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Estudo da redução do consumo de cimento utilizando aditivos redutores de água Sinop-MT Study of reducing the consumption of cement water reducing additives using

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Estudo da redução do consumo de cimento utilizando aditivos redutores de água

Sinop-MT

Study of reducing the consumption of cement water reducing additives using

Adailton Nascimento1, Thiago Pereira Pinto2

Resumo: A referente pesquisa baseia-se em estudos comparativos de concretos de cimento Portland CPII-Z-32 com aditivos redutores de água - plastificantes e polifuncionais - em relação a um concreto de refêrencia. Os ensaios foram realizados em laboratório e divididos em três etapas. Na primeira etapa foi realizado um estudo de desempenho dos aditivos no concreto em sua consistência, manutenção da plasticidade, retardamento do fim de pega e resistência a compressão axial. As dosagens sobre a massa do cimento que foram utilizadas corresponderam a 0,3%, 0,6%, 0,9% e 1,2%. O concreto foi preparado utilizando-se a mesma plasticidade do concreto de referência. Na segunda etapa foi selecionada a dosagem que resultou o melhor desempenho para cada um dos aditivos (0,6%), cujo principal objetivo foi a redução do consumo de cimento até a manutenção de uma resitência requerida. Foram realizados ensaios de consistência, manutenção da plasticidade e resistência à compressão axial, nos quais os resultados mostraram-se próximos dos traços com maior consumo de cimento. A terceira etapa foi feita buscando-se um consumo de cimento que levasse a uma resistência à compressão de 25MPa. Desse modo podemos concluir que o uso de aditivos foi satisfatório.

Palavras-chave: Aditivos; Concreto; Desempenho; Consumo de cimento; redução de água.

Abstract: The related study based's on comparisons of Portland cement concrete CPII-Z-32 with water reducing additives studies - plasticisers and polyfunctional - in relation to a specific reference. Assays were performed in the laboratory and then divided into three stages. In the first and second step was made a study of the performance additives in concrete on its consistency, plasticity maintenance, delaying the end of the handle and axial compression resistance. Dosages on the mass of cement that were used corresponded to 0.3%, 0.6%, 0.9% and 1.2%. The concrete was prepared by using the same reference plasticity of the concrete. In the third stage, was selected the dosage that resulted in the best performance for each of the additives (0.6%), whose main objective was to reduce the consumption of cement to the maintenance of the required resistance. Consistency tests were carried out maintaining the plasticity and resistance to axial compression, the results of which showed traces of next greater consumption of cement. Thus we can conclude that the use was developed satisfactory.

Keywords: additives or mineral supplements; concrete; performance; Cement consumption; reduced water.

1 Introdução

O agregados miúdos e graúdos, com ou sem a incorporação de componentes minoritários (aditivos químicos e adições), concreto é uma mistura homogênea de cimento, que desenvolve suas propriedades pelo endurecimento da pasta de cimento. É o material mais consumido no mundo. Segundo historiadores, o concreto foi usado inicialmente pelos romanos, em uma versão conhecida por pozzolana.

A otimização da produção do concreto é uma busca constante e necessária para a redução do consumo de energia e recursos financeiros em vários países. No Brasil, a principal forma de otimização da produção tem sido com adições de minerais ao cimento.

Uma outra forma de otimização da produção se dá a partir da redução do consumo de cimento, pela adição de químicos redutores de água, que fazem parte dos chamados aditivos para concreto. No Brasil, a maioria dos aditivos utilizados são os chamados plastificantes e os polifuncionais. Essa alternativa, limita-se a concreteiras, grandes canteiros de obras e fabricantes de pré-moldados, que consomem apenas 20% do cimento comercializado no pais, segundo Mehta e Monteiro (2008).

Graduando,Engenharia Civil, Universidade d estado estado de Mato Grosso, Sinop-Mt ,Brasil,adailtom_sc@hotmaiil.com 2 Professor,Universidade do Estado de Mato Grosso ,Sinop-Mt,Brasil,thiagoppinto@gmail.com

A melhoria contínua dos processos que envolvem a construção civil é fundamental para se destacar em meio à concorrência, que é crescente na região, segundo Prodeurbs (2013), dado o crescimento no setor, que tem atraído muitos investidores. Assim, surge a preocupação em pesquisar formas de maior desempenho para o concreto, proporcionando o menor impacto ambiental possível. Partindo deste pressuposto, vê-se a importância em desenvolver um estudo que traga às claras o benefício do uso de aditivos e o incentivo de tal uso por parte dos profissionais da construção civil, especialmente engenheiros.

Desta forma, este trabalho tem como objetivo analisar o desempenho de concretos aditivados com plastificantes e polifuncionais. Foram analisadas as resistências para diferentes dosagens dos dois aditivos, mantendo-se constante a consistência do concreto. Após a definição da dosagem ótima, desenvolveu-se um estudo visando reduzir o consumo de cimento, matendo-se uma( resistência mínima à compressão) fck de 25 MPa.

2 Revisão Bibliográfica

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Na Idade Média, a qualidade destes materiais aglomerantes piorou. Deduz-se que as civilizações guardavam em tamanho segredo as fórmulas com que eram desenvolvidos que, com a queda de seus impérios, elas ficaram perdidas no tempo e praticamente tiveram que ser desenvolvidas novamente. Eram desenvolvidas várias fórmulas, mas nada tão resistente quanto o cimento Portland. O site da UFF1 conta de maneira mais clara a história deste cimento, que surgiu a partir de 1756, aproximadamente, dado a necessidade de se criar um material resistente à água do mar. O engenheiro Jonh Smeaton foi incumbido pelos ingleses de desenvolver tal material. Surge então cimento Portland, nome atribuído por Jonh Smeaton em 1756. O cimento Portland foi patenteado por volta de 1824 pelo inglês John Aspdin. O nome Portland foi atribuído devido à semelhança do cimento endurecido com o calcário da península de Portland.

2.1 Concreto

O concreto constitui um dos materiais mais utilizados no campo da construção. Além disso, apresenta grandes expectativas de crescimento em sua utilização nas próximas décadas, conforme atestam em seus estudos Galligo e Rodriguez (1995).

Embora a sua resistência e tenacidade sejam inferiores às do aço, as justificativas capazes de esclarecer a tão difundida utilização do concreto podem ser resumidas em três. A primeira delas é que ele apresenta excelente resistência à àgua. Ao contrario de muitos outros materiais, a capacidade do concreto de resistir a ação da água sem deterioração sensível faz dele um material ideal para estruturas destinadas a controlar, estocar e transportar água. A segunda razão para o uso tão difundido do concreto e a facilidade de execução de estruturas nas mais variadas formas e tamanhos, devido ao fato de o concreto fresco ter uma consistência plástica que favorece o material a fluir nos moldes. E o terceiro motivo para sua popularidade entre os engenheiros é que ele normalmente se constitui como o material mais barato e mais facilmente disponível no canteiro de obras, pois é formado por materias primas abundantes como areia, cimento, pedra, água e aço (MEHTA e MONTEIRO, 1994).

2.2 Relação água/cimento

A água de mistura do concreto é um dos elementos mais importante. A quantidade de água utilizada (relação água/cimento) é quem determina a resistência final do concreto. Do ponto de vista estrutural, o concreto pode vir a desenvolver problemas patológicos caso tenham sido empregadas água não potável ou com presença de cloretos, os quais contribuem para o desenvolvimento do processo de corrosão das armaduras (SOUZA e RIPPER, 1998).

2.3 Os Aditivos

Os aditivos são produtos empregados na produção de concretos e argamassas de cimento para modificar certas propriedades do material fresco ou endurecido. Sua Finalidade é aumentar a trabalhabilidade ou plasticidade do concreto; reduzir o consumo de

1 http://www.uff.br/matconst/historia_do_cimento1.htm

cimento (custo); alterar acelerando ou retardando o tempo de pega; reduzir a retração; aumentar a durabilidade a partir da inibição da corrosão das armaduras, reduzir do ataque de sulfatos e diminuir a permeabilidade.

A norma NBR-11768/92 (ABNT, 1992) classifica os aditivos por tipo, como: P= Plastificantes ou redutores de água (mínimo de 6%); A= Acelerador do tempo de pega; R= Retardador do tempo de pega; PR= Plastificante e retardador do tempo de pega; PA = Plastificante e acelerador do tempo de pega; IAR= Incorporador de ar; SP= Superplastificante (mínimo de 12%); SPR= Superplastificante retardador e SPA= Superplastificante acelerador.

Aditivos redutores de água

São conhecidos por provocarem a redução da demanda de água em concretos frescos, podendo atuar na relação água/cimento.

Resumidamente são classificados em:

Plastificantes: visam facilitar que a água penetre no gel de cimento, tendo assim uma molhabilidade mais intensa.

Com esses aditivos, por exemplo, pode-se manter num mesmo traço a mesma relação a/c, reduzindo a quantidade de água e de cimento e mantendo-se a mesma trabalhabilidade.

Superplastificantes tipo I: têm a mesma ação dos plastificantes, ou seja, reduções de água aumento de trabalhabilidade e fluidez, mas atuam de forma mais eficiente.

São materiais muito aplicados quando se deseja concretos com elevada trabalhabilidade (acima de 150 mm) e grandes reduções de água. Com a grande redução de água, o aumento da resistência é consequência, sendo indicado em empresas de pré-fabricação de médio e grande porte.

Superplastificantes tipo II: Tais aditivos aumentam o tempo de transição do concreto entre o amassamento e o endurecimento, por possuir dispersante que aumenta a eficiência da hidratação. São também conhecidos como retardadores e aceleradores de pega ou hiperplastificantes.

Aditivos Incorporadores de ar

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propriedades e sob mesmas condições de aplicação e cura (CORRÊA, 2010).

3 Materais e Métodos

3.1 Escolha e caracterização dos materiais

Cimento

O cimento utilizado neste trabalho é do tipo CPII-Z-32. Para a caracterização do cimento utilizado foram verificados sua classe de resistência à compressão axial e tempos de início e fim pega.

Agregados

Os agregados miúdo (areia lavada natural) e graúdo (brita nº 1 de granito) utilizados nos ensaios foram analisadas de acordo com a norma ABNT NBR 7211/2005 Agregados para concreto - Especificação

(ABNT, 2005). Ensaio de teor de umidade também foi executados, após a preparação da amostra, para controle da relação água-cimento.

O controle de qualidade da areia foi feito pela empresa fornecedora, a partir de análise da presença de torrões de argila e substâncias nocivas.

O agregado graúdo utilizado foi submetido à lavagem prévia, para se eliminar excesso de finos. Após isso, foi seco ao ar.

Aditivos

Os aditivos foram caracterizados de acordo com as informações apresentadas pelos fabricantes. Foram utilizados dois tipos de aditivos: plastificante e polifuncional.

Água

A água utilizada nos ensaio é fornecida pela prefeitura do município de Sinop, sendo classificada como água potável.

3.2 Definição do traço de referência

O traço utilizado no concreto de referência é apresentado na Tabela 1. A relação água cimento foi determinada para que se alcançasse uma resistência à compressão de 31,6 MPa, a partir da interpolação dos dados constantes na Tabela 2, apresentada por UDESC, 2010.

Tabela 1. Composição da amostra do concreto de referência

Traço do Concreto de Refêrencia kg/15 litros Volume Cimento

(kg) Areia (kg) Brita 1 (kg) Àgua (kg) 15 l 6,728 10,04 15,50 2,950

Traço do Concreto de Refêrencia kg/1m³ 1 m³ 448,53 669,3 1033,6 196,6 Fator água/cimento 0,416

Teor de argamassa 52% Fonte: O autor, 2014.

Tabela 2. Fator água cimento-x Fcj

(Mpa) Estimativa da relação água/cimento-x(l/kg) Cimentos do tipo CP I, II, III, IV CP V ARI Classe 25 Classe 32 Classe 40

10 0,79 0,89 0,96 0,96

15 0,64 0,74 0,81 0,81

20 0,53 0,63 0,71 0,71

25 0,45 0,55 0,62 0,62

30 0,38 0,48 0,56 0,56

35 0,32 0,42 0,50 0,50

Fonte: laborátorio MMC UDESC, 2010.

3.3 Fabricação do concreto

Para a execução do concreto, foi considerado o teor de umidade inicial da areia, obtido do ensaio de caracterização, sendo, portanto, feita a correção da quantidade de água adicionada.

As amostras de concreto foram fabricadas em uma betoneira de 150 litros. Cada um dos componentes do concreto foi pesados e acondicionado em sacos antes da realização dos ensaios.

Após a fabricação, foi feito ensaio de abatimento de tronco de cone, para avaliação da consistência do concreto fresco. O ensaio foi executado de acordo com a NBR 723/1992- Concreto-Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone- Método de ensaio.

Segundo Menossi (2004), o ensaio de abatimento pode permitir a medição da trabalhabilidade do concreto fresco, com esses valores obtido é possível determinar a consistência da mistura. Conforme a classificação apresentada na Tabela 3.

Tabela 3. Classificação da Consistência do Concreto Consistência Abatimento(mm)

Seca 0 a 20

Fime 20 a 50

Média 50 a 120

Mole 120 a 180

Fluída 180 a 250

Fonte: Menossi (2004).

Após a moldagem, todos os corpos de prova foram submetidos à cura submersa em tanque com água saturada de cal (7 e 28 dias).

3.4 Primeira etapa de ensaios

Na primeira etapa de ensaios, foi verificada a influência do aditivo sobre a relação água-cimento do concreto, para teores crescentes de aditivo. Nesta etapa foram também obtidas as resistências à compressão das amostras, para 7 dias e 28 dias. Desta forma, foram fabricados concretos com teores crescentes de aditivo (0,3%; 0,6%, 0,9% e 1,2% sobre a massa de cimento). A quantidade água adicionada foi a suficiente para que o concreto atingisse um abatimento semelhante àquele obtido para o traço de referência.

O ensaio de resistência à compressão foi feito de acordo com NBR 7215/1996-Cimento Portland-Determinação da resistência á compressão, a partir da moldagem de seis corpos de prova para cada um dos traços.

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Após a análise da influência dos aditivos sobre a relação água-cimento e sobre a resistênica à compressão, foi definida a dosagem da segunda etapa: àquela que levou às melhores condições de resistênica à compressão para 7 e 28 dias.

A partir desta dosagem, buscou-se uma redução do consumo de cimento, a partir da definição de um novo traço que conduzisse à uma resistênica à compressão de 25MPa.

Como a resistênica obtida utilizando o aditivo e o consumo de cimento definido pelo traço padrão foi elevada, calculou-se um novo consumo de cimento, mantendo-se a relação água-cimento definida no traço padrão. Assim, como houve redução de água pela presença do aditivo, foi possível também reduzir o consumo de cimento.

Nesta etapa, buscou-se também manter o abatimento semelhante àquele obtido para o traço padrão. Em todos os ensaios realizados foi mantido o mesmo teor de argamassa, para não alterar o volume do concreto produzido. A massa de cimento reduzida foi, para tanto, substituida por areia.

Nesta etapa foram moldados seis corpos de prova, para cada aditivo, que foram posteriormente submetidos ao ensaio de compressão simples. 3.5 Terceira etapa de ensaios

Esta etapa foi definida a partir da verificação de que a resistênica obtida na etapa anterior, para o aditivo plastificante, ainda estava acima de 25 MPa. Assim, foi definido um novo traço, reduzindo o consumo de cimento. A relação água-cimento, portanto, foi aumentada.

4 Apresentação e Análise dos Resultados

4.1 Traço de referência

Os resultados dos ensaios realizados com o concreto fabricado a partir do traço de referência mostraram uma resistênica à compressão média de 29,7 MPa para período de cura de 7 dias, e 33,8 MPa para 28 dias. O abatimento obtido foi de 60 mm.

Este abatimento foi considerado para a execução da primeira etapa.

4.2 Primeira etapa de ensaios

A Tabela 5 apresenta a variação (negativa) da quantidade de água necessária para cada traço, de forma a manter constante o abatimento em 60 mm. Tabela 5: Porcentagem de água reduzida do traço de referência com as respectivas dosagens.

Aditivo Plastificante

Dosagem 0,3% 0,6% 0,9% 1,2%

Redução de

água 11,87% 16,95% 22,04% 27,12%

Aditivo Polifuncional

Dosagem 0,3% 0,6% 0,9% 1,2%

Redução de

água 8,48% 15,26% 22,04% 27,12% Fonte: O autor, 2014.

Verifica-se, da Tabela 5, que para ambos os aditivos, houve um comportamento semelhante quanto à variação da quantidade de água necessária para se chegar ao mesmo abatimento. Os resultados mostram diminuição da quantidade de água com o aumento da dosagem de aditivo utilizada, conforme era esperado. A Figura 1 apresenta os valores médios da resistência à compressão dos concretos moldados com o traço de referência e com aditivo, para 7 e 28 dias.

Figura 1: Resistência à compressão para os traços da primeira etapa

Observa-se, da Figura 1, que para ambos os aditivos, o comportamento quanto à resistência à compressão é semelhante, apresentando valores máximos próximos ao teor de 0,6%. Observa-se também, que o aditivo platificante levou a maiores valores de resistência, tanto para 7 quanto para 28 dias de cura. O ganho de resistência com a utilização dos aditivos é bastante significativo. Isso se observa comparando-se a resistência dos concretos executados com diferentes dosagens com a resistência do concreto executado com o traço de referência. O maior ganho de resistência foi verificado para o aditivo plastificante, com teor de 0,6% sobre a massa de cimento (70% de ganho, aproximadamente).

A partir dos resultados obtidos, pode-se notar que a definição das dosagens deve-se ser baseada no retardamento do fim da pega do concreto. Considerando que esse concreto foi executado no mês de setembro, no qual a temperatura era acima de 30°C durante o dia e acima de 20° durante a noite, o risco de ocorrer retardamento para as dosagens de 0,9% e 1,2% é bem menor sob as condições de temperaturas mais baixas. Desse modo, ficaram descartadas as dosagens de 0,9% e 1,2% sobre a massa de cimento. O fator principal a ser cuidado quando relacionados ao retardamento é intensificar os trabalhos de cura do concreto, prolongando os períodos até que seja alcançada cerca de 70% da sua resistência.

A influência dos aditivos na eficiência da hidratação dos grãos de cimento pode ser nas amostras com aditivos que tiveram um desempenho de resistência à compressão axial superiores às amostras sem aditivos. Isso é explicado pela melhor dispersão dos grãos do cimento, causada pelo aditivo e, consequentemente, pela melhor hidratação.

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concreto, o melhor desempenho da dosagem está entre as dosagens 0,3% e 0,6% do peso do aditivo plastificante sobre o peso do cimento. Essas dosagens avaliadas apresentaram um resultado médio de resistência à compressão axial crescente e próxima (47,6 MPa e 58,9 MPa) com diferença de 19,08% na resistência. Todos os valores foram obtidos mantendo-se contante o abatimento, em 60 mm.

Considerando as análises realizadas, foi escolhida a dosagem de 0,6% de aditivo plastificante sobre a massa do cimento, para a terceira etapa de ensaios. 4.3 Segunda etapa de ensaios

As Tabelas 6 e 7 apresentam os traços utilizados na segunda etapa de ensaios, para os aditivos plastificante e polifuncional, respectivamente. São apresentadas as quantidades de cimento, areia, brita, água e aditivo, para a produção de 1,0 m3 de concreto, e para a produção de 15l de concreto. Os traços foram definidos mantendo-se a relação água-cimento do traço padrão. Como reduziu-se a quantidade de água, com a utilização do aditivo, foi possível reduzir também o consumo de cimento. O abatimento foi mantido em aproximadamente 60 mm. O teor de argamassa também foi mantido igual ao teor do traço de referência, sendo a redução da massa de cimento substituída por areia. O teor de argamassa encontrado foi de 52 %.

Tabela 6: Composição do concreto de referência e do concreto com aditivo plastificante.

CIMEN AREIA BRITA ÁGUA ADIT Concreto de

Referência

(kg) 448 670 1033 197 -

Concreto com aditivo

(kg/m3) 392 724 1033 164 2,35 Concreto

com aditivo

(kg/15l) 5,88 10,87 15,50 2,450 0,035 Fonte: O autor, 2014.

Tabela 7: Composição do concreto de referência e do concreto com aditivo polifuncional.

CIMEN AREIA BRITA ÁGUA ADIT

Concreto de Referência

(kg) 448 627 1033 197 -

Concreto com aditivo

(kg/m3) 400 716 1033 166 2,4 Concreto

com aditivo

(kg/15l) 6,00 10,75 15,50 2,512 0,036

Fonte: O autor, 2014.

Verifica-se, das Tabela 6 e 7, que a redução do consumo de cimento para o aditivo plastificante foi de 12,5 % e para o aditivo polifuncional foi de 11,0 %. A Figura 2 apresenta os resultados do ensaio de compressão simples executados para os concretos moldados a partir da redução do consumo de cimento.

Observa-se, a partir da Figura 2, que mesmo com a redução da massa de cimento dos concretos aditivados, os mesmos apresentaram resistência maiores que aquelas obtidas do traço de referência. Observa-se também pequena diminuição de resistência quando se compara com os resultados apresentados na primeira etapa, para a mesma dosagem de aditivo. Assim, mesmo com uma redução média de 11,5 % da massa de cimento, a redução da resistênica à compressão foi da ordem de 6,0 %. Verifica-se, portanto, que é possível reduzir o consumo de cimento no concreto, o que indica que é possível reduzir a emissão de CO2 provocada pela produção do cimento.

A Tabela 8 apresenta uma análise preliminar de custo de materiais para o concreto de referênica, concreto com aditivo plastificante e concreto com editivo polifuncional. Os custos baseiam-se em custos unitários, apresetnados na Tabela 9. A estimativa foi feita considerando-se os concretos com a redução do consumo de cimento, obtidos na segunda etapa de ensaios.

Tabela 8: Custo dos materiais mês de outubro , para a execução de 1,0 m3 de concreto em R$.

CIM AR BR ADIT TOTAL

Concreto

Referência 212,25 11,72 68,18 292,15

Concreto c/ aditivo Plastificante

185,72 12,67 68,18 7,36 273,93

Concreto c/ aditivo Polifuncional

189,51 12,53 68,18 7,58 277,80

Fonte: O autor, 2014.

Tabela 9: Custo unitário dos Materiais mês de outubro.

TIPO UNIDADE QUANTIDADE PREÇO

Areia Ton 1 R$ 17,50

Brita Ton 1 R$ 65,00

Cimento Ton 1 R$473,78

Água Lts 1000 R$ 00,00

Aditivo Kg 1 R$ 3,16

Fonte: Empresa Fornecedora, 2014

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para o aditivo plastificante, sem que ocorra perda de resistência. Para o concreto produzido utilizando-se aditivo polifuncional, a redução de custo de material por m3 é de R$ 14,35.

4.4 Terceira etapa de ensaios

Para esta etapa, definiu-se um novo traço, buscando-se a máxima redução do consumo de cimento, mas mantendo-se uma resistência de 25 MPa. A Tabela 10 apresenta o traço utilizado, que foi definido por tentativas.

Tabela 10: Traço utilizado na 3ª etapa, para a produção de 15l de concreto.

CIMENTO AREIA BRITA ÁGUA Concreto de

Referência(kg) 6,72 10,05 15,50 2,95 Concreto com

aditivo (kg) 4,32 12,45 15,50 2,00 Fonte: O autor, 2014.

A relação água-cimento para esta etapa foi de 0,463, aproximadamente 11,3 % superior àquela utilizada nas demais etapas. A consistência medida foi a mesma utilizada nas etapas anteriores, 60 mm. As resistências médias obtidas, para 7 dias e 28 dias, foram 27,7 MPa e 31,0MPa, respectivamente, mostrando, portanto, que alcalçou-se o objetivo desta etapa. A redução do consumo de cimento foi de aproximadamente 35,7 %.

A Tabela 11 apresenta uma análise preliminar de custo de materiais para o concreto de referênica e o concreto cujo traço foi definido na 3ª etapa. A estimativa foi feita de acordo com os dados de custo unitário apresentados na Tabela 9.

Tabela 3: Custo comparativo dos concretos em R$.

CIMEN ARE BRI ADIT TOT. Concreto

de Referência(

kg/m³)

212,25 11,72 68,1 2,95

292,1

Concreto com aditivo

(kg/m³) 136,44 14,60 68,1 5,43 224,6 Fonte: O autor, 2014.

Verifica-se uma redução de custo de materiais de aproximadamente 23,1 %.

5 Conclusão

Neste trabalho foram analisadas as resistências à compressão simples de concretos obtidos com a utilização de aditivos - plastificante e polifuncional. Os concretos foram fabricados a partir de um traço de referência, e as adições foram feitas mantendo-se constante o abatimento.

A primeira etapa de estudos indicaram altas resistências quando da utilização de aditivos, polifuncional e plastificante, em diferentes teores, verificando-se valores maiores para taxa de aditivo de 0,6%.

Definido o teor ideal de aditivo, foi iniciada a segunda etapa, onde se verificou a influência da redução da relação água-cimento na resistência. Os resultados

indicaram que as resistências ainda estavam acima da resistência requerida.

Na terceira etapa, fez-se um estudo por tentativas até se encontrar um traço, com consumo mínimo de cimento, que atendesse às condições de resistência. Os resultados indicaram que é possivel reduzir o consumo de cimento a partir da utilização de aditivos, plastificante e polifuncional. Observou-se uma redução de custo de materiais de aproximadamente 23,1 %.

Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus pela oportunidade sempre esteve comigo iluminando meus caminhos e me abençoando.

Aos meus pais João Alves Nascimento e Raimunda Silva de Castro, pelo exemplo de coragem e determinação, e pelo todo apoio, por me ensinar a sempre lutar pelos meus sonhos, aos meus irmãos Fernando Nascimento e Ailton Nascimento pela força e apoios concedidos durante minha caminhada, a Emilia Chuina Tomazeli pelo carinho e confiança. Ao Prof. Thiago Pereira Pinto pela orientação e contribuição prestada no desenvolvimento deste trabalho e a todos os professores que contribuiram para minha formação acadêmica. Agradeço aos meus colegas, pelo companherismo e força em momentos dificies nos estudos, e conselhos prestados. Agradeço de todo o coração.

Por fim, agradeço a Universidade do Estado de Mato Grosso e as pessoas que compõem esse sistema, que buscaram oferecer ensino de qualidade a nós acadêmicos.

Referências

ABNT - EB 1763 - Aditivos para Concreto de Cimento Portland – Rio de Janeiro, Jan/ 1992.

______. NM 67: 1998 – Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, Rio de Janeiro, fev 1998.

______. NBR 7211 – Agregados para concreto. Rio de Janeiro, 2009.

CORRÊA, Augusto Cesar Abduche. Estudo do desempenho dos Aditivos Plastificantes e Polifuncionais em Concreto de Cimento Portland Tipo CPIII-40. Tese de Mestrado, UFF, Niterói-SP, 2010. COUTINHO, A. S. Fabrico e Propriedades do Betão. Vol. I. Ed. LNEC. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil. 1997.

FONSECA, Gustavo Celso da. Adições Minerais e as Disposições Normativas Relativas a Produção de Concreto no Brasil: Uma Abordagem Sistêmica. Tese de Mestrado. Belo Horizonte, 2010.

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MARTINELLI, Rosana. Prefeitura Municipal de Sinop. Disponível em: http://www.olhardireto.com .br/, Acesso em 22/10/2014.

MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J.M. Concreto,

Microestrutura, Propriedades e Materiais. 3º. Ed. São Paulo: Ibracon, 2008.

NEVILLE, Adam Matthew - Propriedades do Concreto, 2ª ed. rev. atual. – São Paulo: Pini, 1997.

PRODEURBS (Núcleo de Desenvolvimento Urbano de Sinop) e SOSU (Secretaria de Obras e Serviços Urbanos), Publicado por CDL (Camara dos dirigentes lojistas - Assecom). Disponível em: http://www.cdlsinop.com.br. Acesso em 30/09/2014. http://www.viapol.com.br/arquivo/e20bfbfde518464440 b1537ce7bb8135.pdf, Acesso em 04/08/2014

Imagem

Tabela 1. Composição da amostra do concreto de referência  Traço do Concreto de Refêrencia  kg/15 litros  Volume  Cimento  (kg)  Areia (kg)  Brita 1 (kg)  Àgua (kg)  15  l  6,728  10,04  15,50  2,950
Tabela  5:  Porcentagem  de  água  reduzida  do  traço  de  referência com as respectivas dosagens
Tabela 8: Custo dos materiais mês de outubro , para a  execução de 1,0 m 3  de concreto em R$
Tabela 10: Traço utilizado na 3ª etapa, para a produção de  15l de concreto.

Referências

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