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O ESTADO DO CONHECIMENTO DO DESEMPRENHO ESCOLAR DE ALUNOS COM OBSTRUÇÃO NASAL RESPIRAÇÃO ORAL

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Academic year: 2022

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ISSN 2176-1396

O ESTADO DO CONHECIMENTO DO DESEMPRENHO ESCOLAR DE ALUNOS COM OBSTRUÇÃO NASAL – RESPIRAÇÃO ORAL

Rosângela Aparecida Paoletto1 - UNICENTRO Miriam Adalgisa Bedim Godoy2 - UNICENTRO Grupo de Trabalho – Diversidade e Inclusão Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo

O estudo refere-se a um dos fatores orgânicos que pode influenciar o desempenho do aluno na escola, a respiração oral. A obstrução nasal é causada por diferentes doenças, sendo as mais comuns: rinite alérgica, hipertrofia das tonsilas faríngeas e hipertrofia das tonsilas palatinas.

As consequências dessas patologias no organismo são: respiração oral, boca entreaberta com queda de mandíbula; falta de selamento labial; face alongada e protrusão dos incisivos;

diminuição da capacidade auditiva; palato ogival; mandíbula retraída; coluna cervical fletida;

as pontas dos ombros projetadas para frente; abdomem proeminente; musculatura abdominal flácida; postura de pernas e pés alterados; tórax retraído; olhar vazio; dificuldade de aprendizagem; desatenção. Desta forma, verifica-se o estado da arte das produções científicas relacionadas à obstrução nasal, respiração bucal e aprendizado escolar, bem como sua contribuição à constituição de saberes docentes para práticas inclusivas dos mesmos. Sendo assim, focalizou-se no seguinte problema: Qual o nível de produção do conhecimento com vistas a elucidar as dificuldades de atenção e de aprendizagem do educando respirador oral? O corpus sobre o qual incide esta pesquisa foi composto de dissertações do banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), período de 2000 a 2012, sobre a respiração oral e sua correlação com o rendimento do aluno. Verificou-se uma vasta produção em nível médico, sobre as causas e consequências da respiração oral. Situação bem diferente foi observada em relação à produção educacional, ou seja, apenas dez dissertações tiveram a preocupação de ampliar o nível de conhecimento sobre os problemas de aprendizagem do aluno respirador oral. Infelizmente, nenhuma tese foi localizada.

Conclui-se o estudo, ressaltando que em tempos de inclusão e de uma educação de qualidade para todos, urge a produção de mais pesquisas com esta população educacional, com vista às práticas pedagógicas diferenciadas a esse grupo escolar.

Palavras-chave: Estado da arte. Respiração oral. Desatenção e Aprendizagem.

1 Acadêmica do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro - Oeste. (UNICENTRO/PR - Campi de Prudentópolis).

2 Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/PR). Professora do Departamento de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro – Oeste (UNICENTRO/PR) – Campi de Irati.

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Introdução

A década de 80 do século passado foi considerada a década da educação. Neste período, observamos profícuas manifestações de diversos segmentos sociais em defesa dos direitos à educação para os marginalizados e excluídos dessa. Fazem parte desse bojo os deficientes, os quais clamavam por visibilidade social e educacional.

Seguindo a trajetória em defesa educacional, as duas décadas seguintes ampliam o escopo em busca de uma qualidade educacional para todos. Em termos de legislação, temos duas importantes declarações que vão dar suporte e embasamento teórico-prático para mudanças substanciais filosóficas e pedagógicas para os anos vindouros. A primeira, refere-se a Conferência Mundial sobre Educação para Todos - Declaração de Jomtien (UNESCO, 1990) e, a segunda, a Conferência Mundial sobre Necessidades educativas Especiais: acesso e qualidade - Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994).

As declarações supracitadas ressaltam o direito inalienável a todos os cidadãos, ao acesso e permanência educacional com qualidade. O artigo 1º, dos objetivos, da Declaração de Jomtien (1990) salienta a “satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem” dos escolares. Mas, quais são as necessidades básicas dos educandos? O mesmo documento esclarece que as necessidades referem-se aos instrumentos fundamentais para a aprendizagem, a saber: a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo e a resolução de situações-problema, assim como aos conteúdos elementares de aprendizagem como, por exemplo, conhecimentos, habilidades, valores e atitudes. Tais capacidades cognoscitivas são condições sine quibus non para os seres humanos agirem e interagirem plenamente com dignidade e cont inuidade de aprendizagem. Na esteira desse pensamento, a Declaração de Salamanca (1994) ressalta que

“toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem”, ademais, “toda criança possui característica, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que lhe são únicas”.

As políticas públicas internacionais visam não deixar ninguém de fora dos muros e portas da escola, para tanto, clama aos representantes educacionais dos países a pensarem a educação para todos. O Brasil como signatário dessas conferências se comprometeu em eliminar todas as formas de barreiras e preconceitos, com vistas a uma educação promissora a todas as crianças, jovens e adultos.

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Em âmbito nacional, temos, em 1996, a LDB nº 9394, que amplia o olhar sobre a educação para todos, sobretudo, no artigo 13º, que traz como incumbência ao professor no inciso III, “zelar pela aprendizagem dos alunos”.

Quem são os sujeitos da escola, os quais o professor deve zelar pela sua aprendizagem? Para zelar pela aprendizagem dos alunos, o professor, necessariamente, precisa conhecer o que impede e/ou prejudica a assimilação dos conteúdos escolares.

No processo de incorporação dos conhecimentos, vários são os obstáculos que podem causar problemas de aprendizagem, dentre eles: os cognitivos, os sociais, os pedagógicos e os orgânicos.

Para Weiss (2004) os aspectos cognitivos referem-se ao funcionamento e desenvolvimento das estruturas cognoscitivas, como, por exemplo, a memória, a atenção, a percepção e a linguagem. Os aspectos sociais dizem respeito ao ambiente social e cultural em que o sujeito está inserido, muitas vezes desprovido de um contexto letrado e de oportunidades experienciais. Os aspectos pedagógicos estão relacionados à metodologia de ensino, aos procedimentos didáticos, à avaliação da aprendizagem, à relação professor - aluno, dentre outros. Os aspectos orgânicos são alterações nos órgãos sensoriais (visão, audição etc.) que comprometerão ou dificultarão a assimilação do conhecimento.

Em relação aos aspectos orgânicos, embora não citado por Weiss (2004), faz parte deste bojo a obstrução das vias aéreas superiores, a qual compromete a respiração nasal, provocando uma respiração de suplência, ou seja, pela boca.

A respiração oral (MARCHESAN, 2003), tem sido objeto de estudos, com frequência, de profissionais da área da saúde, em especial de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, dentistas e médicos de diversas especialidades.

Nos últimos anos (MARCHESAN, 2003) tem aumentado o número de pessoas que respiram pela boca. Isso tem impulsionado profissionais da saúde a avançar quanto ao conhecimento de causas e consequências, bem como a buscar intervenções necessárias para a superação do problema.

Especialistas da área médica (DI FRANCESCO, 2004; CARVALHO, 2003; LEE, 2005; MOTA, 2005; SAMPAIO, 2005) advogam, desde longa data, que o respirador oral pode apresentar problemas de atenção, os quais comprometem o desempenho escolar.

No entanto, apesar de Hill, no século XIX (apud SPAHIS, 1994), alertar para a correlação entre respiração oral e dificuldades escolares, foi só a partir do início deste milênio

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que as pesquisas em âmbito educacional têm se dedicado ao estudo do desvendamento dos tipos de problemas de aprendizagem e de atenção que esses alunos apresentam.

Para efeitos didáticos, este estudo está dividido em três momentos. O primeiro elucida causas e consequências da respiração oral. O segundo apresenta as três redes cerebrais responsáveis pelo controle da atenção, as quais são imprescindíveis no processo de aprendizado humano. O último apresenta os estudos educacionais relacionando dificuldade de atenção e aprendizagem do escolar com respiração oral.

Doenças obstrutivas e sua influência no desenvolvimento e aprendizagem

A respiração nasal é a primeira atividade reflexa humana. A dificuldade em respirar pelo nariz (SILVEIRA, 1984) decorre de doenças obstrutivas das vias aéreas superiores, as quais impedem que o ar percorra seu trajeto natural, ou seja, pelas vias aéreas superiores (nariz, faringe, laringe e porção superior da traqueia) e inferiores (porção inferior da traqueia, brônquios e pulmões).

As causas de obstrução nasal crônica (MOCELLIN; CIUFFI, 1997) podem se dar nas seguintes fases da vida: recém-nato - atresia de coanas, desvio de septo em decorrência da luxação no canal do parto e tumores nasais; infância - hipertrofia das tonsilas palatinas (amígdalas), hipertrofia das tonsilas faríngeas (adenoides), rinite alérgica e desvio de septo;

puberdade - angiofibrona juvenil, rinite alérgica ou medicamentosa, pólipo nasal e desvio de septo; adulto - rinite alérgica, pólipos, tumores e desvio de septo.

A hipertrofia das tonsilas faríngeas (ALBERNAZ et al., 1997; SÁ FILHO, 1994) consiste no aumento do tecido linfoide que se encontra na nasofaringe. Essa hipertrofia diminui o espaço para a passagem do ar e, com isso, provoca na criança respiração ruidosa, fonação hiponasal, inapetência, ronco, agitação, catarro purulento e otite média (aguda).

A hipertrofia das tonsilas palatinas (CARVALHO, 2003; SÁ FILHO, 1994) também decorre do aumento dos elementos linfoides. As amígdalas aumentam de volume consideravelmente, o que ocasiona respiração difícil e ruidosa, voz com timbre abafado, tosse involuntária, dificuldade de deglutir alimentos sólidos, inapetência, palidez, desânimo e perda de peso.

A rinite alérgica (CARVALHO, 2003; CINTRA, 2003; LUCENTE, 1989) é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser provocada pela ação de vírus e bactérias, pelo uso de medicamentos, pela exposição a agentes alergênicos e pela mudança de temperatura.

Normalmente é confundida com o resfriado comum, visto que seus sintomas são parecidos,

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como, por exemplo, congestão nasal, espirros em salva, coriza aquosa, olheiras, olhos lacrimejantes e coceira no nariz.

O desvio de septo (TSUJI; CHUNG, 2003) pode decorrer de deformidade óssea ou cartilaginosa. O septo nasal pode sofrer desvio em função de acidentes ou de luxação perinatal; acarreta ronco, cefaleia, hiposmia (diminuição do olfato), rinolalia (voz "abafada"

ou "fanhosa") e diminuição da acuidade auditiva.

Os pólipos (NOUER et al., 2005) são uma reação inflamatória da mucosa nasal.

Normalmente os sintomas apresentados são: diminuição do olfato e do paladar, rinorreia e obstrução nasal.

A obstrução nasal (DI FRANCESCO, 2003) dificulta a respiração pelo nariz, o que leva a pessoa a substitui-la pela de suplência (oral). É importante ressaltar que essa adaptação não é fisiológica e sim patológica, visto que provoca (DI FRANCESCO, 2003; MOCELLIN;

CIUFFI, 1997) deformidades faciais e posturais, principalmente durante a fase de crescimento.

As características (PLENTZ, 1996) principais do respirador oral são: boca entreaberta com queda de mandíbula; falta de selamento labial; face alongada e protrusão dos incisivos;

diminuição da capacidade auditiva; palato ogival; mandíbula retraída; coluna cervical fletida;

pontas dos ombros projetadas para frente; abdômen proeminente; musculatura abdominal flácida; postura de pernas e pés alterados; tórax retraído; olhar vazio; dificuldade de aprendizagem; desatenção.

Verificam-se, também (PLENTZ, 1996), outras repercussões orgânicas decorrentes dessa respiração de suplência; como a permanência da boca entreaberta contribui para o aumento da incidência de cáries e problemas periodontais, e a falta de ventilação nas vias aéreas superiores favorece a hipertrofia do tecido adenoideano.

O respirador oral (LEE, 2005; COLOMBINI; MACEDO, 2010) não tem um sono tranquilo, regular e rítmico, ou seja, um sono reparador de energias vitais para o ser humano.

Em consequência, está sempre sonolento, cansado, irritado, impaciente, desanimado e desatento, o que compromete o desempenho escolar.

Para Coelho-Ferraz; Andrade (2005), o aluno respirador oral pode apresentar defasagens significativas de aprendizagem, como, por exemplo: lentidão no processo de alfabetização e letramento; dificuldades de leitura e de interpretação; problemas de raciocínio lógico matemático, assim como alterações comportamentais (agitação ou passividade e baixa autoestima).

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Funcionamento da atenção

A desatenção do respirador oral prejudica, consideravelmente, a aprendizagem dos conteúdos escolares.

Na espécie humana, de acordo com Luria (1991), toda ação consciente requer a atos de atenção. Esta é regulada e comandada pelo sistema nervoso central o qual seleciona, mantém e executa as atividades vitais diárias.

A porta de entrada para receber as informações e estímulos é o sistema reticular. No dia a dia a pessoa recebe inúmeras informações, o cérebro recebe, analisa e processa-as, tomando decisões do que requer atenção e do que pode e deve ser ignorado. Em uma sala de aula, conforme Feinstein (2006), mesmo com um bom planejamento e organização pode ocorrer distrações por diferentes razões, por exemplo: um ruído no corredor; um aluno que derruba um objeto, um espirro, uma tosse e outros. Um aluno que apresenta comprometimento na atenção seletiva, pode deixar de selecionar o estímulo principal, a explicação do professor e centrar sua atenção em um episódio de distração e não na aprendizagem.

Para Smitch; Strick (2001), o escolar que se distrai com facilidade, perde o interesse por novas atividades, ficando, assim, vulnerável à conclusão das tarefas. É comum, observar em seus materiais a incompletude de um texto, a falta de agrupamento das parcelas em uma operação aritmética e outros.

O sistema límbico (FEINSTEIN, 2006) contribui com o mecanismo que sustenta a nossa atenção. Se uma das informações recebidas indicar perigo, este sistema processa-a e deixa a pessoa em estado de alerta. Na aprendizagem escolar, a seleção de estímulos é de extrema importância para a aquisição do conhecimento, contudo, não é suficiente, além da seleção do estímulo, precisa-se também, manter a atenção sustentada, concentrada, para que as informações possam ser compreendidas.

No processamento da atenção (FEINSTEIN, 2006), os lobos frontais são igualmente fundamentais para a realização de tarefas conscientes, ou seja, a atenção para a execução da ação. A atenção executiva está presente nas atividades de: resolução de conflitos (responder a estímulos antagônicos); controle inibitório (habilidade para adiar, para focalizar e para reprimir desejos imediatos ou impulsos, ou para inibir uma resposta preponderante); detecção e correção de erros; auto regulação de pensamentos, de emoções e de comportamentos;

planejamento e seleção de estratégias; tomada de decisão etc.

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Metodologia

Ultimamente, há um aumento das pesquisas denominadas de “estado da arte” ou

“estado do conhecimento”, estas têm por objetivo realizar uma varredura sobre a produção do saber em diferentes campos do conhecimento, com vistas a verificar em que nível se encontra as pesquisas de determinado assunto ou tema. (FERREIRA, 2002).

O corpus sobre o qual incide esta pesquisa foi composto de teses e dissertações do banco de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES), período de 2000 a 2012, sobre o estado do conhecimento da influência da respiração oral na aprendizagem e atenção de escolares.

A palavras-chave utilizadas para o levantamento junto ao banco de dados CAPES foram: respiração oral e desempenho escolar. Da investigação realizada foram catalogadas, somente, as pesquisas que elucidavam as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos educandos com respiração oral.

Resultados e Discussão

Em levantamento realizado no segundo semestre de 2014 junto à CAPES, observou-se uma vasta produção sobre a respiração oral em âmbito da saúde, contudo, ainda, é tímida a produção em nível educacional, pois não foi localizada nenhuma tese que aprofunda o conhecimento dos problemas de aprendizagem do respirador oral, conforme tabela abaixo:

Tabela 1 – Resultado do levantamento das dissertações

Título das Dissertações ANO

- Dificuldades escolares em crianças respiradoras bucais.

- Respiração bucal e dificuldades escolares:

estudo de co-ocorrência.

- Problemas de aprendizagem e de atenção em alunos com obstrução das vias aéreas superiores.

- A hipertrofia das tonsilas faríngeas e sua repercussões na atenção e na aprendizagem escolar.

- Problemas de aprendizagem em escolares com rinite alérgica.

- Estudo de problemas posturais e de aprendizagem em alunos respiradores orais.

2000 2001 2003

2004 2005 2006

- Avaliação do desenvolvimento escolar de alunos respiradores orais.

- Avaliação audiológica em escolar de crianças respiradoras orais.

- Avaliação da voz e da aprendizagem de crianças respiradoras orais.

2007 2009 2010

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- O desempenho de alunos respiradores orais em

problemas aditivos 2012

TOTAL 10

Fonte: CAPES

De acordo com a tabela supracitada foi a partir dos anos 2000 que os educadores colocaram no bojo das pesquisas educacionais a temática respiração oral e desempenho escolar, apesar de, como já mencionado, desde o final do século XIX um médico inglês levantara a hipótese de que o aluno com dificuldade respiratória pode ter problemas de aprendizagem.

A primeira pesquisa que se preocupou em verificar as dificuldades escolares do respirador oral foi Berti (2000), a qual avaliou a produção oral e escrita de nove respiradores bucais (10 a 12 anos) que estavam cursando a 4ª série do Ensino Fundamental em Marília – SP.

Para compor o grupo da amostra, Berti (2000) aplicou um questionário com todos os pais, com o objetivo de verificar as características de obstrução nasal. Os alunos que apresentaram sinais e sintomas de respiração oral foram submetidos ao exame de RX da cavidade nasal (cavum) para confirmação do diagnóstico. O grupo experimental foi emparelhado a um grupo de controle formado por nove crianças da mesma faixa etária e mesmo nível de escolaridade, mas sem problemas de saúde.

Para avaliar a oralidade (interpretação do texto e compreensão do aspecto discursivo da linguagem) e escrita (aspecto notacional) dos escolares com e sem respiração oral, Berti (2000) solicitou que os alunos lessem uma história e, após, a recontasse oral e por meio do registro escrito. No que se refere à produção escrita, a pesquisadora considerou os aspectos:

do discurso (observando as características da linguagem e o uso de sinais de pontuação e de conectivos, emprego da regência verbal e da concordância verbal e nominal); da interpretação (identificação dos elementos implícitos, como por exemplo: significado do texto, correlação com experiências anteriores; e explícitos do texto, a saber: identificação das ideais principais, da ordem temporal dos fatos, do conflito e do desfecho da história) e notacional (erros de transcrição de fala, subtração, adição ou inversão de letras nas palavras, aglutinação ou segmentação de palavras, e emprego inadequado de letras maiúsculas, dos sinais de pontuação e das regras de acentuação gráfica).

Os resultados de Berti (2000) não tiveram tratamento estatístico, os mesmos foram apresentados em termos porcentuais. Mesmo assim, a pesquisadora concluiu que os

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respiradores orais somente apresentavam dificuldade na interpretação de texto e no aspecto notacional da produção escrita.

A co-ocorrência da respiração oral e baixo desempenho escolar foi verificada por Otani (2001), que observou, em 136 alunos do 3º ao 5º anos do Ensino Fundamental de uma escola privada de Maringá – PR, a dificuldade de aprendizagem e respiração oral. Para seleção dos grupos com e sem respiração oral e com e sem dificuldades de aprendizagem, a proponente realizou entrevistas com as professoras e aplicação de questionários respondidos pelos pais. Estes também forneceram informações sobre as condições de saúde dos escolares, de forma que fosse possível verificar características de obstrução nasal (respiração bucal, ronco, baba noturna e alergia). A respiração oral foi confirmada por meio de um exame fonoaudiológico realizado pela pesquisadora, observando os sinais e sintomas da respiração de suplência.

Após seleção dos quatro grupos, a pesquisadora analisou os resultados através da Prova Exata de Fisher e da Prova Qui-quadrado dos 136 alunos, 27 eram respiradores bucais e 109 eram respiradores nasais. Dentre estes, respectivamente, nove (33%) e três (3%) escolares apresentavam dificuldades de aprendizagem. Portanto, a porcentagem de crianças com problemas de aprendizagem foi onze vezes maior no grupo de respiradores bucais do que no de respiradores nasais.

Embora Otani (2001) conclui a correlação respiração oral e sua influência no desempenho escolar, a autora não aplicou nenhum instrumento para verificar o nível de dificuldade na leitura, escrita, aritmética e atenção dessa população educacional.

Um estudo mais aprofundado que contribui para elucidar as dificuldades de aprendizagem e de atenção foi o de Godoy (2003). A pesquisadora avaliou 33 escolares com obstrução nasal e comparou-os com 35 alunos sem obstrução nasal, mas com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDHA). Os dois grupos supracitados foram comparados com colegas de classe sem obstrução nasal e TDHA. Os alunos do estudo estavam matriculados no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Godoy (2003) elaborou e aplicou provas pedagógicas de operações aritméticas e situações-problema, assim como buscou, em livros didáticos, cópia e interpretação de texto, os quais exigissem um tempo de concentração e capacidade de percepção a detalhes. Para avaliar o nível de atenção, a estudiosa solicitou a um psicólogo que aplicasse um teste neuropsicológico de atenção visual (TAVIS 2 R). Após aplicação das provas pedagógicas e do teste de atenção, a proponente do estudo submeteu os resultados a tratamento estatístico.

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A pesquisadora constatou que os alunos com obstrução nasal e TDHA apresentam nível atencional inferior esperado para essa faixa etária, tal constatação foi observado na atenção seletiva, sustentada e executiva. A desatenção prejudicou, também, os dois grupos nas tarefas de resolução de operações aritméticas e cópia (os erros cometidos eram atencionais e não de dificuldade no processo de realização da tarefa). Nas atividades de leitura e escrita, os dois grupos tiveram atraso no rendimento comparados aos seus colegas de classe do ensino comum. Tanto o grupo com obstrução nasal quanto o grupo de TDAH apresentaram déficit na escrita (lexical e sublexical) e na leitura (sublexical). Contudo, apenas os escolares com obstrução nasal apresentaram menor habilidade na leitura lexical. A pesquisadora concluiu que a dificuldade de atenção constatada em escolares com obstrução nasal influencia o aprendizado dos conteúdos.

Diferente de Godoy (2003), que investigou os problemas de aprendizagem e de atenção de alunos com obstrução nasal, independente da patologia (rinite, sinusite, bronquite, hipertrofia das tonsilas faríngeas e outros), Leal (2004) se deteve a escolares com hipertrofia das tonsilas faríngeas. Para tanto, buscou na clínica-escola de Odontologia de Maringá-PR, alunos matriculados nos 4º; 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, com histórico de hipertrofia das tonsilas faríngeas. Formou um grupo de 30 escolares com hipertrofia das tonsilas faríngeas e submeteu os alunos a realização das mesmas provas pedagógicas do estudo de Godoy (2003). Leal (2004) comparou o resultado de seu grupo com os dois grupos de Godoy (2003), ou seja, os 33 alunos com e os 33 alunos sem obstrução nasal. Após o tratamento estatístico, verificou que: os educandos com hipertrofia das tonsilas faríngeas apresentam capacidade semelhante aos escolares sem obstrução nasal e problemas de aprendizagem, tal verificação foi observada nas tarefas de leitura (rotas lexical e sublexical), escrita (lexical) e interpretação de texto. No entanto, resultado inferior foi apresentado pelos escolares com hipertrofia das tonsilas na escrita sublexical, na cópia, na resolução das operações e problemas aritméticos comparados ao grupo sem problemas de respiração. Tanto o grupo com hipertrofia das tonsilas quanto o grupo de obstrução nasal apresentaram atraso no rendimento nas tarefas de cópia e de resolução das operações aritméticas. Tal resultado vem ao encontro do observado por Godoy (2003), isto é, que a dificuldade de atenção seletiva e sustentada compromete o desempenho nessas atividades pedagógicas.

Apesar de Leal (2004) constatar que o nível de dificuldade de aprendizagem dos alunos com hipertrofia das tonsilas faríngeas é menor do que dos escolares com obstrução

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nasal, conclui o estudo afirmando que a dificuldade de atenção desses dois grupos compromete a eficácia de algumas tarefas escolares.

A investigação de problemas de atenção e de aprendizagem de educandos com rinite alérgica foi estudada por Silva (2005). A pesquisadora selecionou trinta alunos com respiração oral causada pela rinite alérgica, com idade média de dez anos, matriculados no Ensino Fundamental. Todos educandos realizavam tratamento ortodôntico em uma Clínica- escola de Odontologia de Maringá (PR).

Os alunos com rinite alérgica de Silva (2005) foram emparelhados a três grupo de controle, os mesmos grupos de Leal (2004), ou seja, há trinta educandos com hipertrofia das tonsilas faríngeas (déficit de atenção e problemas de aprendizagem), a trinta e três escolares com obstrução nasal (déficit de atenção e problemas de aprendizagem) e trinta e três escolares sem obstrução nasal (sem problemas de atenção e de aprendizagem).

Para verificação do desempenho escolar, Silva (2005) aplica as mesmas provas pedagógicas utilizadas por Godoy (2003) e Leal (2004), após resolução das atividades a pesquisadora submete os resultados à análise qualitativa e quantitativa e constata que o grupo com rinite alérgica não apresentaram dificuldades pontuais na escrita sublexical e na cópia de texto. No que se refere à atenção, Silva (2005) ratifica que a desatenção nos três grupos com problemas respiratórios, compromete o desempenho nas tarefas de cópia e de resolução de operações aritméticas. A pesquisadora conclui que os alunos com rinite alérgica é o grupo que apresenta menor dificuldade de aprendizagem.

Os problemas de postura corporal e a correlação dificuldades de aprendizagem em alunos respiradores orais foram averiguados por Filus (2006). Para tanto, selecionou doze alunos com doenças das vias aéreas superiores e vinte e quatro respiradores orais avaliados em 2003. Os grupos de controle foram dois; sendo o primeiro, composto por dezoito respiradores nasais matriculados no 6º ano; e o segundo, formado por trinta e três respiradores nasais matriculados no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental.

Para avaliar o desempenho pedagógico, a pesquisadora aplicou a tarefa de cópia de um texto e resolução de situações-problema e operações aritméticas e, para verificar a postura corporal, observou a existência das seguintes alterações: desvios nos segmentos pescoço, ombro, coluna torácica, tronco, coluna lombar e abdômen. Após a realização da avaliação postural e da aplicação das tarefas pedagógicas, infere que não há correlação linear entre problemas posturais com as dificuldades de aprendizagem. Ressalta que os problemas posturais em educandos respiradores orais são maiores do que no grupo de respiradores

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nasais, como, por exemplo, o desvio no segmento do pescoço dos alunos com problemas de respiração (projeção – anteriorização da cabeça. Resultados semelhantes foram observados nas tarefas pedagógicas dos educandos com e sem problemas de respiração. Contudo, tanto o grupo com respiração oral quanto o grupo com respiração nasal apresentaram resultados insuficientes na cópia de texto de acordo com a série. Situação semelhante foi observada nos dois grupos quanto às tarefas de resolução de operações aritméticas e de situações-problema.

Apesar de a pesquisadora ter verificado melhora em vinte e quatro crianças respiradoras orais no desempenho pedagógico, na reavaliação, em 2005, em relação à avaliação de 2003, a mesma ressalta que esses educandos estão aquém ao esperado para escolares do 6º ano. A pesquisa de Filus (2006) reafirma o já indicado pela área médica, ou seja, que desvios posturais e dificuldades de aprendizagem são situações comuns em sujeitos com respiração oral.

A verificação da continuidade de problemas de atenção e de aprendizagem em alunos respiradores orais foi observada por Gomes (2007). Após dois anos de terem sido avaliados, a pesquisadora avalia e reavalia, educandos matriculados no 6º ano, os grupos foram: grupo experimental (quarenta e seis respiradores orais); grupo de controle I (trinta e quatro alunos respiradores nasais); grupo de controle II (trinta e três alunos respiradores nasais avaliados em 2002 e reavaliados em 2005). As tarefas pedagógicas foram: cópia de texto; resolução de operações aritméticas e situações problema leitura e escrita de palavras reais (familiares) e inventadas.

Gomes (2007) observou que as dificuldades de atenção, apresentadas em 2003, continuam a influenciar na aprendizagem dos alunos respiradores orais, tal constatação se deve aos mesmos resultados semelhantes apresentados na reavaliação. Para a pesquisadora, a qualidade do ensino não se manteve, ou seja, comparados com os resultados de 2002, de alunos cursando o 4º e o 5º anos do Ensino Fundamental, os de 2005 matriculados no 6º anos tiveram um desempenho inferior. Desta forma, pode se observar resultados parecidos entre os dois grupos: de respiradores orais e nasais. Contudo, tanto um grupo quanto o outro apresentaram escores inferiores ao esperado para a série nas tarefas de resolução de operações e de problemas de aritmética. A pesquisadora conclui o estudo, salientando que os problemas atencionais são característicos nessa população escolar (respiradores orais) e, que, em tempos de inclusão, a escola deve estar aberta a esses sujeitos que fazem parte do contexto da educação especial e inclusiva.

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A investigação da capacidade auditiva e de aprendizagem de escolares com respiração oral, causada pela hipertrofia das tonsilas faríngeas e/ou palatinas, foi verificada por Belasque (2009). A pesquisadora realizou avaliação audiológica em trinta educandos matriculados no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental e comparou-os com quatro grupos de controle, a saber:

três grupos com respiração oral (grupo 1= 33; grupo 2= 30; grupo 3= 30), estes avaliados, anteriormente, pelo Grupo de Pesquisa “Ensino, Aprendizagem e Avaliação Escolar”, da Universidade Estadual de Maringá e um grupo com respiração nasal (grupo 4= 33). O estudo teve como objetivo avaliar a acuidade auditiva, a integridade da orelha médio e o rendimento dos alunos respiradores orais na execução de operações aritméticas e de resolução de situações-problema.

Para obter informações sobre o histórico de saúde e a correlação de doenças obstrutivas e respiração oral, Belasque (2009) realizou entrevistas com os pais desses educandos. No que se refere à capacidade auditiva, a pesquisadora realizou nos alunos testes de audiometria e de impedanciometria. A investigação da aprendizagem matemática foi observada por meio de aplicação de operações aritméticas e situações-problema.

Belasque (2009) afirma que os resultados das tarefas pedagógicas de matemática indicaram que o grupo experimental de escolares respiradores orais apresentaram desempenho inferior comparados aos alunos respiradores nasais. Ressalta que esses educandos realizaram mais erros de algoritmo e de interpretação do que erros atencionais. Ademais, a comparação do grupo experimental junto ao grupo de educando com respiração oral decorrente de rinite alérgica revelou que o grupo experimental tem mais dificuldade de aprendizagem matemática.

Sobre a acuidade auditiva Belasque (2009) observou que os alunos respiradores orais (20%) apresentaram perda auditiva e disfunção tubária (33%). A pesquisadora afirma que não observou a associação de baixo rendimento nas atividades aritméticas correlacionadas ao problema de acuidade auditiva e na orelha média.

A existência de problemas de voz em alunos respiradores orais, foi investigada por Nishimura (2010). A proponente realizou avaliação fonoaudiológica em trinta crianças matriculadas no 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, com laudo médico de doença obstrutiva das vias aéreas superiores e/ou respiração oral. A verificação do desempenho pedagógico foi realizada por meio de cópia de texto e tarefas de operações aritméticas e resolução de problemas. Tais tarefas tinham como objetivo observar a existência ou não da continuidade de maiores dificuldades da realização das tarefas em escolares com respiração oral do que em educandos com respiração nasal.

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A pesquisa de Nishimura (2010) revelou que todos os alunos respiradores orais apresentam problemas de voz, as principais alterações são: na qualidade vocal; no modo e no tipo respiratório; na postura dos lábios e no foco de ressonância. Além disso, confirma dados da literatura como: lábios hipotônicos; língua hipotônica e no assoalho da boca; alteração da mobilidade da mandíbula, dentre outros. No que se refere à permanência das dificuldades pedagógicas, constatou que os alunos respiradores orais apresentaram mais erros e menor desempenho em todas as atividades escolares aplicadas.

A observação de problemas aditivos em alunos respiradores orais foi verificada por kazakevich (2012). A pesquisadora avaliou vinte e seis crianças matriculadas no 4º ano do Ensino Fundamental e emparelhou-as a quarenta e dois colegas de turma. A proponente do estudo elaborou e aplicou treze problemas matemáticos aditivos, os quais foram organizados da seguinte forma: dois de combinação, sete de transformação e quatro de comparação.

A ocorrência de baixo desempenho dos alunos respiradores orais em relação aos alunos respiradores nasais, novamente é confirmada. Além disso, os problemas atencionais continuam a prejudicar o desempenho nas tarefas escolares.

Considerações Finais

O contexto atual aponta, com muita veemência, a necessidade de inclusão de todos no espaço escolar. Essa inclusão demanda criação e implementação de programas e projetos que favoreçam a infância e a juventude, de modo a viabilizar a cidadania e os direitos daqueles que mais precisam desse conhecimento sistematizado ao longo da história da humanidade.

Muitas vezes demanda tempo, para que realmente se efetive políticas públicas que abarquem algumas questões como, por exemplo, evasão e repetência escolar.

Mas, nós, como professores podemos nos alicerçamos com conhecimento que contribuirão significativamente para o aprendizado das crianças.

Atualmente, em âmbito da saúde, muito se tem enfatizado que a obstrução nasal prejudica a respiração da criança a qual a obriga a ter uma respiração de suplência, oral.

Essa respiração prejudica, em muito, o desenvolvimento físico, emocional e intelectual da criança.

A área médica, cada vez mais, tem avançado em conhecimento para o estudo das causas e das consequências da respiração oral. Esses profissionais sinalizam, com muita propriedade, que a respiração oral interfere na aprendizagem dos alunos.

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Contudo, verificamos que nos últimos quinze anos, apenas dez trabalhos tiveram a preocupação de trazer para o campo da pesquisa educacional essa temática, educandos com obstrução nasal/respiração oral e aprendizagem escolar.

A literatura médica, ressalta, também, a ocorrência de déficit de atenção em alunos com respiração oral. No entanto, dos trabalhos pesquisados, apenas um verificou as redes de atenção por meio de teste neuropsicológico de atenção. Apesar de sete trabalhos não terem aferido a capacidade atencional por meio de teste específico, a desatenção foi constatada em tarefas pedagógicas, sobretudo, nas atividades de cópia; de resolução de operações aritméticas e situações-problema.

Concluímos que, nos últimos quinze anos, houve um esforço em ampliar os conhecimentos sobre as dificuldades específicas do aluno com respiração oral. Contudo, esta preocupação é, ainda, limitada, a um grupo de pesquisa, ou seja, ao Grupo de Pesquisa

“Ensino, Aprendizagem e Avaliação Escolar”, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) – Paraná. Esperamos que, num futuro próximo, mais grupos de pesquisas, em outras regiões do país, possam contribuir no esclarecimento das dificuldades de aprendizagens dos educandos com respiração oral, com vistas à melhoria do ensino e da aprendizagem por meio de metodologias e procedimentos pedagógicos significativos para todos.

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