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A CHAMA DA REVOLUÇÃO. Primeira Edição. Anônimo c0f9a em do Caravela

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A CHAMA DA

REVOLUÇÃO

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Sumário

1 O CONVITE 1 2 A XÍCARA AVERMELHADA 5 3 A REUNIÃO 7 4 O JANTAR DO CUCK 11 5 OBSESSÃO OU AMOR? 13 6 REVELAÇÕES 15 7 GUERRA NO AR 17 8 DECEPÇÃO E VIOLÊNCIA 19 9 A TRANSMISSÃO 21 10 O IRMÃO ESQUECIDO 23 11 TOTTALER KRIEG 25 12 APPUNTO 27 13 A SURPRESA 29

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Sumário

16 BRASÍLIA PEGA FOGO 35 17 A REUNIÃO I 37 18 A REUNIÃO II / BOAS-VINDAS 39 19 A REUNIÃO III 41 20 A REUNIÃO IV / A FESTA COMEÇA 43 21 A REUNIÃO V / ESCURIDÃO 45 22 A REUNIÃO VI / O NOVO IMPERADOR 47 23 A LUTA PELA COROA / TOTTALER KRIEG II 49 24 A BATALHA FINAL I 51

25 FOGO 53

26 A BATALHA FINAL II 55

27 FÊNIX 57

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1 O CONVITE

A ponte estava quase desmoronando, Nando Moura tinha que encontrar outro abrigo. A guitarra pintada no teto estava rachada pelo seu meio e sua cor já estava quase desaparencedo naqueles tijolos esverdiados e bejes. Nando puxou de seu casaco um isqueiro e começou a fumar aquele último cachimbo de crack. A fumaça se misturava, no ar, com aquela neblina que preenchia o vazio das ruas, parecia que as ruas haviam sido abandonadas há milênios. Nando se levantou e andou até à entrada da ponte, saindo de seu interior. Subiu e viu aquela paisagem destroçada e esquecida. Não via uma luz sequer, o sol estava sendo filtrado pelas expessas nuvens.

Começou a, morosamente, andar pelos asfaltos quebradiços devido à falta de manutenção. Ele não queria ser visto, não queria voltar ao manicômio. Começou a passar em sua cabeça todas suas escolhas, como ele chegou até ali e se ele poderia ter evitado toda aquela desgraça. A vergonha era gigantesca, como ele pôde se permitir aquela vida de drogado? Moura não tinha muita escolha, perdeu seu canal logo depois do golpe do quatragésimo primeiro presidente do Brasil entrar no poder. Ele havia proibido rede sociais de contrariassem a nova política de supervisão governamental. Aquela criatura não era um presidente, era um tirano, pensava o ex-músico.

Uma sirene estraçalhou aquele momento silencioso, Nando Moura logo correu para encontrar um arbusto e se esconder. Lá vinha uma viatura policial, eles certamente apreenderiam Moura pela falta de máscara, visto que não poderiam prendê-lo pelo cachimbo, porque o crack havia sido legalizado. As luzes

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1 O CONVITE

rosadas rapidamente piscavam na ponta do carro, enquanto ele estacionava do lado de Moura que se fingia de morto atrás do mato. Uma figura magricela e nojenta saiu do carro, sua cabeça era imensa comparada ao corpo e era pintada pelo corpo inteiro. O policial tirou sua máscara do Ricky e Morty, revelando sua identidade. - S-seu canalha!- do chão pulou Moura- que merda é essa? Deixa eu ver, o garotinho te mandou aqui?

Calma, eu sei o que você está pensando, mas não vou te pegar. . . -cuchichava PC Siqueira- eu, nós tivemos um plano de reverter todos os últimos vinte anos, Moura, eu vou, nós vamos salvar o Brasil dessa ditadura. Nós podemos voltar com os bons tempos, você se lembra deles? Dos bons tempos?

- É o novo planinho do garotinho malacoi? Eu não caio nessa merda, canalha de bosta! Não vou participar de nenhum dessas armadilhas para me pegar, maconheiro de merda, pedófilo! - Meu, eu sei que não nos falamos por muito tempo e que você

tá bolado comigo, tá ligado? Mas acho que precisamos esquecer isso de uma vez por todas- falou tremendo, enquanto pegava um convite púrpura-, Nando, ouça bem, eles também tiraram meu emprego, também nunca mais tive contato com a família, tá uma merda, eu não aguento mais, mas realmente desejo mudar. Quero desmentir tudo o que essas acusações plantaram contra mim, quero uma vida nova, mas para isso preciso do meu canal de volta, e tenho certeza que você vai precisar do seu também, não quer sua antiga vida de volta, Moura?

- Olha bem, canalha de merda, sendo mentira ou não, eu não entro em merda nenhuma sem saber o que vocês, ou você, está tramando.

- Estamos planejando cercar o PMRGDB (Palácio da Majestade Real Gloriosa e Divina do Brasil) e estourar os miolos daquele babaca.

- Com que armas? Com que exército? Você é retardado, caralho?-resmungava Moura, enquanto fumava seu crack.

- Oh my lord, eu consegui uns contatos, Moura, não estamos

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sozinhos. Sara Winter disse que conseguiu uns amigos marechais. Vai ser um piece of cake!

- Quem está mais nessa merda?

- Não posso dizer, Moura, leia o convite que lhe dei e vá ao local programado. Nós seremos os pais da revolução, mas precisamos de você. Você vai aceita ou não?

- Não, parece uma armadilha para me pegar. Como você conseguiu um carro falso de tira?

- Não é honeypot, Moura. A minha tia morreu e deixou seu patrimônio para mim, é uma longa história. Eu comprei com um cartão clonado e chamei toda a turma antiga.

- Você acha que eu acredito nessa merda?

- Moura, não tenho outra escolha senão implorar pela sua ajuda. Eu também estou refugiado no meu próprio país, meu! Você sabe como é isso. Eu estou correndo um risco gigantesco de te chamar, cara. Por favor, eu preciso contar em você, esquece tudo o que passamos, precisamos recuperar o que perdemos.

- Eu só vou aceitar para pôr um fim nesse safado, mas saiba que ainda que não vou com tua cara. Eu não tenho nada a perder mesmo, é melhor morrer nessa merda a viver como um mendigo que viu todos seus sonhos partirem.

- Alright, é isso que estou falando. Você vai ver todos seus sonhos voltarem, anote o que eu digo.

PC voltou ao carro e piscou para Nando Moura, enquanto dava a partida e continuava aquela passarela vazia. Começava o início do fim.

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2 A XÍCARA AVERMELHADA

O maconheiro beijava o sapato do imperador com dedicação. Mo-nark não se importava com dignidade, afinal, ele nunca a tivera. Depois do fim de seu podcast com o público de adolescentes, ele se ofereceu ao culto do novo presidente do Brasil, que gostava de ser alcunhado de Supremo Imperador dentro de sua mansão. - Hehe, chefia, tua botinha tem gosto de borboleta com batata

frita! Que delícia, logo vai estar limpinha!

- Calado! Olha o jeito que tu limpaste minha bela bota, ela continua cheia de merda! Izzy, mostre a ele como um verdadeiro cidadão brasileiro deve demonstrar amor ao imperador, limpando-a de formlimpando-a corretlimpando-a.

O corno começou a esfregar aquelas botinas violentamente, de modo que assustou o imperador. - Agora, eu entendi, chefia, é assim que se lambe?- disse Monark, enquanto mordia o pé do imperador.

- ARRG, INÚTIL! Você está dispensado, vocês são os maiores incompetentes que vi na minha vida.

- Supremo Imperador- dizia uma sombria figura no canto da porta-, os casos de COVID aumentaram ainda mais nos últimos segundos, acho que devíamos executar mais traidores, eles não estão usando máscara!

- Átila, meu querido, já é a quarta vez que você me diz isso essa semana, por que tu queres tanto derramar sangue?

- Meu Supremo Imperador, suspeito que estão preparando um golpe contra nós, nós detectamos três carro policial não regis-trado no norte paulista. Só conseguimos apreender um deles, e encontramos somente armas e folhetos sobre matar o senhor. O

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2 A XÍCARA AVERMELHADA

criminoso tinha laços com um dos seus inimigos desaparecidos, o PC.

- Imprestável de bosta, por que não me avisou antes?

- P-porque estava com medo que o s-se. . . - Átila parou de falar em uma tremedeira terrível.

- Tá bom, já sei sua desculpinha. Aumentem a vigilância no estado de São Paulo e executem todos da família Siqueira. - Mas, senhor, você já executou todos!

- É verdade, eu já executei- soltava um sorriso oblíquo e parecia sentir um prazer imenso em dizê-lo- então, PCzinho vai encontrar o destino de sua família uma hora outra.

- O-ou vai morrer de corona, não é, Supremo Imperador? - Talvez. . . Talvez. . .

O imperador sentou-se em um banco e tomou uma xícara verme-lha que lá havia. Com calma, virou-se ao Átila e lhe pediu para que jogasse xadrez com ele.

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3 A REUNIÃO

Era o dia da reunião e Moura havia chegado na avenida abando-nada. Ficava ao lado do de umas três metalúrgicas e uma padaria-todos estavam falidos e fechados devido aos incontáveis anos de pandemia. A neblina era um manto que tornavam insuportável qualquer tráfego, não se ouvia nada além de passos distantes e o zumbido de lâmpadas. Nando Moura entrou em um beco estreito e bateu três vezes contra uma janela de cortina azulada. Ele esperou e deu uma volta no beco para afiançar que aquela era a janela escolhida. Não houve resposta, então ele bateu mais uma vez.

- Qual é a senha?- pela janela alguém assoprou.

- Porqueira, eu reconheço tua voz, você não reconhece a minha? PC Siqueira abriu a janela e puxou a cortina. As paredes eram encardidas, o chão rangia sem parar e não se encontrava pintura alguma, somente rachaduras. O carpete sujo era grudento e fedia. Todos estavam reunidos naquela pequena cozinha. Olavo de Carvalho sentava-se ao lado de Henry Bugalho, mas ambos sequer discutiam, eles jogavam pife, eles eram os únicos que não estavam vestido com andrajos. Sayuri Mattar e Sara Winter fofocavam sobre seus amantes, Gabriel Monteiro se encolhia em um canto, com vergonha, ao conversar com Toguro, Cauê Moura aparava sua barba em uma pia ao lado da janela e Zé graça ensinava ContenteTV a meditar. Rafinha Bastos estava sentando no chão, parecia estar chorando. Quando todos viram Moura, eles reuniram-se na mesa.

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3 A REUNIÃO

O guitarrista não tinha ideia que aquilo era um garoto, estava analisando as curvas e alvura do corpo de Sayuri.

- Está na hora de iniciar, tranquem a janela! Cauê, sente-se aqui- ordenou PC Siqueira, enquanto aproximava as cadeira à mesa negra extensa que era enfeitada por copos amarelos e bran-cos. Um bule de chá marcava o centro da mesa.

- Fala, menininho, qual é exatamente o plano?- questionava Zé Graça

- Que falta de respeito, veiyo, de profissionalismo, primeiro dê saudações às visitas, quanto tempo nós não nos vemos?- Contente admoestou.

- Ué, menininho, mas todo mundo se conhece.

- Mentira. Veja só, ora porra, eu sequer conheço todos daqui! Quem é essa gostosa do meu lado?- o professor Olavo interrogou. -Que isso, respeita a Sara, mano. - Sayuri com raiva retrucou. - Mas você também é uma gracinha, qual é o seu nome?

- Olha, rapaziada, vocês não estão levando isso a sério, quem con-vidou esses dois palhaços mascarados aqui?- reclamou Monteiro-Se quer um plano que funcione, temos que poupar tempo. - É verdade, Monteiro. E o plano. . . Bem. . . Eu não tenho um

plano, na verdade, eu queria idealizar um com vocês. . . - PC logo foi interrompido por um falatório e queixas ininterruptas. - Calem a boca, porra, e prestem atenção. - bradou Cauê- eu

sabia que o PC ia deixar as coisas para depois, então eu preparei um plano que não tem falha, mas vamos ter que ir para o Rio de Janeiro, vamos sofrer muito, vai ser terrível. Primeiramente, vamos nos dividir em dois grupos: O primeiro vai ir para Bra-sília. Lá o imperador vai ser convocado para legitimar a nova assembleia. Lá eles esperam com os amigos militares da Sara Winter, terão que ter sorte e conseguir cercar o congresso en-quanto o imperador lá dentro estiver. . . - levantou um copo de chá e um bom gole tomou, então deu continuação à explicação do plano- O outro grupo é suicida. Se o primeiro falhar em matar aquele vagabundo, eles terão que infiltrar no Palácio e assassinar

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o imperador. Certamente a derrota é certa, mas eles não serão necessário, visto que o primeiro grupo sairá bem. Eu comprei uns telefones com o cartão clonado do PC para todos, assim podemos manter contato.

- M-mas isso aí é um caminho para a morte, não tem como vencer!-Toguro choramingou de modo preocupado.

- E daí? Todos nós perdemos tudo que tínhamos, vale a pena arriscar tudo para voltar ao que era antes, eu quero atenção, fama, dinheiro, e você?

- E EU? Sai pra lá, bichona!- assustado exclamou.

- Estamos entre imbecis mesmo. PC Siqueira, o que você acha? Siqueira atroava-se todo, mal conseguia se manter. Ele deu uma olhadela para o seu chá e um bom suspiro, então se levantou. -Eu, Cauê, ContenteTV, Zé Graça, Sara Winter vão à Brasília. Nando Moura, Gabriel Monteiro, Toguro, Sayuri e Rafinha vão para o palácio. Olavo de Carvalho e Henry Bugalho vão ficar coletando informação e passando para nós.

- É isso aí, vêi- Contente comemorou- esse ditadorzinho aí vai cair, é hora de inovação!

- Bom, se ninguém não tem mais nenhum plano, vamos lá! Todos pilharam as mãos no centro da mesa e alegraram-se. Es-tavam animados para o plano executar. O sucesso estava no horizonte.

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4 O JANTAR DO CUCK

O imperador corria pelos corredores. O maconheiro se escon-dera e sem ele o imperador não poderia comer, afinal, ele era o único amigo que o imperador tinha. Aquele vazio na mansão assustavao, quem poderia acompanhálo na janta agora? -Monark, querido? Querido, precisamos jantar!- gritava com as sobrancelhas exprimidas furiosamente.

- Supremo Imperador, eu queria avisá-lo quanto antes, meu qu. . . - Fica quietinho por um segundo, Átila, quero encontrar Monark. - Olha, meu Supremo Imperador, é importante, nós. . .

- Eu já disse que não quero saber!

- É sobre o Siqueira, o parente capturado dedurou um dos traido-res!

- . . . Continue.

- Nós pegamos a localização de um dos safados, ele não estava usando máscara e acho que sua execução deveria ser feita quanto ant. . .

- Não me importo, traga-o ao castelo, quero torturá-lo antes de seu fim trágico. Agora, diga-me, onde está Monark?

- Ele está aos seus pés, majestade.

Monark, com seus olhos esbugalhados e desviados, encarou o imperador com temor. - Muito bem, Monark. Venha mais rápido na próxima vez, a carne do Izzy já deve ter esfriado.- o imperador alertou.

- C-como assim, meu imperador? V-você matou Izzy? - Não te interessa, Átila. Venha, Monark.

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5 OBSESSÃO OU AMOR?

A chuva não açoitava as ruas que descascando estavam, pareciam virar areia. Um carro branco se aproximava vagarosamente, ele não estava tão cheio quanto Moura esperava estar. Ele entrou e, pela falta de espaço, pediu se Sayuri queria sentar no seu colo. Ele não aceitou, mas Toguro sim. Gabriel Monteiro estava no volante e, com um um peso no seu olhar, disparou uma notícia terrível.

- Olha, descobriram o lugar de embarque do PC, ele teve que mudar na última hora. Sara Winter caiu na mão dos guardas, então devemos rezar para que ela não revele quem está envolvido. - Puta merda, bicho. Estamos F-O-D-I-D-O-S!

- Estamos nada, Nando, nem todos foram capturados. O impera-dor pode adiar a revolução, mas não pode pará-la.

De repente, uma pinta vermelhinha começou a andar pela cabeça de Toguro. Nando tentou passar o dedo, mas era um sniper.

- TOGURO, ABAIXA!- disse Nando ao se esconder nos bancos, colocando sua cabeça entra as pernas de Sayuri. O espelho de trás explodiu em pedacinhos tão rápido que Nando pensou que haviam assassinado Toguro.

O carro agora deslizava naquelas passarelas de vazio e depressão. Monteiro virou pela direita e quase bateu de frente, mas deu um giro e seguiu até encontrar uma encruzilhada, lá subiu para a esquerda. Verificou o retrovisor e não encontrou nenhum veículo atrás deles, mas conseguiam ouvir uma sirene altíssima. Toguro

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5 OBSESSÃO OU AMOR?

olhou a Nando com ira. Moura estava por cima de Sayuri, com as mãos segurando os pulsos dele. Logo que viram aquela expressão de raiva, ajeitaram-se. Monteiro deslumbrou a sorte que tiveram e verificou se todos estavam bem.

- V-vocês estão bem aí?

- Estamos, eu acho. - Toguro respondeu.

- Que bom, estamos entrando em uma rodovia e tenho certeza que esse caminho é mais calmo, não vai ter nenhum Sniper. - Nós podemos se conhecer melhor, não acham?- Sayuri disse, ao

visualizar a face fechada de Toguro.

- É verdade, podíamos. E aí, conta aí o que tu fazia antes do golpe.- Nando perguntou, interessado naquela voz simpática. - Eu fazia umas streams, assistia bastante anime, malhava

bas-tante, né, Toguro? É. . . E. . . E eu estava procurando alguém para sempre viver junto, sabe, mas muitos não me aceitam do jeito que eu sou.

- É, mas na sua idade é melhor esperar, tem muito canalha por aí!- Toguro censurou.

- Mas por que não aceitavam?

- Porque eu era. . . - uma buzina e uma luz fortíssima invadiu o interior do carro.

- Ah, esse GPS, sempre dando pau.- reclamou Monteiro.

Moura ficou com vergonha em pedir para Sayuri repetir o que havia dito. Aquele travesti lembrava-o de sua esposa, antes de ela separar dele devido aos problemas financeiros. Para ele, era um trauma real pensar sobre seu filho e tudo o que ele passou com sua mulher, ele não conseguia esquecer um segundo, por isso sempre trazia crack e um cachimbo em seu bolso, mas, naquele momento, ele havia esquecido totalmente de trazê-lo. Como iria aliviar aquela doce dor, senão com aqueles doces lábios, ele se dividia em dois. Mal sabia ele, contudo, que Sayuri era um traveco.

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6 REVELAÇÕES

Risadas cínicas se espalhavam quando Imperador via o capturado chorar. Rafinha Bastos estava pelado de pé em uma maca de bronze. O porão do imperador era o medo de muitos, ninguém queria parar lá. Quem descia, não voltava, ao menos não do menos do mesmo jeito.

- Que isso, cara, me larga, não tô envolvido nessa merda, porra. É tudo ideia daquele Nando Moura, ele não conseguiu esquecer de você. Vai lá atrás dele!

- Olha, meu Rafinha, eu sinto uma peninha de você, mas o público não vai gostar quando, de oitiva, saber que eu te liberei da morte, afinal, eles não lá gostaram muito daquela piadinha com o bebê. Então, meu amor, eu vou matá-lo e transformar suas tripas na minha mais nova tinta de cabelo!

- Você tá maluco, caralho? Monark, Monark, me tira daqui, velho.

- Olha, o Monark não pode te salvar, mas eu posso transformar você em shampoo, mas só faço isso se você nos dar as informações. - Tá bom, Felipinho, eu te dou!

- É imperador, seu rato imundo, esqueceu com quem está falando? - Perdão, Supremo Neto, e-eu sei que o Nando, a Sara Winter, Toguro, Olavo e o PC estão envolvidos em dois planos, e que eles vão chegar aqui no Palácio e depois vão para Brasília, sei lá, é um negócio assim.

- Então eles vão nos dar uma visitinha, então? - É-é isso aí, imperador. . .

- Bom, então nós vamos preparar uma boas-vindas devidas, não é? Você, Rafinha, vai ter um papel muito importante, e não vai

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6 REVELAÇÕES

poder recusá-lo, caso contrário vai parar no prato do Monark. - Então vamos preparar o um bolo, né, meu imperador, para o

Nandinho?- levantou-se Monark.

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7 GUERRA NO AR

O jatinho deslizava pelas nuvens. Depois de algumas ligações com contatos que o Cauê havia recomendado, PC tinha conseguido uma carona em um avião do PCC. O Cauê, contudo, não havia comparecido e, portanto, não voou com eles, ninguém sabia se ele foi pego ou não. Não era um jatinho qualquer, contudo, ele possuía um armamento de um Foxbat soviético, mas a velocidade era inigualável. Apesar do estado de podridão do leme, todos po-deriam ver escrito, por baixo da bandeira paulista e da brasileira, a sigla do PCC de trás para frente e o nariz do avião estava todo enferrujado e decadente. Eles provavelmente não seriam seguidos, o Primeiro Comando tinha subornado gente importante para não abateram aquela máquina carcomida.

O piloto era um pardo gordo, ele se chamava Marcelo Nasci-mento da Rocha, dizia com empolgação, pois se considerava o melhor no que fazia. Parecia um bom companheiro de viagem e era um homem de pouco palavras. Marcelo avisou que havia trazido um baralho para jogarem pife, se queriam, estava lá atrás, ao lado da porta de saída.

Começaram a jogar e ficaram assim por horas, embora um nervosismo crescente florescer em Marcelo, enquanto eles se diver-tiam, o que não era comum, visto que ele era um piloto experiente. Depois de mais ou menos uma hora, Marcelo chamou os revoluci-onários e perguntou-lhes se algum deles sabia controlar as armas de fogo e mísseis. Essa perguntou assombrou todos no mesmo instante, porque ela significava perigo.

- Há algo de errado, mano?- o PC perguntou com temor. - Não, menor, só estamos sendo perseguidos, mas esse HUD é

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7 GUERRA NO AR

velho e não funciona muito bem. - P-Perseguidos, é a polícia? - Não, pode ter certeza. É pior.

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8 DECEPÇÃO E VIOLÊNCIA

Um cartaz gigantesco estava colado em um container, o rosto gorducho de Átila estatelava-se nele e era seguido por ordens de manutenção da quarenta. Gabriel teve de parar naquele posto para gasolina pegar, ele parecia estar fechado há anos, contudo. Receberam a informação de Olavo de que aquele lugar era seguro, pois estava abandonado.

Monteiro foi pôr gasolina no seu carro, enquanto Toguro ia para o banheiro do interior do posto, que era pintado com um amarelo desbotado. Nando Moura e Sayuri entraram na lojinha de conveniências, com cautela. Nando ficou atrás do balcão, para pegar alguma arma e o dinheiro que havia ali, enquanto Sayuri escolhia uns salgadinhos e refrigerantes.

- Por que Toguro estava aquela fera dentro do carro?- Nando Moura tentou puxar assunto.

- Ele viu você bem em cima de mim e teve ciúmes, sabe, ele é bem chato, mas ele não é mau. Ele é bem ressentido, porque nunca rolou um lance entre a gente, tá ligado? Só fica alimentando aqueles memes idiotas de ter me comido.

- De uma garota linda que nem você? Eu também teria- Nando se aproxima de Sayuri, pondo-o contra uma estante de chocolates. - N-Nando, eu acho melhor não.- disse empurrando Moura. - Mas, por quê?

- Nando, meu querido, Toguro não pode nos ver e eu mal te conheço. Sei que você ficou me encarando naquela reunião, sei que você deve sentir algo por mim, mas não vai rolar.

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8 DECEPÇÃO E VIOLÊNCIA

Toguro tinha visto tudo. Ele estava com um olhar tão obscuro e fechado que assombrou o fundo da alma de Moura. Moura levou o dinheiro e arma para o carro, tentando ignorar o temperamento difícil de Toguro.

- Olha isso aqui, bicho, isso aqui não vai dar para sustentar uma mulher e três homens.

- Uma mulher, Nando?- Toguro perguntou com ira no olhar. - A Sayuri é o quê?

Gabriel Monteiro deu uma risada gostosa e ligou o carro. Quando ele voltou à rodovia, um helicóptero saiu atrás do posto e começou a persegui-los, então Monteiro puxou o acelerador com toda sua força, enquanto o carro deslizava em meio de estouros e disparos que lá de cima saíam. Uma voz por meio de um holofote soltou uma gargalhada monstruosa, era o doutor Átila.

- Parece que vocês não estão de máscara, vão ter que levar CHUMBO!- soltou uma risada tão feroz que parecia ter causado dano à garganta.

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9 A TRANSMISSÃO

"Atenção, povo brasilierx. . . ", iniciava o imperador Felipe Neto. Na frente de uma bandeira nacional, avisava que havia traidores que estavam ameaçando a nação com terrorismo e guerra civil. Ele os chamou de "Movimento Chama da Revolução", porque tudo o que queriam era brincar com armas de fogo, segundo ele, e o caos causar. Neto ainda afiançou que eles seriam destruídos o quanto antes e que até a obliteração do grupo, era para todos ficarem em casa, para respeitar o nono ano de quarentena forçada.

Ele contou tudo sobre os criminosos que partipavam, todos já haviam sido presos ou internados anteriormente, mas foram soltos, porque o imperador se autodeclarava o mais misericordioso de todos. Detalhou bem a vida de Nando, PC e ainda os xingou de pedófilos, jurando que matá-los-ia no Palácio. Depois inventou o envolvimento de ContenteTV, Cauê, Zé graça no CV. Não sabia se essa história ia dar certo, mas usaria todo seu poder para pará-los.

Ainda disse em um prêmio para quem os capturasse, e que um bom mercenário iria aparecer para ajudar a nação naquele momento difícil. Com um sorriso, soltou sua frase final, "E, por último, não deixem de ativar o sininho e ligar as notificações!".

- É isso aí, chefia, você foi bem demais, mostrou para eles quem manda, hehe.- apoiou Monark.

- Eu sei, meu querido, eu sei. Agora com todos procurando esses canalhas, eles jamais conseguirão vir aqui.

- É verdade, chefia, verdade, verdade! T-tem um pezinho de perna de grilo aí, Supremo Imperador?

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9 A TRANSMISSÃO

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10 O IRMÃO ESQUECIDO

Uma foca azul estava pintada pela lateral do tanque voador com um N amarelado. Aquele tanque voador parecia ser enviado pelo irmão do imperador. Todos olhavam ansiosamente pela cabine, parecia que o tanque estava ultrapassando o avião. Era o fim, não havia como desviar daquela mira certeira, iriam ser abatidos na primeira tentativa, a menos que Marcelo fizesse manobras proeminente, não havia fuga alguma, nenhuma salvação.

- F-foi bom te conhecer, veiyo!- chorou Contente para o Zé graça.

- Q-que isso, menininho, foi um prazer te conhecer, meu compa-dre.

- Calados, eu não vou deixar ele nos acertar.- afirmou Marcelo enquanto visualizava o HUD- espera aí. . . Ele está passando por baixo de nós, se nós soltarmos um míssil poderíamos acabar com ele.

- Olha ali ele! Ele nos ultrapassou! Estão abrin. . . - assombrado disse PC.

Na cabeça do tanque abria-se a cabine e alguém saía com uma RPG, soltando uma gargalhada espantosa. PC Siqueira gritou para Marcelo atirar, mas ele disse estar sob controle da situação, que estavam em vantagem diante o tanque voador.

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11 TOTTALER KRIEG

Nando Moura segurava um cachimbo de crack na boca e se pen-durava pela porta e apontava contra o helicóptero que tanto balançava. Átila pedia para que eles se rendessem, mas conse-guiam ver a raiva no olhar do doutor. As metralhadoras não paravam de cantar e sair daquela perseguição parecia impossível. Nando não deixava de berrar, não tinha como ele acertar o piloto de primeira. Monteiro, de repente, teve a ideia genial de rodopiar o carro e voltar, assim quando o aero-móvel tivesse que se virar, Moura poderia acertá-los pela lateral do veículo.

Como eles não tinham muito tempo para conversa, Monteiro logo acelerou na direção contrária e, quando estavam passando por baixo do helicóptero, Nando foi atingido. Sangue pelo seu braço escorria, mas ele, mesmo assim, conseguiu segurar aquela escopeta e, com dificuldade, atirou contra o piloto. Viram o veículo voador começar a girar cada vez mais, enquanto decaía e os gritos de Átila começaram a ser sufocados pelo ruído do moto que era cercado por fumaça. Uma explosão enorme contra o chão matou o doutor e seu compadre.

Monteiro deu a volta e seguiu a rodovia do modo normal novamente. Olhou para trás e, preocupado, pediu se Moura estava bem.

- Só preciso de um curativo para tampar esse buraco de sangue-ditou com austeridade- Sayuri, o que está fazendo?

Sayuri tirou seu casaco e cingiu a perna ensanguentada de Moura. Depois sorriu a ele e lhe deu um beijo. Toguro nem resmungou, pois muito nervoso estava, quase fora morto. Ele

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11 TOTTALER KRIEG

parecia afogado em pensamentos, estava com a cabeça em outro lugar.

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12 APPUNTO

O imperador estava triste olhando contra a tela do seu computa-dor. Seu antigo amigo, arauto da luta contra o vírus do corona, foi assassinado pela própria incompetência. A guarda imperial havia capturado Olavo, pois Rafinha detalhou o local de reunião para não ser morto. Henry conseguiu fugir, mas Olavo não, então falsificaram informações e mentiram para os revolucionários que o posto de gasolina no caminho para o Palácio era seguro, mas tudo era uma armadilha para pegá-los.

O imperador olhou para Monark, e suspirou, demonstrando cansaço e ira. Pegou seu suquinho de soja e subiu pelas escadas, ele queria desfrutar um jogo e esquecer de toda aquela palhaçada, mas antes disso, ele subiu alguns degraus e uma figura gorda e colorida entrou naquele salão vermelho. Aquela monstruosidade andava com calma naquele piso xadrez e deixava manchas no chão.

- O que foi agora? Alcançaram alguém? - B-bem, n-não é bem isso. . .

- Fala logo.

- M-Meu Imperador, roubaram um dos tanques reais. . . .

- Como eu bem imaginava, como eu bem dizia: fortaleçam a vigilância. Mas vocês, inúteis, não fazem nada do que eu peço. Já chega, não aguento mais, eu exijo uma festa daqui a três dias. Preparem um bolo bem coloridinho, que nem meu cabelinho. - M-mas o doutor disse que você devia controlar sua alimentação,

devido à falta de tes. . .

- Calado, ele não sabia de nada. Que bom que morreu, menos um inútil nesse castelo. O único que posso contar fidelidade é o

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12 APPUNTO

Monark mesmo.

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13 A SURPRESA

A figura do tanque assustava toda a tripulação, ninguém sabia quem era aquele que saia da cabine do tanque. Até que, aquela sombra distorcida tirou uma máscara e revelou sua barba exa-cerbada. Era Cauê, ele não havia sido capturado e esbanjava um belo RPG. Sorria e acenava para Marcelo, que sentia um temor, por não o conhecer. PC explicou quem Cauê era, e logo o avião e o tanque entraram em sincronia belíssima ao pousar nas nuvens. Dançavam em acrobacias e não tinham medo mais de se esconder, pareciam pássaros que acabaram de sair de suas gaiolas, usufruíam daquela liberdade do espaço e de voar.

Todos dentro do jatinho comemoraram, não precisariam sofrer nenhum tiroteio, Marcelo até largou o volante por uns instantes e ligou o piloto automático para jogar truco com os viajantes.

- Então, por que vocês estão pegando carona do chefe?

- Mano, é uma longa história. Queremos entrar em Brasília e. . . Não sei se devíamos contar nosso plano, tá ligado?

- Não se preocupa, você acha que eu vou poder contar o que passei nesse voo para alguém? Estamos carregando uns bons quilos de cocaína, não posso fazer isso.

- É verdade, bom. . . Nós vamos estraçalhar a face do imperador. Planejamos esperar lá até ele vir assinar o que a nova assembleia vai tentar passar.

- Menor, mas eu vi uma notícia que ele vai mandar o irmão no lugar, até se pronunciou, mas eu nem olhei, não gosto muito de política.

- Quando foi isso?

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13 A SURPRESA

uma coisa, aquele negócio lá de gostar de criança pelada é real? - Tá tentando me sacanear? É tudo fake news, brother.

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14 RIO DE HELLNERO

Até aquele instante, as paisagens eram esbranquiçadas, desbota-das e encardidesbota-das, sempre preenchidesbota-das por rachaduras ou poeira. Tudo estava vazio, mas isso ia mudar. Gabriel Monteiro passou por uma rodoviária que informava-os que já estavam no Rio de Janeiro com uma placa avermelhada que dizia: ABANDONE TODAS AS ESPERANÇAS, VÓS QUE AQUI ENTRAIS. Pelas ruas encontraram pouca gente, mas encontrar gente nas calçadas com vida era praticamente impossível em todo país, então aquilo já era considerado uma multidão. Depois de seis anos de quaren-tena, não era complicado obrigar as pessoas a ficarem trancadas na suas casas, todos tinham medo daquela neblina que cobria todo o país, até acreditavam que ela era tóxica.

Todas pessoas pareciam anoréxicas e infelizes, até os negros pareciam tão pálidos que poderiam ser facilmente confundidos com os mortos. Não existiam mendigos, porque todos morreram. O céu não era mais coberto por neblina e podiam ver aquela imensidão de vermelho, parecia uma abóbada de sangue. As nuvens eram negras, devido à poluição das fábricas chinesas que tiveram isenção de imposto, o próprio Neto concordou em dá-la.

O Cristo redentor havia sido substituído por uma estátua escul-pida com rubi. Era Pablo Vittar e Felipe Neto compartilhando beijos e amassos, toda a escadaria que cercava o monumento foi trocada e as aerovias estavam quebradas há uns cinco anos. Se existia uma camada secreta do inferno, era as terras que próximas ao Palácio.

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15 MAYA/MAIÁ

Monteiro parou ao lado da Passarela dos Heróis que era bem próxima do Palácio e ligou para Olavo. Ele não atendeu, então o ex-policial chamou pelo PC Siqueira, mas ele não atendeu também. Estranhando, tentou mais uma vez, agora para Cauê, mas não conseguia usar seu celular de modo algum. Olhou pelo vidro do carro e percebeu que uma sobra magrela e nariguda fitava-o, era Rafinha Bastos, mas ele parecia moribundo. Seu rosto era esverdeado e fino, marcado por olheiras e dois olhos alvos.

Nando abaixou a janela e perguntou o que Rafinha fazia ali, mas aquele zumbi só esboçou um sorriso para o teto do carro e se arriou perto do carro, em uma posição de quatro e murmurou, morosamente.

- Eu, nós, eu sabemos como em castelo entrar, mas vocês, você, vocês confia em gente?

- O que aconteceu contigo, bicho? Fala direito, caralho.- Moura levantou as sobrancelhas.

- Nós, eu, nós bem estou.

- É melhor ouvir ele, Nando- sussurrou Toguro.

- Que merda é essa, você acha que eu sou burro? Lobotomizaram o cara- Nando ficou irritado e foi tatear a arma que em seu bolso estava, mas percebeu que não estava mais lá- que merda é. . . - É o fim, mano, desculpa- disse Toguro, enquanto apontava a

arma contra o crânio de Moura- entramos no castelo com Rafinha ou vocês morrem aqui.

- Traidor de merda, agora ele vai matar nós todos. O Netinho vai te dar quantos milhões, hein?

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15 MAYA/MAIÁ

- Parça, ele não vai matar a Sayuri, Átila me disse isso no banheiro. Ele me deu o contato da realeza e disse para eu pensar sobre dedurar vocês ou não. Eu disse que eu não queria, sabe como é, mas depois de ver o amor da minha vida flertando com outro, tio, larguei de mão dessa cachorragem. Fiquei conversando com o irmão do Netinho. Aliás, eu recebi algo que vale mais do que dinheiro, essa belezura aqui do meu lado.

- O quê? Você é retardado? Acha REALMENTE que eu quero dar para você? Você não sabe como tratar uma neomulher, seu. . . -exclamou Sayuri.

Tapando a boca de Sayuri, Toguro declarou "Gracinha, você é bem melhor calada. Logo vai gostar, sabe muito bem que fiz tudo isso por você", enquanto vomitava uma gargalhada feroz. O carro estava cercado por guardas reais.

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16 BRASÍLIA PEGA FOGO

Neto estava passando para Belo Horizonte, quando recebeu a notícia que um ataque estava sendo executado contra o congresso. Não sabiam muito bem, mas tentaram esconder para não causar desordem social, porque a notícia era preocupante. Todas as baterias antiaéreas foram desligadas por perto, disseram que alguém deu dinheiro para fazê-lo, mas não se sabe o certo ainda. Fato é que a defesa devida não foi utilizada.

Um tanque voador da aviação real foi abatido, contudo, então ele manobrou e acertou o congresso, explodindo o local inteiro. Todos que estava lá morreram, não sobrou ninguém, somente escombros. Finalmente Brasília parecia o resto do país. Havia outro aero-móvel, mas ele, apesar de ser atingido, conseguiu fugir do local e terminar o trabalho do tanque, obliterando totalmente o Supremo Tribunal Federal. O imperador com um medo terrível ficou. Não ficou tão abalado, todavia, porque soube que os revolucionários foram capturados no Palácio real. Seria questão de tempo até a festa da execução começar.

Visto que Brasília foi reduzia a pó, Felipe ordenou o retorno para Rio de Janeiro, para lidar com os rebeldes que foram final-mente impedidos e presos dentro do Palácio.

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17 A REUNIÃO I

Olavo e Henry estavam em um banco de madeira dentro da cela. Com surpresa, viram Nando e Gabriel Monteiro entrarem na sala. Henry esboçou uma cara de nojo, "estou rodeado de conservadores machistas", pensou. Sayuri ficou enjaulado diferentemente dos outros, para não poder ter contato com Moura, mas uma conversa por distância ainda podia ser feita ali. Puseram um vestido de casamento em Sayuri e uma meia calça branca que se sujou com aquele chão repleto de poeira.

- Nando, querido, eu te amo. Estou apaixonada por você desde o primeiro dia que te vi. Mmas eu preciso te contar uma coisa. . . -cochichou Sayuri.

- O que foi, querida?- Nando sussurrou. - E-eu sou um trans. . .

Nando Moura soltou um olhar assombrado e surpreso, um misto confuso de emoções intensas e se alevantou em um ímpeto para desabafar.

- Graças a Deus, pensei que era uma garota mesmo. Caralho, bicho, que alívio. Agora eu sei que você é a mulher da minha vida, digo, a neomulher da minha vida.

Passos silenciaram o homem federal. Alguém marchava pelo corredor desleixadamente, deixando um cheiro péssimo pelo ar. Lá estava Monark, com a farda real, ele havia trocado de casta, não era mais só mais um maconheiro, agora era um maconheiro da guarda real. Monark, com aquela cara de débil mental, desviava o olhar de um lado para o outro, com os dois olhos desalinhados,

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17 A REUNIÃO I

fitou os prisioneiros em silêncio com um sorriso inocente.

- O chefe disse que hoje vamos comer bolo, hehe, bolo é gostoso, eu gosto de bolo! E saibam que podem fazer seus pedidos, hehe, são seus últimos desejos, que nem aquele podcast do Joe R. . .

Uma explosão silenciou o drogado acéfalo. O palácio estava sendo invadido.

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18 A REUNIÃO II /

BOAS-VINDAS

A bomba estava instalada, agora poderiam finalmente adentrar no Palácio. PC e Contente haviam caído de paraquedas em cima do telhado. Zé Graça ficou protegendo o avião, mas escorregou e foi também. A sorte dele que Contente agarrou-o e eles puderam pousar com calma no telhado. Todos juntos, seguraram o fio de dinamites e arremessaram para baixo, na porta de entrada. Esperaram por alguns minutos, Zé Graça até meditou um pouco. O chão se estremeceu intensamente e por um momento pen-saram que o Palácio todo iria desmoronar. PC ficou tão sôfrego que instalou a escada rapidamente e desceu com os olhos bem abertos. Viram o interior do castelo, ele era coberto dos diaman-tes avermelhados nas paredes, enquanto o piso era um xadrez de mármore e carvalho e o teto era uma abóbada com ornamentos esverdeados que se assemelhavam a serpentes em um fundo de sangue.

Em um chute violento, PC foi compelido para frente e algemado pelos guardas reais. Zé Graça entrou no Palácio e fugiu, enquanto Contente pegou sua pistola e deu um salto contra um dos vassalos reais, quebrando a sua baioneta e acertando seu rosto com uma força sem igual. Rodopiou e chutou o rosto de outro sândalo, antes de ser imobilizado por um mata-leão. Todos foram levados para o interior do castelo. Estavam sendo levados à festa de Neto.

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19 A REUNIÃO III

Felipe Neto vestia seu traje negro que era acompanhado por uma capa vermelha, com um toque final em seu cabelo colorido, uma coroa fina e empoeirada. Ele sentava-se na ponta da mesa, enquanto todos os outros estavam espalhados por ela. Os guardas cercavam a sala com suas baionetas. Sorriu e urgiu para que trouxessem o bolo. Todos os presos estava lá, vassalos e camaradas de Felipe Neto. Tudo feito em tamanha elegância que ninguém podia imaginar que aquela festa era uma preparação para a execução dos traidores do regime.

- Vocês chegaram longe, eu admito. . . Explodir o Palácio não é coisa que qualquer um faz, vocês são bons, realmente são. Sabe, eu gostaria até de fazer um discurso sobre como amigos de outras épocas me traíram. Um discurs. . .

- Chefia, hehe, eu tô com fome, vamos comer logo?- perguntou o desajustado maconheiro.

- Sim, vamos sim, só deixa o Nandinho e sua turma ouvirem o que eu tenho a dizer.

- Eu que tenho algo a dizer!. . . Eu. . . Bem. . . - tremendo PC gaguejou.

Em um salto só, ele arrancou a pistola que havia na sua mo-chila acoplada ao paraquedas e atirou contra o imperador. Um lamento ecoou pelo castelo, uma vida foi tirada, e sangue escor-ria pelas vestes de Felipe Neto. O maconheiro, em uma última demonstração de fidelidade ao imperador, se arremessou contra o disparo, salvando a vida do garotinho de cabelos pintados. O choro de Neto foi instantâneo, suas sobrancelhas se enrugaram

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19 A REUNIÃO III

contra seus olhos e ele fez uma cara de ódio jamais vista antes. Pegou um copo de leite de soja e tomou, depois sem nenhum sorriso, mandou executar PC ali mesmo. Pegaram o pobre re-volucionário e puseram-no contra a parede, atirando contra sua cabeça. Os gritos de raiva e dor se repetiam sem parar.

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20 A REUNIÃO IV / A FESTA

COMEÇA

Serviram multicor dominantemente avermelhado, seu interior era preenchido por um creme branco como neve. Todos olhavam melancolicamente para seus pratos, a maioria sequer comia, mas Neto comia tão rápido que muitos se assombraram. Nando sentava-se de frente para Sayuri que estava a esquerda de Toguro que ostentava uma boina do exercito real. O guitarrista puxou o cachimbo e raspou a parte carbonizada contra o guardanapo, escrevendo uma mensagem. Jogou o guardanapo para o travesti, que o viu e leu. Arregou os olhos, mas engoliu o nervosismo e perguntou, suavemente, para Toguro.

- Amor, vou ao banheiro, tá bom?

- Tá, mas volta logo, o imperador disse que vai ter um prato especial só para nós dois.

- OK!- falou. Passou pela barricada de guardas e se arremessou contra os corredores infindos.

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21 A REUNIÃO V /

ESCURIDÃO

Zé Graça vagava pela mansão mal iluminada. Ele ouviu os passos de alguém correndo com dificuldade, era certamente o irmão do imperador. Ficou tão amendrontado que virou o primeiro corredor e conseguiu perceber que o perseguidor não havia perdido seus traços, então entrou em outro corredor coberto por janelas verticais e gigantescas que transmitiam a luz da lua intensamente contra o negror obscuro e infindo. Tentou chegar do outro lado do corredor, mas caiu e rachou sua máscara. Olhou para trás, com um medo sem igual, derramando lágrimas. Ele seria executado ali mesmo, pensou ao ouvir uma risada abafada.

- C-calma lá, menininho, e-eu não sou quem voc. . . - Te peguei!- disse aquela escura silueta.

Era uma voz fina, feminina. Não era o sucessor da coroa, na verdade, mas Sayuri. Ele olhou com alívio para a travesti e ouviu atentamente o que ela dizia. Um plano tão insano que provavelmente daria errado.

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22 A REUNIÃO VI / O NOVO

IMPERADOR

Aquela figura gorda comia um pote de Nutella no canto daquela pequena cabine. Choramingava sobre não ser convidado e ser tão maltratado pelo próprio irmão. Olhou contra a porta se abrindo e viu um homem loiro com uma pinta vermelha na testa.

- Meu imperador, seu irmão acabou de morrer, temos que iniciar sua coroação quanto antes!

- O-o quê?- disse Lucas Neto derramando lágrimas.

- É verdade, você precisa ir para a Passarela dos Heróis rapida-mente, venha!

Ele puxou o irmão do Imperador pelo braço e o levou para fora do castelo. Enquanto isso, Sayuri pegou armas de antigos prisio-neiros no porão do castelo. Ele segurava uma metralhadora com os dois braços quando avistou uma silueta curvada e magricela. - Ora, ora, ora, eu, nós encontrei o viado. Nós, eu contarmos tudo para Imperador antes quanto!- disse, desconhecendo o objeto na mão do travesti.

- Não esquece de contar isso aqui também.- disse ao puxar o gatilho e fazer um barulho enorme. O corpo de Rafinha estava tão furado que poderia ser usado como peneira.

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23 A LUTA PELA COROA /

TOTTALER KRIEG II

Felipe Neto deu um salto e esbugalhou os olhos contra a direção que surgia um canto de uma metralhadora e um grito sufocado. O imperador dividiu os guardas em dois, uns iriam ficar ali no salão da festa para ficar de olho nos convidados, enquanto o resto haveria de procurar pelo atirador misterioso e Sayuri. Ele desconhecia que Sayuri era o autor do disparos. Também ficaria assombrado quando ouvira a notícia por ligação de que seu irmão havia chamado batalhões para cercarem o Palácio e matá-lo durante a festa.

Zé Graça conseguiu convencer Lucas Neto. Eles iriam marchar adentro do Palácio para terminar com o exército rebelde, pensava Lucas Neto, contudo, ele não sabia que estava permitindo um plano para terminar com a vida do imperador. Ele, na verdade, estava bem distraído com a coroa que Zé Graça lhe havia dado. Quando se assomou diversos soldados na entrada do castelo, um tiroteio começou a arder por dentro do castelo, os guerreiros de Felipe tinham iniciado a guerra. Um dos soldados arremessou uma granada que se destroçou em uma das escadas, dando início a um incêndio de chamas largas e incontroláveis. O fogo escalou os pilares e carcomeu a abóbada, derrubando as figuras verdes que lá estavam penduradas. Um dos atiradores enviou um recruta para o Salão para levar o imperador a uma saída de emergência em fim de salvá-lo da destruição daquele castelo.

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24 A BATALHA FINAL I

O imperador suava frio, só restou três soldados para controlar todos os convidados. Ele não conseguia discernir o som do fogo invadindo o interior do castelo, os gritos e o ruído da televisão. Fitou Nando Moura e Toguro. Meditou bastante e ordenou seu último pedido da noite.

- Já chega, a festa está arruinada. Vamos executá-los de uma vez.

- DESSA VEZ NÃO, VEIYO!- gritou Contente ao ver os guardas tentarem amarrá-lo. Deu um mortal e acertou a nuca dos dois com um chute jamais visto. O terceiro guarda correu de medo. - Bom, se vocês querem assim, assim será. Eu vou acabar com a

racinha imunda de imbecis como vocês.

O imperador retirou uma espada escondida de seu cinturão e jogou uma adaga para Nando Moura enquanto subia na mesa. Disse que queria terminar aquilo como homem e que ninguém devia interromper a batalha final. Nando ordenou que seus amigos fugissem para não morrerem no incêndio que tomava conta do castelo, ainda pediu-lhes para salvarem o Sayuri. Ele subiu na mesa e agarrou a pequena adaga em sua posição de batalha, pronto para terminar aquilo de uma vez por todas.

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25 FOGO

Bugalho, Olavo e Gabriel Monteiro procuravam a saída de emer-gência pelo Palácio. Gabriel virou por algum corredor e ficou de frente com Sayuri nos braços de Toguro que parecia estar bem machucado. Ele ostentava sangue no olho esquerdo que pin-gava no seu sorriso. Toguro caiu no chão com ataque de Gabriel Monteiro, enquanto Olavo levava Sayuri inconsciente para saída.

Gabriel Monteiro enforcava Toguro com um mata-leão, mas Toguro conseguiu cortar a perna do ex-policial com a ponta da sua bota. Gabriel deu uma volta e caiu de costas, enquanto Toguro o agarrou por trás pelo pescoço, enforcando-o. Seu rosto estava púrpura quando chutou as costas de Toguro e o desestabilizou, derrubando contra os degraus chamuscados que haviam ali. Ele derrapou por todos eles e foi engolido pelas mãos de fogo que comiam os degraus.

Monteiro levantou-se rapidamente e foi à procura pela saída do Palácio.

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26 A BATALHA FINAL II

Nando mal conseguia segurar sua adaga devido ao disparo do seu braço, ele tremia esperando Felipe Neto avançar. O imperador, com um sorriso amarelo, se jogou diante dele com a espada apontada para seu pescoço, rasgando o casaco do guitarrista e furando a sua pele. Nando, contudo desviou pela lateral e puxou o imperador pela capa, esfaqueando pelas costas. O imperador girou e chutou para longe Moura em sua face, espirrando sangue para todos os lados.

Nando cambaleou fora da mesa e, por mais um golpe de espada, derrubou Moura no chão que ostentava uma cicatriz no olho esquerdo. Felipe Neto lentamente andou até ele e sub-elevou sua bota em fim de esmagar o crânio do seu inimigo, contudo, Nando agarrou seu pé e o entortou lateralmente, tirando o equilíbrio do ditador. Felipe rodopiou e também bateu contra o chão de cara, largando sua espada. Nando segurou aquele punhal com força e a levantou, até Felipe se acometer contra ele e extirpar a arma da mão de Moura.

Apesar disso, Nando ainda tinha a adaga, que cravou contra o pescoço de Felipe e lá deixou. Neto fitou com olhos reluzentes e aproximou a espada para si e com os dois braços fraquejando atingiu Nando Moura. Estavam esmaltados de vermelho, como toda aquela cena. Nando estava com seus braços tão rubros quanto qualquer rubi que ali brilhava. Ele se enveredou para a saída e viu, pela última vez, o imperador.

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27 FÊNIX

Nando estava desmaiando, a fumaça preenchia aqueles corredores e o teto não parava de desmoronar sumariamente. Ele morreria ali, imaginou. O fogo agora se espalhava por todo lugar. Logo a visão dele se embaraçava e não conseguia nada enxergar além de silhuetas e o intenso vermelho do fogo. Nando foi pego pelo Zé Graça, que agora a máscara utilizava, e foi levado para os fundos. Zé Graça quase foi derrubado por um bloco que se desligou do teto e caiu contra o chão. Somente o incêndio e os lamentos podiam ser ouvidos, nenhuma bala era disparada, o tiroteio acabou.

No quintal do castelo, que agora todo chamuscado e denegrido estava, cresciam várias tulipas brancas em fileiras de jardinagem. Uma fonte se hospedava no centro do concreto e lá repousava os revolucionários vitoriosos, todos pareciam cansados. Nando não conseguia entender direito a situação, todavia, ficou feliz que tudo voltaria a como era, que ele não sentia mais nenhuma vontade de buscar seu cachimbo que deitava no banco do salão de festas lá atrás. Zé Graça o deitou no chão e todos ficaram observando as estrelas, que agora podiam ser vistas por uma pequena fresta entre as nuvens escuras. O céu não era mais vermelho.

Sayuri estava toda suja de ferrugem, mas se aconchegou no peito de Moura. A travesti olhou para ele e sorriu. Ele agarrou sua cintura e libertou um sorriso do seu rosto, assombrando todos, porque nunca o viram tão feliz assim. Finalmente, o homem federal estava realizado. A despeito de tamanha rejubilação, ele nunca esqueceria que todos seus inimigos lutaram por aquilo e morreram para fazer dos seus desejos reais.

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27 FÊNIX

era feliz com aquela vagabunda, ele era um homem federal e íntegro, refletiu. Toda sua fama renasceria e sua mansão se ergueria como nunca antes vista.

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28 VIVA LA REVOLUCION!

Uma gigantesca mansão branca substituía o congresso. O regime autoritário de Felipe Neto acabou e o Brasil ressurgiu das cinzas. Os revolucionários receberam anistia pelo exército e receberam o Grande-Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. O federalismo foi legalizado novamente e o crack proibido. A neblina misteriosa sumiu também e as ruas estavam sendo reformadas, o novo governo ContenteTV tinha intento de limpar o país das rachaduras das estradas e complicações rodoviárias.

O Youtube voltou à legalidade, também, o que trouxe a fu-tilidade para a juventude e às corjas de imbecis. Agora todos podiam acompanhar as novas briguinhas frívolas que aquelas subcelebridades adoravam fazer. Nando Moura, contudo, não quis retornar para essa vida. Ele se manteve anônimo, como um empresário bem sucedido, mas como músico nem tanto.

Em sua bela nova casa, Sayuri repousava pelado na alva cama, junto com Nando Moura. Ambos, apesar de quase dormindo sob o sereno raio do sol espiando pela cortina, sentiram o cheiro dos deliciosos bolinhos de chuva que Zé Graça preparava. Tudo o que se passou parecia um pesadelo distante, ninguém podia dizer que foi real.

Olavo e Henry Bugalho assistiam televisão em um sofá grande e confortável. Tragando o seu charuto, o astrólogo e filósofo não deixava de comentar sobre o uso de fetos abortados nos refrigerantes de uma empresa. Todavia, Henry virou homem e deixou de ser sojado, agora esbanjava seus músculos para qualquer um e só sobre isso podia pensar.

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28 VIVA LA REVOLUCION!

país. Ele trouxe a inovação que tanto desejou e fez dos seus clipes musicais o novo hino nacional.

VIVA LA REVOLUCION!

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Edição feita por anônimo 4d5a3 da 662443 Caravela Livros

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