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INFECÇÃO HOSPITALAR E COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

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Academic year: 2022

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INFECÇÃO HOSPITALAR E COMISSÃO DE

CONTROLE DE INFECÇÃO

HOSPITALAR

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Conceito

Infecção hospitalar

Qualquer tipo de infecção adquirida após a entrada do paciente em um hospital ou após a sua alta quando essa infecção estiver diretamente relacionada com a

internação ou procedimento hospitalar, como, por exemplo, uma cirurgia.

(3)

A infecção acontece quando um microorganismo (vírus, bactérias, protozoários ou fungos) penetra no corpo do ser humano, e se multiplica

(proliferação).

As infecções hospitalares podem ser causadas por falta de assepsia:

No meio ambiente;

Do material e medicamentos;

No paciente;

Da equipe que o atende.

(4)

Exemplos de assepsia:

O ato de lavar as mãos impede a transferência de microorganismos presentes na mão do agente de saúde para o paciente;

A esterilização dos materiais;

Não tossir, espirrar, e nem mesmo falar sobre material esterilizado;

Uso de papel toalha para as mãos;

Não sentar nas camas dos pacientes;

Não colocar materiais no chão (comadre, bacia);

Remoção das bactérias da pele (banho, limpeza).

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Como se adquire?

Qualquer pessoa que é obrigada a internar-se em ambiente hospitalar para tratamento médico está sujeita a contrair uma infecção hospitalar, que está diretamente relacionada ao tempo de internação e procedimento a ser realizado.

Em procedimentos cirúrgicos sempre existem mais riscos de contrair infecção do

que em uma internação sem

procedimentos, que Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) ou Centros Cirúrgicos são locais onde há muito mais chances de contrair infecção.

(6)

Limpas: realizadas em tecidos estéreis ou de fácil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local, sem penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário, em condições ideais de sala de cirurgia. Exemplo: cirurgia de ovário;

Potencialmente contaminadas: realizadas em tecidos de difícil

descontaminação, na ausência de supuração local, com penetração nos tratos digestório, respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Exemplo: redução de fratura exposta;

Contaminadas: realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, de difícil descontaminação, com processo inflamatório mas sem supuração. Exemplo: apendicite supurada;

Infectadas: realizadas em tecido com supuração local, tecido necrótico, feridas traumáticas sujas.

De acordo com a Portaria n° 2.616/98 MS, as cirurgias são classificadas em:

(7)

O que se sente?

Os sintomas são relacionados ao local do procedimento ou envolvem algum sistema, como respiratório ou urinário. Pacientes graves podem ter comprometimento de todo o organismo.

Geralmente o primeiro sintoma é febre.

(8)

Pacientes em maior risco

Recém- nascidos;

Acidentados;

Pacientes com Neoplasias Malignas;

Receptores de órgãos;

Diabéticos;

Idosos;

Aidéticos.

(9)

Diagnóstico de infecção hospitalar

Observação direta do paciente ou análise de seu prontuário;

Resultados de exames de laboratório;

Quando não houver evidência clínica ou laboratorial de infecção no momento da internação no hospital, convenciona-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que se apresentar após 72 horas da admissão no hospital;

Também são convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da internação, quando associadas a procedimentos médicos realizados durante esse período;

As infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas pela placenta ou das associadas a bolsa rota superior a 24 horas.

(10)

Após o diagnóstico de infecção hospitalar, o tratamento é feito sempre com antibióticos injetáveis e por período de 14 a 30 dias.

Como se trata?

A prevenção de infecções hospitalares por todo o mundo depende muito mais da instituição hospitalar e de seus trabalhadores do que dos pacientes, já que ninguém se interna com intenção de contrair doenças dentro do hospital.

Os cuidados para não ocorrer elevado número de infecções e sua prevenção e controle envolvem medidas de qualificação da assistência hospitalar, de vigilância sanitária e outras, tomadas no âmbito do município e estado.

Como se previne?

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1- INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

Mais comum

Idade avançada e Sexo feminino

Uso indiscriminado de antimicrobianos

Instrumentação trato urinário - sonda vesical – 80%

- outros

Doenças subjacentes graves – infecções subclínicas

Infecções mais importantes

2- INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO

Tempo de internação

Condições pré-operatórias e Técnica cirúrgica

Corpos estranhos, drenos, próteses

Antibioticoprofilaxia

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3-INFECÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO

Idade e Patologia base

Instrumentação do trato respiratório

Colonização orofaringe

Broncoaspiração

4- INFECÇÃO DE CORRENTE SANGUÍNEA

Hospedeiro – doença base

Insumos contaminados e Técnica

Acesso vascular → tipo cateter

→ curativo

→ tempo

→ local

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Principais Bactérias Causadoras de IH (O TERROR DOS HOSPITAIS)

Grupo dos cocos Gram positivos e catalase-positivos;

Infecções simples como: espinhas, furúnculos e celulites;

Infecções graves que são meningites, pneumonia, endocardite;

Reservatórios: pacientes colonizados, funcionários e pelo próprio ambiente;

Responsável por mais de 30% dos casos de infecções hospitalares.

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Pacientes com baixa resistência

podem sofrer septicemia e endocardite

relacionada a implantes, próteses e cateteres

Bacilo Gram negativo, podem ser aeróbias e anaeróbias facultativas;

Parte da microbiota normal no intestino;

ITU;

Septicemia.

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Pneumonias comunitárias

Pacientes imunocomprometidos

Infecções pediátricas relevantes

Bacilo Gram-negativo, aeróbio facultativo, tolera grandes variações de temperatura, têm mínimas exigências nutricionais está presente no solo, plantas, frutas e vegetais, e tem preferência por ambientes úmidos .

Causador de infecções em diversas regiões do corpo

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São bactérias gram-positivas,

comensal do aparelho digestivo (intestino) e urinário

Endocardite

Infecção Urinária

Septicemia

Bactéria aeróbia Gram-negativa, com distribuição cosmopolita no solo;

Elevada patogenicidade: vias respiratórias e o trato urinário

(17)

Histórico de Controle de Infecção

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• Início século XX : HALSTED (cirurgião americano) - Introdução do uso de Luvas nos procedimentos hospitalares.

• Princípio do século XX: descobertas as sulfamidas, que matavam alguns micróbios....

1929 – Obtenção PENICILINA (Alexander Fleming) Seguida pelos demais antibióticos (corrida

vertiginosa da potente indústria farmacêutica)

Resistência Bacteriana → CONTROLE !!!

CCIH

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LEIS E PORTARIAS REFERENTES AO CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

DECRETO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE N° 77.052 de 19 de janeiro de 1976, em seu Artigo 2°, Item IV,

determinou que NENHUMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR PODE FUNCIONAR NO PLANO

ADMINISTRATIVO SE NÃO DISPUSER DE MEIOS DE PROTEÇÃO CAPAZES DE EVITAR EFEITOS NOCIVOS À

SAÚDE DOS AGENTES, PACIENTES E CIRCUNSTANTES.

(20)

1983 - Portaria MS, no. 196 de 24 de Junho de 1983

“ Todos os hospitais do país, independente da natureza mantenedora, devem manter

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH)” ; dá orientações práticas sob a forma de

cinco anexos.

Portaria 930/92 – Ações

sistemáticas para reduzir a

incidência e gravidade de IH.

(21)

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar - CCIH?

A CCIH é um órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de planejamento e normatização de

ações de controle de infecção hospitalar, que serão executadas pelo serviço de controle de Infecção

Hospitalar (SCIH) .

É responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissionais de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc.

(22)

Prevenir e combater à infecção hospitalar, beneficiando dessa maneira toda a população assistida, proteger o hospital e o

corpo clínico.

Objetivo da CCIH

Desenvolver ações na busca ativa das infecções hospitalares;

Avaliar e orientar as técnicas relacionadas com procedimentos invasivos;

Participar da equipe de padronização de medicamentos;

Prevenir e controlar as infecções hospitalares;

Controlar a limpeza da caixa de água;

Controlar o uso de antibiótico;

Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica da infecções hospitalares;

Elaborar treinamentos periódicos das rotinas do CCIH;

Manter pasta atualizada das rotinas nas unidades;

Executar busca ativa aos pacientes com infecção;

Fazer análise microbiológico da água

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A SITUAÇÃO DO CONTROLE DE INFECÇÃO NO BRASIL

APESAR de muitos esforços, o Brasil ainda enfrenta uma realidade adversa daquilo que se pode julgar satisfatório: CARÊNCIA DE

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS NAS INSTITUIÇÕES de saúde (principalmente nas públicas), AUSÊNCIA DE CCIHS ATUANTES em grande parte dos hospitais, ou ainda, PROFISSIONAIS exercendo a função SEM CONHECIMENTO ADEQUADO DA ATIVIDADE - o que

resulta em elevadas taxas de infecção hospitalar, ocorrência de surtos não detectados em berçários e unidades de terapia intensiva, ESTA REALIDADE PRECISA DE MUDANÇAS!

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