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O Plano Eterno

Por Silvio Dutra

Set/2019

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A474

Alves, Silvio Dutra O plano eterno

Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2019.

57p.; 14,8 x21cm

1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Fé 4. Graça I. Título.

CDD 252

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Toda busca de conhecimento teológico, religioso, deve ser subordinada ao plano geral de Deus para a nova criação espiritual que sempre foi e será realizada segundo o arrependimento e a fé.

Primeiro de tudo porque sabendo Deus em sua onisciência que o primeiro homem criado logo viria a cair no pecado, e que toda a sua descendência seria encerrada no pecado, sendo todos desprovidos de justiça, santidade e vida, pela mesma onisciência, sabedoria e poder, formulou um plano para trazer a criação espiritual que pretendia com a criação do homem, à existência, formada de muitos filhos semelhantes a Jesus Cristo.

Isto foi feito através de uma aliança entre Deus Pai e Deus Filho, antes mesmo da criação do mundo, e lá ficou ajustado e determinado que o Pai providenciaria tudo o que fosse necessário para capacitar o Filho ao cumprimento da sua missão, que consistiria sobretudo em:

a) Assumir a natureza humana ao lado da divina, e ser perfeitamente obediente à Lei.

b) Cumprir as profecias relativas à Sua Pessoa e ministério.

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c) Morrer como sacrifício pelo pecado para satisfazer a justiça divina.

d) Levar sobre Si as transgressões dos pecadores para expiar a culpa dos que viessem a crer.

e) Ressuscitar e ascender ao céu para cumprir o ministério de Advogado e Sacerdote deles.

f) Responsabilizar-se e cumprir tudo o que fosse necessário para o aperfeiçoamento espiritual deles em santificação.

g) Garantir a permanência eterna deles na vida de comunhão com Deus através do seu ofício de Fiador deles.

Estas e muitas outras particularidades da aliança, inclusive nas partes que respeitam ao trabalho do Espírito Santo, também foram assentadas na ocasião.

Também foi ajustado que o plano de salvação seria realizado através de várias e sucessivas etapas, para atender a diversos fins segundo o cumprimento cabal e perfeito de tudo o que Deus previu em Sua onisciência e traria à existência por sua sabedoria e poder.

Assim que o pecado entrasse no mundo com a queda do homem pela tentação da Serpente,

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Satanás, o diabo, seria revelada a misericórdia e graça que estão disponíveis em Deus para aqueles que se arrependerem de seus pecados e crerem nEle. Mas, que esta concessão de graça estava condicionada a um sacrifício sangrento que deveria ser feito na pessoa do próprio Deus, por Seu Filho, o que foi tipificado pela cobertura de peles de animais que tiveram que ser sacrificados pelo próprio Deus para cobrir a nudez do homem.

Com isto se ensinava que a cobertura do pecado só poderia ser feita através deste sacrifício do Filho de Deus.

Isto estava velado para Adão e em todo o período do Velho Testamento, até que Jesus se manifestasse ao mundo como sendo Aquele para o qual apontavam todos aqueles sacrifícios de animais, que não podiam expiar a culpa do pecado, sendo apenas figuras do único sacrifício que na verdade, era o que cobria o pecado dos que tinham fé naquele período, a saber, o de Jesus.

Também, já na ocasião da queda do primeiro homem, foi revelado que da semente da mulher viria Aquele que esmagaria a cabeça da Serpente, ou seja, de Satanás.

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Esta semente não seria diretamente a de Eva, mas a resultante de uma descendência designada por Deus a partir dela, para que se firmasse a fé na exclusividade dAquele que seria o Salvador, uma vez que seria o descendente de várias gerações de mulheres, previamente designadas pelo Pai, até que Ele se manifestasse no mundo.

Assim, temos nestas várias gerações, mulheres como Raabe, a que havia sido prostituta, Rute, que foi bisavó do rei Davi, e muitas outras, até que se chegasse à virgem Maria, que concebeu Jesus pelo poder direto do Espírito Santo agindo sobre ela, pois sendo feito homem, importava que nascesse sem pecado, e daí não ter havido a recepção total da herança genética do primeiro casal que foi sujeitada a ficar encerrada no pecado.

Haveria depois mais uma etapa a ser cumprida para a realização de todo o plano de salvação, que seria a criação de um povo exclusivo, que deveria ser diferente das demais nações, por várias ordenanças que lhes seriam determinadas por Deus, como por exemplo a da circuncisão e a diferença que teriam que fazer entre animais, alimentos e diversas coisas consideradas puras ou impuras pela lei.

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É importante lembrar que desde o momento em que a Aliança da Graça foi firmada entre o Pai e o Filho no céu, antes da criação do mundo, para beneficiar aqueles que seriam alcançados pela aliança, por meio do arrependimento e da fé, a mesma já era considerada como existindo em plena eficácia para aplicação de todos os seus termos, uma vez que Deus não está sujeito ao tempo, e como nada do que Ele planeja pode falhar ou ser frustrado, então é bem provável que o próprio Adão e sua mulher tenham sido os primeiros a serem beneficiados, alcançando a salvação pelo arrependimento e fé, pois vemos como eles se sujeitaram a tudo o que Deus lhes propôs quando veio a ter com eles depois que pecaram, para lhes oferecer redenção.

Mas, o plano deveria avançar porque apesar de todos os benefícios da graça estarem sendo aplicados por antecedência, isto era feito em razão de haver um cumprimento perfeito de tudo o que deveria ser feito nos termos da aliança entre o Pai e o Filho.

A Semente bendita prometida a Adão, seria mais uma vez prometida, em renovação da promessa, a Abraão, já sendo dito a ele que não apenas seria para bênção da nação que seria formada a partir dele, mas de todas as nações da Terra.

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A formação de Israel visava portanto, principalmente, à manifestação da Semente prometida pela qual é gerada vida eterna em todos os que creem em todas as nações.

A Abraão foram dados muitos outros mandamentos e ordenanças para serem guardados por seu povo, em todas as gerações.

Foi também designada uma linha de sucessão entre os descendentes de Abraão, pois a promessa seria cumprida através de Isaque, e não de Ismael, ou de qualquer outro filho de Abraão que ele gerou com Quetura depois da morte de Sara.

Houve também uma eleição de graça entre os descendentes de Isaque, pois de seus filhos gêmeos, Jacó foi o escolhido e não Esaú.

Aqui, se aprendia que a Aliança da Graça foi estabelecida para os que fossem eleitos de Deus para a salvação eterna, e apenas a eles, pois tendo todos pecado, usaria de misericórdia com quem quisesse ter misericórdia para a salvação, uma vez que seria justo caso condenasse a todos.

Quando o nome de Jacó foi mudado por Deus para Israel, que significa príncipe de Deus, a partir de então todos os seus descendentes

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seriam considerados integrantes da nação que seria formada para a manifestação futura do Messias, da Semente prometida. Todavia, nem todos seriam, por conta disto, considerados participantes da Aliança da Graça, uma vez que, como temos visto, esta não é firmada para os que são de geração natural, mas para os que são gerados de novo, por uma geração espiritual, por meio do arrependimento e da fé.

Nas várias gerações de Israel houve muito mais ímpios do que pessoas de fé, de maneira que foram sujeitados a juízo de condenação e não de salvação, como pode ser visto em várias passagens da Bíblia.

Todavia, não se entenda que aqueles que foram salvos porque eram eleitos, o foram porque eram pessoas perfeitas e cheias de méritos diante de Deus. Isto nunca existiu e jamais existirá porque todos pecaram e por natureza estão destituídos da glória de Deus.

Ninguém pode se sustentar diante de Deus caso não possua uma justiça e santidade perfeitas. E quem é apto para isto?

A salvação tem que ser por graça, mediante a fé, porque não há no próprio homem qualquer justiça ou santidade perfeitas. Os que são salvos,

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o são porque recebem a justiça e a santidade perfeitas de Jesus. Isto é imputado a eles por causa do arrependimento e da fé, e então a justiça e a santidade de Deus ficam satisfeitas.

Pelo que tem sido exposto até aqui, já podemos observar que jamais seria possível que alguém se salvasse e se tornasse agradável a Deus e à Sua justiça e santidade, por seus próprio meios.

Nem mesmo o esforço em se guardar a lei de Deus pode salvar alguém, porque nunca alguém poderia guardar perfeitamente todos os seus mandamentos durante todo o curso de sua existência, pois este seria o único modo de se poder satisfazer à justiça da lei.

Agora, o tempo estava correndo, a história da revelação avançando através da nação de Israel e operações de Deus no mundo, e muito sendo ensinado sobre o grande desagrado de Deus para com o pecado, sobretudo pelos juízos que Ele manifestou contra aqueles que andaram segundo as suas concupiscências.

Israel, quando na escravidão no Egito, lembrou- se de Deus e de clamar a Ele, somente quando a servidão se lhes tornou por demais dura, e o faraó buscando reduzir a população israelita inclusive pela ordem de matança de crianças.

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Houve aqui mais uma oportunidade de Deus manifestar a sua justiça e juízos, e demonstrar mais uma vez que a salvação é pela graça e mediante a fé no sacrifício de uma vítima perfeita inocente, que derramaria o seu sangue para que não houvesse morte, mas preservação em vida.

Isto foi feito pela tipificação de um cordeiro macho, sem defeito, que deveria ser morto e comido em cada casa de Israel, e cujo sangue deveria ser passado nas vergas e umbrais das portas, para que quando o anjo exterminador viesse ao Egito para matar os primogênitos, ele passaria e pularia as casas marcadas com o sangue.

É assim que Deus faz com aqueles que foram lavados de seus pecados com o sangue de Jesus.

Eles não serão mortos, e viverão diante dEle para sempre.

Então, com a libertação dos israelitas do cativeiro egípcio com Moisés, a importância do sacrifício para o perdão dos pecados, foi marcado pela exigência legal da repetição dos sacrifícios de animais em todas as gerações de Israel.

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Isto deveria durar até que Jesus se manifestasse e se oferecesse como sacrifício eterno na cruz.

Evidentemente, todos os mandamentos cerimoniais e civis, da lei dada através de Moisés, deveriam cessar desde que Jesus morreu e ressuscitou, uma vez que a razão da existência deles era simplesmente a de apontar para o Cordeiro de Deus que com o Seu único sacrifício, tira o pecado do mundo.

Mas permanecem os mandamentos morais e espirituais relativos ao dever de se adorar somente a Deus em espírito, de não representá- lo por imagens de escultura ou de qualquer forma visível conhecida, de amá-lo com toda a mente, força e alma, de não matar, não furtar, não adulterar, não dar falso testemunho, não cobiçar etc, dentre outros mandamentos, especialmente pela forma como Jesus explicou o sentido interior de muitos deles, como por exemplo a não ter sequer olhar impuro, no caso de adultério, de não odiar, no caso de homicídio, de não julgar, no caso do amor ao próximo, etc.

Ainda que pela letra da Lei não se possa prever e descrever tudo o que seja aprovado ou reprovado nos pensamentos, nas imaginações, nos sentimentos, nas ações ou omissões humanas, todavia ela permanece como um

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excelente referencial para nortearmos a nossa conduta e procedimento quanto ao que seja pecaminoso ou não.

Para facilitar a obediência dos eleitos, que são salvos, à Sua vontade, Deus tem, pela norma da Nova Aliança, inscrito suas leis em suas mentes e corações, de modo que pela direção e instrução do Espírito Santo que se move neles, enquanto andam nEle, possam saber o que convém ser ou fazer diante de Deus e dos homens.

Agora, nada disto é estático, mas está sempre em movimento de crescimento ou recuo, conforme andemos ou não pela fé.

Tudo o que se refere a agradarmos a Deus é por meio da fé no Seu Filho e na Sua Palavra. Tudo tem sido entregue por Ele à fé, porque é pela fé que a graça opera, e por nada mais.

É aqui que precisamos ter muito discernimento espiritual para que não sejamos apanhados por toda a confusão que é muito comum de ser feita entre lei e graça, quando não se possui um conhecimento adequado do papel de cada uma no reino de Deus.

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Se a Lei deve ser amada, observada e cumprida em tudo aquilo que permanece como expressão de nossa obediência à vontade de Deus, no entanto, não podemos confundir as coisas e atribuir a nossa salvação ao mero cumprimento dos mandamentos da Lei.

A nossa obediência à Lei é sempre imperfeita e não pode produzir a perfeita justiça que somente podemos ter por meio da fé em Jesus, por ser a Sua própria justiça atribuída a nós na justificação.

Além disso, é nisto que os judeus têm errado até hoje, por maior que seja a honra que muitos deles pretendam dar a Deus, só que rejeitando crer em Jesus e apoiando-se no cumprimento dos mandamentos da Lei.

A Lei nunca foi dada por Deus para este propósito de nos justificar, de nos salvar. Ela é a expressão do Seu caráter santo e justo, e procura nos convencer o quanto somos diferentes dEle, por casa do pecado, e quanto dependemos de um Salvador que nos torne justos diante dEle.

O evangelho é destinado por isso aos que se consideram e sabem que estão mortos espiritualmente, que sabem que são doentes

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espirituais e que necessitam de um Médico e de um Salvador que os cure e ressuscite.

Então, uma vez tendo sido salvos pela graça, mediante a fé, poderão se dedicar a amar e cumprir a Lei de Deus de todo o coração, sabendo de antemão, que poderão falhar em muitas coisas, mas que também, pelo mesmo evangelho terão a oportunidade de serem sarados por meio da confissão, do arrependimento e pela fé em Jesus.

Afinal, Jesus veio ao mundo, cumpriu perfeitamente a Lei, consumou a obra que tinha que realizar nos termos da Aliança da Graça que havia feito com o Pai, para que todo aquele que nele cresse não perecesse, mas tivesse vida eterna.

O pecado, o diabo e o mundo foram vencidos pelo Senhor, e estando unidos a Ele pela fé, também venceremos, pois a promessa da aliança não seria apenas a de sermos visitados pelo Espírito Santo, mas que Ele passaria a habitar em nós, e nos conduziria de glória em glória até a estatura de varão perfeito.

À medida que permanecemos em comunhão com Jesus, e Ele conosco, crescemos na graça e no Seu conhecimento, pela experiência pessoal

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e real, porque formos transformados em novas criaturas, pela recepção de um novo nascimento espiritual, por meio do poder do Espírito Santo. Nós participamos da natureza divina por meio de Jesus. Nós fomos tornados filhos amados de Deus. Nós temos agora uma nova Cabeça sob a qual nos encontramos como um corpo vivo e santo, a saber, a Igreja do Senhor. Somos um com Ele e com o Pai.

Participamos da família de Deus por virtude deste novo nascimento que nos desvinculará totalmente da primeira cabeça da raça humana natural, a saber Adão, que caiu no pecado.

O que pertence à velha natureza adâmica será destruído, e apenas o vinho novo da graça será mantido em nossos odres novos, nos corpos glorificados que receberemos no dia do arrebatamento da Igreja.

A Lei já não nos atormenta com suas ameaças de maldição, porque por meio do corpo de Jesus que carregou sobre si o escrito de dívida que era contrário a nós, em sua morte na cruz, já não devemos mais nada à Lei, de modo que somos considerados mortos para a sua condenação, para vivermos como livres em novidade de vida para Deus.

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Estamos casados com Cristo, e deixamos o nosso antigo marido porque tendo morrido fomos liberados da obrigação legal para contrairmos novas núpcias com o Senhor da vida.

Bendita aliança da graça pela qual vivemos em novidade de vida. Bendito Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que entraram em aliança por amor a nós, para ser achado um meio pelo qual pudéssemos estar unidos à Trindade sem o risco de jamais virmos a nos desviar dela.

Hoje, amamos a Deus, amamos os irmãos, amamos a própria lei, porque é santa, justa e espiritual, como nós também somos desde que fomos salvos por Cristo.

Agora podemos ler sobre a Lei e termos o coração sossegado, sabendo que já não há nenhuma condenação ou acusação contra aqueles que são de Cristo. Que nada poderá nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus.

“7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma;

o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

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8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.

9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.

10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.

11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo;

em os guardar, há grande recompensa.” (Salmo 19.7-11).

“7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma;

o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices.

8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos.

9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos.

10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.

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11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo;

em os guardar, há grande recompensa.” (Salmo 37.7-11).

“1 Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca.

2 Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos.

3 O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais,

4 não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez.

5 Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos,

6 a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes;

7 para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos;

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8 e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.”

(Salmo 78.1-8).

Este Salmo mostra claramente quanto Deus preza a Sua Lei, e que uma das razões de Jesus ter vindo a este mundo para sofrer tudo o que sofreu, foi para vindicar a honra e a justiça de Deus, que foi ofendida pela infidelidade não somente de Adão, como do próprio povo de Israel em guardar os seus mandamentos.

Uma Nova Aliança deveria ser feita, em que houvesse o perdão total das transgressões que houveram sobre a primeira feita com Israel, mas isto não porque houvesse falha na própria Lei, mas porque se comprovou que jamais se poderia firmar uma aliança de forma direta com o próprio homem, como foi a primeira, pela mediação de Moisés, pois não há no homem a capacidade de se firmar diante de Deus e dos seus mandamentos. Por isso a Nova Aliança foi feita com um Mediador que além de homem, era também divino, a saber, Jesus Cristo, e ele foi posto como Fiador e Garantia para responder por tudo o que se referisse aos beneficiados pelo pacto.

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“1 Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó SENHOR; os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade.

2 Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre; a tua fidelidade, tu a confirmarás nos céus, dizendo:

3 Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo:

4 Para sempre estabelecerei a tua posteridade e firmarei o teu trono de geração em geração.

5 Celebram os céus as tuas maravilhas, ó SENHOR, e, na assembleia dos santos, a tua fidelidade.

6 Pois quem nos céus é comparável ao SENHOR? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao SENHOR?

7 Deus é sobremodo tremendo na assembleia dos santos e temível sobre todos os que o rodeiam.

8 Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é poderoso como tu és, SENHOR, com a tua fidelidade ao redor de ti?!

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9 Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas.

10 Calcaste a Raabe, como um ferido de morte;

com o teu poderoso braço dispersaste os teus inimigos.

11 Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste.

12 O Norte e o Sul, tu os criaste; o Tabor e o Hermom exultam em teu nome.

13 O teu braço é armado de poder, forte é a tua mão, e elevada, a tua destra.

14 Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem.

15 Bem-aventurado o povo que conhece os vivas de júbilo, que anda, ó SENHOR, na luz da tua presença.

16 Em teu nome, de contínuo se alegra e na tua justiça se exalta,

17 porquanto tu és a glória de sua força; no teu favor avulta o nosso poder.

18 Pois ao SENHOR pertence o nosso escudo, e ao Santo de Israel, o nosso rei.

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19 Outrora, falaste em visão aos teus santos e disseste: A um herói concedi o poder de socorrer; do meio do povo, exaltei um escolhido.

20 Encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi.

21 A minha mão será firme com ele, o meu braço o fortalecerá.

22 O inimigo jamais o surpreenderá, nem o há de afligir o filho da perversidade.

23 Esmagarei diante dele os seus adversários e ferirei os que o odeiam.

24 A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder.

25 Porei a sua mão sobre o mar e a sua direita, sobre os rios.

26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus e a rocha da minha salvação.

27 Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.

28 Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança.

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29 Farei durar para sempre a sua descendência;

e, o seu trono, como os dias do céu.

30 Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos,

31 se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos,

32 então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniquidade.

33 Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.

34 Não violarei a minha aliança, nem modificarei o que os meus lábios proferiram.

35 Uma vez jurei por minha santidade (e serei eu falso a Davi?):

36 A sua posteridade durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim.

37 Ele será estabelecido para sempre como a lua e fiel como a testemunha no espaço.” (Salmo 89.1-37)

Esta porção do Salmo é uma referência ao reino do Messias, e à Aliança da Graça que o Pai fez com Ele, na condição de seu escolhido, seu

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eleito, para firmar o reino de Deus em eternidade na Terra.

A referência a Davi, em muitas profecias, aponta para o reinado de Jesus como o Messias, como é o caso deste Salmo. As promessas de triunfo eterno jamais poderiam ser dirigidas a um simples homem, como era o caso do rei Davi, senão àquele que viria da descendência dele segundo a carne, a saber, Jesus.

“1 Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na lei do SENHOR.

2 Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o buscam de todo o coração;

3 não praticam iniquidade e andam nos seus caminhos.

4 Tu ordenaste os teus mandamentos, para que os cumpramos à risca.

5 Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos.

6 Então, não terei de que me envergonhar, quando considerar em todos os teus mandamentos.

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7 Render-te-ei graças com integridade de coração, quando tiver aprendido os teus retos juízos.

8 Cumprirei os teus decretos; não me desampares jamais.

9 De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.

10 De todo o coração te busquei; não me deixes fugir aos teus mandamentos.

11 Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.

12 Bendito és tu, SENHOR; ensina-me os teus preceitos.

13 Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca.

14 Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as riquezas.

15 Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito.

16 Terei prazer nos teus decretos; não me esquecerei da tua palavra.

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17 Sê generoso para com o teu servo, para que eu viva e observe a tua palavra.

18 Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.” (Salmo 119.1-18).

Destacamos uma pequena parte deste longo salmo em que a lei de Deus é exaltada pelo salmista, para demonstrar que aqueles que são dirigidos pelo Espírito Santo têm grande apreço e amor pela Palavra de Deus.

“3 Porque o SENHOR tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão, como o jardim do SENHOR; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graças e som de música.

4 Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz dos povos.

5 Perto está a minha justiça, aparece a minha salvação, e os meus braços dominarão os povos;

as terras do mar me aguardam e no meu braço esperam.

6 Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra envelhecerá como um

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vestido, e os seus moradores morrerão como mosquitos, mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será anulada.”

(Isaías 51.3-6).

A justiça que jamais poderá ser anulada que é anunciada nesta profecia é a que se manifestaria através da revelação do evangelho por Jesus Cristo.

“31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.

32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.

33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o

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SENHOR. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.

35 Assim diz o SENHOR, que dá o sol para a luz do dia e as leis fixas à lua e às estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; SENHOR dos Exércitos é o seu nome.

36 Se falharem estas leis fixas diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre.” (Jeremias 31.31-36).

“37 Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os lancei na minha ira, no meu furor e na minha grande indignação; tornarei a trazê- los a este lugar e farei que nele habitem seguramente.

38 Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

39 Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que me temam todos os dias, para seu bem e bem de seus filhos.

40 Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.

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41 Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem; plantá-los-ei firmemente nesta terra, de todo o meu coração e de toda a minha alma.

42 Porque assim diz o SENHOR: Assim como fiz vir sobre este povo todo este grande mal, assim lhes trarei todo o bem que lhes estou prometendo.” (Jeremias 32.37-42).

“23 Vindicarei a santidade do meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; as nações saberão que eu sou o SENHOR, diz o SENHOR Deus, quando eu vindicar a minha santidade perante elas.

24 Tomar-vos-ei de entre as nações, e vos congregarei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra.

25 Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.

26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.

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27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.

28 Habitareis na terra que eu dei a vossos pais;

vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.”

(Ezequiel 36.23-28).

“17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.

18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.

19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.

20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.” (Mateus 5.17-20).

“12 Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles;

porque esta é a Lei e os Profetas.” (Mateus 7.12).

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“11 Em verdade vos digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista; mas o menor no reino dos céus é maior do que ele.

12 Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.

13 Porque todos os Profetas e a Lei profetizaram até João.” (Mateus 11.11-13).

A referência feita por Jesus à Lei e aos Profetas aqui neste texto reporta à antiga aliança que vigorou no período do Velho Testamento, que daria lugar à vigência da nova, quando Ele a selasse com o Seu sangue derramado na cruz.

Na antiga dispensação ninguém teve maior honra como profeta do que João Batista, porque os outros profetas falaram do Messias que viria, e Ele teve a honra de apontar para Ele em vida.

Todavia, o menor crente, na Nova Aliança teria uma honra maior do que esta, porque não apontariam apenas para o Messias, mas viveriam em união espiritual com Ele.

“35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:

36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?

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37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.

38 Este é o grande e primeiro mandamento.

39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22.35-40).

Deus é amor e nos criou para vivermos em amor com Ele. Quando há em nós este amor derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo, então, para Deus a Lei tem sido cumprida, porque atingimos o objetivo da nossa criação. E este amor a Deus será estendido ao nosso próximo, e especialmente àqueles que têm nascido também do Espírito.

“15 João testemunha a respeito dele e exclama:

Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim tem, contudo, a primazia, porquanto já existia antes de mim.

16 Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.

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17 Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” (João 1.15-17).

“5 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.

6 Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.

7 Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.

8 Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera.

9 E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.

10 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?

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11 Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.”

(Atos 15.5-11).

“19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,

20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;

22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção,

23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,

24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,” (Romanos 3.19-24).

“13 Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.

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14 Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula- se a fé e cancela-se a promessa,

15 porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei, também não há transgressão.

16 Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência, não somente ao que está no regime da lei, mas também ao que é da fé que teve Abraão (porque Abraão é pai de todos nós,” (Romanos 4.13-16).

“17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.

18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.

19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.

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20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa;

mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,

21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Romanos 5.17-21).

“12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós;

pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!” (Romanos 6.12-15).

“1 Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida?

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2 Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal.

3 De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias.

4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.

5 Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.

6 Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra.

7 Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu

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conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.

8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado.

9 Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri.

10 E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte.

11 Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou.

12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.

13 Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.

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14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.

15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto.

16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.

17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim.

18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.

19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.

21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.

22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;

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23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.

24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?

25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor.

De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” (Romanos 7.1-25).

“1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.

3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, 4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

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5 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.

6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.

7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.

8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.

10 Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça.

11 Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita.”

(Romanos 8.1-11).

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“29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.

30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?

32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?

33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.

34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.

35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?

36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro.

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37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes,

39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8.29-39).

“30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé;

31 e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.

32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço,

33 como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.” (Romanos 9.30-33).

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“2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento.

3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.

4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.

5 Ora, Moisés escreveu que o homem que praticar a justiça decorrente da lei viverá por ela.

6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo;

7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos.

8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos.

9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”

(Romanos 10.2-9).

“8 A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos

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outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei.

9 Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume:

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

10 O amor não pratica o mal contra o próximo;

de sorte que o cumprimento da lei é o amor.”

(Romanos 13.8-10).

“16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16).

“1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado?

2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais, agora, vos aperfeiçoando na carne?

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4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes?

Se, na verdade, foram em vão.

5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?

6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.

7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão.

8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.

9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão.

10 Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito:

Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.

11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.

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12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.

13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),

14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.

15 Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga ou lhe acrescenta alguma coisa.

16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.

17 E digo isto: uma aliança já anteriormente confirmada por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a pode ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.

18 Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.

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19 Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.

20 Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.

21 É, porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente de lei.

22 Mas a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que creem.

23 Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei e nela encerrados, para essa fé que, de futuro, haveria de revelar-se.

24 De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.

25 Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.

26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus;

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