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INSOLVÊNCIAS - ANO DIFíCil PARA A ECONOMIA PRIVADA

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(1)

CON ... U .. T\oI ....

.CO...o ... ,C. FINANÇAS

INSOLVÊNCIAS - ANO DIFíCil

PARA A ECONOMIA PRIVADA

Em 1964 foram numerosos e

graves os problemas que dificul-taram aos devedores por compro -missos comerciais a liquidação de obrigações vencldas. No

princí-pio do ano tornaram-se ainda mais sérias as condições que já caracterizavam o fim de 1963:

forte ascensão dos preços, dimi-nuição de investimentos. ativida-de econômica insuficiente em fa-ce da expansão demográfica, libe-ralidade na concessão de crédito

bancário, pertubações políticas internas e greves. Com O

movi-mento vitorioso de 1.0 de abril, o panorama econômico apresentou uma série de modificações. que se revelaram de grande efeito sôbre a solvabilidade. O nôvo

-

. .

governo procurou em pnmelro lugar reduzir o ritmo da inflação, sem todavia tomar medidas radi-cais em qualquer setor, inclusive no de financiamentos bancários. A contenção da despesa pública, o ? umento de impostos federais e o ônus decorrente da reavalia-ção obrigatória dos ativos imobi-lizados diminuiram substan cial-.FEVEREIR0/1 96S

mente os recursos em poder do comércio e da indústria, destina-dos à cobertura de gastos

opera-• • ClOnalS.

Com a expectativa de uma alta mais amena dos preços, de-~apareceu o incentivo aos consu-midores para comprar hoje a fim de não pagar mais caro amanhã.

Os salários de empregados em emprêsas privadas tiveram, pelo meio do ano, os acréscimos esta-belecidos anteriormente, quando

dos últimos acôrdos coletivos. Assim, manteve -se aproximada-mente o poder aquisitivo dos

res-pectivos vencimentos fixos, não obstante continuar a subir o cus-to da vida em escala apreciável. Também o valor real dos ganhos de funcionários públicos e milita-res permaneceu pelo menos está-vel . Mesmo assim, os consumi-dores fixaram com crescente rigor

os detalhes de seus orçamentos familiares, levando em conta o caráter mais ou menos indispen-sável dos diversos tipos de gastos

pessoais. Despesas maiores, a serem pagas de uma só vez ou em

(2)

prazo curto, sofreram adiamento.

Êste fenômeno refletiu-se sôbre o movimento de vendas em nu

-merosos setores . O retraimento dos compradores se manifestou de forma grave até julho. Nos meses finais do ano prosseguiu com melhores resultados um

ajustamento pelos adquirentes e

distribuidores aos modificados níveis de consumo

(quantida-des) e de preços.

Os maiores encargos, fiscais e outros, de responsabilidade dos

empresários, decorrentes do

in-cremento de salários e de tributos já existentes (impôsto de renda,

consumo etc.) , e da criação de de novos ônus, em parte de natu-reza transitória (conseqüente d~

reavaliação dos ativos) e em parte permanente (recolhimento.

ao Banco Nacional de Habita

-ção, Salário Educação etc.), as-sim como a diminuição do movi -mento de vendas dificu1taram a certos setores de atividade a

pon-tual liquidação dos compromis-sos devidos. Nos últimos meses do ano, quando os preços de di

-versos bens aumentaram mais suavemente, uma menor diferen -ça percentual entre preço de cus

-to e o obtido na venda não mais tornou tão fácil quanto antes a

alguns ramos do comércio aten -der as duplicatas vencidas. Isto

já fôra observado anteriormente,

conforme se depreende dos

re-sultados da pesquisa que I/Con -juntura Econômica" publicou

/29

em seu número de setembro de 1964, pg. 73. Numerosas fir-mas, que logo após o estabeleci-mento da nova política econômi

-ca e financeira no 2.° trimestre souberam adaptar-se às novas

condições seguindo orientação prudente quanto à previsão do

consumo futuro, aos compromis-sos bancários a assumir e à pron-ta disponibilidade em dinheiro,

conseguiram sobreviver no perío-do crítico sem sérias dificuldades. Graças às medidas de contenção

que muitos administradores de

emprêsas adotaram, os

resulta-dos gerais, conquanto bem

pio-res que os do ano anterior, não foram mais graves quanto à

solvência que os de 1962.

PRINCIPAIS RESULTADOS EM 1964

Um resumo das observações feitas no Rio de Janeiro e em S.

Paulo até novembro último

for-nece o seguinte quadro:

DISCRIMINAÇÃO

Aumento de empréstimos

bancários venó do! . """ ".

Títulos prot€":!itados:

aumento do número ". "".

numento do valor global ..

índice de solvência:

empréstimos C/ C """". "" títulos d"escontados " "" " ..

tôdas as transações """ . ""

Aumente do número de Fa

-lências e Concordatas:

requeridas "" "" .. " .. ". "".

decretadas deferidas ". """

prejuízos dos credores de firmas insolventes (bilhões de Cr$) . """"" " "".".""" 1964 ( %) 65 2 102 402 89 140 20 S 4,1 1963 (% ) 40 - 7 40 261 84 115 9 20 2.9 CONIVNTVRA ECONOMICA •

(3)

GRAFICO 1

TITULOS PROTESTADOS E INSOLVENCIAS REQUERIDAS CA $: MILHÕES

-R[O t R' .,\LItOU .... ' .. IL) S PAULO 1"70 U

,

I

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I

A compilação acima mostra que as obrigações financeiras da economia p r i v a d a acusaram substancial incremento. Apesar disso, a quantidade de compro-missos não atendidos só aumen-tou em escala insignificante. A duplicação do valor dos títulos levados a protesto reflete a ma-joração de preços e a grande in-cidência de Empréstimos C/ C vultosos. O maior índice de sol-vência traduz as crescentes difi-culdades dos devedores de liqui-dar pontualmente créditos a cur-to prazo. O fato de o acréscimo percentual das insolvências pedi-das haver ultrapassado o excesso quantitativo de títulos protesta-dos innica maior vulnerabilidade das emprêsas. Como, apesar dis

-FEVERE[R0/196S

50, o número de falências e

con-cordatas decretadas ou deferidas só se elevou moderadamente, é de concluir que muitos empreen-dimentos com insolvência solici-tada atravessaram apenas difi-culdades financeiras transitórias.

Os prejuízos sofridos pelos cre-dores de organizações que

tive-• • •

ram 1 n s u c e s s o s comerClaiS

(quantia nominal) permaneceu inferior aos que se observaram em 3 dos últimos 5 anos. Compu-tado o respectivo poder aquisiti-vo, o valor em questão pode ser considerado razoável.

No decorrer do ano houve di-versas fases, nitidamente distin-tas quanto

à

evolução dos obje-tos a observar (ver GRÁFICO I). A quantidade e o valor de

(4)

] - EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS COMERCIAIS À ECONOMIA PRIVADA NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964 PRAÇA

I

Rio de Janeiro .... São Paulo . . . TOTAL ... , .. "

MÉDIA MENSAL DE EMPRÉSTIMOS VENCIDOS

(Bilhões de Cr$)

EMPRÉSTIMOS C, C TiTULOS DESCONTADOS

1964 1963 1962 1964 1963 I 1962 47,0 39.4 34,7 234.5 143,0 91,5 145,4 96.9 67,7 694,3 399,3 261,1 192,4 136.3 102.4 921i,8 542,3 352,6 TODOS OS EMPR~STIMOS 1964 1963 , 1962 I I 28 1,5 182,4 126,2 839,7 496,2 328,8 1 121,2 678,6 496,0

FONTE: Médias calculada!> II base dos rE"3ultadcs apurados pe lo Serviço de Estatística Econômica e Financeira, do Ministério da Fazenda.

rI - AUMENTO PERCENTUAL DA MÉDIA MENSAL DE EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS VENClDOS

EMPRÉSTIMOS C, C TITULOS DESCONTADOS T ODOS OS EMPR~STIMOS

PRAÇA 1 . I 1963, 64 1962 63 1961 62 1963, 64 1962.·' 63

I

1961 '62 1963 64 1962 63 1961 62

-Rio de Janeiro • • • • 19,3 13.5 20.5 64.0 56,3 37,6 54.3 44,5 32,4 São P aulo ... 50.1 41.7 24.0 73,9 53,0 49,3 69,2 50,9 43,3 TOTAL • • • • • • • • 41,2 33,1 22,8 71,3 53,8 46,1 65,2 49,2 40,1

FONTE: Percentagens calculadas à base dos resultados apurados pelo Serviço de Euatística Económcia e Financeira, do Minis·

(5)

los levados a protesto

mantive-ram-se em nívei elevado entre

fevereiro e junho, para a seguir

obedecerem a ritmo mais

mode-rado. O número de falências e

concordatas pedidas, após longo

período ascensional, revelou nos

últimos meses do ano tendência no sentido de diminuição. Até

novembro não se notava ainda melhoria clara quanto às

insol-vências decretadas/ deferidas.

MAIORES OS COMPROMISSOS DA ECONOMIA PRIVADA

Em virtude da concessão libe-ral de financiamentos, cujo rit

-mo não sofreu alteração sensível

'1. uando o atual govêrno adotou n o v a orientação econômico-

fi-nanceira, as obrigações a serem

atendidas pelo comércio,

indús-tria e demais empreendimentos

privados aumentaram bastante

em 1964. A média mensal de

empré!5timos bancários a

amor-tizar no Rio de Janeiro e em S.

Paulo (ver QUADRO I) passou de

CrS 496 bilhões em 1962 para

Cr$ 679 bilhões no ano

seguin-te e CrS 1 121 bilhões em 1964.

Percentualmente, o acréscimo no

último ano (65%) superou os

coeficientes dos 2 períodos

ante-riores, conforme se depreende do

QUADRO 11. Esta situação decorreu

de uma expansão anual recorde

(no triênio), tanto de emprésti-mos C/C como de títulos

descon-tados, da qual participaram as praças do Rio e de S. Paulo.

FEVEREIRO/l S6S

Nas últimas semanas de 1964

as autoridades monetárias se

mostraram inclinadas a frear a

ulterior expansão creditícia, o

que no decorrer do 2.° qua

-drimestre de 1965 poderá

come-çar a refletir-se sôbre a solvên-cia geral.

AUMENTA O PROTESTO DE TITULOS

Em contraste com o ano an-terior, quando o número de

tí-tulos protestados no Rio de Ja

-neiro e em S. Paulo diminuiu à

razão de 10% (ver QUADRO 111).

os devedores deixaram de

liqui-dar, nos 11 meses examinados, quase 78 mil promissórias e

du-plicatas (mais 1,2 mil do que em

1963, até novembro), o que cor

-responde a um excesso de 2 0/0 .

Nota-se ainda que os resultados

de 1964, embora superando os

do ano anterior, não foram tão

desfavoráveis quanto os de 1962,

quando mais de 85 mil papéis

ficaram sem pagamento. Devido

a esta evolução menos grave do que era de se esperar, também o

número de insolvências,

confor-me ainda veremos, só aumentou em escala suportável.

No Rio de Janeiro, onde o

nú-mero de promissórias e

duplica-tas não amortizadas declinara de

120/0 no ano anterior, se

obser-vou em 1964 um acréscimo de

4 % . Êste se restringiu a 1 % em S. Paulo, contra menos 10%

em 1963.

(6)

111 TfTUlOS PROTESTADOS NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO

JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964

Quantidade em milh9res Valores em milhões de CrS

.

-PRAÇA E 1964

,

1963 1962 NATUREZA DOS -I I I TlTULOS N," I Valor N."

,

Valor N ," Valor I I..! 10 DE JANEIRO : Promissórias ... 7.3 2 739 6,' '21 7,4 500 Duplicatas ... lU 931 11,0 50. 12,8 3" T o t a I 18.5 3670 17.8 1 329 20,2 894 SAO PAULO: Promissórias ••••• 26.3 3 719 26,0 2 162 28,0 I 641 Duplicatas

.

. . . ."2.9 2 739 32,7 1 528 37,2 902 T o t a l .. ... 59,2 6459 58,7 3690 65,2 2603

RIO E SÃO PAULO;

Promissórias . . . 33.6 6458 32.8 2983 35,4 2 147

Duplicatas • • • • • • • 44.0 3670 43.7 2036 50,0 1350

T o t a l ... 77.7 10 129 76.S 5019 85,4 3497

FONTE: Cartórios.

IV - VALOR MÉO:O (CrS mil) DE UM TiTULO PROTESTADO. SEU iNOlCE E O

iNDICE DE PREÇOS - JANE.RO A NOVEMBRO DE 1964

-NATUREZA DO TITULO Promiss6rias ... Duplicata, ... I

I

ANO 1962 1963 1964 1962 1963 1964

I

VALOR MÉDIO Rio 68,4 120,7 375.2 30,3 46,4 83,9 Rio S. Paulo

I

e I S. Paulo 58,6 83,2 141,4 25,9 46,8 83,3 60,6 90.0 192.2 27,0 46,6 83,4 Rio 100 170 549 100 153 277 Valôres médios calculados segundo os titulos protestados. FONTE: Cartórios. IN D TITULOS

I

I \ S. Paulo I 100 142 241 100 181 322 I C E

-Rio

S. Paulo 100 150 317 100 309 PR.çO~ 100 173 326 100 173 326 12. CONJUNTURA ECONÕMICA

(7)

A intensificação do processo inflaci'mário durante parte de 1964 repercutiu fortemente Sô-bre o valor dos títulos protes-tados. Nas duas principais

pra-ças do país, em conjunto, a

im-portância global das promissórias e duplicatas atingidas por essa medida judicial cresceu de Cr$ 5 bilhões para mais de Cr$ 10 bilhões. No Rio de Janeiro a im

-portância não liquidada triplicou

(Cr$ 3,7 bilhões contra Cr$ 1,3

bilhão) e em S. Paulo apresen-tou um aumento de 75% (6,5 contra 3,7 bilhões). De

parti-cular gravidade se revelou o

in-cremento de promissórias no Rio

de Janeiro (Cr$ 2,7 bilhões em 1964, contra Cr$ 0,8 bilhão em 1963). Assim, nos 2 últimos

anos, com uma alta de preços

nunca antes registrada no Bra-sil, a quantia não recebida por

credores comerciais cariocas e

paulistas (fornecedores etc.) se elevou de quase 300% (Cr$ 3,5 bilhões em 1962, até novembro).

ConfOllne já mostramos antes,

aos títulos levados a protesto nas duas praças até novembro de

1964 correspondeu um valor global de CrS 10,1 bilhões. O

excesso sôbre os resultados do

ano anterior montou a Cr$ 5,1

bilhões (102 % ). Evolução tão desfavorável deve ser atribuída tanto

à

expansão do crédito

ban-cários como ao agravamento da própria solvência. Devido ao

in-cremento dos compromissos

ven-fEVEREIRO/196S

cidos e independentemente da taxa mais alta de protesto, a

au-sência de liquidação de papéis

comerciais sofreu um acréscimo

de Cr$ 2 694 milhões (53 % do aumento total), ao passo que, em virtude da menor capacidade de

amortização dos devedores, mais

Cr$ 2416 milhões (47% doto-tal) deixaram de ser

devidamen-te pagos, conforme esclarece o

QUADRO v. No Rio influiu mais

em sentido desfavorável o defi-ciente nível de solvabilidade; em S. Paulo, a expansão do crédito

bancário teve repercussão mais

ponderável. O excesso de

pro-missórias protestadas decorreu

principalmente da modificada capacidade de restituição dos de-vedores, e o de duplicatas não

atendidas, da apreciável

eleva-ção de financiamentos

concedi-dos.

Inúmeros financiamentos vul

-tosos, muitos dos quais concedi-rudos sem as indispensáveis

cau-telas de seleção dos clientes,

con-tribuíram sobremaneira para o

montante de títulos protestados. Nas duas praças estudadas dei-xaram de ser pagas em 1964

promissórias e duplicf"<os de alto valor unitário, no total de Cr$ 3 194 milhões, que correspon-dem a 46 % dos Cr$ 6935

mi-lhões de papéis comerciais de

quantia moderada, também não

amortizados (ver QUADRO VI).

No ano anterior tal relação não havia ultrapassado 36% . No

(8)

v _ EXCESSO DE TíTULOS PROTESTADOS EM 1964 SOBRE 1963

(JANEIRO A NOVEMBRO) ATRIBUíVEL À EXPANSÃO DO CRltDITO E AO AGRAVAMFNTO DA SOLV1tNCIA (Milhões de Cr$)

I

EXCESSO DEVIDO A: EXCESSO -PRAÇA E TIPO TOTAL EXPANSÃO 00 AGRAVAMENTO DA DE CREDITO , SOLVENCIA EMPRÉSTIMO .

I

Valor % Valor % Valor

,

-RIO DE JANEIRO: Empréstimos C/ C . . . 158 8 1760 92 1 918 Títulos descontados . . . 325 77 98 23 423 T o t a l ... 483 21 1858 79 2341 SÃO PAULO: Empréstimos C/ C ... 1083 70 475 30 1558 Títulos descontados ... 1 128 93 83 7 1 211 Total ... 2211 80 558 20 2769 RIO DE jANEmO E SÃO PAULO: Empréstimos C/ C ... 1 241 36 2235 64 3476 Títulos descontados ... 1453 89 181 11 1634 - -To t 8 I ... 2694 53 2416 47 5110

VI _ VALOR GLOBAL DOS TíTULOS VULTOSOS E DE VALOR UNITÁRIO MODERADO LEVADOS A PROTESTO - JANEIRO A NOVEMBRO 1964

(Milhões de Cr$) . I

I

1964

I

1963 1962 PRAÇA. I NAnrREZA DOS I I I

I

I

VultosO! Ih l7LOS

Vultosos I Valor

I

% Valor % %

I

moderado moderildo

I

I .1_- I , RIO DE JANEIRO: Promissórias 1798 941 190 413 408 101 40 Duplicatas ••• 180 751 24 116 392 30 35 Total ... 1978 1692 117 529 800 66 30 liÃo PAULO: Promissórias • 698 3021 23 478 1684 28 60 Duplicatas .. ' 518 2 221 23 332 1 196 28 24 T o t a l . .. 1 216 5243 23 810 2880 28 44 FONTE: Cart6rios. 12~ CONJUNTURA ECONOMICA.

(9)

-•

Rio de Janeiro a evolução se

revelou bem desfavorável, tan-to assim que a importância

global dos títulos vultosos le-vados a protesto superou a de promissórias e duplicatas de mó

-dico valor. Para avaliar o

im-pacto dos primeiros, basta ter em

mente que as quantias médias

variaram em 1964 da seguinte forma (valores em Cr$ mil) :

VAWR UNITÁRIO

Vultoso Moderado

Rio de Janeiro Promissórias ... 10 500 133 Dup1ica~ ... 1 400 68 S . Paulo Promissórias ... 3 200 116 Duplicatas ... 1 200 68

Em face da distribuição

aci-ma, o protesto de uma

promissó-ria vultosa equivaleu no Rio ao

de 79 e em S. Paulo ao de 28 de importância moderada. Quanto

às duplicatas, prevaleceu escala

semelhante.

AGRAVA-SE A SOLV~NCIA

Nas duas capitais estudadas, segundo consta do QUADRO VII,

para cada milhão de cruzeiros de

empréstimos bancários vencidos, os devedores deixaram de

amor-tizar em 1964 um total de CrS 9,03 mil, contra Cr$ 7,40 mil no

ano anterior e 7,69 por mil em

1962. Independentemente dos

FEVEREIRO/ 1965

efeitos da expansão de crédito

verificada, a não restituição de financiamentos aumentou desde

1963, à base dos resultados

su-pra, de 22 % . Da mesma fOlIna

que em ocasiões idênticas no

passado, a menor capacidade da

economia privada de atender as obrigações assumidas repercutiu

mais sôbre a liquidação de em-préstimos C/ C do que sóbre o pagamento de títulos desconta

-dos. O índice de solvência dos

primeiros, que já se havia

agra-vado de 251 em 1962 para 261 no ano seguinte, saltou em 1964 para 402. Isto significa que as

promissórias protestadas neste ano, em cada milhão de

cruzei-ros de empréstimos C / C

venci-dos, quadruplicaram em relação

ao ano-base (1954). Tal resul-tado decorreu em grande parte da falta de liquidação de um

nú-mero restrito de promissórias

vultosas no Rio de Janeiro.

Nes-ta praça, em Nes-tais circunstâncias, uma soma equivalente a quase

6 % dos empréstimos C/ C ficou sem amortização (ver coluna 4

do QUADRO VII). A liquidação

de títulos descontados continuou

a ser atendida em escala satis-fatória, o que é muito importan-te, visto que estas transações

re-presentam mais de 80% dos

em-préstimos bancários nas duas

ca-pitais examinadas. O respectivo índice de solvência foi em 1964 o menos favorável do último triênio (89).

(10)

VII - TAXA DE PROTESTO DE TíTULOS E íNDICE DE SOLV1l:NCIA NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO

JANEIRO A NOV EMBRO DE 1964

PRAÇA E NATUREZA DAS OPERAÇÕES DE CRÊDITO (I) RIO DE JANEIRO; Empréstimos C/C ... . Títulos descontados .... . Total ... . SÃO PAULO: Empréstim05 C/C • • • • • • Títulos descontados ... Total . . . .

RIO E SÃO PAULO:

Empréstimos C/C ... . Título, descontados .... . Total . . . . TITULOS PROTESTADOS (Cr$ milhões) (2) 2 738,7 931,1 3669,8 3 719,3 2 739,3 6458,7 6458,0 3670,4 10 128,5 M~DIA MENSAL DE EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS VENCIDOS (Cr$ bilhões) (3) 47,0 234,5 281,5 145,4 694,3 839,7 192,4 928,8 1 121,2

--TAXA DE 1964 (2) (3) (4) 58,27 3,97 13,04 25,58 3,95 7,69 33,57 3,95 9,03 (por PROTESTO 1 000) 1963 (5) 20,84 3,55 7,29 22,.31 3,83 7,44 21,89 3,75 7,40

,

I 1962 (6) 14,58 4,24 7,08 24,24 3,69 7,92 20,97 3,83 7,69

FONTES: Serviço de Estatística Econômica e Financeira, do Ministério da Fazenda, e Cart6rios.

íNDICE DE SOLV~NCIA 1964 (7) 670 85 192 363 105 142 402 89 140 (1954 = 100) 1963 (8) 24" 76 107 317 102 138 261 84 115 ,

I

1962 (9) 168 91 104 344 98 147 251 86 119

(11)

, INDICE DE SOLVENCIA

I

I~H'lOO sÃO PAULO

~

50

I

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COIH:~

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OUCO.HAOO$ nTU~OS

',;]

I ,-.J

.

.

.

.

.

" .,.; "" , ,

...

o

GRÁFICO II indica

quan-to à evolução no decurso de

1964 que no Rio de Janeiro

os índices de solvência de

em-préstimo C/ C e de títulos

des-contados melhoraram à medida

que avançava o ano. Na capital paulista o primeiro, com tendên-cia geral estável, atingiu, entre-tanto, valôres mais desfavoráveis

em março e setembro, enquanto o segundo, apresentou lento

pro-gresso, interrompido em vários meses.

EXPANDEM- SE OS INSUCESSOS

COMERCIAIS

Durante os 11 meses

pesqui-sados de 1964 foi requerida a

falência ou concordata de 932 ih 11189 cariocas e paulistas (ver

FEVEREIRO/ 1965 , , •

'"

• I , (WP<.CSTI1>05 ,

-

,

.

Cc:o<lA C~[ • , '" •

-l

TiTU.OS O'ESCONrAOOS

r-,

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,

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lU' ,n.

QUADRO VIII), contra 774 no

ano anterior (+ 20% ).

Nume-rosas destas organizações,

contu-do, atravessaram apenas um

pe-ríodo transitório de dificuldades financeiras. Esta conclusão

de-corre de ter a quantidade total

de falências decretadas e de

con-cordatas deferidas aumentado

em escala módica (5%): 226

firmas, contra 215 em 1963. No

Rio de Janeiro o número de

in-solvências solicitadas

permane-ceu pràticamente estável (208

em 1964, contra 2 O 1 no ano

an-terior), mas em S. Paulo

aumen-tou muito (724 no ano

analisa-do e 573 em 1963).

Problemas financeiros de ca-ráter temporário ocorreram com

(12)

freqüência maior entre socieda·

des de capital modesto do que

entre as dotadas de recursos

mais amplos. Segundo esclarece

o QUADRO IX, as falências e con·

corda tas pedidas no Rio de

J

a-neiro e em S. Paulo por firmas

individuais cresceram de 33%

(407 contra 305 em 1963), mas

o correspondente número de in·

solvências decretadas/ deferidas

diminuiu em relação a 1963. Ao

mesmo tempo foi solicitada a fa·

lência, respectivamente

concor-VIII _ FAL~NCIAS E CONCORDATAS NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO

JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964 PRAÇA E FASE DA INSOLrtNCIA 1 RIO DE JANEIRO: Falências: Requeridas Decretadas Denegadas Concordatas: Requeridas Deferidas DE.11egadas SÃO PAULO: Falências: Requeridas Decretadas Denegadas Concordatas: • • • • • • • • · .. . Requeridas Deferidas .. . ' Denegadas .. . . RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO Falências: Requeridas Decretadas Denegadas Concordatas: 1964 181 48 5< 27 26 35 665 100 3 59 52 7 846 148 57 1963 166 36 3< 35 3< 35 480 74 7 93 7J

-646 110 41 1962 217 86 39 54 39 19 512 89

-64 54 I 729 m 39 Requeridas 86 128 118 Deferidas . 78 105 93 _...;D"":;:negadas,-,,.:., ;.; .. ,---,4:,' _ - ,3:::5_-,'c:.,.0 FONTE: Cartórios. 130

data, de 454 sociedades de

res-ponsabilidade limitada, contra

406 (+ 12

%

),

e os

requerimen-tos atendidos pela justiça se

ele-varam em e s c a 1 a superior

(+23%). Quanto às

socieda-des anônimas, observou-se até li·

geiro declínio de insucessos co·

• •

merClals.

Tal particularidade é

satisfató-ria, uma vez que as fiuHas orga·

nizadas sob esta forma ocupam,

do ponto de vista financeiro,

po-sição de destaque no mercado. O

passivo médio de uma sociedade

anônima insolvente alcançou em

1964 mais de CrS 194 milhões,

quantia equivalente à responsa·

bilidade contábil de cêrca de 9

sociedades de responsabilidade

limitada ou de 15 firmas indivi·

duais falidas ou concordatárias

(ver QUADRO x).

Triplicou desde 1963

aproxi-madamente o passivo médio de firmas individuais, enquanto o de

sociedades de responsabilidade

limitada e de sociedades anôni·

mas acusou expansão de 66 % e

de 41 %, respectivamente.

Le-vando ainda em conta a alta dos

preços de 88 % registrada no

pe-ríodo em exame, verifica-se que firmas individuais, apesar de seu

capital de giro, em geral

modes-to, e de disporem, via de regra,

de menor facilidades de crédito

bancário do que organizações

mais desenvolvidas, revelaram

(13)

,

IX - FAL~NCIAS E CONCORDATAS SEGUNDO A FORMA DE CONSTITUIçAO

DAS FIRMAS INSOLVENTES JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964 FAL~NCIA FIRMAS INDIVIDUAIS OU CONCORDATA 1964

I

1963 REQUERIDA: Rio de Janeiro o o 50 51 São P aulo .. o o o o 357 254 T o t s 1 o o o o 407 305 DECRETADA OU DEFERIDA;

Rio dEI Janeiro . . 10 16

São Paulo o o o o o o 40 51

To t a I . o o o 50 67

FONTE: Cartórios.

tendência em assumir obrigações financeiras excessivas.

Incapacidade de atender

com-promissos vencidos nem sempre

provoca as mesmas reações dos

credores. Êstes costumam

mos-trar mais propensão de facilitar

aos devedores a liquidação de obrigações em atraso ou aprovar

uma concordata, desde que se

trate de sociedade anônima ou

de sociedade de responsabilidade

limitada. No caso de firmas in-dividuais são, porém, raras as

concordatas, em cujo regime a

firma continua a operar, embora com restrições. Devido ao

apre-ciável aumento de insucessos

en-tre firmas individuais, antes

as-sinalado, t a m b é m teve

incre-mento o número de falências em

relação ao de concordatas,

am-bos calculados sôbre o conjunto

FEVEREIRO/ 1965 SOCIEDADES DE SOCIEDADES RESPONSABILIDADE ANôNIMAS LIMITADA 1964 1963 1964 II 1963 I 128 126 30 25 326 280 31 39 454 406 61 64 50 42 14 12 98 78 14 16 148 120 28 28

de tôdas as organizações

ameaça-das em sua sobrevivência. N as

duas praças examinadas, 65% das insolvências foram falências

(decretadas) e apenas 35%

concordatas (deferidas), ao

pas-so que em 1963 a distribuição havia sido de 51 e 49

%,

respec-tivamente. Nestas condições, um número relativamente maior de

organizações teve que

desconti-nuar a sua atividade, o que se

re-x

-

PASSIVO MÉDIO DE UMA FIRMA INSOLVENTE NO RIO DE JANEIRO OU

EM SÃO PAULO JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964 (Milhões de Cr$) FORMA DE CONSTITUIÇÃO \ 1964 \ 1963 \ 1962 __________ -LI _ I I

-Firma Individual . . o o o 16,3 5,8 4,5

Soe. Respo LimitadOs o 21,4 12,9 17,6

Sociedade Anônima o o. 194,3 137,5 161,6

(14)

Xl _ EFEITOS FlNANCEIROS DE FALitNCIAS E CONCORDATAS NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO

JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964 .~ ~

2~f~

1

20 •

.

..

O ~,~

.

~

.

~ :c '-« .t: -2: ANO o U ~

r=

~ a:I :-:

*"

::>

11) o. Z

8

.D ""9 A ""1/:1 z'!j

·

~

~oãS

l

!:

.z

·

"

·8

u

-

-1964 • • 226 7,0 4,1 5. 1963 • • 215 .,0 2,9 32 1962 • • 270 11,5 6,5 57 1961 • • 342 11.8 7, I 60 1960 • • 371 6,4 4.2 66

-fletiu claramente sôbre as perdas

sofridas pelos credores.

Segundo mostra o QUADRO XI,

as 226 firmas cariocas e paulis-tas insolventes apresentaram em

1964 um passivo global de Cr$

7 bilhões, do que adveio aos cre-dores um prejuízo de cêrca de

Cr$ 4,1 bilhões (59% do

passi-vo). Em confronto com o ano anterior, nota-se diminuição do passivo e elevação do prejuízo.

Aquela decorreu da ausência de

insolvências referentes a firmas

• • • • •

com paSSIVO mUlto supenor a lm

-portância média, o que se havia dado, com vários casos, em 1963 . Além disso, o maior pêso no con-junto das firmas individuais, cujo passivo foi relativamente modesto (em confronto com o de sociedades anônimas ou de

res-ponsabilidade limitada),

reper-cutiu desta maneira. O incre-mento do prejuízo resultou da predominância de falências

(ge-ralmente com prejuízos quase to-tais) sôbre concordatas.

Sabe-se que o pedido de

in-solvência costuma seguir, com o intervalo de um ou vários me-ses, o protesto de promissórias ou duplicatas não pagas. Decorri

-dos ainda pelo menos alguns

me-ses, a falência ou concordata é

decretada, deferida ou denegada

(inclusive homologada a

desis-XII _ N'OMERO DE lNSOLVtNCIAS REQUERIDAS SEGUNDO A CATEGORIA

DE BENS OU SERVIÇO - JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964

RIO DE JANEIRO SÃO PAULO R!O DE JANEIRO E SÃO PAULO

BENS -I OU I + OU -% em SERVIÇOS I 1964 1963 1964 1963 1964 I 1963 % em I I 1964 1964 I I Bens de con!umo 62 59 106 95 168 154 3. + 11 BE'fls de produção . 50 41 109 86 159 127 37 +25 Ramos imobiliários 23 24 35 22 58 46 14 + 26 Outros ... 20 12 22 13 42 25 10 + 68 TOTAL ... 155 136 272 216 427 352 100 + 21 FONTE: CartóriG4. 132 CONJUNTURA ECONôMICA

(15)

tência eventual). Nestas

condi-- .

.

çoes, convem comparar 88

vana-ções havidas em relação aos di-versos medidores. Os títulos

pro-testados (julho de 1963 a ju-nho de 1964) tiveram um

in-cremento de 114 %, as falências

e concordatas decretadas/

defe-ridas (janeiro a novembro de

1964) aumentaram de 5 % e os

prejuízos dos credores 41

%.

ANÁLISE SETORIAL

Vamos examinar (ver QUADRO

XII) uma amostra de 427

insol-vências pedidas, que se referem

a fi! mas cariocas e paulistas com

ramo de atividade perfeitamen-te definido. Em primeiro lugar, figuram os insucessos comerciais de organizações que produzem

ou di.tribuem bens de consumo (39% do total), logo seguidos pel06 de empreendimentos que se dedicam a bens de produção (37%). Aos ramos vinculados a bens de raiz (construção civil, vendas de imóveis, materiais de construção etc.) corres ponderam

14%, e às restantes insolvências

10%. Em confronto com o ano anterior, nota-se terem os ramos imobiliários sofrido o maior au-mento percentual e os bens de consumo o mais moderado (sem computar os não-classificados). A modificada conjuntura re-fletiu-se, segundo se conclui do número de insolvências em cada

FEVEREIRO/1965

setor, de forma diversa sôbre os

ramos de atividade. O QUADRO

XIII mostra que o número de

fa-lências ou concordatas solicita-das aumentou principalmente em relação a gêneros

alimentí-cios, aparelhos domésticos, mó-veis e decorações, materiais de

construção, emprêsas imobiliá-rias, produtos químicos e farma-cêuticos, veículos e peças,

diver-sões e estabelecimentos gráficos.

D i m i n u i u substancialmente

quanto à construção civil e

me-talurgia. O total de falências de

-cretadas e de concordatas

defe-ridas cresceu em escala apreciá-vel no tocante a vestuário,

gêne-ros alimentícios, aparelhos

do-mésticos, material de construção,

e diminuiu com referência a

pro-dutos químicos e farmacêuticos e

metalurgia. Referimo-nos nestas linhas tanto a insolvências pedi-das como a falências e concorda-tas decretadas, respectivamente

deferidas, porque estas, embora julgadas em 1964, foram em

parte solicitadas em anos prece

-dentes, em conseqüência da con-juntura naquela época, enquanto aq:.:e!as se referem exclusiva-mente ao ano em foco. Os resul-tados acima indicam que

insu-ce=iSOS comerciais em determina·

do 3e~or econômico muitas vezes

• • •

acusaram matar ou menor

IncI-dência do que em 1963, quando o correspondente agregado do índice do custo da vida sofreu

acréscimo percentual superior ou

(16)

XIII - FALltNCIAS E CONCORDATAS NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO, SEGUNDO O RAMO DE ATIVIDADE

(AMOSTRA _ JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964

RAMO DE ATIVIDADE DAS FIRMAS INSOLVENTES

- - -

-

-

-Vestuário ... Gêneros alimentícios . . . .

Importação/ exportação e represen·

-taçao .. . . . .

MóvE,;s e decorações .. .. .... .... .

Produtos químicos e farmacêuticos

Metalurgia . .. . . Material de construção ... .. . . Aparelhos domésticos ... . ... . . .. . Veículos e peças . . . . .... • ... . ... Gráficas ... . .. .. . . ... . .. . C onstruçao - , " CIVI . . . • . . . . TOTAL ... .. .. FONTE: Cactórios

I

RIO DE JANEIRO Requeridas 1964 18 26 14 12 5 6 6 6 8 4 9 114 I

I

1963 31 17 14 9 7 3 5 2 6 6 12 112 Decretadas ou Deferidas I 1964 I 1963 12 5 7 6

,

I 3 2 I I 5 44 9 7 7 3 4 2 1 4 2 3 5 47

-I

SÃO PAULO Requeridas 1 964 45 25 17 17 21 19 18 17 15 11 5 211 -I

I

1963 38 23 12 !S 13 33 8 11 5 5 13 176 , Decretadas ou Deferidas 1964

"

7

"

"

"

b 9 7 5 3 4 77 I 1963 12 2 6 7 10 10 2 2 3 I 3 58 ,

RIO E SÃO PAULO

Requeridas I 1964

I

63 SI 3 I 29 27 25 24 23 23 !S 14 325 , 1963

I

69 40 26 24 20 36 13 13 11 11 25 288 Decretadas ou Deferidas 1964 30 12 13 12 7 7 12 9 6 4 9 121 1963 21 9 13 10

"

12 3 6 5 4 8 105

(17)

inferior. Isto ocorreu

particular-mente com vestuário, alimentos e

móveis. Depois de os preços dês-tes artigos se elevarem

forte-mente, também aumentaram as

falências e concordatas nos

res-pectivos ramos.

PERSPECTIVAS

Um maior rigor em 1965

quanto à concessão de

financia-mentos a prazo curto pelos

esta-belecimentos de crédito privados

ou oficiais, que parece provável

em virtude da intenção do

govêr-no de continuar a combater a

in-flação (uma expansão da moeda

escrituraI contribuiria para a

al-ta dos preços), determinará

ele-vação mais lenta dos

compro-missos a serem atendidos pela

indústria, comércio e outros. É

de se esperar que a economia

privada possa então atender com

maior pontualidade do que em

1964 as obrigações vencidas,

desde que o nível de negócios,

em particular o de vendas,

evo-lua razoàvelmente e os créditos

bancários vultosos (que

ofere-cem elevado risco de

não-resti-tuição) se tornem mais raros.

Possivelmente, a taxa de

protes-to de títulos descontados

cresce-rá algum tempo até que os

em-presários deixem de computar

antecipadamente ampla eleva-ção de preços a auferir quando

procederem à estimativa de suas

FEVEREIRO/1965

possibilidades de amortizar no

futuro empréstimos a prazo

cur-to. A medida que passar para

um nível condizente o número

de títulos levados a protesto, também a quantidade de

falên-cias e concordatas poderá voltar

a um padrão satisfatório. Satis

-feitas estas premissas, é de supor

que o prejuízo dos credores de

organizações insolventes se

man-tenha em limites aceitáveis.

Um exame do andamento dos

processos falimentares nas duas

principais praças do país (ver

QUADRO XIV) revela que em 30

de novembro de 1964 se

encon-travam pendentes no Rio e em

S. Paulo 1 398 pedidos de

falên-cia ou concordata submetidos à

justiça desde 1-1-63, contra

1262 há 1 ano (+ 11%). Ten-do em vista que em 1964

au-mentou a proporção de processos

julgados sôbre as solicitações a

decidir, é de prever que nos

pró-ximos meses cêrca de 110

insol-v~ncias das requeridas até fins

de 1964 sejam decretadas,

defe-ridas ou denegadas. Nestas

cir-cunstâncias, é provável que a

partir do 2.° trimestre de 1965

a quantidade de insolvências

(re-sultados mensais acumulados até

o mês mais recente) não mais

exceda os valõres de 1964.

Um estudo, finalmente, do

protesto de títulos vultosos

per-mite ainda informação adicional

(18)

F

XIV - ANDAMENTO DE PROCESSOS FALIMENTARES NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO

SITUAÇÃO EM 30 DE NOVEMBRO DE 1964

RIO DE JANEIRO

I

SÃO PAULO

AL~NC I A I I

FALtNClAS I CONCORDATAS FALtNCiAS I CONCORDATAS

OU

CONCORDATA

1. Requerida em 1963 ... . . , ... .

2. Menos: Decididas até 30-11-1964 . .

3. Número dEi processos de 1963

pen-dentes ou abandonados ( 1 - 2) . .

4 . Requeridas em 1964 . . . .

!L Menos: Decididas até 30-11-64 ... .

6. Número de processOs de 1964

pen-dentes ou abandonados (4 - 5) . .

7. Número total dEI processos sem

de-cisão (3 + 6) ... . .. .. .. . .... . . . FONTE: Cartório~. Examinado 183 71 112 181 41 140 252 I

I

Anterior Examinado I 217 42 72 42 145

-166 27 29 24 137 3 282 3 I NO P E R f o D O :

Anterior Examinado Anterior r Examinado

I

Anterior

I 54 552 512 104 64 40 75 55 72 37 14 477 457 32 27 35 665 480 59 93 32 46 36 44 58 3 619 444 15 35 17 1096 901 .7 62 •

(19)

xv - DEVEDORES POR TiTULOS VULTOSOS PROTESTADOS NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO JANEIRO A NOVEMBRO DE 1964

(Milhões de Cr$)

-RIO DE JANEIRO

I

SÃO PAULO RIO DE JANEIRO E

SÃO PAULO RAMO DE I ATIVIDADE DOS 1964

\

1963 1964 I I 1963

I

1964 1963 DEVEDORES I

I

I

I

Valor

I

I

I

N.· I Valor N.· Valor N.· N.· Valor N.· Valor N.· Valor

I I I I I I -

-Particulares e firmas individuais de 145 813,0 102 182,8 245 524,4 203 316,8 390 1337,4 305 499,6

ramo ignorado • • • • • • • • • • • • • • • •

Emprêsas financeiras • • • • • • • • • • • • 5 800,S 5 8.5 5 21,6

-

-

10 822,1 5 8,5

Construções, maL de constr., empr.

imobiliárias, condomínios imob. e

firmu de inatalaçõE<S • • • • • • • • • 26 42,2 19 22,3 48 127,3 22 13,6 74 169,S 41 35,9

Soe. de re&p. limo de ramo ignorado 21 53,4 5 2,1 72 114,0 91 156,4 93 167,4 96 158,5

Vestuário • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 14 37,9 23 29,9 54 80,7 80 108,9 68 118,6 103 138,8

Papéis e cartona&em. • • • • • • • • • • • • 5 102,2 4 16,6 14 15,1 3 9,5 19 117,3 7 26,1

GêneTOt alimentícios · . . . 6 9,5 6 6,5 53 83,7 20 23,6 59 93,2 26 30,1

Importeção/ezportação e represeDta~

-

4 10,5 16 13,2 25

çoeo ••••••••••••••••••••••••• 57,1 27 60,4 29 67,6 43 73,6

Outro • . ... 20 109,7 51 246,8 20 192,7 121 120,8 80 302,4 172 367,6

TOTAL

...

286 1 978,9 231 528,7 536 1 216,6 567 810,0 822 3 195,5 798 1338,7

(20)

a respeito da previsão para o iní-cio de 1965. Os resultados do

QUADRO XV esclarecem que em

1964 aumentou

substancialmen-te a falta de liquidação de obri-gações da responsabilidade de particulares ( em préstimos

pes-soais e compras a prazo) I firmas

individuais de ramo não conhe-cido e de organizações dos

seto-res gêneros alimentícios, imobi-liário, papéis e cartonagem e

fi-nanças. Provàvelmente, parte dos compromissos vultosos não

atendidos no fim de 1964 tam

-bém não será liquidada no nôvo

ano. Resultarão daí pedidos de insolvência dos respectivos deve-dores, salvo aquêles já

encami-nhados no período em exame.

Evidentemente, a

solvabilida-de futura também solvabilida-depensolvabilida-derá solvabilida-de fatôres ainda não mensuráveis, como por exemplo a evolução

dos preços ou, em parte, os dis-positivos legais e medidas

admi-nistrativas que deverão ser pos-tas em vigor durante 1965 (por

exemplo, o Conselho Monetário,

criado pela Lei de Reforma

Ban-cária) .

BANCO INDúSTRIA E

COMÉRCIO

DE SANTA CATARINA S.A.

"INCO" SEDE: IT.U'At - SANTA CATARINA "INCO"

Agênclos em Brosllia e nos Estados de Santo Catarina. Paraná, São Paulo, Estada da Rio

e na cidade do Rio de Janeiro

(Tels. no Rio: Geral: 23-8444 - Gerência: 43-1112 - Diretoria: 23-0556)

DADOS EXTRA1DOS DO BALANÇO DE 31-XII-I9M

A T J V O Oalxa, B a n c o da Braall, StTMOO __ _ T'ltulos De' Xlntadoe e B:m._ préstimos _ _ _ Outroa créditos . _ _

Corresp. no Pais e no Blltertor

A8~nclaa no J?all ••

...;:

::;::;:;=.=

Imóvels ______ .':

TltulOll e ValOres Mob1lll.r1a.

T.l Edlncla. de uso do Banco

Mó"eta e utelUllllos. Mat. de

ExP. e tnetalaçOelJ _ _ _ Cont.ae de COmpensaçAo __ _ Total ... 10.850.300.226 2-t;.756.9S4.806 572.~3.50S 908.867 .385 14.990.462.549 473.720.387 261.296.074 3.420.116.940 1929.250.768 36.681.399.509 PASSIVO capital e Reserva.! _ _ _ _

Dep6eltos A. "ista e lo prtl.ZO __ Orderl3 de Pagamento e

OU-tro& CrédttOll _ CorrMpOndentes no " , . . .

.

no Exterior _ _ _ __ ._ Ag~nclaa no Pata _ _ _ • _ _ ResultadOll pendentes . ... . Oontaa de compe.nsaçl.o •• ••• • 0.010..253.687 29.814.020.716 12.098.194.890 1.663.100.314 8.244.942.073 313.010.951 311.681.399..509

ItaJal, 12 de Janelro de 1965. _ Genh10 M. Lins, Dlretor-Prealdente. _ Dr. Rodolto RenaUJ:

8.'l.1Ier. Dlretor-Vlce-Prc,'1ldente. _ Df I'+lârlo Miranda Lins. Dlretor-Vlce-Presldente. _ n"n:Rlo Df'e1ce, Diretor-Vice-Presidente. - Dr. Edullrdo Santos Lins, Diretor-Oerente. _ Dr. Roberto Konder UOrnbausen, Dlretor-Oerente. _ Cesar Ramos, Diretor-AdJunto. _ l)eraflm Fran.kliD Pereira, Chefe da contabUldade, Técnico em ContabUldade _ Reg. no eRO-SC N.o O 181.

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