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Perfil socioepidemiológico e qualidade de vida de pacientes com doença de parkinson atendidos pelo laboratorio de bioquímica do Exercício – LABEX/UEPA / Socioepidemiological profile and quality of life of patients with parkinson's disease attended by the

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761

Perfil socioepidemiológico e qualidade de vida de pacientes com doença de

parkinson atendidos pelo laboratorio de bioquímica do Exercício –

LABEX/UEPA

Socioepidemiological profile and quality of life of patients with parkinson's

disease attended by the Exercise biochemistry laboratory - LABEX / UEPA

DOI:10.34117/bjdv6n5-479

Recebimento dos originais: 29/04/2020 Aceitação para publicação: 25/05/2020

Pâmela Oliveira-da-Silva

Especialista em Saúde na Educação Física Escolar, Saúde Coletiva e Residente em Atenção à Saúde Mental pela Universidade do Estado do Pará – UEPA

Laboratório de Bioquímica do Exercício, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Campus III – Av. João Paulo II, 817, Castanheira, Belém – PA.

E-mail: prof.pamsilva@gmail.com

Laíse Margarida Malcher Lopes Gonçalves

Especialista em Saúde na Educação Física Escolar pela Universidade do Estado do Pará – UEPA Laboratório de Bioquímica do Exercício, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Campus III –

Av. João Paulo II, 817, Castanheira, Belém – PA. E-mail: laisemlacher8@gmail.com

Clebson Pantoja Pimentel

Doutor em Biologia Celular e Neurociências pela Universidade Federal do Pará - UFPA Laboratório de Bioquímica do Exercício, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Campus III –

Av. João Paulo II, 817, Castanheira, Belém – PA. E-mail: clebsonpp@yahoo.com.br

Érica Silva de Souza Matsumura

Doutoranda em Biologia Parasitária na Amazônia – BPA pela Universidade do Estado do Pará Instituição: Universidade do Estado do Pará – UEPA, Travessa Perebebuí, 2326 – Marco, Belém,

PA

E-mail: erica.s.souza@terra.com.br

Erik Artur Cortinhas-Alves

Doutor em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará - UFPA Laboratório de Bioquímica do Exercício, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Campus III –

Av. João Paulo II, 817, Castanheira, Belém – PA. E-mail: erik.alves@uepa.br

RESUMO

A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa de maior prevalência no mundo. O proposito desta pesquisa foi de traçar o perfil epidemiológico e o nível de qualidade de vida de

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 pacientes com Doença de Parkinson atendidos pelo Laboratório de Bioquimica do Exercício em uma Universidade Pública do Estado do Pará. Relacionando fatores sociais e funcionalidade. Dos 50 pacientes cadastrados no programa, 25 foram submetidos a análise do perfil epidemiológico e ao UPDRS E PDQ-39. Os pacientes apresentaram baixa qualidade de vida e um reduzido nível de funcionalidade. A variável renda está relacionada a escolaridade e maiores comorbidades. Apesar do diagnóstico tardio, os pacientes apresentaram boa preservação cognitiva em contrapartida ao tempo da doença. Constatou-se que poucas políticas públicas são direcionadas a essa população fragilizada.

Palavras-chaves: Doença de Parkinson; Perfil Epidemiológico; Qualidade de Vida; Saúde Coletiva. ABSTRACT

Parkinson's disease is the second most prevalent neurodegenerative disease in the world. The purpose of this research was to outline the epidemiological profile and the level of quality of life of patients with Parkinson's Disease treated by the Exercise Biochemistry Laboratory at a Public University in the State of Pará. Relating social factors and functionality. Of the 50 patients registered in the program, 25 underwent an analysis of the epidemiological profile and the UPDRS E PDQ-39. The patients had a low quality of life and a reduced level of functionality. The income variable is related to education and higher comorbidities. Despite the late diagnosis, the patients showed good cognitive preservation in contrast to the duration of the disease. It was found that few public policies are directed at this fragile population.

Keywords: Parkinson's disease; Epidemiological Profile; Quality of life; Collective Health. 1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1% da população mundial seja acometida pela Doença, uma vez que o fator crescente do aumento da expectativa de vida interfere diretamente no número de casos. Quanto maior for a idade populacional do país, mais altos os índices de sedentarismo e má distribuição de renda, maiores são as chances de manifestação da DP, encontrando-se como a segunda doença neurodegenerativa mais comum na população mundial, colocando-se atrás da Doença de Alzheimer apenas (WHO,2005).

Da totalidade de mortes sucedidas na população mundial em 2008, 63% foram associadas as Doenças Crônicas não Transmissíveis (ALWAN,2010). A Doença de Parkinson (DP) é uma doença crônica neurodegenerativa ocasionada pela perda acentuada da substância negra no cérebro afetando assim o controle motor do indivíduo. A progressão dos sintomas determina o nível de incapacidade motora e mental no indivíduo com DP e está associada a perda de massa muscular, diminuição da força e deterioração da aptidão física. Por isso é muito importante avaliar essas características nesse grupo de indivíduos.

Os relatos de dor são frequentes nessa população, uma vez que o enrijecimento muscular e a instabilidade postural geram doenças adjacentes como: dor distônica e dor musculoesquelética,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 aumentando o risco de queda desses pacientes (SCALZO,2018). Além de distúrbios do sono relatados como: cãibras noturnas, espasmos musculares e tremores. Fatores sociais relacionados a renda familiar, transporte, atividades trabalhistas e escolaridade parecem estar ligeiramente ligados a progressão e nível de sintomas da DP.

Monitorar o estado clínico geral de indivíduos com DP através da avaliação da força e funcionalidade é importante para estimar a progressão da doença e a eficácia do tratamento nesses pacientes. Como medida terapêutica adicional, o Treinamento Resistido (TR) tem mostrado efeitos benéficos na funcionalidade de pessoas com DP. No entanto, poucos estudos realizaram intervenções crônicas com TR em idosos com DP (FREITAS,2017).

Pelo fato de a DP não ser uma doença de notificação compulsória, poucos números são registrados a respeito da incidência e prevalência desta patologia no Brasil. Dessa forma, traçar o perfil epidemiológico desses pacientes é importante, porque permite caracterizar a população que tem sofrido a DP na Região Metropolitana de Belém, possibilitando uma campanha de melhor prevenção e promoção de ações em saúde voltados a doença. Havendo um melhor diagnostico, tratamento e reabilitação desses doentes.

2 MÉTODOS

2.1 AMOSTRA

Trata-se de estudo epidemiológico, transversal descritivo, desenvolvido no município de Belém/PA, no período de abril a maio de 2019. A amostra foi construída a partir de um banco de dados já existente, com base no cadastro de 50 inscritos no programa de treinamento resistido para pacientes com Doença de Parkinson de uma Universidade Pública do Estado do Pará. Foram incluídos indivíduos de ambos os sexos com idade 48 a 83 anos.

2.2 PESQUISA APROVADA EM COMITÊ DE ÉTICA

Após o parecer favorável do Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE: 43624015.6.0000.5173 - 2019), os entrevistados foram convidados a participar da pesquisa, sendo esclarecidos sobre os objetivos do projeto por meio da leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Só participaram aqueles que concordaram em contribuir com as informações solicitadas, assinando o TCLE. Caso o voluntário não soubesse assinar, algum parente ou responsável era indicado para a assinatura do termo. A qualquer momento o voluntário pôde solicitar a exclusão de seus dados fornecidos, o que não ocorreu.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 2.3 AVALIAÇÃO DO PERFIL SOCIOECONÔMICO

Para a obtenção dos dados do perfil socioeconômico utilizou-se questionário estruturado elaborado pelos autores. Os dados socioeconômicos foram pertinentes à escolaridade, renda mensal e situação ocupacional; os demográficos foram: sexo, idade, estado civil, local de residência, composição familiar e situação da propriedade em que vive. Referentes às relações socais: transporte, local onde mora e naturalidade.

Os dados referentes à saúde foram obtidos a partir da escala unificada de avaliação de pacientes com doença de Parkinson (UPDRS), que avalia os sintomas de DP foram avaliados usando a Sociedade de Distúrbios do Movimento - Escala de Classificação de Doenças de Parkinson Unificada (UPDRS). O UPDRS pode ser dividido em quatro partes: 1) experiências não motoras da vida diária, 2) experiências motoras da vida diária, 3) exame motor e 4) complicações motoras (MARTINEZ-MARTIN, 2018).

A qualidade de vida foi avaliada pelo Parkinson's Disease Questionnaire (39) O PDQ-39 possui oito domínios: mobilidade, atividades da vida diária, bem-estar emocional, estigma, apoio social, cognição, comunicação e desconforto corporal. Cada item pode ser respondido de acordo com cinco respostas predeterminadas: nunca; raramente; as vezes; frequentemente; e sempre. A pontuação de cada item varia de 0 a 4 pontos. A pontuação total é de 0 a 100 pontos, e uma pontuação mais baixa reflete uma QV mais alta (JENKINSON, 1997).

Para avaliação do estado mental foi utilizado o mini exame do estado mental (MMSE), que é um breve questionário de 30 pontos usado para rastrear perdas cognitivas. É comummente utilizado em medicina para rastrear demência. É também utilizado para estimar a severidade da perda cognitiva em um momento específico e seguir o curso de mudanças cognitivas em um indivíduo através do tempo, portanto fazendo dele um meio efetivo de documentar a resposta do indivíduo ao tratamento.

2.4 ESTATÍSTICA

Utilizou-se análise descritiva para a caracterização sociodemográfica, econômica, clínico-epidemiológica e comorbidades. Para as variáveis contínuas calcularam-se média, desvio padrão e para as variáveis categóricas, frequência e percentual.

2.5 RESULTADOS

As características dos participantes estão apresentadas na tabela 01. Não foram relatadas intercorrência, não houveram problemas para o entendimento das questões, dos 50 pacientes

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 cadastrados, 25 concordaram em participar da pesquisa e responderam o questionário conforme apresentado na tabela 01.

Tabela 01: Perfil Socioepidemiológico de Pacientes com Doença de Parkinson, 2019

Variáveis Frequências N % Sexo Masculino 13 52% Feminino 12 48% Idade <60 6 24% ≥60 19 76% Etnia Branco(a) 4 16% Preto(a) 3 12% Indígena 0 0% Pardo(a), Mulato(a) 17 68% Amarelo(a) de origem asiática 1 4%

Atividade Remunerada

Não 23 92%

Sim, em tempo parcial (até vinte horas semanais) 0 0% Sim, em tempo integral (mais de trinta horas semanais) 2 8% Sim, mas se trata de trabalho eventual 0 0%

Renda Mensal

Não tenho nenhuma renda mensal 5 20% Menos do que 0,5 salário-mínimo 0 0% De 0,5 salário-mínimo até 1 salário-mínimo 5 20% De 1 salário-mínimo até 1,5 salário-mínimo 4 16% Mais de 1,5 salário-mínimo 11 44%

Renda Familiar

Renda Familiar per capta de zero até meio salário mínimo 0 0% Renda Familiar per capta de meio até um salário mínimo 1 4% Renda Familiar per capta de um até um e meio salário

mínimo

2 8%

Renda Familiar per capta de um e meio até dois e meio salário mínimo

11 44%

Renda Familiar per capta de dois e meio até três salário mínimo

6 24%

Renda Familiar per capta maior que três salário mínimo 5 20%

Principal meio de transporte

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 Carro próprio 8 32% Carro fretado 1 4% Bicicleta 0 0% A pé 1 4% Outros 1 4% Tempo de Diagnóstico DP 1 – 2 anos 6 24% 2 – 3 anos 3 12% 3 – 5 anos 5 20% + de 5 anos 11 44%

não sabe informar 6 24%

Comorbidades

Cardiovascular 5 19%

Diabetes 2 7%

Osteopatias – osteoporose, artrite, reumatismo... 9 33%

Problemas renais 0 0%

Hipertensão 7 26%

Outros 4 15%

Não possui 5 19%

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

Foram estudados 25 pacientes com DP. Sexo feminino 12 e masculino 13. A idade média foi de 65 ± 8.4 anos. O tempo médio de diagnóstico de DP foi 5 ± 1 anos. Na amostra estudada, 60% (15) dos indivíduos eram procedentes da zona urbana e 40% (10) era da zona rural. Cerca de 92% (23) dos entrevistados não possuía atividade remunerada. Mais da metade dos pacientes

Quanto ao perfil econômico, 44% (11) da amostra recebe acima de 1,5 salários mínimo e 20% (5) não tem renda alguma. Dos pacientes que apresentam renda, 68% (17) sustentam até 3 pessoas e 28% (7) sustentam de 4 a 6 pessoas. Mais da metade dos pacientes (56%) usa o transporte público para sua locomoção até a universidade ou seus afazeres pessoais como ir a suas consultas.

Os pacientes apresentavam outras comorbidades associadas além da DP. As principais doenças relatadas foram as cardiovasculares (35%) e osteopatias (33%). As pontuações médias da escala UPDRS foram: Parte I = 6.8±3.5; Parte II = 10.9±5.6; Parte III = 35.9±16.7; Parte IV = 0.8±0.9 e Total = 54.5±20.3. Para a qualidade de vida foram obtidos os seguintes resultados em cada um dos domínios do PDQ-39: Mobilidade = 15.0±6.0; Atividades de vida diária = 14.9±6.9; Bem-estar emocional = 9.2±7.2; Estigma = 5.5±5.1; Suporte social = 6.7±2.5; Cognição = 3.8±3.2; Comunicação = 4.3±3.1; Desconforto corporal = 6.4±3.1 Total = 65.8±26.5.

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3 DISCUSSÃO

O objetivo deste estudo foi traçar o perfil socio epidemiológico e avaliar o estadiamento e a qualidade de vida de uma amostra de pacientes com DP que estão sob a realização de um protocolo de exercícios que visam o reforço muscular na Escola Superior de Educação Física da Universidade do Estado o Pará.

De acordo com a amostra, os pacientes foram compostos principalmente por idosos de ambos os sexos. Estudos demonstram que DP é uma doença com prevalência aumentada após os 60 anos com maior frequência entre os homens (RAJPUT et al., 1984; GORDON et al., 2013).

Além disso, a maioria dos participantes dessa pesquisa relatara possuir outras doenças, sendo as principais: doenças cardiovasculares e osteopatias. Umas das explicações para esse fato é a idade (> 60 anos) dessa amostra e o sedentarismo causado pela DP, que está associado a doenças hipocinéticas. Para as doenças cardiovasculares o risco de desenvolvimento é aumentado com o avanço da idade, podendo se tornar crônica entre idosos (KEARNEY et al., 2005).

Mais da metade dos pacientes (56%) usa o transporte público para sua locomoção até a universidade ou seus afazeres pessoais como ir a suas consultas. Como a maioria dos pacientes ainda se encontra nos estados iniciais da doença (Escala de Hoen e Yahr < 3), ainda existe uma preservação de algumas capacidades físicas; essas sendo dificultadas, devido as condições do transporte público paraense, local de embarque e destino.

O fator social transporte, pode estar associado ao menor nível de qualidade de vida - uma vez que constatada baixa funcionalidade, o paciente necessita de um acompanhante e locomoção adaptada para se deslocar com segurança. A maioria dos ônibus paraenses não são adequados a estas necessidades, caso que acontece em todo o Brasil. Dificultando não somente o traslado até o laboratório, mas atividades corriqueiras do dia-a-dia decrescendo a perspectiva de independência pessoal do idoso (SILVA, 2016).

Além disso, os participantes dessa pesquisa apresentam uma avaliação do MEEM que não indica alterações cognitivas importantes que o impossibilitem de realizar suas atividades de vida diária. No entanto, já foi demonstrado que a demência e a deterioração do estado cognitivo podem se fazer presente logo após o primeiro ano dos achados clínicos da DP se instalarem. É válido frisar nesse ponto que adoção de um estilo de vida mais ativo com a realização de exercícios físicos protege contra as perdas cognitivas decorrentes do envelhecimento e do avanço da idade (CHEN ET AL., 2005).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.30381-30390 may. 2020. ISSN 2525-8761 Para a melhor avaliação do prognóstico da DP é necessário da utilização de ferramentas validadas pelas associações internacionais de saúde, a exemplo da UPDRS e do PDQ-39.

A pontuação média da escala UPDRS demonstrou que os pacientes que estão sendo atendidos no projeto de atividade física apresentam uma pontuação baixa em todos os subitens avaliadas (Parte I = 6.8±3.5; Parte II = 10.9±5.6; Parte III = 35.9±16.7; Parte IV = 0.8±0.9 e Total = 54.5±20.3). Isso revela a importância do exercício físico para esses pacientes como já observado em outros estudos. Leal et al., (2019) demonstraram que o treinamento resistido de baixo volume melhora as capacidades físicas e funcionais, reduzindo os achados clínicos da DP, melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

No geral os pacientes apresentam uma renda familiar baixa o que influencia diretamente no tratamento da DP, pois existe situações de falta de remédio nos hospitais públicos e o paciente tem que adquirir os fármacos com recursos próprios e isso pode diminuir adesão ao tratamento medicamentoso, pois alguns pacientes as vezes não tem condições financeiras.

Além disso, os idosos relataram dificuldades no diagnóstico precoce da doença, prejudicando assim o tratamento dos sintomas provenientes e na dificuldade no acesso a médicos neurologistas pela rede pública de saúde. Assim, não notificando devidamente as confirmações dos casos, suspeitas e agravos – reduzindo a eficiência das políticas públicas voltadas a essa população, gerando mais custos ao Estado para o tratamento (MALTA, 2017).

4 CONCLUSÃO

Conclui-se que, no presente estudo, os pacientes atendidos no programa de treinamento resistido para pacientes com Doença de Parkinson em uma Universidade Pública do Estado do Pará apresentam um bom estado físico geral e cognitivo. No entanto, os pacientes apresentam uma renda familiar baixa e que é usada para o sustento da família. Esta pesquisa visou contribuir para intensificar as políticas públicas voltadas a população acometida pela DP. O diagnóstico precoce é essencial no tardiamento da progressão doença. Bem como, condições sociais como transporte e renda estão associadas ao nível de qualidade de vida desses indivíduos. Poucas campanhas de prevenção e tratamento foram observadas e destinadas a essa população fragilizada.

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Tabela 01: Perfil Socioepidemiológico de Pacientes com Doença de Parkinson, 2019

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