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UNIDADE VI - PRISÕES

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Academic year: 2021

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PRISÕES

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PRISÕES

Art. 5º, inc. LVII, CF: “ ninguém será considerado

culpado até o trânsito em julgado de sentença

penal condenatória.

a) Posição restritiva – somente aplicada à

matéria de prova.

b) Posição ampliativa – além das provas há a

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Conceito: é a privação da liberdade de locomoção,

ou seja, do direito de ir e vir, por motivo lícito ou por

ordem legal. Pode ser:

a)

Pena

privativa

de

liberdade:

simples(contravenção), prisão para crimes militares,

reclusão e detenção;

b) Ato de captura: prisão em flagrante ou

cumprimento de mandado.

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REQUISITOS PARA A PRISÃO

Somente há duas formas para prender alguém, seja prisão penal ou processual.

 Mandado: O detentor do mandado de prisão deverá estar com ele em mãos para efetuar a prisão. Na prisão processual, via de regra, também é expedido o mandado de prisão.

 Prisão em Flagrante: Não há necessidade de mandado.  Requisitos do mandado de prisão

Qualificação: O mandado deve ter a qualificação completa que possa

individualizar quem será preso. Também servirá a alcunha, bem como características físicas que possam individualizá-lo na ausência de

informações documentais.

Motivos: O mandado tem que conter os motivos que determinaram a

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I

Competência: O mandado não pode ser expedido por Delegado.

Deve ser elaborado pelo escrivão do Cartório e assinado por Juiz competente, pois conforme o Art. 5º, LXI da CF, somente a autoridade judicial poderá expedi-lo.

Cumprimento do mandado de prisão

O oficial de justiça deverá cumprir o mandado de prisão, ainda que, se necessário, com o uso da força policial.

Muito embora o CPP não traga limitação quanto a dia e hora para se cumprir o mandado, deve-se observar o art. 5º, XI da CF. Este inciso dispõe sobre a inviolabilidade da casa, da seguinte forma:

Nela somente se pode ingressar durante o dia e mediante mandado; Ingresso durante a noite, somente se houver consentimento do morador;

Do contrário, somente em caso de flagrante (está ocorrendo um crime) ou iminente desastre.

Conclusão

O mandado pode ser executado a qualquer dia e hora. Porém, se aquele que vai ser preso estiver escondido em casa, o mandado somente poderá ser cumprido durante o dia, ou a noite mediante autorização do morador.

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Prisão e liberdade

A prisão pode ser vista por dois enfoques:

a) Prisão Pena – já houve a condenação

transitada em julgado, com pena privativa de

liberdade. Assim, é aquela imposta em virtude

de sentença condenatória transitada em julgado,

ou seja, trata-se da privação da liberdade em

virtude de decisão judicial, após o devido

processo legal, na qual se determinou o

cumprimento da pena.

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b) Prisão Processual – acontece durante o

processo; também é chamada de prisão provisória

ou cautelar.

Preventiva

Temporária

Flagrante

Prisão decorrente de pronúncia

Prisão domiciliar

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PRISÃO PREVENTIVA I. CABIMENTO - TRÍPLICE ANÁLISE:

1º - permissão legal (nas hipóteses previstas no artigo 313) 2º - pressupostos: prova da existência do crime e indícios

suficientes de autoria ( fumus comissi delicti) - parte finaldo art. 312.

3º - condições de admissibilidade: para garantia da ordem pública ou econômica, por conveniência da instruçãocriminal e para

assegurar a aplicação da lei penal ( periculum libertatis) - primeira parte do art. 312

Obs.: Art. 312, p. único, CPP : “A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, §4º, CPP)

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II.ANÁLISE DOS MOTIVOS QUE EVENTUALMENTE COSTUMAM SER INVOCADOS EMREPRESENTAÇÕES POLICIAIS

1. Garantia da ordem pública: defesa social / medida de segurança.

Garantia de ordem pública é expressão vaga, que tem sido invocada para as mais variadas situações, nem sempre justificadoras de uma prisão preventiva:

a) gravidade ou magnitude da infração (ex: Lei 7.492/86, art. 30) b) credibilidade da justiça

c) satisfação do sentimento de justiça da sociedade d) clamor público

e) segurança do réu

f) exemplaridade (prevenção geral

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Somente se tem como válida a prisão preventiva para garantia da ordem pública (com argumentação que mais se aproxima da idéia de periculum libertatis) para:

a) a prevenção de novos crimes, em face da folha penal do réu, cuja análise concreta indica a probabilidadede reiteração criminosa

b) a prevenção de novos crimes, ante a periculosidade do réu, manifestada na forma de execução do crime,ou no seu comportamento, anterior ou posterior à prática ilícita.

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2. Conveniência da instrução criminal: (cautela instrumental)

a) não comparecimento do réu a ato processual não é o bastante - art. 260 CPP.

b) limitação temporal

3. Garantia da aplicação da lei penal: (cautela final)

a) vagas suspeitas de fuga não servem, tais como iminência de prolação de condenação a pena elevada,viagens constantes.

OBS: Não impedem a prisão preventiva: primariedade e bons antecedentes, residência fixa, trabalho lícito, família para sustentar, instrução superior.

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III. MOMENTO PARA A DECRETAÇÃO

a) inquérito instaurado ou peças de informação; b) inquérito findo

c) ação penal em curso

IV.INICIATIVA

d) de ofício

e) a requerimento do MP ou querelante f) sob representação da autoridade policial

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V.RECURSOS a) contra a decretação – HC, 648, I;

b) contra a revogação – RSE 581, V (possibilidade de Mandado de Segurança, pelo Ministério Público)

c) contra o indeferimento – RSE, 581, V OBS:

a)Trata-se de decisão tomada rebus sic stantibus, não precluindo o reexame do pedido (316 CPP)

b)Fundamentação (art. 93, IX CF e 315 CPP). Possibilidade ou não de convalidação posterior, nas informações do Habeas Corpus;

Fundamentação copiada.

c) Não cabe preventiva se as provas indicam excludente de ilicitude ou sentença absolutória (art. 314 CPP)

d) Possível nova prisão, salvo se a liberdade foi concedida por excesso de prazo. Além disso, mesmo com a vedação à liberdade provisória, relativamente aos crimes hediondos, havendo excesso de prazo deve ser relaxada acautela (Súmula 697 STF).

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I

e) Restabelecimento da prisão depende de nova fundamentação, após provido recurso contra absolvição do réu em processo no qual se mantinha a prisão.

f) Apresentação espontânea e a Prisão Preventiva: Independentemente de expressa previsão do caso na legislação, continua podendo ser decretada em situações de apresentação espontânea porque devem ser levados em conta os artigos referentes aos pressupostos e fundamentos dessa medida cautelar extrema, bem como os critérios do artigo 282, CPP em sua nova redação.

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PRISÃO EM FLAGRANTE MODALIDADES - art. 302

1. Flagrante próprio (I e II)

2. Flagrante impróprio, ou quase-flagrante (inc. III) -

perseguição definida no art. 290, par. 1º3. presumido ou ficto (inc. IV)

3. Flagrante esperado: Esperar é aguardar, ficar à espera de

algo.

** Não se verifica, nessa modalidade, a figura do agende provocador.

** Trata-se de prisão que encontra amparo no ordenamento jurídico pátrio.

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4. Flagrante prolongado / protraído / diferido / de ação controlada: (Art. 2º , II, da Lei n. 9034/95):

Art. 2º Em qualquer fase da persecução criminal são permitidos, sem prejuízo dos já previstos em lei, os seguintes procedimentos de investigação e formação de provas:

I.(vetado)

II. A ação controlada, que consiste em retardar a interdição policial do que se supõe ação praticada por organizações criminosas ou a ela vinculado, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a media legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informações.

O agente infiltrado, para atender à proposta de desestruturar a organização criminosa não está autorizado a cometer crime. O que é autorizado é deixar de realizar a prisão em flagrante naquele momento. “A função do agente infiltrado é a de conhecer a estrutura organizacional, a estrutura formal da organização criminosa, mas não realizar crimes a pretexto de justificar a infiltração. Protrair a prisão em flagrante não é sinônimo de participar dos crimes.” (LIMA, Marco Antonio Ferreira. Prisões e Medidas Liberatórias. São Paulo: Atlas, 2011, p. 125)

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5 – Flagrante preparado ou provocado:

Provocado: é ilegal e ocorre quando existe uma indução, um estímulo

para que o agente cometa um delito exatamente para ser preso.

“O agente é impelido à prática de um delito por um agente provocador, normalmente um policial ou alguém a seu serviço.”

Aplica-se a regra do crime impossível:

Art. 17 – Não se pude a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.

Preparado: Aqui não há indução ou provocação, senão que a

preparação do flagrante é tão meticulosa e perfeita que em momento algum o bem jurídico tutelado é colocado em risco.

Súmula 145 do STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.”

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Auto de Prisão em Flagrante

Os procedimentos para a elaboração do auto de prisão em flagrante estão expressos no Artigo 304 do CPP.

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PRISÃO DECORRENTE DE PRONÚNCIA

É uma decisão judicial exclusiva dos processos de júri. É

uma decisão de admissibilidade do processo e

encaminhamento do réu ao júri; é o antigo Sumário de

Culpa.

É prevista no Artigo 413, §3º, do CPP:

Art. 413 – O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria e de participação.

§3º - O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer medidas previstas no Título IX, do Livro I, deste Código.

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I

PRISÃO TEMPORÁRIA (Lei 7960/89)

Conceito: prisão cautelar de natureza processual destinada a

possibilitar as investigações a respeito de crimes graves, durante o inquérito policial.

Decretação: só pode ser decretada pela autoridade judiciária.

Fundamentos: a prisão temporária pode ser decretada nas

situações previstas pelo art. 1º da Lei 7960/89.

Prazo: 05 dias, prorrogáveis por igual período.

- Crimes Hediondos (art. 2º, §4º , da Lei 8072) Prazo: 30 dias, prorrogáveis por igual período.

Referências

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