DECRET Nº 92 , DE 5 DE FEVEREIR DE 2011. O 5 2 O Dispõe sobre os procedimentos referentes às consignações em folha de pagamento dos servidores públicos civis e do Magistério, da Administração Direta, das Autarquias e Fundações Públicas do Município de Mucuri/BA, e dá outras providências.
O Prefeito do Município de Mucuri, Estado da Bahia, no uso das atribuições ue lhe são conferidas por Lei Orgânica, DECRETA:
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Art. 1º As consignações em folha de pagamento dos servidores públicos
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mun ipa s ficam discipl ada de acordo com as isposições este decret . Art. 2º Entendem‐se por consignações os descontos realizados nos vencimentos e proventos dos servidores públicos.
§ 1º As consignações em folha de pagamento classificam‐se em compulsórias e facultativas.
§ 2º Para os fins deste decreto, considera‐se:
I ‐ consignatária: a entidade credenciada na forma deste decreto, destinatária dos créditos resultantes das consignações facultativas, e a entidade
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de atária dos cr ditos r sul antes das con ignações comp lsória ;
II ‐ consignante: órgão ou entidade da administração direta do Poder Executivo Municipal, que efetiva os descontos relativos às consignações compulsórias e facultativas na folha de pagamento do servidor;
III ‐ margem consignável: representa o valor total que pode ser averbado na folha do mês de pagamento do consignado, em se tratando de consignações facultativas; IV ‐ margem disponível: representa o valor disponível para averbação na folha do mês de pagamento do consignado, obtido mediante a subtração da margem otal pelas consignações facultativas existentes. t
compulsórias: Art. 3º São consignações
I ‐ a pensão alimentícia;
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II ‐ i p sto de ren a;
III ‐ a reposição, a restituição e a indenização ao erário municipal expressamente autorizada pelo servidor ou pensionista; IV ‐ a contribuição social para o Regime Geral de Previdência Social; V ‐ outros descontos incidentes sobre a remuneração do servidor, efetuados por força de lei ou mandado judicial. Art. 4º São consignações facultativas: I ‐ as mensalidades instituídas em assembléia geral para custeio de entidades de classe e associações, inclusive as sindicais de qualquer grau; II ‐ o reembolso de despesas efetuadas com a compra de gêneros alimentícios adquiridos em sociedades cooperativas de gêneros alimentícios;
III ‐ as prestações referentes a empréstimo pessoal obtido em instituições bancárias;
IV ‐ as prestações referentes a empréstimo pessoal obtido em cooperativas de é i d
cr d to e servidores públicos;
V ‐ as prestações e amortizações referentes a financiamento de imóvel residencial obtido junto a instituições bancárias;
VI ‐ os prêmios ou contribuições para planos de seguro de vida e de previdência complementar contratados em entidades instituidoras desses produtos;
VII ‐ as contribuições para planos de saúde e odontológico contratados em entidades instituidoras desses produtos.
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A t. º Podem se credenciadas om consignatárias em ca áter facultativo: I ‐ sociedades cooperativas de crédito, constituídas e integradas por servidores, desde que em conformidade com as exigências da Lei Federal nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, e devidamente registradas no Banco
entral do Brasil; C
II ‐ entidades sindicais representativas de servidores públicos municipais devidamente registrada no Ministério do Trabalho e Emprego e com
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comp tência funcio al den do territóri do município;
III – associações, clubes e entidades de caráter recreativo e cultural composto por servidores municipais;
IV ‐ entidades instituidoras de plano de previdência complementar, planos de seguros, planos de saúde e odontológico;
V ‐ instituições bancárias, públicas e privadas registradas no Banco Central do Brasil.
Art. 6º Para serem credenciadas como consignatárias, exigir‐se‐á das entidades comprovação de sua habilitação jurídica e de regularidade fiscal e contábil, nos termos dos art. 27 a 32 da lei 8666/93, além das previstas na legislação aplicável a cada consignatária.
Art. 7º O pedido de credenciamento como consignatária deverá ser feito por meio de requerimento dirigido à Secretaria Municipal de Administração, instruído com a documentação que comprove o atendimento das condições, exigências e requisitos previstos neste decreto, bem como de outras que
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forem julga as ne s ária à sua apreciaç .
Parágrafo Único ‐ Ao Departamento de Recursos Humanos incumbe formalizar o termo de convênio e atribuir à entidade os códigos e subcódigos de descontos específicos e individualizados nos quais serão averbadas as
consignações, de acordo com a modalidade para a qual foi credenciada.
Art. 8º As instituições financeiras serão exclusivamente responsáveis pelos dados informados, competindo‐lhes a adoção de providências nos casos em que os custos praticados divergirem daqueles informados. Art. 9º As consignações compulsórias terão prioridade sobre as facultativas e, em nenhum caso, poderá resultar saldo negativo na folha de pagamento do i p
serv dor úblico.
Art. 10 O cancelamento do registro de consignatária e das consignações facultativas, poderá ser determinado nas seguintes hipóteses:
II ‐ a pedido do servidor, quando se tratar de contribuição ou prêmio mensal; III ‐ a pedido do servidor, com anuência da entidade consignatária, no caso de compromisso pecuniário assumido e usufruído
IV ‐ por interesse da consignatária, expresso por meio de solicitação formal encaminhada à Secretaria da Administração;
V ‐ após constatação de consignação processada em desacordo com a lei ou por violação a direito do servidor, induzindo‐o, mantendo‐o em erro ou mediante qualquer outro meio fraudulento, simulação, dolo, conluio ou culpa,
o indevida da folha de pagamento; que caracterize a utilizaçã
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VI – por ec são judici l.
Art. 11 A margem consignável compreende o padrão de vencimentos acrescido das vantagens pecuniárias que a ele se integram nos termos da lei ou de outros atos concessivos, as vantagens incorporadas e as tornadas permanentes, os adicionais de caráter individual, bem assim as vantagens pessoais ou as fixadas para o cargo de forma permanente, na forma da legislação específica.
Art. 12 As entidades consignatárias, na modalidade facultativa, deverão se recadastrar anualmente, na forma e no prazo estabelecido em portaria expedida pela Secretaria Municipal de Administração. Art. 13 A entidade consignatária será suspensa pelo período de 6 (seis) a 12 (doze) meses quando: I ‐ ceder a terceiros, a qualquer título, rubricas de consignação; II ‐ permitir que terceiros procedam à averbação de consignações; t III ‐ utilizar rubricas para descon os não previstos neste Decreto; e
IV ‐ for constatada a prática de custos financeiros acima do limite máximo estabelecido pela Administração.
Art. 14 A entidade consignatária será descredenciada nas hipóteses de:
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I ‐ eincidênc ou habitual ade em prátic s que impliq em s a suspensão; II ‐ prática comprovada de ato lesivo ao servidor ou à administração,
Parágrafo único. Além das demais providências estabelecidas neste Decreto, a Administração Pública poderá determinar a aplicação de bloqueio do repasse financeiro às entidades consignatárias, em razão do descumprimento reiterado das normas fixadas para as operações de desconto em folha de pagamento.
Art. 15 Toda e qualquer consignação facultativa deverá ser precedida da autorização formal e expressa por escrito do servidor. § 1º As entidades consignatárias deverão conservar em seu poder, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a contar da data do término da consignação, prova do ajuste celebrado com o servidor, bem como a prévia e expressa autorização firmada, por escrito, para o desconto em folha. Art. 16 Os casos omissos que digam respeito ao sistema de consignações em folha de pagamento serão resolvidos por ato do titular da Secretaria Municipal de Administração, que editará, quando necessário, normas complementares ao cumprimento deste decreto, inclusive com o objetivo de modernizar o referido sistema, bem como de evitar a ocorrência de fraudes e de outras práticas que possam acarretar prejuízos aos servidores e às entidades consignatárias. Art. 17 Às consignações em folha de pagamento aplicam‐se subsidiariamente, no que couber, às disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor. Art. 18 Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogado as isposições contrárias. d PREFEITURA MUNICIPAL DE MUCURI, os 25 de Fevereiro 2011. a
PAULO ALEXANDRE MATOS GRIFFO PREFEITO MUNICIPAL