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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Piauí. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

j

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Recolhimento

espontâneo em atraso

a ICMS - Serviço de transporte

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

29/2014

Piauí

/

a

Federal

IPI

Industrialização - Renovação ou recondicionamento . . . . 01

/

a

Estadual

Estadual

Antecipação tributária . . . . 05

/

a

IOB Setorial

Federal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito presumido - Indústria auto-motiva . . . . 10

/

a

IOB Comenta

Estadual

Entrada de arroz e feijão empacotados provenientes do Estado do Maranhão beneficiados com crédito presumido do ICMS . . . . 11

/

a

IOB Perguntas e Respostas

ITR

Cafir - Inscrição - Hipóteses . . . . 11

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado . . . . 12

Cafir - Inscrição - Procedimento . . . . 12

ICMS/PI

Base de cálculo reduzida - QAV - Prazo para aplicação . . . . 12

Parcelamento - Efeitos . . . . 13

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : industrialização : renovação ou recondicionamento.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2199-9

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-06481 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

Boletim

j

IPI

Industrialização - Renovação ou

recondicionamento

SUMÁRIO 1. Hipótese de incidência

2. Operações não sujeitas à incidência do imposto 3. Base de cálculo

4. Documentação fiscal (operações sob encomenda) 5. CFOP

6. Solução de consulta

1. HIPóTESE dE InCIdênCIa

As operações consideradas pela legislação do IPI como industrialização (transformação,

beneficiamento, montagem etc.) estão expressamente indicadas no art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. Entre as referidas operações figuram as de renovação ou recondicio-namento, ou seja, aquelas que, exercidas sobre produtos usados ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renovem ou restaurem o produto para a sua utilização.

Assim, os produtos resultantes da operação de renovação ou recondicionamento poderão estar sujeitos à incidência do tributo. Contudo, a incidência em causa só alcança a operação cujos produtos renovados ou recondicionados se destinem à comer-cialização (pelo próprio executor da operação ou por aquele que a tenha encomendado).

Caso contrário, isto é, se os produtos forem destinados a uso próprio (daquele que executou a operação ou daquele que a tenha encomendado), a operação estará fora do campo de incidência do IPI, conforme veremos no item seguinte.

Analisando essa questão, a Terceira Câmara do Segundo Conselho de Contribuintes do Ministério da

Fazenda decidiu que a substituição de peças des-gastadas (esferas, agulhas e roletes) em rolamentos usados indica a renovação ou restauração do produto e o sujeita à incidência do imposto.

Nota

O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Conselho de Contribuintes do Mi-nistério da Fazenda, além da Câmara Superior de Recursos Fiscais, foram unificados em um órgão, denominado Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), com competência para julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos especiais, sobre a aplicação da legislação referente a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB - (Lei nº 11.941/2009, art. 49).

Transcrevemos, a seguir, a ementa da referida decisão (divulgada no DOU 1 de 22.03.1999) e, logo depois, as considerações de maior interesse à matéria

contidas no voto do conselheiro-relator:

Acórdão: 203-04.464 - DOU de 22.03.99 Processo: 10783.005325/92-18 Sessão: 12 de maio de 1998 Recurso: 97.198 Recorrente: ... Recorrida: DRF em Vitória - ES

IPI - a) Rolamentos Usados - Renovação ou Restauração - Incidência do Imposto - A substi-tuição de peças desgastadas (esferas, agulhas e roletes), indica a renovação ou restauração do produto e sujeita-o a incidência do imposto. b) [...]

Voto do Conselheiro-Relator Mauro Wasilewski

O cerne da questão é saber se a atividade consiste na mera “limpeza (lavagem) e engraxamento dos rolamentos usados” ou renova os rolamentos colocando roletes, esfe-ras e agulhas, que se desgastam com a utilização. Ocorre que a empresa não mais opera no endereço, sendo impossível a realização de nova verificação in loco. Todavia, depreende-se dos autos, máxime do termo de verificação de atividade, item 4 (fls. 01), que foi lavrado no próprio estabelecimento, que é feita a desmontagem, sele-cionadas as partes, limpeza, polimento com “recuperação das partes boas” e posterior montagem dos rolamentos.

a

Federal

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabeleça

a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere,

portanto, no campo de incidência do IPI

(4)

Obviamente, se são recuperados (sic) apenas as partes boas, as desgastadas são substituídas e, assim sendo, ocorre renovação ou restauração dos rolamentos, ativi-dade que é gravada pelo IPI.

(RIPI/2010, art. 4º)

2. OPERaçõES nãO SujEITaS à InCIdênCIa dO IMPOSTO

Não são considerados industrialização o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas opera-ções forem executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio desses produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações.

Diante da mencionada disposição regulamentar, conclui-se que:

a) haverá incidência do IPI quando o produto usa-do, submetido a qualquer das operações cita-das (conserto, restauração ou recondiciona-mento), se destinar à comercialização pelo pró-prio executor ou quando essas operações fo-rem executadas em produtos usados de tercei-ros e estes os destinarem (consertados, restau- rados ou recondicionados) à comercialização; b) se o produto for destinado a uso próprio do en-comendante, a operação estará fora do campo de incidência do IPI, sujeitando-se apenas à incidência do ISS, de competência dos municí-pios, e à do ICMS, que recairá sobre o valor de partes e peças eventualmente empregadas.

(RIPI/2010, art. 5º, XI)

2.1 Recauchutagem de pneus para usuário final

A recauchutagem de pneus, operação que consiste em restaurá-los ou recapeá-los de forma que restabe-leça a sua utilização, é um caso típico de “renovação”, que se insere, portanto, no campo de incidência do IPI.

Entretanto, como já dissemos, a operação somente será gravada pela incidência do imposto caso o produto (pneu recauchutado) seja destinado à comercialização pelo próprio estabelecimento que executou a recau-chutagem ou por aquele que a tenha encomendado. Não se verificando tal hipótese, a operação estará sujeita à incidência do ISS, de competência dos muni-cípios.

(Parecer Normativo CST nº 299/1970; Parecer Normativo CST nº 437/1970)

2.2 Realização de pequenos consertos, limpeza etc.

A realização de pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, limpeza, revisão etc., não caracteriza o recondicionamento ou a renovação.

Nesse sentido, o item 3 do Parecer Normativo CST nº 214/1972 esclarece que:

Para que se caracterize o recondicionamento ou a renova-ção não basta que sejam efetuados pequenos consertos, mesmo com substituição de peças, mas é necessário que a operação restitua ao produto condições de funcionamento como se fosse novo. Assim, a desmontagem, limpeza e lubrificação, a eventual substituição de peças e a restau-ração da pintura não caracterizam o recondicionamento.

Ainda a respeito do assunto, vejamos, a seguir, a ementa da decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em 30.10.1995, no julgamento da Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG:

Apelação Cível nº 95.01.25629-4-MG Relator: O Exmº Sr. Juiz Tourinho Neto Apelante: Fazenda Nacional

Procurador: Dr. André Luiz da Silva Cristino Apelada:

Advogada: Dra. Mara Rúbia Pedrosa Remetente: Juízo Federal da 5ª Vara-MG

Ementa Tributário. Industrialização. Inocorrência. Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

A simples manutenção, reforma parcial, pintura, troca de peças gastas, não caracterizam industrialização, para efeito de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados.

Acórdão

Decide a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação e à remessa.

Brasília - DF, 30 de outubro de 1995 (data do julgamento). Tourinho Neto

Juiz Presidente e Relator

(Parecer Normativo CST nº 214/1972, item 3)

3. BaSE dE CálCulO

Para determinação da base de cálculo (valor tributável do IPI), o contribuinte deverá atentar para as regras constantes dos subitens seguintes.

3.1 Renovação para revenda

Na hipótese de produtos usados, adquiridos de particulares ou não, que sofrerem o processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010

(5)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

(renovação ou recondicionamento), o imposto será calculado sobre a diferença de preço entre a aquisi-ção e a revenda.

É oportuno ressaltar, ainda, que o critério de fixa-ção do valor tributável previsto no art. 194 do RIPI/2010 é aplicável apenas no caso de produto resultante do processo de industrialização de que trata o art. 4º, V, do RIPI/2010, ou seja, renovação ou recondicionamento, não sendo extensivo à hipótese em que se obtém o produto por meio de outros processos descritos no referido dispositivo (transformação, por exemplo).

(RIPI/2010, art. 4º, V, e art. 194)

3.2 Renovação de produtos locados ou arrendados

As saídas de produtos, fabricados pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente, destina-dos à locação ou ao arrendamento, estão sujeitas à incidência do IPI. Todavia, a saída subsequente à pri-meira não se sujeita à incidência do imposto, salvo se o produto tiver sido submetido a nova industrialização.

Verifica-se, assim, que, se o produto recebido após o término da locação ou do arrendamento for submetido a nova industrialização, sua saída subse-quente estará sujeita à incidência do IPI (com direito ao crédito pela reentrada), cuja base de cálculo deverá corresponder ao preço corrente do produto, ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente.

(RIPI/2010, art. 192)

3.3 Renovação sob encomenda de terceiros

Se o retorno do produto ficar sujeito à incidência do IPI, isto é, quando o encomendante o destinar à comercialização, constituirão valor tributável, para fins de lançamento do imposto pelo estabelecimento industrializador, o preço da operação, compreendidos os produtos tributados de sua industrialização ou importação, utilizados na respectiva operação, e o valor da mão de obra cobrado.

(RIPI/2010, art. 492, II)

4. dOCuMEnTaçãO FISCal (OPERaçõES SOB EnCOMEnda)

4.1 nota fiscal relativa à entrada

O contribuinte deve emitir nota fiscal relativa à entrada (modelo 1 ou 1-A), ou Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se for o caso, na hipótese de o remetente dos objetos destinados a conserto, restauração ou recondicionamento não estar obrigado à emissão de documentos fiscais.

Se o remetente for contribuinte regularmente inscrito, os objetos serão acompanhados da nota fiscal por ele emitida, não se cogitando, portanto, da emissão de nota fiscal relativa à entrada.

(RIPI/2010, art. 407, IV, art. 429, art. 434, caput, IV; Ajuste Sinief nº 7/2005)

4.1.1 Registro de Entradas

O lançamento no livro Registro de Entradas será feito com base na nota fiscal emitida pelo remetente ou no documento fiscal relativo à entrada, conforme o caso.

Nota

A contar de 1º.01.2014, todos os estabelecimentos dos contribuintes do ICMS/IPI estão obrigados a adotar a Escrituração Fiscal Digital (ICMS/IPI) e, em função disto, devem observar as regras de preenchimento previstas no Ato Cotepe nº 9/2008 e no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital. Esta obrigatoriedade não se aplica ao microempreendedor individual (MEI) sujeito ao Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) e a microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma da Lei Complementar n° 123/2006, art. 20, § 1º.

No tocante às empresas optantes pelo Simples Nacional, a obrigatorie-dade iniciará em 1º.01.2016, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação (Protocolo ICMS nº 3/2011).

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; RIPI/2010, art. 456 e art. 457; Ato Cotepe nº 9/2008)

4.2 Retorno ao encomendante

O produto consertado, restaurado ou recondi-cionado, quando restituído, será acompanhado de nota fiscal com lançamento do IPI, se devido, na qual serão mencionados os dados do documento fiscal de que trata o subitem 4.1.

(RIPI/2010, art. 392, I, art. 396, I, e art. 407, IV)

5. CFOP

Nos termos da Segunda Nota Genérica do Códigos Fiscais de Operações e Prestações (CFOP), do Con-vênio Sinief s/nº de 15.12.1970, o vocábulo “Industriali-zação”, constante da Codificação de Entradas e Saídas de Mercadorias, compreende também as operações de beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galva-noplastia, acondicionamento, confecção, pintura, lustra-ção e similares, bem como as de conserto e restauralustra-ção de máquinas e aparelhos e a de recondicionamento de motores, quando estiverem, parcial ou totalmente, sujeitas ao Imposto de Circulação de Mercadorias, ainda que ao abrigo de suspensão ou diferimento.

Reproduzimos, a seguir, quadro sinótico com os CFOP relacionados à remessa e ao retorno de bens objeto de industrialização por encomenda, nas moda-lidades de renovação ou recondicionamento.

(6)

6. SOluçãO dE COnSulTa

Por meio da Solução de Consulta Cosit nº 17/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), foi dado o entendimento de que o estabelecimento que importar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte para redução de tamanho do produto, sem modificar a espessura, e mantida a forma original, não cons-titui operação de industrialização, uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto.

O executante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estran-geira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o imposto na saída do produto.

Veja, a seguir, a íntegra dessa Solução de Con-sulta:

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 17, DE 16.01.2014 - DOU 1 DE 10.02.2014

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: INDUSTRIALIZAÇÃO - CORTE DE PRODUTO - REDUÇÃO DE TAMANHO.

O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê--lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de

indus-trialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto. O exe-cutante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estrangeira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o IPI na saída do produto. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 3º, art. 4º, inciso II, art. 9º, inciso I, art. 35 e art. 39; PN CST nº 154, de 1971; PN CST nº 369, de 1971; E PN CST nº 398, de 1971

Ementa: CONSULTA - INEFICÁCIA PARCIAL - CLASSIFI-CAÇÃO FISCAL - TUBOS DE AÇO.

É ineficaz a consulta formulada na parte em que não se refira à interpretação da legislação tributária, não aten-dendo ao art. 3º, inciso III e IV, “ex vi” do art. 1º, da IN RFB nº 1.396, de 2013. Os processos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e sobre classificação fiscal de mercadorias, são espécies distintas, que atendem a propósitos específicos e não se confundem. Questões envolvendo a determinação do correto enquadramento fiscal de um produto na Tipi, não podem ser abordadas teoricamente, em processo de interpretação da legislação tributária. Ao contrário, havendo dúvidas sobre o enquadra-mento, só cabe dirimi-las apreciando-se o bem concreto, sobre o qual residem as dúvidas, de forma a determinar-se sua correta classificação fiscal. Essa análise só pode ser realizada por meio da consulta específica de classificação fiscal de mercadorias, corretamente instruída para tanto, observando-se, em particular, o disposto nos arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2007.

Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, inciso I, c/c art. 1º.

Fernando Mombelli - Coordenador-Geral (Solução de Consulta Cosit nº 17/2014)

N

Entradas Saídas

CFOP Descrição CFOP Descrição

1.901/2.901 Entrada para industrialização por encomenda 5.901/6.901 Remessa para industrialização por encomenda 1.902/2.902 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção por encomenda 5.902/6.902 Retorno de mercadoria utilizada na industrialização por encomenda 1.903/2.903 Retorno de mercadoria remetida para

industrializa-ção e não aplicada no referido processo 5.903/6.903 Retorno de mercadoria recebida para industrializa-ção e não aplicada no referido processo (devolução dos insumos remetidos pelo autor da encomenda) 1.915/2.915 Entrada de mercadoria ou bem recebido para

con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas de merca-dorias ou bens recebidos para conserto ou reparo

5.915/6.915 Remessa de mercadoria ou bem para conserto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas de merca-dorias ou bens para conserto ou reparo

1.916/2.916 Retorno de mercadoria ou bem remetido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as entradas em retorno de mercadorias ou bens remetidos para conserto ou reparo

5.916/6.916 Retorno de mercadoria ou bem recebido para con-serto ou reparo:

Classificam-se neste código as remessas em devo-lução de mercadorias ou bens recebidos para con-serto ou reparo

(7)

ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos

EStadual

Antecipação tributária

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Antecipação total 3. Antecipação parcial 4. Penalidades 1. InTROduçãO

Por ocasião da entrada de mercadoria no Piauí, procedente de outro Estado, o imposto deverá ser recolhido totalmente nas hipóteses previstas no RICMS-PI/2008, art. 1.147, ou parcialmente, quando a mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação destinar-se à comercialização, em estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep) como substituídos, conforme estabele-ceu o RICMS-PI/2008, arts. 766 e seguintes.

O legislador piauiense, ao regulamentar a cobrança do ICMS a título de antecipação, estabeleceu regras sobre o momento, a forma e as hipóteses em que o imposto deverá ser recolhido, bem como quando poderá ser diferido, ou inexigível e até dispensado.

Neste texto, analisaremos as disposições regula-mentares estabelecidas na legislação do Piauí a res-peito da antecipação tributária e suas modalidades.

2. anTECIPaçãO TOTal

Dispõe o RICMS-P/2008 que o ICMS será exigido antecipadamente na 1ª unidade fazendária do Estado do Piauí por onde circularem:

a) os produtos indicados no tópico 5, quando procedentes de qualquer Estado, sem indica-ção, no respectivo documento fiscal, da base de cálculo e do valor do imposto retido na origem;

b) os produtos acompanhados de nota fiscal com indicação de que o imposto foi retido na origem por estabelecimento não inscrito no Cagep, na forma do RICMS-PI/2008, art. 1.164, § 2º;

c) as mercadorias provenientes de qualquer Es-tado com destino a contribuinte desobrigado de manutenção de registros fiscais e/ou da apuração do imposto, ou não cadastrado na Secretaria da Fazenda;

d) as mercadorias de qualquer procedência, sem destinatário certo neste Estado;

e) as mercadorias desacompanhadas de do-cumentação fiscal regulamentar ou quando esta for inidônea.

Nota

O art. 1.164 do RICMS-PI/2008 disciplina a concessão de inscrição no Cagep para os contribuintes substitutos tributários, definidos em protocolo e convênio específicos, localizados em outro Estado.

(RICMS-PI/2008, art. 1.147, I a V)

2.1 Mercadorias sujeitas ao regime de retenção do imposto na fonte procedentes de outro Estado

Será também exigido, na 1ª unidade fazendária por onde circularem as mercadorias, o ICMS relativo àquelas sujeitas à retenção do imposto na fonte, quando procedentes de Estado não signatário de protocolos ou convênios.

O pagamento do imposto exigido na forma deste subitem poderá ser diferido mediante requerimento específico do interessado ao Secretário da Fazenda.

Nota

A Portaria GSF nº 732/201 dispõe sobre concessão automática de re-gime especial de diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS nas operações que especifica, notadamente nas hipóteses do ICMS devido a título de antecipação total e parcial.

(RICMS-PI/2008, art. 1.147, §§ 3º e 4º)

2.2 Exigência da antecipação do imposto na prestação de serviço de transporte sem documentação fiscal hábil

O imposto antecipado será devido, também, quando se verificar a prestação de serviço de trans-porte interestadual e intermunicipal desacobertada de documentação hábil.

(RICMS-PI/2008, art. 1.147, § 1º)

(8)

2.3 Operações com pneus usados destinados à recauchutagem ou regeneração

O regime de antecipação se aplica a pneus usa-dos destinausa-dos à recauchutagem ou regeneração.

(RICMS-PI/2008, art. 1.147, § 2º)

2.4 Base de cálculo

A base de cálculo do imposto antecipado será obtida através da soma das seguintes parcelas:

a) do valor da operação própria realizada pelo remetente, pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário, incluído o IPI, quan-do for o caso;

b) do montante dos valores de seguro, frete e ou-tros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

c) da margem de lucro calculada pela aplicação de percentual fixado nos Anexos V e VI e no § 1º dos arts. 1.291 e 1.304, todos do RICMS--PI/2008, sobre a soma dos valores encontra-dos na forma das letras anteriores.

Nota

O § 1º do art. 1.291 do RICMS-PI/2008 dispõe sobre a base de cálculo nas operações com produtos farmacêuticos, e o art. 1.304 do mesmo Regu-lamento dispõe sobre a base de cálculo nas operações com tintas, vernizes e outras mercadorias da indústria química que especifica.

(RICMS-PI/2008, art. 1.148, II)

2.5 diferencial de alíquotas

Em relação às mercadorias destinadas a consumo ou Ativo Permanente do estabelecimento destinatário, o preço praticado na operação própria pelo contri-buinte substituto inclui o valor do IPI e é acrescido do preço do frete.

(RICMS-PI/2008, art. 1.148, V)

2.6 apuração do imposto antecipado

O valor do imposto antecipado resultará:

a) da aplicação da alíquota interna, vigente nes-te Estado, fixada para a mercadoria, sobre a base de cálculo, deduzidos os créditos do im-posto relativos à aquisição pelo substituto ou à importação e ao serviço de transporte, quan-do pago pelo adquirente;

b) da aplicação do percentual correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interes-tadual, sobre a base de cálculo de que trata o subitem 2.4 anterior.

(RICMS-PI/2008, art. 1.151)

2.7 lista de produtos

O ICMS exigido a título de antecipação tributária incidirá por ocasião da entrada no Estado do Piauí das seguintes mercadorias procedentes de outros Estados:

a) produtos alimentícios: a.1) açúcar;

a.2) café em grão, torrado e/ou moído; a.3) café solúvel, inclusive descafeinado; a.4) carne bovina, bufalina, suína e demais

produtos comestíveis resultantes do aba-te em estado natural, resfriados, conge-lados ou simplesmente temperados; a.5) trigo em grão, farinha de trigo e produtos

dela derivados; a.6) leite, inclusive em pó; a.7) óleo vegetal comestível; a.8) picolé e gelo;

a.9) sorvete, inclusive os acessórios como casquinha e pazinha;

a.10) preparados para a fabricação de sorvete em máquina, classificados nas posições 1806, 1901 e 2106 da Nomenclatura Co-mum do Mercosul - Sistema Harmoniza-do (NCM/SH);

b) bebidas:

b.1) água mineral, gaseificada ou não; b.2) cerveja, chope, aguardente, vinhos e

si-dras, bebidas quentes e demais bebidas alcoólicas;

b.3) extrato e/ou xarope concentrado destina-do ao preparo de refrigerante;

b.4) refrigerante, ficando equiparadas a este as bebidas hidroeletrolíticas (isotônicas) e energéticas, classificadas nas posi-ções 2106.90 e 2202.90 da Nomencla-tura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH);

(9)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) outros produtos:

c.1) aditivos, agentes de limpeza, anticorro-sivos, desengraxantes, desinfetantes, fluidos, graxas, removedores e óleos de têmpera protetivos e para transformado-res;

c.2) cigarros, cigarrilhas e charutos; c.3) cimento de qualquer tipo;

c.4) combustíveis e lubrificantes derivados ou não do petróleo;

c.5) discos, fitas cassetes e de vídeo e CD; c.6) fumo em corda ou em rolo e fumo picado,

desfiado, moído ou em pó; c.7) gado bovino, bufalino e suíno;

c.8) pneumático, câmara de ar e protetores de borracha novos;

c.9) pilhas e baterias elétricas; c.10) produtos farmacêuticos;

c.11) tintas e vernizes e outros produtos da in-dústria química;

c.12) veículos novos de duas rodas, motoriza-dos (motos);

c.13) veículos automotores novos, exceto ca-minhões;

c.14) lâmpadas elétricas, reatores e starters; c.15) lâmina de barbear, aparelho de barbear

descartável e isqueiro;

c.16) filme fotográfico e cinematográfico e slide; c.17) equipamentos de informática, suas

par-tes, peças e acessórios;

c.18) peças, partes e acessórios para auto-móveis, inclusive baterias (acumulado-res), motos e bicicletas;

c.19) vidros de qualquer tipo;

c.20) rações tipo pet para animais domésti-cos, assim entendidas aquelas destina-das à alimentação de cães e gatos; c.21) pisos de qualquer tipo e revestimentos

de paredes, empregados na constru-ção civil;

c.22) terminais portáteis de telefonia lar, terminais móveis de telefonia celu-lar para veículos automóveis e outros aparelhos transmissores, com aparelho receptor incorporado, de telefonia celu-lar - posições 8525.2022, 8525.2024 e 8525.2029 da NCM -, bem como suas partes, peças e acessórios, além dos cartões inteligentes (smart cards e SIM

card) - posição 8523.52.00 da NCM;

c.23) pneus usados e/ou recauchutados; d) prestações de serviços de transporte.

(RICMS-PI/2008, art. 1.140, I a IV)

2.8 Prazo e forma de recolhimento

O recolhimento do ICMS antecipado será efe-tuado no momento em que as mercadorias transita-rem pela 1ª unidade fazendária do Estado do Piauí, ou em até 3 dias úteis, contados da data de entrada da mercadoria neste território, ou da saída do estabe-lecimento remetente, caso a nota fiscal não contenha aquela indicação, na hipótese de não ter sido exigido o pagamento do imposto no prazo anteriormente mencionado ou na inexistência de unidade fazendária na fronteira ou no local de desembarque ou desemba-raço da mercadoria.

Nota

Nos termos do RICMS-PI/2008, art. 1.155, § 2º, caso não tenha sido exi-gido o pagamento do imposto, o destinatário deverá efetuar o recolhimento com os acréscimos legais no prazo de 3 dias contados da data da saída da mercadoria do estabelecimento do remetente.

(RICMS-PI/2008, art. 108, XVIII)

2.8.1 Prazo de recolhimento para as transportadoras conveniadas

O pagamento do ICMS relativo às entradas, em território piauiense, de mercadorias sujeitas à ante-cipação total ou parcial do imposto, transportadas por empresas conveniadas através de termo de acordo firmado com a Secretaria da Fazenda, deverá ser pago até o dia 15 do mês subsequente àquele em que ocorrer a entrada das mercadorias neste Estado.

(RICMS-PI/2008, art. 109)

2.8.2 documento de arrecadação

O recolhimento do imposto antecipado será feito mediante Documento de Arrecadação (DAR)

(10)

especí-fico ou por meio da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE).

(RICMS-PI/2008, art. 1.152, I e II)

3. anTECIPaçãO PaRCIal

Será exigida a antecipação parcial do ICMS quando da entrada de mercadorias destinadas à comercialização, em estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep), excluídos os cadastrados como contribuin-tes substituídos.

(RICMS-PI/2008, art. 766, caput)

3.1 Cálculo do ICMS antecipado

O ICMS devido a título de antecipação parcial corresponderá ao valor resultante da aplicação do percentual equivalente à diferença entre a alíquota interna, vigente no Estado do Piauí, e a interestadual, vigente na Unidade da Federação de origem da mercadoria, sobre a base de cálculo de que trata o subitem 3.6, sem dedução de quaisquer créditos fiscais.

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 1º)

3.2 diferença de alíquota relativa à aquisição de bens destinados à integração ao ativo Fixo e material de uso e consumo próprio

O ICMS devido a título de antecipação parcial aplica-se, também, à diferença de alíquota, inclusive do frete, ainda que pago pelo remetente, em relação às mercadorias ou bens adquiridos:

a) pelos estabelecimentos comerciais, para uso ou consumo do próprio estabelecimento ou para integrar o Ativo Fixo;

b) pelas empresas de construção civil, exclusiva-mente, para uso ou consumo do próprio es-tabelecimento, para integrar o Ativo Fixo, ou para aplicação nas obras que executarem; c) por produtores, exceto os optantes pela não

emissão de documentos fiscais, bem como outros estabelecimentos expressamente indi-cados na legislação tributária estadual.

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 2º)

3.3 Inaplicabilidade

Não será exigida a antecipação parcial com as mercadorias:

a) sujeitas ao regime de substituição tributária, sob a forma de antecipação ou de retenção na fonte pelo fornecedor;

b) a serem utilizadas como insumo, inclusive ma-téria-prima, no processo industrial e agroin-dustrial;

c) adquiridas em operações interestaduais para incorporação como bens do Ativo Imobilizado pelos estabelecimentos industriais de micro-empresa (ME) ou micro-empresa de pequeno porte (EPP), de que trata a Lei Complementar fede-ral nº 123/2006, instaladas no território piauien-se, com receita bruta até o limite das faixas adotado pelo Estado do Piauí.

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 3º)

3.4 Suspensão na entrada interestadual de mel de abelha

Está suspensa a exigência da antecipação parcial do ICMS incidente nas operações interestaduais de entrada com mel de abelha.

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 4º)

3.5 dispensa do pagamento de valores inferiores a 5 uFR-PI

Fica dispensado o pagamento da antecipação parcial do ICMS quando os valores forem inferiores a 5 Unidades Fiscais de Referência do Estado do Piauí (UFR-PI).

(RICMS-PI/2008, art. 766, § 5º)

3.6 Base de cálculo

A base de cálculo, para fins de cobrança da ante-cipação parcial, é o valor da operação e da prestação praticado pelo remetente da mercadoria.

(RICMS-PI/2008, art. 767)

3.7 Prazo e forma de recolhimento

O ICMS parcialmente antecipado a que se refere o art. 766 será pago na 1ª unidade fazendária por onde circularem as mercadorias no Estado do Piauí,

(11)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

em Documento de Arrecadação Estadual (DAR), no qual deverão constar, nos campos:

a) Especificação da Receita: ICMS - Imposto, Ju-ros e Multa;

b) Tributo: o Código da Receita - 113011;

c) Observação: ICMS Parcialmente Antecipado/ Operações Interestaduais/art. 766 do RICMS. Caso não tenha sido efetuado o pagamento do imposto na 1ª unidade fazendária por onde circularem as mercadorias no Estado do Piauí, em DAR, deverá este ser efetivado pelo destinatário, até 3 dias, conta-dos da data da entrada da mercadoria neste Estado, ou da saída do estabelecimento do remetente, caso a Nota Fiscal não contenha aquela indicação, pelo valor nominal e sem acréscimos moratórios.

(RICMS-PI/2008, art. 768)

3.8 diferimento

O imposto exigido a título de antecipação parcial poderá ser diferido, mediante credenciamento do contribuinte, pelo Secretário da Fazenda, através de regime especial, conforme disposto no RICMS--PI/2008, arts. 116 a 130.

O pagamento do imposto diferido será efetuado até o 15º dia do mês subsequente ao da entrada das mercadorias.

O regime especial mencionado neste subitem disporá sobre as condições para sua fruição e será conferido caso a caso, devendo ser solicitado previa-mente, pelo interessado, ao Secretário da Fazenda, em requerimento, constante do RICMS-PI/2008, Anexo III, protocolizado no órgão fazendário de sua jurisdição fiscal, observado o disposto no RICMS--PI/2008, art. 124, que, dentre outras medidas, dispõe sobre os documentos que devem ser apresentados pelo interessado para fins de instrução do reque- rimento.

Nota

A Portaria GSF nº 732/2011 dispõe sobre concessão de regime espe-cial de diferimento do lançamento e do pagamento do ICMS nas operações que especifica, notadamente nas hipóteses do ICMS devido a título de ante-cipação total e parcial.

Destaca-se que o diferimento concedido de acordo com a supracitada Portaria será operacionalizado automaticamente, porém não gera direito ad-quirido, podendo ser suspenso, cancelado ou revogado a qualquer tempo a critério do Secretário da Fazenda.

(RICMS-PI/2008, art. 769, caput, § 1º, arts. 118 e 771)

3.8.1 Mercadorias destinadas a contribuintes não beneficiários do diferimento conduzidas por transportadoras conveniadas com a Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí

Na hipótese de mercadorias destinadas a contri-buintes não beneficiários de diferimento do pagamento do ICMS, conduzidas por empresas transportadoras conveniadas com a Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí, o imposto deverá ser pago até o dia 15 do mês subsequente àquele em que ocorrer a entrada das mercadorias neste Estado.

(RICMS-PI/2008, art. 769, § 2º)

3.9 Crédito fiscal

O valor do ICMS antecipado parcial, pago rela-tivo às operações com as mercadorias destinadas à comercialização, será apropriado como crédito fiscal, ressalvadas as hipóteses de sua vedação, e escritu-rado com a utilização da Declaração de Informações Econômico-Fiscais (Dief).

(RICMS-PI/2008, art. 770)

4. PEnalIdadES

Sobre o imposto antecipado em favor deste Estado, pago espontaneamente fora do prazo e antes de qualquer procedimento do Fisco, incidirão:

a) a atualização monetária com base na variação da UFR-PI ocorrida entre o mês em que se deu a retenção e o mês do recolhimento;

b) o juro de mora de 1% ao mês, calculado so-bre o valor do imposto, atualizado monetaria-mente, contado a partir do prazo estabelecido para o recolhimento;

c) a multa moratória de:

c.1) 20% sobre o valor do imposto retido, atualizado monetariamente, se pago em até 60 dias contados do vencimento; c.2) 30% sobre o valor do imposto retido,

atualizado monetariamente, se pago após 60 dias contados do vencimento.

Nota

Relativamente ao recolhimento da antecipação do imposto fora dos prazos estipulados pela legislação, constatado mediante procedimento instaurado pelo Fisco, aplicam-se as penalidades estabelecidas no RICMS--PI/2008, arts. 1.605 e seguintes.

(RICMS-PI/2008, art. 1.153, §§ 2º e 3º)

(12)

FEdERal

Automotivo - Incentivo regional - Crédito

presumido - Indústria automotiva

Os incentivos fiscais relacionados ao IPI, de acordo com o disposto no § 1º do art. 1º da Lei nº 9.440/1997, são aplicados exclusivamente às empresas instaladas ou que venham a se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e que sejam montadoras e fabricantes de:

a) veículos automotores terrestres de passageiros e de uso misto de duas rodas ou mais e jipes; b) caminhonetas, furgões, pick-ups e veículos

au-tomotores, de quatro rodas ou mais, para trans-porte de mercadorias de capacidade máxima de carga não superior a 4 toneladas;

c) veículos automotores terrestres de transporte de mercadorias de capacidade de carga igual ou superior a 4 toneladas, veículos terrestres para transporte de 10 pessoas ou mais e ca-minhões-tratores;

d) tratores agrícolas e colheitadeiras;

e) tratores, máquinas rodoviárias e de escavação e empilhadeiras;

f) carroçarias para veículos automotores em geral; g) reboques e semirreboques utilizados para o

transporte de mercadorias; e

h) partes, peças, componentes, conjuntos e sub-conjuntos - acabados e semiacabados - e pneumáticos, destinados aos produtos relacio-nados nesta e nas letras “a” a “g” anteriores. As empresas do setor automotivo, anteriormente mencionadas, poderão apurar crédito presumido do IPI, entre 1º.01.2011 e 31.12.2015, como ressarci-mento das contribuições de que tratam as Leis Com-plementares nºs 7 e 8/1970 e 70/1991 (PIS-Pasep/ Cofins) no montante do valor das contribuições devidas, em cada mês, decorrente das vendas no mercado interno, multiplicado por:

a) 2, no período de 1º.01 a 31.12.2011; b) 1,9, no período de 1º.01 a 31.12.2012; c) 1,8, no período de 1º.01 a 31.12.2013; d) 1,7, no período de 1º.01 a 31.12.2014; e e) 1,5, no período de 1º.01 a 31.12.2015.

No caso de empresa sujeita ao regime de apura-ção não cumulativa da contribuiapura-ção para o PIS-Pasep e da Cofins, o montante do crédito presumido será calculado com base no valor das contribuições efeti-vamente devidas, em cada mês, decorrentes das ven-das no mercado interno, considerando-se os débitos e os créditos referentes a essas operações de venda. Para a apuração do valor da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, devem ser utilizados os cré-ditos decorrentes da importação e da aquisição de insumos no mercado interno.

O benefício em referência fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvi-mento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

Por outro lado, o art. 1º da Lei nº 9.826/1999 dispõe que os empreendimentos industriais instala-dos nas áreas de atuação da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da Superin-tendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) farão jus a crédito presumido do IPI, a ser deduzido na apuração deste imposto, incidente nas saídas de produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

O benefício fiscal alcança ainda os empreendi-mentos industriais instalados na Região Centro-Oeste, exceto no Distrito Federal.

O crédito presumido corresponderá a 32% do valor do IPI incidente nas saídas de ônibus e caminhões, nacionais ou importados diretamente pelo beneficiário, e está condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automo-tiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado, podendo ser aproveitado em relação às saídas ocorridas até 31.12.2020.

O benefício citado fica condicionado à realização de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região, inclusive na área de engenharia automotiva, correspondentes a, no mínimo, 10% do valor do crédito presumido apurado.

(Lei nº 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, 11-A, caput, §§ 1º e 3º; Lei nº 9.826/1999, art. 1º, caput, §§ 1º a 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

N

(13)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EStadual

Entrada de arroz e feijão empacotados

provenientes do Estado do Maranhão

beneficiados com crédito presumido do

ICMS

O RICMS-PI/2008, art. 68, vedou o aproveitamento do crédito tributário decorrente da parcela do imposto objeto de incentivo ou benefício fiscal concedido pela Unidade da Federação de origem em desacordo com as normas da Lei Complementar nº 24/1975, nas operações interestaduais de entrada de mercadorias ou bens ou nos serviços prestados destinados a estabelecimento localizado no território deste Estado, cujo estabelecimento remetente seja beneficiário de incentivos ou benefícios fiscais relativamente ao ICMS. Isso significa que, se o incentivo fiscal concedido pelo Estado de origem da mercadoria não for objeto de convênios de que trata a referida norma federal, ele será considerado irregular perante a legislação tributária do Piauí, o que implica a impossibilidade da escrituração do valor do crédito sem que seja recolhido o ICMS complementar ao Erário piauiense.

Para regulamentar e identificar os incentivos fiscais que não atendem ao disposto na referida Lei Complementar, o Fisco do Piauí editou a Portaria GSF nº 210/2009, que relaciona as operações e as mercadorias sujeitas à restrição ao aproveitamento do crédito, bem como os percentuais que devem ser

recolhidos a título do ICMS complementar ao Estado do Piauí para que o contribuinte possa creditar-se do imposto regularmente.

Entre outras modificações já procedidas, a Secretaria de Estado da Fazenda incluiu o subitem 8.3 ao Anexo Único da Portaria GSF nº 210/2009, que aponta como irregulares as saídas de arroz e feijão empacotado (inclusive seus subprodutos) promovidas pelas indústrias de beneficiamento, rebeneficiamento e empacotamento procedentes do Estado do Maranhão, incentivadas com crédito pre-sumido do ICMS nos termos do Anexo 38 do Decreto nº 19.714/2003 (RICMS-MA/2003), art. 39, na redação dada pelo Decreto nº 26.864/2010. O referido bene-fício fiscal, portanto, está enquadrado entre aqueles que não cumprem as formalidades prescritas na Lei Complementar nº 24/1975.

Dessa forma e tendo em vista que o crédito presu-mido previsto na legislação maranhense foi concedido de tal forma que a carga tributária final na operação de saída resulte no percentual de 2%, o contribuinte adquirente do Estado do Piauí só poderá creditar-se da totalidade do imposto destacado no documento fiscal de aquisição (12%) mediante recolhimento da diferença de 10% aplicável sobre a base de cálculo do ICMS constante no documento fiscal emitido pelo remetente localizado no Estado do Maranhão.

(RICMS-PI/2008, art. 68; Portaria GSF nº 210/2009, Anexo Único, subitem 8.3)

N

a

IOB Comenta

a

IOB Perguntas e Respostas

ItR

Cafir - Inscrição - Hipóteses

1) Em quais hipóteses deverá ser solicitada a inscri-ção do imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada nas hipóteses de:

a) primeira inscrição de imóvel rural não cadas-trado;

b) aquisição de área parcial de um imóvel rural ou de áreas parciais confrontantes, de que re-sulte um novo imóvel rural;

c) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida pelo Poder Públi-co, ou aquisição de área total ou parcial de imóvel rural pelo Poder Público, pelas suas au-tarquias e fundações, e pelas entidades priva-das imunes;

(14)

d) desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pú-blica ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promovida por pessoa jurídi-ca de direito privado delegatária ou conces-sionária de serviço público; e

e) aquisição de área total ou parcial de imóvel rural decorrente de arrematação em hasta pública. A inscrição por aquisição de área parcial será reali-zada quando uma ou mais parcelas de terras forem desa-nexadas de imóvel rural, mesmo que não cadastrado no Cafir, e passarem a constituir novo imóvel rural do adqui- rente que não for titular de outro imóvel rural limítrofe.

Será observada a hipótese descrita na letra “a” quando a inscrição decorrer de reconhecimento de usucapião, ainda que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que perdeu a propriedade. Será realizada a inscrição nas hipóteses das letras “c” a “e” mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área em nome da pessoa que alienou ou perdeu a propriedade.

Não será realizada a inscrição nas situações previstas no art. 15 da Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, quando será atribuído o Nirf do imóvel rural, segundo as regras ali dispostas.

O art. 15 da referida Instrução Normativa esta-belece que será atribuído, na ordem de prioridade a seguir indicada, o Nirf:

a) do imóvel rural confrontante com área adquiri-da total ou parcialmente se a titulariadquiri-dade adquiri-das parcelas de terras passar a ser da mesma pessoa;

b) da área usucapida que tiver sido, antes do re-conhecimento do usucapião, inscrita no Cafir pelo usucapiente ou por possuidor do qual ele tenha adquirido a posse de maneira deri-vada;

c) existente para área adquirida totalmente, em conjunto ou não com áreas confrontantes entre si e de que resulte novo imóvel rural, exceto se a área total foi adquirida em decorrência de imissão prévia na posse, desapropriação, ar-rematação em hasta pública ou aquisição pelo Poder Público, suas autarquias e fundações ou pessoa jurídica imune.

Nas situações ora descritas, observando-se a aquisição de mais de uma área total de imóvel rural, será atribuído o Nirf:

a) cadastrado no município em que se localize a sede do imóvel, caso ao menos duas das áreas adquiridas totalmente localizem-se em municípios distintos; e

b) referente à maior área adquirida totalmente, facultando-se a escolha de qualquer um deles no caso de igualdade de dimensão entre os de maior área.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, arts. 14 e 15)

Cafir - Inscrição - Imóvel desapropriado

2) Em nome de quem será realizada a inscrição do imóvel rural, na hipótese de desapropriação deste por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público?

A inscrição do imóvel rural no Cafir, ato cadastral por meio do qual é atribuído o Número do Imóvel na Receita Federal (Nirf), será realizada na hipótese de desapropriação de área total ou parcial de imóvel rural por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, promo-vida por pessoa jurídica de direito privado delegatária ou concessionária de serviço público, mesmo que exista Nirf anterior para a mesma área, em nome da pessoa jurídica que perdeu a propriedade.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 14, caput, IV, § 3º)

Cafir - Inscrição - Procedimento

3) Como proceder para inscrever o imóvel rural no Cadastro de Imóveis Rurais (Cafir)?

Para solicitar atos cadastrais no Cafir, é necessá-rio o preenchimento e a transmissão do Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR (Diac) por meio de aplicativo disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), na Internet (www. receita.fazenda.gov.br).

O Diac deve ser transmitido no prazo de 60 dias a partir da ocorrência do evento que ensejar a reali-zação do ato cadastral.

(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 9º, caput, § 1º)

ICMS/PI

Base de cálculo reduzida - QAV - Prazo para aplicação

4) Há redução de base de cálculo do ICMS para querosene de aviação (QAV)?

(15)

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Sim. Até 31.12.2015, ficará reduzida a base de cálculo do ICMS, nas operações internas com QAV, utilizado no abastecimento de aeronaves com capacidade de até 120 lugares, que operem em voos regulares destinados aos municípios deste Estado, fornecido às companhias aéreas inscritas no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep), sem estabelecimento de cota máxima de consumo mensal.

A fruição do benefício fica condicionada à cele-bração de Termo de Acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado do Piauí, no qual serão estabe-lecidas regras complementares a serem observadas pelas partes.

A redução correspondente a:

a) 33,32 %, de forma que a carga tributária efeti-va resulte em 8,33%, quando o serviço regular de transporte aéreo de passageiros for presta-do para, no mínimo, 2 municípios piauienses; b) 25%, de forma que a carga tributária efetiva

resulte em 6,25%, quando o serviço regular de transporte aéreo de passageiros for prestado para 3 municípios piauienses;

c) 20%, de forma que a carga tributária efetiva resulte em 5%, quando o serviço regular de transporte aéreo de passageiros for prestado para 4 ou mais municípios piauienses.

Para efeito desta redução de base de cálculo, considera-se voo regular aquele que ocorre, no mínimo, uma vez por semana para cada município piauiense, observado o disposto nas letras “a”, “b” e “c”.

(RICMS-PI/2008, art. 44, XXXI)

Parcelamento - Efeitos

5) Quais são os efeitos do pedido de parcelamento?

O pedido de parcelamento produz os seguintes efeitos:

a) confissão irretratável da dívida, que, nos ter-mos da legislação, implica:

a.1) renúncia prévia ou desistência tácita de impugnação ou recurso quanto ao valor constante do pedido;

a.2) interrupção do prazo prescricional; a.2) satisfação das condições necessárias à

inscrição do débito como Dívida Ativa do Estado;

b) renúncia à defesa ou recurso administrativo ou judicial, bem como desistência dos recursos já interpostos;

c) exclusão da ação fiscal, tratando-se de débito espontaneamente declarado.

Na hipótese da letra “b”, a concessão do parce-lamento não implicará reconhecimento, por parte da Fazenda Estadual, do montante confessado, tam-pouco na renúncia ao direito de apurar sua exatidão e exigir complementação com aplicação das sanções legais cabíveis, se for o caso.

(RICMS-PI/2008, art. 136)

Parcelamento - Origem - Requerimento

6) Como terá origem o processo de parcelamento de crédito tributário a favor da Fazenda Pública do Es-tado do Piauí?

O processo de parcelamento terá origem com o requerimento denominado Termo de Parcelamento, constante no RICMS-PI/2008, Anexo CCXCVII, emitido junto ao órgão local do domicílio fiscal do contribuinte, contendo:

a) identificação completa do contribuinte; b) discriminação dos valores dos débitos a

par-celar;

c) confissão irretratável do débito, com os efeitos do RICMS-PI/2008, art. 136;

d) ser assinado pelo contribuinte ou seu manda-tário, sendo indispensável, neste caso, a ane-xação do instrumento de procuração com os poderes necessários.

(RICMS-PI/2008, art. 138, I a IV)

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