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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIA

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

EMILIA MIKAELA CAVALCANTE DAS CHAGAS

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL

PAU DOS FERROS – RN 2019

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EMILIA MIKAELA CAVALCANTE DAS CHAGAS

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, Campus Pau dos Ferros, como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Kytéria Sabina Lopes de Figueredo

PAU DOS FERROS – RN 2019

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© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira

responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n°

9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

C426g CAVALCANTE DAS CHAGAS, EMILIA MIKAELA.

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA PROPRIEDADE RURAL / EMILIA MIKAELA CAVALCANTE DAS CHAGAS. -2019.

37 f. : il.

Orientadora: KYTÉRIA SABINA LOPES DE FIGUEREDO. Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Ciência e

Tecnologia, 2019.

1. ZONA RURAL. 2. RESÍDUOS AGRICOLAS. 3. GESTÃO AMBIENTAL. 4. DESTINAÇÃO. 5.

ARMAZENAMENTO. I. LOPES DE FIGUEREDO, KYTÉRIA SABINA, orient. II. Título.

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Dedico….

Este trabalho ao meu pai Francisco Ramos e a minha mãe Rita Lucia.

E a meus avós materno Vicente e Francisca, e meu sogro Raimundo (in memória).

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AGRADECIMENTOS

A Deus por mim proporcionar força e perseverança nesta caminhada pois não foi fácil, ao meu esposo Ronildo Marley pelo seu apoio e incentivo pois só nós sabemos o que passamos para chegar até aqui, ao meus pais Francisco Ramos e Rita Lúcia por mim tornarem a pessoa que sou hoje e estarem sempre ao meu lado, a Maria das Graças minha sogra que muito me ajudou, a meus irmãos, a minha tia Maria do Socorro, o agradecimento pela paciência, compreensão por ter sido ausente em alguns momentos. E principalmente pelo incentivo para concluir minha graduação, pois essa, jornada profissional continuara e sei que vão estar sempre comigo, obrigada.

A orientadora Prof.ª Dr.ª Kytéria Sabina Lopes de Figueredo pela paciência e por mim incentivar e motivar a concluir este trabalho, pela sua orientação e ensinamento, aos professores que deixaram ao longo do curso um aprendizado para toda vida.

Aos meus colegas de curso pela convivência que tivemos esses anos pois serviram para termos paciência e saber que cada coisa acontece no seu tempo certo, e juntos aprendermos, nos ajudemos e tiramos dúvidas, a todos que de alguma forma ajudaram e que fazeram parte desta caminhada.

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“ Jamais alguém tão grande se fez tão pequeno para nos ensinar as mais importantes lições de vida.”

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RESUMO

Este trabalho analisou o manejo dos resíduos sólidos em uma propriedade rural do município de Portalegre-RN visando desenvolver um sistema de gestão dos resíduos sólidos gerados na propriedade de pequeno porte buscando identificar os resíduos produzidos e como esses são acondicionados e qual a sua destinação final. O estudo teve uma abordagem exploratória – descritiva e a análise foi realizada no periodo de janeiro a a junho de 2019, os resíduos sólidos gerados na propriedade foram identificados e quantificados para fins de manejo na sua destinação final e dimensionamento de um sisteam para reutilização dos resíduos. As informações obtidas no período de recognição dos resídos gerados subsidiaram a elaboração de um plano de gestão de resíduos PGRS que prever medidas de implementação de um sistema de compostagem, biodigestor, acondicionamento dos resíduos sólidos de maneira mais adequada, buscando a melhor forma de realizar seu descarte, como forma de proteção e preservação para o ambiente e o bem-estar da população inserida neste meio.

PALAVRAS-CHAVE: Zona Rural, Resíduos Agricolas. Gestão Ambiental. Destinação e Armazenamento.

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ABSTRACT

This work analyzed the solid waste management in a rural property of Portalegre-RN aiming to develop a solid waste management system generated in the small property seeking to identify the waste produced and how it is stored and what is its final destination. The study had an exploratory - descriptive approach and the analysis was performed from January to June 2019, the solid waste generated on the property was identified and quantified for management purposes in their final destination and sizing of a system for waste reuse. The information obtained during the recognition period of the generated residues subsidized the elaboration of a PGRS waste management plan that foresees measures for the implementation of a composting system, biodigester, solid waste packaging in a more appropriate way, seeking the best way to make its disposal. discard, as a form of protection and preservation for the environment and the well-being of the population inserted in this environment.

KEYWORDS: Rural Area, Agricultural Waste. Environmental management. Destination and Storage.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Composição dos resíduos sólidos da propriedade triunfo no período de janeiro de 2019 a julho de 2019... 30 Tabela 2: Resíduos organicos da propriedade Triunfopor gerado por dia ... 30

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- População urbana e rural no Brasil(2010) ... 19 Figura 3 - Planta da área da propriedade. ... 26 Figura 4 - Planta da área de reseva ambiental da propriedade. ... 26 Figura 5 - (a) Papel e papelões jogados a céu aberto, (b) Metais e plástico acondicionados de forma inadequadas. ... 28 Figura 6 - Coleta e separação dos resíduos sólidos. ... 29 Figura 7 - Planta da propriedade com implementações sugeridas. ... 35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SUASA Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária PGRS Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 14 2. OBJETIVOS ... 15 2.1. OBJETIVO GERAL ... 15 2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 15 3. REVISÃO DE LITERATURA ... 16 3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS ... 16

3.1.1 Resíduos Sólidos Urbanos ... 18

3.1.2 Resíduos Sólidos Rurais ... 18

3.2 POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS) ... 20

3.3 INSTRUMENTOS DA PNRS ... 22

3.4 GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS ... 23

4. METODOLOGIA ... 24

4.1 ÁREA DE ESTUDO ... 24

4.2 IDENTIFICAÇAÕ E QUANTIFICAR OS RESIDUOS GERADOS ... 26

5. RESULTADOS E DESCUSSÃO ... 30

5.1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS . ... 31

5.2 IMPLEMENTAÇÕES ... 35

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 36

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei Federal 12.305/2010 (BRASIL, 2010a), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Art. 3º, Inciso XVI, define como resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estado sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos da água, ou exijam para isso soluções técnicas economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

No meio rural a maior parte dos resíduos produzidos são orgânicos, constituídos por alimentos, cascas, bagaços de frutas, podas de árvores, dejetos de animais e tantas outras matérias que se decompõem na natureza e causam imensuráveis impactos ambientais por acúmulos em locais inadequados causando problemas para o meio ambiente e a saúde pública. Os resíduos sólidos podem ser classificados como aqueles que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição (ABNT, 2004).

A destinação dos resíduos deixa uma preocupação não só pela falta de espaço para a construção de novos aterros sanitário, mas com a preservação do meio ambiente, a partir da geração desenfreada de resíduos sólidos, surge a necessidade de pensar em ações que minimize o descarte inadequados e de novas formas de reciclagem, dessa forma temos gerado economia dos recursos naturais e um bem a saúde pública (SILVA,2003).

Neste contexto, a gestão adequada de resíduos significa adotar como parâmetro “a premissa constitucional de manutenção do equilíbrio ecológico do ambiente, pois é essencial ao desfrute de uma vida digna, com qualidade e saúde” (BECHARA, 2013, p. 110).

Uma vez que a implantação de um bom gerenciamento de resíduos sólidos combinados com técnicas que evite ou reduza os impactos ao meio ambiente, que seja econômica e socialmente viável é fundamental para o desenvolvimento sustentável. Assim esse estudo propõe expor pequenas ações que podem ser realizadas para um gerenciamento sustentável dos resíduos sólidos provenientes de uma propriedade rural visando alternativas para redução, reutilização e descarte viável dos resíduos.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Desenvolver e executar um sistema de gestão dos resíduos sólidos gerados em uma propriedade rural de pequeno porte situada na comunidade rural Cajazeiras do município de Portalegre RN.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Quantificar periodicamente os resíduos sólidos gerados. • Identificar os tipos de resíduos sólidos gerados na propriedade. • Dimensionar um sistema para reutilização dos resíduos sólidos. • Desenvolver e Implementar um sistema de gestão de resíduos sólidos. • Avaliar a eficiência do sistema desenvolvido.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

O ser humano desde da sua existência utilizou-se dos recursos naturais para a sua sobrevivência de modo que no início utilizava o necessário para o consumo, ou seja, para sua sobrevivência, mas com a sua evolução e o constante desenvolvimento da sociedade moderna veio o crescimento populacional que gerou um padrão de produção e consumo elevado, necessitando assim de um número maior dos recursos naturais para sua sustentabilidade. Entretanto com esse consumo surge sérios problemas como o aumento resíduo produzido no meio urbano e rural, acumulação e destinos inadequados, provocando sérios impactos ambientais. (LIMA, OLIVEIRA, 2014)

De acordo com a Norma Brasileira NBR 10.004, resíduos sólidos são;

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Já sua geração depende de vários fatores tais como o clima, vento, cultura, hábitos de consumo, como por exemplo nos períodos chuvoso temos o aumento de umidade, com a estação do outono temos o amento de folhas, entre tantos outros fatores que influenciam o aumento da geração de resíduos sólidos.

Quanto a origem dos resíduos temos que de acordo com Lei Federal 12.305/2010 (BRASIL, 2010a), temos os resíduos domiciliares, resíduos de limpeza urbana, resíduos sólidos urbanos, resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos da construção civil, resíduos agrossilvopastoris, resíduos de serviços de transportes, resíduos de mineração.

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No brasil a classificação dos resíduos é normatizada De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, Norma Brasileira - NBR número 10.004 de 2004, os resíduos sólidos podem ser classificados como os resíduos de origem das atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição e também se inclui os lodos de sistema de tratamento de agua, de esgotos. O destino final dos resíduos é determinado com base na sua classe, segundo a ABNT NBR 10.004:2004, tendo como objetivo a classificação dos resíduos sólidos por meio da avaliação dos seus potenciais de riscos à saúde pública e ao meio ambiente, e também é utilizada pelos órgãos reguladores para atuação na fiscalização, de forma que a classificação dos resíduos gerados pela sua atividade é o primeiro passo, portanto, para estruturar um plano de gestão adequado

Dessa forma os resíduos sólidos são classificados em: a) Resíduos classe I - Perigosos;

b) Resíduos classe II - Não perigosos; • Resíduos classe II A - Não inertes.

• Resíduos classe II B - Inertes. (ABNT, 2004)

O resíduo inerte (resíduos classe II B) é aquele material que não ocorreu transformações físicas, químicas ou biológicas. De forma que, ele se mantém como inalterados por um longo período, sendo que esses materiais têm a característica de não se decomporem e nem sofrerem qualquer alteração em sua composição. Os não inertes (resíduos classe II A) são os que não se apresentam como inflamáveis, corrosivos, tóxicos, patogênicos. Estes, contudo, não possuem tendência em sofrer alguma reação química.

Os resíduos que se enquadram na classe I – Perigosos, eles apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposições especiais e possui as seguintes características: Inflamabilidade; • Corrosividade; • Reatividade; • Toxicidade; • Patogenicidade.

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É de extrema importância essa distribuição em classe dos resíduos pois ajuda no gerenciamento para um destino ambientalmente correto para cada resíduo que pode ser aterro sanitário, compostagem, reciclagem entre outros.

3.1.1 Resíduos Sólidos Urbanos

A NBR 8419 se refere a apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos que define resíduos sólidos urbanos como aqueles resíduos sólidos gerados num aglomerado urbano, excetos os resíduos industriais perigosos, hospitalares sépticos e de aeroportos e portos. (ABNT, 1992, p. 2). De forma que é considerado resíduos aquelas matérias originadas no decorrer de atividades antrópicas que não poderão ser mais utilizados para o qual foi originado, no entanto, poderá ser alterado em subprodutos, como também em matéria prima para ser utilizado para outras linhas de produção, como também podem ser resíduos, cascas de frutas, restos de alimentos, utensílios que chegaram a sua vida útil e são descartados (BETO,2018)

Os resíduos sólidos descartados diariamente resultantes das atividades urbanas são inestimáveis pelo a grande crescimento de demanda de embalagens e produtos descartável produtos esses que facilitam a vida das pessoas. Com o aumento desses resíduos é necessário falar em iniciativas viáveis para reutilizar, reciclar, com o intuito de reduzir o desperdício, o acumulo nos lixões e aterros sanitário, redução de proliferação de doenças e pragas e assim contribuindo para a preservação do meio ambiente. Sendo que isso não se procede só em grandes centros urbanos, os problemas com resíduos sólidos acontecem em todas as esferas governamentais seja mundial, regional e local, que envolve os Órgãos responsável como também as comunidades que é de extrema importância para construir práticas sustentáveis e educativas. (GONÇALVES; LEAL,2018).

3.1.2 Resíduos Sólidos Rurais

As modificações ambientais pelo descarte inadequado dos resíduos em pequenas propriedades ou comunidades rurais, apesar de ter uma magnitude bem menor que descartadas em lixões das grandes cidades, podem também causar grandes impactos negativos ao meio ambiente, porque na maioria dos casos esses resíduos ocupam espaço que ainda não foram ocupados pelo o homem e os acúmulos dessa pequena fração de resíduos que são gerados na zona rural, muitas vezes vão parar nas margens de rios e

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lagos na maioria das vezes os orgânicos e o restante ou os recicláveis, acabam sendo incinerados ou enterrados, pois isso ocorre pela a falta da coleta pública. (ROCHA et al., 2012).

Com base no Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010), sobre a distribuição das populações urbana e rural no território brasileiro é apresentado na Figura 1.

Figura 1- População urbana e rural no Brasil(2010)

Fonte: IBGE ,2010.

Com base nas estatísticas no Brasil, estima-se que a população rural seja 30 milhões de pessoas, gerando toneladas por dia de resíduos sólidos, segundo os dados sobre a geração de resíduos sólidos em pequenas cidades. Mostra-se ainda que a recolha de resíduos sólidos contempla 90% das áreas urbanas, entretanto, apenas 31,6% das zonas rurais. Além disso, 70% do total de resíduos sólidos são queimados ou despejados em locais abertos (BRASIL, 2011).

0 20000000 40000000 60000000 80000000 100000000 120000000 140000000 160000000 180000000 urbana rural

População residente por situação de domicilio no

ano de 2010

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O resíduo proveniente da zona rural é tão prejudicial ao meio ambiente quanto os resíduos sólidos urbanos, pois os mesmos causam a poluição do solo, agua, ar, visual, contaminando assim os recursos naturais prejudicando a saúde e a qualidade de vida.

No Brasil o Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, mostra que cerca de 29,9 milhões de pessoas residem em localidades rurais. Tento em vista que os serviços de saneamento ofertado a esta parcela da população brasileira são muito precários.

O lixo rural ou resíduos gerados pelas propriedades rurais é composto pelos restos vegetais da cultura e materiais associados à produção agrícola como por exemplo os adubos químicos, defensivos e suas embalagens, dejetos animais, produtos veterinários e os resíduos produzidos nas residências, como também resíduos semelhantes os produzidos nas cidades como restos de alimentos, vidros, latas, papéis, papelões, plásticos, pilhas e baterias, lâmpadas etc. Dessa forma as localidades rurais não têm um sistema eficiente de descarte dos seus resíduos, ocasionando assim grandes problemas para o meio ambiente e a saúde humana como a contaminação do solo que ocasiona também a contaminação dos alimentos produzido nestas localidades, gerando a proliferação de insetos e diversos tipos de pragas. Com isto a destinação dos resíduos nas áreas rurais é bastante complicado pois a mesma não possui coleta seletiva, de forma que o descarte de resíduos é feito de forma inadequada e o meio mais utilizado e rápido para esses resíduos é a queima, enterrado ou simplesmente jogados ao ar livre. (SIQUEIRA, 2014).

3.2 POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS)

Foi sancionada no ano de 2010 a Lei Federal nº 12.305/2010 (BRASIL,2010a), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a qual foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.404/2010 (BRASIL, 2010b). Anteriormente a lei que regia era a Lei Federal nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007), que estabelecia as diretrizes nacionais para o saneamento básico, em que a parte de resíduos sólidos já era objetivo de grande relevância.

Esta lei tem como objetivos exigir a construção, operação e manutenção de aterros sanitários dos municípios, ou seja, esses objetivos formam a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos sendo assim também

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o condicionamento ambientalmente adequado para os resíduos sólidos. Dispor-se também a responsabilização de quem gerou o resíduo, bem como definir os deveres e instrumentos econômicos aplicáveis, do poder público (BRASIL, 2010a).

Consta no artigo 3º desta lei definições de extrema importância a este trabalho sendo assim de acordo com (BRASIL 2010) temos;

A destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes que é Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos, Já com relação a disposição final ambientalmente adequada diz que a distribuição composta de rejeitos em aterros tem que observa normas operacionais que venha a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.

Neste mesmo artigo desta lei nos define;

IX – Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;

X – Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta lei;

XI – Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; (BRASIL, 2010).

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E conforme esta Lei especificamente no art.13 os resíduos sólidos têm uma classificação e definição quanto a origem, de forma que se aborda neste trabalho por:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas.

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades. (BRASIL, 2010).

Já quanto à periculosidade temos que;

a) Resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

b) Resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea a. Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos referidos na alínea d do inciso I do caput, se caracterizados como não perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal. (BRASIL, 2010).

3.3 INSTRUMENTOS DA PNRS

Os instrumentos são meios pelos os quais vão servir como base para a criação de políticas públicas que veem para minimizar a geração de resíduos, ou seja, o seu volume, possíveis periculosidade antes de serem descartados ao meio ambiente. Dispostos no art. 8º da Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010) os instrumentos envolvidos são: planos de resíduos sólidos, inventários, coleta seletiva, responsabilidade compartilhada ou seja logística, excita à formação de cooperativas e associações de catadores, temos monitoramento e fiscalização ambiental, cadastro de operadores de resíduos perigosos, pesquisa, educação ambiental, cooperação técnica e financeira entre os diversos setores sociais, incentivos fiscais, financeiros e creditícios, criação de fundos e conselhos nacionais de meio ambiente e desenvolvimento científico e tecnológico, tendo também

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os padrões de qualidade ambiental, o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, a avaliação de impactos ambientais, o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (SINIMA), o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, dentre outros citados no PNRS. Já no Art. 30 da Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010) sobre a relação da responsabilidade compartilhada, que atribui a responsabilidade de redução dos resíduos a todos e diversos setores sociais.

3.4 GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

No Brasil a gestão e gerenciamento de resíduos é definida pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº. 12.305/2010) mostra sobre os princípios, objetivos e instrumentos, como também sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluindo com os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Estão dispostas as definições especificas em seu Capítulo II sobre os termos gerenciamento e gestão integrada, sendo estes, respectivamente (BRASIL, 2010):

X - Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;

XI - Gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. (BRASIL, 2010).

Para o desenvolvimento de sistema de gestão e gerenciamento de resíduos sólidos compreende-se que tem que identificar os níveis de importância individuas e

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coletivo da sociedade, dessa forma o planejamento de acordo com a Lei 12.305/2010 tem-se ordens de prioridade no gerenciamento de resíduos sólidos com a redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. (BRASIL, 2010).

4. METODOLOGIA

Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica pois teve como início um referencial teórico com base em livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, internet, qualitativa pois tem o ambiente como a fonte de seus dados, de modo que o pesquisador tem contato direto com o ambiente e com o seu objeto de estudo e exploratória pois quando a pesquisa na fase preliminar, tem como alvo proporcionar mais informações sobre o assunto em discussão, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitando a delimitação do tema da pesquisa; orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto(PRODANOV, FREITAS, 2013).

4.1 ÁREA DE ESTUDO

O estudo foi desenvolvido na zona rural do município de Portalegre RN, nesta área a coleta não é realizada pela coleta municipal. Assim, o armazenamento e destino inadequado dos resíduos gerados, tem proporcionado o acumulo de diversos resíduos sólidos e ocasionará em graves impactos ambientais.

A propriedade denominada sitio Triunfo está localizada na zona rural do município de Portalegre no Rio Grande do Norte, próxima as comunidades Sobrado e Baixa Grande, distante a 3 km do centro de Portalegre/RN (Figura 2).

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Figura 2 - Imagem da área de estudo.

Fonte: Google maps, 2016.

A propriedade em estudo é uma subdivisão que pertencem à mesma família a mais de cincos gerações, a mesma conta com uma área de aproximadamente 1,2 hectares, onde está área está dividida em área de residência, agricultura e criação, e reserva ambiental. Na mesma tem-se a criação de bovinos e aves, cultivos de milho, feijão e capim, e alguma plantas frutíferas, tendo como abastecimento de água feita pela adutora proveniente do açude do Maia localizado no Pedro Rodrigues (comunidade vizinha).

O solo é de característica de parte argiloso e parte pedregoso, a vegetação dominante na área de reserva ambiental são de plantas como jurema preta (Mimosa tenuiflora), meladimha (Stemodia foliosa Benth), mororó (Bauhinia forficata), cipauba.

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Figura 2 - Planta da área da propriedade.

Fonte: Autor, 2019.

A figura 3 apresenta a planta da propriedade estudada, a área 1 refere-se a área residencial, área 2 está inserida horta de verduras, a área 3 um galinheiro, a 4 é onde está situado o curral do gado e a área 5 é a área de pasto e plantação e ainda existe uma área no final da propriedade onde foi reservado como área de reserva ambiental, dois espaçõs menores na imagem representam reservatórios de agua ( Figura 4).

Figura 3 - Planta da área de reseva ambiental da propriedade.

Fonte: Autor,2019

4.2 IDENTIFICAÇAÕ E QUANTIFICAR OS RESIDUOS GERADOS SÓLIDOS

De modo que com as atividades a lhe exercidas, temos a geração de resíduos sólidos, resíduos orgânicos, resíduos domiciliares, resíduos agrossilvopastoris e etc. Esta propriedade não possui local adequado para armazenar seus resíduos, não há um a separação dos resíduos, tendo assim o destino inadequado para esses resíduos.

Para a caracterização dos resíduos sólidos podem ser feitos tanto pela a forma qualitativa quanto quantitativa, de forma quantitativa temos como parâmetro o peso dos

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resíduos sólidos e como forma qualitativa temos que é feito determinando as características físicas dos resíduos.

Com isso necessitou-se a utilização de:

• Balança mecânica Micheletti 150Kg MIC-1/C; • Sacos e caixas para separação dos resíduos; • Carrinho de mão;

• Lona plástica;

De forma sequencial, primeiramente foi feita a coleta dos resíduos, seguido por separação dos materiais de acordo com suas classificações e características físicas e por fim foi feito a pesagem.

De modo geral os resíduos provenientes da propriedade rural estão relacionados com duas categorias de classificação da PNRS que são resíduos domiciliares e Resíduos Agrossilvopastoris, onde os domiciliares é por conta que existe uma área de residência, que se destaca parte de resíduos orgânicos e inorgânicos e Resíduos Agrossilvopastoris, originados das práticas de cultivo e criação, insumos veterinários como também podas de arvores como por exemplo dos cajueiros,

O observou durante o período de Janeiro de 2019 a Julho de 2019 os resíduos gerados na propriedade triunfo estes resíduos estavam sendo acondicionado de forma inadequada em um armazém. Na etapa de diagnóstico foi feita a caracterização dos resíduos que estavam juntos, com o objetivo de se obter de forma quali-quantitavivo dos resíduos gerados na propriedade, que se procedeu da seguinte maneira:

• Coleta dos resíduos;

• Separação dos resíduos tendo em consideração sua classes e característica físicas;

• Pesagens das matérias;

A coleta foi realizada em torno da residência e no armazém foram acondicionados no decorrer de sete meses, a coleta era realizada diárriamente, foi executada a separação dos componentes por classes e características físicas( Figura 5 e 6 ), onde foi possível identificar matérias orgânicas como restos de comidas, casca de frutas e verduras, grama, galhos pequenos, esterco de gado, e aves, rejeitos como Papel Higiênico, Absorventes Íntimos, Palitos de Dentes, os rejeitos perigosos como Lâmpadas Fluorescentes, Pilhas e os recicláveis como Papel, Papelão, Plásticos ,Metais.

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Figura 4 - (a) Papel e papelões jogados a céu aberto, (b) Metais e plástico

acondicionados de forma inadequadas.

.

(a) (b)

Fonte: Autor,2019

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Figura 5 - Coleta e separação dos resíduos sólidos.

(30)

30

5. RESULTADOS E DESCUSSÃO

Na tabela 1 e 2 apresenta a identificação dos resíduos solidos observados o período de Janeiro de 2019 a Julho de 2019 por tipo,origem e quantidade.

Tabela 1 - Resíduos sólidos no período de janeiro de 2019 a julho de 2019.

Tipo de Resíduo Origem Massa (kg)

Recicláveis

Compras para casa, rações para animais. (Papel e papelão, Plásticos

em geral e metais em geral) 125

Rejeitos Residência (Papel Higiênico, Absorventes Íntimos, Palitos de Dentes) 105 Rejeitos perigosos Residência (Lâmpadas Fluorescentes,

Pilhas entre outros) 17

Fonte: Autor,2019

Tabela 2 - Tipos de resíduos orgânicos da propriedade Triunfo gerado por dia.

Tipo de Resíduo Origem Massa (kg)

Esterco de aves Galinhas 6

Esterco bovino Gado 15

Frutas e legumes Da cozinha e horta 2

Restos de comidas Da cozinha 1

Podas de plantas (Periodicamente a cada 30

dias)

Plantas frutíferas e jardim 30

TOTAL - 54

Fonte: Autor,2019

Após a identificação e quantificação dos resíduos sólidos gerados elaborou-se um Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, de acordo com as diretrizes da Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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5.1 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS .

IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO: Razão Social:

PROPRIEDADE TRIUNFO

Nome da Instituição Geradora: Endereço: SITIO CAJAZEIRAS Município: Portalegre UF: RN CEP: 59810-000 Telefone: (84) 999350003 e-mail: emiliaccccc@gmail.com Responsável pelo PGRS:

EMILIA MIKAELA CAVALCANTE DAS CHAGAS Responsável legal:

MARIA DAS GRAÇAS DE OLIVEIRA Descrição da Atividade:

Agriculturas e criação de bovinos e aves

I - Apresentação e Objetivos:

Este Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS, foi baseado na Legislação vigente, que estabelece os princípios básicos da minimização da geração de resíduos, identificando e descrevendo as ações relativas ao seu manejo adequado, levando em consideração os aspectos referentes à todas as etapas, compreendidas pela geração, segregação, acondicionamento, identificação, coleta, transporte interno, armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e transporte externo, tratamento externo e disposição final devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente.

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32

Os Resíduos produzidos nesta Unidade Geradora, serão dispostos em contentores de acordo com a Resolução 275/01 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama;

Orgânicos (Restos de Comida, Casca de Frutas e Verduras, Grama, Galhos

Pequenos...);

Rejeitos; (Papel Higiênico, Absorventes Íntimos, Palitos de Dentes, Filtros de

Cigarro...);

Rejeitos Perigosos; (Lâmpadas Fluorescentes, Baterias, Pilhas...).

Recicláveis: (Papel, Papelão, Plásticos em geral, Metais...);

III – Quantidade de Resíduos:

A produção diária de Resíduos Sólidos desta Unidade Geradora de acordo com o Quadro 1, é de:

Quadro 1- resíduos gerados ao dia.

Tipos Quantidade (Dia)

Orgânicos 54000 Rejeitos 0,500 Rejeitos Perigosos 0,080 Recicláveis 0,600 Fonte: Autor,2019 IV – Educação Ambiental:

De acordo com a lei 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999, no artigo 2o “A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-forma”.

Os proprietários e famílias que residente nesta propriedade despertem sensibilização em relação a todos procedimentos que deverão ser adotados para que esta unidade geradora de resíduos sólidos tenha uma efetivação dos processos de coleta seletiva que será adotada neste plano de gerenciamento de resíduos sólidos.

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Visando implantar procedimentos adequados para efetivação do Programa de Coleta Seletiva previsto neste Plano de Gerenciamento de Resíduos e obedecem às seguintes etapas:

a) Coleta – Será efetuada pelas residentes da propriedade com luvas, botas, materiais de proteção adequados, que diariamente, nos horários de preferência do proprietário, farão o recolhimento dos Resíduos previamente selecionados nos apartamentos/departamentos/etc e acondicionados em sacos plásticos.

b) Transporte – Após o recolhimento, será efetuado o transporte destes Resíduos, por meio de carrinhos/manualmente até o local de Armazenamento dos Resíduos existente nesta Unidade Geradora.

c) Acondicionamento – Será feito no Local de Armazenamento, que fica na (especificar área de um galpão para resíduos, com as seguintes características físicas: a cimentado, e coberto), onde os sacos plásticos recolhidos e previamente selecionados serão dispostos dentro de containers/galões/lixeiras, seguindo a seguinte padronização:

Orgânicos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com 60 litros, com identificação padronizada, na cor Marrom, seguindo resolução do 275/01 do CONAMA;

Rejeitos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com 60 litros, com identificação padronizada, na cor Cinza, seguindo resolução do 275/01 do CONAMA;

Rejeitos Perigosos – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com 60 litros, com identificação padronizada, na cor Laranja, seguindo resolução do 275/01 do CONAMA;

Recicláveis – Serão depositados em containers/galões/lixeiras, com 60 litros, com identificação padronizada, na cor Verde/Azul/Amarelo/Vermelho, seguindo resolução do 275/01 do CONAMA;

PADRÃO DE CORES DOS CONTENTORES, ESTABELECIDO PELA RESOLUÇÃO CONAMA nº 275/01:

AZUL: papel/papelão; VERMELHO: plástico; VERDE: vidro;

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PRETO: madeira;

LARANJA: resíduos perigosos;

BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; ROXO: resíduos radioativos;

MARROM: resíduos orgânicos;

CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.

VI – Destinação Final:

O gerador deverá apresentar a declaração de contratação de empresa ou serviço para transporte e destinação final dos resíduos, recicláveis, incluindo as respectivas licenças ambientais. O Quadro 2 expõe as etapas para destinação final dos resíduos.

Quadro 2: Destinação Final dos Resíduo sólidos.

Tipo de material Período de recolhimento Responsável pelo recolhimento Destinação Final Exemplos

Orgânico Diariamente O proprietário Compostagem, biodigestor e galinhas

Rejeitos Diariamente O proprietário Incineração controlada Rejeitos

Perigosos

Diariamente O proprietário Identificar o descarte correto

Recicláveis Diariamente O proprietário Venda em posto de coleta Fonte: Autor,2019

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5.2 IMPLEMENTAÇÕES

Figura 6 - Planta da propriedade com implementações sugeridas.

Fonte: Autor,2019

Para melhor tratar os resíduos sólidos gerados na propriedade, seram implenentadas medidas de destinação final dos resíduos. Como proposta na planta apresentada na figura 7.

• A localização 1 sugere-se construção de um pequeno galpão para que resíduos possa ser recolhido e separados com suas devidas características e armazenar temporariamente.

• Na localização 2 sugere-se a construção de um biodigestor inspirado no modelo indiano, pois o material é mais acessível em casa de construção, onde resultara em produção de biogás e bio-fertilizantes.

• Na localidade 3 sugere-se um sistema de compostagem, que terá como função receber os resíduos orgânicos gerados na propriedade, e esse composto produzido neste processo deverá ser utilizado nas hortas e para enriquecer o solo do terreno, sendo que estará próximo da horta e de uma caixa de agua.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As propriedades rurais representam um grande exemplo da problemática que engloba todo o pais com relação a deficiência de gestão ambiental quando se trata de resíduos sólidos. Têm-se um cenário que a maioria dos casos não existem coleta seletiva de resíduos sólidos, abrindo lacunas para que a deposição de resíduos seja feita em áreas impróprias, como também o meio mais rápido e fácil encontrado pelos moradores dessas localidades é a queima ou soterrar seus resíduos.

Este estudo identificou e quantificou os resíduos sólidos encontrados na propriedade rural em estudo, como esses resíduos estavam sendo tratados e qual o seu destino final, onde foram identificados os problemas ocasionados pelos os mesmos, permitindo assim propor alternativas de mudanças e elaboração de um plano de gerenciamento dos resíduos que venham a melhorar condições ambiental da propriedade e das pessoas que vivem nela.

Ass medidas propostas contemplou a construção de uma casa de resíduos para o acondicionamento dos resíduos corretamente, em atendimento a Politica Nacional de Resíduos Sólidos. Também foi proposto a construção de um espaço destinado a um sistema de compostagem para receber os resíduos orgânicos da propriedade. O composto originado deste processo será utilizado para hortas como também para a melhoria do solo da propriedade.

A implementação de um biodigestor como alternativa simples e adequada para o desenvolvimento sustentável daspropriedade com viabilidade técnica, econômica e ambiental, além promover a geração de energia e biofertilizante.

As alternativas apresentadas para viabilizar uma destinação adequada aos resíduos sólidos gerados na propriedada, diante da inexistência da coleta desses resíduos por parte do poder público contribui para a construção de uma sociedade mais consciente com novos hábitos e mais comprometida com o meio ambiente.

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7. REFERENCIAS

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 9000/2000 - Sistema de Gestão da Qualidade: Fundamentos e Vocabulário. Rio de Janeiro, ABNT, 2004. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10004 -Resíduos Sólidos - Classificação, Rio de Janeiro, 2004.

BECHARA, Erika (Org.) Aspectos relevantes da política nacional dos resíduos sólidos Lei 12.305/2010. São Paulo: Atlas, 2013.

BRASIL. CONAMA. Resolução nº 001/1986. In: Diário Oficial da União. Distrito Federal, 1986.

BRASIL. Lei 12.305, de 12 de agosto de 2010, Política Nacional de Resíduos Sólidos, Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e das outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20072010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 10 Maio. 2019.

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pública. Setembro de 2011. Disponível em:

http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_publicacao/253_publicacao02022012041757.p df. Acesso em: 11 jun. de 2019.

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CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução CONAMA n° 375/06, de 29 de agosto de 2006. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus

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produtos derivados, e outras providências Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/ > Acesso em: 10 de maio 2019.

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