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QUALIDADE FISIOLóGICA E SANITÁRIA DE SEMENTES DE ERVILHA TRATADAS COM FUNGICIDA. &IA\IRILIE'U IMÁ\IR<Cq)S INÂ\S<tO IMIEOflf q) Engenheiro-Agrônomo

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Academic year: 2021

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DE SEMENTES DE ERVILHA TRATADAS COM FUNGICIDA

&IA\IRILIE'U IMÁ\IR<Cq)S INÂ\S<tO IMIEOflf q) Engenheiro-Agrônomo

Orientador: Prof. Dr. Silvio Moure Cícero

Dissertação apresentada

a

Escola Superior de AgrLcultura -Luiz de Queiroz .. , da. Uni vers i. da.d e de são Paulo, para obtenção do

de Mestre em Agro nomia, Concentração: Fit.otecnia.

PI R A CI C AB A

Eslado de São Paulo - Brasil Abril - 1990

ti tu l.o Área. de

(2)

Nascimento, Warley Marcos

N244q Qualidade fisiológica e sanitária de sementes de

ervilha tratadas com fungicida. Piracicaba, 19.90.

97p.

Diss.(Mestre)

Bibliografia. ESALQ

1. Ervilha - Semente - Qualidade 2. Ervilha - S� mente - Tratamento fungicida I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba

(3)

DE SEMENTES DE ERVILHA TRATADAS COM FUNGICIDA

D4IMRllfEYI D1AllR<tQ:>S fN/t\S<tDD1fEfN1J<D

Aprovada em: 11.05. 90 Comissão julgadora:

Pro1. Dr. Silvio Moure Cicero .... ESALQ/USP Prof. Dr. Júlio Marcos Filho ... ESALQ/USP

Prof'. Dr. José Oi:,ávio Machado Ment.en ESALQ/USP

Sílvio Moure Cícero

(4)

Anna Christina, Fabiana e

(5)

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Silvio -Moure Cicero, pela amiza­ de, orientação e dedicação durante a condução do trabalho.

Aos Professores Júlio Marcos Filho e José Otávio Machado Menten pelas valiosas sugest�es apresentadas no transcorrer do presente trabalho.

Aos Engenheiros Agrónomos Ana Dionisia da Luz Coelho Novembre, Helena M. C. P. Chamma, José Eustáquio de

Menezes e Maria Hel oi sa Duarte de Mor aes, pela colaboração

prestada na condução dos testes de laboratório e de campo. Ã Elisete A. Marcos, pelo auxilio na execução da análise estalistica.

Ao Centro Nacional de Pesquisa de Hor tai iças da EMBRAPA pela oportunidade de realização do curso.

à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior, pela bo�sa de estudos concedida.

Aos Serviço de Produção de Sementes Básicas da

EMBRAPA, e Companhia Asgrow do Br.asil Sementes Ltda. pelo

fornecimento das sementes utilizadas na pesquisa.

Aos Professores e funcionários do Departamento de Agricultura pelas I'acilidades proporcionadas no transcor­ rer da pesquisa.

Aos colegas de curso, pela amizade e incen-t.i vos.

(6)

SUMÁRIO RESUMO ... . Página vi. SUMMARY ... . viii. 1. INTRODUÇÃO ... . 1 3 2. REVISÃO DE LITERATURA .. . 2.1. Microorganismos Associados às Sementes de Er-vilha . . . . 3

2. 2. Doenças e Danos Causados por Microorganismos 2.3. Associados às Sementes de Ervilhas Cultivares e Resistência à 'Doenças 4 10 2.4. Fungicidas: Controle de Microorganismos ... 12

2.5. Fungicidas: Eíeito na Qualidade das Sementes . 15 2.6. Armazenamento 19 23 3. MATERIAL E MÉTODOS

. . . .

. . . . .. . . . ... . . .. . . .

3. 1. Sementes e Cul li vares . . . 23

3.2. Tratamentos Fungicidas ... 24

3.3. Armazenamento ... ·�·... 25

3.4. Avaliação da Qualidade das Sementes ... 25

3.5. 3. 4.1. Germinação . . . ... . . 26

3.4.2. Primeira contagem de germinação ... 27

3.4.3. Envelhecimento acelerado ... 27

3.4.4. Condutividade elétrica ... 28

3.4.5. Emergência das plântulas em campo .... 28

3.4.6. Determinação do grau de umidade ... 31 3.4.7. Sanidade das sementes · ... .

Procedimento Eslalislico ...

32 37

(7)

4. RESULTADOS E DISCUSSSÃO . 4. 1. Cul t.i var Mi kado ....

4.1.1. 4.1. 2. 4.1. 3. 4.1. 4. 4.1. 5. 4.1. 6. 4.1. 7. Germinação ..

Primeira contagem de germinação ... .

Envelheciment.o acelerado ... . Condut.ividade elétrica ... . Emergência das plântulas em campo .... . Determinação do grau de umidade ... . Sanidade das sementes ... .-... .

4.1.7.1. Lot.e MA 4. ·1. 7. 2. Lote MB Página 35 35 35 39 42 45 48 51 53 53 58

4. 2. Cul t.i var Pomak ... ·. . . 60

4. 3. 4.2,1. 4.2. 2. 4.2. 3. 4.2. 4. 4.2. 5. 4.2. 6. 4.2. 7. Germinação ... . Primeira contagem de germinação ... . Envelhecimento acelerado ... . Condutividade elétrica ... .

Emergência das plânt.ulas em campo .... .

Deter mi nação do grau de umidade ... .

Sanidade das sementes ... . 4.2.7.1. Lote PA 4.2.7.2. Lote PB Considerações Finais 62 64 66 69 71 74 7!3 78 80 81 5. CONCLUSôES ... ·. . . 87 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .

. . . .. . . .. . . .

88

(8)

QUALIDADE FISIOLóGICA E SANITÁRIA

DE SEMENTES DE ERVILHA TRATADAS COM FUNGICIDA

Autort Warley Marcos Nascimento Orientador: Sílvio Moure Cícero

RESUMO

A utilização de fungicidas para ·tratamento de sementes, visando a preservação da qualidade durante o arn1azenarnenlo, e a proteção por ocasião da emergência das plântulas em campo, t.em sido muit.o discut-ida; porém, poucas informações a respeito dest.es produtos int.erferindo na qualidade das sement.es de ervilha tem sido observadas na

lit.erat.ura di sponi vel. Por est.es mot.i vos, o presente

trabalho, conduzido no Laborat.ório de Análise de Sementes do Depart.ament.o de Agricult.ura e no Laboratório de Patologia de Sementes do Departamento de Fi t.opalol ogi a, ambos da Escol a Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de

São Paulo, bem como no Campo Experimental do Centro Nacional

de Pesquisa de Hort.aliças/EMBRAPA em Brasilia-DF; teve por

objet.i vo avaliar os efeitos dos fungicidas Captan, Thiram,

Iprodione, Benomyl e da nústura Iprodione + Thiram aplicadas

(9)

destes produtos • sobre a germinação, primeira contagem de germinação, envelheci ment.o acelerado, condut.i vi dade el ét.r i -ca, grau de umidade, sanidade das sementes e emergência das plántulas em campo, utilizando-se quatro lotes de sementes pert.encent.es aos cultivares Mi kado e Pomak; os t.estes de laboratório e de campo foram realizados em três épocas, com intervalos trimestrais, no periodo de novembro de 1988 a julho de 1989. A análise dos dados e int.erpret.ação dos resultados permitiram as seguint.es conclusões: os efeitos favoráveis dos t.rat.amentos :fungicidas sobre a germinação e

vigor se mani fest.aram principalmente nas sement.es de menor

qualidade f'isiológica; as t.endências de ef'eitos f'itot.óxicos às sementes causados por alguns fungicidas, observados em laboratório, foram amenizados ou mesmo su�rimidos quando as mesmas estas :foram semeadas

f'ungi ci das testados .exerceu

em campo; um excelenle a maioria controle dos dos principais I'ungos de campo associados às sementes, bem como dos fungos de armazenamento, garantindo assim, uma melhoria na qualidade sanit.ária das sementes; os f'ungicidas de amplo espectro de ação, como Caplan e Thiram,·assim como a mistura Iprodione + Thiram, proporcionaram, na época normal de semeadura, uma maior emergência de plãntulas em campo.

(10)

PHYSIOLOGICAL AND SANITARY QUALITX OF PEA SEEDS TREATED WITH FUNGICIDES

Autor: Warley Marcos Nascimento

Advisert Sil vio Moure Cícero

SUMMARY

The use of fungicides for seed t.reat.ment., as a

mean of' preserving seed qualit.y during st.orage and prot.ec­ t.he seedling emergence, has been frequent.ly discussed. However, published informat.ion concerning t.hese effecis on

pea CPisv.m sativv.m L.) seed is limiled. This research was

conduct.ed at. lhe Seed Analysis Laborat.ory Depart.ament of Agr i cul t.ure,

Deparlament and of Seed Plant Pat.hology Pat.hology, Laborat.ory of lhe Escola Superior de

Agricullura "Luiz de Queiroz", Universit.y of' São Paulo, in Piracicaba, St.al,e of' São Paulo, and at. Nat.ional Center f'or Vegetable Research - CNPH/EMBRAPA, in Brasllia - Brazil. The trials aimed at. evaluat.ing lhe ef'f'ect. of' t.he f'ungicides Captan, Thiram, Iprodione, Benomyl and the mixt.ure Iprodione

+ Thi r am appl i ed on pea seeds. The i nf' l uence of lhes e

f'ungicides was eval uat.ed using lhe f'ollowing paramelers: germínat.íon, f'irst count germinat.ion, accelerated aging,

(11)

eletrical conductivity, rnoisture content., seed health, and field emergence. Four seed lot.s Ccvs. Mikado and Pomak) were evaluated under laborat.ory and field conditions at three dates, every t_hree months, f'rom November 1988 to July 1989.

The dat.a obtained indi cated that: seeds wi th lower

physiological qualit.y were more favorably affected by .lhe fungicida treat.ment.; phyt.otoxic• effect.s observed under 1 abor a t.or y condi ti ons wer e mini mi zed or absent under fiel d condi li ons; most. of t.he f'ungi c_i des lest.ed cont.rol 1 ed t.he main seed borne and st.orage fungi associat.ed with lhe seeds, thus improvi ng lhe seed heal th · char acler i st.i cs; Capt.an, Thiram, and Iprodione + Thiram, on lhe usual field plant.ing date, improved 1ield emergence.

(12)

1. INTRODUÇÃO

O Brasil sempre f'oi um tradicional importador de ervilha, tanto sementes como grãos para indústria de reidrat.ação. Com os resultados de pesquisas demonstrando a grande potencialidade para produção desta espécie em algumas regiões do pais, o Brasil vem aunient-ando a· área cultivada com est.a leguminosa, atualmente estimada em 22. 000 ha, em det.rirnent.o da importação.· Dessa forma; diminui-se a evasão de divisas par a o exler i or e cri a-se uma nova opção de cultivo de inver no par a nossos agr i cui t-or es ..

Toda vi a, a produção de sement-es de ervilha, considerada uma at,i vidade recente, é apont-ada como um dos fatores que limit-am a produção desta espécie em nosso pais. Assim, o supriment-o de sementes de.alta qualidade genética, fisica, fisiológica e sanitária torna-se uma necessidade para um maior desenvolvimento dessa cultura no Brasil.

Diversos fatores interferem na obtenção de sementes de alta qualidade. Dentre eles, os microorganismos tem si do apontados como um dos pr i nci pais causadores da redução da qualidade das sementes de ervilha .

. Além disto, sabe-se que o armazenamento da semente é necessário no processo de produção de ervilha,

(13)

pois o per 1 odo de colhei ta não conci de com o momento mais

adequado par a a semeadura. Desta for ma, a utilização de

medidas que contribuam para uma melhor conservação das sementes assume uma importância considerável.

Sendo assim, o tratamento de sementes de ervi­ lha com fungicida, pode-se constituir numa prática bastante

interessante, visto que além de propiciar uma melhor conser­

vação durante o armazenamento, oferece ainda proteção na fase inicial de desenvolvimento das plantas no campo.

Entretant.o, permanece a necessidade de seleção de fungicidas para o tratamento de sementes de ervilha né:!-s nossas condições, bem como de estudos sobre o efeito destes produLos na qualidade f'isiológica e sani Lária das sementes durante o periodo de armazenamento e estabelecimento da cult.ura no campo.

(14)

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Microorganismos Associados às Sementes de Ervilha

Vários são os microorganismos associados às sement.es de ervilha, alguns dos quais causadores de doenças

de considerável import.ância. RICHARDSON (1979) e RICHARDSON

(1981) relat.a os seguint.es microorganismos: Ascochytd spp .. ,

incluindo Ascochyta pisi, Ascochyta pinodes e Ascochyta pinodel. la; Botryt·is cinerea; Cl.adosporiv.m. e l.adosporioides f'. sp. pisicol a; Col letotrich-um pisi; Erysiphe pisi; Fusarium

oxysporium f. sp. pisi; Peron�spora viciae; Pleospora

herbarum; Rhizoctonia solani; Sclerot inia se Lerot iorum; Sept.oria pisi; Pseudomonas phaseol icola; Pseudomonas pisi; Xanthomonas r-ubefacien? e os vírus .. Pea Early-Browning vírus" e "Pea Seed-Borne Mosaic Vírus".

Segundo HAGEDORN (1984), os seguint.es pat.óge­

nos são t.ransmitidos e/ou t.ransport.ados por sementes de

er-vi lha: Ascochyta spp. , Col.letotrichwn pisi, Cladosporiwn.

pisicolum., Erysiphe pisi, Fv.sari-um oxysporum f. sp. pisi,

Peronospora pisi, Septoria pisi, Sclerotinia sclerotioru.m.,

Pseudomonas syrineae pv. pisi, Pseudomonas syrineae pv. syrineae e os vírus "Pea Seedborn Mosaic Vírus" CPSbMV) e .. Pea Ear l y-Br 9wni ng vi r us.. C PEBV) .

(15)

AGARWAL & SINCLAIR (1987) citaram Ascochyta pisi, Fusariv.m o:xysporiv..m f'. sp. pisi, Phoma medicaeinis var. pinodel.l.a e Psev.domonas syringae pv. pisi, como sendo os mais impor t.ant.es pa t.ógenos t.r ansmi t.i dos por sement.es de ervilha, causando redução na produtividade da cult.ura.

SANTOS C1989) descreve os f'ungos comprovada­ mente t.ransmit.idos por sement.e dé ervilha: Ascochyta pino­

del. la, A. pinodes, A. pisi, Ascochyta. sp. , Cladosporium

cl.adosporioides, C. pisicolum, Coll.etotrichvm pisi, Fusarium oxysporiv..m f'. sp .. pisi, F. sol.ani f'. sp. pisi, Oidium sp. , Peronospora pisi, Pleospora herbdrv.m, Rhizoc tonia sol.an.i, Rhizopvs stol.onifer, Rhizopv.s. sp., Sclerotinia sclerotio­ r-u.m, Septoria fl.aeel.lifera e S. pisi.

Os fungos Asperf3ill.11s spp. e Penicil.liv.m spp. f'oram ci t.ados por FIELDS & KING C1_962), CHRISTENSEN & KAUF­ MANN C1963), CHRISTENSEN C1973), HARMANN & PFLEGER (1974), NEERGAARD C 1979) e AGARWALL & SI NCLAI R C 1987) , como sendo os principais rungos de arma�enamento em sementes de ervilha e de outras espécies.

2.2. Doenças e Danos Causados por Microorganismos Associa­

dos às Sement.es de Ervilha

Um grande número de patógenos ataca a cultura da ervilha, causando uma série de doenças, sendo que a maio­ r ia dos agentes causadores destas· doenças são transmiti dos ou transportados pelas sement.es.

(16)

Segundo CAF� FILHO et alii C1989), mais de 20 gêneros de patógenos, principalment.e fungos, foram associa­ dos à cult.ura da ervilha no Brasil.

SANTOS C 1989) mencionou as segui nt.es doenças fúngicas transmitidas por sementes registradas no Brasil:

ascoquitose, causada por-Ascochyta pinodella, A. pinodes, A.

pisi. e Ascochyta sp. , ant.racnose Col letotrich-um pisi, ·

murcha parcial Fusariwn oxysporium f. sp. pisi, fusariose

- Fusariwn solani f. sp� pisi, oidio Peronospora pisi, podridão do colo

Oidium sp., míldio -Rhizoc tonia solani,

mofo pret.o - Rhizopus sp., podridão de sclerot.inia

Sclero-tinia sclerotiorum e sept.oriose - Septoria pisi.

Além dos prej ui zos causados pelo estabeleci -mento de doenças na cult.ura da ervilha,os microorganismos transport.ados pelas sementes causam danos às est.as e às plântulas. Com ist.o,os microorganismos t.em sido apont.ados como um dos principais responsáveis pela redução da quali-dade das sement.es CCHRISTENSEN,

HALLOI N, 1986) .

1972; NEERGAARD, 1979; AGARWAL & SINCLAIR (1987) mencionaram os vá-rios prejuizos causados pelos microorganismos, como redução na produtividade, perda da germinação das sement.es, desen­

volvimento de doenças, enrugament.o e ocorrência de manchas nas sementes, deterioração bioquímica e mudanças na qualida­ de nutricional das sementes e, por fim, produção de t.oxinas. Da acordo com CHRISTENSEN (1972), os fungos são os pr i nc_i pais agentes que a tacam as sementes, sendo

(17)

divididos em 1ungos de campo e de armazenamento.

Os danos causados pelos 1ungos de campo ocor­ rem principalmente no campo. entretanto eles podem sobrevi­

ver por vários anos

em

sementes armazenadas com baixos graus

de umidade e bai xas tempera t. ur as C WETZEL, 1 987) .

Segundo NEERGAARD C 1979) , os f'ungos de campo

causam manchas nas sementes, reduzem a germinação e causam doenças às plântulas ou plantas no campo. Durante o armaze­ namento das sementes, estes 1ungos necessitam alta umidade relativa do ar, usualmente acima de 9!3¾ para se desenvolve­ rem. Fungos de campo, como Fv.sariv.m, Alternaria, Hel.minthos­ poriv.m e Cl.adosporium invadem as sementes duran{e a matura­ ção ou após a maturidade e/ou durante a operação de colheita

CHALLOIN, 1986).

As sementes atacadas por insetos ou microorga­

nismos normalmente apresentam menor vigor. Esta incidência e

este efeito podem ter inicio no próprio campo, no periodo de desenvolvimento e maturação das sementes ou durante e ápos a colheita e o armazenamento, quando as condições são 1avórá­ veis ou quando não se realiza um controle dos mi croorga­

ni smos (CARVALHO & NAKAGAWA, 1988).

LEACH & SMITH Cl,945), mencionaram os fungos Rhizoc tonia, Phytophthora, Fv.sari1.1.m e Botryt is como sendo

os causadores de alta mortalidade de sementes e plânt.ulas de

ervilha.

O patógeno Ascochyta pisi, considerado um dos mais importantes na cultura da ervilha, provoca danos

(18)

seve-ros no campo quando as plant.as já se apresent.am desenvolvi­ das, ent.ret.ant.o, nãp causa problemas quant.o à emergência em

campo. BAYLIS (1941), demonst.rou que Ascochyta pisi e Pleos­

pora sp. t.i veram pouco ou nenhum efei t.o na emergência das

plântulas. Result.ado cont.rário foi encont.rado por RICHARDSON

(1979), o qual cit.ou que Pleospora sp, muito comum em semen­

tes, provavelment.e soment.e t.em causado dano às plânt.ulas.

Por out.ro lado, NEERGAARD (1979), mencionou

que Mycosphaerella pinodes causa podridão nas sementes durant.e a fase de.germinação.

Quanto a Rhizoctonià solani, · BITTENCOURT et

alii (1985), relat.aram que um at.aque severo dest.e pat.ógeno

poderá ocasionar reduções de at.é 38 ¾ da população inicial

de plântulas de ervilha. Est.e fungo pode ainda se t.ornar um

incômodo nos t.estes de laboratório, pois estes se espalham

rapidament.e nos germinadores causando tombamento nas

plântulas durant.e os testes CNEERGAARD, 1979).

O f'ungo Botrytis cinerea quando infecta as sementes causa uma coloração branca., provocando ainda falhas na germinação (RICHARDSON, 1979). NEERGAARD (1979), cita que este fungo frequentement.e reduz a germinação das sementes, produzindo plânt.ulas anormais.

Segundo Malone e Muskett., citados por NEER­ GAARD (1979), o fungo Cladospori-u:m cladosporioides, comumen­

te saprófita, causa morte às partes da planta e também às

(19)

Os microorganismos, como Coll.etotrich-um spp. e Ascochyta spp., comumente penet.ram através dos cot.ilédones, produzindo lesões necróticas visíveis em sementes de feijão, soja, ervilha, grão de bico e outras leguminosas CNEERGAARD, 1979).

Além do dano direto às sementes, os microorga­ nismos podem provocar depreciação nos lotes , como é o caso de Cladosporium cladosporioides e Alternaria tenuis que, ao infectarem as sementes, provocam manchas no tegumento, dando um aspecto indesejável nas mesmas CNEERGAARD, 1979). Causan­ do perda na coloração de sementes de ervilha, o fungo Ascochyta pisi infecta o t.egumento provocando visíveis necroses preta.s, ·marrons e/ou cinzas CNEERGAARD, 1979).

RICHARDSON C 1979) , cita ainda que a bact.ér ia

Xanthomonas rubefaciens causa mancha púrpura em sementes de ervilha.

Os fungos de armazenamento, compreendem os gêneros Aspergillus e Penicill.i-u.m, que podem estar presentes

como contaminantes ou na forma de micélio dormente nas

sementes e, em função da temperatura e umidade relat.iva do

ar podem se desenvolver e provocar danos às sementes armaze-·nadas.

Decréscimos na germinação, modificações na cor e enrugamento nas sement.es, aquecimento, deterioração do valor nutritivo e produção de toxinas são apontados por AGARWAL & SINCLAIR (1987), como sendo os principais danos destes micro�rganismos às sementes ar-mazenadas.

(20)

FIELDS & KING (1962) armazenaram sementes de

ervilha a 30°C e 85¾ de lJR do ar, inoculadas com Asper5ill.us

spp., e verif'icaram uma perda no poder germinat.i vo aos seis meses nas sement.es inoculadas, enquant.o as sadias mantiveram a alta capacidade de germinação.

Invasão de Asper6i l l.us ruber, e.m sementes de ervilha, foi observada por HARMANN & NASH (1972) causando

uma rápida per da na vi abi 1 idade dest.as. Ainda quanto a A.

ruber, HARMAN C 1972) inoculou sementes de er vi 1 ha com est.e

pat6geno e, após 14 semanas, observou uma maior anormalidade nas plântulas e um maior decréscimo na ·germinação das sementes.

_Harmann et ali i, citados por WETZEL (1987) sugeriram que a toxina produzida por Asper5il.lus ruber af'eta a germinação em sementes de ervilha� causando injúrias às membranas, em especial das mitocôndrias.

Em trabalho com trigo, ervilha, abóbora e tomate, com dif'erentes i.solados de Asper5i l lus, HARMAN &

PFLEGER (1974) observaram que sementes de ervilha f'oram

inf'ectadas por Asper5ill.us 6lau.cus e Asper5ill.us restrictu.s, os quais causaram uma redução na germinação das sement.es. Verificaram ainda que estes f'ungos se localizavam no tegument.o como também no eixo embrionário.

TANAKA & CORREA (1981) concluíram que Asper­ &i l l.us e Penicilli-um. podem causar a deterioração de sement.es de f'eijão armazenadas em ambiente abert.o.

(21)

2.3. Cultivares e Resistência à Doenças

Em t.rabalhos realizados por diversos pesquisa­ dores f'oi veri.ficadO que a maior ou menor incidência de determinados microorganismos nas sementes e plântulas é in.fluenciada pelos cultivares, quer seja pela composição

química das sementes, grau de permeabilidade das membranas

ou composição gênica, a qual fornece alguma característica de resistência aos patógenos.

SHORT & LACY (1974), comparando dois cultiva-res de ervilha, sendo um de sementes lisas e ot.,rtro de sementes rugosas, observar-am que cultivares de sementes rugosas exsudam maior quantidade de açúcares durante o processo de germinação e isto torna-os mais suscetíveis ao ataque de microorganismos do solo.

Por outro lado, KRAFT (1974) testando alguns

cultivares de ervilha quant.o à resistência de podridão de

raiz causada por Fv.sariv.m e Pythiv.m, observou que há uma variação destes cultivares na produção de .fenóis, os quais reduzem o teor de açúcares nos exsudatos durante a germina­ ção das sementes; estes exsudat.os inter.ferem na esporulação de Fv.sariu� soiani Í. sp. pisi e Pythiv.m v.Ltimv.m..

Quanto à coloração das sementes, LORIA & LACY

(1979), citaram que sement.es esmaecidas de ervilha de um

mesmo cultivar são mais suscet.i veis ao tombamento, quando

comparadas com sementes de coloração normal . Os autores

(22)

germinação exsudam açúcares e aminoácidos que, ao se dif'un­ direm no solo, est.imulam o cresciment.o de microorganismos, provocando a mort.e de sement.es e plânt.ulas.

Aval i an-90 1. Q6 9�nót.i pos de er vi 1 ha, CAFÉ FILHO

"" ' '

e t ai i i C 1986) const.a t.ar am em alguns, um cer t.o ni vel de .

resist.ência a Rhizoc tonia solan.i, f'ungo est.e causador das podridões de pré e pós emergência.

Sendo assim, cul t.i vares mais suscet.i veis ao ataque de microorganismos apresentam uma maior respost.a ou necessitam ser tratadas com f'ungicidas para garant.ir um est.abeleciment.o normal de plântulas em campo. WINDELS & KOMMEDAHL · C 1982), mencionaram que cul t.i vares de sement.es rugosas, por possuirem um maior conteúdo de açúcares, quando

comparadas com as cultivares de sementes lisas, se

beneficiam mais com o t.ratament.o quimico ou biológico das sement.es. Result.ados semelhantes f'óram encontrados por KRAFT (1982) que observou que cult.ivares de sementes rugosas f'oram mais sensíveis a problemas causados por Pythium spp. e Rh.izoctonia solani quando comparados com cultivares de sementes lisas.

A maior ou menor respost.a ao t.rat.ament.o quími­ co em dif'erent.es cultivares, pode também estar relacionada com a aderência do produto utilizado às sementes tratadas. At.ravés de uma análise espectrof'ot.omét.rica para det.ect.ar a

aderência de Thi r am em sementes de er vi 1 ha, MAUDE e t ai i i

(1986) encontraram diferenças signif'icat.ivas na aderência do produto entr� os cultivares testados.

(23)

2.4. Fungicidas: Cont.role de Microorganismos

Na i mpossi bi 1 idade de se ut.i 1 i zar sementes

1 i vr es de pa t.ógenos, o t.r a t.ament.o ·de sementes com pr odulos quinúcos pode of'erecer proteção cont.ra os microorganismos associados às semenles e/ou presentes no solo. Assim, segun­ do DHINGRA et aLii (1980) o t.ralament.o de sementes apresenta t.rês f'unções principais: proteger as sementes e as plànt.ulas conlra os pat.ógenos causadores de apodrecimento e t.ombamenlo das plàntulas� proteger as cult.uras cont.ra as doenças causa­

das por patógenos das sementes e impedir o inicio de uma

epidenúa, tanto pela quant.idade de inóculo inicial, como

pelo número de "·loci" de inóculo no campo; e, f'inalment.e,

proteger as sement.es e as pl ânt.ul as cont.r a os patógenos, cujo "habitat" é o solo. Pode-se ainda incluir mais duas f'unções do t.ratament.o quimico das sementes como prot.eção dos f'ungos de armazenamento e pat.ógenos da part.e aérea nos primeiros estádios de crescimento (MACHADO, 1988).

Desta f'orma, inúmeros est.udos tem sido reali­ zados moslrando o ef'eit.o benéf'ico dos f'ungicidas na redução dos pat.ógenos nas sement.es, bem como no controle das doenças no campo.

FORSBERG et aLii (1944) verificaram o aument.o

do estande de ervilha em semenles t.raladas com dif'erent.es

produt.os f'ungicidas.

Trabalhando com sement.es de ervilha infectadas com HycosphaereLLa pinodes e Ascochyta pisi, MAUDE (1966)

(24)

verificou que ambos os patógenos 'podem ser erradicados

através da imersão das sement.es por 24 horas a

3o

º

c

em

suspensões de 0,2¾ de Captan ou Thiram. Ainda no controle de

Ascochyta pisi, MAUDE & KYLE (1970) eliminaram totalmente o

patógeno das sementes de ervilha utilizando o lralamento de sementes com o f'ungicida Benornyl; citaram ainda que produtos a base de Carboxin, Caplan e Thiram não conseguem eliminar·

tal patógeno das sementes. Os fungicidas Benomyl e

Thiabendazole foram ef'icient.es no controle de Ascochyta

lentis em sementes da lentilha CKAISER & HANNAN, 1987) e Ascochyta rabiei em sementes de grão-de-bico CKAISER & HANNAN, 1988) .

No cont.role de Pythi1.1m. 1.1l.tim1..1m; o fungicida sist.êmico Met.alaxil apresentou um melhor controle do patóge­ no, proporcionando assim uma mel.hor emergência das plântulas em campo, quando compara dos com as sementes não tratadas C LOCKE e t a l. i i , . 1 979) . O autor mencionou ainda urna maior proteção deste f'ungi ci da em relação aos produtos Captan e Thiram. RICHARDSON (1973), observou um controle mais ef'eiivo deste patógeno exercido pela mistura de Thirarn + Chloroneb quando comparado com os produt.os em separado.

Para o controle de Pl.eospora herbarum, RI­ CHARDSON (1979) relatou que produtos mercuriais ou a base de Thiram são eficientes.

DHINGRA et alii (1980), citaram que o controle

de Ascochyta pisi, Pythivm ul t im:um, Rhizoc tonia sol.ani e

(25)

tra�a-mento qui mico das sement.es. Est.es ·. t.rês últimos pat.ógenos

ci t.ados foram cont.rol ados pelos fungicidas Captan e Thi r am

C KRAFT, 1 982) .

PITA et

Trabalhando em condições de Brasil Central,

al.i i (1986) t.rat.aram sementes de ervilha com

diferentes fungicidas, visando o controle de Rhizoetonia

soLani, e obtiveram increment.os significativos na emergência de plânt.ulas com vários produt.os t.estados.

Segundo o GRUPO PAULISTA DE FITOPATOLOGIA

(1986), o produt.o Capt.an COrthocide 750) na dosagem de 120 g

de i. a./100 kg de sement.es apresenta um cont.role para os

patógenos F-usariv.m spp. , Phytophthora spp. , Pythiv.m spp. ,

Rhizoe tonia soLani e Se Leràt inia se Lero ti or-um.

Quant.o ao cont.rol e de Aspergi L tv.s spp. e

PeniciLLiv.m spp., NOVEMBRE (1987) citou vários t.rabalhos com trat.ament.o fungicida em sernent.es de feijão, com uma melhor eficiência dos produt.os Benomyl, Captan e Thirarn.

O fungicida sistémico Benomyl tem sido citado exercendo uma maior eficiência no cont.role de certos micro-organismos assoei ados às s ement.es C THAPLI Y AL & SI NCLAI R,

1970; ELLIS & PASCHAL, 1979). Entretanto, alguns aut.ores

observaram que este fungicida nem sempre apresenta uma

melhor resposta na emergência das plãnt.ulas em campo, quando comparado com out.ros produtos CELLIS & PASCHAL, 1979; MINTON & LEWIS, 1982).

Diante dos vários pat6genos que causam dano à cultura da ervilha, exist.ern atualmente no mercado diferentes

(26)

produtos quimicos, alguns dest.es bastante eficientes no con­ trole de t.ais microorganismos. Entret.anto. segundo SANTOS (1989), cit.ando uma list.a de 23 ingredient.es at.ivos de fun-gicidas promissores para a cultura� menciona que apenas os prodvt.os Capt.an COrt.hocide 750) e Quint.ozene CPecenol 750 P) são regist.rados no Minist.éri o da Agricult.ura para uso comer­ cial no t.rat.ament.o de sement.es de ervilha.

2.5. Fungicidas: Efeito na Qualidade das Sementes

Os fungicidas. além do cont.role exercido nos microorganismos, podem também propiciar um efeito na · qual i­ dade fisiológica das sement.es tratadas.

Verifica-se ainda, que poucos trabalhos foram conduzidos sobre o assunto com a cult.ura da ervilha; entre­ tanto, na falt.a de bibliografia específica, foram abordados, nest.a revisão, trabalhos com out.ras culturas, principalmente leguminosas.

MARCOS FI.LHO & PERRI JUNIOR C1977), trat-aram sementes de rei jão com Thi ram e observaram um aumento na germinação e vigor das sement.es. Result.ados semelhantes também foram obtidos por MENTEN & MENDES C 1982), os quais verificaram a ocorrência de uma maior porcentagem de germi­

nação em sementes de feijão tratadas com o mesmo produt.o.

Em trabalho com soja, MARCOS FILHO & SOUZA C 1983) concluir am que o t.r at.amento fungicida nas sementes antes do armazenamento pode beneficiar a conservação do vigor.

(27)

Efei t.os de produtos fungicidas na qualidade fisiológica de sement.es durant.e o armazenamento t.ambérn foram estudados por VAN TOAI et ali i (1986), os quais observaram que soment.e sement.es de reduzida qualidade, ist.o é, sob pro­ longado periodo de armazenament.o, responderam ao t.ratament.o fungicida.

Diferentes respost.as ao trat.ament.o fungicida são obt.idos em vários t.rabalhos. CARVALHO & NAKAGAWA (1988), mencionam que a intensidade de respost.a aos fungicidas varia de acordo com o nlvel de vigor das sement.es. Assim, sement.es muit.o vigorosas ou com vigor muit.o baixo não reagem ao t.rat.amento fungicida� soment.e aquelas de vigor int.ermediário

é que irão responder a est.e t.rat.ament.o.

ELLIS et alii (1975) cit.aram que os fungicidas reduziram a quant.i dade de fungos assoei ados às sement.es e increment.aram a emergência em sementes de soja de baixa qualidade C germinação abaixo de 70¾ e alta i nci dênci a. de microorganismos), enquant.o que causaram pouco ou nenhum efeito em sementes de alta qualidade C germinação acima de 70¾ e baixa incidência de microorganismos).

Trabalhando com sement.es de feijão, ELLIS et alii (1976) observaram que sement.es de baixa qualidade (germinação igual a 41¾ e com alta incidência de fungos) se beneficiaram com o trat.ament.o químico. Verificaram ainda que os produtos Captan, Thiram e Benomyl proporcionaram um aumento na germinação "in vitro", emergência em solo estéril e emergência em campo.

(28)

Com tratamento fungicida em sementes de soja, BORELLI et atii (1978) mostraram que o mesmo provocou aumento na emergência total, na velocidade de emergência, no comprimento do epicótilo e no cont�údo de matéria seca das plàntulas, qualquer que íosse o nivel de vigor das sementes utilizadas� entretanto, o tratamento de sementes foi mais ef'iciente quanto mais baixo :fosse o nivel de vigor das sementes. Observaram, também, que as diferenças entre os nl veis de vigor considerados íor am mais acentuadas par a as sementes não tratadas do que para as tratadas.

Respostas distintas ao trat.amento quimico em sementes de lotes de diferentes qualidade inicial também f'o­ ram observados por MIRANDA & SOUZA (1980), os quais verifi­ caram um efeito benéfico maior do fungicida Thiabendazole em lotes de sementes de soja com baixo poder germinat.ivo.

A ut.ilização de sementes t.rat.adas de soja, junt.ament.e com uma maior profundidade de semeadura, é reco­ mendável para manter a viabilidade e o pot.encial de emergên­ cia em solo com baixo teor de água e não propenso à f'ormação de crost.a na super:flcie CGILIOLI et atii, 1981).

PHI PPS C 1984) , mencionou que a ut.i 1 i zação de

fungicidas para tratamento de sementes de soja e amendoim incrementou a emergência em campo, sendo citado a superiori­ dade da mistura Benomyl + Thiram, aos tratamentos Benornyl e Thiram.

Segundo NOVEMBRE C1987), em t.rabalho com

(29)

dos f'ungi ci das se mani :fest.ar am principal ment.e em l ot.es de baixa qualidade armazenados durant.e periodo prolongado.

Por outro lado, o e:fei to dest.es produt.os em

algumas ocasiões pode ser nega ti vos às sement.es, causando

redução na germinação e . apareci ment.o de pl ânt.ul as anormais ou raqult.icas CDHINGRA et alii, 1980).

Alguns trabalhos mencionam os e:feit.os :fit.ot.ó­ xi cos de fungicidas causando danos às sementes, corno por exemplo em cevada CHAUAGGE & SILVA,1980), em cent.eio e aveia

CBALARDIN & LOCH, 1987), em l ent.i lha C MADEIRA e t a l i i ,

1988), e em grão-de-bico CKAISER & HANNAN, 1988).

BOLKAN et ali i C 1975), trabalhando em condi -ções de Brasil Cent.ral, vérif'icaram f'it.otoxicidade nas se­ ment.es de feijão e soja t.rat.adas com Acet.at.o de Trif'enil est.anho.

Em sementes de ervilha, PFLEGER et. alii (1975) observaram que os f'ungicidas Pyroxycl or e sulf'ato de cobre

foram fi tot.óxicos para as duas cultivares t.est.adas.

DHINGRA et alii (1980), mencionaram que produ­ t.os a base de óxido de cobre ou óxido de zinco são fitotóxi-cos para as sement.es de ervilha e feijão-de-Lima, enquant.o Thiram, Ferbam e Cloranil são benéficos para o tratamento de 1 egumi nos as, tais como ervilha e feijão. Est.es autores citaram ainda que sementes com alt.o grau de umidade e apresent.ando daniíicações mecânicas são mais propicias a I'itotoxidez. O grau de fit.o�oxidez varia ainda de acordo com as espécies, cultivares e coloração das sementes.

(30)

Interessante se faz comentar que tais efeitos f'itotóxicos são mais acentuados e/ou mais visiveis nos tes­ tes de germinação em laboratório, onde geralmente o substra­ to utilizado (papel) permite uma concentração maior do pro­ duto junto às sementes CC1CERO et alii, 1989; SILVA, 1989).

2.6. Armazenamento

Face a defasagem das épocas de colheita e se­ meadura, o armazenamento constittii-se em uma etapa pratica­ mente obrigatória em um programa de produção de sementes.

A urni da de rela tiva do ar e a ternper atura do ambiente de armazenament.o ··são os mais import.ant.es fatores afet.ando a manutenção da , qualidade das sement.es durante o periodo de armazenamento CDELOÜCHE et aL i i, 1973). Destes dois fatores, sabe-se que a umidade relativa do ar é o mais importante, pois t.em relação direta com o grau de umidade das sement.es.

Segundo ANDERSON & BAKER (1983), a alta umida­ de relativa do ar e o alt.o grau de umidade da semente acele­ ram a t.axa de deterioração das sement.es, particularmente se a umidade destas for superior a 12¾.

A completa perda na habilidade para germinar é a últ.ima consequência da det.erioração das sementes; ent.re­ tanto, antes que isto aconteça, as sementes perdem progres­ sivamente o vigor. I slo pode ser deter mi nado pela maior sensibilidade às condições de armazenamento, uma lenta e

(31)

desigual taxa de germinação, uma menor emergência de plântulas, um lento crescimento das plantas e um aumento no número de plántulas anormais CANDERSON & BAKER, 1983).

Sendo a ervilha uma cul lura de inverno, o período compreendido entre a colheita das· sementes e a próxima semeadura, ou seja, o periodo de armazenamento das sementes coincide, nas nossas condições tropicais, com per 1 odos de altas tem per a t. ur as e alta umidade rela ti va do ar, condições estas extremamente adversas à manutenção da viabilidade das sementes.

ROBERTS & ABDALLA (1968) testaram a qualidade de sementes de ervilha com 12,3; 15,4 e 18,0½ de umidade, armazenadas em três ambientes com temperaturas de 25, 35 e

40°C e verificaram uma redução no periodo de viabilidade das

sementes a medida que se aumentava a temperatura e a umidade. Trabalhando também com diversas condições de arniazenament.o, POWEL & MATIHEWS (1977), observaram altera-ções na� sementes, verificadas pelo teste de condutividade elétrica, sem contudo ter havido perda na viabilidade das sementes de ervilha armazenadas, tanto em condições

extrema-mente seca C1½ de UR ; 10°C) e úmida C93½ de UR; 25 C) após o

seis semanas. Em condições intermediárias (45¼ de UR; 10°C)

não foram observados alter ações na qualidade das sementes. Verificaram ainda que a viabilidade das sement.es reduziu ápos seis semanas de armazenament.o, em condições de 93½ de

UR e 25°C e, após 2 dias em condições de 94½ de UR a 45°C.

(32)

de baixa umidade como em condições intermediárias.

Além dos ef'eit.os diretos da umidade relativa

do ar Cou grau de umidade da semente) e da temperatura do

ambiente de armazenamento sobre a conservação das sementes, diversos trabalhos enfatizaram os ef'eitos indiretos desses

fatores, sobre a ação de microorganismos responsáveis pela deterioração das sementes armazenadas.

Segundo CHRISTENSEN (1972), os fungos de campo não se desenvolvem em sementes armazenadas, desde que estas apresentem um teor de água adequado para o armazenamento, pois estes microorganismos perdem gradualmente a viabilidade.

A maioria dos f'ungos de campo são sensiveis a

altas temperaturas e usu�lmente desaparecem em tais condi­

ções. Entretanto Al. ternaria tenuis pode se desenvolver a

temperatura acima ·de 40°C CNEERGAARD, 1979) ..

Os f'ungos de armazenamento, principal ment.e As­ perei l. l. -us e Perdei l. l. i -um, são adaptados a ambiente com baixa umidade, podendo se desenvolver em materiais cujos conteúdos de umidade estejam em equil1brio com umidade relativa do ar de 65 a 90½ C WETZEL, 1987) .

Espécies de Penicil.l.iwn usualmente são encon­ trados em lotes de sementes armazenados a baixa temperatura

e com grau de umidade das sementes acima de 16½. Em geral ,

as espécies de Penicil.l.ium se desenvolvem em sementes com teor de água maior quando comparados com as espécies de As perei i l. us C WETZEL, 1987) .

(33)

Quant.o à t.emperat.ura, . os f'ungos de armazena­

ment.o em geral crescem mais rapidament.e a 30 e 32°C. Ent.re­

t.ant.o, algumas raças de Aspergi22us e2aucus crescem lent.a­

ment.e próximas de

o

º

c

e cert.as espécies de Penici22ivm podem

crescer a t.emperat.uras abaixo de zero. Em ger.al, est.es f'un­ gos t.em, para o seu máximo desenvol viment.o, uma t.emperat.ura

ót.ima de 30 a 40°C.

Pelo exame de lit.erat.ura, pode-se verif'icar que exist.em variações nas respost.as ao uso de f'ungicidas em f'unção do produt.o e dosagem ut.i l izados, dos genót.i pos, do nivel de qualidade das sement.es e dos microorganismos a elas

assoei a dos. Port.ant.o, estudos nest.e sent.ido devem ser

conduzidos com o objet.i vo· de se encont.rar produt.os mais ef'i ci ent.es no cont.rol e de det.er minados microorganismos que, por seus ef'ei los di r elos ou i ndi r et.os, possam cont.r i bui r para a qualidade das sementes de er:vilha.

(34)

3. MATERIAL E Mt:TODOS

O presente trabalho foi conduzido no Laborató­ rio de Análise de Sementes do Depar t.amento de Agr i cultura (LAS/LAG) e no Laborat.ório de Patologia de Sementes do Departamento de Fit.opat.ologia CLPS/LFT), ambos da Escola Superior de Agr i cul t. ur a "Luiz de Queiroz", da Uni ve.r si da de de São Paulo CESALQ/USP), em Piracicaba, Estado de São Pau­ lo. Os ensaios de campo foram realizados no Campo Experimen­ tal do Cent.ro Nacional de Pesquisa de Hort.aliças./EMBRAPA, em Brasil ia, Di st.r i t.o Federal . O. per 1 odo exper i ment.al teve inicio em outubro de 1988, est.endendo-se até julho de 1989.

3.1. Sementes e Cultivares

Para a realização da pesquisai foram utiliza­ das sement.es de ervilha, saf'ra 1988, sendo dois lotes do cultivar Mikado (sementes lisas), produzidas pelo Serviço de Produção de Sementes Básicas./EMBRAPA; e dois lotes do cultivar Pomak (sementes rugosas), produzidas pela Asgrow do Brasil Sementes Ltda.

Após a recepção, em outubro de 1988, os lotes foram homogeneisados, utilizando-se um divisor cónico.

(35)

3.2. Tratamentos Fungicidas

Após a recepção e homogeneização, cada um d6s lotes f'oi dividido em onze amostras de 2,0 kg, constituindo os tratamentos discriminados na Tabela 1.

Tabela 1 Tratamentos, nome técnico, nome comercial e dosa­

gem dos produtos utilizados na pesquisa. TRATAMENTOS Testemunh a Captan (125 ) Captan (250 > Thi.ro.m {140) Thi.ro.m {280) rprodione ( 100) rprodi.one < ZOO) Benomyl (100) Benomyl. (200)

Iprod. < !;:i0 > +Thi.r. <150} J:prod. < 100 > +Thir. <300> NOME TÉCNICO Captan Captan Thi.ro.m Thi.ram Xprodi.on e I prodi.on e Benomyt Benomyl r pro d i one+Thi.ram X p r o d i one+Thi.ram NOME COMERCIAL Captan 50 Captan 50 Rhodi.o.ura.m Rhodi.o.urom Rovr al, 50 Rovro.t 50 Benlate !'.SO Dental.e 50 Rovri.m Rovr i m 70 70 DOSAGENS <g de i.. a/100 kg de sementes> 125 250 140 zoo· 100 200 100 zoo 200 400

A escolha das dosagens utilizadas dos produtos não regist.rados para a espécie, f'oi f'eit.a com base na reco­ mendação para o trat.ament.o de sement.es das grandes culturas; a dosagem menor f'oi aquela pescrita no rótulo do produto, a maior, o dobro desta.

Para a aplicação dos fungicidas procedeu-se da seguint.e maneira: as sementes f'oram espalhadas sobre uma

(36)

lona plástica; com auxilio de um pulverizador do tipo toale­ te, as sementes :foram levemente umedecidas para depois terem a quantidade correspondente do produto espalhada sobre as mesmas e misturadas de tal modo que o :fungicida cobrisse as sementes de maneira mais uni :for me possi vel . Após isto, as sementes :foram secadas à sombra por 24 horas .. Cada amostra :foi dividida manualmente em quatro partes iguais, com aproximadamente 500 gramas cada, constituindo-se assim as r epet.i çBes.

3. 3. Arrnaze.namento

As sementes :foram acondicionadas em sacos de papel "kraft." e permaneceram armazenadas em condições de ambiente do LAS/LAG/ESALQ./USP durante o per_iodo de novembro de 1988 a abril de 1989. Os dados referentes a temperatura e umidade relativa do ar :foram registrados diariamente, atra­ vés de lermohigrógrafo; os dados obt.idos encontram-se na Tabela 2.

3.4. Avaliação da Qualidade das Sementes

As avaliações :foram realizadas em lrês épocas (intervalos trimestrais), sendo a primeira logo após o t.ra­ tamento fungicida CO), a segunda aos três meses de armazena­ mento C3) e a terceira época aos seis meses, no final do per.iodo de armazenamento (6).

(37)

Tabela 2 - Temperatura (média, máxima e mini ma) e umidade

relaliva do ar , média dos decêndios, durante o

armazenamenlo .dos lotes de sementes de ervilhas cvs. Mikado e Pomak. Piracicaba, 1988/1989.

TEMPERATURA e UMIDADE

MÊS DECÊNDJ:O RELATIVA DO

MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA AR < % )

01 a 10/ 1 1/88 22,4 24 ,2 19,8 67,5 Nov/88 11 a 2O/1.1./BB 25,8 2 7,2 23,9 70 , 3 21 a 30/ 1 1/88 25, 4 ( 2 4,2 > 2<5,3(25,9} 2 2 , 1 < 2 1,9) <58 ,7(68,7 ) 01 a 10/ 12/88 25,7 26,6 23,3 63 ,9 De-z/08 11 a 20/ 12/88 27,4 2 0 , 5 25,3 67 ,5 21 a 3 1 /12/88 24 ,6( 2eJ,8) 25,3(2 6,7} 22,1(2 4,0) 8 1 ,6(7 1,3) 01 a 10/01/89 23,6 24 , 6 22,4 8 1,O Jan/89 11 a 20/0:1/89 24 , i 25,4 22,6 77,B Zi a 3i/Oi/89 25, 4 < 2 4,2} 27,4(25,9) 23,4(22,8 ) 7 i ,3(76,6} Oi a iO/O2/89 25,O 26,2 23,9 7!5,0 Fev/89 i 1 a 20/02/89 25,4 26, 4 23,5 77,9 21 a 28/02/89 26, 3 < Z:::S,5) 2 7,8(2 6,7) 24, 8 ( 2 4,O> 72 , 8(75,4 } Oi a iO/O3/09 25,9 27,3 24,i 68 ,5 Mo.r/09 1i a 20/03/09 24,6 25,8 1 3, 1 73 , 8 21 a 3 1/03/89 25,3(20.,3} 2 7 ,· 2 ( 2 6 , 8 ) 22, 1<2 1 ,9> 70,3(70,8 ) 01 a 10/04/89 25,B 27,B 23,3 70 ,8 Abr/89 11 a 20/04/89 23,9 25,9 21. ,9 73 , 3 21 a 30/04/89 22, 7 < 2 4,2 > 25,2(26,3 ) 22, 1<2 1,7) 66,5(70,Z)

Médi.as mensais entre parênteses.

3.4.1. Germinação

Realizado com 200 semenles C4 repelições de 50 sementes) para cada tratamento, semeadas em rolo de papel toalha "Germitest." e colocadas para germinar em aparelho

Stul ts, sob temperatura constante de 20°C. O volume de água

(38)

peso do substrato. As contagens 1oram realizadas aos 5 e 8 dias após a semeadura e, as avaliações, e1etuadas segundo os critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1980); computaram-se as porcentagens de plântulas normais para cada repetição,

médios por repetição.

obtendo-se dados

3.4.2. Primeira contagem de germinaç�o

Foi . conduzi do conJ unt.amente com o leste de germinação, sendo a leitura realizada no quinto dia após a

instalação do mesmo, con1or me descrição contida em MARCOS

FILHO et aLii (1987).

3.4.3. Envelhecimento acelerado

Utilizaram-se 200 sementes por tratamento, em 4 repetições de 50 sementes, distribuidas sobre uma bandeja de tela de aluminio 1ixada no interior de uma caixa plástica tipo "Gerbox", 1unci onando como comparti menta individual (mini-câmara). No interior dessa mini-câmara foram adiciona­ dos 40 ml de água e, em seguida, os "Gerbox" adaptados foram levados a uma incubadora, conforme metodologia recomendada pelo Comitê de Vigor da "ASSOCI A TI ON OF OFFI CI AL SEED ANALYSTS" (1983) e descrita por MARCOS FILHO et aUi (1987). As sementes permaneceram em incubadora, marca Fanem, regula­

(39)

est.e per iodo, as sement.es f'oram colocadas para germinar, conf'orme descrito no item 3. 4.1.

A avaliação das plânlulas f'oi realizada cinco dias após a semeadura, computando-se a porcentagem de plân­ tulas norma-is por amostra e obtendo-se dados médios para cada repetição.

3.4.4. Condutividade elétrica

Conf'or me met.odol ogi a recomendada pelo Comi lê de Vigor da "ASSOCIATION OF OFFICIAL SEED ANALYSTS" C1983), ut.ilizaram-se quat.ro repeli ções de 25 sement.es para cada tratamento, escolhidas para remoção daquelas cbm tegument.o

danificado mecani cament.e e pesadas em balança com precisão

de 0,01 g. Em seguida, as sement..es :fóram colocadas em copos plásticos contendo 75, O ml de água destilada, permanecendo em germinador, marca Burrows, à t.emperat.ura constante de

20°C durante 24 horas. Decorrido este periodo, a condutivi­

dade elétrica da solução foi determinada através de conduti­ vimet.ro, marca Digimed, sendo os valores médios obtidos para cada repetição expressos em umhos por grama de sementes.

3.4.5. Emergência das plânlulas em campo

Foram utilizadas quatro repetições de 50 se­ mentes por t.ratament..o, dist.ribuidas· a uma prof'undidade de 0,06 m em sulcos de 2,0 m de compriment.o, no espaçament.o de

(40)

0,20 x 0,04 m. Foram realizadas irrigaçBes periódicas,sempre que necessário. As contagens f'oram ef'etuadas aos 15 dias após a semeadura, computando-se as porcentagens de plântulàs emersas. As datas de semeadura f'oram 17/12/88, 10/03/89 e 26/06/89. Os dados de temperatura e precipitação pluvial ref'erent.es a essas épocas encontram-se nas Tabelas 3, 4 e 5. Tabela 3 - Temperatura (média, máxima e minima) e precipita­

ção pluvial diárias, durante a primeira época de

DATA 12/12 13/12 14/12 1!5/12 16/12* 17/12 18/12 19/12 20/12 21/12 22/12 23/12 24/12 Z!!l/12 Zô/12 27/12 28/12 29/12 30/12 31/12

**

01/01

*

Data de

••

Data de

semeadura dos lotes Brasilia, 1988/1989. dos TEMPERATURA MéDIA MÁXIMA 2 1 , !5 25,8 20,9 23,0 22,6 26, 4 21 ,1 25, 8 21,!5 25, 6 22,1 27, 8 22 ,,3 26, 8 22, !!I 26, Z 22,5 27,B 2 3, 9 28,6 22,4 26,8 20,8 27,0 20, 1 27,8 2016 2<'.S, O zz,o 28, Z 2 5, 5 30,0 25, 1 30,0 25,5 ao, a 27,4 32, 8 25,0 30,0 22,1 28,0 serneadu r a: contagem. CVS, Mikado e Pomak. e PRECIPITAÇÃO MÍNIMA < mm/a t t. } 18,4- 4-7, 3 19,0 20,9 :l 9, 4 o,o 17, O 59,0 16,2 50, Z 19,8 1 7, 5 :f.6,0 8,5 18,0 3,0 1 7, !5 s>, 6 Z0,5 o,o 18, O o,o 18,0 12,5 18,8 o,a :l 7, 5 3,6 1 7,5 0,3 16,0 o,o :f.!5,6 o,o :l 7, 5 o,o 18,0 o,o 17,2 4,5 1<:J,O o,o

(41)

Tabela 4 - Temperatura (média, máxima e minima) e precipila-DATA 05/03 06/03 07/03 08/03 09/03 10/03 11/03 12/03 13/03 14/03 15/03 16/03 17/03 18/03 19/03 20/03 21/03 22/03 23/03 24/03

**

25/03 Data de

**

Data de

ção pluvial diárias, durante a segunda época de

semeadura dos lotes Brasília, 1989. dos TEMPERATURA ·MÉDIA MÁXJ'.MA 25,9 30,4 24,9 30,0 24,6 29,B 23,7 29,2 24, 9 29,6 25,3 29,4 24,1 29, 8 22,0 29, 2 22, 2 28,0 22,0 28 , 6 23,0 28,6 24,6 20 ,a 24, :t· 29,0 23,5 29,6 24,2 29, 8 21,9 28 , 2 20,5 2 7, 4-23,2 29,0 2 1, 8 ZB,6 23,4 27,0 23,0 27,8 semeo.du r a; contagem. o CVS. Mikado e Pomak. e PRECIPITAÇÃO MÍNIMA <mm/al t.. > 16,5 o,o 16, 5 o,o 1 7 , e o,o 1 6, 2 o·,o 16, a o,o 18, O 0,0 10, o o;o 1 B, 5 4,2 18, 5 30,4 18, 2 20,7 19,0 O, 1 1 7, 4 0,0 18, O o,o 16,0 o,o 18,0 o,o 1?,� o, e:, 18,2 Z,4 15,4 1 ,8 18, O o,o 18, 4 o,o 17,5 0,0

(42)

Tabela 5 Tem per a t. ur a C médi a , máxima e mini ma) e pr eci pi t.a -ção pluvial diárias, durant.e a terceira época de semeadura dos lot.es

Brasil ia, 1 989.

dos CVS. Mikado e Pomak.

o

TEMPERATURA e

DATA PRECIPITAÇÃO

MÉDIA MÁXIMA MÍNIMA < mm/a.l t. >

20/06 Z 1, 9 26, 0 11,0 8 , 4-21/06 23,1 28, 4 15,5 7,7 22/06 23,0 2 7, 8 16, 5 6,6 23/06 22,1 25, 8 14-, 2 4-, 8 24-/06* 2 2 , 4- 27,6 12,0 B, O 25/06 17,9 25, 8 16,2 3, O 26/06 20,1 24-,4 10,5 8,2 27/06 20,3 2::lõ, 6 13,5 8,5 28/06 22, 5 26, 8 13,5 �.5 29/06 22,3 26, 8 14,5 7,2 30/06 22,8 27,4 1:,,:, 6,2 01/07 22,9 28 __ , 4- 1<5,2 6,0 02/07 22,7 2 7 , 4- 16,6 o,o 03/07 22,1 Z 6, 4- 15, O o,o 04/07 2 1, 9 26,4- 14-, 5 o,o 05/07 22,0 27, 2 14,0 o,o 0<5/07 18,9 2 4, 4- 13,5 0,0 07/07 1 7 , 1 2 4-, 2 12,0 0,0 08/07 18 ,9 24, 0 12,8 0,0 09/07

**

18 ,0 24, 8 14, 4 0,0 1'0/07 19,.1 23, 8 13,6 0,0 Data de semeadura;

**

Data de contagem.

3.4.6. Deternúnação do grau de umidade

Foi ef'et.uada pelo mét.odo da est.uf'a, a 105 +

3°C, durant.a 24 horas, utilizando-se duas sub amost.ras por

repetição, conf'orme as prescriçeíes das Regras para Análise de Sement.es (BRASIL, 1980). Os resultados foram expressos em porcentagem média para cada repetição.

(43)

3.4.7. Sanidade das sement.es

Foram utilizadas quitro repetiçaes de 50 se-mentes por tr a t.amento. Ut.i li zou-se o método do papel de fillro com congelamento, con.forme descrito por NEERGAARD C 1979). As sementes f'oram distribui das em placas de Petr i plástica, contendo três f'olhas de papel de .filtro, previa-mente umedecidas em água destilada, sendo colocadas 10

sementes por placa. Em seguida, estas f'oram colocadas em

câmara para incubação, a temperatura constante de 20°C em

regime de 12 horas com luz branca fluorescente alternada p9r

12 horas de escuro. A seguir estas .foram colocadas em um

"f'reezer ", à temperatura de -20 C, durante 24 horas, com a o

finalidade de se evitar a germinação das sementes; em segui-da, retornaram à câmara de incubação por cinco dias, comple­ tando o periodo de 7 dias para a avaliação da porcentagem de microorganismos presentes nas sementes. A porcentagem e identidade dos microor9anismos encontrados .foram avaliados com o auxilio de microscópio estereoscópio (aumento de 40 a 60 vezes); quando necessária a i dent.i f' i cação das estruturas dos microorganismos .foi feita utilizando-se microscópio composto (aumento de 100 a 400 vezes).

3.5. Procedimento Est.at.fstico

Os dados obtidos nos t.est.es de germinação, primeira con�agem de germinação, envelhecimento acelerado e

(44)

emergéncia das piântulas em campo foram transformados em are sen YPorcent.agem/100, enquanto os referentes à condutividade elétrica não foram transíormados.

Os dados referentes a determinação do grau de umidade das sementes, bem como a análise de sani dad9", não foram analisados estatisticamente.

A análise d.e variânéia foi realizada separada­

mente para cada cultivar e época. O delineamento utilizado

foi o inteiramente casualizado, em arranjo :fatorial com

quatro repetições. para os testes de laboratório, enquanto que para emergência das plãntulas em campo íoi utilizado o delineamento em blocos casualizados. Os esquemas utilizados para a.análise. de variâncía se encontram nas Tabelas 6 e 7.

Tabela 6 Esquema da análise de variância par a cada cul ti

-var, com os dados obtidos nos testes de labora­

t.ór i o. CAUSAS DE VARIAÇÃO TOTAL Lotes Tratamentos Lotes x Tratamentos Residuo ORAUS DE LIBERDADE 1 10 10 c:sc:s 87

(45)

Tabela 7 - Esquema da análise de variância para cada culti­ var, com os dados obtidos nos testes de campo. CAUSAS DE VARIAÇÃO TOTAL Lotes Trato.mentos Lotes x Tro.to.mentoe D l ocos Residuo GRAUS DE LIBERDADE 1 10 10 ·3 c,3 87

Nos casos em que a interação Lotes x Tr_atamen­ tos foi significativa, foi realizado o desdobramento dos

graus de liberdade para veriíicar os efeitos

de

lotes dentro

dos tratamentos e de tratamentos dentro de lotes.

A comparação entre as médias foi efetuada através do teste de Tukey, ao nível de 5¼ de probabilidade.

(46)

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Cultivar Mikado

Os valores de F para eI'eito de tratamentos nos

test.es realizados nas respect.ivas épocas de análise encon­ t.ram-se na Tabela 8.

4.1. 1. Germi naçâo

ConI'orme se observa na Tabela 8, a interação Loles x·Trat.ament.os não foi significativa para est.e parãme­ t.ro. Com ist.o, a discussão foi feit.a com base na �édia dos dois loles (Tabela 9).

No inicio do armazenamento, à exceção do tra­ tament.o com Iprodione C100 g de i.a/100 kg desement.es), t.o­ dos os demais proporcionaram um pequeno aument.o da porcent.a­ gem de germinação quando comparadas com sement.es não t.rat.a-das, embora sem significado estat.ist.ico. Nest.a primeira época, a incidência da maioria dos microorganismos associa­ dos às sementes foi maior, CTabel.as 15 e 16), quando compa­ radas às duas outras épocas; e pode-se, então, verificar uma maior respost.a aos produtos fungicidas pelas sementes, pro­ porcinando assim um efeito benéfico� germinação.

(47)

Ta.bs.?l .:a 9 V.:alor�= dQ F obtido= n.:a� .:an�li=�= d� vari�nci.:a do= d.:ado= r���r�nt�= ao$ tQ =-tes realizados durante o período experimental, para Mikado, Piracicaba, 1gsg, ÊPOCAS (me1111e111) () s cS CAUSAS DA VARXACÃO Lote-e < L > Tro.t. o.mont. oe < T > Int.ero.,oô'.o LxT L·ot.oo ( L > TrÓ.lo.monloo < T > Xnt.oro.Qô'.o LxT Lot.eo < L > Tro.t.o.m,o,nt.oe < T > Xnlor-o.�a'.<> L><T -li' si.9ni,fi,i:::o.l,i,vo o.o n;;v,:,\, d1:>

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Referências

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