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A percepção do mundo Frozen Uma Aventura Congelante : uma análise de entrevistas em profundidade com crianças e seus responsáveis 1

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Academic year: 2021

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A percepção do mundo “Frozen – Uma Aventura Congelante”: uma análise de entrevistas em profundidade com crianças e seus responsáveis1

Mariele Akstein Simão INCROCCI2 Thayrone Marcos Soares Costa de CARVALHO3

Pablo Moreno Fernandes VIANA4

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Poços de Caldas - MG

RESUMO

Este artigo apresenta uma análise de entrevistas em profundidade realizadas com crianças e seus responsáveis sobre o filme “Frozen – Uma Aventura Congelante”, com o intuito de visualizar se esse público percebe e reconhece os valores de marca da Disney presentes nessa obra cinematográfica. De acordo com os dois artigos que precedem esta pesquisa (“Frozen – Uma Aventura Congelante da Mulher na Sociedade: uma análise das personagens e as representações dos anseios da mulher contemporânea”5e “Uma Aventura da Disney na Sociedade Contemporânea: os valores de marca da empresa e seu reflexo no filme “Frozen – Uma Aventura Congelante””6), os anseios da sociedade mudaram ao longo

dos anos, o que levou a marca Disney a reposicionar-se quanto aos seus valores. Os reflexos dessas transformações estão presentes no enredo do filme “Frozen” e este artigo visa verificar se há uma percepção destes novos anseios por parte do “público-alvo” da produção.

Palavras-chave: Entrevista em Profundidade; Frozen; Disney; Filme; Princesas.

Introdução

1 Trabalho apresentado no DT 4 – Divisão Comunicação Audiovisual, da Intercom Júnior – XII Jornada de

Iniciação Científica em Comunicação, evento componente do XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação

2 Graduada em Publicidade e Propaganda pela PUC Minas – Campus Poços de Caldas, e-mail:

makstein@hotmail.com

3 Graduado em Publicidade e Propaganda pela PUC Minas – Campus Poços de Caldas, e-mail:

soaresthayrone@gmail.com

4 Doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, Professor da Faculdade de Comunicação e Artes

da PUC Minas, e-mail: pablomoreno@gmail.com

5 Artigo disponível em: http://portalintercom.org.br/anais/sudeste2015/resumos/R48-0883-1.pdf. Acesso em

04 de Julho de 2016.

6 Artigo disponível em: http://portalintercom.org.br/anais/nacional2015/busca.htm?query=frozen. Acesso em

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Este artigo tem como objetivo verificar a percepção do público sobre o reconhecimento dos valores de marca representados no filme “Frozen – Uma Aventura Congelante”, lançado em 2013. O trabalho vai de encontro à proposta da ementa da divisão temática ao propor um estudo de uma questão epistemológica da comunicação e de suas interfaces com o consumo. O artigo integra pesquisa já concluída do Trabalho de Conclusão de Curso - FROZEN E A MULHER NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA: uma análise das personagens e dos anseios da mulher contemporânea representados no filme - na graduação em Publicidade e Propaganda que visa compreender a transformação da sociedade – particularmente o empoderamento da mulher – por meio do consumo, no mundo capitalista, a partir de entrevistas em profundidade com crianças e responsáveis selecionados por possuírem perfis familiares distintos e também um grande contato com o filme. Para isso, recorre-se aos autores Duarte e Barros (2009) para embasar os resultados das análises realizadas, de acordo com as entrevistas aplicadas.

A Disney é uma empresa multinacional, fundada em 1923, por Walt Disney e Roy Oliver Disney. A princípio, sua especialidade estava na produção de animações. Hoje em dia, é considerada uma empresa de mídia, uma vez que seus produtos vão de filmes a parques temáticos. Diversas princesas foram criadas pela Disney desde o lançamento de Branca de Neve, em 1937.

Antes do lançamento da franquia, as princesas tinham perdido espaço no mercado. Depois da criação da franquia, elas voltaram a aparecer em diversos produtos, tornando-se personagens populares entre as meninas, com mercadorias baseadas no universo da fantasia. Seis anos depois da criação da franquia, a Disney já havia lucrado cerca de 100 milhões de dólares e, atualmente, os produtos Disney Princesas são vendidos em mais de 90 países, tendo faturado 3,4 bilhões de dólares desde seu lançamento, segundo o artigo “Evolução das Princesas” (DAPPES, 2014).

O filme “Frozen – Uma Aventura Congelante”, última produção da Disney com princesas, foi lançado em 2013 e, diferentemente de algumas produções anteriores, tem personagens femininas corajosas, determinadas e que lutam pelo que querem. O diferencial do filme, em relação às demais produções da Disney com temática de princesas, está no fato de abordar o casamento e o amor verdadeiro de forma diferenciada. A música tema “Let it Go”, versão original da música “Livre estou”, ficou entre os dez hits mais vendidos do iTunes por meses e chegou a ganhar o Oscar de Melhor Canção Original em 2014. A Disney ganhou também o Oscar na categoria Animação com este mesmo filme. A bilheteria

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de “Frozen” é a quinta maior bilheteria da história do cinema com cerca de US$ 1.219 bilhão arrecadado, segundo o artigo de O Globo (2014).

Portanto, a partir da discussão apresentada, é possível compreender a relevância desse objeto de estudo. O trabalho irá contribuir para compreensão da transformação da sociedade por meio do consumo, desde a infância, no mundo capitalista, a partir de uma análise de um produto midiático – o filme – e sua apropriação, diante do sucesso dos produtos licenciados junto às meninas.

O cinema norte-americano é reconhecido por suas características industriais, ou seja, suas produções visam eminentemente ao lucro. No caso de “Frozen”, pode-se afirmar que a Disney fez essa mudança no roteiro do filme por questões mercadológicas, em um esforço de acompanhar as mudanças na sociedade, como por exemplo, uma maior participação feminina em vários setores da mesma, inclusive no Brasil.

Um dos expoentes do aumento da participação feminina no mundo social é o movimento feminista. Segundo Pitanguy e Linhares (2011), os primeiros movimentos feministas surgiram no século XIX e início do século XX, com o questionamento do direito da mulher ao voto. Já a segunda onda dos movimentos iniciou-se em 1960, quando as mulheres passaram a lutar pela igualdade legal e social perante a sociedade. Até hoje mulheres lutam por uma sociedade igualitária. Segundo uma pesquisa recente feita pela Rede Globo7, mulheres, ainda hoje, recebem até 60% menos que os homens, com os mesmos cargos.

Metodologia: o universo de “Frozen” no imaginário infantil

Foram realizadas entrevistas em profundidade com crianças e responsáveis selecionados por possuírem perfis familiares distintos e também um grande contato com o filme8. Para a seleção das famílias, buscou-se àquelas com perfis que não se assemelham financeiramente e estruturalmente. Preferiu manter-se o anonimato tanto das crianças quanto dos responsáveis para evitar a exposição de dados sociais e financeiros de cada família. Tal escolha ficou acordada com os responsáveis antes do início de cada entrevista.

7 Mulheres vão levar até 80 anos para ter salario igual aos homens. Disponível em:

http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/08/mulheres-vao-levar-80-anos-para-ter-salario-igual-aos-homens-diz-pesquisa.html

8 O corpo docente do Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, da PUC Minas, está em recesso e volta às atividades

apenas a partir da primeira semana de Agosto (01/08). Sendo assim, o artigo só poderá entrar em processo de análise pelo Comitê depois do início do semestre letivo da universidade.

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Para Duarte e Barros:

A entrevista em profundidade é um recurso metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte, selecionada por deter informações que se

deseja conhecer. (DUARTE e BARROS, 2009, p. 01).

Ainda segundo Duarte e BARROS (2009, p.5), “a seleção dos entrevistados em estudos qualitativos tende a ser não probabilística, ou seja, sua definição depende do julgamento do pesquisador e não de sorteio a partir do universo, que garante igual chance a todos”. O tipo de entrevista selecionado foi a aberta, qualitativa e não-probabilística. A principal característica dessa abordagem é a flexibilidade, pois permite ao informante definir os termos da resposta e, ao entrevistador, ajustar livremente as perguntas sem intenção de estabelecer uma estatística.

Desta maneira, como na análise de Demo (2001) sobre pesquisa qualitativa, os dados não são apenas colhidos, mas também resultado de interpretação e reconstrução pelo pesquisador, em diálogo inteligente e crítico com a realidade. Nesse percurso de descobertas, as perguntas permitem explorar um assunto ou aprofundá-lo, descrever processos e fluxos, compreender o passado, analisar, discutir e fazer prospectivas. Possibilitam ainda identificar problemas, microinterações, padrões e detalhes, obter juízos de valor e interpretações, caracterizar a riqueza de um tema e explicar fenômenos de abrangência limitada. (DUARTE e BARROS, 2009, p. 01).

Além disso, a técnica qualitativa foi empregada porque explora um tema a partir da procura por informações, percepções e experiências de informantes para apresentá-las e analisá-las de forma estruturada, segundo os valores do filme “Frozen” e da Disney, de acordo com a proposta do trabalho. Por fim, a pesquisa realizada se encaixa na categoria não-probabilística, porque não pode ser generalizada, já que cada entrevista será analisada individualmente, além do estabelecimento do público ter sido feito pelo investigador. Os entrevistados selecionados possuem perfis variados: 1) criança do sexo feminino com pai solteiro; 2) família composta por pai, mãe e duas filhas; 3) casal com um casal de filhos; 4) criança do sexo feminino, morando com pais, avó e tia. Todas as crianças participantes conhecem o filme “Frozen – Uma Aventura Congelante” e tiveram contanto recente com este e suas entrevistas serão apresentadas abaixo, respectivamente.

As entrevistas são exploratórias e flexíveis, pois não há uma sequência determinada de perguntas ou parâmetros de respostas. Estruturam-se a partir de um tema amplo, no caso, a obra cinematográfica, e fluem livremente, sendo aprofundadas em alguns momentos de

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acordo com aspectos significativos identificados. Assim, a resposta a uma questão origina a pergunta seguinte e, uma entrevista ajuda a direcionar a subsequente. A habilidade de aprofundar as perguntas a partir das respostas dadas faz esse tipo de entrevista ser rico em descobertas e surpresas para o entrevistador.

Análise da Primeira Entrevista

A primeira entrevista foi realizada com, M., menina, 5 anos e seu pai P., 25 anos. A família é financeiramente estável, possuindo um padrão de vida superior à média nacional9. M é uma criança comunicativa e de personalidade forte, adora filmes de princesas e compara situações do cotidiano com cenas destes. Ao ser informada sobre a entrevista, a criança vestiu-se de Elsa para aguardar os entrevistadores. De início, M. conta que tem alguns produtos “Frozen”, sendo estes, fantasias, jogos e DVD. Com o decorrer da conversa, vai se lembrando e buscando vários outros objetos como: copo, roupão, pijamas, sapatos, além de citar as festas de aniversário que participou e também a sua própria, onde o tema era “Frozen – Uma Aventura Congelante”.

Quando questionada sobre sua preferência em relação aos filmes de princesas da Disney, diz gostar de várias outras princesas, mas reforça sua preferência por Elsa, por esta ser poderosa e vestir um traje azul. Diz gostar também de Cinderela e Rapunzel, devido à perda do sapatinho e pelo cabelo brilhante, respectivamente.

Sobre os acontecimentos dentro do filme, percebe-se que ela reconhece vários destes, como o ato de amor verdadeiro entre duas irmãs, e o príncipe como vilão da trama. Ela também se mostra indiferente ao fato de nenhuma das princesas se casarem.

Durante a conversa com o pai, ele diz que a filha assiste ao filme uma vez ao dia por terem sido estabelecidas regras sobre isso, já que antes ela assistia várias vezes por dia, desde a sua estreia. P. também conta que ela pede para ir e ter tudo que é relacionado à “Frozen” e acrescenta que, apesar de ele próprio não ter assistido ao filme, já ouviu falar muito a respeito, principalmente dentro de casa. P. conhece o enredo e acredita que o sucesso deste se dá por vários fatores, como a presença forte da marca Disney, o apelo da publicidade e a forma como a história é relatada. Ele apresenta como exemplo o fato do casal, príncipe e princesa, não ter tanta relevância e, sim, o amor entre irmãs. Acrescenta que isso mudou de sua infância para a da filha e diz que, como a construção da identidade

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da criança vai até os 7 anos, esses fatos dentro da história são mais fortes na memória da filha.

P. também ressalta a forma como os filmes influenciam na construção da criança, diz que o mundo da filha gira em torno das princesas e que ela vive um pouco as histórias, reconhecendo os valores dos filmes e comparando os acontecimentos bons e ruins do dia a dia com os acontecimentos dos contos, principalmente de “Frozen”. Percebe-se, então, que o valor “criatividade, sonhos e imaginação” cumpre-se quando a menina se sente pertencente ao mundo imaginário dos contos de princesa, quando brinca, se veste como as personagens ou relaciona situações do cotidiano com a narrativa de “Frozen”, por exemplo.

A partir das observações de M. e P., percebem-se ainda os valores da marca Disney nos depoimentos, sendo o reconhecimento dos trajes no valor “atenção fanática aos detalhes” e o reconhecimento do ato de amor verdadeiro, o coração congelado e os poderes de Elsa no valor “preservação e controle da magia Disney”.

Os valores podem ser diferenciados devido a época da infância do pai ser outro com relação a da filha, que são de 20 anos de diferença. Além da questão da indiferença do casamento para a filha, algo que era importante na época de seu pai, e do questionamento do amor verdadeiro na forma fraternal, também pode-se perceber a questão das cores. M. diz gostar de azul, sendo esta sua segunda cor favorita atrás do rosa. Apesar do azul ser uma cor culturalmente considerada masculina durante a infância de P, esta situação era algo “pré-estabelecido”, sendo rosa uma cor feminina e azul uma cor masculina, em que as preferências deveriam seguir a “tradição”, o que não acontece com M., por exemplo. Outro fato relevante na entrevista foi que M. não vê a necessidade do casamento entre Anna e Kristoff talvez por estar inserida numa família onde os pais não são casados e nem vivem juntos.

Análise da Segunda Entrevista

A segunda entrevista, realizada com as irmãs L., de 10 anos, C., de 6 anos, e a mãe T., de 45 anos, professora de educação infantil em escola pública municipal, retrata um quadro um pouco diferente das outras entrevistas. A família é financeiramente estável e possui renda de acordo com a média nacional10. C possui um comportamento diferente das outras meninas que foram entrevistadas. É agitada, fala bastante e não foca muito nas questões que envolvem princesas e romance. Um dos fatos levantados por ela foi o de Elsa

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construir o próprio castelo com seus poderes de gelo, por exemplo. Essa identificação representa a postura pró-ativa da menina, passível de comparação com a nova postura das princesas do conto - a determinação. L. tem um perfil mais tímido e renega um pouco, aparentemente, assuntos mais “infantis”, talvez por estar na pré-adolescência, preocupando-se mais com questões estéticas. Inclusive, cita a beleza da princesa Ariel como um dos fatores mais legais considerados por ela nas histórias infantis da Disney.

Foi pedido que a irmã mais nova respondesse primeiro, para que não fosse influenciada pela mais velha. Há uma divergência de opinião entre elas. A mais velha, L., se mostra desinteressada pelo filme, apesar de ter contato com este e frequentemente fazer o papel de Elsa em teatros e apresentações escolares. Já a mais nova, C., demonstra um maior interesse pela história e pelas personagens. Percebe-se que nenhuma das irmãs é fanática pela produção, fato inclusive reforçado pela mãe.

Apesar disso, as meninas relatam assistir com frequência aos filmes da Disney, acompanhar os lançamentos e gostar das princesas. C. diz preferir Aurora, a princesa do filme “Bela Adormecida”, mas, antes de responder, pergunta para a mãe qual é o nome da princesa que usa vestido rosa. Quando questionada se essa é a razão por ter escolhido Aurora, alega que não. Já L. diz gostar de Ariel, enfatizando sua preferência pela trama e o fato da pequena sereia ser “a mais bonita” dentre as princesas para ela.

Quando questionadas se gostam do filme “Frozen”, C. diz que sim, muito, além de possuir brinquedos franqueados, apesar de não lembrar corretamente o nome das personagens, apenas das principais. Já L. diz que não, mesmo selecionada para fazer o papel da personagem principal no teatro, alegando que foi escolhida por cantar e ser loira como a personagem, reforçando não ser uma escolha dela. L. ainda ressalta que gosta mesmo é de “Monster High”, uma série de animação que retrata o cotidiano de “monstrinhas” vaidosas na escola, apresentando situações condizentes com a adolescência.

Em seguida, ao serem questionadas sobre qual princesa de “Frozen” é a preferida por elas, C. diz ser Elsa, por ela ser poderosa e L. diz não gostar de nenhuma. Elas também reconhecem que o príncipe Hans é vilão. Sobre isto, C. diz não existir príncipe vilão, apenas este personagem.

As meninas conheceram o filme por propaganda na televisão, mas foram assistir pela primeira vez na casa de um primo. Contam ter assistido três vezes no total. A mãe ressalta que as meninas não são de “viciar” em filmes. “Lança, elas assistem e pronto, não

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são de querer ficar revendo”, diz. Principalmente porque acompanham os lançamentos do gênero e sempre tem filme novo da produtora.

As meninas dizem que esse filme é diferente das outras produções pelo fato de o amor verdadeiro acontecer entre duas irmãs num momento de um abraço entre elas, no qual a lágrima de Elsa salva Anna. Elas também reconhecem que, diferente das outras produções, as princesas não casam: para L. isso é indiferente, já C. não responde.

A mãe acredita que o filme influencia na construção das crianças quando essas ainda são menores, mas diz não funcionar com suas filhas dela, pois, segundo ela, são meninas indiferentes a essas produções. T. diz ainda que o filme é diferente das demais produções de mesmo tema, pois a princesa Anna se apaixona por alguém que não é príncipe e Elsa fica solteira, e mesmo assim se torna rainha. Já as meninas alegam que o filme fez sucesso entre as amigas por questão dos poderes de Elsa, por elas serem bonitas e pela protagonista construir um castelo de gelo. T. diz que essas mudanças são importantes para as crianças maiores que reconhecem esses fatos. Percebe-se que a indiferença de L. acontece pelo fato dela estar entrando numa pré-adolescência e preferir coisas que já remetem à sua realidade, como a série “Monster High”, que se passa em um ambiente escolar. Percebe-se que esse desprendimento do filme pelas irmãs é fruto de uma cultura familiar, em que a casa é basicamente comandada pela mãe, pois o pai trabalha em outra cidade durante a semana, havendo ausência na casa de uma presença masculina. Apesar das meninas não serem tão ligadas à produção, nota-se que elas enfatizam as características das princesas, como poderes, beleza, trajes e autossuficiência das protagonistas, reforçando sempre o universo feminino, sendo irrelevante para as mesmas o casamento, o príncipe ou qualquer outro personagem masculino no filme. Além disso, citam o ato de amor verdadeiro acontecer entre irmãs como o fato preferido por elas dentro da história.

Análise da Terceira Entrevista

Na terceira entrevista, com F., menina, 5 anos, e a mãe L., 39, percebe-se que há pela mãe o mesmo apreço pelo filme “Frozen” que a filha, já que esta afirma que a Disney fez e faz parte da sua vida e contribui na construção da identidade da criança. A visão da Disney “criar um mundo onde todos possam se sentir crianças” é cumprida com L. a partir do momento que o filme “Frozen” devolve a ela sensações semelhantes às que sentia na infância. Assim, nota-se que nesta família o gosto pelas produções da Disney é passada de geração para geração, outro valor da Disney (“Preservação e controle da magia Disney”)

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que se cumpre. A menina é tímida e introvertida. Apesar de ter a mesma idade da primeira entrevistada, possui um perfil bem diferente da mesma.

F. diz amar o filme “Frozen”, possuir muitos brinquedos e produtos, além de ter assistido várias vezes no cinema e até prestigiado adaptações da história para o teatro. Quando questionada sobre qual princesa da Disney mais gosta, diz ser Elsa, porque esta possui superpoderes. A menina reconhece os relacionamentos entre Anna e Hans e posteriormente entre Anna e Kristoff. Reconhece que Hans, apesar de príncipe, é o vilão da trama e que Kristoff não faz parte da realeza, porém é um personagem de bom caráter, sendo indiferente quanto a sua origem humilde. A criança também reconhece que o ato de amor verdadeiro acontece entre as duas irmãs, uma “novidade” em contos de fadas. Para a mãe, esse é o fato mais importante do filme e, segundo ela, o momento que mais toca a filha. L reforça, neste momento da entrevista, que existem diferenças entre as personagens Anna e Elsa, mas que isso não é um problema para a princesa mais nova, por exemplo, e que isso a instiga a estabelecer uma relação de amizade com a futura rainha da história.

É perceptível que L. gosta muito da produção cinematográfica, até mais que a filha. Reforça constantemente a grande quantidade de produtos e brinquedos “Frozen” que F. tem, como bonecos de todos os personagens – alguns até repetidos – roupas, calçados, guarda-chuva, pijamas, roupão, decoração completa do quarto, entre outros. Também dá ênfase à festa de aniversário da filha, que teve como tema o filme, e diz orgulhosa, que fizeram até uma matéria numa revista local com a cobertura do evento. L. afirma reconhecer todas as mudanças na produção, citando o amor verdadeiro representado pelas irmãs, a não importância do príncipe e do casamento na trama e o fato de o príncipe não ser o mocinho, mas o vilão da história. Diz ainda que a representação da amizade entre irmãs é algo muito importante para a construção de valores da criança. Neste momento, fala sobre a sua preferência pela personagem Anna, justificando com o fato dela ser independente e tentar resgatar o sentimento verdadeiro entre as irmãs, enquanto “Elsa sempre a esnobava, privando-a de um relacionamento saudável em família”, diz.

Continuando, L. diz crer na importância da mudança de foco desse filme, em que o príncipe, neste caso, tem um valor secundário, diferentemente das produções anteriores da Disney, e da sua não participação no tradicional ato de amor verdadeiro das histórias de princesas. Ela também discorre sobre a importância que vê na desconstrução do “príncipe perfeito” e na apresentação de outras formas de amor.

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Percebe-se que, mesmo a família sendo de classe média, a mãe procura ostentar constantemente tudo o que a filha possui de produtos franqueados “Frozen”, ressaltando a origem internacional destes. Neste caso, a produção cinematográfica é usada, sobretudo, para afirmar valores de consumo. Fica evidente que a maior admiradora e consumidora dos produtos Disney é a mãe e que a empresa cumpre dois de seus valores de marca (“Criar um mundo onde todos possam se sentir Crianças” e “Preservação e controle da magia Disney”) na figura desta, ao influenciar a filha e, mesmo aos 39 anos, vivenciar a magia dos filmes.

Análise da Quarta Entrevista

A quarta entrevista foi realizada com G., 7 anos, e sua mãe S., 28 anos. A família é financeiramente instável, diferentemente do perfil das outras famílias analisadas. A criança é bastante comunicativa e acredita que as princesas devem se casar. Ela mora em uma casa com todos seus familiares, incluindo mãe, pai, avó, marido da avó e tia e, por isso, tem uma atenção excessiva de todos. G. também se diz fã do filme “Frozen – Uma Aventura Congelante” e já o assistiu muitas vezes. Ainda diz gostar de todas as princesas da Disney e cita algumas, como Cinderela, Rapunzel, Ariel e Branca de Neve, mas alega que Elsa é sua preferida, já que tem poderes mágicos. A mãe acredita que este é o ponto forte para o sucesso do filme, pois relata que as princesas das produções anteriores não têm nenhum tipo de poder e que essa nova característica desperta o interesse da criança.

G. também diz gostar de Anna, porém não muito, já que ela se relaciona com um príncipe que é vilão. Além de reconhecer que Hans é o primeiro príncipe vilão das produções da empresa, também reconhece que o novo namorado de Anna não é da realeza e sim um vendedor de gelo. Esse fato não parece fazer diferença para G., mas o fato de não haver um casamento a deixa “chateada”, já que ela prefere o casamento das princesas. Ela ainda alega que o filme perde conteúdo com o não acontecimento do mesmo. A criança também acredita que Elsa não pode se casar, pois a personagem tem poderes de gelo, o que poderia, nas palavras dela, “assustar um futuro marido”.

Quando questionada sobre sua cor preferida, já que no filme há uma predominância de azul, G. diz gostar de todas as cores, mas o grupo reconhece no ambiente e em objetos pessoais uma predominância do rosa. Quando questionada sobre isso, ela então diz gostar mais da cor rosa, além também de acreditar que azul é cor de homem, porém alega rapidamente que “mulher também pode usar porque é uma cor bonita”.

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A mãe reconhece como um diferencial do filme as princesas não precisarem de um príncipe para reforçar a posição como realeza. Para ela, isso é importante para a construção social da criança, já que desconstrói a idealização e necessidade de um homem perfeito para a realização pessoal feminina. S. acredita que o filme ajuda na construção das crianças, mas que, até o momento, não percebeu em sua filha nenhuma influência deste, apesar de G. sempre brincar imitando partes da história. Assim como na primeira entrevista, o valor “criatividade, sonhos e imaginação” se cumpre nas brincadeiras, pois a menina se sente parte da história.

Em determinado momento, a menina mostra alguns brinquedos e objetos como bonecas, chinelos, canetas, bloco de notas, caixas, lancheira e o filme em DVD. Também relata que já foi ao cinema ver o filme e o curta. O grupo observou que a menina não tem mais brinquedos e objetos por ter menor poder de consumo que os demais entrevistados, mas adora os produtos, assim como o filme em si. Percebe-se que G., apesar de ser receptiva aos anseios introduzidos em “Frozen”, possui certo olhar mais conservador. As questões que envolvem mudança em tradições não são totalmente aprovadas por ela. G., por exemplo, sente falta do casamento na história.

Conclui-se que, diferentemente das demais entrevistas, G é a mais “tradicional”, pois vislumbra um príncipe perfeito e um casamento dos sonhos, mesmo com a mãe reforçando a importância do contrário na produção cinematográfica.

Considerações Finais

Após a realização das entrevistas com as crianças e seus responsáveis, algumas observações foram feitas. Fatores como renda familiar e idade fazem diferença nos hábitos de consumo e satisfação em relação ao filme. As crianças também apresentaram algumas características em comum em relação à percepção da produção. Entre essas estão o reconhecimento dos novos anseios da sociedade e o contentamento com o poder da protagonista.

Os perfis das meninas entrevistadas variam entre idade, renda familiar, personalidade e valores familiares, facilitando o reconhecimento do filme entre os diversos perfis, apesar das entrevistas não apontarem valores necessários para comprovação dos pontos apresentados a seguir. Entre esses pontos, estão a percepção das meninas em relação aos anseios do filme: reconhecem a maioria deles, como, por exemplo, o ato de amor verdadeiro ser representado pelas irmãs, o príncipe ser um vilão, o mocinho que ajuda a

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princesa e se relaciona com ela ser apenas um trabalhador (vendedor de gelo), diferente das outras produções em que todos são príncipes, e a não necessidade do casamento. Quando questionadas sobre o assunto “casamento”, a maioria diz não ter sentido falta de um no final da produção. Quanto aos pais, todos reconhecem e acreditam que essas mudanças são necessárias e que agregam valores na construção da identidade das crianças, como a amizade e a liberdade, na forma do empoderamento feminino.

Reforçando isso, outro fator de relevância para essa análise é que as cinco meninas entrevistadas dizem que o principal motivo pelo qual elas gostam do filme é o fato de a princesa Elsa ter poderes mágicos, uma vez que ela é a primeira princesa Disney com tal característica. É comum figuras de personagens masculinos heroicos e com superpoderes no universo infantil, mas uma princesa com poderes especiais é uma novidade. A cor azul, vista culturalmente como uma cor masculina, passa a fazer parte das cores preferidas das meninas, sendo a segunda cor escolhida por elas (o rosa ainda ocupa o primeiro lugar). O questionamento sobre cores foi inserido na pesquisa, principalmente, pela cor azul ter um certo destaque no filme “Frozen”, compondo a maioria das cenas e o visual da princesa Elsa, por exemplo. Apesar de não ser citada por elas uma razão principal para gostar da cor, percebe-se que esse fato é algo recente no universo das meninas.

Já sobre os hábitos de consumo dos produtos relacionados ao filme e também quanto à satisfação das crianças com estes, as opiniões variam de acordo com a idade e renda familiar, sendo que as meninas mais novas mostram mais interesse do que as mais velhas. As famílias com renda mais alta possuem mais produtos da linha “Frozen” do que as com menor renda. Os produtos variam de brinquedos a roupas e decoração, e também quanto à qualidade dos materiais. Todas as crianças entrevistadas demonstram interesse nos mesmos, como se o fato de consumirem estes produtos permitisse que elas pertencessem mais ao mundo onírico de “Frozen”.

Conclui-se então que, apesar das diferenças entre as famílias, há um consenso de que os anseios apresentados no filme “Frozen – Uma Aventura Congelante” são reconhecidos e necessários para a formação da criança. Percebe-se que a missão da Disney, “fazer as pessoas felizes”, se cumpre em todas as entrevistas, já que as meninas se mostram satisfeitas e contentes com a produção. O valor da empresa “criatividade, sonhos e imaginação” também se concretiza no fato da maioria das meninas se familiarizarem com o filme e reproduzirem a narrativa em suas brincadeiras. O valor “preservação e controle da magia Disney” se traduz no fato das mães entrevistadas conhecerem produções infantis,

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inclusive de sua época, perpetuando o sonho e a fantasia das histórias da marca de geração em geração.

O fato de a princesa ter poderes é o que mais chama atenção das meninas na história, indicando o interesse por um novo perfil de princesa Disney. Acredita-se que o fato do filme trazer novos anseios condizentes com os anseios que a própria sociedade possui seja a causa do grande sucesso desta produção. A Disney, ao reformular o enredo do conto de fadas, insere no filme questões mais ligadas às discussões contemporâneas e à realidade do seu próprio público. Ao se adaptar aos valores da realidade atual, o filme “Frozen” constrói o imaginário de milhares de meninas e, de certa forma, instiga a mudança de padrões e costumes sociais.

Nas conversas com as crianças, foi possível identificar que elas reconhecem as mudanças realizadas pela empresa na obra cinematográfica e também como essas mudanças foram bem recebidas por crianças e adultos. Concluiu-se que as mesmas reconhecem e aprovam as mudanças, na maioria dos casos. Pode-se também observar algumas características relevantes através das entrevistas, como, por exemplo, o principal motivo pelo qual elas têm o filme como seu preferido. Isso se dá pelo fato de uma das princesas possuir poderes mágicos, diferentemente das produções anteriores da Disney, em que nenhuma outra princesa possui poder.

Todas as meninas ressaltaram os poderes de Elsa, identificando-se com a heroína. Até mesmo a entrevistada que disse não gostar do filme, ressaltou que suas amigas gostam desse fato. Assim, torna-se interessante apontar que esta é a primeira e única Princesa da Disney, até o momento, que possui superpoderes. Contrapondo-se a isso, estão os filmes de heróis poderosos. Estes filmes, da mesma empresa, em sua maioria, são voltados para o público masculino e vêm de longa data. Estas produções permitem ao público infantil masculino fantasiar e vivenciar a história, ou seja, se sentirem “heróis” dotados de “superpoderes”. Com o surgimento do filme “Frozen”, as meninas passam a se sentir “princesas” e “poderosas”.

É necessário ressaltar que algumas produções da Disney, como “Valente”, já apresentaram mudanças ditas anteriormente na análise de “Frozen”, como, por exemplo, a negação do casamento, a não perfeição da princesa e do príncipe e o amor verdadeiro representado dentro do núcleo familiar. Esses filmes, porém, não alcançaram o sucesso que a produção “Frozen” alcançou. Enquanto “Frozen” ocupa o primeiro lugar de maior bilheteria de animação no mundo, com cerca US$ 1.274 bilhão, “Valente” ocupa o

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trigésimo lugar, com aproximadamente US$ 538.983 milhões arrecadados, segundo o site

Box Office Mojo11, 2015.

Percebe-se então que as mudanças ocorridas no filme são necessárias. Afinal, esses anseios aparecem inseridos na ficção e espelhados na realidade social. Por sua vez, essa sociedade se espelha na ficção para a construção de sua realidade. Assim, a Disney busca os anseios da época vigente e os devolve para a sociedade em produtos midiáticos. Mesmo diante das mudanças ressaltadas, a empresa continua exercendo sua missão e seus valores em suas produções, ou seja, são as mudanças que se adaptam aos valores citados. A empresa e a sociedade mudam, os valores não. Vale ressaltar que seu objetivo - o êxito na venda de seus produtos – é sempre alcançado, devido às mudanças ocorridas ao longo das produções e a satisfação do público com as inovações.

O trabalho realizado contribui para o campo da comunicação ao propor novos temas a serem estudados. Primeiramente, um desdobramento possível a partir dos resultados obtidos pelo trabalho em questão seria um estudo sobre como as mulheres passam a ganhar novas representações no guarda-chuva das princesas da Disney a partir de “Frozen”. Um exemplo, é a futura princesa que integrará essa linha de produtos com o lançamento de uma nova série infantil que, de acordo com a Disney12, terá uma representação da mulher latina. Essa pluralidade é importante, pois a Disney é uma empresa mundial e formadora de opinião, com um público variado ao redor do mundo e de grande abrangência de mercado. Outro tema que poderá ser desenvolvido é o modo como a Disney discute questões de gênero dentro de suas produções. Sabe-se que foi lançada recentemente, no Disney Channel, uma série que traz um casal homossexual. “Boa Sorte, Charlie!” apresenta um casal lésbico, mães de uma das personagens principais da história13. Além disso, esse tipo

de discussão pode ser levada, mais especificamente, para o âmbito do consumo, a partir de um aprofundamento na desconstrução do rosa como cor de menina e do azul de menino, como parcialmente verificado durante as entrevistas. Cabe ressaltar ainda que esses temas propostos ficaram de fora do trabalho por irem além dos objetivos estabelecidos inicialmente.

Nem todas as mulheres configuram a imagem da fragilidade, da dependência e da busca por um amor perfeito. “Frozen – Uma Aventura Congelante” traz ao público

11 Informação atualizada em 06 de Outubro de 2015.

12 Primeira Princesa Latina da Disney em:

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/01/disney-apresenta-sua-primeira-princesa-latina.html. Acesso em 20 de junho de 2016.

13 Casal Gay em série da Disney disponível em:

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questionamentos sobre a mulher contemporânea, seus anseios, suas conquistas e os choques advindos dessas circunstâncias. As heroínas, Anna e Elsa, se debatem em meio a questões de suma importância para o mundo feminino da atualidade: a busca da felicidade, o destino, a ousadia e a coragem, a transcendência, a liberdade e a vida como seres independentes, construtoras de sua própria identidade que está em constante transformação. Por ser um retrato dos anseios dessa nova sociedade, “Frozen” é um sucesso de público e vendas, consagrando a Disney como a verdadeira “fábrica de sonhos” que atinge não só o mundo infantil, mas possibilita a todos – crianças e adultos – a serem crianças eternamente.

Referências Bibliográficas

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da Mulher na Sociedade: uma análise das personagens e as representações dos anseios da mulher contemporânea. Disponível em

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BEIJO, INCROCCI, CARVALHO e SIQUEIRA. Uma Aventura da Disney na Sociedade

Contemporânea: os valores de marca da empresa e seu reflexo no filme “Frozen – Uma Aventura Congelante”. Disponível em:

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Referências

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