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O discurso jurídico e a construção das relações de gênero dos nos crimes de defloramento: A Comarca de Bauru ( ) e a frente pioneira

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Academic year: 2021

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Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008

O discurso jurídico e a construção das relações de gênero dos nos crimes de defloramento: A Comarca de Bauru (1910-1940) e a frente pioneira

Guilherme Rocha Sartori (UNESP)

Relações de gênero; discurso jurídico; Bauru ST 7 - Defesa de direitos, poder e equidade.

Apresentam-se neste artigo os primeiros resultados da pesquisa, em nível de mestrado, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Marília. Neste trabalho de pesquisa, investigamos a construção das relações de gênero, nos inquéritos policiais, nos crimes de defloramento, nas primeiras décadas do século passado (1910-1940), na cidade de Bauru, interior de São Paulo.

No final do século XIX, mais incisivamente a partir da Proclamação da República, em 1889, foram elaborados no Brasil, projetos que visavam à modernização do país. Esse conjunto de medidas teve caráter explícito de racionalização e disciplinamento da sociedade brasileira, com maior eficiência no controle das massas emergentes — operários, mendigos, prostitutas, dentre outros, a fim de fundar uma “nova ordem republicana”, baseada, principalmente, na valorização do trabalho e na “civilização dos costumes”1. Esse processo de modernização/modernidade, também, influenciou a reorganização institucional da polícia civil, ao promover a profissionalização e especialização dos quadros policiais e da administração, mediante o desenvolvimento de técnicas criminais, de processos de identificação e de racionalização administrativa2. Com essas mudanças, o sistema de justiça criminal assumiu ampla responsabilidade para equacionar os problemas e conflitos sociais, o que possibilitou, dentre outras coisas, estratégias de controle na regulamentação do comportamento dos diferentes atores sociais, principalmente, dos segmentos populares e a reorganização dos espaços urbanos3.

Cada uma das cidades do interior paulista vivenciou e resignificou, ao seu modo, esse processo de mudanças denominado modernização/modernidade, construindo um processo de urbanização marcado por diversos conflitos e temporalidades. Em 1910, Bauru se transformou em importante cidade ferroviária do centro-oeste paulista, devido à instalação de um expressivo entroncamento ferroviário em uma “frente pioneira”4. Nesse momento, emergiram múltiplos sujeitos concretos no cotidiano da cidade de Bauru, com seus diferentes conflitos e tensões, que exigiram dos poderes públicos maiores intervenções na região para controlar e normatizar as relações sociais. Com esse objetivo foi criada a Comarca de Bauru5, em 1910, que teve na instauração de inquéritos policiais mecanismo primordial de atuação do sistema judiciário.

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Inquérito policial, de acordo com o Código de Processo Penal, é todo procedimento da polícia judiciária6 destinado a reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria7. Nesse sentido, o inquérito policial é um procedimento administrativo-informativo que instala as investigações preliminares sobre a possível prática de um fato delituoso, constituindo a “porta de entrada” de um processo penal. Seu objetivo, segundo a retórica jurídica é coletar informações sobre a autoria de um incidente e sua materialidade; e sua função é servir de base para acusação no processo penal. Por ser uma peça informativa da Justiça brasileira, o inquérito policial não tem a legitimidade da jurisdição, cabendo ao Estado, por meio do processo jurisdicional o julgamento da infração penal e sua autoria.

Na busca pela verdade dos fatos, o inquérito policial, personificado na figura de seus agentes — médicos legistas, delegados e escrivães de polícia — se orientava de acordo com uma lógica que relacionava o grau de adequação dos comportamentos sociais de vítimas e de indiciados com a credibilidade de seus depoimentos. Durante o processo administrativo-informativo, de coleta de informações, dos quais resultavam os inquéritos policiais, além dos fatos em si, também foram forjados os perfis sociais dos envolvidos. A investigação da materialidade de um delito não se limitava a coleta de dados e exame dos fatos, mas produzia todo um saber sobre os indivíduos, classificando-os e diferenciando-os em “normais”, “perigosos”, “honestos”, “sinceros”, dentre outras categorias valorativas.

A relevância do perfil social da vítima e do indiciado para o desfecho do inquérito policial — que poderia ser o arquivamento dos autos ou sua elevação a categoria de processo crime — nos permite afirmar que a verdade sobre os sujeitos que participam dos autos (testemunhas, indiciado(s) e denunciante(s)) e sobre o incidente foi sendo constituída em diversos momentos, no decorrer do processo administrativo-informativo. Em primeiro lugar, por meio das informações prestadas pela denunciante a respeito de si e a respeito do fato. Depois, em uma ordem não linear e homogênea, por meio das declarações do indiciado e das testemunhas. Posteriormente, a síntese do delegado de polícia constitui-se na primeira versão institucional sobre os depoimentos, desempenhando um papel considerável, que tinha o poder de influenciar a percepção do Promotor sobre o caso.

Nos crimes sexuais, o perfil social dos envolvidos se manifestou claramente nos casos analisados. A legislação vigente na época, acerca dos delitos sexuais, era a seguinte: o artigo 266, do Código Penal Brasileiro de 18908, definia delito sexual do seguinte modo: “[...] atentar contra o pudor de pessoa de um ou outro sexo, por meio da violência ou ameaça com o fim de saciar paixões lascivas ou por depravação moral.”9. Eram apresentadas duas classificações para a temática dos crimes sexuais contra as mulheres: o “defloramento” e o “estupro”, que podiam ocorrer com ou sem o consentimento da denunciante. O estupro era definido como “[...] ato pelo qual o homem abusa com violência de uma mulher, seja virgem ou não.”10, enquanto o defloramento consistia em “[...]

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deflorar mulher de menor idade, empregando sedução, engano ou fraude.”11. Esses tipos de delito eram nomeados pelo referido Código como crimes contra a segurança da honra e honestidade das famílias, em consonância às características patriarcais da sociedade brasileira que o advento da República veio consolidar.

Quanto às penas, o Código Penal de 1890 estabelecia os limites entre 1 a 6 anos de prisão pela prática de delito sexual, exceto no caso de “ultraje público ao pudor”. Isto significa que, “[...] apropriar-se do corpo de alguém para fins sexuais, através de uma violência física ou psicológica, é algo menos grave do que apropriar-se dos bens materiais de alguém mediante simples violência à coisa, delito passível de pena de dois a oito anos de prisão.”12

Embora a definição legal não estabelecesse a honestidade da vítima como pré-requisito necessário para a caracterização do crime, o sentido da palavra estupro — assim como a intensidade da pena — variava em decorrência do perfil da vítima. Praticado contra uma mulher “honesta”, o ato de estuprar é considerado um crime contra a honra da mulher. Neste caso, mais do que um ato violento contra a pessoa, o estupro condenaria a vítima a uma desmoralização social, prejudicaria suas possibilidades de efetuar um matrimônio vantajoso. Também nesses casos, o objetivo principal da prática jurídica não era proteger a integridade física das mulheres ou da honra somente como atributo individual feminino, mas defender a honra masculina — de pais e maridos — ultrajada quando suas mulheres são violentadas por outro homem13.

Com a reformulação do Código Penal, em 1940, houve algumas mudanças no que diz respeito aos crimes sexuais. O crime de “defloramento”, por exemplo, passou a ser denominado “sedução”, conforme disposto no artigo 217 do Código de 1940. Os delitos sexuais foram separados em duas categorias: crimes contra os costumes e crime contra a família. Segundo Muniz (2005, p.3)

A “honra da família” desaparecia do texto do código, no entendimento de que as violências sexuais constituíram ofensas contra os costumes sociais e não mais contra a família, desatrelando a associação existente no código de 1890 entre “honestidade” sexual das esposas/filhas e honra dos maridos/pais/família. Assim, adultério, bigamia, fraude matrimonial e abandono dos filhos foram incluídos como crimes contra a família; enquanto estupro, sedução, rapto e atentado ao pudor, como crimes contra os costumes sociais14.

Nos casos de crimes sexuais (defloramento e estupro) era exigido o exame pericial de corpo delito15. O exame era efetuado por dois legistas (médicos ou farmacêuticos). Esse exame, na lógica dos inquéritos policiais, funciona como uma primeira avaliação da vítima, que consente e se submete ao exame por ser este um procedimento formal e inclusive, para atestar a sua intenção de obter provas para a condenação do acusado, em caso de um possível processo-crime. Além das marcas da violência em si, existem outros elementos que são observados durante o exame. Estes elementos são importantes, pois possibilitam a composição de um quadro geral do grau de violência infringido ou não ao corpo, da mulher ou da menina, de seu histórico ginecológico e de sua

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capacidade de discernimento, ou seja, sua capacidade de consentir ou não aos atos sexuais. Segundo Coulouris (2004, p. 87),

O corpo da mulher vítima de um crime sexual é um corpo maculado, é um objeto de análise ao mesmo tempo biológico e jurídico, enquanto prova de um crime ou prova de uma possível denuncia infundada. É primeiramente sobre o corpo da mulher que o saber médico se coloca à disposição do saber jurídico, “auxiliando-o” a investigar a verdade dos fatos. Primeiro no exame de corpo delito de conjunção carnal e depois no exame de lesão corporal, quando este último é requisitado pelo delegado de plantão16.

Os laudos sobre os indivíduos envolvidos nos crimes são respaldados na cientificidade dos saberes da medicina, da psicologia e da sociologia, e por isso são tidos como incontestáveis, no interior do Sistema Judiciário. Esses saberes atuam no interior do discurso jurídico elaborando provas e indícios, que oferecem legitimidade para aplicação de penas e possibilitam o enquadramento dos indivíduos em criminosos ou inocentes. O delito criminoso é então construído durante o processo penal por meio das tensões existentes entre o saber científico (medicina, psicologia e sociologia) e a normatização da “ordem pública”.

A necessidade de comprovação da violência física ou da incapacidade de reação das mulheres, nos casos de crimes sexuais, por elementos que as deixassem inconscientes17 era necessária para distinguir as mulheres “honestas” — que caso consciente defenderia até a morte sua “honra” — das mulheres “desonestas” que simulavam uma resistência, principalmente, no caso das mulheres adultas. De acordo com Possas (2007, p.4), a preocupação dos agentes da justiça “[...] prevê a homogeneização de atitudes, de valores e de comportamentos que são incorporados e defendidos como naturais, embora sejam impostos e, com isso acabam por reforçar os preconceitos, sejam eles religiosos, raciais e principalmente sexuais.18”

O discurso jurídico e os procedimentos do inquérito policial estão permeados por relações de gênero, com concepções e representações dos agentes policiais acerca dos papéis sexuais desempenhados por homens e mulheres. A honestidade das mulheres, nesses procedimentos judiciários, era relacionada à sua virtude moral no sentido sexual, enquanto para os homens a honestidade era medida por meio de sua relação com o trabalho. As representações sobre as relações de gênero presentes no discurso jurídico dos agentes judiciários atuaram na construção dos papéis normativos, de procedimentos e na delimitação de modelos sociais, ao considerar formas específicas de comportamento social de homens e mulheres, por meio da definição de determinados parâmetros de normalidade19.

Até o momento, mediante análise da documentação, averiguamos que a Justiça e os agentes judiciários atuam por meio da representação ideal dos diferentes sujeitos. Todas as características que não se enquadram em um padrão típico-ideal, seja de vítima, indiciado e ou incidente, foram

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negligenciadas pela retórica da racionalidade jurídica. As situações do cotidiano e as representações de Justiça dos agentes judiciários estão em descompasso, o que possibilita, dentre outras coisas, a manutenção de práticas autoritárias e antidemocráticas no trato com os diferentes sujeitos e situações.

Outro aspecto ressaltado nessas primeiras análises foi o fato das mulheres em condição marginal na sociedade bauruense procurarem os procedimentos jurídicos para se incluírem em uma ordem extremamente excludente. Mais do que procurar por uma Justiça abstrata, essas mulheres apresentavam formas de resistências e eram sujeitos ativos no processo de inclusão na sociedade em transformação. Dessa forma, a documentação jurídica se revela material privilegiado para reconstruir a sociabilidade de mulheres e captar seu passado, em especial aquelas das camadas populares, que praticamente não deixaram vestígios de seu cotidiano.

É ainda importante ressaltar que para compreendermos as tramas de vida envolvidas nos inquéritos policiais, nesse período, não consideramos somente as narrativas sobre os incidentes ocorridos, tampouco a classe social em que viviam os sujeitos, mas sim, um conjunto de aspectos que formavam a sociedade bauruense naquele momento histórico e imprimiam um determinado ritmo, crenças, aspirações, exigências quanto a relacionamentos, enfim, às regras que norteavam sua existência e conformavam sua cultura. Dessa forma, buscamos mostrar como o cotidiano faz parte da história, abordando-o de modo mais analítico que somente descritivo, relacionando-os aos acontecimentos mais conjunturais, “[...] estabelecendo relações e articulações mais amplas, inserindo-o na dinâmica das transformações sociais, econômicas, políticas e culturais, o que propicia a reinvenção da totalidade histórica dentro do limite do objeto pesquisado.20”

1 SOUZA, L. A. T. Processos de uma prática. Policia Civil e Inquérito Policial em São Paulo na Primeira República.

Tese (Doutorado em Sociologia), Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.

2 FAUSTO, B. Crime e Cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: Brasiliense, 1984.

3 ALVAREZ, M. C. Bacharéis, Criminologistas e Juristas: saber jurídico e a nova escola penal no Brasil (1889-1930).

Tese (Doutorado em Sociologia) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

4 Uma “frente pioneira” eram regiões inexploradas pela lógica do Capital e última localidade de expansão da cultura

cafeeira no estado de São Paulo. As “frentes pioneiras” eram regiões-limite entre a civilização — apropriada pelas plantações de café — e o sertão inóspito, desconhecido e bárbaro, segundo a racionalidade ocidental.

5 A Comarca de Bauru foi promulgada em 16 de dezembro de 1910 e instalada na sede do município de Bauru em

março de 1911. A nova territorialidade jurídica resultou da fragmentação da Comarca de Agudos — até então, responsável pela administração do poder judiciário do município de Bauru. A Comarca, na sua criação, compreendia uma extensa área, estendendo-se do município de Bauru até a divisa com o Estado do Mato Grosso do Sul e abrangia toda a região noroeste do Estado paulista, na faixa intermediária entre o Rio Tietê e o Rio do Peixe. Sua extensão territorial foi alterada em 1919, com a criação da Comarca de Pirajuí. Desde então, a Comarca de Bauru passou a compreender dois municípios, Bauru e Avaí, permanecendo desta maneira até o presente momento.

6 No Brasil, a Polícia Civil é subdivida em polícia judiciária e polícia administrativa. A polícia judiciária é responsável

pelos procedimentos investigativos da Justiça, por meio da instauração dos inquéritos policiais. A polícia administrativa é responsável pela repressão ao crime.

7 CAPEZ, F. Curso de processo penal. São Paulo: Saraiva, 1999.

8 Em 1890 foi elaborado o primeiro Código Penal da República do Brasil. Este vigorou até 1940 com a instituição do

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9 BRASIL, 1890 apud FAUSTO, 1984, p. 175

10 Artigo 269 do Código Penal de 1890 apud FAUSTO, 1984, p.175. 11 Artigo 267 do Código Penal de 1890 apud FAUSTO, 1984, p.175. 12 FAUSTO, 1984, p.177

13 COULOURIS, D. G. Violência, gênero e impunidade: A construção da verdade nos casos de estupro. Dissertação

(Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2004.

14 MUNIZ, D. C. G. Gênero, poder e o Código Penal de 1940: as construções de “crise moral”, “mulher moderna” e

“virgindade moral”. In: Simpósio Nacional de História da ANPUH. 23., 2005, Londrina. Anais eletrônicos. Londrina: UEL, 2005. p.1-7. Disponível em:

http://www.anpuh.uepg.br/Xxiii-simposio/anais/textos/DIVA%20DO%20COUTO%20GONTIJO%20MUNIZ.pdf. Acesso em: 12 dez.2007.

15 Nos casos de lesão corporal também é exigido o exame de corpo delito (CAPEZ, 1999).

16 COULOURIS, D. G. Violência, gênero e impunidade: A construção da verdade nos casos de estupro. Dissertação

(Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2004.

17 Segundo Couloris (2004), as descobertas químicas de entorpecimento ou a prática de hipnose eram novidades que

fascinavam e impressionavam o imaginário dos juristas da época.

18 POSSAS, L. M. V. Revendo a história das cidades paulistas: a inserção feminina e a (re)leitura do cotidiano. In:

Revista Esboço, 2007.

19 FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1988.

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