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FECOMERCIO SP FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SÃO PAULO. COORDENADORIA OESTE

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FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

COORDENADORIA OESTE

Relatório Jurídico

Microempreendedor Individual – MEI

Aspectos legais e prognóstico quanto a utilização deste veículo societário.

(2)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...2

2. MICROEMPREENDEDORINDIVIDUAL-BASELEGALENATUREZAJURÍDICA ...3

3. FORMALIZAÇÃO ... 12

4. TRIBUTAÇÃOEOBRIGAÇÕESACESSÓRIAS ... 14

5. CONTRATAÇÃODECOLABORADORES ... 16

6. DESVANTAGENSQUANTOAOPÇÃOPELOMEI ... 17

7. RELAÇÃODOMEICOMASENTIDADESPATRONAIS ... 21

8. PROGNÓSTICOQUANTOAUTILIZAÇÃODOMEI... 24

8.1.PROGNÓSTICO ESTADUAL ... 25

8.2.PROGNÓSTICO REGIONAL ... 30

CONCLUSÃO ... 36

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS ... 38

(3)

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por escopo demonstrar o conceito do tipo societário denominado Microempreendedor Individual – MEI, bem como a sua utilização em termos práticos na persecução da atividade empresária, mais precisamente em relação ao comércio varejista. Inicia-se o estudo pela base legal e natureza jurídica, respectivamente, avançando no sentido de pontuar também as condições, tanto subjetivas quanto objetivas, para caracterizar-se na condição de MEI, demonstrando, para tanto, os limites quanto à receita bruta anual permitida nesta modalidade empresária, as atividades permissivas para sua utilização, os procedimentos para registro e liberação de documentos, forma de tributação, possibilidade de contratação de colaboradores, bem com as desvantagens quanto a opção ao aludido veículo empresarial.

Sequencialmente será abordado o relacionamento sindical que tais pessoas jurídicas mantêm em âmbito patronal.

E, por fim, explanar-se-á um prognóstico quanto a utilização deste veículo, tanto em termos estaduais quanto regionais, traçando um paralelo evolutivo e comparativo com demais tipos societários, tais como as sociedades empresárias, o empresário, assim definido pelo Código Civil e a empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI.

(4)

2. MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - BASE LEGAL E NATUREZA JURÍDICA

Inserido no ordenamento jurídico nacional por intermédio da Lei Complementar n.º 128/2007, a qual conferiu nova redação ao Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n.º 123/2006), o Microempreendedor Individual – MEI, encontra-se regulado por intermédio dos artigos 18-A, B e C, d citado diploma.

Acerca da natureza jurídica, disciplina o parágrafo primeiro do artigo 18-A, do citado estatuto que, paraa os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. Já o Portal do Empreendedor define que “Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário”.1

Trazida a natureza jurídica e o conceito do tipo societário denominado Microempreendedor Individual – MEI, busca-se agora a definição de empresário individual, instituto utilizado pelo legislador para a criação do MEI. Assim dispõe o artigo 966, do Código Civil: Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.

Pontuada a legislação, verifica-se que a figura do empresário constitui-se de determinada pessoa física que organiza-se de maneira individual para o exercício de atividade econômica organizada, voltada a produção ou a circulação de bens ou serviços.

1

Portal do Empreendedor - Mei, REDESIM, disponível em < http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual>. Acesso em 29.08.2016.

(5)

Posta tal definição, observa-se que a distinção entre a figura do empresário inserida no artigo 966, do Código Civil e o Microempreendedor Individual – MEI, contida no artigo 18-A, do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, encontra-se na inencontra-serção de determinadas condições, tanto subjetivas quanto objetivas, para que o empreendedor possa caracterizar-se na condição de MEI, para persecução da atividade empreendedora.

Iniciando pelos requisitos subjetivos, isto é, quanto às condições do próprio empresário, a lei veda a caracterizar-se como MEI, dentre outros termos, àquele que possua mais de um estabelecimento ou que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador.

Já em relação aos requisitos objetivos, isto é, quanto ao negócio propriamente dito, pode-se citar inicialmente a receita bruta auferida pelo empresário, ou seja, o produto oriundo da venda de bens ou serviços. No caso do MEI, a lei limita a essa caracterização aos empresários que aufiram receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), enquanto ao empresário, inexiste tal limitação.

Ademais, a lei condiciona para tal ato, além dos limites de receita bruta ora postos, a atividade a ser desenvolvida pelo empresário, isto é, impõe um rol de ocupações, as quais permissivas a serem exploradas para essa modalidade. Mais precisamente em relação ao comércio varejista, foco do presente estudo, eis o rol das atividades permissivas condição de MEI, nos termos do Anexo XIII, da Resolução CGSN 94/2011, como segue:

OCUPAÇÃO CNAE DESCRIÇÃO SUBCLASSE CNAE ISS ICMS

ABATEDOR(A) DE AVES COM COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO

4724-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE

HORTIFRUTIGRANJEIROS N S

AÇOUGUEIRO(A) 4722-9/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE CARNES –

AÇOUGUES N S

ANTIQUÁRIO(A) 4785-7/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE

(6)

BALEIRO(A) 4721-1/04 COMÉRCIO VAREJISTA DE DOCES,

BALAS, BOMBONS E SEMELHANTES N S

BARRAQUEIRO(A) 4712-1/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - MINIMERCADOS, MERCEARIAS E ARMAZÉNS N S COMERCIANTE DE INSETICIDAS E RATICIDAS 4789-0/05

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS

SANEANTES DOMISSANITÁRIOS N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS

PARA PISCINAS 4789-0/05

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS

SANEANTES DOMISSANITÁRIOS N S

COMERCIANTE DE ANIMAIS VIVOS E DE ARTIGOS E ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

4789-0/04

COMÉRCIO VAREJISTA DE ANIMAIS VIVOS E DE ARTIGOS E ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

ARMARINHO 4755-5/02

COMERCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

ARMARINHO N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

BEBÊ 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

CAÇA, PESCA E CAMPING 4763-6/04

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

CAÇA, PESCA E CAMPING N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

CAMA, MESA E BANHO 4755-5/03

COMERCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

CAMA, MESA E BANHO N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

COLCHOARIA 4754-7/02

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

COLCHOARIA N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

CUTELARIA 4759-8/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

ILUMINAÇÃO 4754-7/03

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

ILUMINAÇÃO N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

JOALHERIA 4783-1/01

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

JOALHERIA N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

ÓPTICA 4774-1/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

ÓPTICA N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

RELOJOARIA 4783-1/02

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

(7)

COMERCIANTE DE ARTIGOS DE TAPEÇARIA, CORTINAS E PERSIANAS

4759-8/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

TAPEÇARIA, CORTINAS E PERSIANAS N S COMERCIANTE DE ARTIGOS DE

VIAGEM 4782-2/02

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

VIAGEM N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS DO

VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS 4781-4/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DO

VESTUÁRIO E ACESSÓRIOS N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

ERÓTICOS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

ESPORTIVOS 4763-6/02

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

ESPORTIVOS N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS FOTOGRÁFICOS E PARA FILMAGEM

4789-0/08 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

FOTOGRÁFICOS E PARA FILMAGEM N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

FUNERÁRIOS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

MÉDICOS E ORTOPÉDICOS 4773-3/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

MÉDICOS E ORTOPÉDICOS N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

PARA HABITAÇÃO 4759-8/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE ARTIGOS

USADOS 4785-7/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS

ARTIGOS USADOS N S

COMERCIANTE DE BEBIDAS 4723-7/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE BEBIDAS N S COMERCIANTE DE BICICLETAS E

TRICICLOS; PEÇAS E ACESSÓRIOS 4763-6/03

COMÉRCIO VAREJISTA DE BICICLETAS E

TRICICLOS; PEÇAS E ACESSÓRIOS N S COMERCIANTE DE SUVENIRES,

BIJUTERIAS E ARTESANATOS 4789-0/01

COMÉRCIO VAREJISTA DE SUVENIRES,

BIJUTERIAS E ARTESANATOS N S

COMERCIANTE DE BRINQUEDOS

E ARTIGOS RECREATIVOS 4763-6/01

COMÉRCIO VAREJISTA DE

BRINQUEDOS E ARTIGOS RECREATIVOS N S COMERCIANTE DE CAL, AREIA,

PEDRA BRITADA, TIJOLOS E TELHAS

4744-0/04 COMÉRCIO VAREJISTA DE CAL, AREIA,

PEDRA BRITADA, TIJOLOS E TELHAS N S COMERCIANTE DE CALÇADOS 4782-2/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE CALÇADOS N S

(8)

COMERCIANTE DE CARVÃO E

LENHA 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE CESTAS DE

CAFÉ DA MANHÃ 4729-6/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EM GERAL OU ESPECIALIZADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE N S COMERCIANTE DE COSMÉTICOS E ARTIGOS DE PERFUMARIA 4772-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE COSMÉTICOS, PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL

N S

COMERCIANTE DE DISCOS, CDS,

DVDS E FITAS 4762-8/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE DISCOS, CDS,

DVDS E FITAS N S COMERCIANTE DE ELETRODOMÉSTICOS E EQUIPAMENTOS DE ÁUDIO E VÍDEO 4753-9/00

COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE ELETRODOMÉSTICOS E

EQUIPAMENTOS DE ÁUDIO E VÍDEO

N S

COMERCIANTE DE EMBALAGENS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE N S COMERCIANTE DE EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA E COMUNICAÇÃO 4752-1/00

COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE EQUIPAMENTOS DE TELEFONIA E COMUNICAÇÃO N S COMERCIANTE DE EQUIPAMENTOS E SUPRIMENTOS DE INFORMÁTICA 4763-6/01

COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE EQUIPAMENTOS E SUPRIMENTOS DE INFORMÁTICA S S COMERCIANTE DE EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIO 4789-0/07 COMÉRCIO VAREJISTA DE

EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIO N S

COMERCIANTE DE EXTINTORES

DE INCÊNDIO 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE FERRAGENS E

FERRAMENTAS 4744-0/01

COMÉRCIO VAREJISTA DE FERRAGENS

E FERRAMENTAS N S

COMERCIANTE DE FLORES,

PLANTAS E FRUTAS ARTIFICIAIS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

(9)

COMERCIANTE DE FOGOS DE

ARTIFÍCIO 4789-0/06

COMÉRCIO VAREJISTA DE FOGOS DE

ARTIFÍCIO E ARTIGOS PIROTÉCNICOS N S COMERCIANTE DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) 4784-9/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) N S COMERCIANTE DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS 4756-3/00

COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS

N S

COMERCIANTE DE LATICÍNIOS 4754-7/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE LATICÍNIOS E

FRIOS N S COMERCIANTE DE LUBRIFICANTES 4732-6/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE LUBRIFICANTES N S COMERCIANTE DE MADEIRA E ARTEFATOS 4744-0/02

COMÉRCIO VAREJISTA DE MADEIRA E

ARTEFATOS N S

COMERCIANTE DE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO EM GERAL 4744-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAIS

DE CONSTRUÇÃO EM GERAL N S

COMERCIANTE DE MATERIAIS

HIDRÁULICOS 4744-0/03

COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAIS

HIDRÁULICOS N S

COMERCIANTE DE MATERIAL

ELÉTRICO 4742-3/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE MATERIAL

ELÉTRICO N S COMERCIANTE DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS 4721-1/03 COMÉRCIO VAREJISTA DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS N S COMERCIANTE DE MOLDURAS E QUADROS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE MÓVEIS 4771-7/04 COMÉRCIO VAREJISTA DE MÓVEIS N S COMERCIANTE DE OBJETOS DE

ARTE 4789-0/03

COMÉRCIO VAREJISTA DE OBJETOS DE

ARTE N S

COMERCIANTE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS NOVOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

4530-7/03

COMÉRCIO A VAREJO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS NOVOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

N S

COMERCIANTE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA APARELHOS ELETROELETRÔNICOS PARA USO DOMÉSTICO

4757-1/00

COMÉRCIO VAREJISTA ESPECIALIZADO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA APARELHOS ELETROELETRÔNICOS PARA USO DOMÉSTICO, EXCETO INFORMÁTICA E COMUNICAÇÃO

(10)

COMERCIANTE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA

MOTOCICLETAS E MOTONETAS

4541-2/05

COMÉRCIO A VAREJO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS PARA MOTOCICLETAS E MOTONETAS

N S

COMERCIANTE DE PEÇAS E ACESSÓRIOS USADOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

4530-7/04

COMÉRCIO A VAREJO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS USADOS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES

N S

COMERCIANTE DE PERUCAS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE PLANTAS, FLORES NATURAIS, VASOS E ADUBOS

4789-0/02 COMÉRCIO VAREJISTA DE PLANTAS E

FLORES NATURAIS N S COMERCIANTE DE PNEUMÁTICOS E CÂMARAS-DE-AR 4530-7/05 COMÉRCIO A VAREJO DE PNEUMÁTICOS E CÂMARAS-DE-AR N S COMERCIANTE DE PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL 4772-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE COSMÉTICOS, PRODUTOS DE PERFUMARIA E DE HIGIENE PESSOAL

N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS

DE LIMPEZA 4789-0/05

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS

SANEANTES DOMISSANITÁRIOS N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS

HOMEOPÁTICOS

4771-7/03 COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS

FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, SEM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS

4771-7/01

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS, SEM MANIPULAÇÃO DE FÓRMULAS

N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS

NATURAIS 4729-6/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EM GERAL OU ESPECIALIZADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS

PARA FESTAS E NATAL 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE PRODUTOS

RELIGIOSOS 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

(11)

COMERCIANTE DE REDES PARA

DORMIR 4789-0/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS PRODUTOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE SISTEMA DE

SEGURANÇA RESIDENCIAL 4759-8/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE TECIDOS 4755-5/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE TECIDOS N S COMERCIANTE DE TINTAS E

MATERIAIS PARA PINTURA 4741-5/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE TINTAS E

MATERIAIS PARA PINTURA N S

COMERCIANTE DE TOLDOS E

PAPEL DE PAREDE 4759-8/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE OUTROS ARTIGOS DE USO PESSOAL E DOMÉSTICO NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

COMERCIANTE DE VIDROS 4743-1/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE VIDROS N S JORNALEIRO(A) 4761-0/02 COMÉRCIO VAREJISTA DE JORNAIS E

REVISTAS N S

LIVREIRO(A) 4761-0/01 COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS N S

MERCEEIRO(A)/VENDEIRO(A) 4712-1/00

COMÉRCIO VAREJISTA DE MERCADORIAS EM GERAL, COM PREDOMINÂNCIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS - MINIMERCADOS, MERCEARIAS E ARMAZÉNS

N S

PAPELEIRO(A) 4761-0/03 COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE

PAPELARIA N S

QUITANDEIRO(A) 4729-6/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EM GERAL OU ESPECIALIZADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

N S

SORVETEIRO(A) 4729-6/99

COMÉRCIO VAREJISTA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS EM GERAL OU ESPECIALIZADO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS NÃO ESPECIFICADOS ANTERIORMENTE

(12)

VENDEDOR(A) DE AVES VIVAS, COELHOS E OUTROS PEQUENOS ANIMAIS PARA ALIMENTAÇÃO

4724-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE

HORTIFRUTIGRANJEIROS N S

VERDUREIRO 4724-5/00 COMÉRCIO VAREJISTA DE

HORTIFRUTIGRANJEIROS N S

Outra significativa diferença entre os institutos reside no fato de que, no empresário optante pelo Simples Nacional, existe a obrigatoriedade da entrega de obrigações acessórias, tais como a Declaração de Imposto de Renda Anual, GFIP, RAIS, dentre outras, enquanto o MEI que não possui empregados, restará somente obrigado a fornecer ao Fisco Federal uma única declaração anual. Ademais, como se verá adiante, a forma de tributação também configura-se como um grande diferencial entre os mesmos.

Sendo assim, caso o empresário preencha os requisitos aqui pontuados, poderá caracterizar-se pela sistemática do Microempreendedor Individual – MEI, no que tange a execução da atividade comercial.

(13)

3. FORMALIZAÇÃO

Entende-se por formalização o ato pelo qual o empresário leva a registro, junto aos órgãos competentes, o seu respectivo requerimento de empresário. Neste sentido, eis o que disciplina o artigo 967 do Código Civil, que aborda a figura do empresário: “É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade”

No que tange o registro como MEI, segue o legislador civilista ao pontuar que “o processo de abertura, registro, alteração e baixa do microempreendedor individual de que trata o art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, bem como qualquer exigência para o início de seu funcionamento deverão ter trâmite especial e simplificado, preferentemente eletrônico, opcional para o empreendedor, na forma a ser disciplinada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – CGSIM...( parágrafo 4o ,do artigo 968, do Código Civil).

Tendo em vista as disposições acima, para registro como MEI, bastará o empreendedor acessar o endereço eletrônico denominado Portal do Empreendedor2, onde será possível a formalização de todas as inscrições junto as esferas Federal, Estadual e Municipal, de forma rápida e com a dispensa de vários trâmites burocráticos ofertados à eleição de outros tipos societários, como a sociedade empresária, por exemplo.

Em relação ao alvará de funcionamento e demais licenças, dispõe o já citado portal que “a concessão do Alvará de Localização depende da observância das normas dos Códigos de Zoneamento Urbano e de Posturas Municipais. Assim, a maioria dos municípios mantém o serviço de consulta prévia para o empreendedor saber se o local escolhido para estabelecer a sua empresa está de acordo com essas normas. Além disso, outras normas devem ser seguidas, como as sanitárias, por exemplo, para quem manuseia alimentos. Antes de qualquer procedimento, o empreendedor deve consultar

2

Portal do Empreendedor - Mei, REDESIM, disponível em < http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual/formalize-se>.Acesso em 29.08.2016.

(14)

as normas municipais para saber se existe ou não restrição para exercer a sua atividade no local escolhido, além de outras obrigações básicas a serem cumpridas. No momento da inscrição, o interessado declara que cumpre e entende a legislação municipal e que a obedecerá, sob pena de ter cancelado o seu alvará provisório, que tem validade de 180 dias”3.

Faz-se necessário ressaltar também que no ato da inscrição restará disponível no portal a requisição para opção pelo regime tributário do Simples Nacional ao MEI (SIMEI), cujas características estarão devidamente pontuadas em capítulo posterior.

Obtidas as respectivas inscrições, restará o empresário apto ao exercício da atividade empresária.

3

Portal do Empreendedor - Mei, REDESIM, disponível em < http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual/obrigacoes-e-responsabilidades-do-mei>. Acesso em 29.08.2016.

(15)

4. TRIBUTAÇÃO E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Diferentemente do empresário optante pelo regime do Simples Nacional, que recolhe seus tributos de maneira unificada pela guia DAS - mediante a aplicação de alíquota sobre a receita bruta auferida em determinado período, o MEI, optante pelo SIMEI (Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos Abrangidos pelo Simples Nacional) - possui um valor fixo a ser recolhido mensalmente, independentemente da receita bruta auferida.

Atualmente tais valores encontram-se assim dispostos nas alíneas “a” a “c”, do inciso V, do parágrafo 2º, do artigo 18-A, da Lei Complementar n.º 123/2006:

a) R$ 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a título da contribuição prevista no inciso IV deste parágrafo;

b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ICMS; e

c) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII do caput do art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ISS;

Eis os valores praticados para o exercício de 2016, segundo dados do Portal do Empreendedor:

MEIs – Atividade INSS - R$ ICMS/ISS - R$ Total - R$ Comércio e Industria - ICMS 44,00 1,00 45,00

Serviços - ISS 44,00 5,00 49,00

(16)

Cabe ressaltar que o empresário inscrito na condição de MEI, gozará dos benefícios previdenciários, tais como auxílio doença, licença maternidade e aposentadoria, respectivamente.

Caso o empresário optante pelo SIMEI exceder o limite da receita bruta equivalente a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) anuais, restará esse desenquadrado do citado regime, devendo recolher seus tributos pela sistemática do Simples Nacional convencional. Contudo, caso tenha havido excesso em mais de 20% (vinte por cento) do valor anteriormente descrito, deverá retroagir tais recolhimentos nos termos do Simples Nacional ao dia 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, apurando a diferença, sem acréscimos, em parcela única, juntamente com a da apuração do mês de janeiro do ano-calendário subsequente ao do excesso.

Em relação a emissão de documentos fiscais, esses poderão ser efetivados diretamente por sistema nacional informatizado e pela internet, sem custos para o empreendedor, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional.

No que tange o oferecimento de informações ao Fisco, será ofertada uma única declaração à Secretaria da Receita Federal do Brasil, com dados relacionados a fatos geradores, base de cálculo e valores dos tributos previstos na lei.

(17)

5. CONTRATAÇÃO DE COLABORADORES

O empresário individual poderá caracterizar-se na condição de MEI, desde que possua um único empregado, nos termos do artigo 18-C, da Lei Complementar n.º 123/2006. Contudo, o empregado deverá perceber, a título de remuneração, a quantia de 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

Caso haja a contratação de empregado, restará o empresário obrigado a recolher a Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), no importe de 3% (três por cento) sobre o salário-contribuição, e a Contribuição Empregado, equivalente a 8% (oito por cento) sobre o salário-contribuição, além do recolhimento mensal do FGTS no importe de 8% (oito por cento). Também deverão ser entregues, tanto da GFIP mensal, como a RAIS anual, além de seguir as diretrizes e normas trabalhistas, tais como a Convenção Coletiva de Trabalho celebrada pela respectiva categoria.

(18)

6. DESVANTAGENS QUANTO A OPÇÃO PELO MEI

Estudo do SEBRAE/SP, intitulado de “CAUSA MORTIS – O sucesso e o fracasso das

empresas nos primeiros 5 anos de vida”4 realizado no ano de 2014, aponta 3 (três) fatores como determinantes ao insucesso de determinado empreendimento empresarial. São eles:

1 – Planejamento Prévio, onde, dentre outros termos está, ao abrir a empresa, parte dos empreendedores não levantou informações importantes sobre o mercado;

2 – Gestão empresarial caracterizada, em termos práticos pela experiência prévia ou conhecimentos no ramo influenciam a permanência das empresas no mercado;

3 – Comportamento Empreendedor, notadamente caracterizado em antecipar aos fatos, buscar intensamente informações e persistir nos objetivos são comportamentos que distinguem os empreendedores de sucesso.

Postas as questões em tela, observa-se que o capital utilizado para a constituição de determinado negócio, seja ele em bens ou dinheiro, via organização individual (empresário, Eireli) ou coletiva (sociedade), passa, efetivamente pelo deslocamento de parte do patrimônio de seu respectivo titular ou sócio, para a composição do estabelecimento comercial.

4CAUSA MORTIS – O sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida, 2014 - SEBRAE/SP,

disponível em

<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/mortalidade/causa_mortis_2014 .pdf> Páginas 04 a 14. Acesso em 30.08.2016.

(19)

Levando-se em consideração que o proponente empresário lança-se em determinada atividade visando a obtenção de lucro, poderá, muitas vezes ocorrer o inverso, isto é, o insucesso da atividade. Logo, uma das maiores vertentes da atividade empresária está no risco, haja vista que o empresário poderá vir a não beneficiar-se do investimento realizado ou, em último caso, contrair dívidas que superam em muito o montante investido inicialmente ou aportes realizados no decorrer do negócio.

Levando-se em consideração essa assertiva, a lei conferiu determinada proteção aos empreendedores no momento em que diferencia o patrimônio empresarial daquele de propriedade de seus sócios e administradores que, em caso de insucesso na atividade que se propõe a realizar, tão apenas o patrimônio da empresa passará a responder pelas dívidas por ela contraídas. Tal medida nasce como uma forma, não só de fomentar o aparecimento de novos empreendedores, como também garantir certa guarda aos já existentes, os quais mostram-se como mola mestra ao fomento da economia nacional, isto é, trabalham pelo real desenvolvimento do país, na medida em que ofertam emprego, renda e trazem aos cofres públicos determinada contrapartida financeira à título de impostos.

Contudo, nem todos os veículos societários gozam dessa prerrogativa de proteção patrimonial. Dispõe o artigo 1.052, do Código Civil que, na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. Já o Art. 980-A do mesmo diploma pontua que a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

Sendo assim, tanto na sociedade limitada, quanto na empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI, a responsabilidade de seus respectivos membros,

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sejam eles titulares, sócios, ou sócio administradores, restará limitada ao valor de suas quotas ofertadas para a composição do capital social.

Porém, vale ressaltar que essa condição aplica-se exclusivamente quando a pessoa jurídica deixa de cumprir suas obrigações por questões alheias a vontade de seus membros. Caso seja comprovada a existência de fraude, abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. (Código Civil, art. 50).

Igual condição se aplica na relação entre empresa e Fisco. Caso a pessoa jurídica deixe de recolher aos cofres públicos determinados tributos ante a falta de fluxo de caixa que o permita fazê-lo, não serão seus respectivos membros responsabilizados de maneira pessoal, salvo se comprovada a prática de atos com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos (Código Tributário Nacional, artigo 135).

Todavia, tal proteção inexiste em relação ao empresário descrito no artigo 966, do Código Civil, o qual o legislador utilizou como base para a constituição do MEI. Portanto, caso o empresário contraia, em nome da pessoa jurídica, dívidas de qualquer natureza, sejam elas com fornecedores, tributárias ou de ordem trabalhista, poderá vir a responder com seu patrimônio pessoal perante seus credores, caso o patrimônio da empresa não seja suficiente para saldar tais compromissos.

Por esse motivo, uma das etapas mais importantes no momento da constituição de certo empreendimento empresarial está na escolha do veículo societário. Já é sabido que o Brasil caracteriza-se como um país cuja economia mostra-se de maneira plenamente volátil, o que potencializa em grande escala a possibilidade de insucesso na atividade mercantil. Sendo assim, o Microempreendedor Individual, mesmo tendo para si o benefício da simplificação, corre sério risco de, ao ver o insucesso de sua atividade

(21)

empresarial se materializar, colocar em risco, além do patrimônio pessoal ofertado para a constituição do estabelecimento empresarial, tanto quanto mais for necessário para saldar os débitos oriundos de tal insucesso.

(22)

7. RELAÇÃO DO MEI COM AS ENTIDADES PATRONAIS

Antes de adentrar ao tema, faz-se primordial demonstrar a função constitucional delegada às entidades sindicais. Preconiza o inciso III, do artigo8º da Constituição Federal que, ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

Conforme observa-se do dispositivo constitucional supramencionado, constata-se que caberá ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria. Partindo-se desse pressuposto, optou o referido legislador por efetivar a representação sindical de acordo com determinado grupo caracterizado por sua área de atuação, o qual nomeou “categoria”, cuja qual divide-se entre profissionais, composta pelos trabalhadores, e econômica, abrangendo o setor empresarial (patronal).

Instaurada a distribuição e o equilíbrio na representação, continua o legislador impondo como responsabilidade das entidades sindicais, além da defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, a obrigatoriedade da participação desses nas negociações coletivas de trabalho. Em contrapartida a essas funções, oferta as entidades duas contribuições de natureza compulsória, que servirão para custear a atividade representativa. Extrai-se essa assertiva da leitura do inciso IV, do já citado artigo quando menciona que a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei. Tais contribuições, então denominadas de “Contribuição Sindical e Assistencial”, respectivamente, encontram-se reguladas pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, mais precisamente nos artigos 578 e 579 (Contribuição Sindical) e 513, alínea “e” (Contribuição Assistencial).

(23)

Ademais, verifica-se que a CLT, em complemento ao dispositivo constitucional ora posto, dispõe a forma pela qual as entidades sindicais, mais precisamente àquelas de representação econômica, deverão utilizar os recursos oriundos da Contribuição Sindical em prol da categoria representada, onde cita como exemplo, a oferta de assistência técnica e jurídica e a realização de estudos econômicos e financeiros. Já os recursos oriundos do recolhimento da contribuição assistencial são aplicados em serviços de interesse do sindicato e no patrimônio da entidade, sobretudo a celebração de acordos, convenções coletivas de trabalho ou participação em processo de dissídio coletivo, ou outro destino, desde que aprovado em assembleia geral da categoria.

Porém, em 2010, iniciou o declínio das entidades patronais quando o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4033) proposta pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) contra o dispositivo da Lei Complementar 123/2006, que isentou das contribuições sociais – especialmente a contribuição sindical patronal – as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional (Supersimples)5. Tal decisão causou extrema perda arrecadatória às entidades sindicais, tendo em vista que, em média, de 95 a 98% das pessoas jurídicas constituídas no Brasil, encontram-se como optantes pelo citado regime.

Por outro lado, mesmo com a isenção ora posta, permanecem em vigor as disposições constitucionais que estabelecem a obrigatoriedade de representação das entidades patronais para as empresas optantes pelo regime do Simples Nacional (MPEs). Já sabido que essas empresas são as que mais necessitam dos serviços prestados pelas entidades sindicais, pois os recursos financeiros inerentes à sua atuação impedem, muitas vezes, a contratação de profissionais importantes na execução de suas atividades, como por exemplo, advogados e economistas.

5

Supremo Tribunal Federal – STF. Notícias STF em 15 de setembro de 2010. Disponível em <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=161547> Acesso em 30.08.2016.

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Todavia, tal decisão não abarcou a Contribuição Assistencial, cuja qual permanece atualmente como principal fonte de arrecadação das entidades sindicais de representação regional.

Em se tratando de Micro Empreendedor Individual – MEI, o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n.º 123/2006), foi mais além, ao estabelecer a isenção integral de quaisquer custos a essa modalidade, inclusive aquele de natureza tributária sindical (parágrafo 3º, do artigo 4º, da citada lei). Tal medida, na visão das entidades patronais, mostra-se um grande equívoco legislativo, pois o legislador constituinte considerou a representação sindical por categoria econômica, não fazendo distinção entre a forma pela qual o empresário se organiza para a prática de determinada atividade, e sim pelo fim almejado, isto é, a realização de determinada atividade econômico com finalidade lucrativa.

Levando-se em consideração todo o exposto, uma questão mostra-se salutar para a conclusão do presente capítulo: Há, no cenário ora posto o equilíbrio almejado pelo legislador constitucional, no que tange a representatividade sindical? Com a palavra, os ilustres legisladores.

Por sua vez, tais empreendedores têm como missão participar de maneira efetiva na rotina e no fortalecimento das entidades patronais, para que essas possam atuar de maneira plena nos interesses das categorias sob sua guarida.

(25)

8. PROGNÓSTICO QUANTO A UTILIZAÇÃO DO MEI

Conforme proposto na introdução do trabalho, será abordado no presente capítulo um prognóstico de utilização prática do MEI, respeitando a seguinte metodologia:

a) Universo de empresas registradas no Estado de São Paulo; b) Abrangência das MPEs (Micro e Pequenas Empresas);

c) Volume de empresas atuantes no ramo do comércio varejista; d) Universo de atuação do MEI;

e) Comparativo entre o exercício de 2015 e 2016; f) Apresentação dos dados acima em âmbito regional.

Antes de adentrar a exposição de dados propriamente dita, informa-se que os mesmos foram extraídos dos portais – Empresômetro, idealizado pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação e perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP, respectivamente.

Segundo informações do portal Empresômetro, sua respectiva base de dados consiste em informações da Receita Federal do Brasil - RFB, secretarias estaduais de fazenda, secretarias municipais de finanças, agências reguladoras, cartórios de registro de títulos e documentos, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Caixa Econômica Federal (CEF), juntas comerciais, portais de transparência e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)6.

6Empresômetro. Metodologia. Disponível em <http://empresometro.com.br/Site/Metodologia>. Acesso em 31.08.2016.

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4.328.926 81% 296.192 6% 718.735 13%

Empresas Registradas na Jucesp

ME EPP NORMAL

8.1. Prognóstico Estadual

Respeitando a ordem cronológica apresentada, inicia-se o demonstrativo pelo Universo de empresas registradas no Estado de São Paulo. Dados extraídos do portal da Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP7, demonstram que, no dia 31.08.2016, existem registradas no referido órgão, 5.348.166 (cinco milhões, trezentas e quarenta e oito mil, cento e sessenta e seis) pessoas jurídicas.

Para uma melhor explanação, eis os dados divididos pelo seu respectivo enquadramento:8

7 Junta Comercial do Estado de São Paulo – Jucesp. Pesquisa Avançada. Disponível em <https://www.jucesponline.sp.gov.br/BuscaAvancada.aspx>. Acesso em 26.08.2016.

8 Microempresas – ME - Aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); Empresas de Pequeno Porte – EPP - Aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) – Normal – Não enquadradas nas condições de ME ou EPP.

(27)

Refinando a pesquisa, apresenta-se a amostragem extraída do portal Empresômetro, que demonstra a quantidade de empresas ativas no Estado de São Paulo, em comparação ao cenário nacional na mesma data:

Em relação a esse total, segue a quantidade MPEs ativas:

16.535.690 72% 4.646.529

28%

Empresas Ativas Brasil x São Paulo - 2016

(28)

9

Desse montante, ainda de acordo com a pesquisa junto ao Empresômetro, 1.678.551 (um milhão, seiscentas e setenta e oito mil, quinhentas e cinquenta e uma empresas), encontram-se enquadradas na ramificação do CNAE que representa a área do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

Efetivando a pesquisa pelo ramo do comércio varejista especificamente, a JUCESP informa que, do universo de 5.348.166 (cinco milhões, trezentas e quarenta e oito mil, cento e sessenta e seis) pessoas jurídicas registradas, 2.073.459 (dois milhões, setenta e três mil, quatrocentos e cinquenta e nove empresas atuam em tal seguimento. Eis a divisão pelo respectivo porte:

9 Microempresas – ME - Aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); Empresas de Pequeno Porte – EPP - Aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) – Demais empresas – Enquadradas no regime tributário do Lucro Presumido ou Lucro Real, respectivamente

Total Empresas Ativas - SP

MPE´s Ativas SP Demais Empresas 4.646.529

4.200.084 90,4%

446.445 9,60%

SP - Empresas Ativas X MPE´s Ativas - 2016

(29)

Agora, observa-se a subdivisão do gráfico acima, demonstrando o regime de tributação das MPEs, como segue:10

Pelo acima exposto, constata-se que 37% (trinta e sete) por cento das MPEs ativas no estado de São Paulo, representando, em média, 1.534.348 (um milhão, quinhentas e trinta e quatro mil, trezentas e quarenta e oito) empresas, são optantes pelo SIMEI, regime tributário dentro do Simples Nacional ofertado aos Microempreendedores individuais.

10 Regime Normal – Pessoas Jurídicas enquadradas no regime tributário do Lucro Presumido ou Lucro Real, respectivamente. Simples Nacional – Regime Tributário favorecido e unificado ofertado às Micro e Pequenas Empresas, instituído pela Lei Complementar n.º 123/2006. SIMEI – Sistema de recolhimento dentro do Simples Nacional em valores mensais fixos, ofertado aos empresários enquadrados na condição de MEI. 1.228.012 29% 1.437.719 34% 1.534.348 37%

Regime de Tributação - 2016

(30)

Segue agora um panorama comparativo entre os exercícios de 2015 e 2016, acerca da evolução do ambiente empresarial, como segue:

Reproduz-se a subdivisão do gráfico acima, demonstrando o regime de tributação das MPEs dentro do exercício de 2015 em comparação a 2016, como segue:

Total Empresas Ativas - SP

MPE´s Ativas SP Demais Empresas 4.276.326 3.961.399

314.927 4.646.529

4.200.084

446.445 SP - Empresas Ativas e MPE´s Ativas - 2015 X 2016

2015 2016

Regime Normal Simples Nacional SIMEI 1.180.059 1.404.605 1.376.730 1.228.012 1.437.719 1.534.348 4% 2% 10%

Regime de Tributação - 2015 x 2016

2015 2016 Porcentagem

(31)

Faz-se agora o panorama em termos comparativos:

Período MPEs Ativas Meis Ativos

2015 3.961.399 1.376.730 2016 4.200.084 1.534.348

Saldo... 238.685 157.618

Pelo acima exposto, constata-se que, em comparação ao ano de 2016, houve um significativo aumento em relação ao número de MPEs optantes pelo SIMEI (MEI).

8.2. Prognóstico Regional

Sequencialmente, em âmbito regional, buscou-se demonstrar o ambiente empresarial do Município de Adamantina, local sede da Coordenadoria Oeste dentro do mês de setembro do exercício de 2016.

Respeitando a mesma ordem cronológica apresentada em âmbito estadual, inicia-se o demonstrativo pelo Universo de empresas registradas no município em apreço. Dados extraídos do portal da Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP demonstram que, no dia 10.09.2016, existem registradas no referido órgão, 3.883 (três mil, oitocentas e oitenta e três) pessoas jurídicas.

Para uma melhor explanação, eis os dados divididos pelo seu respectivo enquadramento:

(32)

Refinando a pesquisa, apresenta-se a amostragem extraída do portal Empresômetro, que demonstra a quantidade de empresas ativas no Município de Adamantina, em comparação com o Estado de São Paulo na mesma data:

Em relação a esse total, segue a quantidade MPEs ativas:

3.423 88% 101 3% 359 9%

Empresas Registradas na Jucesp - Adamantina

ME EPP NORMAL

3.403 0,07%

4.646.529 100%

Empresas Ativas São Paulo x Adamantina - 2016

(33)

Desse montante, ainda de acordo com a pesquisa junto ao Empresômetro, 1.204 (uma mil, duzentas e quatro), encontram-se enquadradas na ramificação do CNAE que representa a área do comércio, da reparação de veículos automotores e motocicletas.

Efetivando a pesquisa pelo ramo do comércio varejista especificamente, a JUCESP informa que, do universo de 3.883 (três mil oitocentas e oitenta e três) pessoas jurídicas, 1.540 (uma mil quinhentas e quarenta) empresas atuam em tal seguimento. Eis a divisão pelo respectivo porte:

Total Empresas Ativas - Adamantina MPE´s Ativas -Adamantina Demais Empresas 3.403 2.829 83,1% 574 16,9% Adamantina - Empresas Ativas X MPE´s Ativas 2016

(34)

Agora, observa-se a subdivisão do gráfico acima, demonstrando o regime de tributação das MPEs, como segue:

Pelo acima exposto, constata-se que 29% (vinte e nove) por cento das MPEs ativas no Município de Adamantina, representando, em média, 822 (oitocentas e vinte e duas)

Total EPP ME Normal

Total 1.540 EPP 49 ME 1.391 Normal 100

Panorama Comércio Varejista de Adamantina - JUCESP

Série1 819 29% 1.188 42% 822 29%

Regime de Tributação Adamantina - 2016

(35)

empresas, são optantes pelo SIMEI, regime tributário dentro do Simples Nacional ofertado aos Microempreendedores individuais.

Segue agora um panorama comparativo entre os exercícios de 2015 e 2016, acerca da evolução do ambiente empresarial, como segue:

Reproduz-se a subdivisão do gráfico acima, demonstrando o regime de tributação das MPEs dentro do exercício de 2015 em comparação a 2016, como segue:

Total Empresas Ativas - Adamantina MPE´s Ativas -Adamantina Demais Empresas 3.131 2.646 485 3.403 2.829 574

Adamantina - Empresas Ativas X MPE´s Ativas

(36)

Faz-se agora o panorama em termos comparativos:

Período MPEs Ativas Meis Ativos

2015 2.646 707

2016 2.829 822

Saldo... 183 115

Pelo acima exposto, constata-se que, em comparação ao ano de 2016, houve um significativo aumento em relação ao número de MPEs optantes pelo SIMEI (MEI).

Regime Normal Simples Nacional SIMEI

779 1.160 707 819 1.188 822 5% 2% 14%

Regime de Tributação - 2015 x 2016

2015 2016 Porcentagem

(37)

CONCLUSÃO

Pelo presente, mostrou-se de forma pormenorizada a estrutura e função do Microempreendedor Individual – MEI, como veículo disponível para a prática da atividade mercantil. Tendo em vista a crise econômico-financeira em que o Brasil atravessa atualmente e, observadas as benesses aqui pontuadas para essa modalidade societária, conclui-se que tais fatores somados justificam o avanço na utilização de tal instituto, tanto em nível estadual, como em âmbito regional, nos últimos doze meses.

Além do mais, vislumbra-se como outra possibilidade evidente de crescimento da utilização do MEI - a facilitação quanto a sua respectiva formalização e a simplificação das obrigações tributárias, sejam elas principais ou acessórias, as quais encontram-se como grandes vilãs dos demais empresários sediados em território nacional.

Por outro lado, verifica-se que tal modelo oferece certa precariedade quanto a sua respectiva organização empresarial, isto é, com limitação de receita e custo médio em torno de 24% (vinte e quatro por cento) do faturamento mensal apenas com a contratação de um funcionário (desembolso efetivo mais obrigações tributárias) transformam o MEI, na visão do autor, como uma amarra ao crescimento do empreendimento. Soma-se a esse raciocínio a penalidade tributária caso esse ultrapasse a tolerância de faturamento, havendo, caso isso ocorra, a exigência legal do recolhimento dos tributos de maneira retroativa.

Nesse sentido reside ainda a ausência de proteção ao patrimônio particular do empresário. Já é sabido que as sociedades empresárias e a própria EIRELI, diferentemente do MEI, oferecem blindagem ao patrimônio de seus membros e/ou titulares, em caso de insucesso de sua atividade. Tendo em vista a volatilidade econômica que o Brasil ultrapassa, resta imprescindível que o propenso empresário conheça efetivamente tal regramento antes de constituir seu estabelecimento comercial.

Acerca do relacionamento do MEI com as entidades sindicais, lembra-se que o legislador constituinte considerou a representação sindical por categoria econômica, não fazendo distinção entre a forma pela qual o empresário se organiza para a prática de

(38)

determinada atividade, e sim pelo fim almejado, isto é, a realização de determinada atividade econômico com finalidade lucrativa. Porém, já é sabido que tais empreendedores são os que mais necessitam dos serviços ofertados pelas entidades patronais, na medida em que seus recursos não lhe possibilitam a contratação de profissionais como advogados e economistas, por exemplo, que surgem como atores fundamentais para o desenvolvimento das atividades rotineiras da empresa.

Contudo, vislumbra-se que o Estado, ao isentar por completo qualquer forma de contribuição do MEI para as entidades patronais, trabalha, não em prol do empresário, mas age de maneira contrária ao aparecimento desta grande força representativa que auxiliará o empreendedor a alçar voos cada vez maiores. Por sua vez, as entidades patronais deverão atuar no sentido de se aproximarem desses empresários para que, juntos, encontrem uma sinergia de atuação que lhes possibilite cumprir o papel que muitas vezes o Estado, não só deixa de efetivar, como, por sua ação ou omissão, exclui tal possibilidade constitucionalmente delegada às entidades constituídas para tal fim, quer seja, as entidades sindicais em âmbito patronal.

(39)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Portal do Empreendedor - Mei, REDESIM, disponível em <http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual>.

Acesso em 29.08.2016.

CAUSA MORTIS – O sucesso e o fracasso das empresas nos primeiros 5 anos de vida, 2014

- SEBRAE/SP, disponível em

<http://www.sebraesp.com.br/arquivos_site/biblioteca/EstudosPesquisas/mortalidade/c ausa_mortis_2014.pdf> Páginas 04 a 14. Acesso em 30.08.2016.

Supremo Tribunal Federal – STF. Notícias STF em 15 de setembro de 2010. Disponível em <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=161547> Acesso em 30.08.2016.

Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP. Pesquisa Avançada. Disponível em <https://www.jucesponline.sp.gov.br/BuscaAvancada.aspx>. Acesso em 31.08.2016.

Empresômetro. METODOLOGIA. Disponível em

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RESPONSÁVEIS

Presidente Abram Szajman

Superintendência Antonio Carlos Borges

Coordenador Oeste Pedro Pavão

Assessoria Técnica Marcelo Dini Oliveira Jaime Vasconcellos Paulo Igor Alves de Souza

Marketing

Carlos Ferreira Gomes

Interface Assessoria Técnica Marcelo Milton da Silva Risso

Conteúdo Técnico Paulo Igor Alves de Souza

Referências

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