§*ä\š
›/'
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE
CIÊNCIAS
BA
sAÚDI‹:ITABAGISMC DURANTE
A
GESTACÃO
PAULC
MÁRCIO soUzA
CURSO
DE
GRADUAÇÃO
EM
MEDICINA
' r
FLORIANOPOLIS
O .Ii1994
-TO
0.12
RESUMO
O
objetivo desde trabalho é avaliar o impacto do tabagismomatemo
sobre opeso
do
RN
e esboçar o perfil da parturienteem
nossa comunidade.O
procedimento utilizado foi colher informações através de entrevistascom
asparturientes, o peso dos recém-nascido foi colhido por pessoal da área médica.
O
local das entrevistas foi a Maternidade
Cannela
Dutra, Florianópolis, SC.Foram
entrevistadas quatrocentas e noventa e oito (498
) parturientes e seusrespectivos recém-nascidos
(RN).
Observamos
que o peso ao nascer foimenor
entre os filhos dasmães
fumantesem
relação aos filhos dasnão
fmnantes.Mães
não
fumantestinham
SEF
( statussócio-econômico-familiar ) e escolaridade
em
níveismais
elevadosdo
que fumantes.A
renda familiarnão mostrou
diferenças estatisticamente significativas para amaior
ou menor
incidência de tabagismo durante a gestação.Filhos de
mães
fumantestêm
menor
peso ao nascer.Campanhas
de prevençãoABSTRACT
We
have
the objective of estimating the impact ofmatemal
tabagismon
theweight
of thenewbom
and
to stretch the parturients outline in our comunity.Infonnations
Were
collected through surveys With the parturientsand
the Weightof the
newbom
collectedby
medical area people atMatemidade
Carmela
Dutra,Florianópolis, Santa Catarina..
Our
sample
was composed by
fourhundred
ninty eight (498
) parturientsand
their
newbom
children.The
newbom
weightwas
loweramong
smokink
mother's children regarding thenon-smoking
ones.Non-smoking
mothers have the social -economic
- familiar statusand
schoolarship in higher levels than smoking.
The
familiarincome
didn'tshow
diferences estatisticaly significants
among
smoking and
non-smoking.The
maternal tabagism habit has a negative influence over thenewbom
Weight.Preventive
campaigns
about the tabagism habitmust
consider the particular outline ofRESUMO
... ..ABSTRACT
... .. 1 -INTRODUÇÃO
... .. 2 -MATERIAL
E
MÉTODO
SUMÁRIO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 2. 1 - Análise Estatística ... _. 3 -REVISÃO
DE
LITERATURA
... _. 4 -RESULTADOS
... .. 5 -DISCUSSÃO
... .. ó _CONCLUSÃO
... _. 7 -BIBLIOGRAFIA
... .. - . . . . . . . . - . z - . - - .. - . . . . . . . . . . . z « « « . . . ...1 _
INTRODUÇÃO
Muitos
são os estudos sobre as consequências danosasdo
fumo
sobre a saúde dos filhos demães
fumantes. Estetema
é continuamentecomprovado,
divulgado edebatido
na
literatura médica. iTambém
muitas são as variáveis queinfluenciam
a saúdedo
RN,
porém
nenhuma
é tão passível demodificações
quanto o hábito defumar
damãe.
Campanhas
de saúde são os veículos de excelência para o
combate
ao hábito defumar
através da divulgação dos maleficios deste.Através deste trabalho objetivamos
uma
avaliação do impactodo
fumo
sobre opeso dos
RN
demães
fumantes e_um
esboço do perfil dasmesmas
na
nossacomunidade
em
relação a seus hábitos tabagistas e a necessidade de orientações2
-MATERIAL
E
MÉTODO
O
grupo de estudo consistiu de quatrocentas e noventa e oito (498
)parturientes internadas
na
Matemidade
Carmela
Dutra por ocasiãodo
parto entre osmeses
de Janeiro e Fevereiro de 1994.As
informaçõesforam
colhidas através de entrevistas consentidas pelamãe
aplicadas por entrevistador da área
médica
com
baseem
um
questionário padronizado.As
entrevistasforam
realizadascom
asmães
sempre no
período pós-parto,no
mínimo
quatro horas após,quando
o parto foi normal,ou no
mínimo
doze horasquando
o parto foi cesáreo.O
local de realização das entrevistas foi a própria maternidade.As
informaçõessobre o hábito tabagista antes e durante a gestação e sobre outros itens relevantes
como
idade, renda familiar e escolaridadeforam
colhidos.Os
hábitos tabagistasforam
obtidas perguntando-se àmãe
se:( 1 ) Ela era fumante
ou
não;( 2 )
Caso
fosse fumante, onúmero
de cigarrosfumados
por dia;( 3 )
Se
durante a gestação parou, diminuiu,aumentou
oumanteve
onúmero
de cigarrosconsumidos
por dia.Procurou-se, a seguir, associar o hábito de
fumar
com
o peso ao nascer,escolaridade, renda familiar e status sócio econômico. -
pesquisando-se a idade grau de instrução e ocupação das mulheres e companheiros, renda familiar e
número
de pessoasna
família.Com
estas variáveisforam
aplicados osmesmos
critérios apresentados pela ProfessoraAugusta
Thereza de Alvarenga,em
monografia
apresentada à Faculdade deSaúde
Pública da Universidade deSão
Paulo,departamento de saúde
matemo
- infantil para obtenção do título de Mestreem
Saúde
Pública.
1 .2 - Análise Estatística
Os
dadosforam
tabuladosem
microcomputador
" personalcomputer
"utilizando o "software "
EXCEL
3.0,em
ambiente "Windows
" , que nos permitiu aampla
classificação e análises intermediárias . Para a análise estatística utilizamostambém
o "software "EXECEL
3.0 o que nos permitiu verificar a associação entre asvariáveis estudadas
bem
como
a significância estatística que foi determinadautilizando o teste
T
de studentnão
pareado. Para análise das diferenças demédias
foiI
3
-REVISÃO
DA
LITERATURA
Comparando-se
a prevalência dofumo
entre gestantes enão
gestantes, estima-se
que
mulheresnão
gestantes são apenas trinta por cento (30%
) mais prováveisserem
de fumantes correntes do que as gestantes. ( 1 )Isso se deve principalmente ao fato de que grávidas são
mais
prováveis alargarem o fumo, e
não
ao fato de seremmenos
prováveis a terem firmado. Visto quesolteiras brancas e
com
idade mais avançada são mais prováveis a teremfumado,
paraestas especial atenção deve ser dirigida por profissionais da saúde.( 1 )'
Constatou-se que apesar do fato das gestantes
pararem
defumar quando
dagestação, a taxa de recidiva do
fumo
é muito alta, cerca de setenta por cento (70%
) ,o
que
sugere que enquanto a saúde do feto éuma
forte influência sobre o hábitotabagista
da mãe,
estaspodem
estarmenos
advertidas do efeito passivo dofumo
sobrea criança
(2
Com
relação à atenção especial dirigida as mulheres sobre o impactodo
fumo
na
sua saúde, existe relação direta entre oaumento na
incidênciado
hábito defumar
em
mulheres entre dez ( 10 ) e vinte (20
) anos ecampanhas
de publicidade para ofumo
direcionadas para essas mulheres especificamente ( 3 )'O
Baixo
peso ao nascer é estatisticamente significante entre os recém-nascidos demães
fumantesem
relação asnão
fumantes principalmentequando acima
de cinco (4
) cigarros ao dia ( 5 )'Podendo
inclusiveserem
relacionados deforma
dosedependente
quando
se utiliza amensuração
do metabólitoda
nicotina, a cotinina, deforma
objetiva e quantitativa ( 6 )'Também
é evidente a associação entrefumo
e prematuridade, efeito muitobem
caracterizado
quando
oconsumo
de cigarro é superior a dez ( 10 ) ( 5 )'Devendo
serde alta prioridade a redução do
fumo
para diminuir a taxa de prematuridade ( 7 ).Exposição ao tabaco ta
mbém
é associada à idade gestacional menor, inclusivetendo
também
uma
relação ( 6 ) eum
efeito diretobem
estabelecido sobre a duraçãoda
gestação, sendoum
fator possível demodificação
especiahnente entre mulheres destatus sócio
econômico
mais alto ( 7 ). “As
chances de teruma
doença do trato respiratório baixo sibilanteou não
sibilanteforam
significativarnente mais altasem
crianças cujasmães
fumavarn.As
chancesforam mais
altas se amãe
fumava
um
maço
de cigarrosou mais
por dia e se acriança
permaneceu
em
casa preferenciahnente. Esta associação se faz presenteprincipahnente
no
19 ano de vida,porém
não
se relacionou consistentemente ofumo
passivo
com
a incidênciaaumentada
de doença ( 18 ).Com
relação aos defeitos congênitos relacionados ao fumo, a prole de mulheresfumantes foi
um
ponto seis ( 1.6 ) e dois ponto zero ( 2.0 ) vezesmais
prováveisque
prole de
mães
não
fumantes a terem lábio leporino isolado,com
ou
sem
fenda palatinarespectivamente.
Porém
apenas casos isolados de lábio leporino e fenda palatina sãoassociados ao
fumo,
múltiplos defeitos não o são.(9
)'A
influência dofumo
no volume
do leite diário foi avaliada e se obteve quemulheres
não
fumantes tiveramum
volume
de leitedo
peito significativamentemaior
que
as fumantes.As
taxas de crescimento das criançastambém
variaram.O
aumento
de peso das crianças das
mães
não
fumantes foimaior que
o das crianças dasmães
fumantes, sugerindo que a produção do leite das
mães
fumantes foi inadequada parasuprir as necessidades calóricas dos seus filhos ( 10 ).
Também
é evidente que a relação entre o furno e oconsumo
de nutrientesdurante a gestação. Gestantes não fumantes
tem
consumo
mais
alto da maioria dosnutrientes
em
relação as fumantes sendo inclusive a densidade dos nutrientes da dietanão
fumantes. Isto sugereuma
qualidade dietética inferior das fumantes aindamais
agravada por
uma
redução posteriorno
consumo
averiguado. ( 11 )'Com
relação aofumo
durante a gestação e o desenvolvimentono
adultojovem,
a análise de dados sobre o assunto leva a urna forte inclinação
no
sentido de se creditarao
fumo
responsabilidadeem
relação auma
alturamédia mais
baixana
prole demães
fumantes tanto
em
relação ahomens
quanto à mulheres.Uma
forte associação foievidente
também com
uma
qualificação mais alta recebida pela prole demães
não
fumantes, sugerindo
um
efeito a longo prazo dofumo
na
gestação (4
).'
No
que
concerne problemas comportamentais das crianças relacionado ao tabagismo materno, existetambém
evidências deuma
relação dose resposta. Entrecrianças cujas
mães
fumaram
tanto durantecomo
depois da gestação, estas tiveramum
ponto dezessete ( 1.17 ) vezes
mais
problemas adicionais associadoscom
fumar
menos
que
um
( O1 )maço
/ dia e dois ponto zero quatro ( 2.04 ) vezesmais
problemasassociados
com
fumar
um
( O1 )maço
ou
mais por dia sugerindo que problemascomportamentais das crianças
devem
sersomados
à lista de problemas causados pelaexposição pré-natal e passiva ao
fumo
( 12 ).Crianças de
mães
fumantes são mais freqüentemente hospitalizadasem
hospitais pediátricos, sendo esta diferença evidente
em
criançascom
menos
deum
( 1 ) ano.
A
duraçãomédia
de admissõesbem
como
onúmero
de visitas aosmédicos
também
foram
maiores entre a prole demães
fumantes,porém
a mortalidade perinatalnão
foimais
alta, assimcomo
a mortalidade pós-natal, apesar de quase significativa,também
não
o foi ( 13 ).Uma
das causas para oamnento
damorbidade
perinatal associadacom
fumo
foiinvestigada através da análise dos efeitos do
fumo
sobre a velocidadedo
fluxo
sanguíneo uterino e umbilical, sendo encontrado
um
aumento
diretona
resistênciavascular da placenta
do
lado fetal, esta resistência dirninui as trocas de oxigênioatravés da placenta contribuindo para aumentar a
morbidade
perinatal ( 14 ).Certos efeitos adversos
do
fumo
sobre a gestaçãopoderiam
ser explicados poruma
diminuição nos níveis de Estradiol eHCG
matemos,
vistoque
com
oaumento do
consumo
do
fumo, parece haverum
declínio mantido nos valores destes horrnônios.Em
fumantes os níveis de Estradiol estavamem
média
dezessete ponto seis porcento ( 17.6
%
) mais baixos, e os deHCG
vinteum
ponto cinco por cento ( 21.5%)
mais
baixos ( 15 ).Os
efeitos cérebro-fetalem
desenvolvimento inspiram particular preocupaçãono que
conceme
ao hábito de fumar, principalmente devido ao papeldesempenhado
pela nicotina. Sabendo-se disto a terapia de substituição da nicotina provavelmente
representa
um
menor
risco para o feto do que o uso de cigarros.Tendo
em
vista estapossibilidade, os beneficios da terapia de substituição para ajudar
no abandono do
cigarro
na
gestante, que não consegue parar defumar
sem
essa terapia,superam
orisco
do
uso contínuo dofumo
ou
os riscos da própria terapia, pelomenos
nas grandes fumantes ( 16 ).Em
relação ao peso ao nascer, o ato de parar o hábito defumar
principahnenteantes de dezesseis ( 16 )
semanas
é refletidono aumento
diretodo
peso ao nascer dosfilhos das
mães
que pararam.Mas
mesmo
após dezesseis ( 16 )semanas
o ato de pararde
fumar
ainda ébenéfico
tendo relação diretacom
oaumento
de peso das crianças( 17 )_
Em
relação à redução do hábito defumar
esta é positivamente associadacom
um
aumento no
peso das crianças.Enquanto
a intemlpção dofumo
deve ser objetivoprimário para fumantes grávidas, intervenção específica deveria ser
também
dirigida4
-RESULTADOS
A
amostrado
estudoem
análise constitui-se de quatrocentas e noventas e oito(
498
) mulheres puérperas atendidas namatemídade
escola ( MaternidadeCarmela
Druta )
no
período deO2
de janeiro à 25 de fevereiro de 1994.As
mulheres tiveramuma
idademédia
de vinte cinco (25
) anos emoda
devinte (
20
) anos, sendo a mais nova,com
treze ( 13 ) anos e amais
velhacom
Classificando segundo faixa etária encontramos noventa e três ( 93 ) mulheres 19
ou
menos, cento e cinqüenta e dois ( 152 ) entrevinte (20
)com
dezenove
( ) anose vinte quatro (
24
) anos, cento e vinte seis ( 126 ) entre vinte e cinco ( 25 ) e vinte enove
(29
) anos, oitenta e oito ( 88 ) entre trinta ( 30 ) e trinta e quatro (34
) anos,trinta e
nove
(39)
com
idademaior
que trinta e quatro (34)
anos. Tabela 1.TABELA
1:Distribuição das parturientes,
conforme
a faixa etáriaN
%
ATÉ
19 93 18.6720
-24
152 30.52 25-29
126 25.3030
-34
88 17.67>
34
39 7.83TOTAL
498
100Quatrocentas e dezoito (
418
) mulhereseram
brancabrancas. Tabela 2.
TABELA
2Distribuição das parturientes
conforme
a cor.s e oitenta ( 80 )
não
N
%
BRANCAS
418
83.93A
média
de estudo formal foi sete ( 7 ) anos variando entre zero ( O ) e vintedois (
22
) anos.Encontramos
cento e vinte duas ( 122 ) mulherescom
até quatro ( 4 )anos de estudo formal, duzentas e trinta e
uma
( 231 )com
cinco ( 5 ) a oito ( 8 ) anosde estudo, cento e sete ( 107 )
com
nove
( 9 ) a dezessete ( 17 ) anos de estudo eapenas trinta e oito ( 38 )
com
mais de onze ( 11 ) anos.Somente
vinte e duas (22
)completaram
o nível superior. Tabela 3.TABELA
3 :Distribuição das parturientes
conforme
a escolaridade.ANOS
N
%
ATÉ
4 24.495-8
46.389-ll
21.48>ll
07.63TOTAL
100Com
relação à renda familiar encontramoscomo
rendamínima
cinqüenta e setedólares ( 57 ) e
máxima
quatro mil e quinhentos dólares ( 4.500 ), sendo amédia
trezentos e dezessete dólares (
317
), e amoda
cento e vinte dólares ( 120 ). Setenta e três ( 73 ) mulheres pertenciam à famíliascom
renda familiar atécem
dólares ( 100 ),cento e oitenta e seis ( 186 ) mulheres entre cento e
um
dólares ( 101 ) e duzentosdólares (
200
), oitenta e sete ( 87 ) mulheres entre duzentos eum
(201
) e trezentosdólares ( 300), oitenta e
uma
( 81 ) mulheres entre trezentos eum
( 301 ) e quinhentos(
500
) dólares, trinta e quatro (34
) mulheres entre quinhentos eum
( 501 ) e mildólares ( 1000 ) e
somente
vinte e sete (27
) mulheresacima
de mil dólares ( 1000 ).Tabela 4.
TABELA
4 :Distribuição das parturientes
conforme
arenda
familiar.DÓLARES AMERICANOS
N
%
ATÉ
100 73 14.65101-200
186 37.35 201 -300
87 17.47301-500
81 16.26501-1000
34
06.82>
1000
27
05.42TOTAL
498
100No
queconceme
status sócioeconômico
familiar encotramos duzentas e trinta etrês (
233
) mulherescom
statusSEF
( sócio-econômico-familiar ) baixo, cento enoventa e três (193 ) mulheres
com SEF
entremédio
e baixo, quarenta e duas (42
)mulheres
com
SEF
médio, vinte quatro (24)
mulherescom
SEF
entre alto emédio
e seis ( 6 ) mulherescom SEF
alto. Tabela 5.TABELA
5 :Distribuição das parturientes
conforme
aSEF.
N
%
BAIXO
233 46.78MÉDIO
-BAIXO
193 38.75MÉDIO
42
08.43MÉDIO
-ALTO
24
4.81ALTO
06 01.20TOTAL
498
100Centro e trinta e
uma
( 131 ) mulheresfumavam
antes do início da gestação,destas vinte sete ( 27 ) deixaram de
fumar
no
início da gestação, das cento e quatro ( 104 ) restantes durante o primeiro trimestre, cinqüenta e seis ( 56 )diminuíram
equatro ( 4 ) aumentaram.
No
39
trimestre três ( 3 ) mulheres reiniciaram a fumar,uma
( l )
mulher
iniciou a fumar, quinze ( 15 ) pararam de fumar, dezesseis ( 16 )diminuíram
e cinco ( 5 ) aumentaram,pennanecendo
portanto noventa e três ( 93 )furnantes durante o 39. trirnestre.
A
média
deconsumo
de cigarros / dia antes dagestação foi treze ponto cinco ( 13.5 ) e a
moda
vinte (20
), amédia
durante o 19trimestre foi
nove
ponto cinco ( 9.5 ) e amoda
vinte (20
),no
39
trimestre amédia
ficou
em
nove
( 9 ) e amoda
permaneceu
em
vinte ( 20 ). Tabela 6.TABELA
6 :Distribuição das parturientes
conforme
0consumo
de
cigarrosunidades
por
dia.N
MÉDIA
c
/D
ANTES
daGRAVIDEZ
131 13.5 12
TRIMESTRE
104 9.5 3 .QTRIMESTRE
93 9TOTAL
498
A
quantidade de cigarrosfumados
por diaaumentou no
19 e39
trimestrena
faixa de até cinco ( 5 ) ciganos / dia sendo que o contrário aconteceu
no
1.9 e39
trimestre nas faixas de seis ( 6 ) a dezenove ( 19 ) cigarros/ dia e
acima
dedezenove
( 19 ) cigarros / dia.
Da
onde
se observauma
tendênciana
diminuição doconsumo
daquantidade de cigarros/ dia do início para o final da gravidez. Tabela 7.
TABELA
7
:Número
de
parturientes divididasde acordo
com
aquantidade
consumida
de
cigarros / diapor
trimestrede
gestação. -ANTES
19TRIMESTRE
39
TRIMESTRE
qO-5
36 5147
06
- 1946
29
27
>
1949
24
19Nas
tabelasnúmero
8, 9 e 10vemos
a correlação entre tabagismomaterno
eescolaridade, renda familiar e
SEF
durante o período anterior à gestação, durante 19trimestre e o
39
trimestre.Podemos
constatar que tanto antes da gestação quantodurante o 19 trimestre e o
39
trimestre os níveis de escolaridade eSEF
foram sempre
maiores entre as não fumantes do que entre as fumantes, diferença estatisticamente
significativa,
porém
omesmo
não
ocorreucom
a correlação entre renda familiar etabagismo, diferença que
não
foi estatisticamente significativa.TABELA
8 : »Distribuiçao das parturientes
por
número
de
cigarrosconsumidos por
diaem
relação a escolaridade.TABAGISMO
N
/ (%)
ESCOLARIDADE
MATERNA
ANTES
/s1M
131 / ‹{ 26.3 ;› ó.õ (1)ANTES
/NÃo
367
/(737)
7.4 ' 19TRIMESTRE/
SIM
104/(209)
6.7' 19TRIMESTRE
/NÃo
ç394
/ ( 79.1 ) 7.4'39
TRIMESTRE/
SIM
093/(187)
6.6'39
TRIMESTRE
/NÃO
405
/(8L3)
Í \ \l/ f \ \2) f \2 131 ( \ 7.4 'TOTAL
498
/(100)
(1)p=o.o1
(2)p=o.o31
(3)p=o.o24
t3,TABELA
9 :Distribuição das parturientes
por
número
de
cigarrosconsumidos
por
diaem
relação arenda
familiar.TABAGISMO
N
/(%)
RENDA
FAMILIAR
ANTES
/SIM
131/(263)
274(U
ANTES/NÃO
367
/(737)
329(
19TRIMESTRE/
SIM
104/(209)
i2s2(2Í
19TRIMESTRE
/NÃo
394
/(791)
323(2`39
TRIMESTRE/
SIM
093/(mv)
zósíf
39
TRIMESTRE
/NÃO
405/(SL3)
325(3
TOTAL
498
/(100)
(1)Ns
(2)Ns
(3)Ns
Í 11TABELA
10:Distribuição das parturientes
por
número
de
cigarrosconsumidos
por
diaem
relação aSEF.
TABAGISMO
N
/(%)
SEF
ANTES
/SIM
131 / ( 26.3 I 11.7 (1)ANTES
/NÃO
367
/ 1173.7] 13.23 (1) 19TRIMESTRE/
SIM
104 / ( 20.9É 11.8 (2) 19.TRIMESTRE
/NÃO
394
/1179.1] 13.08 (2)39
TRIMESTRE/
SIM
093 /(187)
11.67 (3)39
TRIMESTRE
/NÃO
405
/(813)
13.1 (3)TOTAL
498
/(1oo)
(1)p=o.o1
(2)p=o.o4ó
(3)p=o.o3ó
A
média do
peso dosRN
foi três mil e cento e noventa enove
gr. (3199
) e amoda
três mil gr. (3000
) sendo que o pesomínimo
foi3199
gr e omáximo
quatromil oitocentos e setenta gr. ( 4870). Relacionando estes dados
com
o tabagismo do39
trimestre
temos que
amédia
de peso dosRN
diferiu entre mulheres quefumavam
eentre mulheres que
não
fumavam,
sendomaior
entre as últimas. Tabela ll.TABELA
11T Distribuição
do
pesodo
RN
em
relação aotabagismo
materno
*durante o3
Q
trimestre. ETABAGISMO
39
TRIMESTRE
N
/ (%
)PESO RN
SIM
093 / ( 18.7)soss
(1)NÃO
405
/(813)
3227
(1)TOTAL
493
/(100)
I
(1)p=o.o2s
5
-DISCUSSÃO
Baixo
peso ao nascer constitui-seem
um
dos focos fundamentaisda
maioria dosproblemas que
acometem
osRN
( 10 ). Sabendo-se que o peso ao nascer dacriança é provavelmente o fator isolado mais importante que afeta a mortalidade
neonatal, e é
um
significante determinante de mortalidade infantil pós-neonatal , tantoem
países desenvolvidoscomo
em
desenvolvimento ( 8 ), atravéstambém
destetrabalho
no
qual evidenciamos a relação entre diminuiçãodo
peso ao nascer da criançae tabagismo
matemo,
fica a necessidade decampanhas
de orientação as gestantes paraque
evitem este hábito durante a gestação.Mesmo em
estudoscom
controles para outras variáveismatemas
e sociais( 11 ), é evidente o beneficio de se parar de
fumar
mesmo em
estágiosmais
tardios dagestação.
Enquanto
a intenupçãodo
hábito defumar
deve continuar a ser o objetivoprimário dos orgãos de saúde para fumantes grávidas, intervenção específica deveria
ser
também
dirigida para redução dofumo
para mulheres quenão
conseguem
parar(9
)_Evidências epidemiologicas indicam
uma
relação causal e dose-dependenteentre
fumo
e resultados reprodutivos adversos ( 16 ).Foram
encontradastambém
evidências de relação dose resposta
com
número médio
de cigarrosfumados
por dia desendo que estes valores são
menores
do que os encontrados por nossa pesquisa, o queindica que
no
nossomeio
também
se faz necessáriomedidas
que orientem nossasgestantes
no combate
a este hábito tão danoso à saúde de seus filhos.Em
nossa pesquisanão
obtivemos relação entre renda familiar e tabagismo materno, 0que
evidencia a necessidade deuma
orientaçãoampla que
abarque tantofamílias
com
baixa rendacomo
famíliascom
alta renda.Somando-se
ao fato de queos níveis de escolaridade e
SEF
tiveram valores mais altos entrenão
fumantesdo
queem
fumantes isto nos leva a Lunaconfiguração
especial de nossa comtmidade.6
-CONCLUSÃO
Com
base nos dados e análise deste trabalhopodemos
concluir que : cento etrinta e
uma
( 131 ) mulhereseram
fumantes.A
média
dia deconsumo
de ciganos foide treze ponto cinco ( 13.5 ) cigarros / dia antes da gestação,
nove
ponto cinco ( 9.5 )ciganos / dia
no
19 trimestre.O
tabagismomatenno
diminuiuem
número
e quantidade de ciganos por diacom
a evolução da gestação.O
tabagismo durante a gestação foimaior
nasmães
com
menor
escolaridade e SEF.Não
houve
relação entre renda familiar e tabagismo.7
-BIBLIOGRAFLÀ
1 -
WILLIAMSON,
David
F..Comparing
the Prevalence ofSmoking
inPregnant
and Nonpregnant
Womer.
1985 to 1986. Jan 6, 1989 - Vol.261,
N
Q
1.2 -
FINGERI-IUT,
Lois A..,KLEINMAN,
Joel C., et al.Smoking
Before,During,
and
After Pregnancy.AJPH May
1990, Vol. 80,N9
5.3 -
PIERCE,
Jonh
P.,LEE,
Lora,GILPIN,
E. A...Smoking
Initiationby
Adolescent Girls. 1944 through 1988.
JAMA
1994
- Vol. 271,N
9
8.4 -
FOGELMAN,
K. L..Smoking
inpregnancy and development
into earlyadulthood.
BMJ
Vol. 297. 12novembro
1988.5 - LIPPI,
Umberto
Gazi, et al. Hábito defumar
e gravidez. Femina. Janeiro1993.
6-
BARDY,
Ali. et al. Objectivelymeasured
tobacco exposure duringpregnancy: neonatal effects
and
relation to maternal smoking._August1993, Vol. 100 pp. 721- 726.
7 -
KRAMER,
Michael S.. lntrauterineGrowth
and
Gestational DurationDeterminants. Pediatrics Vol. 80
N
Q
4
October 1987.8 -
WRIGHT,
Anne
L. et al. Relationship of parentalsmoking
towheezing
lower respiratory tract ilhresses in infancy, J Pediatri 1991; 118:207-
9 -
KHOURY,
Muin
J.,FARIAS,
Marcos
Gomes,
et al.Does
MaternalCigarette
Smoking
DuringPregnancy Cause
Cleft Lipand
Palate inOffspring ?
AJDC
- Vol. 143,March
1989.10 -
VIO,
Fernando,SALAZAR,
Gabriela, Infante, Carlos.Smoking
duringpregnancy and
lactationand
its effectson
breast-milkvolume
1:1.Am
J Clin Nutr 1991; 54: 1011-16.11 -
HASTE,
Frances M.. Nutrient intakes during_pregnancy: observationon
the influence of
smoking and
social class 1-'ÂAm
J ClinNutr
1990;51: 29-36.
12-
WEITZMAN,
Michael, et al. MaternalSmoking
and
BehaviorProblems
ofChildren. Pediatrics Vol. 90
N
Q
3.September
1992.13-
RANTAKALLIO,
P.. Relationship of maternalsmoking
to morbidityand
mortality of the child
up
to the age of five.Acta
PaediatrScand 67
:621-
631, 1978.14 -
MORROW,
Robert J.,RITCHIE,
W.
Knox,
BULL,
Shelley B..Matemal
cigarette smoking:The
effectson
umbilicaland
uterine bloodflow
velocity.
Am
J ObstetGynecol
1988; 159:1069-71.15 -
BERNSTEIN,
Leslie,PIKE,
Malcolm
C., et al. Cigarettesmoking
inpregnancy
results inmarked
decrease in maternalhCG
and
oestradiollg\¿ç_l_s¿ January 1989, Vol.
96
pp.92
- 96.16 -
BENOWITZ,
Neal
L.. Terapia de Substituição da Nicotina Durante aGravidez.
Jama
/Go
- Vol. 1, jul/ago 1993.17-
MACARTHUR,
Christine,KNOX
E. G..Smoking
in pregnancy: effects ofstopping at different stages.
BJOG
June 1988, Vol. 95, pp. 551- 555.18 - LI,
Chang
Qing, et al.The Impact on
Infant BirthWeight and
GestationalTCC
UFSC
TO
0012Ex.l
N-Chfiflh
TCC
UFSC 'IU (JUIZAutor: Souza, Paulo Márci
Título: Tabagismo durante a gestação..
97 2 2 9 81 83 Ac. 254158
Ex.1 UFSC BSCCSM