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OS PROFISSIONAIS DE SI/TI E AS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE

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Academic year: 2021

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(5) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. 1. Introdução A importância do uso das modernas tecnologias da informação é amplamente conhecida. Ela é responsável por permitir acesso mais rápido aos dados além de contribuir sobremaneira para o desenvolvimento e melhoria dos Sistemas de Informação das empresas, constituindo-se em fator estratégico para o desenvolvimento organizacional das mesmas. Nisto pousa o fascínio da tecnologia da informação, qual seja, tornar acessíveis produtos e serviços de elevado conteúdo tecnológico, assimilados com relativa facilidade pelo usuário, mas cuja concepção é extremamente complexa, fruto da aplicação intensiva do saber científico em coisas que tornam mais prática e prazerosa a existência humana. Posto isso, é ilusório assumir que a simples utilização da tecnologia da informação e dos sistemas de informação no sistema produtivo irá trazer ganhos substanciais de qualidade e produtividade se não houver pessoas capazes de lidar com tal complexidade (VALLE, 1996). Portanto, a adoção de SI/TI é crucial para a sobrevivência das empresas modernas. Isto é completamente verdade nas empresas privadas brasileiras e parcialmente verdadeiro para o setor público. Investigar as possíveis diferenças destas duas realidades é o objetivo principal deste trabalho. O fato dos sistemas de informação continuar a ser estimulantes escolhas de carreira é aceito amplamente. Várias faculdades têm programas de graduação com opções como sistemas de informação, sistemas de informação computacionais, sistemas de informação gerenciais. Estes programas são tipicamente de departamentos de administração ou ciência da computação. É esperado um grande crescimento nas posições de SI como resultado da expansão de TI e SI em todos os setores de negócio governamentais. (STAIR, 1998). Nas últimas décadas, a ciência e tecnologia brasileiras tem atingido uma significante posição na arena internacional. A TI brasileira é considerada uma das mais avançadas do mundo: é reconhecida como líder nos serviços financeiros, relacionamentos como o cliente - CRM, defesa, e-governo e saúde. Alguns dos mais importantes pólos de tecnologia estão localizados em São José dos Campos, Campinas, São Carlos, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte, São Paulo and Recife. A Região Metropolitana do Recife – RMR, foco deste projeto, é formada por 14 municípios e por algumas das cidades mais populosas do Estado de Pernambuco, como: Recife (1.421.993 hab.), Jaboatão dos Guararapes (580.795 hab.), Olinda (368.666 hab.) e Paulista (262.072 hab.). Pernambuco tem hoje um PIB de R$ 24,7 milhões, correspondendo este valor a 2,71% do PIB brasileiro e 17,1% do PIB do Nordeste. Este PIB apresenta-se dividido da seguinte forma: − Serviços = 68% − Indústria = 24,7% − Agropecuária = 6,4% Os principais ramos de serviços são: comércio, saúde, informática, bancos e distribuição. Entre os setores de ponta destaca-se o de informática. A indústria de software no Recife é responsável por 3,5% do PIB do estado e gera algo em torno de 3000 empregos, com 100 empresas de alta tecnologia (incluindo várias empresas internacionais tais como: a instalação do escritório de vendas para o Nordeste dos produtos da Internet e a implantação da WeDo Soft da holding portuguesa Sonae no Recife). O pólo recifense da indústria de software,. 2.

(6) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. conhecido como Porto Digital, é hoje um dos principais pólos do país e consolidou Pernambuco como pólo tecnológico, com um crescimento de 11% ao ano, desenvolvendo soluções em Tecnologia da Informação (SCHELP, 2003). Após 5 anos de fundação, o Porto Digital é o principal parque tecnológico de país em número de companhias e faturamento: São 100 empresas (Motorola, INDT, Samsung, Sun, WeDo Soft of the Portuguese holding Sonae) instaladas no bairro do Recife com faturamentoi de mais de R$ 400 milhões (2005). Os investimentos do governo do estado são da ordem de R$ 33 milhões. Diante deste cenário, a realização da pesquisa na RMR é relevante por existir um pólo de TI ativo na região. 2. Ciência e Tecnologia – Uma cronologia da realidade brasileira O Brasil tem hoje uma organização de ciência e tecnologia bem desenvolvidas. Pesquisas básicas são realizadas amplamente nas universidades públicas, centros de pesquisa e institutos, e algumas nas instituições privadas, particularmente nas organizações não governamentais e sem fins lucrativos. Graças às regulamentações e incentivos governamentais, entretanto, desde 1990, elas têm crescido também em universidades e empresas particulares. Sabe-se que mais de 90% dos fundos para pesquisa básica se originam de fontes governamentais. Pesquisa aplicada, tecnologia e engenharia são amplamente realizadas em universidades e centros de pesquisa, contrariamente a países mais desenvolvidos como EUA, Corea do Sul, Alemanha e Japão. São muitas as razões, duas estão listadas abaixo: - Poucas empresas privadas brasileiras são competitivas e ricas suficientemente para ter seu próprio setor de pesquisa e desenvolvimento. Elas usualmente desenvolvem seus produtos por meio de transferência tecnológica de empresas estrangeiras. - O setor privado de alta tecnologia brasileiro é dominado por empresas multinacionais, que possuem seus centros de pesquisas e desenvolvimento fora do país, e, que com algumas exceções, não investem nos setores brasileiros. Porém, há uma tendência contrária significante deste cenário. Empresas como Motorola, Samsung, Nokia and IBM tem estabelecido grandes centros de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, a começar pela IBM, que estabeleceu um centro de pesquisa brasileiro na década de 1970. Um dos principais fatores para incentivar isso, sem considerar os baixos custos e a alta sofisticação das habilidades dos profissionais brasileiros, tem sido a lei de Informática, que dá incentivo fiscal de certas taxas até 5% do faturamento bruto de empresas de telecomunicações, computação, eletrônica, etc. Esta lei faz atrair anualmente mais de 1,5 bilhões de dólares de investimentos no setor de pesquisa e desenvolvimento brasileiro. Companhias multinacionais têm também descoberto que alguns produtos e tecnologias desenvolvidos e projetados por brasileiros têm grande caráter competitivo e são apreciados em países estrangeiros. Alguns destes produtos são: automóveis, aviões, software, fibras óticas, equipamentos elétricos, etc. A empresa de aviões Embraer, por exemplo, teve enorme sucesso com um produto projetado para um nicho especial. Mais informações acerca desta companhia e seus feitos podem ser vistos no trabalho de Frischtak (1994). De acordo com Paulinyi (1993), os negócios brasileiros começaram a se engajar em um desenvolvimento autônomo de tecnologia no fim da década de 60. Apesar das conhecidas indústrias de pesquisa e desenvolvimento, é verdade que a indústria de mineração, aço,. 3.

(7) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. geração de energia hidroelétrica, engenharia e construção, agricultura, papel e serviços de transportes foram tecnologicamente mais ativas que a média nacional. Durante os anos 80, o Brasil tinha uma política de protecionismo na indústria de computação. Empresas e órgãos administrativos eram obrigados a usar software e hardware brasileiros, com importação sujeita a autorização do governo. Isto incentivou o crescimento de empresas brasileiras embora, mesmo com o desenvolvimento de produtos estrangeiros clonados, os consumidores brasileiros sofriam pela pouca oferta se comparada aos competidores estrangeiros. O governo de pouco em pouco começou a autorizar importações até que as barreiras foram removidas. Os principais aspectos que fizeram possível um rápido crescimento das indústrias de computadores brasileiras foram discutidas no contexto das complexidades envolvidas com sua implementação num artigo de Fleury (1988). Os papéis do governo, de empresas privadas, das associações profissionais, da comunidade acadêmica, e das corporações multinacionais foram identificados e questionados. Neste artigo também uma ênfase especial foi dada aos estudos realizados na criação de zonas industriais especiais nas áreas menos desenvolvidas do país. Um esforço foi feito na identificação de grandes tradeoffs envolvidos com este tipo de projeto no Brasil. Uma comparação foi feita com outros projetos complexos e de larga escala, que tradicionalmente foram implementados no país. Um programa de privatização foi realizado no Brasil na década de 90. Pinheiro e Giambiagi (1994) focaram em seu trabalho principalmente o impacto fiscal das vendas, que, segundo eles argumentaram, foi relativamente pequeno. Estes autores concluíram que a falha das tentativas do governo reduziu os benefícios fiscais da privatização e inibiu a capacidade governamental de impor limites aos compradores que aumentaram seu poder de Mercado com a aquisição de empresas estatais. Na prática, o principal objetivo do programa de privatização foi enfatizar o compromisso com as reformas de mercado – por um lado, a privatização brasileira criou sua lógica própria, em detrimento dos seus objetivos originais. A indústria de TI brasileira atingiu alguns notáveis patamares, particularmente na área de software. Em 2002, o Brasil foi palco da primeira eleição 100% eletrônica da história mundial com mais de 90% dos resultados dados dentro de 2 horas. O sistema é particularmente apropriado para um país com alta taxa de analfabetismo uma vez que mostra a fotografia do candidato antes do voto ser confirmado. Cidadãos podem baixar em seus computadores pessoais um módulo que envia os resultados eleitorais em tempo real. O presidente Luis Inácio Lula da Silva recentemente (2005) lançou o computador pessoal para inclusão digital, com financeamento governamental e uma configuração fixa. Tendo sido rejeitado o sistema operacional da Microsoft (WINDOWS XP Edition), este projeto está sendo conduzido com um sistema brasileiro LINUX que oferece funções básicas como processamento de texto e internet. Planos para transformar o acesso a internet mais barato ainda não obtiveram sucesso e por fim, o governo brasileiro tem tentado propagar uso de software livre sem muito sucesso também. Como visto, apesar do setor público ser o palco das pesquisas básicas realizadas no Brasil, graças aos investimentos do governo, a verdade amplamente difundida é a de que as empresas públicas são tecnologicamente menos equipadas que o setor privado. Investigar a veracidade deste fato e mostrar as diferenças é o objetivo do presente trabalho. 3. Pesquisas nas empresas brasileiras Paulinyi (1993) realizou uma análise de fatores aplicada em doze variáveis de performance de empresas brasileiras engajadas no desenvolvimento tecnológico entre 1983 e 1984 do setor primário, de manufatura e de serviços. Os resultados revelaram uma tipologia de 4. 4.

(8) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. comportamentos: a empresa líder, a empresa de mão de obra intensiva, a empresa dependente e a empresa debutante. Esta tipologia empírica é relevante no desenho das estratégias das empresas brasileiras. É também muito importante para as políticas industriais do país e serve como marco inicial para futuras avaliações neste contexto. Johnson & Marcovitch (1994) exploraram a teoria do planejamento, o processo de inovação tecnológica e a relevância de estudos futuros destes temas. 4 níveis de planejamento de inovação tecnológica foram indentificados: nacional, por setor, empresa e operações. Estudos de caso da experiência brasileira em cada nível foram apresentados e analisados permitindo sugestões no uso e aplicação de tecnologias futuras em países em desenvolvimento. Em artigo realizado por Costa, Marchiorato & Teixeira Filho (2006) em relação à utilização de sistemas de informação nas organizações e a quebra de paradigmas, os resultados apontaram para o fato de que o papel da alta gerência diz respeito ao conhecimento e compreensão que esta possui a respeito do potencial estratégico de TI, a extensão de sua participação, seu envolvimento nas iniciativas de TI e ao fornecimento de recursos para TI. Montalli (1997) investigou, junto à Rede de Núcleos de Informação Tecnológica do PADCT, junto ao Sistema de Informação do SEBRAE e ao da CNI-CAMPI’s o perfil de 272 profissionais de informação tecnológica empresarial nestes sistemas públicos de informação focando a procura por especialização por parte destes profissionais. Os resultados evidenciaram maiores investimentos por parte do setor público de informação na capacitação de seus recursos humanos e a criação de, pelo menos, um curso de especialização em informação tecnológica empresarial por região. Costa, Teixeira Filho & Silva (2006) apresentam os primeiros resultados obtidos na investigação sobre a exploração de SI e TI em 37 empresas da Região Metropolitana de Recife. Os resultados mostram que a maioria das empresas é privada, atua no ramo de serviços e tem faturamento anual médio abaixo de R$ 500.000,00. Como conclusão geral a pesquisa apontou que as empresas analisadas ainda não têm a consciência do benefício que a exploração do potencial de TI pode trazer para o negócio e carecem de metodologias para planejar e decidir sobre a exploração deste potencial, além de ferramentas para apoiar a gestão. 4. Metodologia da pesquisa Nesta pesquisa, optou-se por realizar uma observação direta extensiva, que nada mais é que observar um determinado aspecto por meio de questionário, de formulário, de medidas de opinião e atitudes ou de técnicas mercadológicas (MARCONI & LAKATOS, 2002). Nesta pesquisa o instrumento utilizado foi o questionário. Marconi & Lakatos (2002) definem o questionário como um instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador. O questionário deve conter de 20 a 30 perguntas e demorar no máximo cerca de 30 minutos para ser respondido. Em relação às questões, estas devem ser codificadas, a fim de facilitar mais tarde, a tabulação (MARCONI & LAKATOS, 2002). Nesta pesquisa, através do questionário destinado a profissionais de SI/TI da RMR, foram inseridas 16 (dezesseis) perguntas com o objetivo de tornar mínimo o tempo de preenchimento, visto que as pessoas em geral não desejam ocupar-se por muito tempo respondendo muitas perguntas. Estimou-se gastar em torno de 6 (seis) a 10 (dez) minutos para o preenchimento do questionário. Após a elaboração do questionário, foi realizado o Teste de Instrumentos e Procedimentos de. 5.

(9) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Pesquisa, o Pré-Teste, onde o questionário é testado antes de sua utilização definitiva, aplicando-se alguns exemplares em uma pequena população escolhida que neste caso foi a turma de alunos do IV curso de especialização em gestão da informação da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. O questionário foi denominado: Pesquisa sobre o comportamento dos profissionais de Sistemas de Informação (SI) e Tecnologia da Informação (TI). A área da pesquisa também foi citada para facilitar a compreensão e percepção do leitor de imediato e entender a abrangência da pesquisa assim como se segue: Área de aplicação: Região Metropolitana do Recife - Período: 2º Semestre de 2004 e 1º Semestre de 2005. Com o objetivo de obter um maior número de respondentes e facilitar o preenchimento do mesmo, os questionários foram implementados também em meio digital, sendo construído um site na Internet cujos dados eram automaticamente armazenados em um banco de dados. Para análise dos dados obtidos foi utilizado o software STATISTICA StatSoft, Inc. (2001). Foram realizados os seguintes procedimentos de análise: teste do qui-quadrado e tabelas de freqüência. Para o estudo, todas variáveis foram testadas tendo como referência o tipo de empresa: público (1) ou privado (2). 5. Resultados do estudo exploratório As tabelas abaixo mostram os resultados do estudo exploratório dos 216 (duzentos e dezesseis) profissionais de SI/TI em relação ao tipo de empresa. Da tabela 1 pode-se observar que a maioria dos profissionais da amostra é do setor privado (52, 3%) restando 47,7% para o setor público. Tipo Quantidade Percentual Privado 113 52,3% Público 103 47,7% Total 216 100,0% Fonte: Os Autores (2007) Tabela 1 - Tipos de empresas. A tabela 2 mostra os resultados quanto ao sexo. Pode-se verificar que a maioria dos pesquisados do sexo feminino está nas empresas privadas (59,6%) enquanto que os pesquisados do sexo masculino estão igualmente divididos entre empresas privadas e públicas. Sexo Privado Público Total Feminino Quantidade 31 21 52 % 59,6% 40,4% 100,0% Masculino Quantidade 82 82 164 % 50,0% 50,0% 100,0% Total Quantidade 113 103 216 % 52,3% 47,7% 100,0% Fonte: Os Autores (2007) Tabela 2 - Sexos versus tipo de empresa. Um outro resultado importante diz respeito ao tempo de experiência. Esta variável foi separada em 3 categorias, a saber: até 5 anos de experiência, entre 6 e 10 anos de experiência e mais de 10 anos de experiência. Os resultados são mostrados na tabela 3. A maioria das pessoas pesquisadas com até 5 anos de experiência está em empresas do setor privado. 6.

(10) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. (63,9%). Entre os pesquisados com mais de 10 anos de experiência, 75,9% destas estão no setor público donde se conclui que as pessoas mais experientes estão em empresas públicas. A categoria intermediária quanto ao tempo de experiência não apresenta grandes diferenças entre os setores: 55% das pessoas pesquisadas com 6 a 10 anos de experiência estão no setor privado enquanto que 45% destas no setor público. Este resultado já aponta uma situação de transição entre os inexperientes (até 5 anos de experiência) e os experientes (mais de 10 anos de experiência). Tempo de Experiência Até 5 anos Quantidade %. Privado 78 63,9%. Público 44 36,1%. Total 122 100,0%. De 6 a 10 anos. Quantidade %. 22 55,0%. 18 45,0%. 40 100,0%. Mais de 10 anos. Quantidade %. 13 24,1%. 41 75,9%. 54 100,0%. Quantidade % Fonte: Os Autores (2007). 113 52,3%. 103 47,7%. 216 100,0%. Total. Tabela 3 - Tempo de experiência versus tipo de empresa. Resultados concernentes ao nível educacional dos profissionais pesquisados são apresentados na tabela 4. Todos os profissionais analisados com doutorado (quatro, no total) estão no setor privado e todos com apenas nível médio estão no setor público. Há uma tendência a se concluir que quanto maior o nível educacional maior a possibilidade de se estar no setor privado. Os profissionais com mestrado estão igualmente divididos entre setor público e privado e daqueles com especialização, 61,3% se encontra no setor público. Por fim, 60% dos profissionais com nível técnico estão no setor público em detrimento dos 40% no setor privado. Nível Educacional Ensino Médio (2° grau) Ensino professional técnico Graduação Especialização Mestrado Doutorado. Total Fonte: Os Autores (2007). Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %. Privado Público 2 100,0% 6 9 40,0% 60,0% 87 69 55,8% 44,2% 12 19 38,7% 61,3% 4 4 50,0% 50,0% 4 100,0% 113 103 52,3% 47,7%. Total 100,0% 15 100,0% 156 100,0% 31 100,0% 8 100,0% 4 100,0% 216 100,0%. Tabela 4 - Nível educacional versus tipo de empresa. Por fim, a tabela 5 mostra os resultados com relação às faixas salariais dos pesquisados. O único profissional que tem salário maior que R$ 8.000,01 está no setor público. A maioria dos. 7.

(11) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. profissionais com salário até R$ 1.000,00 (43,4%), ou seja, com faixa salarial mais baixa, está no setor privado. Como visto na tabela 5, o aumento no salário significa maior possibilidade de se encontrar no setor público. Em seguida, estas variáveis serão testadas com relação ao tipo de empresa para verificar se há ou não correlação entre as mesmas. Faixas salariais Até R$ 1.000,00. Quantidade % Entre R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00 Quantidade % Entre R$ 2.000,01 a R$ 4.000,00 Quantidade % Entre R$ 4.000,01 a R$ 8.000,00 Quantidade % Mais de R$ 8.000,01 Quantidade % Total. Privado Público Total 49 19 68 43,4% 18,4% 31,5% 41 27 68 36,3% 26,2% 31,5% 20 51 71 17,7% 49,5% 32,9% 3 5 8 2,7% 4,9% 3,7% 1 1 1,0% 0,5%. Quantidade %. 113 100,0%. 103 216 100,0% 100,0%. Fonte: Os Autores (2007) Tabela 5 - Faixas salariais versus tipo de empresa. Cinco testes do Qui-quadrado foram realizados para se analisar a dependência entre as variáveis de estudo e a variável de referência, ou seja, o tipo de empresa. Este teste é indicado no caso em que as variáveis em que se está testando a dependência são categóricas. A hipótese nula (H0), no caso do teste do Qui-Quadrado, é que as variáveis são independentes, enquanto que a hipótese alternativa afirma que elas estão relacionadas. Assumiu-se um nível de significância de 5% para o presente estudo. A partir desta amostra, duas variáveis mostraram-se dependentes (rejeitou-se a hipótese nula) com relação à variável tipo de empresa, são elas: tempo de experiência (até 5 anos, de 6 a 10 anos e mais de 10 de experiência) e salário (até R$ 1.000, entre R$ 1.000,01 a R$ 2.000,00, Entre R$ 2.000,01 a R$ 4.000,00, entre R$ 4.000,01 a R$ 8.000,00 e mais de R$ 8.000,01 ). Por outro lado, três mostraram-se independentes: sexo, nível educacional (ensino médio, ensino técnico, graduação, especialização, mestrado e doutorado), nível hierárquico (operacional, tático e estratégico). A tabela 6 sumariza os resultados acima. As dependências aqui observadas, tempo de experiência e salário, são explicadas pelo fato de que no contexto do setor público analisado (região metropolitana de Recife) os salários são em média mais altos e uma vez que para adentrar neste setor, só por meio de concurso público, certo tempo de experiência é demandado. Por outro lado, sexo, nível educacional e nível hierárquico mostraram-se independentes. Isto é justificado pelo fato de que há concursos para empresas públicas com vagas destinadas a cargos de qualquer nível hierárquico e que demanda qualquer nível educacional. Variável Sexo Nível educacional Nível Hierárquico Tempo de experiência. Escala Categórica Categórica Categórica Categórica. Teste Qui-Quadrado Qui-Quadrado Qui-Quadrado Qui-Quadrado. Estatística 1,463 9,816 2,967 23,982. p-value 0,226 0,081 0,227 p<0,05. 8.

(12) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. Salário Categórica Fonte: Os Autores (2007). Qui-Quadrado. 30,756. p<0,05. Tabela 6 - Resultados dos testes Qui-Quadrado. 6. Conclusões Este artigo apresenta os resultados obtidos a partir de uma investigação com 216 (duzentos e dezesseis) profissionais de SI/TI da Região Metropolitana do Recife (sendo 52 mulheres e 164 homens) e tem por objetivo central relacionar os vários aspectos envolvidos no perfil destes profissionais com o tipo de empresa, pública ou privada, ao qual estão vinculados. O perfil da amostra por ora analisada aponta que a maioria dos profissionais de SI/TI é do setor privado (52, 3%) restando 47,7% para o setor público. Pode-se concluir também que grande parte das mulheres pesquisadas está nas empresas privadas (59,6%) enquanto que os homens analisados estão igualmente divididos entre empresas privadas e públicas. O teste de dependência entre a variável sexo e a variável tipo de empresa não apontou dependência entre as elas. Outro resultado importante é que a maioria das pessoas pesquisadas com até 5 anos de experiência está em empresas do setor privado (63,9%). Com relação às pessoas com mais de 10 anos de experiência, 75,9% destas estão no setor público donde se conclui que as pessoas mais experientes da amostra estão em empresas públicas. Posteriormente este resultado foi confirmado no teste do qui-quadrado onde a hipótese nula não foi rejeitada. Ao se analisar aspectos ligados ao nível de instrução dos pesquisados, há uma tendência a se observar que quanto maior o nível educacional maior a possibilidade de se estar no setor privado. Em contrapartida, o aumento no salário significa maior possibilidade de se encontrar no setor público. No entanto, ao se testar ambas as variáveis com relação ao tipo de empresa, só o salário se mostrou dependente com relação ao tipo de empresa. A principal contribuição deste trabalho foi de testar as variáveis do estudo com relação ao tipo de empresa na qual os profissionais de SI/TI da amostra estão atuando. A partir desta amostra, duas variáveis mostraram-se dependentes com relação à variável tipo de empresa, são elas: tempo de experiência e salário. Por outro lado, três delas mostraram-se independentes: sexo, nível educacional e nível hierárquico. Os resultados por ora alcançados se limitam à amostra por ora analisada e posteriores trabalhos serão realizados com o intuito de testá-los novamente. Referências COSTA, A. P. C. S., MARCHIORATO, H. J & TEIXEIRA FILHO, J. G. A. A utilização de sistemas de informação nas organizações e a quebra de paradigmas. Informe: Boletim Abepro, 2, 8-11, 2006. COSTA, A. P. C. S.; TEIXEIRA FILHO, J. G. DE A. & SILVA, M. M. As empresas da RMR e a exploração de SI/TI. Revista Produção, v. 16, n. 2, pp. 229-243, 2006. FLEURY, P. F. The implementation of the Brazilian computer industry: Its complexity and potential impacts. Technology in society, 10(1), pp. 29-44, 1988. FRISCHTAK, C. R. Learning and technical progress in the commuter aircraft industry: an analysis of Embraer's experience. Research policy, 23(5), pp. 601-612, 1994. JOHNSON, B. B. & MARCOVITCH, J. Uses and applications of technology futures in national development: The Brazilian experience. Technological Forecasting and Social Change, 45 (1), pp. 1-30, 1994. MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa, 5 th edition, São Paulo, Atlas, 2002. 9.

(13) P PQ RSRUT8VW XYVAZ\[XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dYe %f_Y`6gUdhY_Yijk% h l'mMn?mIo p?q rsut9mv wJx*myrz9o w9{?t9|~}~w??t?v€{9q ~‚ w?p9wƒ~w9„?o myq nO mMp9o r~|u}~w9†>z?o wO‡ˆm NwmyƒIt?ƒN mMnJ rM„?q ‚ q {?r~{9m Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007. MONTALLI, K. M. L. Perfil do profissional de informação tecnológica e empresarial. Ci. Inf.[online] Brasília Vol.26,n.3, 1997 [citado 25 Maio 2006] Disponível na WorldWideWeb:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S01009651997000300010&lng=pt&n rm=iso>. ISSN 0100-1965. PAULINYI, E. I. Technological development in Brazilian business: four behavioral types, Technovation, 13(2), pp. 83-92, 1993. PINHEIRO, A. C. & GAMBIAGI, F. Brazilian privatization in the 1990s, World Development, 22(5), pp. 737-753, 1994. SCHELP, DIOGO. Brasil High-Tech. Revista VEJA, número 1811, p.88, 16 jul. 2003. STAIR, R. M. Princípios de Sistemas de Informação - Uma abordagem gerencial, 2ª Edition, Rio de Janeiro: LTC editors, 1998. STATSOFT, INC. STATISTICA (data analysis software system), version 6. www.statsoft.com, 1996 VALLE, B. Tecnologia da Informação no contexto organizacional. Ci.Inf, Brasília., 25(1), 1996, pp. 7-11, 1996.. 10.

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