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os Media e o Jornalismo
ESTUDOS CRÍTICOS SOBRE A REALIDADE PORTUGUESA
2020
José Luís Garcia
(Coord.)
Teresa Duarte Martinho
Diogo Silva da Cunha
Joana Ramalho
Marta Pinho Alves
José Nuno Matos
Sara Meireles Graça
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O CHOQUE TECNO-LIBERAL, OS MEDIA E O JORNALISMO ESTUDOS CRÍTICOS SOBRE A REALIDADE PORTUGUESA
autores
José Luís Garcia (Coord.)
Teresa Duarte Martinho, Diogo Silva da Cunha Joana Ramalho, Marta Pinho Alves
José Nuno Matos, Sara Meireles Graça editor
EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. Rua Fernandes Tomás, n.os 76-80
3000-167 Coimbra
Tel.: 239 851 904 · Fax: 239 851 901 www.almedina.net · editora@almedina.net design de capa
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EDIÇÕES ALMEDINA, S.A. impressão e acabamento Setembro, 2020
depósito legal
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________________________________________________________ bibl iot ec a naciona l de port ug a l – c ata l o g aç ão na pu bl ic aç ão O CHOQUE TECNO-LIBERAL, OS MÉDIA E O JORNALISMO: Estudos Críticos sobre a Realidade Portuguesa
Coord. José Luís Garcia 1.a ed. – (Regulação dos media)
ISBN 978-972-40-8638-5 I – GARCIA, José Luís CDU 316
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ÍNDICE
agradecimentos . . . 7
Finalizar um livro sobre comunicação, media e jornalismo em Portugal na conjuntura da pandemia provocada pelo coronavírus
SARS-CoV-2: fragmentos para uma introdução . . . 9 josé luís garcia
PARTE I – O JORNALISMO SOB A PRESSÃO DO PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO E DA VIRAGEM NEOLIBERAL
1. Do papel à constelação digital: sobre as transformações no Expresso . . . 27
diogo silva da cunha
2. Observador: de diário online a grupo de comunicação multimédia. . . 101
joana ramalho
3. Comentário: convergência de plataformas e monitorização dos consumos 157
rita basílio simões
4. Comentário: efeitos disruptivos da viragem digital no jornalismo . . . 161
tiago quintanilha
PARTE II – CONTRADIÇÕES DA COLABORAÇÃO NA PRODUÇÃO INFORMATIVA DIGITAL
1. Blasting News: informação online sob o lema do jornalismo participativo . . . 167
marta pinho alves
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2. Artes, curadoria informacional e reputação na revista Artecapital. . . . 203
teresa duarte martinho
3. Comentário: O jornalismo na estrutura da hiperconcorrência. . . 229
felipe simão pontes
4. Comentário: O admirável mundo novo da participação . . . 235
joão carlos correia
PARTE III – CENAS DE PRECARIEDADE NO JORNALISMO
1. Experiências na primeira pessoa de estágios curriculares nas redações . . . 249
sara meireles graça
2. Carga de Trabalhos: o jornalista que é procurado na web . . . 293
josé nuno matos
3. Comentário: Híbridos, rápidos e dependentes de um clique. . . 313
joaquim fidalgo
4. Comentário: A corrupção técnica e económica da prioridade
editorial jornalística . . . 319
marisa torres da silva
CONCLUSÃO. Tendências críticas da digitalização e da liberalização
dos media para o jornalismo português. . . 323
josé luís garcia e teresa duarte martinho
SUPLEMENTO. Media, tempo e memória: ensaio sobre o arquivamento
dos jornais na Internet . . . 349
diogo silva da cunha
notas biográficas . . . 391
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NOTAS BIOGRÁFICAS
Diogo Silva da Cunha é licenciado em Jornalismo pela Escola Superior de
Comu-nicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, possui estudos pós-graduados em História e Filosofi a das Ciências e formação complementar em Ciências da Comu-nicação e Sociologia do Conhecimento, sendo atualmente doutorando em Filosofi a da Ciência na Universidade de Lisboa, integrado no Instituto de Ciências Sociais da mesma instituição e contando com o apoio de uma Bolsa de Doutoramento da Fun-dação para a Ciência e Tecnologia (PD/BD/135240/2017). Colabora com o Centro de Filosofi a das Ciências da Universidade de Lisboa, onde foi investigador nas áreas de Filosofi a das Ciências Humanas, Ética e Política e da Filosofi a da Tecnologia. Em 2017, participou no projeto sobre «A Imprensa e a Edição Digital de Informação», organizado e fi nanciado pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social. No mesmo ano, foi Bolseiro de Gestão de Ciência e Tecnologia na Fundação para a Computação Científi ca Nacional.
Felipe Simão Pontes é professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa
(Bra-sil), vinculado ao Programa de Graduação em Jornalismo e ao Programa de Pós--Graduação em Ciências Sociais Aplicadas. Investigador de pós-doutorado no Insti-tuto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2020). A sua investigação tem como foco o jornalismo, as epistemologias das Ciências Sociais, as transformações do mundo do trabalho e as interfaces de género, profi ssão e saúde. É autor do livro
Adelmo Genro Filho e a Teoria do Jornalismo, Editora Insular, 2015.
João Carlos Correia é docente da Universidade da Beira Interior, sendo Agregado,
Doutor e Mestre pela mesma universidade. Leciona, entre outras disciplinas, Teoria da Notícia e Linguagem dos Media. Foi Research Fellow e fez estudos pós-doutorais na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, e é atualmente coeditor da Revista
Estudos em Comunicação, investigador do LabCom e investigador responsável do
Remedia.Lab — Laboratório e Incubadora de Media Regionais. Os seus interesses
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científi cos incidem em média e espaço publico e jornalismo em contextos de proxi-midade, interessando-se também pelas relações entre comunicação, cultura e polí-tica. Os seus trabalhos foram publicados em Portugal, Brasil, Espanha, Reino Unido, Canadá, Argentina e Holanda. Das suas numerosas publicações contam-se, como autor, A Teoria da Comunicação de Alfred Schutz, Lisboa, Horizonte, 2005 e, como
coorga-nizador, A nova fl uidez de uma velha dicotomia: Público e Privado nas Comunicações Móveis,
Covilhã, UBI, LabCom, IFP, 2015.
Joana Ramalho doutorou-se em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais
da Universidade de Lisboa, com uma tese sobre «O Papel da Cultura na Produ-ção de Cidade: A Casa da Música no Porto» (2012). É atualmente investigadora integrada da UNIDCOM — Unidade de Investigação em Design e Comunicação, da Universidade Europeia. Em anos recentes tem concentrado a sua investigação nos processos de produção, difusão e consumo de informação, e no impacto do atual contexto de digitalização no espaço público e nos média. É coordenadora, desde setembro 2017, da área científi ca de Comunicação do IADE — Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia, e da licenciatura em Ciências da Comunicação e do mestrado em Comunicação Audiovisual e Mul-timédia da mesma instituição.
Joaquim Fidalgo é docente na Universidade do Minho (UM) e investigador no
Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS / ICS) da mesma univer-sidade. Foi jornalista profi ssional (1980–2001) e cofundador do jornal PÚBLICO (1990). Doutorou-se em 2007 com uma tese intitulada O lugar da ética e da
auto-regu-lação na identidade profi ssional dos jornalistas (que deu lugar à publicação de um livro
com o mesmo título editado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2009). Tem-se dedicado ao estudo do jornalismo e dos jornalistas, com um enfoque mais recente nos novos desafi os que a era digital lhes traz, tanto nas práticas e posturas profi ssio-nais como nas exigências éticas. Entre as suas publicações destaca livros como Em
Nome do Leitor (Minerva, 2004) ou O Jornalista em Construção (Porto Editora, 2008),
e capítulos de livros como Portugal — A Young Democracy still in Progres (Nordi-com, 2011), Disputas nas Fronteiras do Jornalismo (ERC, 2015) e A auto-regulação dos
media (Edições 70, 2017).
José Luís Garcia é investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade
de Lisboa. Com doutoramento em Ciências Sociais, os seus estudos concentram--se nas teorias sociológicas, nos estudos de comunicação e media e na sociologia e fi losofi a da tecnologia. Nos últimos anos, tem trabalhado sobre a relação entre capi-talismo contemporâneo e tecnociência; média, história e imperialismo português; e
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economia política dos média, Internet e jornalismo. Entre as suas publicações, como editor, coeditor e autor de capítulos, destacam-se Lições de Sociologia Clássica, Edições 70, 2019; Media and Portuguese Empire, Palgrave Macmillan, 2017; Salazar, o Estado
Novo e os Media, Edições 70, 2017; Pierre Musso and the Network Society: From Saint--Simonianism to the Internet, Springer, 2016; Jacques Ellul and the Technological Society in 21st Century, Springer, 2013; e Razão, Tempo e Tecnologia. Estudos em Homenagem a Hermínio Martins, Imprensa de Ciências Sociais, 2006.
José Nuno Matos é especialista em sociologia do trabalho e dos media.
Investiga-dor no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, tem dedicado uma grande parte da sua investigação às relações de trabalho no capitalismo cognitivo, à economia política dos media e a história social do jornalismo em Portugal. Publi-cou, entre outras obras, O Operário em Construção: do Empregado ao Precário, Lisboa, Deriva / Le Monde Diplomatique — edição portuguesa, 2015, e coorganizou A
Crise do Jornalismo em Portugal, Lisboa, Deriva / Le Monde Diplomatique, 2017.
É docente da cadeira de Análise Social na Escola Superior de Comunicação do Ins-tituto Politécnico de Lisboa (ESCS-IPL).
Marisa Torres da Silva é docente na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa (NOVA FCSH) e investigadora integrada do Instituto de Comunicação da NOVA (ICNOVA). Com doutoramento em Ciências da Comu-nicação pela mesma universidade, os seus estudos têm-se centrado na área dos média e jornalismo, em particular na relação entre jornalismo, democracia e público. Nos últimos anos, tem trabalhado temas como discurso de ódio, jornalismo participativo, diversidade e pluralismo nos media, consumo de notícias, género e produção noti-ciosa. Das suas diversas publicações, que incluem quatro livros, 12 capítulos de livros e 21 artigos científi cos, consta a obra As cartas dos leitores na imprensa portuguesa: uma
forma de comunicação e debate do público, Covilhã, LabCom, 2014.
Marta Pinho Alves é docente na Escola Superior de Educação do Instituto
Poli-técnico de Setúbal e membro integrado do Centro de Investigação em Educação e Formação da mesma Instituição. É doutorada em Comunicação e Cultura pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É autora de Cinema 2.0:
modalidades de produção cinemática do tempo do digital, publicado em 2017 pela Editora
LabCom,IFP, UBI, Covilhã. Como temas de investigação privilegia a digitalização e as transformações nos modos de criação e difusão de conteúdos de comunicação e artísticos, com particular enfoque no cinema.
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Rita Basílio de Simões é docente da Faculdade de Letras da Universidade de
Coim-bra. Doutorada em Ciências da Comunicação, o seu trabalho tem cruzado os estudos dos media e do jornalismo e a investigação feminista em comunicação. A sua produ-ção científi ca mais recente contempla a coediprodu-ção do livro Media, informaprodu-ção e
litera-cia, IUC, 2020, e a autoria e coautoria de artigos em revistas científi cas, tais como a Feminist Media Studies — «Framing street harassment: legal developments and
popu-lar misogyny in social media», 2019 — e a Journalism Practice — «Him too? Cristiano Ronaldo and the news coverage of a rape case allegation», 2019.
Tiago Lima Quintanilha é investigador no CIES-IUL-Iscte — Centro de
Investi-gação e Estudos de Sociologia. Encontra-se neste momento a fi nalizar a sua tese de doutoramento em Ciências da Comunicação, e desenvolve pesquisa nas áreas do jornalismo e ciência aberta. Colaborou com o Reuters Institute for the Study of
Journa-lism no projecto Digital News Report Portugal (2015 e 2016). Entre os seus
traba-lhos mais representativos, destacam-se: «Journalists’ professional self-representa-tions: a Portuguese perspective based on the contribution made by the sociology of professions», Journalism, SAGE, 2019; e «Manuel Castells and Informationalism», em Management, organizations and contemporary social theory, Stewart Clegg e Miguel Pina e Cunha (Editores) Routledge, 2019.
Teresa Duarte Martinho é investigadora no Instituto de Ciências Sociais da
Uni-versidade de Lisboa, especializada no estudo do sector cultural, em particular das consequências do processo de digitalização na cultura. Foi co-organizadora do livro Cultura e Digital em Portugal (2016, Afrontamento). Publicou, entre outros tex-tos, Researching Culture through Big Data: Computational Engineering and the Human and Social Sciences (2018, revista Social Sciences). É licenciada e doutorada em sociologia, pelo ISCTE-IUL. Foi investigadora no Observatório das Actividades Culturais, entre 1996 e 2011, e trabalhou como jornalista, principalmente nas áreas das artes e da cultura, entre 1990 e 1996. É docente, desde 2016, de Introdução às Ciências Sociais na Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa.
Sara Meireles Graça é docente na Escola Superior de Educação do Instituto
Poli-técnico de Coimbra desde 1999 (ESEC-IPC). Na Licenciatura em Comunicação Social é co-responsável pelo processo de integração e de orientação académica dos estudantes de jornalismo em estágios curriculares nas redacções, a par dos fi nalistas inscritos noutras vertentes de formação do curso. Desempenha idênticas funções no âmbito do processo de pré-integração profi ssional dos estudantes da Licenciatura em Comunicação & Design Multimédia na mesma instituição de ensino superior.
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Os seus tópicos de investigação têm sido as transformações no jornalismo e nos jor-nalistas no novo ambiente económico e tecnológico da indústria dos media. É autora de Os Jornalistas Portugueses: dos problemas da inserção aos novos dilemas profi ssionais, Edi-tora MinervaCoimbra, 2007. Foi jornalista profi ssional entre 1996 e 2000.
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