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Escola da Fé 09/01/2018. Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa

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«Catequese: A Alegria do

Encontro com Jesus Cristo»

I.

Catequese renovada? Como participar?

II. Como recebemos o Jesus Cristo que vem até nós?

III. Em que lugares fazemos este encontro?

IV. Quem nos ajuda preparar o encontro?

V. A quem levamos o nosso testemunho?

(3)

Oração

Vinde, Espírito Santo

Enchei o coração dos vossos fiéis

e acendei nele o fogo do vosso amor.

Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.

E renovareis a face da terra.

Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com as

luzes do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas

as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua

consolação.

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«Catequese: A Alegria do Encontro

com Jesus Cristo»

I.

No Coração da Catequese (1-5)

II. É Cristo que vem ao nosso encontro (6-12)

III. Lugares do encontro (13-26)

IV. Mediadores do encontro (27-38)

V. Destinatários do encontro (39-50)

VI. A alegria do encontro (51-53)

(5)

I. No Coração da Catequese

A importância do encontro

“No início do ser cristão não há uma decisão ética ou uma

grande ideia, mas o encontro, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, um rumo decisivo.”

“Deus é Amor” Papa Bento XVI

“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de o procurar no dia a dia sem cessar.”(…)

(6)

I. No Coração da Catequese

A importância do encontro

“O verdadeiro missionário, não deixa jamais de ser discípulo, sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele…

Se não O descobre presente no coração, depressa perde o

entusiasmo, falta-lhe a força e a paixão. E uma pessoa que não está entusiasmada, segura, enamorada, não convence ninguém.”

(7)

I. No Coração da Catequese

A urgência do encontro

“Grande número de crianças, adolescentes e jovens abandonam a catequese e a prática cristã.” PORQUÊ?

- Porque já não lhes interessa a oferta?

- Porque não dá resposta às questões e interrogações que os inquietam?

O problema: É difícil encontrar Cristo no testemunho de vida do catequista e de toda a comunidade que o envia e sustenta.

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I. No Coração da Catequese

A urgência do encontro

Proposta: Passar do modelo escolar ao catecumenal - não

apenas a transmissão de conhecimento, mas o encontro pessoal com Jesus Cristo, vivido em dinâmica vocacional…

Deus chama e o ser humano responde.”

O modelo predominante é um encontro semanal, em

concorrência com outras atividades formativas/recreativas mais aliciantes, calendarização paralela à escolar, catequizandos

ausentes das celebrações maiores (Páscoa, Natal) por estarem de férias. “Prendê-los” até ao Crisma para deixarem a Igreja como deixam a escola…

(9)

I. No Coração da Catequese

A urgência do encontro

Outros motivos que justificam a urgência: • A rotura na transmissão geracional da fé;

• A sociedade secular que leva as pessoas a pensar e agir sem Deus, mesmo as que se dizem cristãs;

• A degradação das famílias, o individualismo, a falta de diálogo, os divórcios;

• A globalização: nas redes sociais as múltiplas solicitações, propostas, informações contraditórias que criam confusão, e no ambiente urbano individualista e neo-liberal em que

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I. No Coração da Catequese

Oportunidades para o encontro

Situações negativas, mas que devem constituir motivação para um renovado impulso missionário. Verificam-se já sinais de

desejo de Deus e abertura à fé:

• Procura da espiritualidade, mais expressões de solidariedade, valorização do património moral e artístico do cristianismo; • Surgem mais famílias empenhadas em acompanhar os filhos e

a colaborar no seu desenvolvimento integral;

• Aumento de adultos e jovens que (re)descobrem a fé e até crianças que se encantam por Jesus, por vezes por reação contrária ao individualismo e ambiente adverso.

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I. No Coração da Catequese

Oportunidades para o encontro

Diz-nos o Papa Bento XVI:

No meio da “desertificação espiritual da sociedade atual”

surgem sinais desta sede de Deus, do sentido último da vida. Existe sobretudo a necessidade de pessoas de fé, que com as suas próprias vidas indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo viva a esperança – cristãos que testemunhem Cristo a tantos que O procuram, mesmo sem disso terem consciência.

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I. No Coração da Catequese

Sinais de uma catequese renovada

• Relacionar a fé e a vida, valorizar a liturgia, com realce para a Eucaristia na formação cristã;

• Envolver as famílias na formação cristã dos filhos;

• Conjugar a catequese com a vida das comunidades cristãs; • Catequistas mais conscientes da necessidade de formação e

vivência da fé;

• Envolver mais jovens no serviço da catequese;

• Intensificar a dimensão missionária, cativando ausentes e despertando os pais para a sua própria formação;

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II. É Cristo que vem ao nosso

encontro

Jesus Cristo ressuscitado…

Continua a vir ao nosso encontro como fez com as primeiras testemunhas;

Testemunho em que se fundamenta a nossa fé.

As testemunhas tornaram-se as pedras do alicerce da sua Igreja. Da pregação de Pedro, foi criado o modelo de todas as Igrejas de todos os tempos e lugares.

Os cristãos são assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. (At 2, 42)

Atividades em que Jesus Ressuscitado vem ao nosso encontro, para d’Ele, com Ele e para Ele vivermos.

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II. É Cristo que vem ao nosso

encontro

O Ressuscitado é também o Crucificado – Aquele que na morte,

deu a sua vida por nós (1 Jo 3,16).

Alguns dos sinais do amor do Crucificado comunicado enquanto Ressuscitado:

As aparições e a sua consequente gratuidade: não são os discípulos que O procuram; é Ele que vem ao seu encontro.

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II. É Cristo que vem ao nosso

encontro

A centralidade do querigma

A reação das testemunhas é anunciar:

Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: Vi o Senhor. E eles a Tomé: Vimos o Senhor. (Jo 20, 18.25)

A testemunha transmite a sua vivencia, a sua experiência do sagrado do encontro com Jesus Cristo Senhor.

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II. É Cristo que vem ao nosso

encontro

“…apresentei-me diante de vós, cheio de fraqueza e de temor e a tremer deveras. Mas foi por isso que acrditaram…” por verem a

poderosa manifestação do Espírito. (1 Cor 13, 7-8)

“…todos os que tinham abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum…, todos os dias frequentavam o templo, como se tivessem uma só alma, e partiam o pão em suas casas,… por isso gozavam da simpatia de todo o povo, e o senhor aumentava todos os dias o número dos que deviam salvar-se. (At 2, 44-47)

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II. É Cristo que vem ao nosso

encontro

A catequese é o primeiro anúncio, por ser o princípio, mas também o anúncio principal, aquele que se tem de voltar a anunciar sempre:

«Jesus Cristo ama-te, deu a sua vida para te salvar e agora vive contigo todos os dias para te iluminar, fortalecer, libertar»

(Papa Francisco “Alegria do Evangelho”) A catequese não pode ser apenas transmissão de doutrina.

Todo o encontro de catequese tem ser um encontro com Jesus, pois só Ele nos pode despertar a fé.

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III. Lugares do encontro

A Igreja

Comunidade de crentes

A palavra da Escritura

“todas as Escrituras (a Lei, os Profetas e os Salmos) se cumpriram em Jesus Cristo” por isso, “desconhecer as Escrituras é

desconhecer Cristo” (S. Jerónimo)

A Bíblia contem a Palavra de Deus e através dos Livros Sagrados o Pai vem ao encontro dos filhos para conversar com eles.

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III. Lugares do encontro

A Eucaristia

“o sacramento dos sacramentos” (S. Tomás de Aquino) “na Eucaristia está Cristo, nossa Páscoa”

A participação plena, consciente e ativa nas celebrações

litúrgicas: “…que os fiéis sejam instruídos pela palavra de Deus, se alimentem à mesa do Corpo do Senhor, deem graças a Deus; oferecendo a hóstia imaculada, em união com o sacerdote e, aprendam a oferecer-se a si mesmos e, por Cristo Mediador, sejam consumados na unidade com Deus e entre si”

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III. Lugares do encontro

A vivência da caridade

A prática da caridade na igreja “pertence tanto à sua essência como o serviço dos sacramentos e o anúncio do evangelho.”

Mais: “São deveres que se reclamam mutuamente, não podendo um ser separado dos outros”.

É que também a caridade nasce e se nutre de Cristo, do encontro pessoal com Ele, naquele supremo ato de doação em que se

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III. Lugares do encontro

Uma catequese comunitária

Jesus está presente na sua Igreja: “Onde estão dois ou três reunidos em meu nome, eu estou no meio deles.”(Mt 18, 20) A finalidade última da catequese é pôr as pessoas não apenas em contacto, mas em comunhão, em intimidade, com Jesus Cristo”.

É sobretudo, na Igreja – comunidade de fé, que os catequizandos podem encontrar-se com Jesus Cristo Senhor, presente ao vivo na Palavra, na Liturgia, na Eucaristia e nos sacramentos, e na prática da caridade.

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IV. Mediadores do encontro

A comunidade

É sempre da comunidade cristã que nasce o anúncio do Evangelho, que convida à conversão e a seguir Cristo.

Ninguém que se tenha encontrado com Jesus Cristo, consegue passar sem O anunciar.

Os ministros ordenados

Bispos, presbíteros e diáconos.

“Quem quiser pregar, deve primeiro estar disposto a deixar-se tocar pela Palavra de Deus e encarná-la na sua vida concreta.”

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IV. Mediadores do encontro

O catequista

Figura chave na catequese, deve ser um guia espiritual que acompanha no caminho do Senhor.

O que só é possível se ele próprio tiver experiência pessoal do encontro com Ele e conhecer o caminho a percorrer – o encontro do qual nasce também a sua vocação: “ o desejo de O anunciar, de «evangelizar» .

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IV. Mediadores do encontro

A família

• A família é “insubstituível” na catequese da infância mas também na adolescência.

• A maior causa de abandono precoce está na falta de

envolvimento dos pais e outros familiares na formação cristã. • Que fazer para que os pais mantenham a promessa que

fizeram ao pedir o batismo para os filhos?

• Hoje têm de ser os filhos a levar os pais ao (re)encontro com Deus, convencendo-os q participar em tudo o que faz parte da catequese que pedem para os filhos.

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IV. Mediadores do encontro

A família

• Vantagens da inserção dos pais na catequese:

• A família torna-se maia “igreja doméstica”. Impelidos pelo amor de Cristo, a comunhão entre os membros da família

fortalece-se - benefício sobretudo dos filhos que precisam não só de que os pais os amem, mas também de que se amem

mutuamente, com o amor que lhes vem de Deus.

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IV. Mediadores do encontro

Outros mediadores

• Na escola: os professores de Educação Moral e Religiosa Católica

• Na comunidade: associações, movimentos e grupos de fieis. Só na comunhão podemos encontrar Jesus Cristo – a

comunhão em que se respeite e acolha cada um na sua diversidade.

• Conjugar esforços entre os vários vetores da formação cristã – família, escola e movimentos educativos, para que atuem em complementaridade e convergência.

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V. Destinatários do encontro

Crianças da primeira infância

• Escola paroquial de pais (encontros de formação de pais, colaboração dos pais na catequese dos filhos, catequese intergeracional, pais que se reúnem para rezar e refletir em comum, partilhar saberes e experiências, envolvimentos nas festas de catequese, …)

• Catequese familiar - delineada e construída a partir dos materiais da catequese da infância (catecismos e guias) e contempla as exigências pedagógicas de uma tarefa

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V. Destinatários do encontro

Adolescentes e jovens

• Caracterizam-se, primeiramente, pela busca de autonomia e a consequente necessidade de serem pessoas livres e

responsáveis. Tendem a deixar a tutela dos pais para criar amizade de preferência com colegas da mesma faixa etária. • Proposta – fazer do grupo de catequese, antes de mais, um

grupo de amigos – para mais, unidos, não apenas por simples laços humanos, mas pelo amor de Deus revelado em Cristo.

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V. Destinatários do encontro

Adolescentes e jovens

• Respeitando o aumento da capacidade de raciocínio deles e o seu espírito crítico. Dê-se-lhes então a oportunidade, mais do que nas fases anteriores do percurso catequético, de intervir ativamente na reflexão sobre os temas transmitidos, nas

decisões a tomar em grupo e na avaliação de atividades realizadas.

• O catequista deve ser sobretudo um animador que propõe e orienta, convicto nas ideias, firme nas decisões e sobretudo amigo, à maneira de Jesus Cristo de quem é testemunha.

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V. Destinatários do encontro

Adultos

• Para S. João Paulo II, a catequese de adultos “é a principal

forma de catequese, porque se dirige a pessoas que têm as

maiores responsabilidades e capacidades para viverem a mensagem cristã. Deve ser “permanente”, mas adaptada ao nível de conhecimento e vivência da fé dos seus destinatários e das circunstâncias de vida em que se encontram, incluindo as da saúde e da idade.

• Outras formações voltadas para múltiplas motivações

vocacionais (liturgia, caridade, celebração dos sacramentos, missões, e outras).

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VI. A alegria do encontro

É de facto neste amor que, como diz o Papa Francisco, “está a fonte da ação evangelizadora. Porque se alguém acolheu este

amor que lhe devolve o sentido da vida, como é que pode conter o desejo de o comunicar aos outros?”

Tem, porém, de ser comunicado tal como é recebido: Nisto conhecemos o amor: Ele (Jesus) deu a vida por nós e nós

devemos dar a vida pelos nossos irmãos. E por isso não amemos com palavras nem com a língua, mas com obras e em verdade.

Referências

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