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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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Revista Pensar Engenharia, v.2, n. 2, Jul./2014 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Alice Cristina Alves Ferreira1 Fernanda Monteiro Vieira da Costa2 Isabella De Cássia Teotônio Dias3 Silvino Santos4 RESUMO

Este trabalho aborda conceitos de Gestão de Resíduos na Construção Civil, Conama, Meio Ambiente e tem como objetivo buscar na literatura e verificar se existe material suficiente para um assunto tão moderno e atual, isto é, a importância da gestão de resíduos e a necessidade das empresas e do governo tanto nas esferas estadual e municipal, se adequarem a nova lei elevando o tema ao patamar de importância na sociedade. Para isto, através de uma pesquisa bibliográfica, buscou-se conceituar Gestão de Resíduos, bem como seu processo, levantar dados referentes à destinação dos resíduos na construção civil, apresentar a legislação que trata do assunto e como pode ser a participação do governo, sociedade e iniciativa privada, no propósito de melhorar as condições ambientais. Na atual situação mundial onde tudo é descartável, gerando grande quantidade de entulho que em sua maioria é descartado de maneira irregular, prejudicando o meio ambiente e o homem indiretamente, é de extrema importância a gestão dos resíduos gerados; este estudo trata especificamente dos resíduos gerados pela Construção Civil que abrange os resíduos pela construção de novos edifícios e os gerados pela demolição de edifícios. Este estudo aponta ainda onde são descartados e como podem ser reciclados para posteriores reutilizações.

Palavra Chave: Gestão de Resíduos; Construção Civil; Meio Ambiente.

1 Alice Cristina Alves Ferreira é Técnica em Administração; Graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy; Atua no setor da qualidade.

2 Fernanda Monteiro Vieira da Costa é Técnica em Edificações pelo CEFET-MG; Graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy; projetista e fundadora da Êxito Engenharia e Projetos, atua no setor de construção pesada na área de Planejamento e Medição pela Construtora Barbosa Mello S/A.

3 Isabella De Cássia Teotônio Dias é graduanda em Engenharia Civil pela Faculdade Kennedy, projetista e atua no setor de planejamento e Orçamento.

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1. INTRODUÇÃO

Observa-se que atualmente a questão ambiental é uma apreensão mundial, pois as consequências das transformações do meio ambiente sobre o homem começaram a surgir, expondo dessa forma, a relevância da regulamentação ambiental visando o desenvolvimento sustentável.

O aumento da população e o acelerado processo de urbanização dos municípios têm colaborado na geração de grandes volumes de Resíduos da Construção Civil (RCC) e, consequentemente, no aumento da geração dos Resíduos Sólidos Urbanos (COSTA et al., 2009). Porém, é responsável também por causar graves impactos ambientais.

Conforme John (2010) os Resíduos da Construção Civil são chamados comumente de entulhos e tecnicamente são definidos como todo resíduo de material usado na realização de etapas de obras em atividades de construção civil, podendo ser provenientes de obras de infraestrutura, demolições, reformas, restaurações, reparos, construções novas, etc., assim como um conjunto de fragmentos ou restos de pedregulhos, areias, materiais cerâmicos, argamassa, aço, madeira, dentre outros.

Em virtude da grande quantidade de resíduos oriundos da construção civil e seu impacto ambiental, esta atividade é regulamentada em diversos países. A gestão de resíduos no Brasil é regulamentada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em acordo e parcerias com órgãos estaduais e municipais.

Conforme as determinações da resolução do Conama, os geradores de resíduos são responsáveis pela gestão dos seus resíduos, certificando-se que sejam quantificados, armazenados, transportados e conduzidos para lugares apropriados

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onde possam ser reutilizados ou depositados corretamente conforme as normas determinada na resolução.

Conforme John (2010) a preocupação em diminuir a geração de resíduos, e consequentemente as perdas, deve começar na concepção do empreendimento, seguido pela execução e utilização de produtos que geram resíduos. Outra opção é a reutilização dos materiais que sobram como matérias primas para a fabricação de outros produtos. Processo que pode também atenuar os custos de uma obra.

O cuidado com o gerenciamento de resíduos da construção civil vem se solidificando como uma atividade considerável dentro da proposta de desenvolvimento sustentável, portanto, reduzir, reutilizar e reciclar resíduos são práticas essenciais a serem estudadas e efetivadas nos canteiros de obras, pois o descarte irregular causa danos irremediáveis ao meio ambiente e à qualidade de vida.

Conforme informações disponíveis no site do planalto, diante de toda essa problemática ambiental o governo brasileiro em agosto de 2010 aprovou a Lei 12.305 – Politica Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) marco histórico na gestão de resíduos no país, tendo como principio a responsabilidade compartilhada entre poder público, empresas e a sociedade civil organizada (Lei 12.305).

O presente trabalho tem como objetivo buscar na literatura e verificar se existe material suficiente para um assunto tão moderno e atual, isto é, a importância da gestão de resíduos e a necessidade das empresas e do governo tanto nas esferas estadual e municipal, se adequarem a nova lei elevando o tema ao patamar de importância na sociedade. Contribuindo assim, para a diminuição de situações pelo mundo que demonstram grave desequilíbrio ambiental, e a implantação de programas de responsabilidade social por parte das empresas.

O artigo 7º da Politica Nacional dos Resíduos Sólidos em seus incisos V e VII objetiva a gestão integrada dos resíduos sólidos e a articulação entre todas as esferas do poder público com o setor empresarial visando à cooperação técnica e financeira para a gestão dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

Por fim, esse trabalho se justifica pela necessidade de aprofundamento sobre o tema, para obtenção de conhecimentos que possibilite a aplicação de alguns métodos, caso tenha oportunidade visando a redução do desperdício dos materiais, reduzir o impacto no meio ambiente, a melhor destinação do entulho gerado, com tentativa de possibilitar a reutilização de alguns desses materiais.

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2. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)

De acordo com Pinto (1999) para compreender os resíduos de construção e demolição, é interessante partir da classificação quanto à precedência: Material de obras viárias; Material de escavação; Demolição de edificações; Construção e renovação de edifícios; Limpeza de terrenos.

Segundo Barreto (2005), na bibliografia existem várias definições para Resíduos de Construções de Demolições, sendo a apresentada na Resolução no 307 do CONAMA a mais completa:

Resíduos da construção civil: são os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc (RESOLUÇÃO n.o307 do CONAMA, s/p).

A composição dos resíduos de construção civil varia é caracterizada conforme sua localização geográfica. Essa classificação é feita dependendo, visto que está diretamente ligada aos métodos construtivos utilizados e à disponibilidade de matéria-prima na região. Assim ocorre com o gesso, por exemplo, comumente empregado nas construções Europeias e Norte-Americanas, e que só recentemente vem merecendo destaque no perfil quantitativo das construções dos grandes centros urbanos no Brasil (JADOVSKI, 2008).

A composição dos resíduos da construção civil brasileira gerados em uma obra é, basicamente, constituída por armagassa, concreto e blocos de concreto, além de madeiras, plásticos, papel e papelão. Além destes, também, podem ser gerados resíduos classificados como perigosos e não inertes (JADOVSKI, 2008, p. 15).

Já no que se refere aos fatores que contribuem para a geração de resíduos no setor da Construção Civi Barreto (2005) afirma que entre eles estão:

 Falta de definição e detalhamento, nos projetos arquitetônicos, estruturais, instalações entre outros,

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 Baixa qualidade dos materiais e componentes de construção disponíveis no mercado;

 Falta de Mão-de-obra qualificada;

 Ausência de procedimentos operacionais e mecanismos de controle de execução de inspeção.

A NBR 10004/2004 categoriza os resíduos sólidos, com objetivo que os mesmos tenham destinação e manuseio adequados (ASSIS, 2012). A categorização é baseada nos riscos potenciais ao meio ambiente e á saúde pública, conforme apresentado a seguir.

ABNT NBR-15112/2004 – Resíduos da Construção Civil e resíduos volumosos. Áreas de transbordo e triagem (área para receptação do RCD. Triagem eventual reciclagem e posterior remoção para destinação adequada.) Diretrizes para projeto, implantação e operação.  ABNT NBR-15113/2004 – Resíduos sólidos da construção e resíduos

inertes. Aterros, diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR-15114/2004 – Resíduos sólidos da construção. Áreas de reciclagem. Diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR-15115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da Construção Civil. Execução da camada de pavimentação. Procedimentos.

ABNT NBR-15116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos para Construção Civil. Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural.

Segundo Bodi (2007), não existem informações precisas que possibilitem mensurar a exata intensidade das atividades de produção do setor da Construção Civil, que viabilizem estimar o volume de RCC gerado nas áreas urbanas brasileiras.

As informações oriundas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), gerados pelas taxas de Certidão Negativa de Débito (CDN), são absolutamente irreais.

As possíveis razões para que este fato ocorra, incluem o elevado índice de informalidade no setor da Construção Civil, as altas taxas a serem recolhidas ao

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INSS para emissão da CDN, e a falta de fiscalização das construções informais (CARNEIRO et al., 2010).

Um dos trabalhos pioneiros no Brasil que estimou a produção de RCD em alguns municípios brasileiros foi desenvolvido por Pinto (1999), que elaborou uma metodologia para quantificação dos resíduos. A metodologia desenvolvida pelo autor pode ser aplicada a qualquer município, desde que: o município mantenha registros periódicos das construções licenciadas; seja possível o acesso aos agentes, autônomos ou públicos, que realizam a remoção dos resíduos gerados nos diversos tipos de atividade construtivas do município a ser estudado.

Pinto (1999) classifica os RCC’s conforme a origem:

a) Resíduos oriundos de construções informais, considerando apenas

aqueles provenientes de atividades construtivas tipo ampliações e reformas.

b) Resíduos oriundos de construções formais, onde foram considerando

os resíduos de construções novas.

Segundo Costa (2010), a falta de gerenciamento adequado dos resíduos de construção e demolição acarreta sua disposição indevida, sendo que muitas vezes eles são jogados em terrenos baldios, em beiras de estradas, córregos e, quando dispostos em lixões e aterros, pelo seu alto volume, acabam por saturar rapidamente a capacidade do local. Esses resíduos dispostos em locais irregulares têm se transformado num problema de limpeza pública para as prefeituras, pois elas têm de arcar com os custos de remoção quando os infratores não são identificados, o que ocorre na maioria dos casos.

Diante do problema de qual destino deve ser dado aos resíduos oriundos de construções e demolições, foi criada a Resolução N0 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em julho de 2002, que obriga os geradores e as prefeituras a tomar medidas para diminuir a produção dos resíduos, estimular a reciclagem, evitar a disposição inadequada, assim como incentivar a disposição adequada dos resíduos de construção e demolição gerados nos municípios (RODRIGUES, 2010).

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As atividades ligadas à Construção Civil representam um dos elementos do ambiente urbano, pelo uso e ocupação do solo assim como fornecimento de infraestrutura (FILHO; BERTÉ, 2009).

A administração do ambiente urbano vem sendo tratada sob a ótica do desenvolvimento sustentável; uma nova área de investigação são as cidades sustentáveis.

Vários autores (ASSIS, 2012; BODI, 2007; CARNEIRO et al., 2010; JOHN, 2010; PINTO, 1999) apresentam a reciclagem de RCD como uma solução viável para resolver os problemas dos resíduos dos pontos de vista econômico, ambiental

e social, contribuindo para a sustentabilidade do setor da Construção Civil. Administrar a quantidade de resíduos gerados visando a sua diminuição é o grande desafio para as cidades, principalmente depois de ser divulgada a Resolução 307 do CONAMA, que exige dos geradores posposta para gestão dos resíduos.

Segundo Jadovski (2008), poucas são as iniciativas praticadas e implantadas no país que visam a reciclagem como forma de aproveitar os Resíduos de Construção e Demolição e diminuir a quantidade direcionada para os aterros sanitários e locais inadequados.

Para Assis (2012), a dificuldade de detectar e aplicar as técnicas adequadas de manejo aos Resíduos Sólidos produzidos pelo homem, tem de forma sistemática impedido que as comunidades percebam a gravidade da situação que se encontram no que se refere aos resíduos sólidos.

2.1 Meio Ambiente e Sustentabilidade

O conceito de Meio Ambiente, de acordo com a LEI N° 6.938, de 31 de agosto de 1981, Artigo 3° - Parágrafo I é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

A NBR ISO 14001: 2004, traz o conceito de meio ambiente “como a circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas interrelações”.

Conforme Dias (2009), as empresas são as principais responsáveis pela redução dos recursos naturais e também pela alteração destes recursos. De acordo com as estatísticas, poucas empresas preocupam-se com responsabilidade

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socioambiental e praticam atividades para garantir que o processo produtivo seja eficiente ecologicamente, algumas a realizam apenas para cumprir leis e exigências governamentais (DIAS, 2009). No entanto, é necessário que a postura de responsabilidade socioambiental faça parte da rotina das empresas, especialmente as da construção civil, buscando avançados sistemas de gestão de resíduos para garantir o mínimo de desenvolvimento sustentável.

De acordo com Karpinsk et al., (2009) a partir de 1960, o Brasil passou por um período de grande industrialização, e com isso as questões ambientais passaram a sentir o aumento do impacto. Em 1972 ocorreu a Conferencia de Estocolmo, onde o governo brasileiro criou a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA) e em 1973 foi criado o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM), e a partir daí, foram criados vários órgão ambientais com o objetivo de contribuir para a redução dos impactos ambientais, com foco na atuação da poluição industrial.

Para se evitar problemas do ponto de vista ambiental é necessário que seja implementada ações de gestão ambiental na empresa, que é o principal instrumento para se obter o desenvolvimento sustentável (DIAS, 2009).

“Entende-se como sustentabilidade, a utilização responsável de recursos naturais para atender as necessidades do presente sem comprometer o atendimento das gerações futuras” (DIAS, 2009, p.15).

Conforme Fraga (2006) a definição de desenvolvimento sustentável é bem amplo, analisando as duas palavras que compõe o termo desenvolvimento sustentável: por “desenvolvimento”, entende-se como sendo mais aceito o significado referente ao crescimento dos meios de produção e ao conceito de progresso. Já a palavra “sustentável” é associada à capacidade de suporte no que se refere ao binômio recurso população. O termo “desenvolvimento” abriga ainda em si, uma dimensão de caráter técnico e naturalista, escasso para tratar das complexas relações entre o desenvolvimento e a natureza.

Segundo Karpinsk et al., (2009) desenvolvimento sustentável no ramo da construção civil é considerado um termo ambíguo que tenta unificar duas expressões que não tem nenhum entrosamento. Apesar de demonstrar falhas em seu conceito, a expressão desenvolvimento sustentável é largamente difundida, mesmo não tendo consenso em torno da mesma. Analisado por alguns autores “complexo”, “controvertido”, ou até mesmo “sem sentido”, este novo paradigma é considerado por outros relevantes no sentido de que é uma tentativa de conciliar o

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crescimento econômico com a necessidade da preservação do meio ambiente. Então “a diversidade de concepções associadas ao termo, sinalizando a tendência de todas elas em dirigir as responsabilidades para o coletivo” (KARPINSK, 2009, p.01).

Conforme Dias (2009) além das definições sobre desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento sustentável no ramo da construção civil pode ser considerado um processo através do qual o progresso se dá em harmonia com as necessidades das gerações futuras. Por fim, a postura mais discutida, a de que a base do desenvolvimento sustentável se baseia na coexistência, e na interação do progresso com as necessidades das gerações futuras.

2.2 Indústria da Construção Civil e a Gestão de resíduos

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), setor da Construção Civil é responsável por aproximadamente 16% do PIB no Brasil, e é responsável pela geração de cerca de 15 milhões de empregos diretos (CBIC, 2014).

Segundo Fraga (2006), a cadeia produtiva do setor da construção civil é uma das maiores economias e consequentemente é uma das atividades que causam o maior impacto ambiental. Segundo o autor, a construção civil é a principal consumidora de matéria-prima da economia brasileira. Sendo um dos setores que mais geram resíduos. Ainda segundo o autor, a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável implica no reaproveitamento dos Resíduos da Construção Civil (RCC), assim como os resíduos de outras indústrias na Indústria da Construção Civil.

Observa-se que atualmente a preocupação com os aspectos de meio ambiente está cada dia mais presente em todos os setores da sociedade. Esta preocupação faz parte da agenda de governos e de empresas que buscam alternativas para minimizar os efeitos da atividade econômica sobre o meio ambiente, seja por meio da mudança dos padrões de consumo da sociedade ou através de controles sobre os processos produtivos e de consumo, visando reduzir o consumo de matéria-prima e a geração de resíduos de todas as espécies (ARAUJO; GÜNTHER, 2007).

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O crescimento populacional, principalmente, da população urbana, e as mudanças dos padrões de consumo, vêm colocando as cidades como foco de poluição, do ponto de vista da produção de efluentes líquidos e resíduos sólidos de várias origens (ARAUJO; GÜNTHER, 2007).

Os resíduos sólidos gerados pela sociedade urbana têm se convertido num problema de difícil solução para as entidades governamentais e municipais, assim como o aumento da geração dos RCCs. Estes resíduos, segundo Costa (2010) representam aproximadamente, de 20 a 30 % do volume de resíduos sólidos gerados pelas cidades dos países mais desenvolvidos, muitas vezes esse potencial pode chegar a mais de 50% do total de resíduos sólidos produzidos. Nas cidades brasileiras de médio e grande porte, segundo Pinto (1999), os resíduos provenientes de construções representam de 40 a 70 % da massa total dos resíduos sólidos urbanos.

Os Resíduos de Construção Civil, deveriam receber maior atenção da sociedade, dos órgãos governamentais, e do próprio setor da construção, por apresentarem características inertes, devido ao volume produzido, por serem gerados através da atividade que é fundamental para o desenvolvimento econômico e para suprir necessidades básicas, como moradia, saneamento e infraestrutura, e devido aos problemas causados pela deposição indevida (ARAUJO; GÜNTHER, 2007).

Observa-se que a geração dos resíduos da construção civil é muito grande, podendo representar mais da metade dos resíduos sólidos urbanos gerados. Os resíduos gerados até a pouco tempo não tinham destinação específica, sendo depositados em locais clandestinos diversos e indefinidos (JOHN, 2010).

Os organismos não-governamentais, a mídia, o poder público, a escola e a sociedade em geral vêm exigindo uma postura de maior compromisso ambiental das empresas, que, por sua vez, por meio do sistema integrado de gestão ambiental, estão mais atentas a esses movimentos e aos desdobramentos gerados por esse cenário, e começam, no Brasil, a trabalhar dentro de uma nova realidade econômica e estratégica, através da mudança de mentalidade para uma cultura empresarial com responsabilidade ambiental (FILHO; BERTÉ, 2009).

O tema da sustentabilidade gerou a necessidade da adequação da destinação dos resíduos inertes da construção civil. No entanto, deve-se buscar a reutilização ou a reciclagem apenas quando não houver possibilidade de reciclá-los,

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quando não existe essa possiblidade, os resíduos precisam ser incinerados (com recuperação de energia) ou aterrados (FILHO; BERTÉ, 2009).

Conforme Dias (2009) a preocupação com os aspectos de meio ambiente está cada dia mais presente em todos os setores da sociedade. Esta preocupação faz parte da agenda de governos e de empresas que buscam alternativas para minimizar os efeitos da atividade econômica sobre o meio ambiente, seja por meio da mudança dos padrões de consumo da sociedade ou através de controles sobre os processos produtivos e de consumo, visando reduzir o consumo de matéria-prima e a geração de resíduos de todas as espécies.

2.3 Resolução N0307 do CONAMA

Conforme as normas da Resolução do Conama, o setor da Construção Civil produz grandes impactos ambientais, percebíveis desde a extração das matérias-primas necessárias à fabricação de seus produtos, passando pela execução dos serviços nos canteiros de obras, até a destinação final dos resíduos gerados, provocando grandes problemas ao meio ambiente, e por isso necessitando de regulamentações para maior controle desses resíduos. (CONAMA, 2014).

Conforme Fraga (2006) ainda não fazem parte da cultura do setor, preocupações com a questão ambiental, mas que não pode mais ser desprezada, não só pela exigência do uso racional dos recursos naturais, mas também para atender as exigências legais como a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981,

Resolução no 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, de 5 de

julho de 2002, que tem por “objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País”. (BRASIL, 1981, p.01).

A conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, RIO-92 definiu na Agenda 21 do Capítulo 21, o manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos. A gestão sustentável baseia-se no princípio dos três R´s de Reduzir os resíduos ao mínimo; Reutilizar e Reciclar ao máximo. Correlacionar estas ações de forma integrada constitui a estrutura ambientalmente saudável do manejo dos resíduos. Medidas como controle, monitoramento e a fiscalização fazem parte de atividades afins da gestão dos resíduos sólidos (SEGATO; NETO, 2014).

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Revista Pensar Engenharia, v.2, n. 2, Jul./2014

O princípio dos três R´s destaca a necessidade de minimizar os impactos causados pelas atividades industriais. A Indústria da Construção Civil, impacta o meio ambiente ao longo de sua cadeia produtiva, desde a ocupação de terras, a extração de matéria-prima, o transporte, o processo construtivo, os produtos, a geração e a disposição de resíduos sólidos (CONAMA, 2014).

Visando disciplinar os impactos causados na indústria da construção, o Governo Federal deu passos importantes com a Resolução CONAMA no 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece critérios, diretrizes e procedimentos para a gestão dos resíduos da Construção Civil.

A Tabela 1 apresenta a classificação dos resíduos e o destino que deve ser dado a cada classe, conforme a Resolução no307 do CONAMA.

Quadro 1: Classificação e destino dos resíduos oriundos de construções e

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Fonte: (CONAMA, 2002).

Em vigor desde janeiro de 2003, a Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) estabelece diretrizes para a gestão dos resíduos gerados pela Construção Civil, com o objetivo de disciplinar as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais. Também determina que, a partir de julho de 2004, cada município tem a responsabilidade de elaborar um plano integrado de gerenciamento de resíduos. Ficam os municípios impedidos de dispor os resíduos de construção em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de bota-fora5(CONAMA, 2014).

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A Resolução 307 estabelece que os grandes geradores devem, a partir de janeiro de 2005, incluir os projetos de gerenciamento de resíduos em seus projetos

de obras, que serão submetidos ao licenciamento nos órgãos

competentes(CONAMA, 2014).

A reciclagem, de forma geral, é mencionada como uma solução para diminuir a quantidade de resíduos dispostos nos aterros, além do aproveitamento do valor contido neles. Embora se divulgue muito sua adoção, o volume de material que é reciclado ainda não alcançou níveis significativos (SEGATO; NETO, 2014).

Com relação à reciclagem dos RCD, observa-se que poucas cidades brasileiras têm tomado iniciativas nessa direção. A Resolução N0 307 do CONAMA vem contribuir para acelerar as mudanças e alterar a situação atual, implantando medidas voltadas à reciclagem.

Para a implantação de um programa de reciclagem, na fase de planejamento deve-se levantar o maior número possível de dados e informações locais. Uma delas é quantificar a geração de resíduos provenientes de construções e demolições, assim é possível implantar um programa adaptado à realidade específica do município, onde o mesmo será implantado (SEGATO; NETO, 2014).

3. METODOLOGIA

De acordo com Gil (2010), a realização de uma pesquisa requer a descrição dos procedimentos que serão seguidos, abrangendo o tipo de pesquisa, o método, coleta de dados, abordagem, técnicas e recursos metodológicos.

Na realização deste estudo, procurou-se primeiramente, efetuar uma pesquisa bibliográfica nas áreas de Gestão de Resíduos sólidos, pois essa é uma fase primária e fundamental para dar suporte aos objetivos que se deseja alcançar. Em um segundo momento foi realizado um levantamento de dados sobre a Construção Civil. Para fundamentação da pesquisa, foi realizado uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo, descritivo envolvendo pesquisas em base de dados de artigos científicos com autores que discorrem sobre o tema.

Conforme Lakatos e Marconi (2010, p 66), a pesquisa bibliográfica “oferece meios para definir, resolver não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”.

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4. CONCLUSÃO

Diante dos conceitos teóricos abordados neste estudo, enfatizando temas como resíduos sólidos e seus elementos, geração de resíduos na Construção Civil, a legislação em vigor, e demais dados levantados, foi possível verificar que um gerenciamento de resíduos sólidos adequado pode impactar o meio ambiente de forma positiva. Isto é, com adoção da resolução do CONAMA e políticas públicas direcionadas para a reciclagem de dejetos da Construção Civil é possível diminuir o volume de entulhos depositados em locais impróprios e ainda reaproveitar esse material. Portanto, tornou-se necessária a conscientização dos efeitos dos produtos pós-consumo no meio ambiente e estabelecer critérios para minimizar o seu impacto. A legislação é uma das formas de fazer com estes objetivos sejam alcançados. O governo deve ter um papel fundamental na determinação de critérios e fiscalização destes procedimentos. Tão importante quanto à participação do governo, deve ser o envolvimento da sociedade e das empresas, de forma que, em conjunto, tais objetivos se tornem viáveis.

Uma questão que pode ser considerada com solução é a reciclagem desses resíduos, mas essa é apenas uma das inúmeras possibilidades que podem ser avaliadas dentro da aplicabilidade do Gerenciamento de Resíduos. Os resíduos gerados pelas construtoras podem-se se tornar produtos que permitem distintas possibilidades de destinação.

No entanto, percebe-se uma grande deficiência no que se refere à quantidade aproveitada em relação ao que é produzido, e ainda a destinação de maneira incorreta. Falta conscientização dos pequenos geradores de resíduos no descarte dos entulhos e maior participação das empresas no processo. Porém, é importante ressaltar que já se evoluiu bastante na última década e em conjunto muito ainda pode ser feito, servindo de exemplo para outros segmentos, no propósito de preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida.

Outro fator relevante foi o de que as discussões entre os maiores interessados sobre o tema, como construtoras, recicladores, coletores, legisladores e sociedade civil, ainda são poucas e que o debate entre todos os atores das

cadeias sustentáveis poderia trazer evoluções consideráveis para o

desenvolvimento do setor já que a reciclagem de resíduos sólidos tem sinalizado uma tendência duradoura e contínua. Porém para que seja totalmente eficiente essa

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reciclagem deve estar inserida no desenvolvimento sustentável, econômico, social, e ecológico, mediante as políticas empregadas corretamente.

Diante deste cenário pode-se concluir que a gestão de resíduos no Brasil será um dos grandes desafios nos próximos anos. O Poder Público, as empresas e a sociedade em geral deverão buscar meios e tecnologias a fim de se evitar a geração, promover a redução, a reutilização e a reciclagem, conduzir um tratamento adequado e propiciar a disposição e disposição final conforme determina a PNRS.

Por fim, é imprescindível a redução na geração dos resíduos, modificando os padrões de consumo, produção e incentivando investimentos em programas que objetivem a redução de resíduos. Deve-se também compreender e monitorar o ciclo de produção e descarte dos resíduos sólidos, ampliar os programas de reciclagem com incentivos econômicos e legais, assim como aprimorar os serviços referentes aos resíduos.

Sugere-se que novos estudos busquem a realização de pesquisas quantitativas sobre: o número de empresas que possuem gerências especializadas no assunto; pesquisas direcionadas ao entendimento sobre o relacionamento entre os diversos elos das cadeias reversas; pesquisas sobre as fontes de iniciativas particulares para o tratamento dos produtos descartáveis ou retornáveis; pesquisas sobre outras formas de aplicação dos programas de gerenciamento, utilizado em países desenvolvidos, dentre outros temas que possam colaborar para um maior controle dos resíduos gerados na Construção Civil e preservação do ambiente.

REFERÊNCIAS

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de Resíduos da Construção e Demolição no Contexto do Mobiliário Urbano:

uma questão de saúde pública e ambiental. Saúde e Sociedade v.16, n.1, p.145-154, jan-abr 2007.

ASSIS, C. S. Modelo de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos

Urbanos: Uma Contribuição ao Planejamento Urbano, 2012, Rio Claro,

Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Geociências e Ciências Exatas.

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BARRETO, Ismeralda Maria Castelo Branco do Nascimento. Gestão de resíduos na construção civil. Aracaju: SENAI/SE; SENAI/DN; COMPETIR; SEBRAE/SE;SINDUSCON/SE, 2005. 28p. il.ISBN-85-7519-142-X.

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Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional

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BODI, J. Experiência Brasileira com Entulho Reciclado na Pavimentação. In:

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Referências

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