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Gestão ambiental nas empresas de lava a jato a a crise hídrica de 2015 na cidade de Caicó-RN.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E APLICADAS CAMPUS DE CAICÓ

JÉSSICA DE ARAÚJO BATISTA

Gestão ambiental nas empresas de lava a jato e a crise hídrica de 2015 na

cidade de Caicó-RN.

CAICÓ – RN 2016

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JÉSSICA DE ARAÚJO BATISTA

Gestão ambiental nas empresas de lava a jato e a crise hídrica de 2015 na

cidade de Caicó-RN.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino Superior do Seridó, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador(a): Profa. M.ª. Luziana Maria Nunes de Queiroz

CAICÓ – RN 2016

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JÉSSICA DE ARAÚJO BATISTA

Gestão ambiental nas empresas de lava a jato e a crise hídrica de 2015 na

cidade de Caicó-RN.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas do Centro de Ensino Superior do Seridó, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________ Prof.ª M.ª. Luziana Maria Nunes de Queiroz - UFRN/CERES

Orientador

_______________________________________________________ Prof.º Me. Antônio Felipe de Paulo Junior - UFRN/CERES

Examinador

________________________________________________________ Prof.º Esp. Ney Fernandes de Araújo - UFRN/CERES

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Caicó

Batista, Jéssica de Araújo.

Gestão ambiental nas empresas de lava a jato e a crise hídrica de 2015 na cidade de Caicó-RN / Jéssica de Araújo Batista. - Caicó: UFRN, 2016.

42f.: il.

Orientador: Ma. Luziana Maria Nunes de Queiroz. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ensino Superior do Seridó - Campus Caicó. Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas.

Curso de Ciências Contábeis.

Monografia - Bacharelado em Ciências Contábeis.

1. Gestão ambiental. 2. lava a jato. 3. água. I. Queiroz, Luziana Maria Nunes de. II. Título.

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A minha mãe que é o meu maior exemplo de mulher. Minha inspiração e fonte de amor verdadeiro.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter guiado meu coração na solução de todos os problemas que enfrentei nessa jornada árdua que é a graduação.

A minha mãe Mailde que sempre acreditou em mim, que além de mãe é pai, e, mesmo quando distante, estava presente no meu coração dando forças diariamente para que eu não desistisse.

A minha irmã Danielly que mesmo com nossas diferenças me apoiou e me incentivou em todo momento.

Aos meus avós Cícero Cassiano e Madalena que me receberam na sua residência em Caicó, em cuja experiência enriquecedora aprendi muito.

A minha Madrinha Neves e meu padrinho Boaventura que sempre me ajudaram, apoiaram, incentivaram e estiveram presentes na minha vida desde a infância.

Ao meu namorado Ramon, por me proporcionar momentos incríveis e únicos, o qual, sempre esteve ao meu lado nessa jornada e me ajudou na elaboração desse trabalho, e que sem ele eu não teria conseguido ter chegado tão longe.

A minha sogra Dulce que é a minha segunda mãe em Caicó.

A minha família por parte de mãe que sempre estiveram presentes, repassando suas experiências vividas e ensinamentos.

Aos meus primos que sempre foram uma inspiração para mim, em especial Luana e Vyullheney.

A todos os meus amigos que também me encorajaram e estiveram presentes na minha vida.

Agradeço ainda a todos os professores que transmitiram conhecimento durante estes 5 nos de graduação, visto que foram fundamentais para todo esse processo de aprendizado.

As instituições SENAI e Banco do Brasil S.A., por terem me dado a oportunidade de estagiar durante dois anos em cada uma, experiência muito enriquecedora e cheia de aprendizado na qual me tornei uma pessoa mais ética e profissional.

Aos meus colegas de sala que vão ficar guardados para sempre no meu coração, com os quais nos momentos mais difíceis permanecemos juntos e unidos até o final vocês são os melhores colegas de curso.

As amigas Juliana, Beatriz e Aline já que permanecemos juntas desde o primeiro seminário até o último, unidas em todos os trabalhos e atividades. Vocês foram essenciais nessa jornada: o quarteto fantástico da sala.

Enfim, agradeço a todos que de alguma forma, direta ou indiretamente me ajudaram e apoiaram nessa empreitada.

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“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.” (Charles Chaplin)

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RESUMO

O objetivo deste trabalho consiste em analisar como as empresas de lava a jato estão lidando com a escassez de água na nossa região, se utilizam alguma forma de reaproveitamento da água, bem como saber do conhecimento que esses empresários têm sobre a gestão ambiental. Tal estudo se deve-se ao fato de que os recursos naturais estão cada vez mais escassos e se não houver cuidado esses recursos vão-se esgotar. A prática da gestão ambiental e o planejamento, quando bem aplicados nas empresas, reduzem o uso excessivo de matéria-prima que pode gerar danos ao meio ambiente, se não for utilizada de forma econômica e correta. A crise hídrica que se iniciou em 2015, não só no Nordeste, mas em várias outras regiões do país, prejudicou toda a população e também várias empresas. Apesar de o nosso planeta ser o mais abundante em água, um recurso natural que cada vez mais tem o consumo aumentado faz-se necessária a busca de formas adequadas para seu racionamento. É de fundamental importância que essas empresas utilizem algum método de reaproveitamento de água como uma forma alternativa para estabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda. O presente trabalho constitui-se, pois, numa pesquisa de campo, e como ferramenta foi utilizado questionário com enfoque quanti-qualitativo, para obtenção de dados. Como resultado, verificou-se que o gênero masculino é predominante nesse tipo de empresa. Ademais, constatou-se que essa crise hídrica foi inédita para todos os gestores, que diante desse cenário buscaram formas de reaproveitamento de água e maneiras de economizá-la. Por fim observou-se que mais da metade dos respondentes tem conhecimento sobre a gestão ambiental.

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ABSTRACT

The objective of this work is to analyze how jet launderers are dealing with the scarcity of water in our region, if they use some form of water reuse, as well as to know the knowledge that these entrepreneurs have about environmental management. Such a study is due to the fact that natural resources are increasingly scarce and if care is not taken these resources will be exhausted. The practice of environmental management and planning, when properly applied in companies, reduce the excessive use of raw materials that can generate damages to the environment, if not used economically and correctly. The water crisis that began in 2015, not only in the Northeast, but in several other regions of the country, harmed the entire population and also several companies. Although our planet is the most abundant in water, a natural resource that increasingly has increased consumption makes it necessary to search for ways to ration it. It is of fundamental importance that these companies use some method of reuse of water as an alternative way to establish the balance between supply and demand. The present work constitutes, therefore, a field research, and as a tool was used questionnaire with a quanti-qualitative approach, to obtain data. As a result, it was verified that the masculine gender is predominant in this type of company. In addition, it was verified that this water crisis was unpublished for all the managers, who in front of this scenario looked for ways of reutilizing of water and ways to save it. Finally, it was observed that more than half of respondents are aware of environmental management.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Local de lavagem dos carros ... 29

Figura 02 – Local que a água percorre até as caixas coletoras ... 29

Figura 03 – Caixas coletoras ... 30

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 01 – Gênero ... 23

Gráfico 02 – Faixa Etária ... 24

Gráfico 03 – Escolaridade ... 24

Gráfico 04 – Período em que a empresa está aberta ... 25

Gráfico 05 – Se a crise hídrica já tinha acontecido ... 26

Gráfico 06 – Conhecimento sobre gestão ambiental ... 27

Gráfico 07 – Se a empresa faz reaproveitamento de água ... 28

Gráfico 08 – Problemas enfrentados pela crise hídrica ... 31

Gráfico 09 – Planejamento para armazenamento de água ... 32

Gráfico 10 – Destino final da água utilizada nas lavagens ... 33

Gráfico 11 – Tipos de lavagem que a empresa possui ... 34

Gráfico 12 – Qual o tipo de lavagem mais utilizada na empresa ... 35

Gráfico 13 – Qual o tipo de lavagem mais econômica em relação ao desperdício de água ... 36

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO………

1.1 Contextualização e problemática do tema ... 12

1.2 Justificativa ... 13 1.3 Objetivos da pesquisa ... 13 1.3.1 Geral ... 13 1.3.2Específicos ... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 15 2.1 Gestão ambiental ... 135 2.2 Gestão da água ... 136 2.2.1 Reaproveitamento da água ... 137 2.3 Lava a Jato ... 139 3 METODOLOGIA ... 215

3.1 Abordagem teórico-metodológica da pesquisa ... 21

3.2 O contexto dapesquisa: espaço e sujeito da investigação ... 21

3.3 Instrumentos de coleta e seleção dos dados ... 22

3.4 Procedimentos de análise e interpretação dos dados ... 22

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 23

4.1 Perfil do entrevistado da empresa ... 223

4.2 Análise descritiva da avaliação dos gestores em relação a crise da água na empresa

.

25 5 . CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 39

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização e problemática do tema

A Gestão ambiental vem ganhando muita força nas empresas, tendo em vista que o homem está se preocupando cada vez mais com os recursos naturais que estão ficando escassos, portanto é de extrema importância que as empresas tenham uma visão de reaproveitamento, e utilização correta dos seus produtos ou serviços.

Nos últimos anos não só a região Nordeste, mas em várias outras regiões do Brasil, tem-se enfrentado uma crise hídrica, com rios secando e pouca chuva. Em Caicó-RN, não seria diferente, pois a falta de água em 2015 foi muito grande, e o maior açude da cidade chegou no seu nível de volume morto. Nesse contexto as empresas que utilizam grandes volumes de água para disponibilizarem seus serviços tiveram que buscar soluções para continuar obtendo lucros e mesmo assim perseguir uma forma sustentável para tais serviços. Afirma Vellani (2011, p. 06):

As firmas podem investir na proteção do meio ambiente, por meio de programas como tratamento de efluentes, reaproveitamento de água, reciclagem, separação e tratamento de sucata, melhorias ambientais no processo produtivo, educação ambiental etc.

As empresas de lava a jato ganharam um grande espaço devido ao aumento de circulação de automóveis nas ruas. E para essas empresas funcionarem há necessidade de uma enorme quantidade de água, que cada vez mais vem ficando escassa. Segundo LEITÃO (1999, apud Bronzatti, 2005 p. 05):

Uma das formas de reuso de água que vem ganhando destaque em muitos países é a destinada à lavagem de veículos. Não se pode negar que milhares de litros de água potável são desperdiçados nesta prática atualmente. Nos Estados Unidos, Japão e alguns países da Europa, já existem legislação própria para o assunto, regulamentando a instalação dos sistemas de lavagens dos veículos, de pequeno ou grande porte, obrigando a instalação de dispositivos de tratamento dos efluentes provenientes destes processos e solicitando a implantação de equipamentos que promovam a recirculação de água utilizada.

Seguindo esta ordem, é possível que as empresas consigam bons resultados na parte econômica, como também um ótimo desempenho ambiental positivo. No entanto, de acordo com os dados acima, surgiu o questionamento de como as empresas de lava a jato da cidade

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de Caicó-RN estão buscando formas econômicas e ecologicamente corretas para prestar seus serviços , num momento tão crítico para toda a população.

1.2 Justificativa

Por muito tempo as empresas preocuparam-se somente com a eficiência dos sistemas produtivos, com a obtenção do lucrar. No entanto esse pensamento tornou-se equivocado, tendo em vista que o processo decisório ficava cada dia mais complexo e, com restrições mais severas, notou-se que a consciência ecológica estava tomando mais espaço na sociedade, no governo e principalmente nas organizações. Tinoco e Kraemer (2011, p. 99) explicam a importância da gestão ambiental:

Hoje em dia, face à crescente concorrência global, as expectativas dos clientes não se restringem à procura de determinado nível de qualidade ao menor custo. Eles estão cada vez mais informados e predispostos a comprar e usar produtos que respeitem o ambiente.

É relevante afirmar que nas empresas de lava a jato é utilizado um grande volume de água para a principal atividade que é a lavagem de veículos, de peças, limpeza do espaço físico e como também utilização para o uso próprio.

O tema abordado justifica-se pela importância em apresentar contribuições que essas empresas estão dando para o não desperdício da água, e o tema gestão ambiental é escolhido pela sua relevância para humanidade.

1.3 Objetivos da pesquisa 1.3.1 Geral

Analisar como as empresas de lava a jato se comportam em relação à gestão ambiental, e apresentar o que as mesmas fazem para usar a água de forma racional e econômica.

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1.3.2 Específicos

 Avaliar como as empresas de lava a jato lidam e conseguem driblar a crise e escassez de água que se iniciou em 2015;

 Identificar os principais problemas ocasionados com a crise da água nas empresas de lava a jato;

 Verificar qual o grau de importância que essas empresas dão à gestão ambiental;  Observar quais soluções as empresas adotaram para poder continuar prestando seus

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Gestão Ambiental

Desenvolvimento sustentável está presente no cotidiano de toda a sociedade, como também está presente para as empresas o termo gestão ambiental, pois os dirigentes estão buscando melhorar a forma de se trabalhar de maneira sustentável. Segundo Tinoko e Kraemer (2011, p. 89):

Gestão ambiental é o sistema que inclui a estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. É o que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades.

As empresas em geral e os gestores estão cada vez mais preocupados com a questão ambiental, é o que fala Abdalla de Moura (2011, p. 33) “a existência da qualidade ambiental tem sido uma preocupação das empresas mesmo que não haja o interesse em certificação por normas.”. Pois a sociedade também está preferindo buscar produtos e serviços da forma mais sustentável possível, os clientes estão mais cautelosos nas suas escolhas.

Segundo Abdalla de Moura (2011, p. 57) “cada vez mais, aumentam as exigências da sociedade quanto à sua qualidade de vida, muito influenciada pela qualidade ambiental”.

É necessária a conscientização humana, e mudança no comportamento para que se possa manter as condições de vida no futuro. A gestão ambiental de uma empresa deve se preocupar com o poupar e economizar recursos, sejam eles naturais ou industrializados, tratando de reduzir energia, consumo de água, e até mesmo economizar um copo descartável. Preocupando-se com o que está sendo descartado, e implantando um sistema consciente na empresa, o gestor além de conseguir ótimos resultados econômicos em relação aos custos, também estará agindo politicamente correto em relação ao meio ambiente. Seguindo esta ordem Ferreira (2006, p. 41) menciona:

O objetivo maior da gestão ambiental deve ser o de propiciar benefícios à empresa que superem, anulem ou diminuam os custos das degradações, causados pelas demais atividades da empresa e, principalmente pela área produtiva. O responsável por gerir o meio ambiente não é o responsável por degradá-lo.

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No entanto, a gestão ambiental é a parte da empresa em que se esperam melhores resultados econômicos sobre os recursos da entidade, a fim de preservar o meio ambiente. Futuramente as empresas que não tomarem iniciativas sustentáveis, poderão desaparecer do mercado de trabalho, ou ficarão para trás e dando espaço as novas empresas com culturas e tecnologias renováveis. Segundo o Prof. Ricardo Neder (1994) citado por Ferreira (2006, p. 31) “as empresas que não incluírem a gestão ambiental em todos os seus níveis administrativos correm o risco de desaparecer do mercado nos próximos anos”.

Esse é um grande desafio para os empresários, pois seria ingenuidade pensar que as empresas não estão preocupadas com o mercado de trabalho, pensando só na gestão ambiental. Infelizmente ainda existem vários gestores cujo pensamento está somente na maximização de riquezas a curto prazo, seja ela de forma mais prática e fácil. Essa maximização quando está aliada ao desenvolvimento sustentável geralmente se dá a longo prazo.

No que se diz sobre a missão da gestão ambiental Ferreira (2006, p. 43) ressalta que “a gestão ambiental é parte do sistema chamado Empresa e que este espera que o agregado de suas atividades possibilite, em conjunto, um resultado melhor do que o somatório de suas partes individuais.” Por conseguinte é evidente que a gestão ambiental surgiu para propiciar o melhor retorno econômico para as empresas sobre os recursos da entidade, com preservação do meio ambiente.

2.2. Gestão da água

Há muito tem-se falado que a falta de água será um grande problema no século XXI, fato que já vivencia-se neste momento de crise. Vive-se num planeta que é chamado de “planeta água” por ser o planeta mais abundante nesse recurso, porém somente 0,36% é apropriado para o consumo do que encontra-se em rios, lagos, aquíferos e no subsolo. Dados do artigo “água doce: o ouro do século 21” (Revistaplaneta, 2016, s.p.): “de toda a água existente do planeta, apenas 3% é doce, e a maior parte desse percentual está em geleiras. Mas o restante, se bem usado, pode abastecer a natureza e o homem”, todavia, mesmo sendo o planeta com água abundante, somente uma pequena quantia é de água doce, a que nós utilizamos para a sobrevivência.

Alguns dados também mostram como é feita essa utilização da água. Moura (2011, p. 275) ressalta como a água doce está sendo utilizada no mundo: 80% é usada em irrigação na

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agricultura, 15% na indústria e 5% como consumo humano. Em base, quem mais consome água são as empresas, as grandes empresas de diferentes setores.

O Brasil é o país que tem a maior quantidade de água doce disponível para consumo, seja em rios ou açudes, e é também o país que tem o maior rio em extensão e volume do Planeta, o Rio Amazonas. No entanto essa distribuição é irregular, pois na região da Amazônia é onde mora uma pequena população se comparada à região Nordeste, onde mora uma enorme quantidade de pessoas. No nordeste também a incidênciade chuvas é pouca, com invernos curtos e com escassas chuvas, gleba em que se enfrentam longos períodos de seca e estiagem, com necessidade sempre de uma reserva de água para poder combater a seca. Rebouças (2004, p. 41) evidencia:

Nossa demanda de água cresce constantemente. Á medida que cresce a população, as fábricas e irrigações consomem sempre mais. Assim, uma coisa é certa: precisa-se de quantidades cada vez maiores de água e a única formula que se conhece, até agora, para se conseguir um equilíbrio entre oferta e demanda na área considerada é transformar a ideia tradicional de que a solução é aumentar sua oferta e passar a dar-lhe um uso cada vez mais eficiente.

É importante que as pessoas se conscientizem em relação à economia de água, e essa economia começa desde quando faz-se a primeira atividade no nosso dia que é a escovação dos dentes, fechando a torneira da pia quando não se utiliza a água, como também fechar a do chuveiro quando estiver se ensaboando, tentar reutilizar a água para dar descargas, lavar pisos, etc. O costume de casa leva-se ao trabalho, e as pessoas que convivem ao nosso redor. Se cada um fizer a sua parte com certeza haverá uma ótima economia desse bem tão precioso que é a água.

Durante esse período de escassez que está sendo vivenciado, as pessoas estão refletindo mais sobre o assunto, de uma forma ou de outra estão mais conscientes, e estão buscando inovar cada vez mais em relação a economia de água.

2.2.1 Reaproveitamento da água

Diante da situação que se enfrenta no período de escassez, é decisivo o reuso da água em diversas atividades. Em casa, por exemplo, pode-se reaproveitar a água de lavagens de roupas para dar descarga em banheiros e entre outros serviços de casa. Nas empresas também

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não seria diferente, é necessário buscar alguma forma para reaproveitar a água principalmente quando é usada em grandes quantidades.

A lei n° 9.433 de 8 de janeiro de 1987, no seu capítulo II, Artigo 2° dos objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos, determina:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

O sistema de reutilização da água deve ser empregado como uma alternativa prática para estabelecer o equilíbrio entre a oferta e a demanda, de forma sustentável. Menciona Abdalla de Moura (2011, p. 298):

Um produto importante a ser considerado nos programas de reutilização diz respeito a água. Quando captamos água de um rio, poço, ou mesmo recebemos de rede pública e a utilizamos em um processo industrial, muitas vezes constatamos que essa água ainda apresenta condições de ser utilizada em outras atividades da empresa, para limpeza ou enxágue, ou lavagem de gases removendo particulados, sem nenhum tratamento.

Portanto é de fundamental importância a reutilização da água, buscar formas de reaproveitamento, controlar as perdas e reduzir o consumo da água. Menciona Moura (2011, p. 276) “A redução do consumo, ou com mais precisão, a busca de soluções que conduzam ao uso racional da água, pode ser conseguida por meio de medidas como a identificação de vazamentos e reaproveitamentos”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS, o reuso da água pode ocorrer de duas formas, a direta e a indireta:

– Reuso indireto: ocorre quando a água já utilizada, uma ou mais vezes para uso doméstico e industrial, é descarregada nas águas superficiais ou subterrâneas e utilizada novamente a jusante, de forma diluída;

– Reuso direto: é o uso planejado e deliberado de esgotos tratados para certas finalidades como uso industrial, irrigação, recarga de aquífero e água potável;

– Reciclagem interna: é o reuso da água internamente às instalações industriais, tendo como objetivo a economia de água e o controle de poluição.

Nos Estados Unidos, Japão e alguns países da Europa, já existem legislação própria para o assunto, regulamentando a instalação dos sistemas de lavagem de veículos, de pequeno ou grande porte, obrigando a instalação de dispositivos de tratamento dos fluentes

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provenientes destes processos e solicitando a implantação de equipamentos que promovam a recirculação da água utilizada (LEITÃO, 1999).

Em São Paulo já existe uma lei que cria o programa de reuso de água em postos de serviços e abastecimento de veículos e lava-rápidos, a LEI n° 16.160, de 13 de abril de 2015, que diz:

Art. 1º Os postos de serviços e abastecimento de veículos e lava-rápidos, no Município de São Paulo, farão o reuso da água utilizada na lavagem de veículos, após passar pelo processo de tratamento adequado.

Art. 2º Para o cumprimento do art. 1º desta lei, os postos de gasolina e lava-rápidos deverão instalar sistemas e equipamentos exclusivos para captação, tratamento e armazenamento da água, visando ao seu reuso em atividades que admitam o uso de água de qualidade não potável.

Art. 3º No processo de captação, tratamento, armazenamento e reuso da água deverá ser observada a legislação que rege a matéria, notadamente as resoluções do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente e eventuais normas emanadas da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 4º Os resíduos resultantes do processo de tratamento da água utilizada na lavagem de veículos deverão ter destinação ambientalmente adequada, de acordo com a legislação específica em vigor.

2.3 Lava a Jato

Com o avanço da tecnologia as empresas de automóveis cada vez mais vêm crescendo no mercado de trabalho, e com isso ficou mais fácil de as pessoas conseguirem comprar o seu carro próprio. Conforme dados divulgados pelo DENATRAN, só no estado do Rio Grande do Norte a frota de automóveis em julho de 2016 foi de 499.253(quatrocentos e noventa e nove mil e duzentos e cinquenta e três) e com mais carros circulando nas ruas, mais empresas de Java a jato também foram surgindo, para poder prestar os serviços àquelas pessoas que sempre querem manter o seu carro limpo. É um tipo de negócio que vem chamando a atenção dos pequenos empreendedores, pois se for feito de forma correta pode gerar bons lucros.

Existem os lava-rápidos tradicionais que são subdivididos em duas categorias: lava a jato manual e expresso. Já o outro tipo de lava a jato utiliza o sistema de lavagem expressa,

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que geralmente utiliza equipamentos do tipo túnel ou rollover (sistema de escovas em formato cilíndrico). Teixeira (2003) descreve os métodos utilizados:

Túnel: O veículo segue pelo interior do equipamento em formato de túnel, passando por áreas de lavagem, enxágüe, enceramento e secagem, respectivamente. Dentro da área de lavagem, o detergente diluído em água é aplicado e a sujeira é mecanicamente removida por escovas e/ou jatos de alta pressão. A seguir, o automóvel é enxaguado com água limpa. Finalmente, a secagem é realizada com jatos de ar. O efluente é coletado em uma vala localizada abaixo do túnel. Em alguns sistemas, a água de lavagem e de enxágue são mantidas separadas por uma pequena barreira construída na vala. Nos Estados Unidos, este é o tipo mais comum, onde grande parte dos estabelecimentos recicla a água de lavagem e de enxágue. No Brasil, diferentemente do túnel americano, normalmente não ocorrem o enceramento e a secagem.

“Rollover”: O automóvel fica parado enquanto a máquina de lavagem passa por ele. O equipamento é dotado de escovas em forma cilíndricas que giram em torno de seu próprio eixo. Normalmente, são três escovas, duas laterais e uma superior. O equipamento realiza movimentos para frente e para trás, cobrindo toda a área lateral e superior do carro. O efluente gerado é coletado numa vala situada abaixo do sistema.

Lavagem a jato manual: Lava-se o veículo utilizando uma mangueira com jatos de alta pressão de ar e água; ar, sabão e água alternando-os. Em alguns casos a água é coletada numa vala. É muito comum no Brasil.

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3 METODOLOGIA

3.1 Abordagem teórico-metodológica da pesquisa

A metodologia utilizada neste trabalho, quanto à natureza, é uma pesquisa aplicada, pois pretende gerar conhecimento para a aplicação prática, dirigida à solução de problemas específicos que envolvem verdades e interesses locais. Disse Barros e Lehfeld (2000, p.78) que a pesquisa aplicada tem como objetivos “contribuir para fins práticos visando à solução mais ou menos imediata do problema encontrado na realidade”.

Será utilizada a abordagem metodológica de forma quanti-qualitativa, pois será aplicado um questionário em várias empresas visando identificar a presença e medir a frequência e intensidade de comportamentos em determinadas empresas no ramo de lava a jato. A pesquisa utiliza métodos estatísticos e também é descritiva, utilizando o método indutivo. Silva e Menezes (2005, p. 20) explicam sobre pesquisa quantitativa:“considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.”

Quanto aos seus objetivos, essa pesquisa é exploratória e descritiva. A primeira por ter sido utilizada dados bibliográficos, e a segunda devido às técnicas de coleta de dados, como questionário. Segundo Gil (2002, p. 41):

Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer quer estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições.

Para tanto, a pesquisa descritiva é responsável pelo esclarecimento e caracterização de um determinado fenômeno, é uma pesquisa de campo, pois consiste em observação de fatos, coleta de dados e variáveis relevantes. Será aplicado um questionário a fim de coletar as informações necessárias que possam servir de base para a análise e resultado deste estudo. 3.2 O contexto da pesquisa: espaço e sujeitos da investigação

O espaço da pesquisa, são as principais empresas de lava a jato na cidade de Caicó-RN. Atualmente existem 16 empresas atuando no ramo de lava a jato, cujo CNAE principal é o 4520005-Serviços de lavagem, lubrificação e polimento de veículos automotores. No

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entanto serão analisados os métodos utilizados para obtenção de água e a utilização da mesma de forma sustentável. O sujeito compreende os gestores das empresas.

O universo da pesquisa consiste em 16 empresas do ramo de lava a jato, do qual os gestores das empresas que irão responder o questionário, formam a amostra composta por 9 empresas, perfazendo 56,25% do total de empresas deste ramo existentes em Caicó.

3.3 Instrumentos de coleta e seleção dos dados

O processo de coleta de dados é de fundamental importância para a obtenção de resultados coerentes, como menciona Gil (2002, p. 140) “Obter dados mediante procedimentos diversos é fundamental para garantir a qualidade dos resultados obtidos”.

A coleta de dados foi feita mediante aplicação de um questionário impresso sobre gestão ambiental e gestão da água para os gestores das principais empresas de lava a jato na cidade de Caicó-RN, como também observar todos os locais da empresa.

O questionário procurou abordar o perfil dos entrevistados, bem como avaliar as questões ambientais nas empresas e os efeitos provocados pela crise hídrica.

3.4 Procedimentos de análise e interpretação dos dados

As informações coletadas através das pesquisas de campo, da observação sistemática e do questionário aplicado foram transformadas em tópicos e em gráficos, nos quais se descreve detalhadamente cada pergunta. Desse modo, pôde-se analisar todos os dados coletados.

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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Estetítulo tem como objetivo observar e discutir os resultados obtidos na aplicação do questionário com os gestores das empresas de lava a jato, no entanto, os dados coletados serão transformados em tópicos com gráficos para melhor entendimento, a fim de permitir uma interpretação legítima dos resultados atingidos.

Foram aplicados 9 questionários com 16 perguntas fechadas e abertas para cada empresa.

4.1 Perfil do entrevistado e da empresa

De acordo cm o gráfico abaixo, em relação ao gênero, pode-se observar que 100% dos entrevistados são do sexo masculino, ficando evidente que a mulher não está inserida nesse mercado de trabalho.

Gráfico 01 – Gênero

Fonte: Elaboração própria

Em relação à faixa etária pode-se destacar que a maioria, cerca de 67% tem a idade acima de 40 anos, e que não tem nenhum empresário nesse ramo de atividade com idade entre 18 e 25 anos. Já na faixa etária de 26 a 30 anos observa-se que há 11% e na faixa etária de 31 a 40 anos existe um total de 22% dos entrevistados. Entretanto está bem claro que os mais

100% 0%

Masculino Feminino

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interessados nesse tipo de atividade são as pessoas acima de 40 anos, como mostra o gráfico a seguir.

Gráfico 02 – Faixa Etária

Fonte: Elaboração própria

A escolaridade de cada entrevistado deu-se da seguinte forma:

Gráfico 03 – Escolaridade

Fonte: Elaboração própria

Nota-se que a maioria tem o 2° grau incompleto, com 56% dos resultados obtidos. Em segundo lugar aparece o 2° grau completo que compõe 22% dos entrevistados. Nenhum

0% 11% 22% 67% 18 a 25 anos 26 a 30 anos 31 a 40 anos Acima de 40 anos 56% 22% 0% 11% 11% 2° grau incompleto 2° grau completo Curso técnico Superior incompleto Superior completo

(27)

respondeu que tiha curso técnico, e com um empate aparece o superior incompleto e o superior completo com 11% cada modalidade.

Em suma, percebe-se que a maioria dos empresários não tem um curso adequado para a sua atividade empresarial, que poucos completaram o 2° grau, e pouquíssimos ingressaram numa universidade, e nenhum detém um curso técnico.

O gráfico a seguir mostra o período em que a empresa está aberta.

Gráfico 04 – Período em que a empresa está aberta

Fonte: Elaboração própria

Observa-se que não houve nenhuma empresa aberta no último ano. É provávelque tal situação esteja correlacionada com a crise da água. De 01 a 05 anos temos cerca de 44% do resultado de empresas abertas, como também de 05 a 10 anos. Já acima de 10 anos, obtém-se um resultado com cerca de 11% do total de empresas.

Nota-se que grande parte das empresas já está há pelo menos 5 anos atuando nesse mercado de trabalho.

4.2Análise descritiva da avaliação dos gestores em relação à crise da água na empresa. Nesse tópico abordam-se as questões sobre economia de água nos lava a jato, conhecimento dos gestores sobre a temática de gestão ambiental, como também identificação dos problemas ocasionados pela crise hídrica na cidade de Caicó-RN.

0% 45% 44% 11% 0 a 1 ano 1 a 5 anos 5 até 10 anos acima de 10 anos

(28)

O gráfico a seguir demonstra o quesito em relação à crise hídrica que se iniciou em 2015, para saber se tal fato já tinha ocorrido antes e durante o tempo que a empresa esteve aberta.

Gráfico 05 – Se a crise hídrica já tinha acontecido

Fonte: Elaboração própria

Está evidente que em 100% de respostas a crise hídrica é a primeira vez que ocorre, desde o início das atividades das empresas entrevistadas. Um fato inédito para o qual provavelmente todos os gestores estavam desprevenidos.

Em relação à gestão ambiental foi questionado se os gestores tinham conhecimento sobre essa temática, que é tão importante nas empresas e que, a cada dia mais, está sendo mais comentada; se já tinham algum conhecimento, se não tinham ou se nunca tinham ouvido falar sobre esse tema. Veja-se o gráfico:

0% 0%

100%

Nunca tinha ocorrido Já aconteceu antes

(29)

Gráfico 06 – Conhecimento sobre gestão ambiental

Fonte: Elaboração própria

Como pode-se observar, cerca de 67% dos entrevistados sabem o que é a gestão ambiental e têm conhecimento sobre essa temática; 11% já ouviram falar sobre gestão ambiental mas não sabem o que significa, e 22% não sabem o que é gestão ambiental e nunca ouviram falar sobre esse tema. No entanto percebe-se que falta interesse por parte dos gestores em se aprofundarem sobre esse conhecimento o que de certa forma melhoraria o seu ambiente de trabalho.

Como essas empresas trabalham com um grande volume de água, é de suma importância haver perguntas sobre como estava à economia desse insumo nos seus estabelecimentos de trabalho e o que eles fazem para poder economizar a água ou reaproveitá-la. 67% 22% 11% Sim Não

(30)

Gráfico 07 – Se a empresa faz reaproveitamento de água.

Fonte: Elaboração própria

Nessa indagação percebe-se que 44% das empresas não fazem o reaproveitamento da água, e 56% fazem-no e especificaram o tipo de reaproveitamento: utilizam, as caixas separadoras de água e óleo. A água da lavagem dos carros vai diretamente para a primeira caixa, que contém um cano com filtros que separa a água e o óleo; depois a água passa para a segunda caixa e assim sucessivamente até a quarta caixa coletora que já vai poder ser utilizada em outro tipo de lavagem. O óleo que fica na primeira caixa deve ser retirado periodicamente e reciclado posteriormente. Veja-se nas fotos abaixo como funciona esse sistema:

44%

56%

Sim Não

(31)

Figura 01: Mostra o local onde o carro é colocado para lavagem. O local deve ter uma inclinação para poder a água escorrer e ir diretamente para a primeira caixa coletora separadora de água e óleo.

Figura 02: mostra o caminho que a água percorre até chegar à primeira caixa coletora separadora de água e óleo. No entanto toda a água da lavagem deve seguir esse processo.

(32)

Figura 03: Nesta imagem vê-se a chegada da água no primeiro compartimento das caixas coletoras, no qual a água está bastante misturada com o óleo e outros dejetos e assim sendo filtrada passa para o segundo compartimento e depois para o terceiro.

Figura 04: Mostra a última caixa coletora que contém a água que pode ser utilizada em lavagens futuras. Essa água passou por 3 compartimentos que a filtraram bem retirando-lhe os resíduos de óleo, graxas e terra. Feito isso, essa água agora já pode ser utilizada em outros fins.

(33)

Devido à escassez de água, por vários dias as pessoas ficaram sem água encanada na cidade de Caicó-RN. Foram listados 3 problemas que as empresas de lava a jato enfrentaram durante esse período, com vistas a identificar qual deles foi o mais relevante.

Gráfico 08 – Problemas enfrentados pela crise hídrica.

Fonte: Elaboração própria

Conforme o gráfico acima, 67% dos entrevistados responderam que o pior problema enfrentado pela crise hídrica foi a falta de água encanada por vários dias, enquanto 22% responderam que a falta de um poço no local de trabalho foi o maior problema enfrentado. Apenas 11% relataram que a compra de água com valor elevado foi o maior problema enfrentado.

67% 11%

22%

Falta de água encanada por vários dias

Compra de água com valor elevado

Falta de um poço com água no local de trabalho

(34)

Gráfico 09 – Planejamento para armazenamento de água.

Fonte: Elaboração própria

Nesse ponto foi perguntado se os gestores tinham feito algum planejamento para armazenamento de água durante a sua escassez. Visualiza-se que 33% das empresas não se planejaram. Já o restante que forma 67% do total de empresas fizeram um planejamento para armazenar a água num período crítico. Então foi perguntado a eles como se programaram. Todos responderam que criaram uma cisterna para o armazenamento da água para poderem utilizá-la nos períodos críticos.

67% 33%

Sim Não

(35)

Gráfico 10 – Destino final da água utilizada nas lavagens.

Fonte: Elaboração própria

As empresas de lava a jato precisam tomar muito cuidado com o destino final da água utilizada nos seus serviços, pois elas não podem conter o óleo residual que deve ser despejado em lugar adequado para evitação de multa futura por parte do IBAMA. Nesse quesito foi abordado qual seria o destino final da água utilizada nas lavagens. 56% dos entrevistados responderam que a água utilizada ia para um sistema de reaproveitamento, no qual a água fica própria para o uso novamente; 22% responderam que a água ia diretamente para o esgoto comum; 11% responderam que essa água vai para um reservatório específico da empresa. 11% responderam outras opções. Nesse caso eles falaram que ia para uma rede de tratamento de água. Quanto à opção de rede de esgoto a céu aberto não houve nenhuma empresa que a assinalasse. Logo, pode-se perceber que mais da metade dos entrevistados utilizam o modo mais eficiente para destino final da água que é o reaproveitamento, economizando e contribuindo para o meio ambiente.

22% 0% 11% 56% 11% Esgoto comum

Rede de esgoto a céu aberto

Reservatório específico

Reaproveitamento

(36)

Gráfico 11 – Tipos de lavagem que a empresa possui.

Fonte: Elaboração própria

Nesse ponto foi abordado qual era o tipo de lavagem existente na empresa, e, como pode-se observar no gráfico, a lavagem a jato de água foi a que obteve maior número de respostas com 47% do total; a lavagem a seco teve 29% de respostas e a lavagem com reaproveitamento obteve 24% de questões respondidas.

29% 24% 47% Lavagem a Seco Lavagem com Reaproveitamento Lavagem a jato de água

(37)

Gráfico 12 – Qual o tipo de lavagem mais utilizada na empresa.

Fonte: Elaboração própria

O gráfico representa o tipo de lavagem mais utilizada na empresa, e nesse caso com 100% de respostas, a lavagem mais utilizada é a do tipo manual que, inclusive, é a mais comum no Brasil. Evidenciou-se durante a entrevista que a escolha dos clientes pela lavagem manual dá-se pelo custo, pois esse tipo de lavagem é a mais barato em relação às outras opções no mercado. Apesar de ser um tipo de lavagem que ainda gasta bastante água, mesmo assim é a mais utilizada nas empresas de Caicó-RN.

100% 0% 0% Manual Expresso A seco

(38)

Gráfico 13 – Qual o tipo de lavagem mais econômica em relação ao desperdício de água.

Fonte: Elaboração própria

Esse quesito foi elaborado para saber a opnião dos empresários sobre o tipo de lavagem que seria mais econômica em relação à água. 67 % dos respondentes disseram que a lavagem a seco é a mais econômica, porém muitos deles ressaltaram que não é uma lavagem que os clientes procuram muito por causa do valor que é mais elevado que o das demais. 22 % opinaram que era mais econômica a lavagem simples com o auxílio de flanela, e 11% responderam que a lavagem a jato de água seria a mais econômica.

Nessa indagação ficou patente que alguns empresários não tinham o conhecimento sobre todos os tipos de lavagem, bem como revelou-se também que poucos procuram fazer cursos e participar de palestras para aprofundar o conhecimento na sua área de trabalho.

“O que a sua empresa faz para economizar ou racionalizar a água?”

Neste item da pesquisa 100% dos entrevistados informaram que diminuíram a potência de água na mangueira, buscando sempre ter a consciência do não desperdício da água. Além do mais conversam com seus colaboradoresbuscando alcançar o mesmo nível de conscientização.

Alguns opinaram que o poço é uma ótima forma de racionalização da água, sendo que utilizam-no quandoinexiste água encanada.

22%

11%

67%

Lavagem simples com flanela

Lavagem a jato de água

(39)

O reaproveitamento de água também foi bastante citado pelos empresários, pois a maioria dos entrevistados utiliza esse método para não desperdiçar a água. Essa prática além de diminuir as despesas da empresa também contribui com o meio ambiente.

Para alguns empresários, uma ótima forma de economia é a lavagem ecológica, que é um tipo de lavagem que não utiliza a água de forma alguma. É aplicado apenas um produto no veículo que deixa-o completamente limpo como se tivesse sido lavado com água. Essa é uma tecnica inovadora que está chegando aos poucos nos lava a jatos, porém seu custo é bem elevado, razão por que não é muito conhecida e utilizada.

No geral, todos os entrevistados falaram que depois da crise hídrica que emergiu em 2015, passaram a ser mais conscientes, sempre tentando economizar a água de qualquer forma, evitando o desperdício e fazendo sua reutilização.

Gráfico 14 – Tecnologia renovável utilizada para economizar água nas lavagens.

Fonte: Elaboração própria

Nesse problema a pesquisa tinha por meta identificar se o gestor conhecia algum tipo de tecnologia renovável que pudesse ser utilizada nas lavagens para a economia de água. 56% responderam que conheciam e 44% responderam que não.

Para os entrevistados que responderam sim, formulou-se o seguinte pedido: “explique se você acha que essa tecnologia deixaria a sua empresa à frente dos concorrentes”. A maioria

56% 44%

Sim Não

(40)

explicou que se houvesse um colapso de água, quem tivesse outros meios de realizar a lavagem dos veículos sem esse insumo com certeza ficaria à frente dos concorrentes, e aumentaria a clientela, pois só quem utilizasse dessa tecnologia iria poder continuar prestando os serviços de forma habitual.

(41)

5 . CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como finalidade analisar como as empresas de lava a jato da cidade de Caicó se comportam em relação à gestão ambiental, e a forma da utilização da água se de forma racional e econômica. Para tanto foi aplicado um questionário para os gestores de algumas empresas para obtenção de dados.

Através dos dados coletados observa-se que a totalidade do mercado de lava a jato é composta por homens que têm em sua grande maioria a faixa etária superior a 40 anos. 56% dos entrevistados detêm segundo grau incompleto. Nota-se que a maioria deles não tem uma formação escolar completa para o mercado de trabalho em que atuam.

Em relação à crise hídrica que se iniciou em 2015, os entrevistados consideraram-na como um fato inédito, pelo qual nunca haviam passado. Com isso os gestores tiveram que buscar várias formas alternativas para poder continuar prestando seus serviços mesmo com a falta de água. Mais da metade dos respondentes informaram que fazem algum tipo de reaproveitamento de água, fizeram algum tipo de planejamento para seu armazenamento como, por exemplo, a criação de uma cisterna ou poço.

Quanto à gestão ambiental revelou-se que 67% dos respondentes têm conhecimento sobre o assunto, e que os demais nunca ouviram falar, ou já ouviram falar, porém não sabem do que se trata. Percebeu-se que falta interesse aos gestores em se aprofundar nessa questão temática, bem assimpor cursos ou palestras a respeito desse assunto.

Mesmo com a crise hídrica e a falta de água por vários dias, verificou-se que o tipo de lavagem mais utilizada é com jato de água.A razão é que esse tipo de lavagem onera menos o cliente. Observou-se também que em geral houve economia de água e conscientização para não haver desperdício por parte dos gestores e colaboradores das empresas. Alguns buscaram formas de poder reaproveitar a água e outros economizaram a água diminuindo a potência das torneiras evitando assim o seu desperdício.

Não obstante, pôde-se concluir que a maioria dos empresários tem algum conhecimento sobre a gestão ambiental, e que, mesmo com a escassez de água conseguiram continuar prestando seus serviços, além do que ficaram mais conscientes e passaram a economizar mais a água através de adoção demétodos eficazes.

(42)

6 REFERÊNCIAS

Água potável. Disponível em:

http://www.revistaplaneta.com.br/agua-doce-o-ouro-do-seculo-21/ Acesso em 24 de abril de 2016. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002.

BARROS, A. J. S. e LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de Metodologia: Um Guia para a Iniciação Científica. 2 Ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

Bronzatti Morellli, Eduardo – Reúso de água na lavagem dos veículos- 2005. http://www.denatran.gov.br/frota2016.htm / Acesso em 15 de setembro de 2016 FERREIRA, Aracéli Cristina de Sousa – 2. Ed. – São Paulo: Atlas, 2006.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LEITÃO, Sanderson A. M., Bases para estruturação das atividades de reuso água no Brasil –

Estágio atual, Artigo apresentado no II Encontro das Águas, Montevideu, 1999. 6p.

MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e Gestão Ambiental. Belo Horizonte: Del Rey 2011. REBOUÇAS, Aldo. Uso inteligente da água/Aldo Rebouças – São Paulo: Escrituras Editora, 2004. SILVA, Estera Muszkat MENEZES. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação – 4. ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005.

SUSTENTABILIDADE. Disponível em:

< http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/sustentabilidade.htm> Acesso em 19 de abril de 2016. TINOCO, João Eduardo Prudêncio; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2011.

http://tratamentodeagua.com.br/artigo/reuso-de-agua-tipos-processos-especificos-e-contaminantes/ Acesso em 10 de outubro de 2016

(43)

APÊNDICES

APÊNDICE A – Questionário aplicado. 1. Sexo:

( )feminino ( )masculino 2. Faixa etária :

( ) 18 a 25 ano ( )26 a 30 anos ( )31 a 40 anos ( )acima de 40 anos 3. Nível de escolaridade:

( )2° grau incompleto ( )2° grau completo ( )curso técnico ( )superior incompleto ( )superior completo

4. Há quanto tempo a sua empresa está aberta?

( )de 0 até 1 ano ( )de 1 até 5 anos ( )de 5 até 10 anos ( )acima de 10 anos 5. Durante este período que sua empresa está aberta já aconteceu uma crise hídrica como

essa ?

( )já aconteceu antes ( ) é a primeira vez que isto acontece ( )nunca tinha ocorrido uma crise como essa.

6. Gestão Ambiental é o que a empresa faz para minimizar ou eliminar os efeitos negativos provocados no ambiente por suas atividades. Você já ouviu falar sobre essa temática?

( )Sim ( )Não ( ) já ouvi falar mas não sei o que é. 7. Na sua empresa existe algum tipo de reaproveitamento de água?

( )Sim ( )Não

Se marcar a opção sim especificar qual o tipo: _______________________ 8. Assinale abaixo os principais problemas enfrentados pela crise da água

( )falta de água encanada por vários dias ( )compra de água com valor elevado

( )falta de um poço com água no local de trabalho

9. Foi feito algum planejamento para poder armazenar água durante a escassez? ( )sim ( )não

Se marcar a opção sim explique o que planejou: _______________________ 10. Qual o destino final da água utilizada nas lavagens?

( ) esgoto comum ( ) rede de esgoto a céu aberto ( )reservatório específico ( ) reaproveitamento ( )outros : _________________

11. A sua empresa possui algum desses tipos de lavagens citadas abaixo?

(44)

12. Qual o tipo de lavagem mais utilizada neste estabelecimento? ( )manual ( )expresso ( )a seco

13. Dentre as lavagens abaixo, qual você acha que economiza mais água?

( )lavagem simples com flanela ( )lavagem a jato de água ( )lavagem a seco 14. Como faz para economizar ou racionalizar a água?

_____________________________________________________________ _____________________________________________________________ _____________________________________________________________

15. Você conhece alguma tecnologia renovável que pode ser utilizada para economizar a água nas lavagens?

( )sim ( )não

16. Se respondeu sim na pergunta anterior, explique se você acha que essa tecnologia deixaria sua empresa a frente dos concorrentes.

_____________________________________________________________________ ___________________________________________________________

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