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NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

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ANO XXII

SUMÁRIO PÁGINAS

CADERNO-A

TRIBUNAL DE JUSTIÇA...A-01 a A-23

T.R.E...A-23 a A-24

MIN. PÚBLICO ESTADUAL...

A-24

CADERNO-B

TERCEIRA ENTRÂNCIA...B-01 a B-12

CADERNO -C

SEGUNDA ENTRÂNCIA....C-01 a C-24

CADERNO -D

PRIMEIRA ENTRÂNCIA...D-01 a D-04

DESPACHO DO PRESIDENTE Precatório nº 100.001.2000.004356-8

Requerentes: Elissandra Gomes Fernandes e outra Advogada: Amanda Camelo Correa (OAB/RO nº 883)

Requerido: Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON

NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

NÚMERO 235 PORTO VELHO-RO, SEGUNDA-FEIRA, 20 DE DEZEMBRO DE 2004

Advogada: Maria Célia Harumi Taketa (OAB/RO nº 250-B) “Vistos.

1. Tendo em vista a certidão supra, acolho a atualização do cálculo constante às fls. 30/31.

2. Inclua-se na previsão orçamentária de pagamentos.

3. Intime-se os interessados. Porto Velho, 14 de dezembro de 2004.”

(a.) Desembargador Valter de Oliveira Presidente

DESPACHO DO PRESIDENTE Precatório nº 100.003.1999.002145-1

Requerente:Carlos da Costa Almeida

Advogados: Silvio José Jerônymo Vian (OAB/RO nº 547-A) e outros Requerido: Estado de Rondônia

Procuradores do Estado: Renato Condeli e outros

“Vistos.

1. Tendo em vista a certidão supra, acolho a atualização do cálculo constante às fls. 27/29.

2. Uma vez respeitada a ordem cronológica de precedência e segundo as possibilidades do depósito, proceda-se ao empenho e respectiva ordem bancária.

3. Após, manifeste-se o requerente. Porto Velho, 16 de dezembro de 2004.”

(a.) Desembargador Valter de Oliveira Presidente

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DIÁRIO DA JUSTIÇA

NÚMERO 235

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- 2 - 2 - 2 - 2 - 2

TRIBUNAL PLENO ADMINISTRATIVO SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

ATA Nº 608

ATA DA 608ª (SEXCENTÉSIMA OITAVA) SESSÃO DO TRIBUNAL PLENO ADMINISTRATIVO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA, REALIZADA EXTRAORDINARIAMENTE EM 06 DE DEZEMBRO DE 2004, SOB A PRESIDÊNCIA DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR VALTER DE OLIVEIRA.

Presentes os Excelentíssimos Desembargadores Eurico Montenegro, Eliseu Fernandes de Souza, Gabriel Marques de Carvalho, Sebastião Teixeira Chaves, Zelite Andrade Carneiro, Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes, Roosevelt Queiroz Costa, Ivanira Feitosa Borges, Rowilson Teixeira, Sansão Saldanha e Péricles Moreira Chagas.

Secretária Belª. Eline Gomes da Silva

Ausente, justificadamente, o Desembargador Renato Martins Mimessi.

A sessão do Tribunal Pleno Judiciário foi transformada em sessão do Pleno Administrativo às 18h e 40min, em seguida, o Senhor Presidente apresentou à Corte o requerimento da Juíza de Direito Sandra Aparecida Silvestre, com pedido de renovação do afastamento para compor um dos Tribunais (“painéis”) de Julgamento de

SECRET SECRET SECRET SECRET

SECRETARIA JUDICIÁRIAARIA JUDICIÁRIAARIA JUDICIÁRIAARIA JUDICIÁRIAARIA JUDICIÁRIA A V I S O

A V I S O A V I S O A V I S O A V I S O

AOS SENHORES ADVOGADOS AOS SENHORES ADVOGADOS AOS SENHORES ADVOGADOS AOS SENHORES ADVOGADOS AOS SENHORES ADVOGADOS

As normas contidas nos artigos 77, § 5º e 320, do RI deste Tribunal, bem como no item 60.2, seção III, das Diretrizes Gerais Judiciais, somente se aplicam no âmbito do Estado de Rondônia, não alcançando, em hipótese alguma, eventuais recursos aos Tribunais Superiores (STF e STJ), devendo o recolhimento das custas de preparo, portes de remessa e de retorno, quando devidos, serem feitos nos termos da Tabela em vigor, organizada pelo STF, constante na Resolução nº 282 de 3 de fevereiro de 2004, publicada no DJU, seção I , em 6-2-2004; da Resolução nº 8 do STJ, de 1º-10-2003 (publicada no DJU - Seção I, de 7-10-2003), do provimento nº 001/97-PR (publicado no DJ nº 120 de 30-6-97), com alterações introduzidas pelo Provimento nº 001/99-PR (publicado no DJ nº 105, de 10-6-99) e Provimento nº 002/99-PR de 19-8-1999, observando-se no recolhimento de valores as disposições contidas na instrução nº 11/98 (publicada no DJ nº 211, de 12-11-98 e anexo I).

——————————————————————————————— A

A A A

ATENÇÃO!TENÇÃO!TENÇÃO!TENÇÃO!TENÇÃO!

Para maior celeridade e segurança dos documentos enviados, via fax, a este Tribunal, deverá ser observado, incontinenti, que se o assunto for inerente à área Cível o fax é 217-1074; Criminal 217-1076; Especial 217-1078; e Tribunal Pleno 217-1072. Excepcionalmente, poderá ser utilizado o fax nº 217-1013 (Presidência), se esgotadas as possibilidades dos números anteriores.

Belª. Eline Gomes da Silva Belª. Eline Gomes da SilvaBelª. Eline Gomes da Silva Belª. Eline Gomes da Silva Belª. Eline Gomes da Silva

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- 3 - 3 - 3 - 3 - 3 ANO XXII

Crimes Hediondos e Graves Violações a Direitos Humanos, instalado em Díli, capital do Timor Leste, no período de 1º/12/04 a 30/5/05, conforme o disposto no art. 112, do RITJ/RO. Submetido à discussão e votação, o Pleno aprovou por unanimidade, sem prejuízo de seus vencimentos; ficando ressaltado que, conforme o disposto no art. 114 do Regimento Interno desta Corte, os períodos de férias

coletivas verificados no transcorrer da licença serão considerados usufruídos pelo magistrado, não ensejando direito à compensação.

Ao final, o Senhor Presidente apresentou à Corte a Minuta de Resolução da Progressão Funcional dos servidores que se enquadram nos critérios deferidos nas Instruções nº 012/04-PR e 013/ 04-PR, a qual, após discussão, foi aprovada à unanimidade.

Nada mais havendo, o Senhor Presidente, após a leitura e aprovação da ata, declarou encerrada a sessão às 19horas.

Porto Velho, 06 de dezembro de 2004.

Desembargador VALTER DE OLIVEIRA PRESIDENTE

TRIBUNAL PLENO ADMINISTRATIVO SESSÃO ORDINÁRIA

ATA Nº 609

ATA DA 609ª (SEXCENTÉSIMA NONA) SESSÃO DO TRIBUNAL PLENO ADMINISTRATIVO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA, REALIZADA ORDINARIAMENTE EM 13 DE DEZEMBRO DE 2004, SOB A PRESIDÊNCIA DO EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR VALTER DE OLIVEIRA.

Presentes os Excelentíssimos Desembargadores Eurico Montenegro, Eliseu Fernandes de Souza, Gabriel Marques de Carvalho, Sebastião Teixeira Chaves, Zelite Andrade Carneiro, Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes, Roosevelt Queiroz Costa, Ivanira Feitosa Borges, Rowilson Teixeira, Sansão Saldanha e Péricles Moreira Chagas.

Secretária Belª. Eline Gomes da Silva

Ausente, justificadamente, o Desembargador Renato Martins Mimessi.

A sessão foi declarada aberta às 8h e 40min, em seguida foram adiados os seguintes processos:

1- Processo Administrativo n. 200.000.2003.000727-5 Origem: Secretaria Administrativa

Objeto: Pedido de revisão da decisão que ensejou a Lei Complementar n. 280/03 e resultou em redução de vencimentos

Recorrentes: Adalberto Carlos do Nascimento Silva e outros Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

Relator: DES. CÁSSIO RODOLFO SBARZI GUEDES Impedido: Des. Gabriel Marques de Carvalho

Decisão: “Foi adiado a pedido do Desembargador Valter de Oliveira”.

2 - Processo Administrativo n. 200.000.2004.001139-9

Origem: Departamento de Recursos Humanos (810/DRH/ 03)

Objeto: Recurso referente ao indeferimento do pedido de correção do valor da incorporação de quintos, com todas as gratificações

Recorrente: Mauro Roberto da Silva

Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

Relator: DES. SANSÃO SALDANHA

Impedido: Des. Gabriel Marques de Carvalho

Decisão: “Foi adiado a pedido do Desembargador Péricles Moreira Chagas”.

3 - Processo Administrativo n. 200.000.2004.004996-5

Origem: Departamento de Recursos Humanos (291/DRH/ 04)

Objeto: Recurso referente indeferimento do pedido de horas-extras

Recorrente: Evaldo da Costa Farias

Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia Relator: DES. RENATO MARTINS MIMESSI Impedido: Des. Valter de Oliveira

Decisão: “Foi adiado em virtude da ausência do Relator”. Na seqüência, foram apreciados os seguintes processos:

1 - Processo Administrativo n. 200.000.2004.001803-2 Origem: Departamento Pleno Administrativo

Objeto: Recurso referente exclusão dos Juízes Auxiliares do Tribunal de candidaturas nas vagas para Juiz de Direito do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Rondônia

Recorrentes: Marcos Alaor Diniz Grangeia e outros Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia

Relator: DES. GABRIEL MARQUES DE CARVALHO Decisão: “Após o voto de vista do Desembargador Roosevelt

Queiroz Costa, dando provimento ao recurso, pediu vista o Des. Rowilson Teixeira; o Des. Eurico Montenegro aguarda”.

2 - Processo Administrativo n. 200.000.2004.003282-5

Origem: Departamento de Recursos Humanos (291/DRH/ 04)

Objeto: Recurso referente a aplicação da pena de suspensão

Recorrente: Paulo Adriano da Silva

Recorrido: Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia Relatora: DESª ZELITE ANDRADE CARNEIRO

Impedido: DES. GABRIEL MARQUES DE CARVALHO E VALTER DE OLIVEIRA

Decisão: “Recurso provido por maioria, vencido o Desembargador Eliseu Fernandes”.

3 - Processo Administrativo n. 200.000.2004.004742-3

Origem: 1ª Vara de Execução Fiscais (Processo nº 001.2001.010767-2)

Objeto: Recurso referente nulidade de ato jurídico/ Registro Público

Requerente:Osmar Soares Silveira

Advogado: José Clarindo Queiroz (OAB/RO nº 265-A)

Requerido: Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis de Porto Velho Advogados: Celso Ceccatto (OAB/RO nº 111) e Bárbara Julyane da Rocha

Teixeira (OAB/RO nº 1122) Relator: DES. ELISEU FERNANDES

Decisão: “Recurso não conhecido. Unânime.

Em seguida, o Senhor Presidente passou a palavra para a Desembargadora Ivanira Feitosa Borges que apresentou à Corte breve relato de sua viagem à cidade do Rio de Janeiro/RJ, onde participou da XVI sessão do Fórum Nacional de Juizados Especiais, nos dias 23 a 26 do corrente.

Retomando a palavra, o Senhor Presidente, nos termos do Art. 180 do RITJ/RO, apresentou à Corte a relação dos Juízes Substitutos, para o sorteio dos Desembargadores que os acompanharão em suas atividades.

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DIÁRIO DA JUSTIÇA

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- 4 - 4 - 4 - 4 - 4

Realizado o sorteio, ficou consignado:

DESEMBARGADOR JUIZ

Sebastião Teixeira Chaves Cristiano Gomes Mazzini Gabriel Marques de Carvalho Juliano Etchegaray Fonseca Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes Andresson Cavalcante Fecury Sansão Batista Saldanha José Gustavo Melo Andrade Fonseca Zelite Andrade Carneiro Emy Karla Yamamoto

Ivanira Feitosa Borges Danilo Augusto Kanthack Paccini Renato Martins Mimessi Márcia Cristina Rodrigues

Ao término, o Senhor Presidente apresentou à Corte o resultado final da eleição do Colaborador Padrão do Tribunal de Justiça de Rondônia do ano de 2004, tendo sido escolhido Colaborador Padrão do ano o servidor Jeffthy Marinho Garcia Batista para ser condecorado com a Medalha do Mérito Judiciário, conforme o art. 45 e 301, inciso II, do RITJ/RO. O Pleno homologou à unanimidade.

Nada mais havendo, o Senhor Presidente, após a leitura e aprovação da ata, declarou encerrada a sessão às 10h e 30min.

Porto Velho, 13 de dezembro de 2004. Desembargador VALTER DE OLIVEIRA

PRESIDENTE

DESPACHO DO RELATORA Mandado de Segurança nº 200.000.2004.007579-6 Impetrante: Mário Lemes Esteves

Advogados: José de Oliveira Heringer (OAB/RO nº 575) e outro Impetrado: Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal de Ariquemes

“Vistos, etc.

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado por Mário Lemes Esteves contra ato do Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Ariquemes.

Relata que foi preso em flagrante no dia 9 de setembro transato, por ter, em tese, praticado crime de falsidade ideológica (art. 299, do CP - denúncia de fl. 8/10). Naquela ocasião foram apreendidos seus documentos pessoais, tais como: Cédula de Identidade, CPF, Título de Eleitor, Certificado de Reservista e a Carteira Nacional de Habilitação.

Alega que requereu à autoridade impetrada (petição de fl. 44), a liberação dos documentos apreendidos e encaminhados para perícia, a qual, após a opinião contrária do órgão ministerial (fl. 44v) indeferiu o pedido (fl. 45).

Aduz que a decisão fere direito líquido e certo, em razão de estar impossibilitado de trabalhar, por exercer como profissão a de motorista.

Requer a concessão de liminar, a fim de que lhe sejam restituídos os seus documentos pessoais.

Posto isso, decido.

Como é cediço, incumbe ao juiz conduzir o processo provendo à sua regularidade (CPP, art. 251), competindo-lhe, ainda, decidir sobre a oportunidade e conveniência da restituição das coisas apreendidas (ou documentos), antes do trânsito em julgado da decisão terminativa do feito.

Na espécie, a autoridade impetrada indeferiu o pedido de restituição dos documentos com suporte no art. 118 do CPP, argumentando que os documentos ainda interessam ao processo, já que o fato que está sendo apurado na instrução processual busca evidenciar eventual falsificação de documentos (fl. 45).

Assim, entendo incabível a presente ação, porquanto o remédio próprio para se obter a devolução de coisas apreendidas quando da prisão em flagrante é o pedido de restituição, somente cabível após o trânsito em julgado da sentença final.

É certo que a jurisprudência tem admitido a

impetração do mandado de segurança somente quando se tratar de decisão teratológica, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, em que se torne patente a irreparalidade do dano, porém, não vislumbro ilegalidade ou abuso de poder na decisão atacada, até porque está devidamente fundamentada e não viola o direito postulado pelo impetrante, uma vez que o ato impugnado foi proferido em cumprimento à lei.

Ante o exposto, indefiro de plano a inicial nos termos do art. 8º, da Lei n. 1.533/51 e, por conseqüência, extingo o processo sem o julgamento do mérito conforme a dicção do art. 267, inc. I, do CPC. Procedidas as anotações de praxe, arquivem-se. Publique-se.

Intimem-se. Cumpra-se.

Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.” (a.) Desembargadora Zelite Andrade Carneiro

Relatora

DESPACHO DO RELATORA Mandado de Segurança nº 200.000.2004.006040-3 Impetrante: José Maria Martins

Advogado: Mário Jonas Freitas Guterres

Impetrado: Secretário de Estado da Saúde de Rondônia Procuradores do Estado: Renato Condeli e outros

“Vistos, etc.

José Maria Martins, portador de moléstia grave, impetrou mandado de segurança contra ato omissivo do Secretário de Saúde do Estado de Rondônia, por não ter este efetuado o procedimento necessário para aquisição dos medicamentos Triptanol, Diazepan e Iskemil, destinados à cura da doença.

A liminar foi concedida pelo Juiz Convocado Walter Waltenberg Silva Júnior (fls. 24/25), no sentido de que a autoridade impetrada providenciasse os medicamentos no prazo de 3 (três) dias.

Por meio das informações prestadas às fls. 27/ 33, o impetrado assevera que os medicamentos Triptanol e Diazepan, encontram-se disponível na Gerência de Medicamentos da Sesau. Quanto ao medicamento Iskemil foi autorizado a abertura do processo administrativo n. 1712.01596/04 para sua aquisição.

Pois bem.

Nos termos da certidão de fl. 50, a senhora oficiala de justiça atesta que o impetrante retirou o medicamento Deiitroergocristina (Iskemil), em 29/11/2004. Certifica, mais, que na manhã do dia 30/11/ 2004, foram entregues ao patrono do impetrante os medicamentos Diazepan e Amitriptilina (Triptanol), tudo na sua presença e em conformidade com as requisições assinadas e anexadas às fls. 54/55.

Assim, entendo que desapareceu a omissão que afligia o impetrante e, também, o interesse em obter a segurança, ante o que se convencionou denominar de liminar “satisfativa”.

Nesse sentido, temos:

PROCESSUAL MANDADO DE SEGURANÇA -FORNECIMENTO DE REMÉDIO - LIMINAR SATISFATIVA - FALTA DE INTERESSE - EXTINÇÃO DO PROCESSO.

- O processo de Mandado de Segurança, tanto quanto aqueles disciplinados pelo Código de Processo Civil,

subordina-se ao adimplemento das condições de ação. Desaparecida uma dessas condições, o processo extingue-se.

- Liminar satisfativa faz desaparecer o interesse do impetrante.

- Restabelecido, por efeito de liminar, o fornecimento de remédio, cuja interrupção ensejara o pedido de Segurança, o processo extingue-se, por falta de interesse (STJ - ROMS n. 16373/RJ, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 13/10/2003).

No mesmo sentido são os Mandados de Segurança ns. 200.000.2004.004300-2 e 200.000.2004.003931-5, ambos de minha relatoria.

Bem por isso, julgo extinto o processo sem o julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inc. VI, do CPC.

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004.” (a.) Desembargadora Zelite Andrade Carneiro

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Poder Judiciário do Estado de Rondônia Câmara Criminal

Pauta de Julgamento Sessão 900

Pauta elaborada nos termos do artigo 379 e seguintes do Regimento Interno deste Tribunal, relativa aos processos abaixo relacionados, bem como àqueles adiados de pautas já publicadas, que serão julgados em sessão que se realizará aos três dias do mês de fevereiro do ano dois mil e cinco, às 08h30.

Obs.: Para a sustentação oral, conforme previsto no art. 57 “caput” e parágrafo 1º do referido Regimento, os senhores advogados deverão inscrever-se, previamente, junto ao Departamento Judiciário Criminal, ou verbalmente, até o início da Sessão, observando-se, o disposto nos parágrafos 1º e 2º do artigo 405 da mesma norma.

n.01- 200.000.2002.009472-8 Apelação Criminal

Origem: 01519990027508 Guajará-Mirim/ 2ª Vara Criminal Apelante: Raimundo Nonato Correa dos Santos

Advogado: Floriano de Mello Figueiredo Neto (OAB/RO 561A) Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia

Relator: DES. CÁSSIO SBARZI

Artigos: 331 (duas vezes) c/c o artigo 71, ambos do Código Penal Brasileiro

Distribuído por Sorteio em 19-12-2002 Redistribuído por Transferência em 01-01-2004 n.02- 100.010.2003.003176-1 Apelação Criminal

Origem: 01020030031761 Rolim de Moura/ 1ª Vara Criminal Apelante: Alex Sandro Barbosa de Lima

Advogados: Márcio Antônio Pereira (OAB/RO 1615), João Carlos da Costa (OAB/RO 1258) e Luciana Beal (OAB/RO 1926)

Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia Relator: DES. CÁSSIO SBARZI

Revisora: Desª. Ivanira Borges

Artigos: 146 § 1º e 157 § 2º inciso I na forma do artigo 69 todos do Código Penal

Distribuído por Sorteio em 19-02-2004

n.03- 200.000.2003.002682-2 Apelação Criminal

Origem: 01220020005867 Colorado do Oeste/ 1ª Vara Criminal Apelante: Luiz Carlos Clementino

Advogados: Lidio Luis Chaves Barbosa (OAB/RO 513A) e Ermógenes Jacinto de Souza (OAB/PA 3355)

Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia Relator: DES. CÁSSIO SBARZI

Revisora: Desª. Ivanira Borges Artigo: 10 § 2º, da Lei nº. 9437/97 Distribuído por Sorteio em 08-08-2003 Redistribuído por Transferência em 01-01-2004 n.04- 200.000.2003.004464-2 Apelação Criminal

Origem: 01620020035166 Costa Marques/ 1ª Vara Criminal Apelante: João Messias Pereira dos Santos

Advogado: Everardo Luz de Magalhães (OAB/RO 339A) Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia Relator: DES. CÁSSIO SBARZI

Artigo: 10, § 1º, III da Lei 9437/97

Distribuído por Prevenção de Magistrado em 11-09-2003 Redistribuído por Transferência em 01-01-2004

n.05- 200.000.2003.003215-6 Apelação Criminal Origem: 00720010064440 Cacoal/ 1ª Vara Criminal Apelante: Jabson Tome Rabelo

Advogado: Miguel Antônio Paes de Barros (OAB/RO 301) Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia Relator: DES. CÁSSIO SBARZI

Artigo: 331 do Código Penal

Distribuído por Sorteio em 08-08-2003 Redistribuído por Transferência em 01-01-2004

n.06- 200.000.2003.002699-7 Apelação Criminal

Origem: 50120000011432 Porto Velho - Fórum Criminal/ 2ª Vara Criminal

Apelante: Genildo Souza Ramos

Defensora pública: Rosária Gonçalves Novais (OAB/RO 407) Apelado: Ministério Público do Estado de Rondônia

Relator: DES. CÁSSIO SBARZI Artigo: 10, caput, da Lei 9437/97 Distribuído por Sorteio em 01-08-2003 Redistribuído por Transferência em 01-01-2004

Porto Velho, 16 de dezembro de 2004. (a.) Desª Zelite Andrade Carneiro

Presidente da Câmara Criminal

DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO CRIMINAL CÂMARA CRIMINAL

DESPACHO DO RELATOR Referência:

Habeas Corpus 100.501.2004.010073-7 Paciente : Luís Carlos Dias

Impetrantes: Arcelino Leon (OAB-RO 991) e Karina Rocha Prado (OAB-RO 1776)

Impetrado: Juízos de Direito da Vara da Auditoria Militar e da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho/RO

Vistos,

O advogado Arcelino Leon, devidamente qualificado nos autos, impetra habeas corpus, com pedido de liminar, em favor de Luís Carlos Dias, apontando como autoridades coatoras os Juízos da Vara da Auditoria Militar e da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho.

Aduz o ilustre causídico que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 08-12-2004, por infração, em tese, do art. 171, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal, estando atualmente preso no Presídio Urso Branco. Relata que o referido auto de prisão em flagrante foi distribuído para a Vara da Auditoria Militar desta capital, tendo o impetrante ajuizado pedido de liberdade provisória, haja vista preencher o paciente todas as condições de responder o processo em liberdade.

Afirma que o magistrado da respectiva vara, ao fundamento de inconstitucionalidade da Súmula 2, do Colendo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, determinou a remessa dos autos para o cartório distribuidor criminal para que o feito fosse redistribuído para uma das varas genéricas, sendo, então, redistribuído para a 1ª Vara Criminal, onde, por sua vez, com base na Súmula 2 do TJRO, o magistrado daquela vara não acolheu as razões invocadas, determinando a imediata devolução dos autos para o juízo da Auditoria Militar, que suscitou conflito negativo de competência.

Sustenta que o pedido, apesar de tratar-se de réu preso, não está recebendo do Poder Judiciário a devida e merecida atenção, que por razões de ordem administrativa interna, não tem o seu pedido analisado. Sustenta, ainda, que o paciente preenche todos os requisitos para a concessão do benefício, sendo ele primário, possuir bons antecedentes, residência fixa no distrito da culpa, apto, portanto, a responder à ação penal em liberdade.

Requer, ao final, a concessão imediata da ordem e, via de conseqüência, o respectivo alvará de soltura em favor do paciente.

Posto isto. Decido.

O presente habeas corpus só será apreciado após definida a autoridade coatora, o que deverá ser feito em sede de conflito de competência a ser instaurado perante a Câmara Especial.

Publique-se.

Porto Velho, 16 de dezembro de 2004. (a.) Des. Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes

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DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO CRIMINAL CÂMARA CRIMINAL

DESPACHO DA RELATORA Referência:

Habeas Corpus nº 100.005.2002.012114-3 Paciente: Lindomar Ferreira de Aredes

Impetrante: Hiram César Silveira (OAB/RO 547)

Impetrado: Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Espigão do Oeste/RO

“Processe-se sem liminar.

Requisitem-se informações à autoridade coatora, no prazo de 48 horas.

Encaminhem-se os autos à d. Procuradoria Geral de Justiça. Publique-se.

Intime-se. Cumpra-se.

Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.” (a.) Desª. Zelite Andrade Carneiro

Relatora

DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO CRIMINAL CÂMARA CRIMINAL

DESPACHO DO RELATOR

Referência:

Habeas Corpus 100.501.2004.008901-6 Paciente : Eder Silva Pinho

Impetrante: Giuliano de Toledo Viecili (OAB-RO 2396)

Impetrado: Juízo de Direito da 3ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho

Vistos,

O advogado Giuliano de Toledo Viecili, devidamente qualificado nos autos, impetra habeas corpus, com pedido de liminar, em favor de Eder silva Pinho, apontando como autoridade coatora o Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho.

Aduz o ilustre causídico que o paciente foi preso em flagrante delito no dia 28-11-2004, por infração em tese, do art. 129, §3º c/c artigo 29 do Código Penal e artigo 1º, da Lei 2.252/54.

Afirma que requereu o relaxamento da prisão em flagrante em 02-12-2004, pois o paciente foi detido em sua residência sem qualquer elemento que indique a sua participação nos fatos.

Sustenta que ocorreu uma confusão generalizada, e tentou evitar de todas as formas a briga, e, ao perceber que não conseguiria saiu do local dirigindo-se até a sua casa, vindo a ser preso.

Assevera a ocorrência de excesso de prazo para a conclusão do inquérito e para o oferecimento da denúncia, requerendo, ao final, fundado neste argumento, a concessão imediata da ordem e, via de conseqüência, o respectivo alvará de soltura em favor do paciente.

Posto isto. Decido.

Analisando as razões apresentadas, observo que delas não se extrai a relevância capaz de conduzir à concessão do pedido nesta fase, em face da natureza da medida cautelar excepcional, que reclama esse requisito.

Verifica-se que os documentos acostados aos autos são insuficientes para a concessão imediata da ordem, sendo que o melhor caminho a trilhar é o de aguardar maiores informações da autoridade impetrada.

Até porque segundo a jurisprudência dominante nos Tribunais Superiores o Habeas Corpus não é a via adequada para dilações probatórias, e o paciente em sua petição inicial apresenta narrativa do fato que exigiria ingresso meritório.

Quanto ao excesso de prazo, igual sorte não assiste ao paciente tendo em vista que os prazos processuais não se contam de modo isolado, mas sim de modo global.

Com essas considerações, indefiro o pedido de liminar e solicito que a autoridade apontada como coatora preste as informações necessárias com a máxima urgência.

Após, o parecer do Órgão Ministerial de cúpula. Publique-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004.” (a.) Des. Cássio Rodolfo Sbarzi Guedes

Relator

DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO ESPECIAL Recurso Especial em Apelação Cível n. 100.001.2004.002006-0

Recorrente: Iperon – Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia

Procuradora: Maria Célia Harumi Taketa (OAB/RO 250-B) Recorrido: Luiz Carlos Scatalon

Advogado: Jeanne Leite Oliveira (OAB/RO 1.068) “Vistos.

IPERON – INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE RONDÔNIA, inconformado com o acórdão profligado, interpôs este Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça, com fundamento no art. 105, III, letra “a” da CF, alegando que esse julgado contrariou os arts. 757 a 802 do CC, ao assim posicionar-se:

(...)

Considerando que a partir da EC n. 20/98 passou ser opcional o pagamento de seguro pecúlio, é devida a restituição dos descontos efetuados sem a opção do servidor.

Sem contra-razões. Breve relatório.

É inviável o presente recurso, uma vez que os dispositivos legais apontados como violados não foram mencionados no acórdão recorrido, sequer de maneira implícita, carecendo, pois, do indispensável prequestionamento das questões federais suscitadas.

Incide, na espécie ainda, o verbete sumular n. 284 do STF, dada a ausência de correspondência entre o decidido e o fundamento recursal.

Nada obstante, o acórdão recorrido baseou-se estritamente em norma estadual para dirimir a controvérsia, atraindo a incidência da Súmula 280 do STF.

Posto isso, não admito este Recurso Especial. Publique-se.

Porto Velho, 7 de dezembro de 2004. (a) Des. VALTER DE OLIVEIRA

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DEPARTAMENTO JUDICIÁRIO ESPECIAL

Recurso Especial em Apelação Cível n. 200.000.2003.008606-0 Recorrente: Município de Ji-Paraná/RO

Procuradores do Município: Magda Regina Morillas Cunha (OAB/RO 227) e outros

Recorrido: Erlane Barbosa da Silva

Advogados: Geneci Alves Apolinário (OAB/RO 1.007) e outro

“Vistos.

Município de Ji-Paraná/RO, inconformado com o acórdão profligado, interpôs este Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça, com fundamento no art. 105, III, “a” da Constituição Federal, alegando que esse julgado contrariou o art. 20, § 4º do CPC, em decisão que restou assim sumariada:

(...)

Se o servidor comissionado efetivamente exerceu o cargo, prestando serviço, faz jus a todos os direitos devidos pela relação de emprego, inclusive à indenização de férias não gozadas, e não se discute se a contratação foi ou não legal, porque a remuneração decorre do serviço prestado, cuja contraprestação decorre de princípio constitucional.

O recorrido não apresentou contra-razões. É o breve relatório.

Tratou-se de ação ordinária de cobrança julgada improcedente em primeiro grau de jurisdição e procedente em apelação. Interpostos embargos de declaração, eles foram providos parcialmente apenas para fixar a data de incidência da correção monetária.

Daí o recurso especial, com alegação de violação à norma infraconstitucional precitada.

Do que se vê, entretanto, é que a pretensão recursal objetiva a revisão do material fático probatório constante dos autos, quando pretende a redução da verba honorária, incidindo o disposto na Súmula 07 do STJ.

Veja-se, a propósito, a posição daquela Corte sobre a matéria: PROCESSO CIVIL - AGRAVO DE INSTRUMENTO - NEGATIVA DE PROVIMENTO - AGRAVO REGIMENTAL - EXECUÇÃO DE TÍTULO JUDICIAL – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - ART. 20 E PARÁGRAFOS, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL -IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DO QUANTUM - SÚMULA 07/STJ – PARÂMETRO A SER DEFINIDO PELO TRIBUNAL A QUO - DESPROVIMENTO.

1 - Cabe ao magistrado, verificado o grau de zelo do profissional, o lugar da prestação do serviço, sua natureza, seu trabalho, o tempo exigido e a importância da causa, fixar o quantum devido. Logo, a questão que envolve a determinação da verba honorária é de ordem fática, que depende de provas. Registre-se, que não há como se cogitar, na via estreita do Recurso Especial, acerca destes valores, porquanto, nos termos do enunciado sumular 07 desta Corte, é vedado o reexame probatório dos autos. Assim,

esta fixação fica ao discernimento do órgão julgador a quo que, na aplicação do dispositivo legal correto ao caso concreto, deverá apurar tais parâmetros contidos no art. 20 e seus parágrafos, do Código de Processo Civil. Precedente (REsp nº 241.109/BA). 2 - Agravo Regimental conhecido, porém, desprovido.

(STJ, AgRg no AG 522769 / RS, rel. Ministro JORGE SCARTEZZINI, j. 14/09/2004, DJ 08.11.2004 p. 237)

Posto isso, não admito este Recurso Especial. Publique-se.

Porto Velho, 07 de dezembro de 2004.

(a) Des. VALTER DE OLIVEIRA Presidente”

Recurso Extraordinário em Apelação Cível n. 200.000.2003.008606-0 Recorrente: Município de Ji-Paraná/RO

Procuradores do Município: Magda Regina Morillas Cunha (OAB/RO 227) e outros

Recorrido: Erlane Barbosa da Silva

Advogados: Geneci Alves Apolinário (OAB/RO 1.007) e outro

“Vistos.

Município de Ji-Paraná/RO, inconformado com o acórdão profligado, interpôs este Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, com fundamento no art. 102, III, “a” da Constituição Federal, alegando que esse julgado contrariou os arts. 29-A, 2º, 39, § 3º c.c. o art. 7º, XVII e 37, caput, e V, todos da CF, em decisão que restou assim sumariada:

(...)

Se o servidor comissionado efetivamente exerceu o cargo, prestando serviço, faz jus a todos os direitos devidos pela relação de emprego, inclusive à indenização de férias não gozadas, e não se discute se a contratação foi ou não legal, porque a remuneração decorre do serviço prestado, cuja contraprestação decorre de princípio constitucional.

O recorrido não apresentou contra-razões. É o breve relatório.

Tratou-se de ação ordinária de cobrança julgada improcedente em primeiro grau de jurisdição e procedente em apelação. Interpostos embargos de declaração, eles foram providos parcialmente apenas para fixar a data de incidência da correção monetária.

Do que se vê, entretanto, é que parte das questões levantadas no recurso extraordinário não foi devidamente prequestionada, outras demonstram análise reflexa do texto constitucional e outras impõem a revisão de matéria fática, tudo a impedir o trânsito recursal.

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Com efeito, a decisão recorrida não decidiu nada a respeito dos arts. 29-A e 2º da CF, faltando o indispensável prequestionamento a respeito. Quanto a ofensa ao art. 37, caput da CF, a pretensão do recorrente é a de revisão de prova, conforme se nota da seguinte passagem do recurso: “Em síntese, o Recorrido não comprovou que exerceu cargo em comissão junto à Câmara Municipal, no período alusivo às férias proporcionais que requer indenização” (fl. 172). Nada obstante, a questão do princípio da moralidade administrativa também não restou decidida pelo Tribunal.

No que se refere ao art. 39, § 3º, art. 7º, XVII e art. 37, V, tem-se a dizer que, além de não prequestionados, se ofensa houve, seria apenas reflexa e indireta, porquanto haveria de se analisar a Lei Municipal 965/ 2000 para se verificar eventual ofensa aos textos constitucionais mencionados.

Note-se, aliás, os seguintes fragmentos das razões recursais: “A legislação local, no caso a Lei Municipal n. 965/200, que dispõem sobre o Plano de Cargos e Salários dos Servidores da Câmara Municipal de Jí-Paraná, não dá aos ocupantes de cargos em comissão junto àquela casa de Leis direito à férias proporcionais, mas somente à férias integrais, principalmente se interpretado o § 3º, do art. 38, da dita Lei Mun. n. 965/ 2000, em consonância com os textos constitucionais pertinentes, ou seja, art. 39, § 3º c/c art. 7º, XVII, da Carta Magna. (fl. 173) (...). Sem dúvida, a lei local acima referida (Lei 965/2000) não cumpriu o requisito exigido pelo art. 37, V, da Constituição Federal, sendo assim nula a nomeação do Recorrido para o cargo em comissão que exerceu descrito nos autos, o que lhe daria unicamente direito ao recebimento de eventual saldo de salário em face a impossibilidade de reversão da força de trabalho, eis que estamos diante de uma relação jurídica nula de pleno direito, com efeitos “ex tunc”, inviabilizando o recebimento de qualquer outra verba, inclusive indenização de férias proporcionais.” (fl. 176).

Posto isso, não admito este Recurso Extraordinário. Publique-se.

Porto Velho, 7 de dezembro de 2004. (a) Des. VALTER DE OLIVEIRA

Presidente

Recurso Extraordinário em Apelação Cível n. 200.000.2003.008586-1 Recorrente: Município de Ji-Paraná/RO

Procuradores do Município: Magda Regina Morillas Cunha (OAB/RO 227) e outros

Recorrido: Neli Dias de Barros

Advogados: Geneci Alves Apolinário (OAB/RO 1.007) e outro

“Vistos.

Município de Ji-Paraná/RO, inconformado com o acórdão profligado, interpôs este Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, com fundamento no art. 102, III, “a” da Constituição Federal, alegando que esse julgado contrariou os arts. 29-A, 2º, 39, § 3º c.c. o art. 7º, XVII e 37, caput, e V, todos da CF, em decisão que restou assim sumariada:

(...)

Se o servidor comissionado efetivamente exerceu o cargo, prestando serviço, faz jus a todos os direitos devidos pela relação de emprego, inclusive à indenização de férias não gozadas, e não se discute se a contratação foi ou não legal, porque a remuneração decorre do serviço prestado, cuja contraprestação decorre de princípio constitucional.

O recorrido não apresentou contra-razões. É o breve relatório.

Tratou-se de ação ordinária de cobrança julgada improcedente em primeiro grau de jurisdição e procedente em apelação. Interpostos embargos de declaração, eles foram providos parcialmente apenas para fixar a data de incidência da correção monetária.

Do que se vê, entretanto, é que parte das questões levantadas no recurso extraordinário não foi devidamente prequestionada, outras demonstram análise reflexa do texto constitucional e outras impõem a revisão de matéria fática, tudo a impedir o trânsito recursal.

Com efeito, a decisão recorrida não decidiu nada a respeito dos arts. 29-A e 2º da CF, faltando o indispensável prequestionamento a respeito. Quanto a ofensa ao art. 37, caput da CF, a pretensão do recorrente é a de revisão de prova, conforme se nota da seguinte passagem do recurso: “Em síntese, o Recorrido não comprovou que exerceu cargo em comissão junto à Câmara Municipal, no período alusivo às férias proporcionais que requer indenização” (fl. 228). Nada obstante, a questão do princípio da moralidade administrativa também não restou decidida pelo Tribunal.

No que se refere ao art. 39, § 3º, art. 7º, XVII e art. 37, V, tem-se a dizer que, além de não prequestionados, se ofensa houve, seria apenas reflexa e indireta, porquanto haveria de se analisar a Lei Municipal 965/ 2000 para se verificar eventual ofensa aos textos constitucionais mencionados.

Note-se, aliás, os seguintes fragmentos das razões recursais: “A legislação local, no caso a Lei Municipal n. 965/200, que dispõem sobre o Plano de Cargos e Salários dos Servidores da Câmara Municipal de Jí-Paraná, não dá aos ocupantes de cargos em comissão junto àquela casa de Leis direito à férias proporcionais, mas somente à férias integrais, principalmente se interpretado o § 3º, do art. 38, da dita Lei Mun. n. 965/ 2000, em consonância com os textos constitucionais pertinentes, ou seja, art. 39, § 3º c/c art. 7º, XVII, da Carta Magna. (fl. 229) (...). Sem dúvida, a lei local acima referida (Lei 965/2000) não cumpriu o requisito exigido pelo art. 37, V, da Constituição Federal, sendo assim nula a nomeação do Recorrido para o cargo em comissão que exerceu descrito nos autos, o que lhe daria unicamente direito ao recebimento de eventual saldo de salário em face a impossibilidade de reversão da força de trabalho, eis que estamos diante de uma relação jurídica nula de pleno direito, com efeitos “ex tunc”, inviabilizando o recebimento de qualquer outra verba, inclusive indenização de férias proporcionais.” (fl. 232).

Posto isso, não admito este Recurso Extraordinário. Publique-se.

Porto Velho, 7 de dezembro de 2004.

(a)Des. VALTER DE OLIVEIRA Presidente”

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100.013.2002.000415-2 Recurso Extraordinário em Apelação Cível Recorrente: Estado de Rondônia

Procuradores: Leandro José Cabulon (OAB/PR 27256) e outro Recorrida: Almodiz Correia Tigre Soares dos Santos

Advogados: Valdir dos Santos (OAB/RO 260) e outro ABERTURA DE VISTA

Nos termos do Provimento nº 001/2001/PR, de 13/09/2001, fica a recorrida intimada para, querendo, apresentar as contra-razões do Recurso Extraordinário.

Porto Velho, 17 de dezembro de 2004. (a.) Belª Valéria de Souza Santana

Diretora do DEJUESP/TJ/RO

DESPACHO DO RELATOR

100.009.2004.002682-3 Apelação Cível - Rito Sumário Apelante : Vera Cruz Seguradora S.A.

Advogados: Deolamara Lucindo Bonfá (OAB/RO 1561) e outros Apelada: Solange Aparecida da Silveira Silva

Advogado: Rodrigo da Silva Azevedo (OAB/RO 2145)

Vistos.

Vera Cruz Seguradora S.A. recorreu da sentença do Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca de Pimenta Bueno, que a condenou a pagar indenização de seguro obrigatório à autora, pela morte de seu esposo em acidente de trânsito, fixada no correspondente a 40(quarenta) salários mínimos, com juros de 1%(um por cento) ao mês desde a citação e correção monetária contada após quinze dias do inadimplemento do pedido administrativo. Honorários de advogado de 10%(dez por cento) sobre o valor da condenação.

Relatei. Decido.

O recurso se mostra impertinente e afronta questão sumulada por esta Corte.

Súmula n.05:

O direito à indenização do seguro obrigatório por danos pessoais, por acidente de veículos automotores, independe da comprovação de pagamento do prêmio.

Súmula n.06:

Por força de seu caráter sócio-assistencial, a Lei n.8.441/92 retroage à data de fatos e situações jurídicas anteriores à sua vigência.

Súmula n.07:

A indenização decorrente do seguro obrigatório por danos pessoais pode ser estabelecida em valor equivalente ao salário mínimo, vedada tão-só sua utilização como fator de correção monetária.

Súmula n.08:

Na indenização do seguro obrigatório por acidente de veículo, decorrente de decisão judicial, a correção monetária incide do ajuizamento da ação, se não houve pedido administrativo, e os juros moratórios, da citação.

Os juros de mora de 1%(um por cento), desde a citação, foram adequados à nova sistemática do Código Civil, arts.405/406, c/c art.161,§1º do CTN, e Súmula n.163 do STF.

Assim, nego seguimento ao recurso, com fundamento no art. 139,IV, do RI/TJ/RO.

Transitada em julgado, arquive-se. Publique-se.

Porto Velho, 15 de dezembro de 2004. (a.) Des. Eliseu Fernandes

Relator

DESPACHO DO RELATOR

100.007.2004.006323-9 Conflito Negativo de Competência

Suscitante: Juízo de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Cacoal-RO Suscitado: Juízo de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto Velho/RO

Vistos.

O Juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Cacoal suscitou o presente Conflito Negativo de Competência, porque o Juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho declinou da competência nos autos da Ação de Cobrança movida contra o Estado para a Comarca de Cacoal, porque o autor é domiciliado em Cacoal, local onde tem Procuradoria do Estado.

O juiz suscitante alega que o autor elegeu o foro do domicílio do réu para propor a ação, o que só poderá ser modificado mediante procedimento próprio, bem assim que havendo opção de escolha, prevalece o foro eleito pelo autor.

A douta Procuradoria de Justiça opina pela determinação da competência do Juízo Suscitado para o julgamento do feito.

DECISÃO

A competência para processar e julgar o pedido contido na Ação de Cobrança é do Juízo Suscitado, haja vista que se trata de ação fundada em direito pessoal, verbas decorrentes da prestação de serviço público, proposta no domicílio do réu.

Tendo o autor eleito o foro do domicílio do réu para propor a demanda, não caberá ao juiz nem ao réu, promover a modificação da competência firmada por distribuição, sob pena de se desrespeitar o princípio do juiz natural.

A jurisprudência dominante do Tribunal sobre a questão suscitada é no sentido de que a competência para o processamento e o julgamento do feito é do Juízo Suscitado:

O Estado não tem foro privilegiado, de forma que o Juízo da Vara da Fazenda Pública na Capital não é exclusivo na competência para conhecer e julgar todas as causas do Estado como parte, incluindo as ações em que o ex adverso (como réu ou como autor) é do interior, máxime considerando que a criação dessa vara foi com o objetivo não só de especialização mas de desafogamento da jurisdição civil lato sensu, também em atenção às ações em que as partes sejam da Capital sem, todavia, reconhecer o direito de opção do autor em escolher o foro distinto do de sua residência, em que pese a orientação constitucional instituída para beneficiar a parte mais fraca da relação processual. (Conflito Negativo de Competência n. 02.001392-2. Relator: Desembargador Roosevelt Queiroz Costa).

A competência territorial é relativa, não opondo o réu, em oportunidade própria a exceção declinatória de foro, preclui o seu direito de fazê-lo, ocorrendo a prorrogação de competência, sendo vedado o reconhecimento de ofício. A Súmula n. 01 deste Tribunal diz em seu enunciado que as Varas da Fazenda Pública da Capital não são as únicas a ter competência nos casos em que o Estado for parte, podendo as ações contra o entes estatais serem interpostas no foro de escolha do autor. (Conflito Negativo de Competência n. 02.001390-6. Relator: Des. Eurico Montenegro). Assim, declara-se competente o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública (art. 120, parágrafo único, do CPC).

Remetam-se os autos ao juiz suscitado. Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.

(a.) Des. Sansão Saldanha Relator

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Paciente: Cláudio Édio Souza de Oliveira Impetrante: José Edimar Santiago de Melo Júnior (OAB/AC 2707)

Impetrado: Juízo de Direito da 1ª Vara de Delitos de Tóxicos da comarca de Porto Velho/RO

Vistos.

Trata-se de habeas corpus impetrado por José Edimar Santiago de Melo Júnior a favor de Cláudio Édio Souza de Oliveira, alegando constrangimento ilegal porque o paciente teria sido preso sem estar configurado o estado de flagrância ou qualquer outro indício de seu envolvimento com o crime de tráfico de entorpecentes.

DECISÃO

Verifica-se que a guarnição policial após receber informação sobre a venda de substância entorpecentes, dirigiu-se até o local chamado “Mangueirão”, situado na Rua Benjamin Constant, Bairro Embratel, onde encontraram escondidas em um terreno baldio, 11 “parangas” de maconha e 20 “parangas” de cacaína.

A prisão do paciente fundamentou-se no depoimento do conduzido Willian Farias de Oliveira, que diz ter adquirico 03 parangas de maconha do paciente Cláudio Édio Souza de Oliveira, vulgo “Negão” (fls. 32).

Embora o paciente não tenha sido surpreendido vendendo entorpecentes, o depoimento do conduzido Willian Farias de Oliveira aponta a existência de indícios de que acabara de cometer o delito (art.302 do CPP). Há o nexo de ligação entre a conduta do paciente com a possível prática do crime.

Assim, indefere-se a liminar.

Requisitem-se as informações à autoridade apontada como coatora.

Após, encaminhem-se os autos à Procuradoria de Justiça. Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.

(a.) Des. Sansão Saldanha Relator.

DESPACHO DO RELATOR 100.001.2004.017788-1 Agravo de Instrumento

Agravante: Centro de Formação de Condutores de Veículos Ativa Ltda - ME Advogada: Joice Carla Santini Antônio (OAB/RO 617)

Agravado: Diretor de Habilitação do Detran - RO “Vistos.

A decisão agravada foi publicada em 23.11.2004 (fls. 44). O recurso interposto, em 13.12.204, está fora do prazo, porque decorridos mais de 20 dias da decisão agravada. A agravante sequer justificou a mora no protocolo do agravo, razão pela qual conclui-se que o mesmo é intempestivo.

ASSIM, nega-se seguimento ao recurso, nos termos do art. 557, caput, do CPC.

Arquive-se após o trânsito em julgado. Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.

(a.)Desembargador Sansão Saldanha Relator

DESPACHO DO RELATOR 100.016.2003.001848-5 Ação Civil Pública Autor: Ministério Público do Estado de Rondônia Réus: Raimundo Mesquita Muniz e outros

Advogado: Sebastião Quaresma Júnior (OAB/RO 1372)

“Trata-se de ação civil pública de improbidade administrativa, remetida a este Tribunal por força da Lei n° 10.628/2002 que deu nova redação ao art. 84 do Código de Processo Penal.

Esta Corte em sua composição plenária decidiu, à unanimidade, quando do julgamento da Argüição de Inconstitucionalidade de n° 03.002943-0, em que foi relator o Des. Eurico Montenegro, na sessão realizada no dia 18 de agosto de 2003, pela incostitucionalidade do §2° do art. 84 do Código de Processo Penal, assim ementado:

“Incidental de inconstitucionalidade. Art. 84, §2°, do CPP. Lei n° 10.628/2002. Foro privilegiado. Ações de improbidade administrativa.

Acolhe-se a inconstitucionalidade do art. 84, §2°, do Código de Processo Penal, alterado pela Lei n° 10.628/2002, uma vez que compete as Constituições Federal e Estadual a fixação da competência do Tribunal de Justiça, dada a impossibilidade de alteração via lei ordinária”.

Pelo exposto, devolvam-se os autos à origem para o seu devido prosseguimento.

Publique-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004. (a.) Desembargador Sansão Saldanha

Relator

DESPACHO DO RELATOR

Conflito Negativo de Competência n. 100.007.2004.006326-3

Suscitante: Juízo de Direito da 1ª. Vara Cível da Comarca de Cacoal - RO Suscitado: Juízo de Direito da 2ª. Vara da Fazenda Pública da Comarca de Porto Velho - RO

“Vistos.

O Juiz da 1ª Vara Cível da Comarca de Cacoal suscitou o presente Conflito Negativo de Competência, porque o Juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho declinou da competência nos autos da Ação de Cobrança movida contra o Estado para a Comarca de Cacoal, porque o autor é domiciliado em Cacoal, local onde tem Procuradoria do Estado.

O juiz suscitante alega que o autor elegeu o foro do domicílio do réu para propor a ação, o que só poderá ser modificado mediante procedimento próprio, bem assim que havendo opção de escolha, prevalece o foro eleito pelo autor.

A douta Procuradoria de Justiça opina pela determinação da competência do Juízo Suscitado para o julgamento do feito.

DECISÃO

A competência para processar e julgar o pedido contido na Ação de Cobrança é do Juízo Suscitado, haja vista que se trata de ação fundada em direito pessoal, verbas decorrentes da prestação de serviço público, proposta no domicílio do réu.

Tendo o autor eleito o foro do domicílio do réu para propor a demanda, não caberá ao juiz nem ao réu, promover a modificação da competência firmada por distribuição, sob pena de se desrespeitar o princípio do juiz natural.

A jurisprudência dominante do Tribunal sobre a questão suscitada é no sentido de que a competência para o processamento e o julgamento do feito é do Juízo Suscitado:

O Estado não tem foro privilegiado, de forma que o Juízo da Vara da Fazenda Pública na Capital não é exclusivo na competência para conhecer e julgar todas as causas do Estado como parte, incluindo as ações em que o ex adverso (como réu ou como autor) é do interior, máxime considerando que a criação dessa vara foi com o objetivo não só de especialização mas de desafogamento da jurisdição civil lato sensu, também em atenção às ações em que as partes sejam da Capital sem, todavia, reconhecer o direito de opção do autor em escolher o foro distinto do de sua residência, em que pese a orientação constitucional instituída para beneficiar a parte mais fraca da relação processual. (Conflito Negativo de Competência n. 02.001392-2. Relator: Desembargador Roosevelt Queiroz Costa).

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A competência territorial é relativa, não opondo o réu, em oportunidade própria a exceção declinatória de foro, preclui o seu direito de fazê-lo, ocorrendo a prorrogação de competência, sendo vedado o reconhecimento de ofício. A Súmula n. 01 deste Tribunal diz em seu enunciado que as Varas da Fazenda Pública da Capital não são as únicas a ter competência nos casos em que o Estado for parte, podendo as ações contra o entes estatais serem interpostas no foro de escolha do autor. (Conflito Negativo de Competência n. 02.001390-6. Relator: Des. Eurico Montenegro). Assim, declara-se competente o juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública (art. 120, parágrafo único, do CPC).

Remetam-se os autos ao juiz suscitado. Porto Velho, 15 de dezembro de 2004.

(a) Desembargador Sansão Saldanha Relator”

DESPACHO DO RELATOR Apelação Cível n. 100.001.1996.038057-5

Origem: 0011996038057-5 Porto Velho / 3ª. Vara Cível Apelante: RAQUEL ATTIAS

Advogados: Vinicius Nascimento Saldanha de Oliveira (OAB/RO 1933) e outra

Apelado: MIGUEL ARCANJO FILHO

Advogados: Antônio Vieira Ramos (OAB/RO 1892) e outro Relator: Des. Eurico Montenegro Júnior

“Vistos, etc.

RAQUEL ATTIAS, qualificada nos autos, interpôs recurso de apelação contra a r. sentença exarada pelo Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho que julgou improcedente embargos de retenção, opostos nos autos de ação reivindicatória promovida em seu desfavor por Miguel Arcanjo Filho.

Às fls. 240/242, peticionou a apelante, comunicando a formulação de acordo, onde foi firmado contrato de compra e venda do imóvel objeto do litígio e requerendo a extinção.

Pode o recorrente, a qualquer tempo, sem anuência da parte adversa ou litisconsortes, desistir do recurso (CPC, art. 501).

Recebo a petição como pedido de desistência do recurso. Após as baixas devidas, devolvam-se os autos à origem. Publique-se.

Porto Velho, 15 de dezembro de 2004. (a) Des. Eurico Montenegro Júnior

Relator”

DESPACHO DO RELATOR 100.001.2004.018033-5 Agravo de Instrumento Agravante: Aparecida Ibiapino de Lima

Advogado: Ademar Selvino Kussler (OAB/RO 1324) Agravado: Estado de Rondônia

Procuradores: Evanir Antônio de Borba (OAB/RO 776) e outro Vistos etc;

Aparecida Ibiapino de Lima agrava da decisão do juízo da 1º Vara da Fazenda Pública de Porto Velho nos autos da Ação de Indenização

c/c Alimentos que moveu em face do Estado de Rondônia objetivando a antecipação de tutela para o pagamento de pensão alimentícia, a qual foi indeferida.

Sustenta que seu filho Anderson Ibiapino de Lima estava cumprindo pena de detenção no Presídio Urso Branco em decorrência de sentença criminal condenatória proferida pelo juízo criminal da comarca Ji-Paraná, quando foi assassinado juntamente com outros 26 detentos, em rebelião ocorrida em 01 de janeiro de 2002.

Pugna pela concessão do efeito suspensivo ativo para obter a pensão mensal no valor de um salário mínimo para cada agravante.

É o breve relato. Decido

Dos documentos acostados aos autos, por ora, não verifico totalmente a relevância do direito diante da responsabilidade da administração pública.

Como também, entendo não estar presente o perigo da demora em razão de já ter decorrido aproximadamente o período de dois anos desde o óbito. Da mesma forma, sendo a ação julgada procedente não haverá prejuízo aos agravantes tendo em vista que os valores poderão ser devidos desde o sinistro.

Além do mais, pressinto da irreversibilidade do direito. Pelo exposto, nego o efeito suspensivo ativo.

Solicite-se informações ao juízo da origem, comunicando-lhe acerca desta decisão, bem assim, se foi cumprido o disposto no artigo 526 do Código de Processo Civil.

Ao agravado para contra-razões no prazo legal. Após, dê-se vistas à Procuradoria de Justiça. Publique-se.

Intime-se. Cumpra-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004. (a.) Des. Rowilson Teixeira

Relator

DESPACHO DO RELATOR 100.014.2004.006442-9 Reexame Necessário

Interessada: Kimad - Indústria e Comércio, Exportação e Importação de Madeiras Ltda.

Advogada: Carla Falcão Rodrigues (OAB/RO 616-A)

Interessado: Delegado da 3ª Delegacia Regional da Fazenda do Estado de Rondônia

Vistos, etc.

Trata-se de reexame necessário, nos autos do mandado de segurança impetrado por Kimad - Indústria e Comércio, Exportação e Importação de Madeiras Ltda. contra ato do Delegado da 3ª Delegacia Regional da Fazenda do Estado de Rondônia, requerendo que a autoridade coatora se abstivesse de exigir o tributo ICMS no transporte de semi-elaborado de madeira destinada à exportação, desde a saída do Estado de Rondônia até o porto de Paranaguá/PR.

Sustenta a impetrante, que o ato atacado colide com a Constituição Federal, com a Lei Complementar n. 97/96 e com a Lei Estadual n. 688/96, que institui e disciplina o ICMS, isentando as operações e prestações que se destinem ao exterior tais produtos.

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A liminar foi deferida às fls. 78/79.

A decisão de primeiro grau, foi no sentido de conceder a segurança, declarando a isenção de ICMS sobre a circulação e o serviço de transporte das mercadorias referidas nos autos.

Não houve recurso voluntário.

O parecer do Procurador de Justiça Rodney Pereira de Paula, foi pela manutenção da sentença, salientando que a legislação vigente isenta tanto a operação, como as prestações de serviço que destinem ao exterior mercadorias.

Decido.

Trata-se de reexame necessário, nos termos do art. 475, II, do CPC.

O mandado de segurança impetrado pela empresa madeireira, visa o reconhecimento de isenção de ICMS para as suas operações de aquisição de madeira oriundas do Estado de Rondônia, para fins de exportação, até o porto de Paranaguá/PR.

Cumpre salientar, que a Emenda n. 42 alterou o disposto no art. 155, § 2º, X, “a”, da CF, passando a dispor o seguinte:

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/ 2003).

A Lei Complementar n. 87/96 trata da matéria, esclarecendo que o ICMS não incide sobre operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços.

A Lei Estadual n. 688/96, a respeito do ICMS preceitua:

Art. 3º. O imposto não incide sobre: ...

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários, produtos industrializados e semi-elaborados, ou serviços;

...

§ 1º. Equipara-se às operações de que trata o inciso II, do artigo 3º, a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. Portanto, entende-se que não incidirá o ICMS sobre o transporte, desde o local do carregamento da mercadoria até o local onde será embarcado para o exterior. Vale dizer, a Lei Complementar isentou do imposto estadual todas as operações e serviços destinados ao comércio exterior.

O Superior Tribunal de Justiça já tem entendimento sobre a matéria. Vejamos:

A tese da Fazenda, sobre ser um perfeito sofisma, distingue onde a lei não faz distinção. Demais, o direito vigente após a edição da Lei Complementar n.º 87 de 13.09.96 repele frontalmente a distinção que se procura estabelecer. E é apenas um truísmo a lembrança de que o transporte interestadual se faz no território nacional, pois não seria de outro modo. O art. 3º da dita Lei Complementar não admite interpretação, mas exige simples observância do seu enunciado literal: o imposto não incide no serviço de transporte de carga destinada ao exterior. O argumento do fisco pressupõe a curiosa hipótese

de que só não incide o tributo na eventualidade de se situarem na mesma unidade da Federação o estabelecimento de saída da carga e o transportador internacional, algo que a lei complementar sequer esboça. (Agravo Regimental n. 308.752-MG. Rel. Min. Garcia Vieira).

Ademais, a matéria já foi apreciada por esta Corte reiteradas vezes:

A não incidência do imposto sobre circulação de mercadoria sobre a prestação de serviço de transporte de madeira destinada ao exterior decorre de expressa determinação legal (Lei Complementar n. 87/96, art. 31, inc. I, e Lei Complementar n. 688/96, art. 3º, inc. II). (Apelação Cível n. 01.005175-9, j. 23/10/02, rel. Des. Eurico Montenegro).

Expressamente ressalvado em lei complementar, não incide pagamento de ICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadoria destinada ao embarque portuário em exportação. (Apelação Cível n. 01.001487, j. 01/08/01, rel. Des. Eliseu Fernandes).

Expressamente ressalvado pela Lei Estadual 688/96, não incide pagamento de ICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadoria destinada à exportação. (Reexame Necessário n. 200.000.2003.003033-1; rel. Des. Sansão Saldanha; j. 5/ 11/2003).

Assim, entendo que não incide o ICMS sobre o transporte da madeira do Estado de Rondônia até o porto de embarque para o exterior, em razão do destino final ser a exportação.

Pelo exposto, confirmo a decisão de primeiro grau por seus próprios fundamentos.

Com efeito, à vista do princípio da efetividade do processo, da completude do sistema jurídico e, por interpretação sistemática do disposto no artigo 557, § 1º, do CPC, em grau de reexame necessário, considerando também a Súmula 253 do STJ que diz: “O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança o reexame necessário”, confirmo a sentença de primeiro grau por seus elementares fundamentos.

Transitada em julgado esta decisão, proceda o retorno dos autos à origem.

Publique-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004. (a.) Des. Rowilson Teixeira

Relator

CÂMARA ESPECIAL

Recurso Extraordinário em Apelação Cível 100.001.2004.004378-8 Recorrente: Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON

Procuradora: Maria Célia Harumi Taketa (OAB/RO 250B) Recorrido: Denize Mendonça Pereira Paes Barreto Advogado: Washington Ferreira Mendonça (OAB/RO 1946)

ABERTURA DE VISTA

Nos termos do Provimento nº 001/2001/PR, de 13/9/2001, fica a recorrida intimada para, querendo, apresentar contra-razões ao Recurso Extraordinário.

Porto Velho, 17 de dezembro de 2004. Belª. Valéria de Souza Santana

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CÂMARA ESPECIAL

Recurso Especial em Apelação Cível n. 100.001.2003.018058-8 Recorrente: Município de Porto Velho - RO

Procuradores: Kárytha Menêzes e Magalhães (OAB/RO 2211) e outros Recorrido: Rodoviário São Lucas Ltda

Advogados: Breno Dias de Paula (OAB/RO 399B) e outros ABERTURA DE VISTA

Nos termos do Provimento nº 01/2001/PR, de 13/9/2001, fica o recorrido intimado para, querendo, apresentar contra-razões ao Recurso Especial.

Porto Velho, 17 de dezembro de 2004. Belª. Valéria de Souza Santana

Diretora do DEJUESP

DESPACHO DO RELATOR 100.014.2004.004575-0 Reexame Necessário

Interessada (Parte Ativa): Kimad - Indústria e Comércio, Exportação e Importação de Madeiras Ltda

Advogada: Carla Falcão Rodrigues (OAB/RO 616A)

Interessado (Parte Passiva): Delegado da 3ª Delegacia Regional da Fazenda do Estado de Rondônia

“Vistos, etc.

Trata-se de reexame necessário, nos autos do mandado de segurança impetrado por Kimad - Indústria e Comércio, Exportação e Importação de Madeiras Ltda. contra ato do Delegado da 3ª Delegacia Regional da Fazenda do Estado de Rondônia, requerendo que a autoridade coatora se abstivesse de exigir o tributo ICMS no transporte de semi-elaborado de madeira destinada à exportação, desde a saída do Estado de Rondônia até o porto de Paranaguá/PR.

Sustenta a impetrante, que o ato atacado colide com a Constituição Federal, com a Lei Complementar n. 97/96 e com a Lei Estadual n. 688/96, que institui e disciplina o ICMS, isentando as operações e prestações que se destinem ao exterior tais produtos.

A liminar foi deferida às fls. 78/79.

A decisão de primeiro grau, foi no sentido de conceder a segurança, declarando a isenção de ICMS sobre a circulação e o serviço de transporte das mercadorias referidas nos autos.

Não houve recurso voluntário.

O parecer do Procurador de Justiça Rodney Pereira de Paula, foi pela manutenção da sentença, salientando que a legislação vigente isenta tanto a operação, como as prestações de serviço que destinem ao exterior mercadorias.

Decido.

Trata-se de reexame necessário, nos termos do art. 475, II, do CPC.

O mandado de segurança impetrado pela empresa madeireira, visa o reconhecimento de isenção de ICMS para as suas operações de aquisição de madeira oriundas do Estado de Rondônia, para fins de exportação, até o porto de Paranaguá/PR.

Cumpre salientar, que a Emenda n. 42 alterou o disposto no art. 155, § 2º, X, “a”, da CF, passando a dispor o seguinte:

X - não incidirá:

a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/ 2003).

A Lei Complementar n. 87/96 trata da matéria, esclarecendo que o ICMS não incide sobre operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços.

A Lei Estadual n. 688/96, a respeito do ICMS preceitua: Art. 3º. O imposto não incide sobre:

...

II - operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários, produtos industrializados e semi-elaborados, ou serviços;

...

§ 1º. Equipara-se às operações de que trata o inciso II, do artigo 3º, a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. Portanto, entende-se que não incidirá o ICMS sobre o transporte, desde o local do carregamento da mercadoria até o local onde será embarcado para o exterior. Vale dizer, a Lei Complementar isentou do imposto estadual todas as operações e serviços destinados ao comércio exterior.

O Superior Tribunal de Justiça já tem entendimento sobre a matéria. Vejamos:

A tese da Fazenda, sobre ser um perfeito sofisma, distingue onde a lei não faz distinção. Demais, o direito vigente após a edição da Lei Complementar n.º 87 de 13.09.96 repele frontalmente a distinção que se procura estabelecer. E é apenas um truísmo a lembrança de que o transporte interestadual se faz no território nacional, pois não seria de outro modo. O art. 3º da dita Lei Complementar não admite interpretação, mas exige simples observância do seu enunciado literal: o imposto não incide no serviço de transporte de carga destinada ao exterior. O argumento do fisco pressupõe a curiosa hipótese de que só não incide o tributo na eventualidade de se situarem na mesma unidade da Federação o estabelecimento de saída da carga e o transportador internacional, algo que a lei complementar sequer esboça. (Agravo Regimental n. 308.752-MG. Rel. Min. Garcia Vieira).

Ademais, a matéria já foi apreciada por esta Corte reiteradas vezes:

A não incidência do imposto sobre circulação de mercadoria sobre a prestação de serviço de transporte de madeira destinada ao exterior decorre de expressa determinação legal (Lei Complementar n. 87/96, art. 31, inc. I, e Lei Complementar n. 688/96, art. 3º, inc. II). (Apelação Cível n. 01.005175-9, j. 23/10/02, rel. Des. Eurico Montenegro).

Expressamente ressalvado em lei complementar, não incide pagamento de ICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadoria destinada ao embarque portuário em exportação. (Apelação Cível n. 01.001487, j. 01/08/01, rel. Des. Eliseu Fernandes).

Expressamente ressalvado pela Lei Estadual 688/96, não incide pagamento de ICMS sobre serviço de transporte interestadual de mercadoria destinada à exportação. (Reexame Necessário n. 200.000.2003.003033-1; rel. Des. Sansão Saldanha; j. 5/ 11/2003).

Assim, entendo que não incide o ICMS sobre o transporte da madeira do Estado de Rondônia até o porto de embarque para o exterior, em razão do destino final ser a exportação. P e l o exposto, confirmo a decisão de primeiro grau por seus próprios fundamentos. Com efeito, à vista do princípio da efetividade do processo, da completude do sistema jurídico e, por interpretação sistemática do disposto no artigo 557, § 1º, do CPC, em grau de reexame necessário, considerando também a Súmula 253 do STJ que diz: “O art. 557 do CPC, que autoriza o relator a decidir o recurso, alcança o reexame necessário”, confirmo a sentença de primeiro grau por seus elementares fundamentos.

Transitada em julgado esta decisão, proceda o retorno dos autos à origem. Publique-se.

Porto Velho, 14 de dezembro de 2004. (a.) Desembargador Rowilson Teixeira

Relator

DESPACHO DO RELATOR 100.005.2002.001888-1 Reexame Necessário

Interessada (Parte Ativa): Fazenda Pública do Município de Ji-Paraná - RO Advogado: Sérgio Luiz Calcagnotto (OAB/RO 71B)

Interessado (Parte Passiva): Centro de Ensino Kepler Ltda

Curadora: Vanilda Estevão da Silva Rodrigues Contreiras (OAB/RO 240) “Trata se de reexame necessário da sentença que reconheceu a ocorrência da prescrição do crédito tributário, havendo requerimento formulado pelo Curador Especial nomeado em razão da citação por edital.

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