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Entrevista com o ator do grupo Clowns de Shakespeare, Marco França, realizada por Diogo Spinelli

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Academic year: 2021

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LABORATÓRIO – PORTAL TEATRO SEM CORTINAS

POÉTICAS ATORAIS – ENTREVISTAS

Entrevista com o ator do grupo Clowns de Shakespeare, Marco França,

realizada por Diogo Spinelli

Revisão: Edilaine Dias

Arquivo: 07.PA.0013

Laboratório - Portal Teatro Sem Cortinas

Poéticas Atorais 07.PA.0013

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Entrevista realizada por Diogo Spinelli com Marco França, então ator do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare/Natal-RN, no camarim do Teatro da Caixa de Brasília, em 20/04/2014. Essa entrevista foi originalmente publicada nos anexos da dissertação de Spinelli intitulada O Teatro de Grupo e a relação com encenadores convidados na formação, profissionalização e manutenção do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, disponível em http://repositorio.unesp.br/handle/11449/138968

Diogo: Para começar, gostaria que você me contasse como você entrou em contato com os Clowns de Shakespeare.

Marco: Meu primeiro contato com o Grupo foi como espectador. Eu já tinha ouvido falar dos Clowns, que era um grupo do Colégio Objetivo, na época. Eu fui sócio fundador de um estúdio musical lá em Natal, chamado Megafone, e durante muitos anos, até o ano passado, eu tinha essa ligação profissional com eles, e o Sávio Araújo que foi o diretor da Megera doNada, precisava gravar a trilha sonora para o espetáculo. Na verdade era uma compilação de várias músicas que já existiam, nada que tinha sido criado exclusivamente para o espetáculo, mas ele acabou chegando lá no estúdio e fui eu que fiz esse trabalho de tirar música de cd, organizar isso da forma que ele precisava para o espetáculo acontecer, e a gente acabou conversando muito sobre isso. Eu falei do meu desejo de me aproximar do teatro, porque meu contato com teatro era muito distante ainda, era como espectador em Natal, e, sobretudo, muito pequeno, porque poucas coisas passavam por lá. Falei do meu desejo de conhecer, de chegar perto, conhecer outras coisas e ele me convidou para assistir ao espetáculo. Eu assisti ao espetáculo, achei o máximo, achei divertido, adorei o que vi, até o momento que passou-se um tempo e tive contato com o João Marcelino que é funcionário da Fundação José Augusto e eu era professor de música do Instituto Valdemar de Almeida que faz parte também da fundação do estado. Eu tinha lhe falado desse meu desejo, e João ia dar uma oficina de teatro. Fiz essa oficina com João, e depois teve a história da Adelvane Néia que esteve em Natal com uma oficina de clown e João falou que seria legal para eu fazer. João também sabia do meu desejo de trabalhar como diretor musical, de fazer música, de conhecer como é que um grupo trabalha de perto, e João dirigiu um espetáculo chamado Bocas de lobo do Grupo Estandarte. E a sede do Grupo Estandarte era no mesmo local da sede dos Clowns. Então passei a frequentar a sede do Estandarte, que hoje é a UFRN do centro, no centro da cidade, na Av. Rio Branco. A gente até fez um bate-papo lá ano passado no Festival O Mundo Inteiro é um Palco com o Magiluth na sala onde era a nossa sede. O Estandarte tinha essa sala vizinha, e passei a cruzar com os meninos dos Clowns. Eu já os conhecia como espectador, passei a conviver mais, sabendo um pouco mais sobre a realidade do teatro na cidade, convivendo, conversando com João, participando desse projeto do Estandarte como diretor musical. Não como ator. Como ator, tinha feito essa oficina com o João que eu nem cheguei a concluir, fiz a oficina com a Adelvane, e só. Os Clowns estavam montando um

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espetáculo na época, chamado Men meet woman, e foi na época da construção da Casa da Ribeira. Eu frequentava o Arte na rua da Casa que era um evento que acontecia na rua da Casa enquanto a Casa estava sendo construída, e como músico eu participei algumas vezes tocando com algumas pessoas lá, então eu sabia o que era o projeto, sabia quem eram os Clowns, e nessa época, o Henrique Fontes me convidou para assistir um ensaio do Men meet woman. Como eu estava fazendo a trilha do Bocas de lobo, era alguém que estava perto, fui convidado para fazer a trilha do Men meet woman também. A minha primeira aproximação profissional com os Clowns se deu dessa maneira. Isso foi em 2000. Foi uma experiência maravilhosa para mim, porque apesar de eu ter começado a criar a trilha do Bocas de lobo do Estandarte antes dos Clowns, os Clowns acabaram estreando antes, então a minha estreia como diretor musical, a minha primeira trilha que fiz como músico foi com os Clowns. Foi uma experiência super legal, eles são contemporâneos meus, da mesma idade, então rolou uma identificação super bacana e os meninos me convidaram para participar do projeto da U.P.I., já que eu tinha feito esse trabalho com a Adelvane, tinha essa identificação com o clown. Acabei nesse processo entrando no Grupo e desde então, desde 2000, vai fazer 14 anos já.

Diogo: E nessa trajetória toda dentro do Grupo, desde espectador até hoje, o que você apontaria como uma característica dos Clowns, uma poética dos Clowns?

Marco: A seriedade no descomprometimento com o fazer. A seriedade nisso. É o que eu vi na Megera: um grupo se divertindo muito com o que faz e que tinha uma solaridade que acho que está presente desde o início da história do Grupo. Acho que essa tônica do não se levar a sério nesse sentido, com toda a seriedade e responsabilidade nesse fazer, é a coisa mais importante. Apesar de eu não ter visto os outros espetáculo antes da Megera, mas conheço um pouco dessa história. Vi o primeiro experimento do Grupo com o professor de literatura Marco Aurélio, que era uma grande farra, o próprio Sonho de uma noite de verão é uma grande farra, uma grande celebração, uma grande brincadeira mesmo.

Diogo: Você chegou a ver esses espetáculos?

Marco: Não, só vi da Megera para cá. Antes disso eu vi só em vídeo. Eu resumiria a característica principal dos Clowns assim: essa brincadeira séria de fazer teatro.

Diogo: Pensando nos três processos que trato no meu mestrado, como foi o processo d’O capitão e a sereia? O que foi singular desse processo?

Marco: Foi a sensação de posse no melhor sentido da palavra. De ser pai, e de gerar, num momento super delicado para o Grupo com a saída do Rogério, da Nara e da Carol. Da capacidade de nos reerguermos diante dessa sobrevida e quase término do Grupo naquele momento. Foi um processo de autoralidade em todos os sentidos, de não termos um texto

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dramático, com uma dramaturgia que ia ser desenvolvida dentro de sala de ensaio, e com Fernando dirigindo um grupo menor. Desde quando eu entrei no Grupo a gente nunca tinha se deparado com uma situação assim. Foram vários fatores que convergiram para essa circunstância. Foi o projeto, por incrível que pareça, que a gente teve mais grana, até aquele momento. A gente não tinha feito nenhum projeto com perspectiva financeira de dinheiro para a montagem, e isso foi muito importante nesse momento de se reerguer. É quando o Grupo chama Camille, é quando o Grupo vê a real necessidade e efetiva a presença do Arlindo como secretário, como figura que organiza o espaço e nos coloca no espaço da sala de trabalho criativo de uma outra maneira. Teve uma entrega, uma sede, uma busca e um desejo muito grande.

Diogo: Vocês já estavam no novo Barracão?

Marco: Não, estávamos no endereço anterior a esse, na Amâncio Ramalho. Até isso foi um fato determinante. A gente já estava lá antes d’O capitão, mas foi lá que a gente desenvolveu esse trabalho d’O capitão. Foi uma retomada muito importante num momento muito delicado, onde a gente se viu num grupo mais enxuto, mais fragilizado, mas no qual eu acho que as mãos encontraram forças umas nas outras e acho que o que mais se destaca desse processo é essa sensação paternal.

Diogo: E desse espetáculo que é mais enxuto, mais autoral, vocês vão para a experiência com o Gabriel Villela. Vocês aumentam o número de pessoas no elenco, e vão para uma peça para grandes multidões. Como foi essa transição?

Marco: Foi uma loucura. Na verdade a ideia do projeto do Ricardo é anterior ao próprio O capitão. A gente já tinha ido para a fazenda do Gabriel, o projeto já existia antes d’O capitão. E O capitão surge nesse momento de uma transição do Grupo e acho que foi fundamental para o próprio Ricardo existir. O capitão cumpriu inclusive uma função de reestruturação em todos os sentidos, administrativas até. Uma preocupação nossa naquele momento com a saída dos meninos era até com Gabriel, um diretor convidado pela gente. É muito importante a posição de Gabriel nisso quando ele fala que o interesse dele é nos Clowns, e não nas pessoas especificamente. Isso foi muito importante para a gente ter a tranquilidade de viver o processo d’O capitão, ter reestruturado o Grupo da forma como se reestruturou, e a partir daí, os outros agregados que foram se aproximando, os encontros que foram acontecendo, as possibilidades... Paulinha, que viveu de perto o processo d’O capitão como assistente de direção e como articulista registrando todo o processo, fez o trabalho de conclusão de curso dela em cima desse processo e não à toa está no Grupo até hoje. Paulinha participou do primeiro processo do Grupo como atriz no Ricardo III, que depois d’O capitão passa a ser o projeto de maior aporte financeiro para a produção de um espetáculo no Grupo. E para a gente era uma incógnita muito

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grande: como é que a gente vai montar um Ricardo III, dentro de toda a nossa fantasia, de toda a nossa expectativa sobre como deveria ser montar um espetáculo como esse, um texto como esse, na rua e com a ideia do Gabriel, que é uma grande referência e era um pouco um mito para a gente, mas que pelo menos a gente sabia mais ou menos o que estava comprando com relação a isso. A gente tinha ideia da grandiosidade que era isso. Tenho minhas dúvidas se a gente não tivesse tido nosso contato com o Gabriel anteriormente a’O capitão, se ao fazer O capitão iria passar pela nossa cabeça a ideia de comprar um projeto como esse. Tenho minhas dúvidas. Mas por força do destino, das coisas da vida, teve essa interrupção para O capitão existir, o projeto do Ricardo já existir antes, mas não conseguirmos viabilizar a produção do Ricardo antes. No entanto a gente emplacou três editais, o que foi uma loucura, uma coisa absurda, acho que tinha que acontecer. Eu acho e muita gente fala que O capitão é a cara do Grupo, muita gente critica isso com relação ao Ricardo, porque acha que a gente se deixou levar, que a mão do Gabriel se sobrepôs sobre a identidade do Grupo, e eu até compreendo, mas não concordo com isso. Acho que existe uma identidade do Grupo sim, preservada. Existe uma irmandade, um gene que está presente na nossa forma de fazer que está também na forma do Gabriel, nessa linguagem sim mais popular, com a qual eu acho que o Grupo consegue dialogar de uma forma muito feliz, vide o Muito barulho.

Diogo: Depois a gente vai retomar esse encontro com o Gabriel, mas falando sobre estar com a identidade razoavelmente preservada com o Gabriel, como é que isso se dá no processo com o Marcio?

Marco: Acho que o brinquedo do Gabriel é um brinquedo que a gente conhece e com o brinquedo do Marcio, acho que a gente apanhou um pouquinho com o manual de instrução para brincar com ele. E é aí que entra o grande barato de sermos um grupo que se dispõe a viver experiências com diretores convidados, para que a gente possa ter a possibilidade de viver outras experiências e se desestruturar, sair de uma região de conforto... O resultado do Hamlet, para mim, com o Marcio, não é nada diferente do que eu imaginava que fosse. Esperava sim que o espetáculo tivesse uma vida mais longa do que de fato teve. Não estou considerando que o espetáculo morreu, mas não temos grandes perspectivas de apresentá-lo novamente. No entanto, o que foi esperado, prometido e comprado foi exatamente o que a gente queria. O manual de instrução é um pouco diferente e exigiu e exige de nós outro cuidado, outra preparação que foi o que tinha que ser. E acho que algumas fichas só vão cair com o tempo mesmo, porque acho que o brinquedo do Gabriel é muito mais próximo ao nosso brinquedo, o que não torna nada melhor ou pior. Como eu disse, o grande privilégio de sermos um grupo que se dispõe a trabalhar com outros convidados é que a gente possa ser modificado, movimentado, desequilibrado para que a gente possa crescer.

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Diogo: Em comparação, você acha que foi mais fácil lidar com o que o Gabriel trouxe? Marco: É um paladar mais reconhecido, a identificação do sabor do que Gabriel traz. O que o Marcio traz é aquela comida que, por exemplo, eu adoro comida japonesa, e hoje em dia é uma das minhas preferências, no entanto não é uma comida que muitas vezes de primeira vez você consegue apreciar da mesma forma que com o tempo. Na prática, acho que o que o Gabriel traz não é que é mais fácil, mas é mais reconhecível por nós.

Diogo: Sobre o Ricardo especificamente, o que você destacaria como o maior ganho do processo, seja para o Grupo, ou seja pessoalmente como ator ou como pessoa?

Marco: Tem uma postura no que diz respeito à estruturação organizacional da produção que o Gabriel nos traz, que muito provavelmente a gente demoraria muito mais tempo para conseguir isso, e o Gabriel consegue trazer isso para a gente porque ele trabalha dessa forma. Gabriel é um diretor muito custoso em todos os sentidos, positivamente falando, e isso nos coloca diante de uma produção que a gente patinou muito para dar conta de determinadas questões práticas. O encontro com a Babaya que era alguém que a gente já conhecia antes do Gabriel, e a gente sabia da importância da Babaya para o trabalho do Gabriel, tanto que eles estão sempre trabalhando juntos, faz com que se efetive naquele momento o trabalho com o Gabriel. Acho que a gente teve um ganho no que diz respeito ao trabalho vocal, sobretudo para a palavra falada, mais do que para o canto. E esse trabalho nos trouxe outro olhar para isso. Houve um ganho muito grande no que diz respeito a esse cuidado. Acho que Gabriel marca um momento no que diz respeito a essa organização de produção de gente grande, e isso faz uma diferença muito grande e, sobretudo a linguagem, porque por mais que seja um paladar reconhecível, muita coisa a gente só foi entender com o tempo, fazendo. Acho que tem a ver com a linguagem que o Gabriel propõe: primeiro você faz, depois você entende. E o Gabriel é muito prático, ele nos mostra que é possível fazer muita coisa sem precisar se debruçar por muito tempo, como muitas vezes a gente faz. Acho que tem um meio-termo nessa história: nós, enquanto grupo, que nos debruçamos às vezes sobre meses em cima de um processo, dentro de uma ideia de horizontalidade, e Gabriel que, sim, por mais que ele tenha respeitado e preservado muito o Grupo, é um diretor que tem uma mão forte, pesada, e existe um processo que é verticalizado sim. Ter o contato com essa verticalização com um diretor como Gabriel faz com que a gente comece a pensar num meio-termo entre esses dois vetores de produção.

Diogo: E com relação ao Marcio, quais são esses pontos de crescimento?

Marco: Eu consigo ver exatamente da mesma maneira. O Marcio falou sempre desde o começo que nós o convidamos para fazer o espetáculo junto conosco. E o Marcio tem uma coisa do pedagogo que é extremamente admirável, e é incrível como pessoas tão diferentes conseguem conduzir o mesmo grupo de uma forma tão delicada, seja o Gabriel da forma dele e o Marcio da

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forma dele. A gente falava baixo com o Marcio, porque ele impõe sem forçar, com a sua presença, com a sua forma de conduzir, uma tranquilidade, uma limpeza que nos faz refletir muito e aflora mais sobre os pontos que temos que trabalhar mais sobre determinadas questões. Por que acho que ficamos mais expostos e mais desnudos sobre quais são as nossas deficiências num trabalho como o Hamlet do que no Ricardo, por exemplo. Acho que no Ricardo nós fomos muito mais protegidos numa zona mais reconhecida e de conforto, e o trabalho com o Marcio é como os reagentes num teste de alergia, que você não sabe que é alérgico até fazer o teste, mas quando colocam as substâncias, a alergia vai aflorando, vão aparecendo essas deficiências, essas dificuldades. Foi um espetáculo muito mais difícil, que nos aponta o que precisamos trabalhar mais com o tempo.

Diogo: O que você destaca como dificuldade sua no processo?

Marco: A forma de construir o personagem, como conduzir a palavra de uma forma mais epicizada do que de uma forma mais dramática, que por mais que o Gabriel fale nisso também, acho que o trabalho do Marcio exige ainda mais. A necessidade de você ser exprimido e ficar a tua essência, e lidar com isso, é um pouco difícil, porque parece que falta algo por não estar acostumado a lidar com isso.

Diogo: Quando você citou o Marcio, você usou a palavra pedagogo. Esse recurso de se convidar encenadores de fora, você acha que é uma estratégia de formação do grupo? Marco: Sem dúvida alguma. A minha experiência como ator é nos Clowns, a minha formação como ator é nos Clowns. Sei que muitos outros grupos trabalham com diretores do próprio grupo a vida inteira, mas ter a oportunidade para mim enquanto músico e diretor musical, de trabalhar com Ernani Maletta, para mim é fundamental e importante não só como diretor musical, mas como diretor, ator, e ser humano, mas falando da função de diretor, para mim é fundamental ter tido esse contato. Não é porque eu sou diretor musical do Grupo que eu vou ter que dirigir sempre, assim como eu tenho a necessidade de ter outro diretor musical agora que estou dirigindo o Abrazo. Eu estou querendo dialogar com alguém desesperadamente, sendo eu o diretor nesse momento. Eu quero muito não fazer a música do espetáculo, porque eu acho que eu preciso aprender a ser diretor também. E é essa a oportunidade que eu tenho: é o contado com o Helder Vasconcelos, enquanto músico, ator e bailarino, é ver uma Francesca trabalhando essa questão da voz, é ver a Babaya. Isso na área de voz e som. Hoje o meu interesse com relação a figurino vem de ver o João Marcelino trabalhando, o próprio Gabriel trabalhando, o Maurice Durozier trabalhando, e a Wanda Sgarbi trabalhando me desperta para isso. Eu quero brincar disso também. É a faculdade que eu não tive, é a escola que eu não tive. Eu não tive, mas eu tenho, em todos os sentidos. Trabalhamos com Maria Thais... Todos os nossos encontros: Marcio Marciano, o João Lima da Bahia, tantos encontros importantíssimos que a

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gente teve, o desejo tão grande de trabalhar com o Marcio Abreu, o Newton Moreno como dramaturgo. Eu tenho alguns desejos que eu espero poder realizar dentro do Grupo, e o Grupo ocupa hoje um lugar maravilhoso que é poder ter acesso a essas pessoas podendo trabalhar juntos, sendo parceiros.

Diogo: E você acha que varia muito quando essa colaboração vem especificamente em uma área do que quando é um encenador que vem de fora?

Marco: Sim, porque a função do encenador é a de quem vai responder no final das contas por tudo isso, ele vai coordenar todas essas áreas. Então não tem como, acho que tem uma responsabilidade na função do encenador sim, com relação a essas outras.

Diogo: E agora no Abrazo você está como diretor. Como você traz essas experiências do Fernando, Marcio e Gabriel, na sua função de diretor?

Marco: Eu não tenho esse processo muito consciente não, estou descobrindo junto, fazendo. Mas não tenho a menor dúvida que a minha função hoje como diretor é fruto das minhas experiências vividas como ator vendo esses diretores trabalhando. Eu sou o reflexo e a materialização dessas experiências vividas. Eu devo tudo a essas pessoas que são os meus mestres, a minha formação a minha escola e minha vida vem daí.

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