mestre

em

Engenharia

de

Produção

no

Programa de

Pós-

Graduação

em

Engenharia de

Produção

da

Universidade Federa!

de

Santa

Catarina.

Florianópõiis,

25

de

Setembro de

2001.

Prof. Ricar “iíáhda

arma,

Ph. D.

Coo

e

adord

Curso

6

BANCAE

MI

DORA

Neri

dos

Santos,

Dr. Ing.

Orientador

.va

An

Reg/É Agui

I utra, Dr.

Eng.

‹ -

K

~4ÂMW

íwizwgp

(5)

A

minha esposa, Renata

ao

meu

filho, Anderson

que souberam

aceitar as minhas ausências durante este período.

Aos

meus

pais, Severino José e Maria das

Neves

(6)

Agradecimentos

Primeiramente a Deus.

A

Universidade Federal

de

Santa Catarina.

Ao

Prof. Neri dos Santos pelo apoio e estímulo na

orientação.

A

Profa. Eliete

de

Medeiros Franco pela grande

ajuda

no

desenvolvimento

do

trabalho.

A

Profa.

Ana

Regina Aguiar Dutra pelas sugestões feitas a melhoria

do

trabalho.

A

todos os professores

do

curso, pelos

conhecimentos passados.

Ao meu

grande

Amigo

Gilson Garcia

da

Silva, pela

grande ajuda

que

foi

dada

, e

também

a

meu

Amigo

Roberto José por sua ajuda na fase final.

Aos

vinte nove companheiros de curso, na qual tive

o prazer

de

conviver durante este período

de

aprendizagem, especialmente _ aos colegas

do

Cefet I Mossoró, Aleksandro, Francisco

de

Assis,

Manoel

Dias, Sérgio Pedrosa.

Aos

meus

irmãos Gerlane,

Wesley

e Girlene e

meu

sobrinho Gabriel, pelo carinho e incentivo.

À

empresa

pesquisada por fornecer todas as

informações solicitadas , a seu Engenheiro lsoares

de

Oliveira Martins, e aos trabalhadores

que

contribuíram para a realização deste trabalho.

A

todos

que

direta ou indiretamente ajudaram para a

(7)

SUMÁRIO

Listas

de

Figuras

e Gráficos

... ..p. viii

Listas

de Quadros

... ..p.

x

Listas

de

Reduções

... ..p. xii

Resumo

... ..p. xiii

Abstract

... ..p. xiv 1

CAPITULO

1 ... ..p. 1 1.1

Apresentação

... ..p. 1 1.2 Objetivos

do

Trabalho

... ..p.

3

1.2.1 Objetivo

Geral

... ..p.

3

1.2.2

Objetivos

Específicos

... ..p.

3

1.3

Questões de

Pesquisa a

Investigar ... ..p.

4

1.4 Justificativa ... ... ..p.

4

1.5 Estrutura

do

Trabalho

... ..p.

5

1.6

Limitações

do

Trabalho

... ..p.

5

2

FUNDAMENTAÇÃO

TEÓR|co-E|v|PíR|co

... ..Í....p.

ô

2.1

Introdução

... ..p.

6

2.2

Ergonomia

... ..p.

7

2.2.1

Abordagens

em

Ergonomia

... ..p.

9

2.2.2

Fases

da

Análise

Ergonômica

do

Trabalho

... ..p.10

2.2.3

Postura

... ..p.

15

2.3

Caracterização

do

Setor

da

Construção

Civil ... ..p.17

2.3.1

Subsetor

da

Construção

Civil _-

Edificações

... ..p.23

2.3.2

Construção

Civil

no

Nordeste

do

Pais

... ..p.25

2.4

Ergonomia no

Setor

da

Construção

Civil

no

Brasil ... ..p.29

(8)

3

PRQCEDIMENTO METODOLÓGICO

... ..p.32

3.1

Introdução

... ..p.32

3.2

Análise

Ergonômica do

Posto

de

Trabalho

'

do

Armador

de

Ferro

da

Construção

Civil ... _.

p.32

3.2.1

Análise

da

Demanda

... ..p.33

3.2.1.1

Objetivos

da .Demanda

... ..p.34

3.2.1.2

Hipótese

Formulada

à

Partir

da

Demanda

... ..p.34

3.2.2

Análise

da

Tarefa

... ..p.35

3.2.2.1

Descrição

dos

Componentes

do

Sistema

Homens-Tarefa

... ..p.35

3.2.2.2 Caracteristicas

da População

-

Dados

Referente

ao

Armador

... ..p.36

3.2.2.3

Ambiente

Organizacional

... ..p.39

3.2.2.4

Ambiente

Físico ... ..p.40

3.2.2.5

Descrição

da

Tarefa

do

Armador

de

Ferro

... ..p.4O

3.2.3

Análises

das

Atividades

... ..p.42

3.2.3.1

Descrição

das

Atividades

de

Trabalho

... ..p.43

3.2.3.2

Aspectos

F

isicos

Ambientais

... ._

p.46

3.2.3.3

Aspectos

Organizacionais

... ..p.46

3.2.4

Análise

da

Postura

de

Trabalho

... ..p.47

3.2.4.1

Método

OWAS

... ..p.47

3.2.4.2

Resultado

da

Análise

das

Posturas

Assumidas

com

o

Método

OWAS

... ..p.62

3.2.4.3

Seqüência

de

Fotos

com

o

Método

OWAS

... ..p.65

4

V

(9)

5

6

7

7.1 7.2 7.3 7.4

CONCLUSÕES

... ..p.a8

BlBLlOGRAFlA

... ..p.89

ANEXOS

... ..p.92

Questionário

para

Levantamento

de

Dados

para

Estudo

Ergonômico

... ..p.93

Tabulação dos'Dados

com

Base

na

Entrevista

e

Observações

Feitas

no

Local

de

Trabalho

... ..p.95

Fotos

do

Posto

do

Armador

de

Ferro

... ..p.96

(10)

Figura 1: Figura 2:

Figura

3: Figura 4: Figura 5: Figura 6:

Figura

7: Figura 8:

Categoria

do

Método

Owas

... _.

Figura 9:

Listas

de

Figuras

e

Gráficos

Índice

de

Empregados

na_Construção

Civil

de 1998

a

2000

... _. ... ..p.

24

... ..p.

54

... ..p.

55

... ..p.

56

... ..p.

57

... ..p.

58

... ..p.

59

Tela

de

Recomendações

da

Ação

Conforme

Trabalhador

Processando

Corte

... _.

Tela

inicial

do Programa

WinOwas

... ._

Tela

Menu

Observação do

WinOwas

... ._

Fases do

Trabalho

da

ser

Analisado

... _.

Informações

do

Estudo

... _.

Dados

Iniciais

da

Análise

do

Método

Owas

... ..p.

60

Categoria

das

Ações

das

Partes

Analisadas

da

Postura

... ..p. 61

Figura

10

:

Máquina

Desenroladeira

e Cortadora

Figura 11 Figura

12

Figura 13

Figura 14

Figura

15

Figura

16

Figura 17

Figura

18

Figura

19

de

Ferro para

Estribos ... ..p.

66

... ..p.

67

... ..p.

68

... ..p.

69

Posição

de

Dobragem

de

Estribo

-

1 ... ..p.

70

Máquina

Policorte ... _.

Posição

para

Início

do

Corte

de

Ferro ... ._

Posição

de

Corte

de

Ferro

pelo

Operário

Posição

de

Dobragem

de

Estribo

-

2

... ..p.

71

Posição

de

Dobragem

de

Estribo

-

3

... ..p.

72

Posição

de

Dobragem

de

Estribo

-

4

... ..p.

73

_ Início

da

Dobragem”,

Pegar

a

Chave

... ..p.

74

:

Movimento

para

Dobragem

com

a Ferramenta

... ..p.

75

(11)

Figura

20

Figura 21 Figura

22

Figura

23

Figura

24

Figura

25

Figura

26

Figura

27

Figura

28

Figura 29: Figura 30: Figura 31

Figura

32: Figura 33:

Movimento

Final

para

Dobragem

com

a Ferramenta

... ._

Colocação dos

Estribos

com

os Vergalhöes

... _.

Colocação dos

Estribos

com

os Vergalhöes

Para Vigas

-

1 ... ._

Colocação dos

Estribos

com

os Vergalhöes

Para Vigas

-

2

... _.

Colocação dos

Estribos

com

os Vergalhöes

Para Vigas

-

3

... _.

Colocação da Ferragem

na

Laje ... ._

Amarração

da Ferragem

com

arame

para

Laje ... ._

Colocação das

Cocadas

para

Garantir

o Cobrimento

para

Laje ... ._

Amarração

da Ferragem

com

Arame

... _.

Local

de

Armazenamento

da Ferragem

Separada

por

Diâmetro

... __

Ferragem Dobradas Separadas

para

Uso

... ._

Bancada

de

Dobragem

de

Ferro

... ._

________ ._p.99

Chave

Utilizada

para

Dobrar

Ferro

até

16

mm

Chave

Utilizada

para

Dobrar

Ferro

apartir

de 25

mm

... __ p.

76

p.

77

p.

78

p.

79

p.

80

p. 81 p.

82

p.

83

p.

84

p.

97

p.

97

p.

98

_p.99

(12)

Listas

de

Quadros

Quadro

1:

Esquema

metodológico

da

análise

ergonômica

do

trabalho ... ..p.12

Quadro

2: Características

segundonos

sub-setores

... ..p.18

Quadro

3:

Demonstrativo

do

PIB

da

indústria

da

Construção

Civil ... ..p.20

Quadro

4:

Número

dos

Empregados

para

Subsetor

... ..p.

21

Quadro

5:

Taxa

média

anual

de

crescimento

do

PIB

real

do

Brasil

e

Região

Nordeste

1960

a

1997

... ..p.25

Quadro

6:

Taxa

média

anual

de

crescimento

do

PIB

real,

segundo

as

principais atividades

econômicas

1990

a1997

... ..p.26

Quadro

7:

Variação

do

produto

interno bruto real,

segundo

a

atividade

econômica

... ..p.27

Quadro

8:

Listagens

de

Trabalhos

de Ergonomia

na Construção

Civil

Realizados

no

Brasil ... ..p.29

Quadro

9:

Composição do

Código do

Método

Owas

... ..p.48

Quadro

10:

Classe

das

postura

do

método

Owas

... ..p.50

Quadro

11:

Determinação

da

Classe

de

Constrangimento

da

Postura instantânea

... ..p.51

Quadro

12:

Determinação

da

Classe

de

Constrangimento

da

Seqüência

de

Postura

no

Tempo

... ..p.52

Quadro

13:

Relação

entre

Postura impróprias

E

e os

problemas

de saúde

apresentados

(13)

Quadro

14:

Comparação

entre

as

Medidas

(14)

Listas

de

Reduções

Abreviaturas

Freq.

=

Freqüência

Siglas

ABPA

-

Associação Brasileira de Psicologia

BNH

-

Banco

Nacional de Habitação

CAGED

-

Cadastro Geral

de

Empregados

e

Desempregados

CBIC -

Câmara

Brasileira

da

Indústria

da

Construção

FGV

-

Fundação

Getúlio Vargas

IBGE -

Instituto Brasileiro

de

Geografia e Estatística

ISSO

9002

-

International Organization for Standardization

-

Quality

Management

System

lsopIFGV

-

Instituto Superior

de

estudos e Pesquisa Psicossociais

da

Fundação

Getúlio Vargas

OWAS

- Ovaco

Working Posture Analysing

System

PIB

-

Produto Interno Bruto _

PBQP-H -

Programa

Brasileiro da Qualidade e Produtividade

do

Habitat

Rais

-

Relação Anual

de

Informações Sociais

SENAI

-

Serviço Nacional

de

Aprendizagem Industrial

(15)

Resumo

s|LvA,

wainey Gomes. ANÁi_isE

EReoNoMicA

oo

Posro

DE

TRABALHO DO

ARMADOR

DE

FERRO NA

CONSTRUÇAO

CIVIL.

Florianópolis, 2001. 134 f. Dissertação ( mestrado

em

engenharia

de

produção )

-

Programa de Pós-Graduação

em

Engenharia

de

Produção,

UFSC,

2001.

A

tarefa

do

armador

de

ferro é

uma

das mais importantes na construção civil, principalmente no subsetor edificações, por se tratar de

uma

atividade

que

é realizada

em

todas as obras

que possuem

concreto armado. Este profissional é responsável pelo corte,

montagem

e colocação da ferragem nas peças estruturais a

serem

futuramente concretadas.

O

presente trabalho pretende mostrar

que

a atividade exercida pelo armador

de

ferro apresenta posturas

inadequadas e gestos repetitivos,

causando

grande esforço fisico para

realização do seu serviço diário.

Baseado

na metodologia

da

Análise

Ergonômica

do

Trabalho (AET),

com

a utilização

do

método de

análise postural

OWAS.

Visitas sistemáticas foram realizadas,

sendo

aplicada as técnicas

de

observações

armadas

(registros fotográficos) e entrevistas feitas

no

local de

trabalho para a análise

do

posto.

O

tratamento dos dados referentes as

posturas foram obtido pelo programa

WinOwas. E

com

base no diagnóstico

foram elaboradas as

recomendações

ergonômicas para melhoria das

condições

de

trabalho e produtividade deste operário no processo construtivo

do

subsetor de edificações.

(16)

Abstract

SILVA,

Walney Gomes.

ANÁLISE

ERGONÔMICA

DO

PQSTO

DE

TRABALHO DO

ARMADOR

DE

FERRO NA

CONSTRUÇAO

CIVIL.

Florianópolis, 2001. 134 f. Dissertação ( mestrado

em

engenharia

de

produção )

-

Programa de Pós-Graduação

em

Engenharia

de

Produção,

UFSC,

2001. `

-

The

task of metalworker is

one

of the most important in the civil construction,

mainly in the subsetor edifications, for being an activity that is accomplished in

all the works that possess

armed

concrete. This professional is responsible for

the court, assembly

and

placement of the ironwork in the structural pieces to be after concreted.

The

present work intends to

show

that the activity exercised by the metalworker presents inadequate postures

and

repetitive gestures, causing

great physical effort for accomplishment of his daily service.

Based on

the

methodology of the Ergonomic Analysis of the Work, with the use of the

method

of postural analysis

OWAS.

Systematic visits

were

accomplished, being applied

the techniques of

assembled

observations (photographic registrations)

and

interviews

done

in the work place for the analysis of the position.

The

treatment

of the referring data the postures

were

obtained by the program

WinOwas.

And

with base in the diagnosis the ergonomic recommendations

were

elaborated for

improvement of the work conditions

and

this worker's productivity in the

constructive process of the subsetor of edifications.

(17)

1

CAPÍTULO

1

e

1.1

Apresentação

No

contexto

de

um

mundo

globalizado, as

empresas

estão

constantemente

buscando

novas tecnologias, visando a melhoria dos produtos

e

dos serviços prestados, e

com

isto garantir a sua sobrevivência.

As

inovações

acontecem

tanto no processo produtivo

como também

na gestão

da

organização das

empresas.

Mas, alguns problemas

aparecem

durante a

implantação destas modificações,

em

sua maioria no aspecto

humano, onde

o

homem

tem que

se adaptar a todas estas

mudanças

no processo

de

produção,

e estas

mudanças

muitas vezes

não

se

adequa ao

homem,

que

está

diretamente ligado

ao

processo produtivo.

E

a Ergonomia é exatamente esta ferramenta

de

ligação entre

homem-máquina

ou

seja é o estudo

da

adaptação

do

trabalho

ao

homem

(lida, 1990).

A

Ergonomia

tem

como

principais objetivos segurança, satisfação

e .o bem-estar dos trabalhadores

no

seu relacionamento

com

sistemas

produtivos. Ela surgiu

com

grande impacto durante a ll Guerra mundial,

onde

necessitou-se

de

uma

adaptação das novas tecnologias

ao

homem

para melhorar o seu

desempenho,

e

também

na utilização destas para os processos

de

produção.

As mudanças

feitas nos layout de produção, reprojeto

de

ferramentas e várias melhorias das condições

do

local de trabalho,

e

modificações nos

movimentos

biomecãnicos tiveram

de

ser realizadas durante

(18)

~~~--A

Ergonomia melhora as condições de trabalho

aumentando

a eficiência, reduzindo o desconforto físico e os custos humanos,

aumentando

com

isso a produção. Estes conflitos

aparecem

na forma

de

custo

humano

para

os trabalhadores

na

forma

de

fadiga, doenças' profissionais, lesões temporárias

ou

permanentes, mutilações, mortes, incidentes, erros excessivos, paradas

não

controladas, lentidão e outros problemas

de desempenho. Gerando

acréscimo nos custo da produção, desperdício

de

matérias-primas, baixa qualidade dos

produtos executados (Moraes, 2000).

Para se obter

uma

produção desejada tem

que

haver

uma

grande

interação entre

o

homem,

sistema produtivo e a organização. Esta interação é muito dificil

de

ser alcançada pois as

empresas tem

limitações quanto aos

problemas organizacionais,

com

áreas inadequadas para o desenvolvimento

das tarefas,

bem como

ferramentas e equipamentos,

que quando

utilizados são

feito

de

forma inadequada. Estas

empresas

em' sua grande maioria

não

utilizam os conhecimentos

da

ergonomia para alcançar estes objetivos.

A

ergonomia é ainda hoje

pouco

aplicada na indústria da

construção civil e principalmente no subsetor edificações,

onde

os operários

são mais exigidos

do que

em

outros setores

da

indústria ,

sendo na

maioria das

vezes o processo

de

trabalho

é

com

base manufatureira, executando

manualmente,

sendo

utilizado ferramentas

pequenas

e rudimentares

no

desenvolvimento

de

suas tarefas. Estes operários,

não

são treinados para

melhorar suas posturas

no

levantamento

de

peso, utilização de ferramentas

ou

simplesmente nos

movimentos

feitos durante o desenvolvimento

do

seu

(19)

1.2

Objetivos

do

Trabalho

, 1.2.1 Objetivo

Geral

O

objetivo geral

do

trabalho é analisar o posto

de

trabalho

do

armador de

ferro,

com

os conhecimentos

da

ergonomia, visando melhorar as

condições

de

trabalho

no

processo construtivo

da

construção civil.

1.2.

2 Objetivos

Específicos

-

Como

objetivo específicos, busca-se :

_.

Levantar referencial teórico sobre os seguintes temas:

Ergonomia, caracterização

do

setor

na

'construção civil,

ergonomia no setor

da

construção civil,

método

OWAS.

Realizar

uma

análise ergonômica

do

trabalho

no

posto

do

armador de

ferro.

Identificar as posturas e gestos constrangedores para

o

armador

de

ferro, a partir

do método

OWAS.

Elaborar

recomendações

ergonômicas para. melhorar as condições

de

trabalho

do

armador

de

ferro, visando a redução

da

carga fisica.

(20)

1.3

Questão de

Pesquisa

a

Investigar

ç

A

análise ergonômica

do

trabalho no posto

do

armador

de

ferro no

subsetor edificações, contribui para melhorar as condições

de

trabalho e

consequentemente reduzir a carga física gerada pelas posturas

constrangedoras

no

desenvolvimento

de

suas atividades, avaliadas à partir

do

método

OWAS.

1.4

Justificativa

O

setor da construção civil constitui

um

vasto

campo

de

atuação

para

a econômica

e para o desenvolvimento do país, conforme

dados

estatísticos

que

serão apresentados na caracterização

do

setor

da

construção

civil. »

Com

'

aplicação

da

ergonomia na construção civil

podemos

verificar :

Os

vários fatores

que causam danos

a

saúde

dos operários.

Os

fatores

que

interferem no melhor desenvolvimento

da

atividade produtiva dos

trabalhadores, elevando sua produção,

sem

prejuízo ia sua capacidade

de

trabalho.

Esta pesquisa _ mostra as vantagens da aplicação dos

conhecimentos

em

ergonomia

como

importante ferramenta na análise

do

posto

de

trabalho

e

o

método

Owas

para verificação das condições

de

trabalho deste posto de trabalho.

(21)

1.5

Estrutura

do

Trabalho

_ Esta dissertação esta

dividida

em

quatro capitulos.

O

primeiro é

composto

pela introdução

do

trabalho ,objetivos, pergunta

de

pesquisa,

relevância, estrutura e limitações

do

trabalho.

No

Capitulo 2 é apresentado a revisão bibliográfica sobre:

Ergonomia, a caracterização

do

setor da Construção Civil, o posto

do

armador

de

ferro, Ergonomia e

o

setor

da

Construção Civil. _

No

Capitulo 3 é apresentado a análise ergonômica

do

trabalho

do

armador

de

ferro

na

construção civil

no

subsetor edificações, mostrando todos

os pontos importante para

um

melhor aproveitamento das condições de

trabalho

e

fazendo modificações no posto observado.

-

No

Capitulo 4 é apresentado as

conclusões e as

recomendações

para trabalhos futuros.

1.6

Limitações

do

Trabalho

A

análise ergonômica, desenvolvida neste trabalho,

não

leva

em

consideração os aspectos cognitivos e sim os aspectos posturais do ferreiro

na

realização de sua atividade no canteiro

de

obras, e

também

os resultados obtidos

não

podem

ser generalizados, por se tratar

de

um

estudo qualitativo.

(22)

2

FUNDAMENTAÇÃO

TEÓR|co

-

EMP¡Rico

2.1

Introdução

Neste capitulo será feito

uma

fundamentação

teórica dos

seguintes itens : Ergonomia, Setor da Construção Civil , Posto

do

Armador de

Ferro e a Ergonomia ,no Setor

da

Construção Civil.

A

construção civil constitui

um

setor

com

grande

campo

de

atuação e

de

grande importância econômica para o desenvolvimento

da

sociedade. Este setor possui diferenças, tanto no

que

se diz respeito aos

serviços desenvolvidos por elas,

como

também

em

função

do

porte das

empresas que atuam

neste importante setor econômico.

_

A

construção

civil é dividida

em

áreas

de

atuação: construção

pesada, construção predial e prestadoras de sen/iços nos divër's`o`s"

segmentos

de

obras.

As

empresas que atuam

neste setor

também

são divididas em:

empresas de

grande porte,

médio

porte, microempresas.

_ '

E '

O

subsetor edificações caracteriza-se por ser

um

dos

segmentos

que

envolve

um

maior

número de empresas

atuante no setor

da

indústria

da

construção. .

. .

O

estudo de caso realizado nesta pesquisa será no subsetor

edificações enfocando a análise ergonômica

do

trabalho

do

posto

do armador

de

ferro,

que é

um

dos principais funções

da

fase de estrutura para as

construção

de

edificações, devido

ao

grande volume de concreto

armado

l

(23)

2.2

Ergonomia

`

A

ergonomia desenvolveu-se durante a ll Guerra Mundial quando, pela primeira vez,

houve

uma

conjugação sistemática

de

esforços entre a

tecnologia e as ciências humanas. Fisiologistas, Psicólogos, Antropólogos,

Médicos e Engenheiros trabalharam juntos para resolver--os problemas

causados

pela operação

de

equipamentos militares complexos.

Os

resultados

desse

esforço interdisciplinar foram tão gratificantes

que

foram aproveitados

pela indústria,

no

pós-guerra (Dul

&

Weerdmeester,1995).

O

termo ergonomia é formado dos termos gregos ergo,

que

significa trabalho

e

nomos,

que

significa regras, leis naturais. Este termos já

tinha sido anteriormente

usado

pelo polonês Woitej

Yastembowsky

(1857)

que

publicou um-tz artigo intitulado “Ensaios de ergonomia

ou

ciência

do

trabalho,

baseada

nas leis objetivas

da

ciência sobre a natureza”,

mas

foi só a partir

da

fundação,

no

inlcio

da década de

50, da Ergonomics

Research

Society, na Inglaterra,

que

a ergonomia se expandiu no

mundo

industrializado (lida,1993).

O

termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus,

onde

se fundou a Associação Internacional

de

Ergonomia (IEA),

que

realizou

o

seu primeiro congresso

em

Estocolmo,

em

1961.

Nos

Estados Unidos foi criada

a

Human

Factors Society

em

1957 e até hoje o termo mais usual naquele país

continua

sendo

Human

Factors (Fatores Humanos),

embora

ergonomia já seja aceito

como

sinônimo (lida,1993).

Atualmente a lEA,representa as associações

de

ergonomia

de

(24)

Associação Brasileira

de

Ergonomia foi fundada

em

1983

e

também

é

filiada à IEA) (Dul

&

Weerdmeester,1995).

_

O

primeiro seminário brasileiro sobre ergonomia foi realizado

no

Rio

de

Janeiro, promovido pela

ABPA

(Associação Brasileira

de

Psicologia Aplicada) e pelo lsop/FGV.

,A principal finalidade

da

Ergonomia é projetar máquinas,

equipamentos e ambientes

adequados ao

uso

humano,

reduzir a fadiga e os

desconfortos físicos

do

trabalhador, diminuindo

o

índice

de

acidentes e

ausências

no

trabalho (Vieira

&

Pinheiro,1989).

Com

este destaque

percebemos que

a finalidade principal

da

ergonomia

é

melhorar as condições

de

trabalho e aumentar o rendimento,

com

a diminuição dos custos (Vieira

&

Pinheiro,1989).

A

ergonomia tenta atingir estas finalidades

aumentando o

desempenho

de cada

trabalhador

sem

que

lhe cause

dano

aos aspectos fisico

e psicológico destes trabalhadores.

As

condições

da

ergonomia à melhoria

da

condições

de

trabalho

têm ocorrido no nível físico, através

do

reprojeto

de

ferramentas,

de

modificações

do

layout

do

local

de

trabalho, das melhorias

do

ambiente físico

(iluminação, vibração e ruido) e dos aspectos antropométricos

e

biomecãnicos

da

atividade. Este tem sido,

sem

dúvida, o maior impacto

causado

pela

ergonomia, principalmente nos países

de

terceiro

mundo

(Hogi

apud

Franco,1995).

Já o

segundo

estágio .de atuação da ergonomia, surge à partir dos

(25)

trabalho para a sua natureza cognitiva (Nagamachi

&

lmada apud

Franco, 1995), isso

em

função das inovações tecnológicos.

,

O

terceiro estágio

de

atuação

da

ergonomia,

começou

com

a

preocupação

com

a melhoria

de

segurança

e saúde no

trabalho nas

organizações e foi

chamada

de

“ergonomia nas organizações

Logo

depois surgiu a Macroergonomia, produz resultados a nível

de

negócios:

Ou

seja busca inserir as necessidades

de

mudanças

estabelecidas

numa

perspectiva mais

da

estratégia e

da

organização

da

empresa. Engenharia simultânea

de

produto,

de

processo

e

de

gestão da

produção

em

torno das atividades

de

trabalho.

Hoje

em

dia

também,

é estudado a antropotecnologia,

que

busca

compreender

a natureza das contingência

de

uma

dada

organização

em

processos

de

modernização e inovação tecnológica.

Todos

estes estágios

da

ergonomia, foram criados exatamente

para melhorar e ampliar a atuação

da

ergonomia,

em

todos os aspectos

que

influenciam o desenvolvimento

do

trabalho para

uma

melhor adaptação

do

trabalhador.

2.2.1

Abordagens

em

Ergonomia

As

abordagens ergonômicas visam identificar, através

de

observações

no

local

de

trabalho, quais os fatores

que

interferem nas

condições

de

trabalho. Pode-se classificar estas abordagens

em

dois tipos :

(26)

Vlfisner (1994) descreve

como

é feito esta abordagem, “

Não

se

trata mais

de

fazer

com

que

a tarefa seja descrita pela direção, e sim de

analisar as atividades

de

trabalho..." e

também

complementa

com

a seguinte

descrição, -“

Todas

as atividades

devem

ser observadas, sejam elas prescritas,

imprevistas

ou

até inconscientes por parte dos trabalhadores.”

A

Análise

de

Sistemas é a preocupação

com

o

funcionamento

global

de

uma

equipe

de

trabalho utilizando

uma

ou mais

máquinas

(lida,1993).

Já a Análise dos postos

de

trabalho é a

abordagem

ergonômica

ao

nível

do

posto

de

trabalho , priorizando as análises

da

tarefa e

da

atividade,

com

as

posturas e os

movimentos

realizados,

como também

suas exigências físicas e

psicológicas

do

trabalhador (lida,1993).

Logo

na análise ergonõmica

do

trabalho

é

estudado

detalhadamente todos os aspectos importantes relacionado ao trabalho,

desde

os aspectos físicos, ambientais

e

organizacionais do trabalho,

como

seus

componentes no

desenvolvimento

de

sua atividade.

2.2.2

Fases da

Análise

Ergonômica do

Trabalho

_

A

análise ergonômica

do

trabalho visa conhecer o

que

é

realmente feito na prática, e mostrando a diferença entre o trabalho real e a

tarefa prescrita (o

que

deve ser feito) comparando~os, e quais as causas destas

(27)

E

conforme

Souza

(apud BarceIos,1997) 1

“através

da

análise

do

trabalho é possivel entender a_ atividaderdos

trabalhadores (incluindo, por exemplo, posturas, esforços, busca

de

informação,

tomada de

decisão, comunicações)

como

resposta pessoal

a

uma

série

de

determinantes, algumas das quais relacionadas à

empresa

(projeto

da

estação

de

trabalho, organização

do

trabalho

formal, restrição

de

tempo, etc..) e outras relacionadas

ao

operador

(idade, características antropométricas, experiências, etc...)”

Então

o

objetivo

da

análise ergonômica do trabalho é a análise

das exigências e das condições da tarefa e

também

a análise das atividades realizadas pelos trabalhadores para realizarem sua função (Barcelos,1997).

Segundo

Santos (1999), a análise ergonômica exige :

“conhecimentos cientificos sobre o

homem em

atividade; Discussão dos

objetivos

do

estudo

com

o conjunto das pessoas envolvidas; Aceitação

dos trabalhadores

que

ocupam

o

posto a ser estudado;

Esclarecimento, quanto

ao

desenvolvimento

do

estudo e

da

utilização

dos resultados; Resultados : Orientar modificações nos pontos críticos

evidenciados;”

Podemos

verificar a seguir,

um

esquema

da

análise ergonômica

(28)

Quadro

1 :

Esquema

metodológico

da

análise ergonômica

do

trabalho.

SITUAÇÃO DE

-

fzrêzzzàzz bmnzgzéfmz

TRABALHO

sobre o

homem

em

athfiiclade de trabalho

zmáusi:

Encoflomlcà

no

'nm1mLHo

Aliiâlive ih ilemamla: l àefzúçâzz az. problema flnálise da iamfii: análise das cmidigöes de ._ -

, Í1`*¡b1Úh° Análise das aiiviiihikis:

“^“'°"~°

mflfiefiflfi

comportamentos

“`°*`°“*“`“°"““"°

t

smmsn

Enconúrzucà.

no

mimâuto

Caderno de encargos

Diagnfigfim;

de 1'*°°“““d*fz`5e`-“ ' modelo operativo da t` °f*ë°*fi*“í°* siizmçâú az imbaiiw -Í:-›_--|*:‹-'.›-.¬f.'»'.,' -^~^\¬Ã¬~.:wr¬,Ã-.:='z~5=;.1:v‹<v->;‹... - - f ^›= z z 3' '- v- _: :V -;.~'‹ Fonte : Santos

e

Fialho (1995).

(29)

Portanto esta fase da análise se divide

em

: análise da

demanda,

análise

da

tarefa , análise das atividades, diagnósticos e recomendações.

Com

suas recomendações, este levantamento serve para melhorar o conhecimento

da

situação

de

trabalho

em

estudo.

A

análise da

demanda, segundo

Santos (1999), é a definição

do

problema a ser analisado, a partir

do

entendimento das __ d_iversas partes

envolvidas,

ou

seja dos trabalhadores ou da direção das

empresas onde

sugiram o problema.

Segundo

Franco (1995) nesta fase procura-se

também

avaliar se a

demanda

é consistente e está de acordo

com

os princípios ergonômicos.

_

A

análise da tarefa

segundo

Santos (1999), considera o

que

o

trabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais

para esta realização. Já para lida (1993), a análise

da

tarefa deve ser realizada

em

duas partes, a primeira

chamada

de

descrição

da

tarefa,

em um

nível mais

global

e

a

segunda de

descrição das ações,

num

nível mais detalhado.

Segundo

Wisner (1997) “Sejam quais forem as modalidades

da

análise

do

trabalho

que

foram empregadas, é indispensável validar

o

trabalho

de

análise através

de

discussões

com

os trabalhadores, , ou seja deve-se

sempre

veriflcar

com

os trabalhadores se os

dados

levantados foram todos

eles lembrados

e

se algum

não

foi desprezado ou tenha sua importância sido

diminuído durante estas observações.

A

descrição

da

tarefa engloba os aspectos gerais da tarefa,

(30)

operacionais, condições ambientais,

com

isso tornando esta descrição bastante

detalhada. _

-

A

descrição das ações

segundo

lida (1993) é “...se concentra

mais nas caracteristicas

que

influem no projeto

da

interface

homem

-

máquina

e

se classificam

em

informações

no

nivel sensorial

do

homem

e, os controles,

no

nivel motor

ou

das atividades musculares.” , ou seja sao observados

em

detalhes todos os movimentos

empregados

pelo trabalhador tanto a nível

sensorial (as informações recebidas pelos sensores ou diplays) ,como a nível

muscular (os controles, os

membros

e instrumentos

movimentados

durante a

realização

da

tarefa).

A

análise das ações é

também chamada

de

análise das atividades.

Segundo

Santos (1999) considera o

que

o trabalhador efetivamente realiza para executar a tarefa.

Os

dados

são coletados

momentaneamente

durante o processo de obsen/ação,

onde

a principal atividade

do

trabalhador é

de

controlar todas as ações.

Com

isso

podemos

observar

que

a atividade mental prepara e controla toda atividade física

do

trabalhador (Franco,1995).

Na

elaboração

do

diagnósticos são analisados o sistema

homem-tarefa a nível fisiológicos e psicológicos, os

dados que

foram

levantados são analisados, e obtidos os sintomas gerados durante o trabalho, é

feito

com

base

na ergonomia

um

diagnóstico para o posto de trabalho.

Já as

recomendações

ergonõmicas é a etapa mais importante

da

análise ergonõmica

do

trabalho .para

que

o estudo faça efeito no posto

de

trabalho, pois serão mostrados as medidas que

devem

ser

tomadas

para

(31)

recomendações

poder melhorar os aspectos importantes para o

bom

desenvolvimento

do

trabalho.

2.2.3

POSÍUFB

A

postura é objeto

de

estudo

desde

muito tempo, e

pode

ser

conceituada

como

o arranjo característico

que

cada individuo encontra para sustentar o seu corpo e utilizá-lo na vida diária (Kendall

apud

Moser,2000).

Segundo

Cury

apud Moser

(2000) a postura é a posição

que

o

individuo

assume

no

espaço,

em

função

de

um

equilibrio estático ou dinâmico,

usando

para isso seu arcabouço ostcomusculoesquelético

no

desempenho

de

sua função. .

Os

músculos estáticos são responsáveis por executarem trabalho

com

maior exigência energética, enquanto o músculo dinâmico são mais

sensíveis a fadiga,

quando

o corpo

assume

uma

postura constrangedora ela ocasionará

demandas

energética

bem

acima

de

sua capacidade muscular,

quando

a coluna apresenta algum desvio na postura maior força será utilizada

para realizar este equilíbrio

do

corpo, pois

um

número de

fibras musculares é

exigido

em

intervalos mais freqüentes e a fadiga é gerada mais rapidamente

(Kisner

apud

Moser, 2000).

.

_ Durante o trabalho, o

homem

assume

duas posições básicas

que

é

em

pé, sentado

ou

alterando entre estas duas posições.

A

posição sentada

exige atividade muscular

do

dorso e

do

ventre para manter esta posição,

e

é

menos

cansativa

que

a posição

em

pé, além

de

liberar os braços e pés,

que

permite grande mobilidade destes

membros

(lida,1995).

(32)

Já a posição

em

pé é mais

recomendado

para os casos

em

que

freqüente deslocamento no local de trabalho ou

quando

é necessárioser

aplicado grandes forças para executar tarefa (Dul

&

Weerdmeester,1998).

A

posição

em

pé parada, é altamente fadigante porque é exigido

bastante

da

musculatura para manter esta posição.

Segundo

lida (1995) “

As

pessoas

que

executam trabalhos dinâmicos

em

pé, geralmente apresentam

menos

fadiga

que

aqueles

que

permanecem

estáticas ou

com

pouca

movimentação.”

Na

jornada

de

trabalho, o operário poderá 'assumir inúmeras

combinações de

posturas,

onde

em

cada tipo de postura,

um

diferente conjunto

de

músculos é acionado (Iida.1995), então estes operários

podem

assumir

posturas erradas e durante esta jornada causar vários transtornos, logo era

preciso observar e analisar cada postura assumida por estes operário.

A

Mas, maiores dificuldades de analisar e corrigir as posturas

erradas é na identificação e no registro destas posturas, assim foram criados

(33)

2.3

Caracterização

do

Setor

da Construção

Civil

A

construçao civil é

um

importante setor industrial, por servir

de

equilíbrio social

e de

desenvolvimento para o país.

A

sua grande capacidade

de

geração

de

emprego,

com

a absorção de

um

grande contingente

de

mão-de-obra,

com

pouca

ou

nenhuma

qualificação formal. Principalmente

de

operários vindos de locais mais desfavoráveis da sociedade,

que

são as

periferias das grandes cidades ou

de

áreas rurais.

A

indústria

da

construção civil é constituída

em

sua maioria por

empresas

nacionais,

que

utiliza matéria-prima (material de

consumo)

e serviços

(empresas

ou

pessoas ,

que

prestam serviços terceirizados)

em

grande parte

da

própria região

onde

esta atuando. Ela melhora a infra-estrutura

da

cidade,

conseqüentemente a qualidade

de

vida

da

população, por construir habitações,

escolas e hospitais, até rodovias e adutoras entre outras.

E

também

é

um

grande contribuinte

de

impostos governamentais.

Qutra importante característica

da

indústria

da

construção civil é

por utilizar subprodutos

em

sua maioria regionais (janelas, peças sanitárias),

poucos produtos são importados, contribuindo muito

com

isso, para

um

bom

equilíbrio

da

balança comercial

do

país, diferente

de

outras indústrias

produtoras.

O

setor da construção civil é composto,

em

sua maior parte

de

micro e

pequenas

empresas,

que atuam

em

três

segmentos

principais,

segundo

a definição

do

IBGE: os subsetores de: edificações; construção

(34)

Quadro

2 : Características

segundo

subsetor z

-

EDIFICA

ES

CONSTRU

ÃO

PESADA

MONTAGEM

INDUSTRIAL

cpas 'dade Pr`n _. _.. At`v

Ç

Construção

de

edifícios (residenciais, comerciais, institucionais, etc..) e serviços auxiliares e complementares a estesj

Ç

Obras de

infra-estrutura viãria(incIusive estruturas complementares

que

requerem tecnologia especial), de

saneamento

e para produção

de

energia.

Montagem

de

estruturas (mecânicas, elétricas, eletrônicas, hidromecânica etc..)

sistemas ligados aos

segmentos de

energia, telecomunicações

e

exploração

de

recursos minerais.

n

zação nterna Orga -Heterogèneo (empresas

de

grande porte até

microunidades); - Maior quantida-

de de empresas

do

setor e as maiores apresentam

um

tamanho menor

do

que

as “médias” da Const. Pesada; - Baixo grau

de

concentração, se

comparado

com

os outros subsetores.

Menos

heterogêneo

que

o subsetor

de

edificações,

com uma

presença significativa

de empresas de

porte gigantesco, e Alto grau de concentração

com

“edificações”. Apresenta

uma

Quantidade de

empresas

mais ou

menos, cinco vezes

menor

do

que

“edificações”.

- Mais

homogêneo,

formado por

empresas

de

grande e

médio

porte,

em

número

reduzido.

-

O

tamanho médio

das

empresas

um

pouco

maior

que

em

“edificações".

- Alto grau

de

concentração,

num

valor igual ou maior

que o

subsetor anterior.

(35)

uadro

2 Caracteristicas

segundo

subsetor (continuação)

EDIFICAÇÕES

CONSTRUÇÃO

PESADA

E E E

MONTAGEM

INDUSTRIAL

terna zação

n

..- ._ Espec

a

Leve tendência

de

segmentação,

mais pelo porte

da

obra

do que

pelo tipo. Recentemen-te,

uma

leve inclinação à especializa-ção na produção de obras de edificações industriais e construção modulares. -A especialização parece

não

seguir

um

critério definido,

mas

pode-se

dizer

que

quanto maior a empresa, maior a sua

amplitude

de

atuação

chegando

a obras

de

grande complexidade tecnológica. Idem

ao

subsetor

da

construçao pesada. Demanda

e

C

'entes _. __.-

A

demanda

básica é a privada, onde o Estado atua

como

gerenciador

da maior parte via

SFH.

O

próprio

Estado ainda atua

como

demandante

das suas obras,

que são

menos

expressivas que a primeira.

A

parcela que representa a

demanda

do exterior ainda é pouco representati-va -

A demanda

pública constitui-se

em

mercado único.

As

atividades ligadas à infra-estrutura industrial

demandada

por

agentes privados, são insignificantes. -

A

demanda

e›‹tema considerável para algumas empresas do - setor. -

O

cliente típico é o Estado

em

todas as suas instâncias. .-

A

demanda

divide-se

em

pública ( energia e telecomunicações) e privada (lnst. de unid.

De

produção industrial).

A

atuação no mercado exterior' E ainda é incipiente.

Os

clientes típicos

ainda são as empresas

ind. Priv. ou Órgãos

estatais ligados os

Segmentos

de energia e telecomunicações. -

Os

Clientes típicos sao pessoas físicas e empresas.

(36)

Quagro

¿_: Características

Segundo

subsetor (continuação) g

EDIFICAÇÕES

CONSTRUÇÃO

PESADA

MONTAGEM

_

.

INDUSTRIAL

-

Formas

variadas - Empreitada e

subem-

- Empreitada e

subem-

empreitadas, preitada. preitada

subempreita-das, administra-ção, iniciativa própria. Formas de Construção

Fonte: Minas Gerais (apud Costa, 1991, p. A.2-3) :

A

indústria

da

construção civil participa

do

PIB

com

valores

bastantes significativos,

mas

é

uma

indústria

que

depende

e muito

da

situação

econômica do

pais

e

também

de

investimentos governamentais,

que

é a mola

propulsora para o surgimento de obras. Ela

também

favorecer o crescimento

econômico

com

o

aquecimento

do

comércio local,

com

a

compra de

materiais

e

contratação

de

pessoal e serviços na região.

Quadro

3 : Demonstrativo

do

PIB

da

Indústria durante o período

de 90

a

98

Setor de Atividade 1_990 1991 1992 1 993 1994 1995 1996 1997 1998 Construção 7, 76 7, 12 7, 63 8, 26 9, 15 9, 22 9, 52 10,00 10,26 Total A Indústria 38,69 36,19 38, 7 41,61 40,0 36,67 34,7 34,84 33,96 Fonze.-

/BGE

/2000 '

Segundo

o

IBGE

em

junho/2000 1.097.296 pessoas estavam

empregadas

neste setor, é o setor

que

mais

emprega

indiretamente tanto na

produção

de

bens,

como

no setor

de

serviços,

ou

seja, a cada 100

empregos

diretos

é

gerado

285

indiretos,

onde

as pessoas

que

estão

empregadas não

precisão

de

muita qualificação para trabalhar.

(37)

Já o

número de empregados

na atividade

da

indústria

da

construção civil

no anos de

1988 e1991, mostra

que

não

houve

um

aumento no

número de emprego

nesta atividade durante toda a

década de

90,

principalmente

comparando

com

os

dados de

junhol2000.

`

Quadro

4:

Número

de

Empregados

por subsetor

Número

de

Empregados

Subsetor

Ano

de 1988

Ano

de

1991

Edificações 850.063 67,1

%

723.981 68,3

%

Construção

Pesada

155.661 12,3

%

128.100 12,1

%

Montagem

Industrial 12.921 1,0

%

27.810 2,6

%

Empreiteiros e Locadores _

de

mão-de-obra 247.765 19,6

%

179.800 17,0

%

T0131 1.266.410

100,0%

1 1.059.691

100,0%

Fonte : Rais 1988/1991

apud

Senai (1995).

Podemos

observar

com

o quadro acima que, o subsetor

edificações representa mais

do que

os outros subsetores

somados

em

número

de

empregados.

O

subsetor edificações, é

uma

área

de

atuação para os

armadores, pois

o

concreto

armado

é utilizado

em

grande escala nas

estruturas, necessitando dos serviços destes operários.

Já observando o estudo setorial da construção civil, Senai (1995),

o setor é

marcado

por 3 características principais :

1- Heterogeneidade inter a intra-setores,

segundo tamanho

dos

estabelecimentos, patamares tecnológicos; capacidade

de

investimento; características

de

mercado

e especialização

em

tipos

de

obras;

(38)

2- Desequilíbrio acentuado no

número de

estabelecimentos setor

a setor, observando-se

que

diferentes taxas

de

natalidade e mortalidade

de empresas

diferenciam igualmente os

subgëneros (Subsetor) .

3-

Um

diferencial significativo

do

volume

de empregos

entre os

subgëneros, quer levando

em

conta

apenas

as estatisticas oficiais quer considerando os trabalhadores

sem

registro

em

carteira.

Com

estas caracteristicas marcantes

podemos

comentar que, o

setor da construção civil possui área de atuação para todos os tipos e

tamanhos de

empresas,

com

diferenças,

que mostram

como

as

empresas que

atuam

neste setor

podem

ter características

bem

diferentes, tanto no

que

diz

respeito a parte tecnológica, capacidade

de

investimento, especialidade nos

serviços,

sem

falar na rotatividade das empresas, e

também

pela diferença

no

número de empregados

dos subsetores .

Além

disso,

podemos

levar

em

conta também" `o"

desempenho

social deste setor,

que não

foi alterado ao longo das últimas décadas.

O

estudo setorial

da

construção civil Senai (1995), destaca a não evolução no sentido da

melhoria

da

escolaridade, ou da redução da rotatividade da mão-de-obra e

nem

o

aumento médio de

salários dos trabalhadores.

A

nível de

empregos

o setor da construção civil estimula,

em

grande maioria, os setores produtivos:

como

a indústria do cimento,

do

aço, tijolo, tintas e etc.,

que

sao indústria

que

oferecem matéria~prima para este setor,

como

destaca (Pastore

apud CBIC

1998, p.13):

(39)

pelos

ganhos de

produtividade dos diferentes setores".

E

contribuindo bastante para

o combate

das grandes taxas

de desemprego

das últimas décadas.

2.3.1

Subsetor

da

Construção

Civil-

Edificações

O

subsetor

de

edificações possui

uma

grande diferenças entre as

empresas,

no

que

diz respeito

ao

tamanho

e a capacidade tecnológica, além

da

sua especialidade

de

trabalho neste setor.

Uma

das características

que

chamam

a atenção é :

É no

subsetor

de

edificações

que

se concentra o maior

número de empresas

-

em

torno de

57%

do total dos estabelecimentos no

Brasil,

que

somam

aproximadamente 205

mil

empresas de

construção civil.”

(Teixeira, 1998).

Neste setor

podemos

notar

que

o uso elevado

de

mão-de-obra,

é

acentuado, pois são

pouco

utilizados

máquinas

e equipamentos

no

desenvolvim_ento das tarefas.

A

mão-de-obra

empregada

é

de

baixo nível

de

escolaridade, baixos salários e

com

idade na faixa dos 30 a 35 anos, vindos

em

sua maioria

da

região rural

do

país.

O

subsetor edificações foi perdendo força a partir de 1985,

quando houve

a extinção do sistema financeiro habitacional viabilizado pelo

BNH

(Banco Nacional

de

Habitação), ocasionado a recessão

que

vivenciou 0

setor, isto

em

função da crise econômica

do

pais.

A

diminuição considerável

do

número de

habitação gerou

um

déficit muito grande no

mercado

habitacional,

que

para suprir esta necessidade, precisou~se

de

grandes investimentos para o

(40)

Podemos

ver

como

se comportou este setor

com

o

desempenho

da

utilização de mão-de-obra,

que

é uns dos termômetros para medir o

aquecimento no

números de

construções, se está

aumentando

ou

não

em

relação a outros períodos anteriores.

O

gráfico mostra o comportamento da

mão-de-obra no Brasil,

na

região Nordeste e no Estado do Rio

Grande

do

Norte.

Figura 1: Índice

de

emprego

na construção civil

de

1998 a 2000. Índice de

Emprego

na

Constmção

Civil

z -: “ft-Í f':r`*í "-'=`:zz 1'..".\:-' >`~'»'=" *¿'Í~. ": 1.*“^** T-"Ê ff “`* rf- ¬.›. * ° ' Dez 97 -I

s

ê

“ o Jzzz/93 :'11 Fev/93 M:/98 A 93 Mú/9a ` É * Jun/as mt/ss Ago/98

ü

se:/93 omfss Nzw 9: Dez/98 v t

Jazz/99 Fev/99 Mar/99 Abr/99 Mú/99 Jun/99

th; A 99 sv

3

Í ser/99 * Out/99 › Nov/99

É

É

Dez/99 Jan/00 Fev/00

Í

E

Q

Mar00 Ê Abr oo Ma. Wäas ll Ago/00 .xp SeV00

› f 1 ~â~¿›a›~ Í ê saw ~ ç;.:›»~é;:i as

120 < ” * “° '* *

» `“Í:›tzât`ls “ f

ääëäääšàäääaemaëagmâäââfiäfisgägašg

* ~~ =-f/1 '›'›~ »;â~;z›: f›_›~z..,,,~., . ;z :. '_ '-z-:' âef.-=<'._;= z¢,_~ _ Jaë, ~;'~.`z,

z "* . , . V' ' , z..

Q,aaaääÊšääaassaääääãsãääaäâãäääëaa

f ~ \ \

$\

>.

\\§

Meses 3 100 = ` |

-‹- Brasil

+

Nordeste

+

Rio Grande do Norte

I

Fonte :

CAGED

/2000.

Podemos

observar

que

o estado do Rio

Grande do

Norte teve

um

crescimento acima

do

Brasil e da Região Nordeste

no

período

de

Janeiro/98 a

Agosto/99, isso ao grandes investimentos feitos pelo governo

do

estado, tanto

na construção

de

adutoras,

como

na construção e recuperação

de

rodovias e

obras

de saneamento

neste período.

Mas

o subsetor edificações,

também

teve

no

estado

uma

grande força direcionado a execução de residências, lojas comerciais e

também

com

a prestação

de

serviços (Aguiar, 1999).

(41)

2.3.2

Construção

Civil

no

Nordeste

do

País

Segundo

dados da

SUDENE

:"

A

região Nordeste

ocupa

uma

área

de

1.561.177,8 Kmz, o

que

eqüivale a

18,3% do

território brasileiro,

abrangendo

um

total

de

1.187 municípios, distribuidos por nove Estados

De

acordo

com

o

IBGE

a população é

de

44,8 milhões

de

habitantes

A

construção civil no nordeste

vem

a partir dos

anos 70

com

um

grande crescimento, principalmente

com

as obras

de

infra-estruturas

feitas durante o milagre brasileiro (1970 a 1980),

onde

foram realizadas obras

de

grande porte.

O

PIB (Produto Interno Bruto)

da

região apresentou

um

crescimento maior

que

a média

do

pais durante este período.

Na

década de

80,

em

virtude

da

crise externa, e a moratória decretada

em

1987, to

crescimento

do

PIB

da

região

que

foi

de

3,3%,

sendo

ainda maior

que

a

média

do

país, na

ordem de

1,6 %.

,

Quadro

5 :

Taxa Média

Anual

de

Crescimento

do

PIB Real

do

Brasil e Região Nordeste

-

1960

-1997

PERÍODO

NORDESTE

BRASIL

TAXA

TAXA

(%)

1960

-

1970 3,5 6,1

1970

-

1980

8,7 8,6

1980-

1990 3,3 1,6

1990

-

1997 3,2 3,1

Fontes:

FGV/IBREIDCS;

IBGEIDPEIDECNA-

Brasil/2000.

SUDENE/DPO/Contas

Regionais

-

Nordeste.

( 1)

Dados

Preliminares para os anos de 1996 e 1997.

Avaliando a participação da região Nordeste

no

PIB

do

Brasil,

referente as últimas décadas, temos

um

aumento de 13,2%

em

1960 para

16,0%

em

1997.

(IBGE/DPE/DECNA -

Brasil

-

Nordeste). Enquanto

que

a

Referências

Documentos relacionados

Sentido a necessidade de organizar melhor os louvores de grupo decidi trabalhar neste documento utilizando ferramentas gratuitas.. Por n˜ ao ser vers˜ ao final, n˜ ao deve ser

LTDA BECKER GRAD.. LTDA

O processo de pseudo-individuação (Stanton et al., 1988) evidencia-se claramente no caso apresentado. Por um lado, Ricardo sofre pressões para individuar-se. Sua família e

3 Caliente aceite en un wok o una sartén, ponga en él la carne y dórela a fuego vivo unos 2 minutos sin dejar de remover.Añada la pasta de curry y mézclela bien; incorpore luego

Abstract: The aim of this study was to evaluate the antimicrobial activity of different root-end filling materials – Sealer 26, Sealapex with zinc oxide, zinc oxide and eugenol,

Since the contraction of heart muscle is associated with QRS voltage, and considering that the QRS complex voltage and HR are reduced in hypothyroid patients, the aim of the

• criar o caminho dos ve´ıculos dentro da UNICAMP a fim de que passem nos pontos necess´arios para o embarque/desembarque dos funcion´arios que participam da rota; • dividir

Neste contexto, este estudo tem como objetivo a avaliação da condução nervosa (latências, amplitudes e velocidades) nos nervos ciático e caudal de ratos com diabetes induzido