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plantaginea. ABSTRACT Reduced rate of clethodim for alexandergrass: control in soybeans as a function of application time.

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SOJA,

EM FUNÇÃO

DA ÉPOCA DE

APLICAÇÃO' NILSON G. FLECK2; MARCOS M. DA CUNHA3; LEANDRO VARGAS3

RESUMO

Foi rea liza do um expe rim ent o a cam po em Eldorado do Sul, RS, no ano agrícola de 19 94 /9 5, pa ra av al ia r o co nt ro le de pa pu ã

(Brachiaria plantaginea (Linck) Hitchc.), que

ocorreu numa população média de 95 plantas/m2. Foi avaliado o herbicida clethodim à dose-plena (120g/ ha) e à meia-dose (60g/ ha). A culti var de soja utilizada foi RS-7 Jacuí e usado o d e l i n e a m e n t o e x p e r i m e n t a l e m b l o c o s casualizados com quatro repetições. Os trata mentos foram aplic ados aos 14, 21, 28 e 35 dias após a emergência da soja (DAE). Foram mantidas testemunhas capinadas, com operações iniciadas nas mesmas épocas de aplicação do her bic ida , e uma tes temu nha inf est ada dur ant e todo o ciclo da cultura. O controle foi avaliado visualmente, em três ocasiões, através de escala pe rc en tu al . Os gr au s de co nt ro le de pa pu ã obtidos à dose-plena foram equivalentes entre si quando aplicado nas três primeiras épocas, com eficiência entre 95 e 98% na última avaliação. A

meia-dose mostrou, para as três primeiras épocas de aplicação, resultados semelhantes aos de dose-plena, porém em níveis um pouco inferiores, situando-se entre 85 e 95% o controle obtido na úl ti ma av al ia çã o. O co n tr ol e do pa pu ã fo i mediano quando clethodim foi aplicado aos 35 DAE , tan to par a dos e-ple na qua nto par a mei a-dose. Quanto ao rendimento de grãos, não houve di fe re nç a es ta ti st ic a si gn if ic at iv a en tr e os tratamentos em suas várias modalidades, embora tod os tenh am supera do a test emun ha infe stad a, co m in cr em en to s na pr od ut iv id ad e de gr ão s e nt r e 7 3 e 10 5% . O ex pe r i me nt o p er mi t e conc luir pela viab ilid ade da util izaç ão de meia -dose de clethodim para o controle de papuã

e m s o j a , r e a l i z a n d o a s a p l i c a ç õ e s preferencialmente até a quarta semana após a emergência da cultura.

Palavras chave: Glycine max,

pós-e m pós-e r g ê n c i a , i n t pós-e r f pós-e r ê n c i a , B r a c h i a r i a

plantaginea. ABSTRACT

Reduced rate of clethodim for alexandergrass: control in soybeans as a function of application time.

A fiel d trial was carrie d out in Eldor ado do Sul, RS, during the 1994/95 growing season to evaluate Alexandergrass (Brachiaria plantaginea (Lin ck ) Hi tc hc ) co nt rol , th at occ urr ed wit h an average population of 95 plants/m2. The herbicide used was clethodim at full-rate (120g/ha) and at

half-rate (60g/ha). The tested cultivar was RS-7 Ja cuí and it was use d a co mpl et e ran dom iz ed blocks design with four replicates. The treatments we re app li ed at 14, 21 , 28 , an d 35 da ys af te r so yb ea n e me r ge nc e ( DA E) . Ha nd ho ei ng treatments were included, and started at the same

1 Recebido para publicação em 16/05/95 e na forma revisada em 17/03/97

2 Eng. Agr., Prof. Adjunto da Faculdade de Agronomia da UFRGS, Porto Alegre, RS. Bolsista do CNPq. Caixa Postal 776, CEP 90001- 970, Porto Alegre, RS.

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N. G. Flecket al.

date of herbi cide appli catio ns. A weede d chec k w a s ke p t d u r i n g a l l c r o p c yc l e . C o nt r o l evaluations were visualy performed in three opportunities using percentual scale. The levels of Alexandergrass control got with full herbicide rate were equival ents when cletho dim was applie d at the three first times. Its efficiency ranged from 95 to 98% at the last evaluation. Half herbicide rate sh ow ed si mil ar tr en ds at th e la st ev al ua ti on , although at lower levels, ranging from 85 to 95% control for the three first application times. Alexandergrass control was only fair when

INTRODUÇÃO

As plantas daninhas representam um fator de alta significância na redução da produtividade de gr ão s da cu lt ur a da so ja . Es ta cu lt ur a é, atual mente, a espéci e oleagi nosa mais culti vada no mundo e com a qual se tem realizado o maior número de testes com herbicidas nos últimos anos. He rb ic id as te m si do o ma io r in st ru me nt o de controle de plantas daninhas em soja nos últimos 40 anos (DeFelice et

al.,

1989). Conforme Foloni (1 99 3) , da do s es ta tí st ic os mo st ra m qu e es sa cultura é a que mais utiliza herbicidas no Brasil.

Pesquisas em outros países tem mostrado que as doses de aplicação de alguns herbicidas podem ser reduzidas em até 25% da recomendada nos rótulos, sem prejuízos no controle das plantas da ni nh as , e se m af et ar dr am at ic am en t e o r en di me nt o ( O 'S ul l i va m & Bo uw , 19 93 ) . T am bé m no Br as i l se t em de mo ns t r ad o a viabilidade da redução de doses, pelo menos para alguns produtos (Fleck, 1994).

As doses herbicidas constantes nos rótulos dos produtos, estão colocadas, muitas vezes, em nív eis mai s alt os do que os nec ess ári os, de tal modo que o controle das plantas daninhas seja efetivamente garantido em amplas condições de ambiente ou de manejo (Devlin et

al.,

1991). De acordo com King & Oliver (1992), as doses re co me nd ad as pe lo s fa br ic an te s pr et en de m as se gur ar ele vad o con tro le sob re uma gra nde g a m a d e p l a n t a s d a n i n h a s , d e v a r i a d a

clethodim was applied at 35 DAE at either rate. Grain yield did not show differences between treatment s except for weedy check; neverthel ess, all of them supplanted the weeded treatment with increments ranging from 73 to 105%. This trial al lo ws to co nc lu de th at it is po ss ib le to us e half-rate of cletho dim to control Alexan dergra ss i n s o y b e a n , b e i n g t h e a p p l i c a t i o n d o n e preferably until the fourth week after soybean emergence.

Key words: Glycine max, postemergence

herbicide, interference, Brachiaria plantaginea. suscetib ilidade, em condiçõe s que podem não ser as melhores para a atividade do referido produto. Ainda conforme esse autor, a dose do produto he rb ic id a, ne ce ss ár ia pa ra o co ntr ol e de um a espécie, é dependente da idade e estádio de desenvo lviment o da planta daninha no momento da aplicação.

Está implícito no conceito do uso de doses herbi cidas abaix o das recomen dadas nos rótul os dos produtos, a supressão suficiente da vegetação indesejável, não de forma total, porém sem afetar negativamente a produtividade da cultura. Desse f at o de c or r e q ue h oj e po de - s e pe ns ar e m abandonar o conceito, que permaneceu válido por lo ng o te mp o, de se ob te r co nt ro le to ta l (o absolutamente limpo), para outro mais prático, de con tro le ape nas suf ici ent e (o eco nom ica men te limpo), ficando, dessa maneira, a utilização de herbic idas na amplitu de do máximo necessá rio e do mínimo possível (Zoschke, 1994).

C o m o p r o p ó s i t o d e a v a l i a r a possibilidade de redução de dose do herbicida graminicida de pós-emergência clethodim, foi conduzido um experimento a campo na Estação Ex pe ri me nt al Ag ro nô mi ca da UF RG S, em El do ra do do Su l, RS , du ra nt e a es ta çã o de crescimento de 1994/95. 0 principal alvo desse trabalho experimental foi o de controlar a espécie daninha denominada popularmente de papuã

(Brachiaria plantaginea (Link) Hitchc.), que se

con sti tui na pri nci pal inf est ant e gra mín ea das lavouras de soja em toda a região sul do Brasil.

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MATERIAL E MÉTODOS

A c u l t i v a r d e s o j a u t i l i z a d a n o experimento foi RS-7 Jacuí. O experimento foi conduzido em solo podzólico vermelho-escuro, distrófico, classificado como de textura areno-franco-argilosa, com 29% de argila e 2,0% de matéria orgânica. O preparo do solo foi realizado da maneira convencional, por meio de lavração e gradagens de modo a deixá-lo bem preparado para receber a semeadura da cultura. Essas operações também serviram para a incorporação dos adubos necessários à manutenção da fertilidade do solo. A se mea du ra da soj a fo i re al iz ad a no di a 27 de outubro de 1994, utilizando-se para tal uma semeadora tracionada por trator que estabeleceu fileiras espaçadas de 0,5m. A emergência das plântulas de soja ocorreu 7 dias após a semeadura, o r i g i n a n d o u ma p o p u l a ç ã o mé d i a d e 3 8 plantas/m2. A colheita, por sua vez, foi procedida 165 dias após a emergência das plântulas de soja, em 17 de abril de 1995.

O delin eament o exper imen tal utili zado f oi o de b l oc os c as u al i za do s c o m qu at r o repetições. O tamanho das parcelas foi de 2,5m de la rg ur a (5 fi le ir as ) x 5m de co mp ri me nt o, enquanto que a área útil das parcelas foi de 1,5m x 3,0m, englobando as três fileiras centrais, despre zando -se as duas fileira s latera is e mais 1 m em cada cabeceira.

Os tr at am en to s de co n tr ol e ao pa pu ã foram aplicados em pós-emergência, em cobertura total da área, aos 14, 21, 28 e 35 dias após a emergência (DAE) da soja. Nessas ocasiões as plantas de papuã encontravam-se nos estádios de três folhas , quatro folhas , quatro afilho s e acima de quatro afilhos, respectivamente. Nessas épocas, foram utilizadas as doses de clethodim ((E,E)-(±)2-[ 1-[[(3-cloro-2-propenil)oxi]imino]propil]-5-[2-(etiltio)propil]-3-hidroxi-2-ciclohexeno-l-ona) de 120g/ha (dose-plena) e de 60g/ha (meia-dose). As doses dos herbicidas foram aplicadas através de aspersor costal de precisão, com uma barra com quatro bicos leque (tipo 11003) espaçados entre si em 0,5m, volume de calda de 200 1/ha e pressão de aspersão de 145kPa. As aplicações dos

he rbi ci da s oc orr er am se mpr e pe la man hã , no horário entre 8:30 e 9:30h (horário brasileiro de verão), com umidade relativa do ar acima de 70% e ventos nunca superiores a 5km/h.

D e mo d o a es t a be l ec er p ad r õ es de co mp ar aç ão , fo ra m ma nt id as te st em un ha s ca pi na da s ma n ua l me n t e, cu j as op er aç õe s iniciaram nas mesmas épocas das aplicações dos her bi cid as , e ain da uma te ste mun ha in fes ta da durante todo o ciclo da cultura. A espécie daninha objeto do experimento, (papuã), ocorreu numa população média de 95 plantas/m2 , em contagem realizada aos 14 DAE, nas parcelas testemunhas infestadas. As plantas daninhas dicotiledôneas, foram controladas com aplicações do herbicida fomesafen, na dose de 250g/ha, uma semana após a ap lic aç ão co m cl et ho di m em ca da um a da s épocas.

O grau de controle de papuã foi obtido através de avaliações visuais, em número de três, coi ncid indo com o per íodo entr e 2 e 7 sema nas ap ós as ap li ca çõ es he rb ic id as . Pa ra ta l, fo i ut ili zad a uma es cal a per ce ntu al que pro cur ou aferir o controle dessa gramínea em relação aos tratamentos padrões (testemunhas capinadas e infestada). No final do ciclo da soja foi efetuada a colheita manual das plantas da cultura e obtido o ren dim ent o de grão s, o qua l foi cor rig ido par a 12% de umidade.

Os da do s obt id os for am su bm et id os à análise da variância pelo teste F e as médias dos tra tam ent os com par ada s en tr e si pel o tes te de Duncan, ambas ao nível de significância de 5% de probabilidade. Também foi procedida análise dos tratamentos através de contrastes ortogonais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Co m r el aç ão ao co nt r ol e da pl a n t a da ni nh a al vo (p ap uã ), ve ri fi co u-se qu e os tratamentos herbicidas em dose-plena (120g/ha) foram equivalentes entre si quando aplicados nas t rê s pr i me ir as ép oc as ( 14 , 21 e 28 DA E) , alcançando eficiência entre 95 e 98% quando da última avaliação visual. Já na aplicação de dose-plena aos 35 DAE, o grau de controle situou-se

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N. G. Flecket al

em nível inferior, atingindo 86% na última avaliação (Tabela 1).

TABELA 1. Avaliação do controle de papuã (Brachiaria plantaginea) com o herbicida clethodim em

soja em função de dose e época de aplicação, EEA/UFRGS, Eldorado do Sul, RS, 1994/95.

A ut il iz aç ão de me ia -do se (6 0g /h a) (Tabela 1), mostrou tendência semelhante aos resultados obtidos com a utilização de dose-plena, por ém alca nçan do pata mare s infe rior es, com o nível de controle situando-se na faixa entre 85 e 9 5 % p o r o c a s i ã o d a ú l t i m a a v a l i a ç ã o , co ns id er an do -se as tr ês pr im ei ra s ép oc as de aplicação. Já para a quarta época de aplicação (35 D A E ) , o g r a u d e c o n t ro l e d o p a p u ã f o i nitidamente inferior (apenas 74%), em função do estádio avançado de desenvolvimento das plantas de pap uã que na oca siã o se enc ont rav am com mais de quatro afilhos. Kunz & Dapont (1995), com par ando gra m ini cid as de pós -eme rgê nci a, entre os quais clethodim (96g/ha) relatam que o controle obtido para a aplicação feita aos 32 DAE, qu an do o pa pu ã ap re se nt av a -se co m qu at ro afilhos, também foi inferior à aplicação feita aos 24 DAE, quando o papuã estava no estádio de um afilho. Sabe-se que uma das premissas básicas do uso de dose reduzida de herbicida é sua aplicação sobre plantas daninhas nos estádios iniciais de crescimento, período em que sua suscetibilidade é máxima e sua recuperação é mínima (Klingaman

et al., 1992).

A i n d a , e m r e l a ç ão ao u s o d e d o s e reduzida de clethodim, pode-se constatar que a ap li ca çã o ao s 14 DA E mo st ro u, no fi na l da s ava li aç õe s, um gra u de co ntr ol e in fe ri or ao s alcan çados nas aplic ações de 21 e 28 DAE. Isso se deve principalmente ao fato de que a aplicação do he r bi ci da ao s 14 DA E pe r mi t i u no va s germinações de papuã, uma vez que as plantas de so ja ai nd a nã o fe ch av am co mp le ta me nt e as e n t re l i n h as . A e s pé ci e d a n i n h a p ap u ã se c a r ac t e ri za p o r u ma gr a n d e pr o d u çã o de dis sem ínu los e uma ger min açã o dis tri buí da ao longo do ciclo da cultura (Martins, 1994). Já nas aplicações posteriores, tal ocorrência não foi importante, em função da própria competição ex er ci da pe la cu lt ur a da so ja , a qu al co br iu to ta lm en te os es pa ço s en tr e as fi le ir as . Is so ressalta a importância do efeito auxiliar do método cultural como complemento ao controle químico das plantas daninhas.

Em de co rr ên ci a de s se s re su l ta do s, co ns ta ta- se qu e do se-pl en a ou me ia - do se de clethodim, aplicados aos 14, 21 ou 28 DAE,

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controlam satisfatoriamente a espécie daninha em estudo, ressaltando-se porém que a aplicação de meia-dose aos 14 DAE apresentou um grau de controle inferior devido à reinfestação.

Qu an to ao re nd im en to de gr ão s, nã o houve diferença estatística entre os tratamentos herbicidas e capinados testados em suas várias modalidades (Tabela 2). Steckel et al. (1990), av al ia nd o o co n tr ol e de pl an t as da ni nh as dicotiledôneas em soja, também não encontraram di fer enç as nos re ndi men to s, ta nto par a dos es plenas como para doses reduzidas, apesar dos co ntr ol es um po uc o in fe ri or es pa ra as do se s reduzidas. Fleck (1994), em experimentos visando c o n t r o l a r p a p u ã c o m h a l o x y f o p , o b t e v e

rendimentos de grãos semelhantes para dose plena e reduzida. Por outro lado, constatou-se que todos os tratamentos superaram a testemunha infestada com incrementos na produtividade de grãos entre 73 e 10 5% . A in te rf er ên ci a oc as io na da pe la infestação de plantas de papuã no tratamento infestado reduziu a produtividade da cultura em níveis que alcançaram até 51% (Tabela 2). A esse respeito, Fleck (1995), comparando 35 pares de parcelas, constituídos de tratamentos capinados ma n u a l me n t e d u r a n t e t o d o o c i c l o e d e tra ta men to s nat ur al men te in fes ta dos por ess a espécie daninha, relata reduções variáveis do rendimento de grãos de soja entre 40 e 80%, para a maioria dos casos.

TABELA 2. Rendimento de grãos de soja tratada com o herbicida clethodim em função de dose e época

de aplicação, EEA/UFRGS, Eldorado do Sul, RS, 1994/95.

A comparação entre agrupamentos de produtividades para os tratamentos capinado, dose-plena e meia-dose de clethodim, indicou reduções de 2,2% para doseplena e de 5,3% para a me ia -do se , re sp ec ti va me nt e, em re la çã o à primeira modalidade (capinado) (Tabela 3). Esses dados analisados através de contrastes ortogonais,

nã o mo st ra ra m di fe re nç as si gni fi ca ti vas . De ac or do co m Van Ac ke r et al . (1 99 3) , a do se herbicida pode ser reduzida se a aplicação for realizada durante o período crítico de competição das plantas daninhas com a cultura, desde que as ervas não tenham atingido estádio de crescimento muito avançado.

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N. G. Fleckel al.

TABELA 3. Resultados agrupados para avaliações de controle de papuã (Brachiaria plantaginea) e

rendimento de grãos de soja em função de doses de clethodim, EEA/UFRGS, Eldorado do Sul, RS, 1994/95.

Com relação às épocas de aplicação das medidas de controle do papuã, constatou-se que, em comparação à produtividade média obtida aos 14 DAE, houve reduções de 0,7%, 4,5% e 6,8% com o atraso na implementação das medidas de con tr ole da esp éci e inf esta nte par a 21, 28 e 35 DAE (Tabela 4). Essas diferenças também não atingiram nível de significância estatística quando co mp ar ad as po r co n tr as te s or to go na is . Os resultados indicam uma certa hierarquia e estão de acordo com estudos sobre período crítico de co mp et iç ão de pl an ta s da ni nh as co m so j a re al iz ad os po r Sp ad ot t o et al . (1 99 4) qu e ress alta m o perí odo entr e 21 e 30 DAE como o mais crítico.

Acredita-se que não ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos de controle ao papu ã, par a a vari ável pro dut ivid ade de grão s, uma vez que a população de plantas de soja esteve próximo à ideal, e o espaçamento entre fileiras, foi

adequado, permitindo alto poder competitivo da c u l t u r a e m r e l aç ã o à i n f es t a n t e , a l é m d a ocorrência de condições climáticas favoráveis ao crescimento da cultura, especialmente chuvas suf ici ent es e be m di str ib uíd as dur ant e to do o ciclo, mas em especial durante a fase reprodutiva.

Os resultados do experimento permitem concluir pela viabilidade em se utilizar apenas me ia- do se do he rb ic id a gr am in ic id a de pó s-emergência clethodim para controlar a espécie daninha papuã na cultura da soja. A utilização de dose-plena do herbicida pode ser efetuada entre 2 e 4 semanas após a emergência da soja, mas se recomenda que o uso de meia-dose de clethodim se j a re al i za do en tr e 3 e 4 se ma na s ap ós a em er gê nc ia da cu lt ur a pa ra se r ob ti do ní ve l satisfat ório de controle . A aplicaçã o do herbicid a 5 semanas após a emergência da soja deve ser evitada, especial mente ao se optar pela aplicaçã o de meia-dose de clethodim.

TABELA 4. Resultados agrupados para avaliações de controle de papuã (Brachiaria plantaginea) e

rendimento de grãos de soja em função da época de aplicação de clethodim, EEA/UFRGS, Eldorado do Sul, RS, 1994/95.

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LITERATURA CITADA

DEFELICE, M.S., BROWN, W.B., ALDRICH, R.J., SIMS, B.D., JUDY, D.T., GUETHLE, D. R. Wee d con tr ol in so ybe ans (Gl yci ne

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Referências

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