• Nenhum resultado encontrado

MACROECONOMIA I LEC /07 Licenciatura em Economia - Faculdade de Economia da Universidade do Porto CAP. 2 A MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MACROECONOMIA I LEC /07 Licenciatura em Economia - Faculdade de Economia da Universidade do Porto CAP. 2 A MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

MACROECONOMIA I – LEC201 – 2006/07

Licenciatura em Economia - Faculdade de Economia da Universidade do Porto

CAP. 2 – A MEDIÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA

2.3 Balança de Pagamentos

Noção e Finalidade: Registo sistemático que se destina a medir as transacções económicas que se estabelecem entre os residentes (sectores internos) e não residentes (sector exterior), durante um determinado período contabilístico.

Residentes (definição contabilística):

Todos aqueles cujo centro principal de interesse económico se fixa em Portugal, estando portanto sujeitos ao controlo das autoridades económicas nacionais;

Exemplos:

i) cidadãos nacionais com residência estatuária no país;

ii) diplomatas, estudantes e militares portugueses no estrangeiro;

iii) imigrantes estrangeiros com residência permanente no país;

iv) empresas constituídas no país, ainda que propriedade de não residentes;

v) sucursais e agências de empresas estrangeiras, (...).

Período de Tempo Contabilístico:

Mês/ano.

Transacções económicas:

Sempre que um agente económico transfere para outro um valor económico - bens, serviços, activos financeiros (não monetários ou monetários);

São classificadas segundo a sua natureza económica;

Podem referir-se a transferências bilaterais ou unilaterais.

(2)

Transferências bilaterais:

CMP e VND de bens e serviços contra activos financeiros (ex:

exportação de mercadoria contra moeda);

Troca directa de bens e serviços;

troca mútua de activos financeiros (ex: compra de acções contra moeda).

Transferências unilaterais:

Fornecimento/aquisição de bens e serviços sem contrapartida ecª (ex.:

donativos de bens alimentares);

Fornecimento/aquisição de activos financeiros sem contrapartida ecª (ex.:

remessas de emigrantes).

Sistema de Registo Contabilístico das Transacções:

Emprega-se o método das partidas dobradas ou digráfico: a um CRÉDITO corresponde sempre um DÉBITO.

A regra geral para proceder aos lançamentos na Balança de Pagamentos é a seguinte:

CRÉDITO: todo o fluxo de bens, serviços ou activos financeiros efectuado por agentes económicos residentes a agentes económicos não residentes. R → NR, (saídas).

DÉBITO: todo o fluxo de bens, serviços ou activos financeiros efectuado por agentes económicos não residentes a agentes económicos residentes: NR → R, (entradas).

o Exemplos de registos a CRÉDITO: exportação de mercadoria; Investimento Directo do Exterior (IDE) em Portugal; transferência financeira da UE; a estes registos terá que corresponder sempre um DÉBITO (contrapartida contabilística) por conta da entrada (directa ou diferida) de meios de pagamento;

o Exemplos de registos a DÉBITO: importação de mercadoria; Investimento Directo de Portugal no exterior; concessão de empréstimo bancário ao exterior; a estes registos terá que corresponder sempre um CRÉDITO (contrapartida contabilística) por conta da saída (directa ou diferida) de meios de pagamento.

O agrupamento das transacções económicas em grupos homogéneos permite a definição de sub-balanças (ex: Balança de Mercadorias) e dos respectivos saldos, sendo que: SALDO = CRÉDITO - DÉBITO; estes saldos designam-se por saldos parcelares.

O saldo global da Bal. Pagamentos = Σ [saldos parcelares] e é nulo por definição (equilíbrio contabilístico).

A noção de equilíbrio económico está associado à definição de saldos parcelares.

(3)

BALANÇA DE PAGAMENTOS - REGISTO CONTABILÍSTICO (Versão em vigor desde 1999)

DÉBITO CRÉDITO SALDO

(1) BALANÇA DE BENS E SERVIÇOS

• MERCADORIAS (BALANÇA COMERCIAL) K2 K1 K1-K2

• SERVIÇOS

Transportes, viagens e turismo, outros serviços (ex.:

postais), operações governamentais (ex.: embaixadas) (2) BALANÇA DE RENDIMENTOS

• DE TRABALHO

• DE INVESTIMENTO (3) TRANSFERÊNCIAS CORRENTES

• PÚBLICAS

• PRIVADAS K3 K3

(4 ) BALANÇA CORRENTE = (1)+(2)+(3) (5) TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL

• PÚBLICAS

• PRIVADAS K4 K4

(6) AQUISIÇÃO/CEDÊNCIA DE ACTIVOS NÃO PRODUZIDOS NÃO FINANCEIROS

(7) BALANÇA DE CAPITAL = (5)+(6) (8) INVESTIMENTO DIRECTO

• DE PORTUGAL NO EXTERIOR

• DO EXTERIOR EM PORTUGAL K8 K8

(9) INVESTIMENTO DE CARTEIRA

• DE PORTUGAL NO EXTERIOR K9 -K9

• DO EXTERIOR EM PORTUGAL (10) OUTRO INVESTIMENTO

Sectores Residentes Não Monetários

Empréstimos financeiros, créditos comer- ciais, reembolsos, depósitos.

K7 K2 K2-K7

Autoridades Monetárias

Instituições Financeiras Monetárias (Bancos) K1($) K3($) K4($) K5 K6($)

K8($) K10(C)

K5($) K6 K7($) K9($)

(11) DERIVADOS FINANCEIROS

(12) ACTIVOS DE RESERVA

ACTIVOS CAMBIAIS K10(C)

DIREITOS DE SAQUE ESPECIAIS

POSIÇÃO DE RESERVA NO FMI

OURO MONETÁRIO

(13) BALANÇA FINANCEIRA = (8)+(9)+(10)+(11)+(12) (14) BALANÇA DE PAGAMENTOS = (4)+(7)+(13)

(4)

O saldo global da Bal. Pagamentos (BP) é representado pela identidade contabilística:

Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira = 0 (6)

Note-se que, por exemplo, os saldos da Bal. Mercadorias, da Bal. Corrente ou da Bal.

Capital constituem alternativas de saldos parcelares. Um outro exemplo, que analisaremos em pormenor mais abaixo, é o saldo da Bal. Corrente + Bal. Capital.

Contas de Contrapartida Contabilística

Como foi dito acima, o método das partidas dobradas exige que se façam registos contabilísticos de contrapartida, de tal modo que o saldo global da BP seja sempre nulo.

Em regra, são as seguintes as contas de contrapartida:

Outro Investimento – Variação das Disponibilidades e Responsabilidades de Curto Prazo dos Bancos (antiga ‘Variação da Posição Externa de Curto Prazo das OIM’):

corresponde ao efeito das operações autónomas com o exterior (aquelas que resultam da espontaneidade de actuação dos agentes económicos) sobre as disponibilidades e responsabilidades de curto prazo dos bancos.

Activos de Reserva – Activos Cambiais: correspondem à variação das disponibilidades relacionadas com reservas das Autoridades Monetárias (conceito de reservas em termos brutos, que substitui o anterior conceito de Reservas Oficiais Líquidas), no âmbito das operações que as Autoridades Monetárias promovem para afectar as taxas de câmbio (são também designadas por transacções compensatórias).

A forma de registo é a seguinte:

- CRÉDITO: saída de meios de pagamento dos bancos resultante de transacções autónomas ou saída de meios de pagamento sob a forma de reservas oficiais.

- DÉBITO: entrada de meios de pagamento dos bancos resultante de transacções autónomas ou entrada de meios de pagamento sob a forma de reservas oficiais.

As operações descritas acima (variação das disponibilidades e responsabilidades de curto prazo dos Bancos e variação das reservas cambiais das Autoridades Monetárias) são operações monetárias. A generalidade das outras operações registadas na Bal. Financeira são operações não monetárias.

(5)

Assim, a identidade contabilística (6) pode ser re-escrita da seguinte forma:

Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira (op. não monetárias) = - Bal.

Financeira (op. monetárias) (7)

Atenção: poderá acontecer que a contrapartida de uma dada operação autónoma consista numa entrada/saída de financiamento, em vez de uma saída/entrada de meios de pagamento (por ex., uma importação com pagamento a prazo, i.e, com constituição de uma dívida comercial). Neste caso, o registo de contrapartida implicará a movimentação de uma rubrica da Balança Financeira (op. não monetárias), no lado esquerdo da equação (7), como veremos a seguir.

Exemplos de Operações

Os lançamentos originados pelas operações autónomas abaixo descritas estão registados no quadro acima; as operações de contrapartida por saída/entrada de meios de pagamento dos Bancos estão assinaladas no referido quadro com o símbolo $ (por exemplo, K1($)):

Exportação a pronto no valor de K1 u.m.

Importação a prazo no valor de K2 u.m.

Remessa de emigrante recebida no valor de K3 u.m.

Transferência de capital da UE a título de fundo estrutural, a favor das administrações públicas no valor de K4 u.m.

Concessão, por um banco residente, de um empréstimo a um não residente no valor de K5 u.m.

Constituição de um depósito num banco residente por um não residente no valor de K6 u.m.

Constituição, por parte de uma sociedade não financeira residente, de um depósito num banco localizado no exterior no valor de K7 u.m.

Aquisição, por um investidor não residente, de uma empresa residente no valor de K8 u.m.

Aquisição, por um residente, de obrigações do tesouro americano a um residente nos EUA no valor de K9 u.m.

(6)

Balança de Pagamentos e Mercado Cambial

Tendo em consideração a identidade (7) e o que foi dito sobre o significado dos registos a débito e a crédito nas contas de contrapartida (op. monetárias), vemos que se:

B. Corrente + B. Capital + B. Financeira (não monetária) < 0 => Saída líquida de meios de pagamento dos bancos (registo a CRÉDITO).

=> Excesso de procura (oferta) de moeda estrangeira (nacional).1

- Se as Autoridades Monetárias (Banco Central) não intervêm Æ a moeda nacional deprecia-se e a moeda estrangeira aprecia-se, até que tenhamos Bal. Corrente + Bal.

Capital + Bal. Financeira (não monetária) = 0 (com a depreciação da nossa moeda as X aumentam, as Q diminuem, ...) Æ os Activos de Reserva (Cambiais) ficam inalterados.

- Se as Autoridades Monetárias intervêm para evitar a depreciação da moeda nacional Æ compram moeda nacional e vendem divisas Æ os Activos de Reserva (Cambiais) diminuem (registo a CRÉDITO).

A opção pela intervenção cambial ou pela flutuação da taxa de câmbio será uma decisão política.

Exemplo: considere-se que, no quadro acima, K10(c) = [K5($) + K7($) + K9($)] - [K1($) + K3($) + K4($) + K6($) + K8($)], o que significa que K10(c) ≡ Variação das Disponibilidades e Responsabilidades de Curto Prazo dos Bancos.

Se K10(c) > 0, então Bal. Corrente + Bal. Capital + Bal. Financeira (não monetária) < 0.

Tal significa que existe uma saída líquida de meios de pagamento dos bancos e, logo, uma pressão no sentido da depreciação da moeda nacional.

Para evitar a depreciação da moeda, as Autoridades Monetárias terão que intervir, comprando moeda nacional e vendendo divisas no montante de K10(c) (operação compensatória). Então, os Activos de Reserva (Cambiais) diminuirão no montante de K10(c) (registo a CRÉDITO).

1 Para um país integrante da união monetária europeia, como Portugal, a situação descrita apenas se aplica às transacções que implicam a variação das disponibilidades e responsabilidades de curto prazo dos Bancos denominadas numa moeda que não o euro.

(7)

Capacidade/Necessidade de Financiamento da Nação Finalmente, retira-se da Balança de Pagamentos que:

Cap./Nec. Financiamento Nação = B. Corrente + B. Capital.

Esta identidade corresponde à definição de Cap./Nec. Financiamento dada pela Contabilidade Nacional. Para o demonstrar, comecemos por recordar, do ponto 2.2, a expressão (1):

Cap./Nec. Financiamento Nação = SBN + Transferências Capital Líquidas do Exterior - Operações de Capital.

Então, substituindo e reorganizando sucessivamente, temos:

Cap./Nec. Financiamento Nação =

= SBN + Transf. Capital Líq. do Exterior - (I + Aq. Líq. Activos Não Fin. Não Prod) =

= (SBN – I) + Transf. Capital Líq. do Exterior - Aq. Líq. Activos Não Fin. Não Prod. =

= -Sext + (Transf. Capital Líq. do Exterior - Aq. Líq. Activos Não Fin. Não Prod.) =

= B. Corrente + B. Capital.

Nota: fez-se uso das seguintes identidades: B. Corrente = -Sext (ver ponto 2.2) e B. Capital = Transf. Capital Líq. do Exterior - Aq. Líq. Activos Não Fin. Não Prod.2

Balança de Pagamentos versus Contabilidade Nacional

Existem algumas diferenças conceptuais, i.e., de conceitos, definições e classificações, na construção das diferentes balanças.

As estatísticas da Balança de Pagamentos são apuradas mensalmente pelo Banco de Portugal, ainda que por vezes sujeitas a importantes revisões; as Contas Nacionais têm divulgação trimestral e são da responsabilidade do INE (também estão sujeitas a revisões).

2 O valor das Aq. Líq. Activos Não Fin. Não Prod é subtraído às Transf. de Capital porque, na Contabilidade Nacional, aquela rubrica é formulada como Aquisição Líquida de Activos ao exterior. Na Balança de Pagamentos, a formulação é feita em termos de saldo e, por isso, B. Capital = Saldo das Transf.

Capital + Saldo da Aq. Activos Não Fin. Não Prod.

(8)

2.4 Grandezas nominais e reais e índices de preços PIB Real e PIB Nominal

No início do ponto 2.1 fez-se alusão à necessidade de uma unidade de medida comum (unidade monetária) para efeitos de agregação das componentes do PIB, obtendo-se, desta forma, o PIB em valor monetário. Este designa-se também por PIB nominal ou PIB a preços correntes:

PIB nominal t =

n ; n - número de bens e serviços finais

i i t i

t q

p

i

qt - quantidade transaccionada do bem ou serviço i no período t

i

pt- preço do bem ou serviço i no período t.

Uma variação no PIB nominal pode ocorrer quer devido a uma variação nos preços dos bens e serviços, quer a uma variação nas quantidades transaccionadas. A necessidade de isolar o efeito da variação das quantidades leva à avaliação do PIB a preços constantes, também designado por PIB real. O PIB real é calculado utilizando os preços de um determinado ano base (0):

PIB real t =

n ; - preço do bem ou serviço i no período base.

i i t

i q

p0 p0i

Em resumo, as variáveis nominais representam valores a preços correntes enquanto as variáveis reais representam os volumes a preços constantes.

Índices de Preços e Deflatores

A distinção entre PIB a preços constantes e PIB a preços correntes leva à questão da medida do nível geral de preços e da sua variação. Em geral, utilizam-se para tal índices de preços, os quais traduzem habitualmente uma média ponderada de preços de bens e serviços por referência a um dado ano base, sendo os ponderadores as quantidades transaccionadas desses bens e serviços.

(9)

Quando os ponderadores são as quantidades referentes ao ano base, então temos o Índice de Laspeyres, ou de ponderadores fixos:

I Lt = 100

0 0

0 ×

n i

i i n i

i i t

q p

q p

Interpretação: I Lt = 110 significa que a aquisição do cabaz de bens e serviços do ano base no ano corrente (t) custa 10% mais relativamente ao seu custo no ano base.

Exemplos: o Índice de Preços no Consumidor e o Índice de Preços da Produção Industrial.

Quando os ponderadores são as quantidades referentes ao ano corrente (t), então temos o Índice de Paasche, ou de ponderadores variáveis:

I Pt = 100

0

×

n i

i t i n i

i t i t

q p

q p

Interpretação: I Pt = 105 significa que a aquisição do cabaz de bens e serviços corrente custa 5% mais do que teria custado no ano base.

Exemplos: deflator do Consumo Privado, deflator do PIB (este último será analisado em pormenor mais abaixo).

Nota – A escolha do ano base:

Deve ser seleccionado um período ‘normal’, i.e., sem grandes flutuações nos preços, para permitir uma base estável de comparação dos movimentos de preços ao longo do tempo;

O ano base é normalmente actualizado para se ter em conta (i) o surgimento de novos bens e serviços, (ii) a alteração da qualidade dos bens e serviços existentes ou (iii) a alteração da estrutura de consumo das famílias (peso dos diferentes bens e serviços no cabaz total de bens e serviços).

(10)

Deflator do PIB

Um índice particularmente importante é o deflator do PIB. Este índice é uma forma possível de medir o nível geral de preços e é obtido implicitamente a partir do rácio entre o PIB nominal e o PIB real (por isso, também se designa por deflator implícito do PIB):

PIB nominal (preços correntes) t

Deflator implícito do PIB t=

PIB real (preços constantes) t

Se substituirmos o PIB nominal e o PIB real pelas expressões algébricas definidas acima, vemos que o deflator implícito do PIB é um Índice de Paasche:

Deflator implícito do PIB t =

n i

i t i n i

i t i t

q p

q p

0

.

A metodologia de cálculo é a seguinte:

1) O PIB nominal (a preços correntes) é decomposto nas suas componentes de despesa com o máximo detalhe possível;

2) Cada componente é deflacionada com o índice de preços apropriado (IPC, índice de preços de importação, etc.)

Nota: deflaciona-se uma componente a preços correntes dividindo-a por um dado índice de preços. Por exemplo, para um dado ano base (0), podemos ter:

Despesa nominal com maçãs (ano t) = ptm qtm (a)

Índice de Preços para as maçãs (ano t) = m

m t

p p

0

(b)

Despesa real com maçãs (ano t)(preços ano base) = ) (

) (

b

a = p0m qtm.

3) Re-constrói-se o PIB com as componentes deflacionadas, para chegar ao PIB real (preços constantes).

4) Calcula-se o deflator implícito do PIB com a fórmula PIB nominal / PIB real.

(11)

Dado o deflator implícito do PIB ser uma medida do nível geral de preços, a sua taxa de variação pode servir como medida da taxa de inflação (π). Temos então:

def. PIB t (PIB nom.t / PIB real t x 100) π = tx. var. deflator do PIB =

def. PIB t-1

- 1 =

(PIB nom.t-1 / PIB real t-1 x 100) - 1 PIB nom.t PIB real t

π =

PIB nom. t-1 PIB real t-1

-1

1+nt 1+ gt

t +1)=(nt +1) (gt +1)

πtgt + gtt +1= nt +1

πt =ntgt −πtgt

valor ≈ 0

Desta forma, a taxa de inflação medida pela variação do deflator do PIB pode ser aproximada através da fórmula:

t t

tng

π

Atenção: o cálculo das taxas de inflação pode ser realizado com base em outros índices, tais como o IPC ou o deflator do Consumo Privado. No entanto, existem algumas diferenças entre eles.

O deflator do PIB mede o preço médio de todos os bens e serviços finais produzidos internamente (não tem em conta os bens e serviços importados), onde o preço de cada bem ou serviço é implicitamente ponderado pela proporção desse bem ou serviço no PIB do ano corrente (em termos de quantidades transaccionadas). À medida que estas proporções se alteram ao longo dos anos, também se alteram os ponderadores.

O deflator do Consumo Privado tem a mesma metodologia de cálculo do deflator do PIB, sendo também um Índice de Paasche, mas abrange apenas os preços dos bens e serviços (produzidos internamente ou importados) cuja despesa de aquisição é classificada como consumo do sector privado, i.e., não inclui os preços implícitos no consumo público, no investimento e nas exportações.

(12)

O IPC é um Índice de Laspeyres que mede o preço médio de um cabaz de bens e serviços (produzidos internamente ou importados) adquiridos por um ‘consumidor médio’, onde o preço de cada bem ou serviço é ponderado pelo peso desse bem ou serviço, em temos de quantidades transaccionadas, no cabaz do ano base.

Taxas de Inflação: Deflator do PIB e Índice de Preços no Consumidor – Portugal, 1960-2000 (taxas de variação anuais, %)

Tx var. IPC

Deflator do PIB IPC

Deflat Tx. Var. anual

Referências

Documentos relacionados

publicação em que Machado de Assis estava inserido, as formulações originais de suas obras e as condições e disposições do regime de produção oferecido pela interação entre

As rimas, aliterações e assonâncias associadas ao discurso indirecto livre, às frases curtas e simples, ao diálogo engastado na narração, às interjeições, às

Este estudo objetivou avaliar a aplicação de modelo de redes neurais artificiais de Perceptrons de Múltiplas Camadas (RN-MLP), para estimar os valores diários da

& LOY J966 que trabalh.aram com raças PSI e Quarto de Milha de cinco a dezenove meses de idade com raçao completa peleti zada e com a mesma ração na forma farelada, obtendo um

Vários são os produtos industriais importantes derivados do óleo, como: Nylon 11 - obtido a partir do metil ricinoleato (Rilsan ), óleo hidrogenado ou cera para borrachas

resposta e de rascunho. O aluno só ficará admitido à prova oral se a classificação da sua prova escrita for.. A distribuição dos professores vigilantes pelas salas compete ao

Este trabalho tem como objetivo o estudo das propriedades termoluminescentes de policristais de Aragonita, com o auxílio da técnica da Ressôncia do Spin

Drusas de hematita botrioidal (FONSECA, 2.005) ocorrem preenchendo cavidades e fraturas diversas nas rochas lateríticas encontradas próximas ao local denominado de