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A IMPLANTAÇÃO DO NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE NOS HOSPITAIS MILITARES Thais Rodrigues de Carvalho

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Academic year: 2021

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Thais Rodrigues de Carvalho * Vanessa Santos Costa**

RESUMO

A segurança do paciente tornou-se uma preocupação mundial a partir da publicação do relatório “To err is human” em 1999. Este relatório demonstrou o impacto gerado pelo cuidado inseguro em saúde.

Desde então, a OMS incentivou que os Estados-membro aplicassem estratégias para melhorar a cultura de segurança. No Brasil, a ANVISA elaborou uma série de documentos e ações voltadas para a segurança do paciente, culminando na publicação da RDC nº 36 de 2013, que determinou a obrigatoriedade da criação de um Núcleo de Segurança do Paciente em todos os estabelecimentos de saúde nacionais. Entretanto, existem fragilidades para implantação e correto funcionamento destes núcleos, que podem ser potencializados em ambiente militar. Este estudo aborda as principais fragilidades encontradas e propõe soluções para minimizá-las.

Palavras-chave: Segurança do paciente. Núcleo de segurança do paciente. Cultura de segurança.

ABSTRACT

Patient safety has become a worldwide concern since the publication of the “To err is human” report in 1999. This report demonstrated the impact of unsafe health care. Since then, WHO has encouraged Member States to apply strategies to improve the safety culture. In Brazil, ANVISA developed a series of documents and actions aimed at patient safety, culminating in the publication of RDC No. 36 of 2013, which determined the mandatory creation of a Patient Safety Center in all national health establishments. However, there are weaknesses for the implementation and correct functioning of these centers, which can be enhanced in a military environment. This study addresses the main weaknesses found and proposes solutions to minimize them.

Keywords: Patient safety. Patient safety center. Safety culture.

*

Capitão médica do Serviço de Saúde. Graduação em Medicina pela Universidade Iguaçu (UNIG).

Residência Médica em Pediatria pela Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (SCMJF).

**Capitão enfermeira do Quadro Complementar de Oficiais. Graduação em Enfermagem.

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1 INTRODUÇÃO

Diversos estudos estimam que entre 6 a 10% dos pacientes internados sofrem algum dano por efeito adverso decorrente da assistência recebida, e que destes 50-60% são evitáveis. Estes danos vão desde o aumento do tempo de permanência no serviço de saúde até a incapacidade permanente e morte, o que gera custos diretos e indiretos. Estes custos acarretam impactos financeiros negativos para pacientes, hospitais e sistemas de saúde em todo o mundo (KOHN;

CORRIGAN; DONALDSON, 1999; PORTO et al, 2010; BRASIL, 2014; BRASIL, 2015).

Por este motivo, a segurança do paciente tornou-se alvo de esforço mundial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) assim a definiu em 2011: “é a redução do risco de danos desnecessários relacionados com os cuidados de saúde, para um mínimo aceitável”. A segurança do paciente está organizada em políticas que visam impedir práticas inseguras no cuidado ao paciente (OMS, 2002; OMS, 2011;

BRASIL, 2013c; BRASIL, 2016).

Esse movimento teve como um dos marcos iniciais para tornar-se de grande importância a aprovação da Resolução WHA55.18 “Qualidade da assistência:

segurança do paciente” durante a 55ª Assembleia Mundial de Saúde em maio de 2002, que sugeriu prioridade ao tema de segurança do paciente e qualidade do cuidado aos Estados-membro da Organização Mundial de Saúde após a divulgação do relatório do “To err is human” (KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999; OMS, 2002; OMS, 2011; BRASIL, 2013c).

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desenvolveu diversas estratégias e instrumentos para melhorar a qualidade da assistência, entre elas, a criação da rede de hospitais sentinela, o sistema informatizado de notificação de eventos adversos (NOTIVISA), o processo de vigilância de eventos adversos e queixas técnicas (VIGIPOS), e a participação nos Desafios Globais de Segurança do Paciente formulados pela Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2013c; ROCHA et al., 2016).

Desde então, foram desenvolvidos programas de incentivo à cultura de

segurança do paciente, levando à instituição do Programa Nacional de Segurança

do Paciente no Brasil em 2013. A partir deste programa, estabeleceu-se a

obrigatoriedade do funcionamento de Núcleos de Segurança do Paciente e da

elaboração de Planos de Segurança do Paciente nos serviços de saúde, incluindo

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as organizações militares (BRASIL, 2013b; ROCHA et al., 2016; EXÉRCITO BRASILEIRO, 2017).

Neste contexto, no âmbito do exército brasileiro, foi criado o Programa de Acreditação da Saúde Assistencial Militar (PASAM) que visa garantir a segurança e a qualidade do atendimento assistencial, incluindo em seus parâmetros de avaliação a implantação e execução de ações do Núcleo de Segurança do Paciente (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2017; EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019).

Este trabalho terá como objetivo a identificação das principais fragilidades encontradas para a implantação e funcionamento do Núcleo de Segurança do Paciente.

1.1 PROBLEMA

Ao longo da história reconheceu-se que o cuidado ao paciente está cercado de riscos inerentes à assistência, e que tais eventos em grande parte são evitáveis.

Hipócrates há mais de 2000 anos já postulava “Primum non nocere” – primeiro não causar dano (KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999; BRASIL, 2014).

Afim de evitar os danos potenciais advindos do cuidado e melhorar a qualidade da assistência prestada aos pacientes, as organizações ligadas à saúde têm proposto a implementação de mecanismos para garantir a segurança nos serviços prestados (BRASIL, 2013a; VINCENT; AMALBERTI, 2016).

Os Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) surgiram como uma instância administrativa para propor estratégias de gestão de risco e qualidade da assistência, gerando uma cultura de segurança em relação aos cuidados com o paciente. A atividade plena dos NSP para criar e manter a cultura de segurança encontra algumas barreiras e fragilidades, que podem ser potencializadas em ambiente militar (REIS, C., 2013; SERRA; BARBIERI; CHEADE, 2016; BECK et al., 2018).

Em muitas instituições de saúde está enraizada uma cultura punitiva, que busca encontrar culpados quando o dano já está instalado. Existe a crença de que os bons profissionais de saúde não comentem erros, ignorando sua natureza humana sujeita a falhas (KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999; REIS, C., 2013).

Desta forma, devem ser criadas barreiras para defender o sistema do fator humano.

Estas barreiras compõe a cultura de segurança, e já são amplamente utilizadas pelas indústrias de aviação e nucleares, que possuem sistemas complexos onde as menores falhas podem levar a consequências incalculáveis (NASCIMENTO, 2011;

REIS, C., 2013).

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Reconhecer as barreiras que dificultam a implantação e o correto funcionamento do NSP e das estratégias de segurança do paciente, constituem uma questão a ser respondida: Como implantar e adequar o Núcleo de Segurança do Paciente em Hospitais militares de forma a vencer essas fragilidades?

1.2 OBJETIVOS

O presente estudo possui como objetivo geral a identificação das principais fragilidades encontradas para a implantação e funcionamento do núcleo de segurança do paciente.

Com a finalidade de delimitar e alcançar o desfecho esperado para o objetivo geral, levantou-se os seguintes objetivos específicos:

a. Identificar as possíveis causas para a ocorrência das fragilidades;

b. Propor soluções para evitar a ocorrência das fragilidades no cuidado assistencial; e

c. Apresentar os desafios para a implantação do núcleo de segurança do paciente e sua adaptação ao ambiente militar.

1.3 JUSTIFICATIVAS E CONTRIBUIÇÕES

Sabe-se hoje que ao procurar atendimento de saúde os pacientes enfrentam riscos próprios dos agravos que os levaram a buscar o serviço, além de riscos decorrentes dos processos de assistência. Afim de minimizar esses riscos, foram desenvolvidas estratégias que buscam entender os motivos que desencadearam o incidente, com transparência do processo, chamando atenção para os gargalos que levaram ao erro, e assim evita-los, criando uma cultura de segurança. Com isto, é possível fazer planejamentos de gestão que minimizem a ocorrência dos incidentes geradores de danos (REIS, C., 2013; BECK et al., 2018).

A ferramenta administrativa para gerir esses riscos, desenvolvendo e aplicando estratégias de prevenção de incidentes pela cultura da segurança é o Núcleo de Segurança do Paciente. Implantar este núcleo pode ser um desafio, pela necessidade de mudança de pensamento de todo um sistema (OLIVEIRA et al., 2014).

Sendo assim, o estudo do processo de implantação dos núcleos de

segurança do paciente, torna-se uma necessidade de suma importância, pelos

impactos positivos que serão produzidos na saúde da família militar, proporcionando

a higidez física, mental e social da tropa, com a garantia de um atendimento de

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saúde seguro.

Ao abordar os possíveis obstáculos e fragilidades para alcançar a excelência do atendimento seguro ao paciente, terá como contribuição facilitar a busca por soluções para o NSP alcançar o acolhimento de suas estratégias em particular nos hospitais militares.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de natureza aplicada, qualitativa, descritiva e exploratória.

Para o levantamento das informações de interesse e estruturação da análise, foi realizada uma revisão de literatura tendo como fontes de busca artigos científicos das bases de dados do PubMed, LILACS, Bireme e SCIELO; literatura de saúde brasileira e internacional; documentos do Ministério da Saúde; documentos da Organização Mundial da Saúde e afiliadas; e documentos referentes a saúde militar.

A revisão de literatura foi realizada com o intuito de abordar de forma crítica e sucinta, a cultura de segurança e a implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente.

Foram utilizados os seguintes termos descritores: "segurança do paciente”,

“núcleo de segurança do paciente" e “cultura de segurança”.

a. Critérios de inclusão:

- Estudos publicados em português, inglês, espanhol e francês.

- Estudos publicados indexados.

- Documentação de órgãos regulatórios e de controle.

- Estudos publicados a partir de 1999.

b. Critérios de exclusão:

− Estudos que não sejam relacionados à saúde.

− Estudos publicados antes de 1999.

2.1 REVISÃO DE LITERATURA

A segurança do paciente é um dos atributos mínimos para um cuidado de

saúde de qualidade. Ela abrange os mecanismos para evitar lesões e danos nos

pacientes decorrentes do cuidado, afim de tornar o sistema de saúde capaz de

identificar, evitar ou minimizar os riscos potenciais das intervenções em saúde ou

ambientais (BRASIL, 2013c).

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O reconhecimento da gravidade das consequências de um cuidado inseguro tornou-se mais pungente após a publicação relatório “To err is human” do Instituto de Medicina dos Estados Unidos em 1999. Este relatório apontou que só neste país milhares de pessoas vão a óbito em hospitais em decorrência de eventos adversos.

Além disso, os prejuízos financeiros chegaram a bilhões de dólares. Outros estudos estimaram que até 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso e que metade deles podia ser evitada (KOHN; CORRIGAN; DONALDSON, 1999; PORTO et al., 2010; BRASIL, 2013c).

Em 2004, para estimular a preocupação com o tema, a OMS lançou a World Alliance for Patient Safety, que posteriormente foi chamado de Patient Safety Program, com objetivos principais de organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e conter os eventos adversos (BRASIL, 2015).

Nessa corrente, em 2013, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), objetivando contribuir para a qualificação do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, em articulação com as políticas nacionais e locais (BRASIL, 2014; EXÉRCITO BRASILEIRO, 2017).

O PNSP é voltado especificamente em promover e apoiar a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente, por meio dos Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde. Este programa possui ações para envolver os pacientes e seus familiares nesse processo, ampliando o acesso da sociedade às informações relativas à segurança do paciente, produzindo, sistematizando e difundindo conhecimentos sobre o assunto. Além disso, atua pela inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico, na graduação e na pós- graduação na área da saúde (PRATES et al., 2019).

O PNSP se norteia na cultura de segurança, onde os trabalhadores dos serviços de saúde, incluindo seus gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, de seus colegas, pacientes e familiares, priorizando a segurança acima de metas financeiras e operacionais. Este programa encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança.

Ele suscita uma cultura que promove o aprendizado organizacional a partir da

ocorrência de incidentes, proporciona recursos e estrutura para a manutenção

efetiva da segurança (BRASIL, 2014).

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Está disseminado na sociedade o conceito de que os bons profissionais não comentem erros, ignorando o fato de que tais profissionais de saúde são humanos e que errar faz parte de sua natureza. Estes profissionais são pressionados a produzir mais e mais rápido, muitas vezes em condições desfavoráveis de trabalho, o que pode gerar eventos adversos (BRASIL, 2014; OLIVEIRA et al., 2014).

A partir de vários trabalhos publicados, desenvolveu-se um modelo de

“barreiras” entre o erro e o paciente. As barreiras impedem que erros e falhas ocorram, e quando não for possível, que eles não atinjam o paciente. São abrangidas pela atualização dos profissionais, uso de protocolos clínicos, higiene das mãos, forma de dispensação de medicamentos, entre outros. Com o entendimento de que as falhas são do sistema e não individuais, essas barreiras agirão nos sistemas para torna-los menos propícios a ocorrência de erros (BRASIL, 2014; REIS, C., 2013).

Além disso, existem cinco tipos de obstáculos que devem ser transpostos para criar um sistema seguro: limitação da carga de trabalho a um nível de risco aceitável, permitindo impactos na produção; abandono da autonomia profissional, priorizando o trabalho em equipe, com adesão a regulamentos e aceitação de regras restritas de ação; transição da mentalidade de “meu paciente” para “paciente do serviço”, com a criação de normas para a atividade de diferentes profissionais de forma que não haja variação da qualidade do serviço entre eles; a necessidade de regulação sistêmica para otimização de estratégias de segurança; e a necessidade de simplificação de regras e procedimentos profissionais (BRASIL, 2013c; OLIVEIRA et al., 2017).

Em adição, devem ser trabalhadas outras estratégias da cultura de segurança do paciente dentro dos serviços de saúde, seguindo princípios básicos de aprendizagem com os erros, criação de redundâncias e checagens cruzadas, comunicação e trabalho conjunto, equipe de cuidados em número adequado, bem treinada e descansada, para assim os planos de segurança estarem efetivamente operantes (BRASIL, 2013c; OLIVEIRA et al., 2014).

Os planos estratégicos de segurança devem conter como elemento central a existência de um programa de controle de qualidade, com ações monitoradas por indicadores, gerido por uma autoridade responsável e com uma política de estímulo à utilização rotineira de protocolos e diretrizes clínicas (BRASIL, 2013c; SARTOR;

SILVA; MASIERO, 2016; PRATES et al., 2019).

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O PNSP determinou protocolos básicos, definidos pela OMS, a serem elaborados e implantados nos planos de segurança do paciente locais pelos Núcleos de Segurança do Paciente, são eles: prática de higiene das mãos em estabelecimentos de saúde; cirurgia segura; segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; identificação de pacientes; comunicação no ambiente dos estabelecimentos de saúde; prevenção de quedas; úlceras por pressão; transferência de pacientes entre pontos de cuidado; e uso seguro de equipamentos e materiais. A escolha desses protocolos levou em consideração o baixo custo de implantação comparado aos prejuízos causados pelos eventos adversos que podem ocorrer na falta deles (BRASIL, 2014; BRASIL, 2015; BRASIL, 2016).

Os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde correspondem às metas internacionais de segurança do paciente. São instrumentos de padronização dos processos de trabalho, melhorando a qualidade da assistência (BRASIL, 2016).

Os planos de segurança do paciente devem considerar os fatores contribuintes para a origem ou aumento do risco de um incidente, sejam eles humanos, sistêmicos, externos ou relacionados ao paciente, utilizando-se, por exemplo, de instrumentos como o Diagrama de Ishikawa e a metodologia 5W2H, assim como a medição da cultura de segurança local por meio da utilização de questionários (BRASIL, 2013c; BRASIL, 2014; BRASIL, 2015; BRASIL, 2016;

PRATES et al., 2019).

A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 36, de 2013, instituiu a obrigatoriedade da implantação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) nas instituições de saúde nacionais, sejam elas públicas, privadas, filantrópicas, de ensino, civis ou militares, entre outros. De acordo com esta RDC, o NSP é a

“instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente” (BRASIL, 2013b; MACEDO; BOHOMOL, 2019; PRATES et al., 2019).

Dentre as principais funções do NSP, está a integração das diferentes

instâncias que trabalham com riscos na instituição, considerando também o paciente

como sujeito do próprio risco que está submetido, além de ser o objeto final do

cuidado em saúde. O NSP deve promover a articulação dos processos de trabalho e

das informações que impactem nos riscos ao paciente (BRASIL, 2016).

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A direção do serviço de saúde é a responsável pela instituição, nomeação e composição do NSP, conferindo aos seus membros, autoridade, responsabilidade e poder para executar as suas ações. O NSP prestará auxilio ao gestor na condução de ações para segurança do paciente, afim de melhorar continuamente os processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde, na tentativa de disseminar a cultura de segurança e garantir as boas práticas de funcionamento do serviço de saúde (BRASIL, 2016, MACEDO; BOHOMOL, 2019).

A composição do NSP deve ser de equipe multiprofissional, com no mínimo médico, farmacêutico e enfermeiro, e ser capacitada em conceitos de melhoria da qualidade, segurança do paciente e em ferramentas de gerenciamento de riscos em serviços de saúde. Esta composição deve ser adaptada de acordo com as características de cada instituição (BRASIL, 2016).

O NSP terá como atividades, de acordo com a RDC 36/2013 (BRASIL, 2013b, não paginado):

I - Promover ações para a gestão de risco no serviço de saúde;

II - Desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional no serviço de saúde;

III - promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e

procedimentos realizados e na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos propondo ações preventivas e

corretivas;

IV - Elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;

V - Acompanhar as ações vinculadas ao Plano de Segurança do Paciente em Serviços de Saúde;

VI - Implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores;

VII - estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde; VIII - desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade em

serviços de saúde;

IX - Analisar e avaliar os dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de

saúde;

X - Compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saúde os resultados da análise e avaliação

dos dados sobre incidentes e eventos adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde;

XI - notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária os eventos adversos decorrentes da prestação do serviço

de saúde;

XII- manter sob sua guarda e disponibilizar à autoridade sanitária, quando requisitado, as notificações de eventos

adversos;

XIII - acompanhar os alertas sanitários e outras comunicações de risco

divulgadas pelas autoridades sanitárias (BRASIL, 2013b, não paginado).

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Como citado anteriormente, durante o processo de implantação dos NSP alguns obstáculos e fragilidades podem ser encontrados, como a cultura punitiva, inadequação do número de profissionais, falta do entrosamento para o trabalho em equipe, falta de apoio da direção da instituição, falta de adesão dos profissionais aos protocolos desenvolvidos, falta de sistema informatizado para registro da assistência (prontuário eletrônico), alta rotatividade dos profissionais, entre outros (CALDAS, 2017).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a leitura crítica dos artigos relacionados ao tema, estão apresentados a seguir os principais resultados encontrados e considerados relevantes para o presente trabalho.

Uma pesquisa realizada por Reis, C. (2013) para adaptação transcultural de um questionário de avaliação da cultura de segurança, observou a necessidade de fortalecimento da dimensão “respostas não punitivas aos erros”, e sua relação com baixos índices de notificação de eventos. De acordo com esta pesquisa, os profissionais possuem a percepção de que serão prejudicados ao notificarem suas falhas, acreditando que o foco será em quem errou e não o que levou ao erro.

Um estudo realizado em hospitais de grande porte de Santa Catarina, utilizando aplicação de questionário sobre a avaliação da situação de segurança do paciente, observou maior percentual de respostas afirmativas para a área sobre infecções relacionadas aos cuidados de saúde (61,2%), sendo que outras áreas tiveram percentual abaixo de 50%, como intervenções cirúrgicas seguras, segurança relacionada a medicamentos e conscientização sobre segurança do paciente. Este mesmo trabalho observou várias fragilidades para implantação do NSP:

inadequação do número de profissionais, ausência ou desconhecimento da notificação, investigação e registro de incidentes de eventos adversos, ausência de protocolos e capacitações insuficientes (SARTOR; SILVA; MASIERO, 2016).

Um trabalho no qual foi aplicado um questionário sobre Atitudes de Segurança, desenvolvido em hospital de pequeno porte no Rio Grande do Sul, encontrou índices baixos com relação a trabalho em equipe e gerência da unidade.

Esses autores também observaram que a alta rotatividade de profissionais influencia

negativamente no clima de segurança. Além disso, verificaram que situações

estressoras relacionadas ao cuidado de saúde, associadas a horas extras de

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trabalho, podem levar ao desenvolvimento da Síndrome de Bournout com implicações negativas na qualidade da assistência ( BECK et al., 2018 ).

Outro trabalho verificou a organização do NSP de um hospital universitário, no qual constatou que o mesmo se encontra bem estruturado e com a participação e o apoio da alta direção na promoção da cultura de segurança, incentivando a realização das notificações de eventos adversos sem que haja a responsabilização individual (MACEDO; TEIXEIRA; BOHOMOL, 2018). Os mesmos autores em outro estudo identificaram que dos seis protocolos básicos para segurança do paciente, o protocolo de higienização das mãos era o que estava com implantação mais avançada (MACEDO; BOHOMOL, 2019).

Um estudo realizado por Reis, G. et al. (2019) observou três categorias relacionadas as dificuldades para implantação das estratégias de segurança do paciente: dimensionamento inadequado do pessoal de enfermagem, falha no apoio da alta direção e déficit de adesão dos profissionais às estratégias de segurança do paciente.

A partir dos resultados descritos, pode-se concluir que as principais fragilidades encontradas para a implantação e funcionamento do núcleo de segurança do paciente são: quantitativo insuficiente de profissionais envolvidos no cuidado, trabalho em equipe, cultura punitiva e apoio da direção.

O número reduzido do pessoal de enfermagem afeta diretamente a adesão aos protocolos. A adesão é dificultada pelo fato dos profissionais entenderem a segurança do paciente como mais uma tarefa obrigatória que aumenta sua carga de funções. Geralmente, muitos desses trabalhadores são submetidos a horas extras de jornada, ou no caso de militares, escalas de serviço com poucas folgas, causando estresse ocupacional e desmotivação para buscar maior qualidade nas suas atividades, o que contribui para a ocorrência de incidentes.

Por outro lado, um bom exemplo de funcionamento correto e adesão às atitudes de segurança, é o protocolo de higienização das mãos. Como observado nos diversos estudos, este protocolo está bem sedimentado na prática profissional diária, com resultados notórios de alto impacto e sendo uma estratégia de baixo custo.

O trabalho em equipe é prejudicado pela falta de comunicação entre os

setores e agravada pela falta de protocolos de condutas integradas. No caso militar,

por exemplo, há alta rotatividade de pessoal devido as transferências, não havendo

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consolidação do espírito de corpo. Esta característica militar, afeta também a continuidade dos projetos relacionados a segurança do paciente pelas mudanças constantes dos membros do NSP.

A cultura punitiva dificulta o aprendizado a partir dos erros. Ela está ligada a números baixos de notificações de eventos adversos pelo medo que os profissionais têm da punição que podem sofrer e da perda de sua credibilidade. Este medo é potencializado no ambiente militar, onde pode existir o temor de que ao notificar seus erros, poderão sofrer avaliações ruins no Sistema de Gestão do Desempenho (SGD), não terem seus contratos temporários renovados e sofrerem punições disciplinares. Desta forma, perde-se a oportunidade de aprendizado organizacional e correção de problemas sistêmicos que levam a reincidência de erros.

O apoio da direção é imprescindível para o sucesso da implantação das estratégias de segurança do paciente. Se a direção não estiver envolvida no processo, há alta probabilidade da cultura de segurança não estar sendo praticada adequadamente.

Uma forma de se reduzir a ocorrência das fragilidades para o correto funcionamento do Núcleo de Segurança do Paciente, nas organizações militares de saúde, é através do Programa de Acreditação da Saúde Assistencial Militar (PASAM). A Portaria nº 1.585, de 2 de outubro de 2019, aprova as Instruções Gerais para a implantação do PASAM e afirma (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019, p. 18):

é impositiva a aproximação entre o Sistema de Saúde do Exército e os diversos instrumentos que estão sendo criados para a garantia da segurança do paciente e da qualidade na assistência de saúde, fortalecendo o mister de desenvolver um sistema próprio de acreditação da saúde assistencial militar (EXÉRCITO BRASILEIRO, 2019, p. 18).

O PASAM aprimora a segurança da assistência em saúde com a realização de auditorias que avaliam os processos internos das organizações militares de saúde, identificando áreas que apresentam não conformidade com os padrões definidos, assim impulsionando a cultura de segurança e prevenindo as fragilidades que poderiam levar a ocorrência de eventos adversos.

Os desafios para a implantação do núcleo de segurança do paciente e sua

adaptação ao ambiente militar, consistem na conciliação entre as atividades militares

específicas com as atividades assistenciais de saúde. É necessária uma linearidade

na condução das estratégias para a cultura de segurança, que fica prejudicada pelas

transferências de pessoal, acúmulo de funções, escala de serviço, entre outras

situações próprias da atividade militar.

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No sentido de alcançar a excelência da qualidade e da segurança do serviço de saúde assistencial prestado, algumas situações deveriam ser priorizadas. Desta maneira, propõem-se a adoção de algumas modificações na carreira do pessoal envolvido diretamente na assistência de saúde, como exemplo: determinação de sede fixa permanente no edital dos concursos de admissão; criação de um programa de movimentação diferenciado que permita aos voluntários não serem movimentados; aumento do Quadro de Cargos Previstos (QCP) do pessoal de saúde, em especial dos sargentos técnicos de enfermagem; regulação do expediente por turnos e em escalas 12h x 36h, 24h x 72h; proibição e ou limitação dos acúmulos e desvios de função para o pessoal de saúde, incluindo técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e de todos os envolvidos diretamente na assistência.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Seguindo a tendência mundial, o exército já se sensibilizou sobre a importância da cultura de segurança do paciente e da necessidade da implantação e correto funcionamento dos NSP. Este processo de mudança deve ser mantido, com as alterações necessárias para sua plena atuação.

Assim as fragilidades devem ser corrigidas através de intervenções que se

fizerem necessárias. A utilização de indicadores para a avaliação da cultura de

segurança é uma ferramenta de controle de qualidade das ações desenvolvidas,

indicando as áreas onde as fragilidades ainda persistem, e deve ser aplicada

periodicamente para comparação antes e após as intervenções .

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REFERÊNCIAS

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Referências

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