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REPRODUÇÃO DE BUBALINOS NA REGIÃO AMAZÔNIA. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro

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Academic year: 2021

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REPRODUÇÃO DE BUBALINOS NA REGIÃO AMAZÔNIA Haroldo Francisco Lobato Ribeiro

Setor de Reprodução Animal, ISPA/UFRA,

Av. Presidente Tancredo Neves, S/N Bairro Montese - Caixa Postal 917 CEP.66.077-530 - Belém-Pará-Brasil

(e-mail haroldo.ribeiro@ufra.edu.br)

1-INTRODUÇÃO.

Segundo estimativa existe cerca de 150 a 175 milhões de bubalinos no mundo, com maior concentração na Índia, Paquistão e China. De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos (A.B.C.B.) a população bubalina brasileira é de quatro milhões de cabeças, das quais a metade é criada na região Amazônica, destacando-se a Ilha de Marajó, onde as raças Murrah, Mediterrânea, Jafarabadi, Carabau e o tipo Baio encontram-se cruzadas entre si, apresentando um crescimento anual bem superior aos dos bovinos.

Nos últimos anos, o interesse pelo búfalo no Brasil tem aumentado, devido ao reconhecimento de suas excepcionais características zootécnicas, como produtor de carne, leite e trabalho, e também pelo fato de apresentar um desempenho bem superior ao das outras espécies domésticas, mostrando grande capacidade de adaptação, principalmente em áreas considerada impróprias à pecuária bovina convencional, como as várzeas da região Amazônica, com terras parciais ou totalmente inundáveis sazonalmente.

Os búfalos apresentam ótima conversibilidade alimentar sob condições de menor oferta ou de oferta menos adequada. Com bom manejo os búfalos respondem com excelente e segura docilidade, além de apresentar uma alta fertilidade em condições usuais de manejo observadas em nosso país. Nas mesmas condições de manejo os búfalos mostram taxa de fertilidade superiores aos dos bovinos.

No Brasil já é possível encontrar mesmo sendo um numero ainda reduzido, búfalos selecionados zootecnicamente para produção de leite e de carne em nosso país.. O Brasil possui búfalas que produzem 5.200 litros de leite por lactação, assim como animais comprovadamente ganhadores de peso. A EMBRAPA em 1994 através de uma seleção colocou a disposição dos criadores, reprodutores filhos de inseminação artificial oriundos da Bulgária e Itália. Este potencial genético deve ser multiplicado mais rapidamente pelas biotecnologias como inseminação artificial e a transferência de embriões. Desta maneira, pode-se aumentar o rigor e a velocidade de seleção, empregando-se animais de alto valor genético-produtivo, para reduzir o intervalo entre gerações.

Ainda assim, Os búfalos, como os demais animais domésticos, sofrem variações nos índices produtivos e reprodutivos, decorrentes do tipo de manejo e do nível tecnológico empregados na criação. Tem sido reportado que as causas da baixa produtividade podem ser atribuídas a interações entre o genótipo e o meio ambiente incluindo-se o clima, manejo, nutrição e doenças.

Por outro lado, vários trabalhos, em diferentes raças e países. têm enfatizado que a eficiência reprodutiva nos bubalinos é mais influenciada por fatores ambientes que genéticos; dentre eles, o fotoperíodo, a precipitação pluviométrica, a umidade relativa do ar e a temperatura com efeitos pronunciados sobre o comportamento reprodutivo da espécie, sendo que a importância de cada um destes fatores varia muito entre a situação geográfica, condições de criação e o sistema de manejo. 2. TIPO DE CRIAÇÃO.

O manejo quanto este aspecto, varia de acordo com a quantidade de animais por hectare e conforme a localização da fazenda, fertilidade do solo, qualidade e tipo de pastagens e sistema de criação da propriedade.

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Alguns índices reprodutivos têm sido citados, do rebanho bubalino no Vale do Ribeira SP e Vale amazônico PA . Verifica-se que, à medida que aumenta o número de animais por hectare (expresso em Unidade Animal, equivalente a 450 Kg), há uma queda na fertilidade do rebanho.

De acordo com os estudos, 0,91 UA/ha, a búfala apresenta o primeiro cio aos 59 dias após o parto, com uma percentagem de prenhez de 88,9%. Aumentando-se para 1,20 UA/ha o primeiro cio ocorreu aos 93,3 dias e a taxa de prenhes baixou para 57,1%.

Em propriedades de criação de terra firme no Estado do Pará, com adequado manejo nutricional e mineral apresentam índices similares aos criadores do Sudeste e Sul do Brasil. No entanto, quando não existe um controle da quantidade de bufalos por hectare de pastagens, a eficiência reprodutiva é muita baixa, é o exemplo da grande maioria das propriedades nas várzeas da região Amazônica, que numa lotação de ≥2.0 UA/ha, o primeiro cio somente aparece depois da desmama e o índice de prenhez nunca é maior de 50 %.

Na tabela-1. Podemos verificar os dados de uma propriedade, onde o tipo de criação é extensiva. Do total de 893 búfalas somente 39,75% apresentavam-se gestante. De 274 novilhas com idade entre 2,5 a 5.0 anos, 58,7% estavam gestante, nesta categoria, no tipo de criação observa-se um longo atrasado na maturidade sexual. Do total de 619 vacas pluriparas examinadas somente 194 (31,6%) ficaram gestantes no período de estudo. As 175 vacas solteiras, ou seja, não amamentando, somente 120 encontravam-se gestante, totalizando 19,4 % do total de bufalas examinadas.

Na região amazônica o manejo para o desmame mais precoce é inexistente, as fêmeas permanece com suas crias por mais de um ano. As principais causas de infertilidade neste tipo de criação são as infecções uterinas e o anestro prolongado pós-parto. As Fêmeas com problemas reprodutivos de caráter irreversível foi de 7,6%. As infecções uterinas crônicas foram às causas mais freqüentes como responsável pelo descartes dos animais.

TABELA –1. Taxa de prenhez em bubalinos criados em sistema de produção extensivo na várzea no período de 1998 a 2001, no estado do Amapá.

CATEGORIAS IDADE n GESTANTE (%) VAZIAS

(%) I- NOVILHAS 2,5/3,0 109 46 ( 39,8 ) 3,5/4,5 127 91 ( 33,2 ) ≥ 5,0 38 24 ( 8,75 ) SUBTOTAL 274 161 ( 58,7 ) 113 ( 41,3 ) II-VACAS SOLTEIRAS 175 120 ( 19,4 )

III- VACAS PARIDAS 397 74 ( 11,9 )

IV-VACAS PROBLEMAS 47 ( 7,6 ) SUBTOTAL 619 194 ( 31,6 ) 425 ( 68,5 ) V- TOTAL 893 355 (39,75) 538 (60,2) Ribeiro,2002 3.CONDIÇÃO CORPORAL

Búfalas magras na ocasião do parto demoram muito para manifestar cio. Animais que perdem muito peso após o parto também têm uma queda na fertilidade. Na tabela abaixo podemos verificar o efeito da condição corporal no aparecimento do primeiro cio pós-parto em búfalas criadas na várzea . O menor período do parto para o primeiro cio foi observado quando os animais apresentam condição corporal 3.5.

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TABELA.-2. Médias dos quadrados mínimos (MQM) do efeito da condição corporal no parto ao primeiro cio observado, em búfalas. Baixo Amazonas. Ribeiro,1996

Condição corporal no parto n MQM ±±± EP ±

5,0 4 142,00 ± 15,87 a 4,5 9 143,11 ± 10,58 a 4,0 22 127,68 ± 6,77 ab 3,5 10 94,10 ± 10,04 b 3,0 10 115,30 ± 10,04 b 2,5 11 142 ±12,11a 2,0 9 150 ±18,85a

Médias com as mesmas letras não diferem (P>0,05)

FIGURA .1-Concentração média de progesterona no leite por dia pós parto em búfalas multíparas, de acordo com o mês de parição. Baixo Amazonas, Pará. (Ribeiro,1996)

0 2 4 6 8 10 12 15 25 35 45 55 65 75 85 95 105 115 125 135 145 155 165 180 200 Dias pós- parto P ro g e s te ro n a l á c te a ( n g /m l)

dezembro janeiro fevereiro março

Na figura.1.podemos observar o maior perfil da concentração de progesterona e período mais curto para o aparecimento do cio em búfalas paridas no mês de março, época de melhores pastagens na região, onde as mesmas apresentam melhores condições corporais após o parto quando comparadas às concentrações e período mais longo para o aparecimento do cio das búfalas paridas no mês de dezembro, época final da estação menos chuvosa (seca) da região.

Uma pesquisa realizada com 476 búfalas em oito propriedades do Vale do Ribeira visando correlacionar a condição corporal ao parto (1 muito magra, 5 muito gorda) com os índices reprodutivos de búfalas inseminadas artificialmente, demonstrou a importância desta avaliação na espécie, como se observa na Figura.2.

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30 40 50 60 70 80 90 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0

Figura. 2- Aparecimento do primeiro cio pós-parto em relação a Condição Corporal Pós-parto. P ri m e ir o c io p ó s -p a rt o ( d ia s )

A figura-2 demonstra menor período para aparecimento do primeiro cio pós-parto, para búfalas que apresentavam reservas corporais no momento do parto. Os animais que pariram magros apresentaram maior período para o primeiro cio. Os autores observaram também uma queda da eficiência reprodutiva em búfalas que pariram extremamente gordas (condição 5). Analisando os dados, é possível verificar a importância de a búfala parir em boa condição corporal (entre 3,0 e 4,5) para obtenção de bons índices reprodutivos em programas de inseminação artificial, assim como monta natural.

No Norte do Brasil, no estado do Amapá se estudando a distribuição de 801 cios de bufalas criadas em sistema de terra firme, verificou-se uma freqüência media de cios pós-parto na estação considerada chuvosa de 67%, onde os animais apresentam boas condições corporais, e na estação de estiagem de 33%, sendo os meses abril, maio, junho e julho os meses de maior índices de cio e menores intervalos de parto ao primeiro cio observado. Esta distribuição de cios também é similar em criações de terra firme em diferentes localidades da região, Por outro lado, em animais criados em sistema de várzea, as melhores condições corporais e as melhores respostas reprodutivas aparecem no segundo semestre, principalmente nos meses setembro, outubro, novembro e dezembro.

Figura.3- Nivel das enchentes (0 a 5.0m) e intervalo parto /prenhez (dias) em búfalas multíparas, Baixo Amazonas, Pará. (Ribeiro,1996)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 n o v /9 4 d e z /9 4 ja n /9 5 fe v /9 5 m a r/ 9 5 a b r/ 9 5 m a i/ 9 5 ju n /9 5 ju l/ 9 5 a g o /9 5 s e t/ 9 5 o u t/ 9 5 n o v /9 5 Período Experimental 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Intervalo parto prenhez Nivel das enchentes

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Na figura.3- observamos a correlação positiva entre o nível das enchentes e o intervalo entre partos, ou seja quanto maior o nível do rio amazonas e seus afluentes menores serão a disponibilidade de capim, desta forma, maiores são os intervalos entre partos das búfalas criadas extensivamente num sistema de várzeas.

3-PUBERDADE E MATURIDADE SEXUAL:

As búfalas atingem a puberdade e maturidade sexual em idades mais tardias do que os bovinos, variação de 24 a 30 meses para as raças Murrah, Mediterrânea, Jafarabadi e seus mestiços, enquanto que a raça Carabao e seus mestiços podem alcançar até 36 meses. Nas condições amazônicas, as novilhas da raça Murrah, mantidas em níveis nutricionais satisfatórios, a puberdade pode chegar entre os 13 a 18 meses.

A idade do primeiro parto varia de 35 a 56 meses nas novilhas tipo river, com média de 40 meses e pesando aproximadamente 480kg. Búfalas submetidas à suplementação alimentar e manejo satisfatório apresentaram maturidade sexual de 24 a 27 meses de idade. Analises de 229 registros de idade a primeira cria de fêmeas bubalinas (Murrah X Mediterranea) na Embrapa Amazônia Oriental. Apresentaram média de 39,8±5,1 meses, com peso médio 456±19,1 kg. Os meios sangues mostraram maior precocidade. Os fatores que influenciaram foram, estação do ano de nascimento da mãe, raça ou grau de sangue e peso da mãe ao parto. No Sul a raça Murrah,criadas a campo, com bom manejo nutricional é citada apresentar média de 2,11 meses ( 2,08 à 3,03).

4-CICLO ESTRAL:

Os búfalos são poliestrais estacionais de dias curtos, semelhantemente aos ovinos e caprinos. Esta característica é bem pronunciada no centro-sul do país, onde existe variação anual na duração de horas de luz conforme a estação do ano. Na zona equatorial os bubalinos apresentam-se como poliestrais contínuos. A figura .4 e 5. ilustram a freqüência de cios em búfalas criadas na várzea e terra firme. No sistema de terra firme as fêmeas apresentam maior freqüência durante e final da estação das chuvas e nas bufalas criadas na várzea a maior freqüência é no período de vazante.

A duração do estro está entre 5 a 27 horas, com média de 20 horas com ovulação ocorrendo entre 24 a 48 horas após o inicio do cio ou seis horas a 21 horas após o final do cio. A atividade

Figura.4- Nivel das enchentes, frequencia de cios e percentagem de parto em búfalas multíparas, Baixo Amazonas, Pará. (Ribeiro,1996)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 n o v /9 4 d e z /9 4 ja n /9 5 fe v /9 5 m a r/ 9 5 a b r/ 9 5 m a i/ 9 5 ju n /9 5 ju l/ 9 5 a g o /9 5 s e t/ 9 5 o u t/ 9 5 n o v /9 5 Período Experimental 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Frequência de cios (%) Nivel das enchentes Partos

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homossexual não é tão comum em bufalas, à freqüência de montas e se deixar montar variam de 20 a 38% respectivamente. Estudos no Sul do Brasil, citam que somente em 3,44% foi observado o comportamento homossexual. As búfalas obedecem a uma hierarquia, onde as dominantes efetuam a monta e impedem as subordinadas de serem montadas pelos rufiões ou reprodutores.

O ciclo estral tem uma duração variável entre 18 a 32 dias, com média de 21 dias. No Norte do Brasil, apresentaram um estudo em mestiços de Mediterrânea e Carabao de 23,7 com variação de 18 a 33 dias. Em Minas Gerais, reportou média de 21,29±2,46 dias com variação de 18 a 29 dias.

Cruzamento com a raça Carabao influencia para uma duração maior. No Sul do Brasil, se observando visualmente o estro de fêmeas búfalas, quatro vezes ao dia (manhã / meio-dia / tarde / meia-noite), verificou duração média de 14,7 ± 7,3 horas, com a ovulação ocorrendo 16,9 ± 6,5 horas após o final do cio.

Uma alta freqüência de anormalidades do ciclo estral pode ser verificada no período pós-parto, onde se apresentam de duração curta e longa entorno de 11 e 34 dias, respectivamente. Isto pode ser atribuído a época do parto, amamentação, subnutrição e clima.

5- ÍNDICE DE CONCEPÇÃO:

O índice médio satisfatório considerado é de 80%, a taxa em búfalas geralmente tem variado de 50 a 80%, em criações extensivas e ultra extensivas não atingem 50%. veja Tabela.1.

Fazendas em organização na Amazônia o índice médio é de 70%, com uso de IA, quando o número não ultrapassa a 100 fêmeas. A EMBRAPA tem conseguido taxas superiores a 80%. Tem sido reportado que os maiores índices de concepção ocorrem após 2,5 meses o pico das chuvas, e que a fertilidade em búfalas é significativamente influenciado pelas condições climáticas. Veja figuras 4 e 5. Por outro lado é reportado também não ocorrer diferenças na taxas de concepção em búfalas apresentando estro nos meses mais quentes/secos, quando comparado aos meses mais frios/ou nublados, principalmente quando usado manejo adequado evitando-se o estresse térmico.

6- DURAÇÃO DE GESTAÇÃO:

A duração de gestação na búfala varia de 300 a 320 dias. As raças Murrah e Nili-Ravi (river) têm uma média de 315 e 308 dias respectivamente, 315 dias para a raça Jafariabadi, 317 dias

Figura- 5. Intervalo médio do parto ao primeiro cio observado (IPCO) e distribuição de cios em búfalas, criadas em terra firme, de acordo com os índices pluviometricos médios mensais. Estado do Pará. (Ribeiro,1996) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 n o v /9 4 d e z /9 4 ja n /9 5 fe v /9 5 m a r/ 9 5 a b r/ 9 5 m a i/ 9 5 ju n /9 5 ju l/ 9 5 a g o /9 5 s e t/ 9 5 o u t/ 9 5 n o v /9 5 Período Experimental IP C O / c io s 0 50 100 150 200 250 300 350 c h u v a s

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para a raça Egyptian, enquanto a raça (swamp) tem em média 320 dias. Tem sido reportado existe uma correlação significativa entre o período de gestação e peso da mãe e do bezerro no parto. Há uma grande variação no período de gestação, influenciada pela estação do ano, clima, alimentação e localização geográfica da propriedade.

O diagnóstico de gestação na búfala, é de fácil realização, embora mais trabalhoso que na vaca pelas contrações retais que são mais forte na bufala. Já é possível um diagnóstico após 45 dias, com achados semelhantes ao da vaca, principalmente a zebuína. As gestações ocorrem com maior freqüência no corno direito. A partir do 22º dia tem sido empregada a dosagem de P4 no leite ou plasma, no diagnostico de gestação. Tem sido verificado sinal de cio em búfalas gestantes, variando de 6,1 a 14,4%.

7-PARIÇÃO:

A espécie tem a característica de concentrarem os períodos de serviços e partos em épocas bem restritas do ano, isto é, nas mais favoráveis quanto à disponibilidade de pastagens. No estado do Pará, em criações na terra firme, 89,3% das parições ocorrem entre abril e agosto, nas áreas de várzeas, as ocorrências é de setembro a dezembro. No sul do país existe uma tendência estacional marcante, 81,76% dos partos ocorreram entre os meses de fevereiro e abril. Veja Figura. 6.

Na figura. 6. Incluímos a distribuição dos partos em rebanhos criados no sistema de terra firme no Estado Pará, onde a maior concentração de partos nesta latitude ocorre a partir do mês de abril até agosto. No trabalho de BARUSELLI, 2001 retrata a distribuição dos partos na latitude (0-8) incluindo também rebanhos criados em sistema de várzea. As distribuições na latitude (0-8) representadas pelas barras mais escuras refletem os rebanhos que fazem o pastejo em áreas de várzeas baixas, altas e terra firme, por isso apresentam uma distribuição mais uniforme em comparação a outras latitudes e manejo de criação no resto do país.

8-PERIODO DE SERVIÇO E INTERVALO ENTRE PARTOS:

As búfalas devem apresentar uma rápida involução uterina e um rápido reinício da atividade ovariana pós-parto para se tornarem gestantes novamente, sem atrasos nos índices reprodutivos.

Figura. 6 -Distribuição dos partos (%) em bufalos de acordo com a latitude do local de criação no Brasil (BARUSELLI, 2001), modificado (RIBEIRO 2002). 0 10 20 30 40 ja n fe v m a r a b r m a i ju n jul a g o s e t o u t n o v d e z 0 10 20 30 40 Latitude 0-8 Latitude 8-16

Latitude 0-8 (Terra irme) Latitude 16-24

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Búfalas que são mantidas o tempo todo com os bezerros apresentam um período de serviço mais longo, quando comparadas com búfalas que são submetidas a restrições da mamada durante o dia.

Dependendo do manejo da propriedade pode-se adotar técnicas de desmames interrompidos, temporários ou definitivos para aumentar a eficiência reprodutiva. Na Amazônia é reportada uma variação muito grande (77 a 340 dias). O período de serviço tem duração diretamente relacionada ao intervalo entre o parto e o primeiro estro e número de serviços por concepção. O período de serviço é principalmente afetado por fatores não genético incluindo a parição, tipo de criação e estação do parto.

Búfalas parindo durante a estação reprodutiva favorável apresentam significativamente intervalo mais curto de estro pós-parto do que aquelas parindo fora da estação. A figura. 7. Mostra que as fêmeas que pariram na época de enchentes, apresentam um intervalo entre parto / prenhez

maior significativamente do que aquelas que pariram na época seca (vazante), assim como as búfalas criadas na terra firme apresentam um intervalo entre parto e prenhez diminuindo consideravelmente a partir do aumento do índice pluviométrico, atingindo os menores intervalo após o pico máximo de chuvas na região.

9-INVOLUÇÃO UTERINA E ATIVIDADE OVARIANA:

As búfalas devem apresentar uma rápida involução uterina e um rápido reinício da atividade ovariana pós-parto para se tornarem gestantes novamente, sem atrasos nos índices reprodutivos. O útero, devido à gestação anterior, deve involuir à posição normal sem infecções puerperais e, restabelecer o epitélio interno para que ocorra a nidação, para possibilitar o desenvolvimento da nova gestação. Esta involução uterina sofre interferências e variações conforme o manejo nutricional, a raça, idade das búfalas, número de partos, infecções puerperais e distúrbios nutricionais principalmente.

Fatores responsáveis pelo reinicio da atividade ovariana são também responsável pelo primeiro estro pós-parto, que nem sempre é manifestada por um cio visível. É reportado que búfalas que parem com baixa condição corporal numa época desfavorável apresentam uma freqüência significativa de ovulação silenciosa ou sub-estro. Nas condições de criação na região amazônica em estudo pelo RIA foi evidenciado uma percentagem de 75% de ovulação silenciosa. A figura.8.

Figura.7.- Nivel das enchentes, índices pluviometrico e intervalo parto /prenhez em búfalas multíparas criadas na varzea e trra firme, Regiao Amazonas, Pará. (Ribeiro,1996; 2001)

0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 360 n o v /9 4 d e z /9 4 ja n /9 5 fe v /9 5 m a r/ 9 5 a b r/ 9 5 m a i/ 9 5 ju n /9 5 ju l/ 9 5 a g o /9 5 s e t/ 9 5 o u t/ 9 5 n o v /9 5 Período Experimental 0 80 160 240 320 Intervalo parto prenhez (varzea) Intervalo parto prenhez (terra firme)

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mostra o perfil da progesterona de uma bufala que pariu no mês de janeiro e seu primeiro estro visível foi aos 80 dias pós-parto, no entanto podemos evidenciar a ocorrência de dois ciclos curtos, onde os cios não foram exteriorizados. Ainda neste experimento outro fator reportado influenciar no período de serviço foi à proporção de ciclos estrais de duração anormal. De um total de 97 ciclos estrais avaliados pela observação visual e o perfil da concentração de progesterona no leite.

As percentagens de ciclos curtos e longos foram de 32,9% e 12,4% e a duração média geral dos ciclos foram de 11.17 ± 2.71, e 34.36± 6.19 dias, respectivamente. (10)

10 -ANESTRO PÓS-PARTO:

O período de anestro pós-parto é um dos mais importantes causas de baixa eficiência reprodutiva em bubalinos, principalmente no Carabau e seus mestiços, geralmente devido a ovários afuncionais, sendo afetadas pela amamentação, lactação, nutrição e estação. Mesmo sob condições nutricionais, um número variável de búfalas, torna-se acíclicas devido a variações climáticas bruscas, tais como: diminuição da temperatura, exposição a ventos frios, tempestades associada à baixa temperatura, ou tempo quente sem nenhuma possibilidade de banhos ou proteção (sombras) do sol.

O número de partos é inversamente relacionado ao anestro, sendo de longa duração nas búfalas primiparas amamentando do que nas búfalas multíparas também amamentando, o anestro pós-parto é mais freqüente em búfalas amamentando comparado as búfalas sem bezerro ao pé ou ordenhadas. Tem sido reportado em búfalas que o desmame precoce aos 30 dias pós-parto, retorna o cio dentro de 60 dias e com melhoramento da nutrição atenua o problema. Tem sido reportado que estro fértil pode ser induzido em búfalas no período seco, em lactação, em anestro ou sub estro, durante estação reprodutiva normal ou não pelo uso de fármacos, associados a estratégias de manejo que diminuem o estresse térmico.Veja figura.9.

FIGURA 8. Concentração média de (P4) láctea no puerpério de uma búfala parida no mês de janeiro, com a presença de dois ciclos de curta duração antes do aparecimento do cio observado (C.O), Baixo Amazonas, Pará. Cio silencioso (C.S) (Ribeiro,1996)

0 2 4 6 8 10 12 14 16 5 1 5 2 5 3 5 4 5 5 3 6 0 7 0 8 0 9 0 1 0 0 1 1 0 DIAS PÓS-PARTO P ro g e s te ro n a l á c te a ( n g /m l)

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Figura.9. Alternativas de manejo para diminuir o estresse térmico em bubalinos.

11- SASONALIDADE REPRODUTIVA EM BUBALINOS.

Quanto maior à distância da região de criação de búfalos da linha do equador, maior torna-se o efeito da estação (fotoperiodo) sobre a atividade reprodutiva na espécie. Veja figura 6 e 7.

A figura 10 representa o perfil dos partos no sistema de criação na Amazônia, onde mais de 80% das propriedades da região estão localizadas em áreas que sofrem sazonalmente a influencia das enchentes do rio Amazonas e seus afluentes. Nesta figura podemos observar que na estação de vazante dos rios, quando existe uma grande disponibilidade de capim e que os animais diminuem consideravelmente as caminhadas para alimentarem-se e neste período que ocorrem a grande maioria dos serviços e dos partos.

Figura.10.-Nível das enchentes e porcentagem de partos em búfalas multíparas criadas na varzea, Regiao Amazonas, Pará. (Ribeiro,1996; 2001)

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 n o v /9 4 d e z /9 4 ja n /9 5 fe v /9 5 m a r/ 9 5 a b r/ 9 5 m a i/ 9 5 ju n /9 5 ju l/ 9 5 a g o /9 5 s e t/ 9 5 o u t/ 9 5 n o v /9 5 Período Experimental 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

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12- INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

A introdução da técnica da inseminação artificial I.A. em bubalinos no Brasil ocorreu no início da década de 80, com um trabalho de pesquisa conjunto entre a Escola Superior de Medicina Veterinária de Hannover, da República Federal da Alemanha e o Laboratório de Reprodução Animal da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, Belém-Pará, hoje UFRA. Na década, foi conseguido com êxito a congelação do sêmen de búfalos regionais, através da utilização dos diluidores TRIS e TES, e o sêmen congelado tendo sido testado em nível de campo, com resultados satisfatórios, que foram posteriormente difundidos no Brasil e em outros países da América Latina.

Os índices obtidos variam em função da qualidade do sêmen empregado, assim como da habilidade dos inseminadores e ao diferente manejo reprodutivo empregado nas propriedades.

As principais vantagens e limitações da inseminação artificial nas propriedades de criação de bubalinos na região Amazônica são:

 Atenuar e evitar a consangüinidade do rebanho através da utilização facilitada de sêmen de diversos reprodutores de outros paises;

 Diminuir a quantidade de touros na fazenda, facilitando o manejo e evitando-se brigas, reduzindo-se também os gastos com a aquisição e manutenção de reprodutores.

Limitações: É necessário um manejo adequado com boa alimentação, mineralização correta, assistência médica veterinária e responsabilidade do inseminador; Conforme a localização da propriedade, o fornecimento periódico de nitrogênio pode comprometer o sucesso da IA, devido a distancia das fazendas do centro fornecedor.

Um dos aspectos importantíssimo para o sucesso da I.A. é reconhecimento de quando uma fêmea encontra-se no cio. Por isso é fundamental a utilização do rufião, que obrigatoriamente deve-ser escolhido do mesmo rebanho, ou seja, conhecido das matrizes, mesmo grupo social, se não for assim, as fêmeas, principalmente as lideres não permitirão a monta.

13-INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO

Tal como em outras espécies domésticas, a inatividade cíclica ovariana em bubalinos no período pós-parto é conseqüência de uma incapacidade do desenvolvimento final e ovulação de folículos, reflexo de uma inadequada liberação de hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH) ocasionado por distúrbios alimentares antes e a pos-parto, estresse térmicos e erros de manejo. Além do mais, os bubalinos apresentam baixo comportamento homossexual, além de uma amplitude bastante variável na duração do cio, entorno de 24 horas na região amazônica, o que dificulta em muito o manejo reprodutivo, e, por conseguinte a eficácia da inseminação artificial.

Desta forma, a aplicação de farmacos indutores de cio como a prostagladina, progestagenos e GnRH, e seus derivados tem sido recomendados como sincronizadores da ovulação e como medida terapêutica eficaz, para melhorar a fertilidade. Tabela 8 e 9.

Os primeiros estudos na Amazônia na indução do cio em búfalas foram realizados por na década de 80. Utilizamos cloprostenol (estrumate) PGF2α sem associação com outros hormônios, verificamos grande variabilidade na exteriorização dos cios. Observamos que a maior manifestação de cio ocorreu entre 48 à 72 horas de intervalo após a aplicação e a despeito do uso da PGF2α para a indução do cio, mas uma observação criteriosa, associada a exames ginecológicos foi possível detectar mais de 50% dos cios.

Um segundo estudo em 1998, concluímos que doses de 250µg de Cloprostenol (Ciosin) via intra-vulvo-submucosa apresentou ser eficiente para indução do cio em búfalas. Entretanto enfatizamos que búfalas não amamentando, portando um corpo lúteo funcional, a resposta de indução do cio é bem maior, quando comparada às búfalas com bezerro ao pé. No experimento

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estudamos o efeito das associações da Prostagladina e GnRH na indução de cio e taxa de prenhez em búfalas. O grupo 1 foi constituído de búfalas sem bezerro ao pé e portando um corpo lúteo. Nós verificamos que o grupo 1 tratado com 250µg de cloprostenol via submucosa vulvar e 250µg de GnRH (IM) no dia da inseminação, apresentou uma taxa de prenhez de 75%, enquanto que o grupo 2 que somente recebeu a Prostagladina apresentou uma taxa de 62%.

Tabela 8. Efeito do GnRH (250µg) na taxa de prenhez em búfalas, induzidas com doses reduzidas (250µg) de cloprostenol. Variáveis Grupo A (cloprostenol + GnRH) Grupo B (Cloprostenol) Grupo C Nº de búfalas 12 21 21

Búfalas em cio (%) 100,0a 72,4b 76,2b

Búfalas gestantes (%) 75,0a 62,0b 61,9b

Intervalo entre tratamento/cio (dias)

5,3a 16,4b 28,5c

Outros trabalhos continuaram a verificar o uso da IATF, como ferramenta para melhorar a eficiencia reprodutiva de bufalos criados na Amazonia, assim como, possibilitar o melhoramento genetico. E desta forma, Corôa (1999), trabalhando com bubalinos, 60 dias pós-parto e com escore de condição corporal (ECC) maior e menor que 2.0, testou o tratamento com CIDR associado a desmama por 48 horas. Obteve somente 15% de indução do estro nas búfalas com ECC inferior a 2.0 e de 100% nas búfalas com ECC acima de 2.0. O autor concluiu que os resultados mais eficazes são em animais que estejam mantidas em boas condições de pastagem, e também concluiu que o período de anestro pós-parto e a idade não interferiram na resposta ao tratamento.

Camelo (2002) avaliou diferentes horários na inseminação artificial em tempo fixo em búfalas após o uso do protocolo ovsynch com taxa de prenhez de 37,29% e verificou que a IATF em diferentes horários, não influenciou na taxa de prenhez (P=0,1208), porém foi observado que um dos grupos obteve um maior desempenho quando inseminados num período de 8h à 12h, sugerindo assim maiores estudos comparativos quanto a melhor hora da I.A nesta espécie quando submetidas ao protocolo ovsynch.

Queiroz (2003) trabalhando com 30 búfalas com ECC ≥ 3,0 criadas em regime de várzea, na região do médio amazonas, obteve através do protocolo ovsynch uma taxa de prenhez de 53,3% , demonstrando resultados satisfatórios dentro da média nacional.

Ribeiro et al. (2003), verificaram o efeito do método ovsynch associado a um progestágenos na taxa de prenhez de búfalas criadas na Amazônia, os animais foram divididos em dois grupos, o grupo I recebeu o tratamento GnRH+CIRD /PGF2α/ GnRH, e as búfalas do grupo II, o tratamento foi GnRH/ PGF2α/ GnRH. O grupo I obteve uma taxa de prenhez de 50% (p<0,05) com média de ECC=3,0 e o grupo II de 36,6% com média de ECC=3.1, com isso os autores concluíram que o ovsynch associado a um progestágenos mostrou-se eficaz na sincronização da ovulação e na taxa de prenhez.

Silva. et al. (2003), compararam em búfalas a eficiência entre dois protocolos de sincronização da ovulação para IATF, o experimento foi constituído de dois grupos sendo o grupo I testado o protocolo ovsynch e no grupo II usou-se também o protocolo ovsynch, com a diferença de esse grupo ter sido pré-sincronizado com PGF2α. As taxas de prenhez para os dois grupos não diferiram estatisticamente e foram respectivamente de 31,82% e 30%.

Objetivando aumentar a taxa de prenhez, em búfalas criadas em dois diferentes regimes de produção, Ribeiro et al. (2005), realizaram dois experimentos, em ambos usaram esteróides nos protocolos de IATF. No primeiro experimento (semi-intensivo), no (G1), no dia 0, usaram um

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dispositivo intra-vaginal de progesterona e Benzoato de Estradiol, no dia oito PGF2α , no dia nove Benzoato de Estradiol e inseminaram 24hs após a última dose de BE. O G2 recebeu o mesmo tratamento que G1, com exceção da progesterona. No segundo experimento (semi-extensivo), o G1 recebeu o dispositivo vaginal de progesterona/GnRH + PGF2α + GnRH com I.A 16h após a última dose de GnRH, já o grupo G2 recebeu o protocolo Ovsynch. A taxa de prenhez no primeiro experimento (semi-intensivo) foi de 71,35% no G1 e de 59,75% no G2 (P>0,05). No segundo experimento, a taxa de prenhez foi de 65,5% para G1 e 60% para G2 (P>0,05). Os autores concluíram que nos diferentes tipos de manejo da região amazônica, o uso da progesterona intra-vaginal nos protocolos de IATF em búfalas mostrou-se eficiente.

Em 94 búfalas inseminadas em tempo fixo na estação chuvosa e não chuvosa na região Nordeste do Estado do Pará, Ribeiro et al. (2006) avaliaram a eficiência da sincronização da ovulação com duas doses de eCG, nos protocolos (BE+P4) no dia 0; (PGF2α+eCG) no dia oito, na retirada da P4 ; BE no dia nove; IATF no dia 10. Vinte quatro animais foram inseminados na época

chuvosa e foram divididos em dois Grupos: No grupo I foi utilizado um dispositivo intra-vaginal de progesterona (P4) reutilizado (2º Uso) e no grupo II, um dispositivo de progesterona novo. Na

estação menos chuvosa, os autores utilizaram 70 animais, divididos em três grupos: No grupo I, foi utilizado um dispositivo de progesterona novo, no grupo II, um dispositivo reutilizado (2º Uso) e no grupo III foi realizado o protocolo ovsynch. Os animais tratados com progesterona receberam doses de eCG (400 e 300UI). A taxa de prenhez dos animais inseminados na época chuvosa e na época seca, foi de 41,6% e 50% (P<0,05) respectivamente. A taxa de prenhez do grupo com progesterona novo foi de 41,6% e de segundo uso também, 41,6%. A taxa de prenhez dos grupos com progesterona novo e eCG (400UI) foi de 25% e no grupo de progesterona segundo uso e eCG (300UI) foi de 50%, As búfalas do protocolo ovsynch a taxa de prenhez foi de 66,6%%.

Vale et al, (2006) estudaram o uso de hormônios para sincronização da ovulação e IATF na estação reprodutiva favorável e desfavorável. O experimento foi realizado em duas fazendas. A fazenda “A” foi realizada na região Amazônica na época favorável à reprodução no período de abril a maio, com 45 animais e ECC >3 foram divididos em três grupos, sendo utilizado o protocolo ovsynch usando o seguinte esquema: GI, GII e GIII todos com 15 animais e IATF ás 0:00h, 12:00h e 24:00h respectivamente. A taxa de prenhez usando o protocolo ovsynch foi de 53,33% em GI, 66,7% em GII e 46,67% em GIII. Na época desfavorável o experimento foi realizado na fazenda B região central do Brasil numa região de savana, onde foi avaliado o efeito do BE+ DIB, PGF2α, hCG, eCG e GnRH na IATF, dividido em dois grupos, utilizando, no grupo GI DIB+hCG e no GII DIB+ GnRH a taxa de prenhez foi de 53,3% e 46,3% respectivamente.

Picanço, (2006) trabalhando com 70 bufalas, divididas em três grupos: O grupo 1 (G1) com 20 animais utilizou-se o protocolo ovsynch; o grupo 2 (G2) com 29 animais utilizou-se o protocolo DIB-synch e no grupo 3 (G3) 21 animais o grupo denominado CL-synch. O grupo controle ou Grupo 4 (G4) composto por 23 animais que foram inseminados 12h após a visualização do cio. Das 93 búfalas inseminadas 52(55,91%) tornaram-se gestantes, das 70 búfalas sincronizadas e inseminadas em tempo pré-determinado 43 (61,43%) ficaram gestantes. No G1, 12 (60%), no G2, 19 (65,5%) e no G3, 12 (57,14%) búfalas ficaram gestantes, respectivamente. No grupo controle a taxa de prenhez foi de 39,13%. As variáveis, presença de muco e contratilidade uterina influenciaram significativamente na taxa de prenhez. Dos 70 animais sincronizados 34 (48,57%) apresentaram muco e 54 (77,14%) apresentaram contratilidade uterina durante a IATF. O autor concluiu que os protocolos utilizados mostraram que a IATF em bubalinos, criados de forma extensiva em áreas pantanosas, mostraram-se uma alternativa promissora para melhorar a eficiência reprodutiva desta espécie na região Amazônica. O autor enfatiza, que o protocolo CL-synch precisa de mais estudos, com maior numero de animais.

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Professor William Vale, estudando o protocolo CL-synch em 28 búfalas amamentando com ECC > 3.0 onde a presença do corpo lúteo foi diagnosticado por palpação e confirmado por ultra-sonografia. No dia 0 (presença do CL) foi aplicado 2 ml PGF2α e 48 horas 1 ml (100µg) GnRH com

a IA 24 horas após. Dos 28 animais utilizados no presente experimento, 20 (71,4%) ficaram gestantes com a primeira IA e as outras oito foram inseminadas com o próximo cio natural, quando cinco ficaram gestantes e as outras três fêmeas, foram acasaladas com o touro e ficaram gestantes. 14-TRANSFERENCIA DE EMBRIÕES:

Os bubalinos respondem satisfatoriamente a superovulação, a viabilidade da TE esbarra na taxa de recuperação de embriões, Veja tabela 10. Mesmo apresentando problemas de baixa eficiência na colheita de estruturas embrionárias, foi reportado o nascimento de bezerros por transplante de embriões a fresco e congelado de bubalinos pela técnica de TE no Brasil.

TABELA 10. Resultados de superovulação, colheita e transferência de embriões em bubalinos monitorados por ultrassonografia. Vale do Ribeira, SP, 1994 e 1995.

Item Grupo 1 (n=11) FSH/LH 500 UI* Grupo 2 (n=8) FSH/LH 333 UI* Grupo 3 (n=5) FSH-P 25 mg** No de folículos (> 1 cm) ao final do tratamento superovulatório 14,44 ±3,20 13,1 ±4,22 8,6 ±4,21 No de ovulações 8,12 ± 2,10 8,98 ±3,48 7,93 ± 4,17 No de CL no dia da colheita 7,00 ± 1,92 6,56 ±2,86 7,4 ± 3,91 No de folículos (> 1 cm) no dia da colheita 4,00 ± 1,29 2,31 ± 1,87 0,6 ± 0,89 No de estruturas colhidas/búfala 0,64 ± 0,81 3,12 ± 3,94 3,8 ±4,14 No de embriões transferíveis/búfala 0,09 2,56 2,8 No de transferências 1 7 5 No de receptoras gestantes 0 2 3

* PLUSET, Serono Produtos Farmacêuticos LTDA ** FSH-P, Schering Corporation

14- PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÃO (PIVE)

Apesar da técnica de SOV na espécie bubalina está sendo bastante investigada, através dos esforços de vários grupos de pesquisas resultados consistentes que assegurem seu uso comercial no rebanho ainda não foram alcançados. Por este motivo, as atenções dos pesquisadores estão voltadas para a técnica da produção in vitro de embrião (PIVE) como uma forma alternativa para a produção de embrião da referida espécie.

Em bubalino, a técnica de PIVE, que associa a técnica de maturação oocitária (MIV), fecundação in vitro (FIV) e cultivo embrionário in vitro (CIV) e a técnica de aspiração folicular (OPU-Ovum Pick-up), foi tentada pela primeira vez por Boni et al. (1994a) e obtiverem resultados animadores, próximos aos obtidos em bovinos com relação à taxa de recuperação de oócitos, mesmo utilizando animais em anestro. Entretanto, os autores recomendam estudos adicionais para avaliação destes parâmetros quando a técnica for aplicada em animais que estejam ciclando regularmente.

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Uma das primeiras descrições da técnica de fecundação in vitro em bubalino foi realizada utilizamdo oócitos maturados in vitro, fecundados com semên congelado e cultivo in vitro dos zigotos até o estágio de mórula, e relataram a primeira gestação em búfalas com embrião produzido in vitro e MADAN et al. (1992) o nascimento do primeiro bezerro bubalino produzido in vitro.

A PIVE já está sendo utilizada com sucesso como instrumento para a melhoria da produção no rebanho bovino. No Brasil, 40% dos embriões transferidos em 2004 foram produzidos in vitro (Camargo et al., 2006), entretanto, em bubalinos até o momento, a PIVE ainda tem apresentado algumas limitações que serão discutidas a seguir.

A quantidade e qualidade dos oócitos coletados por ovário são muito inferiores as das vacas bovinas. O número de oócitos obtidos por ovário de animais abatidos em matadouro descrito na literatura varia de 0,73 a 2,2 (Ohashi, et al., 2003). Com relação à qualidade do oócito, Ohashi et al. (2003) observaram, em material de matadouro, que o número de oócitos com cumulus compacto por ovário, foi cerca de três vezes maior em bovinos que em bubalinos (2,9 vs. 0,9 oócitos por ovário, respectivamente). Entretanto, dados de aspiração folicular transvaginal realizada com auxílio de ultra-som, tem demonstrado que o número de oócitos obtidos é mais expressivo do que os dados relatados para ovários obtidos de matadouro tem variado de (3,0 a 13,2 em Ohashi et al., 2002), o que pode estar relacionado ao melhor estado nutricional dos animais. Já que os animais submetidos à aspiração folicular guiada por utra-som, quase sempre, são animais de elite, que desde o nascimento são submetidos a um melhor manejo nutricional.

Vários trabalhos foram realizados com o objetivo de aumentar a quantidade e, mas especialmente, a qualidade de oócitos das búfalas. Ohashi et al. (2002) propuseram o controle da onda de crescimento folicular com dispositivo intra-vaginal e aspiração dos folículos no quarto dia (D4) após a colocação do dispositivo com o objetivo de melhorar a quantidade e a qualidade dos oócitos. A intenção dos autores foi de aspirar os folículos em fase inicial de crescimento entretanto foi observada melhora apenas na quantidade dos oócitos.

Estudos usando-se somatrotopina recombinante bovina (bST) foi observado baixo número e qualidade após aspiração folicular e embora algumas bufalas tenham apresentado aumento no número de folículos e oócitos, mesmo assim não houve melhoria na qualidade e nem na capacidade de desenvolvimento embrionário.

Apesar dos esforços dos pesquisadores do mundo todo, até o momento, foram obtidos poucos bezerros bubalinos produzidos inteiramente pelo processo de PIVE. O primeiro registro de nascimento de um bezerro búfalo foi realizado na Índia por Madan et al. (1991), mas com oócitos obtidos de ovários de matadouro.

Somente sete anos depois na Itália, Galli et al. (1998) relataram o nascimento de três bezerros produzidos pelo método de PIVE, entretanto, o ponto mais delicado do processo, representado pelo cultivo embrionário, foi realizado no oviduto de uma ovelha. Ainda na Itália, Zicarelli et al. (2003) relataram o nascimento de dois bezerros produzidos in vitro, cujos embriões haviam sido vitrificados e transferidos para as receptoras, entretanto, cerca de vinte dias após o nascimento os bezerros morreram.

No Brasil, Baruselli (2004a) obteve gestação de três animais (9,4%) dos 32 embriões bubalinos transferidos após vitrificação. Sá filho et al. (2005) obtiveram 14% de prenhez (1/7) com embriões bubalinos produzidos in vitro e transferidos a fresco e 8% de prenhez (2/25) quando foram transferidos após vitrificação. Em 2005 Baruselli e Carvalho relatam o nascimento de dois bezerros bubalinos produzidos pelo processo de PIVE.

Apesar do progresso nos processos de aspiração folicular, maturação e fecundação in vitro, os embriões bubalinos ainda são de baixa qualidade, o que indica a necessidade de aprimoramentos nas diferentes etapas do processo de PIVE. Umas das medidas seria a elaboração de meios mais adequados e específicos para o processo de capacitação espermática, bem como, para o cultivo dos gametas e embriões. A utilização de animais em boas condições de manejo e alimentação, com o objetivo de promover obtenção de melhor qualidade, também auxiliam no aprimoramento da

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técnica, pois resultam em um blastocisto de melhor qualidade, melhorando desta forma a taxa de prenhez e o desenvolvimento normal da gestação. Deste modo a técnica de PIVE poderá se tornar realmente uma técnica alternativa para a produção de embrião na espécie bubalina.

A técnica de clonagem em bubalino esta sendo estudada por vários grupos de pesquisa em diferentes paises. Semelhante as outras biotécnicas de reprodução, a clonagem também é baseada no protocolo utilizado em bovinos.

A ativação partenogênica que é uma etapa fundamental na clonagem, segundo Miranda et al. (2001) apresenta baixa taxa de ativação com etanol, com 30 horas de MIV, quando comparado com bovinos. Gasparrini et al. (2004) verificaram que oócitos bubalinos ativados com etanol apresentaram melhores taxas de clivagem, mórula e blastocisto do que oócitos submetidos à fecundação in vitro. De modo geral temos observado que o oócito de bubalino não ativa bem, por inúmeras razões já descritas no processo de fecundação in vitro, portanto era de se esperar que o mesmo ocorresse com relação a ativação partenogenênica.

Várias biotécnicas da reprodução utilizadas em bovino são também aplicadas (transferidas) para bubalino, sendo que apenas algumas foram apresentadas neste trabalho. Técnicas como, por exemplo, a sexagem de espermatozóides e embrião, estudos das características epigenéticas de clones e embriões produzido pela fecundação in vitro estão sendo aplicadas em bubalino, entretanto, até o momento só a técnica de inseminação artificial tem apresentado resultados consistentes, ou seja, relação custo x benefício favorável, o que assegura sua aplicação ao nível comercial. As biotécnicas de superovulação e PIVE apesar de apresentarem resultados promissores, ainda necessitam de aprimoramentos que as tornem viáveis para uso em rotina comercial.

15.-REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CONSULTADAS

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Referências

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