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ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE MARACUJÁ NA MICRORREGIÃO DO GUAMÁ, PARÁ ANALYSIS OF MARACUJÁ PRODUCTION IN THE MICROREGION OF GUAMÁ, PARÁ. Apresentação: Pôster

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ANÁLISE DA PRODUÇÃO DE MARACUJÁ NA MICRORREGIÃO DO GUAMÁ, PARÁ

ANALYSIS OF MARACUJÁ PRODUCTION IN THE MICROREGION OF GUAMÁ, PARÁ

Apresentação: Pôster

Luã Souza de Oliveira1; Gutierre Pereira Maciel2; Milton Garcia Costa3; Izabela Beatriz Lira da Silva4; Wanderson Cunha Pereira5

DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IIICOINTERPDVAGRO.2018.00264

Introdução

O maracujazeiro (Passiflora edulis Sims.), pertencente à família Passifloraceae, é uma cultura importante no cenário da fruticultura nacional e no desenvolvimento rural, pois a atividade gera postos de trabalho e divisas, pela exportação do produto natural ou processado, além de aumentar a renda do produtor (SILVA; PEIXOTO; JUNQUEIRA, 2001; GUANZIROLLI et al., 2000).

O estado do Pará apresenta grande potencial para produção de maracujá, contudo, as condições climáticas favorecem também a incidência de doenças, as quais reduzem drasticamente a produção, a exemplo da fusariose. Este fato, dentre outros motivos, influencia na área cultivada para os próximos anos e, consequentemente, afeta a produção.

Diante da importância do maracujá para fruticultura regional e para o aumento da renda dos pequenos produtores da microrregião do Guamá, a análise da sua produção nas últimas safras é fundamental para a manutenção da atividade, pois ajuda na detecção de pontos fracos e fortes, contribuindo para orientação da gestão rural e para alavancar rentabilidade da cultura.

Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma análise da área colhida, produção e produtividade de maracujá na microrregião do Guamá, Nordeste do Pará, no período de

1 Engenharia Florestal, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), cristianoluansouza@hotmail.com 2

Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), gutierre_maciel@hotmail.com 3

Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), miltongarciacosta.2010@gmail.com 4 Agronomia, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), belalira2007@gmail.com

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2017, para direcionar os investimentos dos agentes econômicos, públicos e/ou privados, envolvidos nessa atividade agrícola.

Fundamentação Teórica

A produção de maracujá no Brasil é uma atividade agrícola caracterizada por ser praticada em pequenas propriedades e por ser considerada de grande risco, tendo em vista que a cultura é muito suscetível a doenças, exige custos elevados com insumos de produção, porém, o valor da sua produção tem compensado o investimento (MELETTI, 2011).

Dentre as espécies de maracujá, o maracujá-amarelo (P. edulis) representa mais de 95% dos pomares, devido à qualidade dos seus frutos, vigor, produtividade e rendimento em suco (MELETTI; BRÜCKNER, 2001). Contudo, essa espécie é vulnerável a patógenos do solo, dentre os quais destacam-se o Fusarium oxysporym f. passiflorae, que causa frequentemente a morte prematura do pomar (FISCHER et al., 2005; CHAVES et al., 2004).

Esse cenário permite a ascensão de outras culturas, tanto em área cultivada quanto em produção, especialmente em relação àquelas que estão valorizadas no mercado. O emprego de tecnologias e técnicas de produção na cadeia produtiva do maracujazeiro combate esse problema. Por exemplo, a técnica da enxertia que basicamente refere-se a união de duas estruturas vegetativas, tem como objetivo principal de garantir uniformidade na produção e resistência a doenças.

O uso de porta-enxertos resistentes ou tolerantes a patógeno de solos contribuem para reduzir as perdas drásticas na produção (CAVICHIOLI et al., 2009), comportando como eficiente alternativa para contornar o grande problema da passicultura.

Metodologia

A microrregião do Guamá, Nordeste do estado do Pará, foi a área de estudo deste trabalho (figura 01). Os dados referentes à área colhida, em hectare (ha); produção, em tonelada (t); e, rendimento, em Quilogramas por hectare (Kg/ha), da cultura do maracujá, foram obtidos no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), associado ao Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) e ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

Posteriormente, as informações foram plotadas em planilha eletrônica para elaboração dos gráficos, com auxílio do programa computacional Excel 2010. Por fim, foi realizada uma ampla revisão da literatura, especialmente relacionada à aspectos técnicos da produção de

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maracujá, dentre outros pontos da cadeia produtiva, para fundamentar os resultados obtidos.

Figura 01. Divisão da microrregião do Guamá, Nordeste do Pará. Fonte: Própria.

Resultados e Discussões

Em 2017, a microrregião do Guamá apresentou uma retração de 84,51% na produção de maracujá, em relação a 2001 (9.103 toneladas), e os ápices de produção foram constatados nos anos de 2002 e 2015, quando produziu 12.086 e 11.820 toneladas, respectivamente (gráfico 01). No que se refere a área cultivada, observou-se que a área colhida acompanhou a queda da produção, visto que em 2017 a área colhida, que foi de 155 hectares, decresceu 84,05% em relação a 2001 (721 hectares).

Gráfico 01. Evolução da área colhida, produção e produtividade da cultura do maracujazeiro na microrregião do Guamá, 2001-2017. Fonte: IBGE/SIDRA, 2018.

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A redução da área colhida e, logicamente, da área cultivada com maracujá na microrregião, possivelmente é uma consequência da incidência de doenças na microrregião, que outrora não estavam presentes, a exemplo da fusariose, que causa morte das plantas e reduz drasticamente a produção.

Nesse cenário, outras culturas ganharam espaço, caso do Citrus sp. e da pimenteira-do-reino (Piper nigrum L.), mudando, assim, a distribuição geográfica dos pomares (GONÇALVES; SOUZA, 2006). No estado de São Paulo, ocorreu o mesmo, era grande produtor, mas sua produção caiu significativamente com a incidência de patógenos (MELETTI et al., 2010).

O pico de produção mais recente, verificado em 2015, deve-se possivelmente a desvalorização de uma das culturas mais cultivadas na região, a pimenteira-do-reino. Porém, a queda de produção, verificada nos seguintes, é provavelmente reflexo do manejo inadequado da cultura associado aos custos de produção que são elevados, o que resultou em baixa rentabilidade e desapreço pelo plantio de maracujá para as próximas safras.

Gráfico 02. Evolução da produtividade da cultura do maracujazeiro na microrregião do Guamá, 2001-2017. Fonte: IBGE/SIDRA, 2018. 0 200 400 600 800 1000 1200 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 Á re a C o lh id a ( h a) Pr o d u ção ( t )

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A produtividade, por sua vez, ao longo do período decresceu 2,88% em relação a 2017, quando foi de 12.261 Kg/ha (gráfico 02), uma diferença de 364 Kg/ha. Portanto, em 2017, o rendimento ficou abaixo das médias nacional (13.497 Kg/ha) e da região Norte (12.875 Kg/ha), no entanto, acima da estadual, que é de 9.949 Kg/ha (IBGE, 2018).

Na microrregião do Guamá, a produção é realizada principalmente por pequenos produtores, os quais conduzem a cultura com poucos cuidados técnicos, com escolha inadequada de mudas e pulverizações incorretas e/ou insuficientes para o controle de pragas e doenças, fatores que reduzem a produtividade.

Conclusões

A área colhida e a produção de maracujá não se encontram em expansão na microrregião do Guamá, a qual passou a cultivar outras culturas mais valorizadas e adaptadas às condições locais, a exemplo da laranjeira e da pimenteira-do-reino. A Produtividade do setor, por sua vez, obteve um comportamento quase linear, o que demonstra pouca modificação no sistema de produção, do ponto de vista técnico.

A constatação do decréscimo da atividade é essencial para orientação dos agentes econômicos responsáveis pela manutenção do setor, os quais podem realizar, a partir dos resultados expostos, um planejamento rural mais adaptado às realidades da região, visando principalmente a introdução de cultivares mais produtivas e resistentes a doenças.

Referências

CAVICHIOLI, J. C.; CORRÊA, L. de S.; BOLIANI, A. C. Sobrevivência e desenvolvimento de seis espécies de maracujazeiros em área com histórico de morte prematura de plantas.

4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 Pr o d u tiv id ad e ( K g/ h a)

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Cultura Agronômica, Ilha Solteira, v. 18, n.04, p.67-73, 2009.

CHAVES, R. C.; JUNQUEIRA, N. T. V.; MANICA, I.; PEIXOTO, J. R.; PEREIRA, A. V.; FIALHO, J. F. Enxertia de maracujazeiro-azedo em estacas herbáceas enraizadas de espécies de passifloras nativas. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.26, n.1, p.120-123, 2004.

FISCHER, I. H.; LOURENÇO, S. A.; MARTINS, M. C.; KIMATI, H.; AMORIM, L. Seleção de plantas resistentes e de fungicidas para o controle da podridão do colo do maracujazeiro causada por Nectria haematococca. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v.30, n.3, p.250-259, 2005.

GONÇALVES, J.S.; SOUZA, S.A.M. Fruta da paixão: panorama econômico do maracujá no Brasil. Informações Econômicas, São Paulo, v.36, n.12, p.29-35, dez 2006.

GUANZIROLI, C. E. et al. Novo retrato da agricultura familiar: o Brasil redescoberto. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, 2000. 74p.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Produção Agrícola nacional e regional. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acessado em: 15 de setembro de 2018.

MELETTI, L. M. M. Avanços na cultura do maracujá no brasil. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal - SP, Volume Especial, 2011.

MELETTI, L.M.M.; BRÜCKNER, C.H. Melhoramento Genético. In: BRÜCKNER, C.H.; PICANÇO, M.C. Maracujá: tecnologia de produção, pós-colheita, agroindústria, mercado. Porto Alegre: Cinco Continentes, 2001. p. 345-385.

MELETTI, L.M.M.; OLIVEIRA, J.C.; RUGGIERO, C. Maracujá. Jaboticabal: FUNEP, 2010. (Série Frutas Nativas, 6.).

SILVA, R. P.; PEIXOTO, J. R.; JUNQUEIRA, N. T. V. Influência de diversos substratos no desenvolvimento de mudas de maracujazeiro azedo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa DEG). Revista Brasileira Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 23, n. 2, p. 377-381, agosto 2001.

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