Programa de Pós-graduação
em
Engenharia
de Produção
'ÀNÁUSE
Eneeriôrvficâ
no
Pesro
DE
TRABALHÓ
Do
ARMADQR
DE
FERRQ
BA
coNsTRuÇÃo
civil.
Dissertação
de Mestrade
Walney
Gomes
da
SilvaFlorianópolis
Programa de Pós-graduação
em
Engenharia
de Produção
ANÁLISE
ERGor~âôrfi¡cÀ
oo
Posro
DE
rRAaAl_Ho
oo
ARMADQR
DE
FERRQ DA
coNsTRuçÃo
c|v||_
Walney
Gomes
da
SilvaDissertação
apresentada
ao
Programa
de
Pós-Graduação
em
Engenharia
de Produção
da
Universidade
Federal
de
Santa
Catarina
como
requisito
parcialpara
obtenção
do
Títulode
Mestre
em
Engenharia
de
Produção.
P
Florianópolis
Walney
Gomes
da
SilvaANÁLISE
ERGONÔMICA
DO
POSTO
DE
TRABALHO DO
ARMADOR
DE
FERRO NA
CONSTRUÇAO
CIVIL
Esta
dissertação foiaprovada
para
a obtenção
do
títulode
Mestre
em
Engenharia
de
Produção
no
Programa de
Pós-
Graduação
em
Engenharia de
Produção
da
Universidade Federa!
de
Santa
Catarina.Florianópõiis,
25
de
Setembro de
2001.
Prof. Ricar “iíáhda
arma,
Ph. D.Coo
e
adord
Curso
6
BANCAE
MI
DORA
Neri
dos
Santos,
Dr. Ing.Orientador
.va
W»
An
Reg/É Agui
I utra, Dr.Eng.
‹ -K
~4ÂMW
íwizwgp
A
minha esposa, Renataao
meu
filho, Andersonque souberam
aceitar as minhas ausências durante este período.
Aos
meus
pais, Severino José e Maria dasNeves
Agradecimentos
Primeiramente a Deus.
A
Universidade Federalde
Santa Catarina.Ao
Prof. Neri dos Santos pelo apoio e estímulo naorientação.
A
Profa. Elietede
Medeiros Franco pela grandeajuda
no
desenvolvimentodo
trabalho.A
Profa.Ana
Regina Aguiar Dutra pelas sugestões feitas a melhoriado
trabalho.A
todos os professoresdo
curso, pelosconhecimentos passados.
Ao meu
grandeAmigo
Gilson Garciada
Silva, pelagrande ajuda
que
foidada
, etambém
ameu
Amigo
Roberto José por sua ajuda na fase final.Aos
vinte nove companheiros de curso, na qual tiveo prazer
de
conviver durante este períodode
aprendizagem, especialmente _ aos colegas
do
Cefet I Mossoró, Aleksandro, Francisco
de
Assis,Manoel
Dias, Sérgio Pedrosa.Aos
meus
irmãos Gerlane,Wesley
e Girlene emeu
sobrinho Gabriel, pelo carinho e incentivo.
À
empresa
pesquisada por fornecer todas asinformações solicitadas , a seu Engenheiro lsoares
de
Oliveira Martins, e aos trabalhadoresque
contribuíram para a realização deste trabalho.
A
todosque
direta ou indiretamente ajudaram para aSUMÁRIO
Listas
de
Figuras
e Gráficos
... ..p. viiiListas
de Quadros
... ..p.x
Listas
de
Reduções
... ..p. xiiResumo
... ..p. xiiiAbstract
... ..p. xiv 1CAPITULO
1 ... ..p. 1 1.1Apresentação
... ..p. 1 1.2 Objetivosdo
Trabalho
... ..p.3
1.2.1 ObjetivoGeral
... ..p.3
1.2.2Objetivos
Específicos
... ..p.3
1.3
Questões de
Pesquisa a
Investigar ... ..p.4
1.4 Justificativa ... ... ..p.
4
1.5 Estruturado
Trabalho
... ..p.5
1.6Limitações
do
Trabalho
... ..p.5
2
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓR|co-E|v|PíR|co
... ..Í....p.ô
2.1Introdução
... ..p.6
2.2Ergonomia
... ..p.7
2.2.1Abordagens
em
Ergonomia
... ..p.9
2.2.2
Fases
da
Análise
Ergonômica
do
Trabalho
... ..p.102.2.3
Postura
... ..p.15
2.3
Caracterização
do
Setor
da
Construção
Civil ... ..p.172.3.1
Subsetor
da
Construção
Civil _-Edificações
... ..p.232.3.2
Construção
Civilno
Nordeste
do
Pais
... ..p.252.4
Ergonomia no
Setor
da
Construção
Civilno
Brasil ... ..p.293
PRQCEDIMENTO METODOLÓGICO
... ..p.323.1
Introdução
... ..p.323.2
Análise
Ergonômica do
Posto
de
Trabalho
'do
Armador
de
Ferro
da
Construção
Civil ... _.p.32
3.2.1
Análise
da
Demanda
... ..p.333.2.1.1
Objetivos
da .Demanda
... ..p.343.2.1.2
Hipótese
Formulada
à
Partirda
Demanda
... ..p.343.2.2
Análise
da
Tarefa
... ..p.353.2.2.1
Descrição
dos
Componentes
do
Sistema
Homens-Tarefa
... ..p.353.2.2.2 Caracteristicas
da População
-
Dados
Referente
ao
Armador
... ..p.363.2.2.3
Ambiente
Organizacional
... ..p.393.2.2.4
Ambiente
Físico ... ..p.403.2.2.5
Descrição
da
Tarefa
do
Armador
de
Ferro
... ..p.4O3.2.3
Análises
das
Atividades
... ..p.423.2.3.1
Descrição
das
Atividades
de
Trabalho
... ..p.433.2.3.2
Aspectos
F
isicosAmbientais
... ._p.46
3.2.3.3
Aspectos
Organizacionais
... ..p.463.2.4
Análise
da
Postura
de
Trabalho
... ..p.473.2.4.1
Método
OWAS
... ..p.473.2.4.2
Resultado
da
Análise
das
Posturas
Assumidas
com
o
Método
OWAS
... ..p.623.2.4.3
Seqüência
de
Fotos
com
o
Método
OWAS
... ..p.654
V5
6
7
7.1 7.2 7.3 7.4CONCLUSÕES
... ..p.a8BlBLlOGRAFlA
... ..p.89ANEXOS
... ..p.92Questionário
para
Levantamento
de
Dados
para
Estudo
Ergonômico
... ..p.93Tabulação dos'Dados
com
Base
na
Entrevistae
Observações
Feitasno
Localde
Trabalho
... ..p.95Fotos
do
Posto
do
Armador
de
Ferro
... ..p.96Figura 1: Figura 2:
Figura
3: Figura 4: Figura 5: Figura 6:Figura
7: Figura 8:Categoria
do
Método
Owas
... _.Figura 9:
Listas
de
Figuras
e
Gráficos
Índice
de
Empregados
na_Construção
Civilde 1998
a
2000
... _. ... ..p.24
... ..p.54
... ..p.55
... ..p.56
... ..p.57
... ..p.58
... ..p.59
Tela
de
Recomendações
da
Ação
Conforme
Trabalhador
Processando
Corte
... _.Tela
inicialdo Programa
WinOwas
... ._Tela
Menu
Observação do
WinOwas
... ._Fases do
Trabalho
da
serAnalisado
... _.Informações
do
Estudo
... _.Dados
Iniciaisda
Análise
do
Método
Owas
... ..p.
60
Categoria
das
Ações
das
Partes
Analisadas
da
Postura
... ..p. 61Figura
10
:Máquina
Desenroladeira
e Cortadora
Figura 11 Figura
12
Figura 13
Figura 14
Figura15
Figura16
Figura 17
Figura18
Figura19
de
Ferro para
Estribos ... ..p.66
... ..p.
67
... ..p.
68
... ..p.
69
Posição
de
Dobragem
de
Estribo-
1 ... ..p.70
Máquina
Policorte ... _.Posição
para
Iníciodo
Corte
de
Ferro ... ._Posição
de
Corte
de
Ferro
peloOperário
Posição
de
Dobragem
de
Estribo-
2
... ..p.71
Posição
de
Dobragem
de
Estribo-
3
... ..p.72
Posição
de
Dobragem
de
Estribo-
4
... ..p.73
_ Início
da
Dobragem”,
Pegar
a
Chave
... ..p.74
:Movimento
para
Dobragem
com
a Ferramenta
... ..p.75
Figura
20
Figura 21 Figura22
Figura23
Figura24
Figura25
Figura
26
Figura
27
Figura
28
Figura 29: Figura 30: Figura 31Figura
32: Figura 33:Movimento
Finalpara
Dobragem
com
a Ferramenta
... ._Colocação dos
Estriboscom
os Vergalhöes
... _.Colocação dos
Estriboscom
os Vergalhöes
Para Vigas
-
1 ... ._Colocação dos
Estriboscom
os Vergalhöes
Para Vigas
-
2
... _.Colocação dos
Estriboscom
os Vergalhöes
Para Vigas
-
3
... _.Colocação da Ferragem
na
Laje ... ._Amarração
da Ferragem
com
arame
para
Laje ... ._Colocação das
Cocadas
para
Garantiro Cobrimento
para
Laje ... ._Amarração
da Ferragem
com
Arame
... _.Local
de
Armazenamento
da Ferragem
Separada
por
Diâmetro
... __Ferragem Dobradas Separadas
para
Uso
... ._Bancada
de
Dobragem
de
Ferro
... ._________ ._p.99
Chave
Utilizadapara
Dobrar
Ferro
até16
mm
Chave
Utilizadapara
Dobrar
Ferroapartir
de 25
mm
... __ p.76
p.77
p.78
p.79
p.80
p. 81 p.82
p.83
p.84
p.97
p.97
p.98
_p.99Listas
de
Quadros
Quadro
1:Esquema
metodológico
da
análiseergonômica
do
trabalho ... ..p.12Quadro
2: Característicassegundonos
sub-setores
... ..p.18Quadro
3:Demonstrativo
do
PIB
da
indústriada
Construção
Civil ... ..p.20Quadro
4:Número
dos
Empregados
para
Subsetor
... ..p.21
Quadro
5:Taxa
média
anual
de
crescimento
do
PIB
realdo
Brasile
Região
Nordeste
1960
a
1997
... ..p.25Quadro
6:Taxa
média
anual
de
crescimento
do
PIB
real,segundo
as
principais atividades
econômicas
1990
a1997
... ..p.26Quadro
7:Variação
do
produto
interno bruto real,segundo
a
atividadeeconômica
... ..p.27Quadro
8:Listagens
de
Trabalhos
de Ergonomia
na Construção
CivilRealizados
no
Brasil ... ..p.29Quadro
9:Composição do
Código do
Método
Owas
... ..p.48Quadro
10:Classe
das
postura
do
método
Owas
... ..p.50Quadro
11:Determinação
da
Classe
de
Constrangimento
da
Postura instantânea
... ..p.51Quadro
12:Determinação
da
Classe
de
Constrangimento
da
Seqüência
de
Postura
no
Tempo
... ..p.52Quadro
13:Relação
entrePostura impróprias
E
e os
problemas
de saúde
apresentados
Quadro
14:Comparação
entreas
Medidas
Listas
de
Reduções
Abreviaturas
Freq.
=
FreqüênciaSiglas
ABPA
-
Associação Brasileira de PsicologiaBNH
-
Banco
Nacional de HabitaçãoCAGED
-
Cadastro Geralde
Empregados
eDesempregados
CBIC -
Câmara
Brasileirada
Indústriada
ConstruçãoFGV
-
Fundação
Getúlio VargasIBGE -
Instituto Brasileirode
Geografia e EstatísticaISSO
9002
-
International Organization for Standardization-
QualityManagement
System
lsopIFGV
-
Instituto Superiorde
estudos e Pesquisa Psicossociaisda
Fundação
Getúlio VargasOWAS
- Ovaco
Working Posture AnalysingSystem
PIB
-
Produto Interno Bruto _PBQP-H -
Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividadedo
HabitatRais
-
Relação Anualde
Informações SociaisSENAI
-
Serviço Nacionalde
Aprendizagem IndustrialResumo
s|LvA,
wainey Gomes. ANÁi_isE
EReoNoMicA
oo
Posro
DE
TRABALHO DO
ARMADOR
DE
FERRO NA
CONSTRUÇAO
CIVIL.Florianópolis, 2001. 134 f. Dissertação ( mestrado
em
engenhariade
produção )
-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção,UFSC,
2001.A
tarefado
armadorde
ferro éuma
das mais importantes na construção civil, principalmente no subsetor edificações, por se tratar deuma
atividadeque
é realizadaem
todas as obrasque possuem
concreto armado. Este profissional é responsável pelo corte,montagem
e colocação da ferragem nas peças estruturais aserem
futuramente concretadas.O
presente trabalho pretende mostrarque
a atividade exercida pelo armadorde
ferro apresenta posturasinadequadas e gestos repetitivos,
causando
grande esforço fisico pararealização do seu serviço diário.
Baseado
na metodologiada
AnáliseErgonômica
do
Trabalho (AET),com
a utilizaçãodo
método de
análise posturalOWAS.
Visitas sistemáticas foram realizadas,sendo
aplicada as técnicasde
observações
armadas
(registros fotográficos) e entrevistas feitasno
local detrabalho para a análise
do
posto.O
tratamento dos dados referentes asposturas foram obtido pelo programa
WinOwas. E
com
base no diagnósticoforam elaboradas as
recomendações
ergonômicas para melhoria dascondições
de
trabalho e produtividade deste operário no processo construtivodo
subsetor de edificações.Abstract
SILVA,
Walney Gomes.
ANÁLISE
ERGONÔMICA
DO
PQSTO
DE
TRABALHO DO
ARMADOR
DE
FERRO NA
CONSTRUÇAO
CIVIL.Florianópolis, 2001. 134 f. Dissertação ( mestrado
em
engenhariade
produção )
-
Programa de Pós-Graduação
em
Engenhariade
Produção,UFSC,
2001. `-
The
task of metalworker isone
of the most important in the civil construction,mainly in the subsetor edifications, for being an activity that is accomplished in
all the works that possess
armed
concrete. This professional is responsible forthe court, assembly
and
placement of the ironwork in the structural pieces to be after concreted.The
present work intends toshow
that the activity exercised by the metalworker presents inadequate posturesand
repetitive gestures, causinggreat physical effort for accomplishment of his daily service.
Based on
themethodology of the Ergonomic Analysis of the Work, with the use of the
method
of postural analysis
OWAS.
Systematic visitswere
accomplished, being appliedthe techniques of
assembled
observations (photographic registrations)and
interviews
done
in the work place for the analysis of the position.The
treatmentof the referring data the postures
were
obtained by the programWinOwas.
And
with base in the diagnosis the ergonomic recommendations
were
elaborated forimprovement of the work conditions
and
this worker's productivity in theconstructive process of the subsetor of edifications.
1
CAPÍTULO
1e
1.1
Apresentação
No
contextode
um
mundo
globalizado, asempresas
estãoconstantemente
buscando
novas tecnologias, visando a melhoria dos produtose
dos serviços prestados, ecom
isto garantir a sua sobrevivência.As
inovações
acontecem
tanto no processo produtivocomo também
na gestãoda
organização das
empresas.
Mas, alguns problemasaparecem
durante aimplantação destas modificações,
em
sua maioria no aspectohumano, onde
ohomem
tem que
se adaptar a todas estasmudanças
no processode
produção,e estas
mudanças
muitas vezesnão
seadequa ao
homem,
que
estádiretamente ligado
ao
processo produtivo.E
a Ergonomia é exatamente esta ferramentade
ligação entrehomem-máquina
ou
seja é o estudoda
adaptaçãodo
trabalhoao
homem
(lida, 1990).A
Ergonomiatem
como
principais objetivos segurança, satisfaçãoe .o bem-estar dos trabalhadores
no
seu relacionamentocom
sistemasprodutivos. Ela surgiu
com
grande impacto durante a ll Guerra mundial,onde
necessitou-sede
uma
adaptação das novas tecnologiasao
homem
para melhorar o seudesempenho,
etambém
na utilização destas para os processosde
produção.As mudanças
feitas nos layout de produção, reprojetode
ferramentas e várias melhorias das condições
do
local de trabalho,e
modificações nosmovimentos
biomecãnicos tiveramde
ser realizadas durante~~~--A
Ergonomia melhora as condições de trabalhoaumentando
a eficiência, reduzindo o desconforto físico e os custos humanos,aumentando
com
isso a produção. Estes conflitosaparecem
na formade
custohumano
paraos trabalhadores
na
formade
fadiga, doenças' profissionais, lesões temporáriasou
permanentes, mutilações, mortes, incidentes, erros excessivos, paradasnão
controladas, lentidão e outros problemas
de desempenho. Gerando
acréscimo nos custo da produção, desperdíciode
matérias-primas, baixa qualidade dosprodutos executados (Moraes, 2000).
Para se obter
uma
produção desejada temque
haveruma
grandeinteração entre
o
homem,
sistema produtivo e a organização. Esta interação é muito dificilde
ser alcançada pois asempresas tem
limitações quanto aosproblemas organizacionais,
com
áreas inadequadas para o desenvolvimentodas tarefas,
bem como
ferramentas e equipamentos,que quando
utilizados sãofeito
de
forma inadequada. Estasempresas
em' sua grande maiorianão
utilizam os conhecimentosda
ergonomia para alcançar estes objetivos.A
ergonomia é ainda hojepouco
aplicada na indústria daconstrução civil e principalmente no subsetor edificações,
onde
os operáriossão mais exigidos
do que
em
outros setoresda
indústria ,sendo na
maioria dasvezes o processo
de
trabalhoé
com
base manufatureira, executandomanualmente,
sendo
utilizado ferramentaspequenas
e rudimentaresno
desenvolvimento
de
suas tarefas. Estes operários,não
são treinados paramelhorar suas posturas
no
levantamentode
peso, utilização de ferramentasou
simplesmente nos
movimentos
feitos durante o desenvolvimentodo
seu1.2
Objetivos
do
Trabalho
, 1.2.1 Objetivo
Geral
O
objetivo geraldo
trabalho é analisar o postode
trabalhodo
armador de
ferro,com
os conhecimentosda
ergonomia, visando melhorar ascondições
de
trabalhono
processo construtivoda
construção civil.1.2.
2 Objetivos
Específicos
-Como
objetivo específicos, busca-se :_.
Levantar referencial teórico sobre os seguintes temas:
Ergonomia, caracterização
do
setorna
'construção civil,ergonomia no setor
da
construção civil,método
OWAS.
Realizar
uma
análise ergonômicado
trabalhono
postodo
armador de
ferro.Identificar as posturas e gestos constrangedores para
o
armador
de
ferro, a partirdo método
OWAS.
Elaborar
recomendações
ergonômicas para. melhorar as condiçõesde
trabalhodo
armadorde
ferro, visando a reduçãoda
carga fisica.1.3
Questão de
Pesquisa
a
Investigar
ç
A
análise ergonômicado
trabalho no postodo
armadorde
ferro nosubsetor edificações, contribui para melhorar as condições
de
trabalho econsequentemente reduzir a carga física gerada pelas posturas
constrangedoras
no
desenvolvimentode
suas atividades, avaliadas à partirdo
método
OWAS.
1.4
Justificativa
O
setor da construção civil constituium
vastocampo
de
atuaçãopara
a econômica
e para o desenvolvimento do país, conformedados
estatísticos
que
serão apresentados na caracterizaçãodo
setorda
construçãocivil. »
Com
'aplicação
da
ergonomia na construção civilpodemos
verificar :
Os
vários fatoresque causam danos
asaúde
dos operários.Os
fatores
que
interferem no melhor desenvolvimentoda
atividade produtiva dostrabalhadores, elevando sua produção,
sem
prejuízo ia sua capacidadede
trabalho.
Esta pesquisa _ mostra as vantagens da aplicação dos
conhecimentos
em
ergonomiacomo
importante ferramenta na análisedo
postode
trabalhoe
ométodo
Owas
para verificação das condiçõesde
trabalho deste posto de trabalho.1.5
Estrutura
do
Trabalho
_ Esta dissertação esta
dividida
em
quatro capitulos.O
primeiro écomposto
pela introduçãodo
trabalho ,objetivos, perguntade
pesquisa,relevância, estrutura e limitações
do
trabalho.No
Capitulo 2 é apresentado a revisão bibliográfica sobre:Ergonomia, a caracterização
do
setor da Construção Civil, o postodo
armadorde
ferro, Ergonomia eo
setorda
Construção Civil. _No
Capitulo 3 é apresentado a análise ergonômicado
trabalhodo
armador
de
ferrona
construção civilno
subsetor edificações, mostrando todosos pontos importante para
um
melhor aproveitamento das condições detrabalho
e
fazendo modificações no posto observado.-
No
Capitulo 4 é apresentado asconclusões e as
recomendações
para trabalhos futuros.
1.6
Limitações
do
Trabalho
A
análise ergonômica, desenvolvida neste trabalho,não
levaem
consideração os aspectos cognitivos e sim os aspectos posturais do ferreiro
na
realização de sua atividade no canteiro
de
obras, etambém
os resultados obtidosnão
podem
ser generalizados, por se tratarde
um
estudo qualitativo.2
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓR|co
-EMP¡Rico
2.1
Introdução
Neste capitulo será feito
uma
fundamentação
teórica dosseguintes itens : Ergonomia, Setor da Construção Civil , Posto
do
Armador de
Ferro e a Ergonomia ,no Setor
da
Construção Civil.A
construção civil constituium
setorcom
grandecampo
de
atuação e
de
grande importância econômica para o desenvolvimentoda
sociedade. Este setor possui diferenças, tanto no
que
se diz respeito aosserviços desenvolvidos por elas,
como
também
em
funçãodo
porte dasempresas que atuam
neste importante setor econômico._
A
construçãocivil é dividida
em
áreasde
atuação: construçãopesada, construção predial e prestadoras de sen/iços nos divër's`o`s"
segmentos
de
obras.As
empresas que atuam
neste setortambém
são divididas em:empresas de
grande porte,médio
porte, microempresas._ '
E '
O
subsetor edificações caracteriza-se por serum
dossegmentos
que
envolveum
maiornúmero de empresas
atuante no setorda
indústriada
construção. .
. .
O
estudo de caso realizado nesta pesquisa será no subsetoredificações enfocando a análise ergonômica
do
trabalhodo
postodo armador
de
ferro,que é
um
dos principais funçõesda
fase de estrutura para asconstrução
de
edificações, devidoao
grande volume de concretoarmado
l
2.2
Ergonomia
`
A
ergonomia desenvolveu-se durante a ll Guerra Mundial quando, pela primeira vez,houve
uma
conjugação sistemáticade
esforços entre atecnologia e as ciências humanas. Fisiologistas, Psicólogos, Antropólogos,
Médicos e Engenheiros trabalharam juntos para resolver--os problemas
causados
pela operaçãode
equipamentos militares complexos.Os
resultadosdesse
esforço interdisciplinar foram tão gratificantesque
foram aproveitadospela indústria,
no
pós-guerra (Dul&
Weerdmeester,1995).O
termo ergonomia é formado dos termos gregos ergo,que
significa trabalho
e
nomos,
que
significa regras, leis naturais. Este termos játinha sido anteriormente
usado
pelo polonês WoitejYastembowsky
(1857)que
publicou um-tz artigo intitulado “Ensaios de ergonomia
ou
ciênciado
trabalho,baseada
nas leis objetivasda
ciência sobre a natureza”,mas
foi só a partirda
fundação,
no
inlcioda década de
50, da ErgonomicsResearch
Society, na Inglaterra,que
a ergonomia se expandiu nomundo
industrializado (lida,1993).O
termo ergonomia foi adotado nos principais países europeus,onde
se fundou a Associação Internacionalde
Ergonomia (IEA),que
realizouo
seu primeiro congresso
em
Estocolmo,em
1961.Nos
Estados Unidos foi criadaa
Human
Factors Societyem
1957 e até hoje o termo mais usual naquele paíscontinua
sendo
Human
Factors (Fatores Humanos),embora
ergonomia já seja aceitocomo
sinônimo (lida,1993).Atualmente a lEA,representa as associações
de
ergonomiade
Associação Brasileira
de
Ergonomia foi fundadaem
1983
etambém
éfiliada à IEA) (Dul
&
Weerdmeester,1995)._
O
primeiro seminário brasileiro sobre ergonomia foi realizadono
Rio
de
Janeiro, promovido pelaABPA
(Associação Brasileirade
Psicologia Aplicada) e pelo lsop/FGV.,A principal finalidade
da
Ergonomia é projetar máquinas,equipamentos e ambientes
adequados ao
usohumano,
reduzir a fadiga e osdesconfortos físicos
do
trabalhador, diminuindoo
índicede
acidentes eausências
no
trabalho (Vieira&
Pinheiro,1989).Com
este destaquepercebemos que
a finalidade principalda
ergonomiaé
melhorar as condiçõesde
trabalho e aumentar o rendimento,com
a diminuição dos custos (Vieira&
Pinheiro,1989).A
ergonomia tenta atingir estas finalidadesaumentando o
desempenho
de cada
trabalhadorsem
que
lhe causedano
aos aspectos fisicoe psicológico destes trabalhadores.
As
condiçõesda
ergonomia à melhoriada
condiçõesde
trabalhotêm ocorrido no nível físico, através
do
reprojetode
ferramentas,de
modificações
do
layoutdo
localde
trabalho, das melhoriasdo
ambiente físico(iluminação, vibração e ruido) e dos aspectos antropométricos
e
biomecãnicosda
atividade. Este tem sido,sem
dúvida, o maior impactocausado
pelaergonomia, principalmente nos países
de
terceiromundo
(Hogiapud
Franco,1995).Já o
segundo
estágio .de atuação da ergonomia, surge à partir dostrabalho para a sua natureza cognitiva (Nagamachi
&
lmada apud
Franco, 1995), issoem
função das inovações tecnológicos.,
O
terceiro estágiode
atuaçãoda
ergonomia,começou
com
apreocupação
com
a melhoriade
segurançae saúde no
trabalho nasorganizações e foi
chamada
de
“ergonomia nas organizaçõesLogo
depois surgiu a Macroergonomia, produz resultados a nívelde
negócios:Ou
seja busca inserir as necessidadesde
mudanças
estabelecidasnuma
perspectiva maisda
estratégia eda
organizaçãoda
empresa. Engenharia simultânea
de
produto,de
processoe
de
gestão daprodução
em
torno das atividadesde
trabalho.Hoje
em
diatambém,
é estudado a antropotecnologia,que
buscacompreender
a natureza das contingênciade
uma
dada
organizaçãoem
processos
de
modernização e inovação tecnológica.Todos
estes estágiosda
ergonomia, foram criados exatamentepara melhorar e ampliar a atuação
da
ergonomia,em
todos os aspectosque
influenciam o desenvolvimento
do
trabalho parauma
melhor adaptaçãodo
trabalhador.
2.2.1
Abordagens
em
Ergonomia
As
abordagens ergonômicas visam identificar, atravésde
observações
no
localde
trabalho, quais os fatoresque
interferem nascondições
de
trabalho. Pode-se classificar estas abordagensem
dois tipos :Vlfisner (1994) descreve
como
é feito esta abordagem, “Não
setrata mais
de
fazercom
que
a tarefa seja descrita pela direção, e sim deanalisar as atividades
de
trabalho..." etambém
complementa
com
a seguintedescrição, -“
Todas
as atividadesdevem
ser observadas, sejam elas prescritas,imprevistas
ou
até inconscientes por parte dos trabalhadores.”A
Análisede
Sistemas é a preocupaçãocom
o
funcionamentoglobal
de
uma
equipede
trabalho utilizandouma
ou maismáquinas
(lida,1993).Já a Análise dos postos
de
trabalho é aabordagem
ergonômicaao
níveldo
postode
trabalho , priorizando as análisesda
tarefa eda
atividade,com
asposturas e os
movimentos
realizados,como também
suas exigências físicas epsicológicas
do
trabalhador (lida,1993).Logo
na análise ergonõmicado
trabalhoé
estudadodetalhadamente todos os aspectos importantes relacionado ao trabalho,
desde
os aspectos físicos, ambientais
e
organizacionais do trabalho,como
seuscomponentes no
desenvolvimentode
sua atividade.2.2.2
Fases da
Análise
Ergonômica do
Trabalho
_
A
análise ergonômicado
trabalho visa conhecer oque
érealmente feito na prática, e mostrando a diferença entre o trabalho real e a
tarefa prescrita (o
que
deve ser feito) comparando~os, e quais as causas destasE
conformeSouza
(apud BarceIos,1997) 1“através
da
análisedo
trabalho é possivel entender a_ atividaderdostrabalhadores (incluindo, por exemplo, posturas, esforços, busca
de
informação,tomada de
decisão, comunicações)como
resposta pessoala
uma
sériede
determinantes, algumas das quais relacionadas àempresa
(projetoda
estaçãode
trabalho, organizaçãodo
trabalhoformal, restrição
de
tempo, etc..) e outras relacionadasao
operador(idade, características antropométricas, experiências, etc...)”
Então
o
objetivoda
análise ergonômica do trabalho é a análisedas exigências e das condições da tarefa e
também
a análise das atividades realizadas pelos trabalhadores para realizarem sua função (Barcelos,1997).Segundo
Santos (1999), a análise ergonômica exige :“conhecimentos cientificos sobre o
homem em
atividade; Discussão dosobjetivos
do
estudocom
o conjunto das pessoas envolvidas; Aceitaçãodos trabalhadores
que
ocupam
o
posto a ser estudado;Esclarecimento, quanto
ao
desenvolvimentodo
estudo eda
utilizaçãodos resultados; Resultados : Orientar modificações nos pontos críticos
evidenciados;”
Podemos
verificar a seguir,um
esquema
da
análise ergonômicaQuadro
1 :Esquema
metodológicoda
análise ergonômicado
trabalho.
SITUAÇÃO DE
-fzrêzzzàzz bmnzgzéfmz
TRABALHO
sobre ohomem
em
athfiiclade de trabalho
zmáusi:
Encoflomlcà
no
'nm1mLHo
Aliiâlive ih ilemamla: l àefzúçâzz az. problema flnálise da iamfii: análise das cmidigöes de ._ -
, Í1`*¡b1Úh° Análise das aiiviiihikis:
“^“'°"~°
mflfiefiflfi
comportamentos
“`°*`°“*“`“°"““"°
t
smmsn
Enconúrzucà.no
mimâuto
Caderno de encargos
Diagnfigfim;
de 1'*°°“““d*fz`5e`-“ ' modelo operativo da t` °f*ë°*fi*“í°* siizmçâú az imbaiiw -Í:-›_--|*:‹-'.›-.¬f.'»'.,' -^~^\¬Ã¬~.:wr¬,Ã-.:='z~5=;.1:v‹<v->;‹... - - f ^›= z z 3' '- v- _: :V -;.~'‹ Fonte : Santose
Fialho (1995).Portanto esta fase da análise se divide
em
: análise dademanda,
análise
da
tarefa , análise das atividades, diagnósticos e recomendações.Com
suas recomendações, este levantamento serve para melhorar o conhecimento
da
situaçãode
trabalhoem
estudo.A
análise dademanda, segundo
Santos (1999), é a definiçãodo
problema a ser analisado, a partir
do
entendimento das __ d_iversas partesenvolvidas,
ou
seja dos trabalhadores ou da direção dasempresas onde
sugiram o problema.
Segundo
Franco (1995) nesta fase procura-setambém
avaliar se a
demanda
é consistente e está de acordocom
os princípios ergonômicos._
A
análise da tarefasegundo
Santos (1999), considera oque
otrabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais
para esta realização. Já para lida (1993), a análise
da
tarefa deve ser realizadaem
duas partes, a primeirachamada
de
descriçãoda
tarefa,em um
nível maisglobal
e
asegunda de
descrição das ações,num
nível mais detalhado.Segundo
Wisner (1997) “Sejam quais forem as modalidadesda
análise
do
trabalhoque
foram empregadas, é indispensável validaro
trabalhode
análise atravésde
discussõescom
os trabalhadores, , ou seja deve-sesempre
veriflcarcom
os trabalhadores se osdados
levantados foram todoseles lembrados
e
se algumnão
foi desprezado ou tenha sua importância sidodiminuído durante estas observações.
A
descriçãoda
tarefa engloba os aspectos gerais da tarefa,operacionais, condições ambientais,
com
isso tornando esta descrição bastantedetalhada. _
-
A
descrição das ações
segundo
lida (1993) é “...se concentramais nas caracteristicas
que
influem no projetoda
interfacehomem
-
máquina
e
se classificamem
informaçõesno
nivel sensorialdo
homem
e, os controles,no
nivel motorou
das atividades musculares.” , ou seja sao observadosem
detalhes todos os movimentos
empregados
pelo trabalhador tanto a nívelsensorial (as informações recebidas pelos sensores ou diplays) ,como a nível
muscular (os controles, os
membros
e instrumentosmovimentados
durante arealização
da
tarefa).A
análise das ações étambém chamada
de
análise das atividades.Segundo
Santos (1999) considera oque
o trabalhador efetivamente realiza para executar a tarefa.Os
dados
são coletadosmomentaneamente
durante o processo de obsen/ação,onde
a principal atividadedo
trabalhador éde
controlar todas as ações.Com
issopodemos
observarque
a atividade mental prepara e controla toda atividade físicado
trabalhador (Franco,1995).Na
elaboraçãodo
diagnósticos são analisados o sistemahomem-tarefa a nível fisiológicos e psicológicos, os
dados que
foramlevantados são analisados, e obtidos os sintomas gerados durante o trabalho, é
feito
com
base
na ergonomiaum
diagnóstico para o posto de trabalho.Já as
recomendações
ergonõmicas é a etapa mais importanteda
análise ergonõmica
do
trabalho .paraque
o estudo faça efeito no postode
trabalho, pois serão mostrados as medidas quedevem
sertomadas
pararecomendações
poder melhorar os aspectos importantes para obom
desenvolvimento
do
trabalho.2.2.3
POSÍUFB
A
postura é objetode
estudodesde
muito tempo, epode
serconceituada
como
o arranjo característicoque
cada individuo encontra para sustentar o seu corpo e utilizá-lo na vida diária (Kendallapud
Moser,2000).Segundo
Curyapud Moser
(2000) a postura é a posiçãoque
oindividuo
assume
no
espaço,em
funçãode
um
equilibrio estático ou dinâmico,usando
para isso seu arcabouço ostcomusculoesqueléticono
desempenho
de
sua função. .
Os
músculos estáticos são responsáveis por executarem trabalhocom
maior exigência energética, enquanto o músculo dinâmico são maissensíveis a fadiga,
quando
o corpoassume
uma
postura constrangedora ela ocasionarádemandas
energéticabem
acimade
sua capacidade muscular,quando
a coluna apresenta algum desvio na postura maior força será utilizadapara realizar este equilíbrio
do
corpo, poisum
número de
fibras musculares éexigido
em
intervalos mais freqüentes e a fadiga é gerada mais rapidamente(Kisner
apud
Moser, 2000)..
_ Durante o trabalho, o
homem
assume
duas posições básicasque
é
em
pé, sentadoou
alterando entre estas duas posições.A
posição sentadaexige atividade muscular
do
dorso edo
ventre para manter esta posição,e
émenos
cansativaque
a posiçãoem
pé, alémde
liberar os braços e pés,que
permite grande mobilidade destesmembros
(lida,1995).Já a posição
em
pé é maisrecomendado
para os casosem
que
há
freqüente deslocamento no local de trabalho ouquando
é necessárioseraplicado grandes forças para executar tarefa (Dul
&
Weerdmeester,1998).A
posiçãoem
pé parada, é altamente fadigante porque é exigidobastante
da
musculatura para manter esta posição.Segundo
lida (1995) “As
pessoas
que
executam trabalhos dinâmicosem
pé, geralmente apresentammenos
fadigaque
aquelesque
permanecem
estáticas oucom
pouca
movimentação.”
Na
jornadade
trabalho, o operário poderá 'assumir inúmerascombinações de
posturas,onde
em
cada tipo de postura,um
diferente conjuntode
músculos é acionado (Iida.1995), então estes operáriospodem
assumirposturas erradas e durante esta jornada causar vários transtornos, logo era
preciso observar e analisar cada postura assumida por estes operário.
A
Mas, maiores dificuldades de analisar e corrigir as posturas
erradas é na identificação e no registro destas posturas, assim foram criados
2.3
Caracterização
do
Setor
da Construção
CivilA
construçao civil éum
importante setor industrial, por servirde
equilíbrio sociale de
desenvolvimento para o país.A
sua grande capacidadede
geraçãode
emprego,com
a absorção deum
grande contingentede
mão-de-obra,
com
pouca
ounenhuma
qualificação formal. Principalmentede
operários vindos de locais mais desfavoráveis da sociedade,
que
são asperiferias das grandes cidades ou
de
áreas rurais.A
indústriada
construção civil é constituídaem
sua maioria porempresas
nacionais,que
utiliza matéria-prima (material deconsumo)
e serviços(empresas
ou
pessoas ,que
prestam serviços terceirizados)em
grande parteda
própria regiãoonde
esta atuando. Ela melhora a infra-estruturada
cidade,conseqüentemente a qualidade
de
vidada
população, por construir habitações,escolas e hospitais, até rodovias e adutoras entre outras.
E
também
éum
grande contribuinte
de
impostos governamentais.Qutra importante característica
da
indústriada
construção civil épor utilizar subprodutos
em
sua maioria regionais (janelas, peças sanitárias),poucos produtos são importados, contribuindo muito
com
isso, paraum
bom
equilíbrio
da
balança comercialdo
país, diferentede
outras indústriasprodutoras.
O
setor da construção civil é composto,em
sua maior partede
micro e
pequenas
empresas,que atuam
em
trêssegmentos
principais,segundo
a definiçãodo
IBGE: os subsetores de: edificações; construçãoQuadro
2 : Característicassegundo
subsetor z-
EDIFICA
ES
CONSTRU
ÃO
PESADA
MONTAGEM
INDUSTRIAL
cpas 'dade Pr`n _. _.. At`v
Ç
Construçãode
edifícios (residenciais, comerciais, institucionais, etc..) e serviços auxiliares e complementares a estesjÇ
Obras de
infra-estrutura viãria(incIusive estruturas complementaresque
requerem tecnologia especial), desaneamento
e para produçãode
energia.Montagem
de
estruturas (mecânicas, elétricas, eletrônicas, hidromecânica etc..)sistemas ligados aos
segmentos de
energia, telecomunicaçõese
exploraçãode
recursos minerais.n
zação nterna Orga -Heterogèneo (empresasde
grande porte até
microunidades); - Maior quantida-
de de empresas
do
setor e as maiores apresentamum
tamanho menor
do
que
as “médias” da Const. Pesada; - Baixo graude
concentração, secomparado
com
os outros subsetores.Menos
heterogêneoque
o subsetorde
edificações,
com uma
presença significativa
de empresas de
porte gigantesco, e Alto grau de concentraçãocom
“edificações”. Apresentauma
Quantidade deempresas
mais oumenos, cinco vezes
menor
do
que
“edificações”.
- Mais
homogêneo,
formado por
empresas
de
grande emédio
porte,
em
número
reduzido.
-
O
tamanho médio
dasempresas
um
pouco
maior
que
em
“edificações".
- Alto grau
de
concentração,
num
valor igual ou maior
que o
subsetor anterior.uadro
2 Caracteristicassegundo
subsetor (continuação)EDIFICAÇÕES
CONSTRUÇÃO
PESADA
E E EMONTAGEM
INDUSTRIAL
terna zaçãon
..- ._ Especa
Leve tendênciade
segmentação,mais pelo porte
da
obrado que
pelo tipo. Recentemen-te,uma
leve inclinação à especializa-ção na produção de obras de edificações industriais e construção modulares. -A especialização parecenão
seguirum
critério definido,mas
pode-sedizer
que
quanto maior a empresa, maior a suaamplitude
de
atuaçãochegando
a obrasde
grande complexidade tecnológica. Idemao
subsetorda
construçao pesada. Demandae
C
'entes _. __.-A
demanda
básica é a privada, onde o Estado atuacomo
gerenciadorda maior parte via
SFH.
O
próprioEstado ainda atua
como
demandante
das suas obras,
que são
menos
expressivas que a primeira.
A
parcela que representa ademanda
do exterior ainda é pouco representati-va -A demanda
pública constitui-seem
mercado único.As
atividades ligadas à infra-estrutura industrialdemandada
poragentes privados, são insignificantes. -
A
demanda
e›‹tema considerável para algumas empresas do - setor. -O
cliente típico é o Estadoem
todas as suas instâncias. .-A
demanda
divide-seem
pública ( energia e telecomunicações) e privada (lnst. de unid.De
produção industrial).A
atuação no mercado exterior' E ainda é incipiente.Os
clientes típicosainda são as empresas
ind. Priv. ou Órgãos
estatais ligados os
Segmentos
de energia e telecomunicações. -Os
Clientes típicos sao pessoas físicas e empresas.Quagro
¿_: CaracterísticasSegundo
subsetor (continuação) gEDIFICAÇÕES
CONSTRUÇÃO
PESADA
MONTAGEM
_.
INDUSTRIAL
-
Formas
variadas - Empreitada esubem-
- Empreitada esubem-
empreitadas, preitada. preitada
subempreita-das, administra-ção, iniciativa própria. Formas de Construção
Fonte: Minas Gerais (apud Costa, 1991, p. A.2-3) :
A
indústriada
construção civil participado
PIBcom
valoresbastantes significativos,
mas
éuma
indústriaque
depende
e muitoda
situaçãoeconômica do
paise
também
de
investimentos governamentais,que
é a molapropulsora para o surgimento de obras. Ela
também
favorecer o crescimentoeconômico
com
o
aquecimentodo
comércio local,com
acompra de
materiaise
contratação
de
pessoal e serviços na região.Quadro
3 : Demonstrativodo
PIBda
Indústria durante o períodode 90
a98
Setor de Atividade 1_990 1991 1992 1 993 1994 1995 1996 1997 1998 Construção 7, 76 7, 12 7, 63 8, 26 9, 15 9, 22 9, 52 10,00 10,26 Total A Indústria 38,69 36,19 38, 7 41,61 40,0 36,67 34,7 34,84 33,96 Fonze.-/BGE
/2000 'Segundo
oIBGE
em
junho/2000 1.097.296 pessoas estavamempregadas
neste setor, é o setorque
maisemprega
indiretamente tanto naprodução
de
bens,como
no setorde
serviços,ou
seja, a cada 100empregos
diretosé
gerado285
indiretos,onde
as pessoasque
estãoempregadas não
precisãode
muita qualificação para trabalhar.Já o
número de empregados
na atividadeda
indústriada
construção civilno anos de
1988 e1991, mostraque
nãohouve
um
aumento no
número de emprego
nesta atividade durante toda adécada de
90,principalmente
comparando
com
osdados de
junhol2000.`
Quadro
4:Número
de
Empregados
por subsetorNúmero
de
Empregados
Subsetor
Ano
de 1988
Ano
de
1991Edificações 850.063 67,1
%
723.981 68,3%
ConstruçãoPesada
155.661 12,3%
128.100 12,1%
Montagem
Industrial 12.921 1,0%
27.810 2,6%
Empreiteiros e Locadores _de
mão-de-obra 247.765 19,6%
179.800 17,0%
T0131 1.266.410100,0%
1 1.059.691100,0%
Fonte : Rais 1988/1991
apud
Senai (1995).Podemos
observarcom
o quadro acima que, o subsetoredificações representa mais
do que
os outros subsetoressomados
em
número
de
empregados.O
subsetor edificações, éuma
áreade
atuação para osarmadores, pois
o
concretoarmado
é utilizadoem
grande escala nasestruturas, necessitando dos serviços destes operários.
Já observando o estudo setorial da construção civil, Senai (1995),
o setor é
marcado
por 3 características principais :1- Heterogeneidade inter a intra-setores,
segundo tamanho
dosestabelecimentos, patamares tecnológicos; capacidade
de
investimento; características
de
mercado
e especializaçãoem
tiposde
obras;2- Desequilíbrio acentuado no
número de
estabelecimentos setora setor, observando-se
que
diferentes taxasde
natalidade e mortalidadede empresas
diferenciam igualmente ossubgëneros (Subsetor) .
3-
Um
diferencial significativodo
volumede empregos
entre ossubgëneros, quer levando
em
contaapenas
as estatisticas oficiais quer considerando os trabalhadoressem
registroem
carteira.Com
estas caracteristicas marcantespodemos
comentar que, osetor da construção civil possui área de atuação para todos os tipos e
tamanhos de
empresas,com
diferenças,que mostram
como
asempresas que
atuam
neste setorpodem
ter característicasbem
diferentes, tanto noque
dizrespeito a parte tecnológica, capacidade
de
investimento, especialidade nosserviços,
sem
falar na rotatividade das empresas, etambém
pela diferençano
número de empregados
dos subsetores .Além
disso,podemos
levarem
conta também" `o"desempenho
social deste setor,
que não
foi alterado ao longo das últimas décadas.O
estudo setorialda
construção civil Senai (1995), destaca a não evolução no sentido damelhoria
da
escolaridade, ou da redução da rotatividade da mão-de-obra enem
o
aumento médio de
salários dos trabalhadores.A
nível deempregos
o setor da construção civil estimula,em
grande maioria, os setores produtivos:
como
a indústria do cimento,do
aço, tijolo, tintas e etc.,que
sao indústriaque
oferecem matéria~prima para este setor,como
destaca (Pastoreapud CBIC
1998, p.13): “pelos
ganhos de
produtividade dos diferentes setores".E
contribuindo bastante parao combate
das grandes taxasde desemprego
das últimas décadas.2.3.1
Subsetor
da
Construção
Civil-Edificações
O
subsetorde
edificações possuiuma
grande diferenças entre asempresas,
no
que
diz respeitoao
tamanho
e a capacidade tecnológica, alémda
sua especialidadede
trabalho neste setor.Uma
das característicasque
chamam
a atenção é :“
É no
subsetorde
edificaçõesque
se concentra o maiornúmero de empresas
-
em
torno de57%
do total dos estabelecimentos noBrasil,
que
somam
aproximadamente 205
milempresas de
construção civil.”(Teixeira, 1998).
Neste setor
podemos
notarque
o uso elevadode
mão-de-obra,é
acentuado, pois são
pouco
utilizadosmáquinas
e equipamentosno
desenvolvim_ento das tarefas.
A
mão-de-obraempregada
éde
baixo nívelde
escolaridade, baixos salários e
com
idade na faixa dos 30 a 35 anos, vindosem
sua maioria
da
região ruraldo
país.O
subsetor edificações foi perdendo força a partir de 1985,quando houve
a extinção do sistema financeiro habitacional viabilizado peloBNH
(Banco Nacionalde
Habitação), ocasionado a recessãoque
vivenciou 0setor, isto
em
função da crise econômicado
pais.A
diminuição consideráveldo
número de
habitação gerouum
déficit muito grande nomercado
habitacional,que
para suprir esta necessidade, precisou~sede
grandes investimentos para oPodemos
vercomo
se comportou este setorcom
odesempenho
da
utilização de mão-de-obra,que
é uns dos termômetros para medir oaquecimento no
números de
construções, se estáaumentando
ounão
em
relação a outros períodos anteriores.
O
gráfico mostra o comportamento damão-de-obra no Brasil,
na
região Nordeste e no Estado do RioGrande
doNorte.
Figura 1: Índice
de
emprego
na construção civilde
1998 a 2000. Índice deEmprego
naConstmção
Civilz -: “ft-Í f':r`*í "-'=`:zz 1'..".\:-' >`~'»'=" *¿'Í~. ": 1.*“^** T-"Ê ff “`* rf- ¬.›. * ° ' Dez 97 -I
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Q,aaaääÊšääaassaääääãsãääaäâãäääëaa
f ~ \ \$\
>.\\§
Meses 3 100 = ` |-‹- Brasil
+
Nordeste+
Rio Grande do NorteI
Fonte :
CAGED
/2000.Podemos
observarque
o estado do RioGrande do
Norte teveum
crescimento acimado
Brasil e da Região Nordesteno
períodode
Janeiro/98 aAgosto/99, isso ao grandes investimentos feitos pelo governo
do
estado, tantona construção
de
adutoras,como
na construção e recuperaçãode
rodovias eobras
de saneamento
neste período.Mas
o subsetor edificações,também
teveno
estadouma
grande força direcionado a execução de residências, lojas comerciais etambém
com
a prestaçãode
serviços (Aguiar, 1999).2.3.2
Construção
Civilno
Nordeste
do
País
Segundo
dados da
SUDENE
:"A
região Nordesteocupa
uma
área
de
1.561.177,8 Kmz, oque
eqüivale a18,3% do
território brasileiro,abrangendo
um
totalde
1.187 municípios, distribuidos por nove EstadosDe
acordo
com
o
IBGE
a população éde
44,8 milhõesde
habitantesA
construção civil no nordestevem
a partir dosanos 70
com
um
grande crescimento, principalmente
com
as obrasde
infra-estruturasfeitas durante o milagre brasileiro (1970 a 1980),
onde
foram realizadas obrasde
grande porte.
O
PIB (Produto Interno Bruto)da
região apresentouum
crescimento maior
que
a médiado
pais durante este período.Na
década de
80,
em
virtudeda
crise externa, e a moratória decretadaem
1987, tocrescimento
do
PIBda
regiãoque
foide
3,3%,sendo
ainda maiorque
amédia
do
país, naordem de
1,6 %.,
Quadro
5 :Taxa Média
Anualde
Crescimentodo
PIB Realdo
Brasil e Região Nordeste-
1960-1997
PERÍODO
NORDESTE
BRASIL
TAXA
TAXA
(%)1960
-
1970 3,5 6,11970
-
1980
8,7 8,61980-
1990 3,3 1,61990
-
1997 3,2 3,1Fontes:
FGV/IBREIDCS;
IBGEIDPEIDECNA-
Brasil/2000.SUDENE/DPO/Contas
Regionais-
Nordeste.( 1)
Dados
Preliminares para os anos de 1996 e 1997.Avaliando a participação da região Nordeste
no
PIBdo
Brasil,referente as últimas décadas, temos