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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 542.558 - RN (2003/0078830-4) RELATORA : MINISTRA LAURITA VAZ

RECORRENTE : UNIÃO

RECORRIDO : STENIO PIMENTEL SANTOS

ADVOGADO : SÍLVIO CÂMARA DE OLIVEIRA

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EMBARGOS INFRINGENTES. AUSÊNCIA DO VOTO-VENCIDO REFERENTE A TEMA ÚNICO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL. INOCORRÊNCIA. NULIDADE ABSOLUTA. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO.

1. A ausência dos fundamentos do voto vencido nos autos não é motivo suficiente para que não se conheça dos embargos infringentes.

Consoante entendimento desta Corte e do Supremo Tribunal Federal, quando não for possível saber a extensão do voto vencido é cabível a oposição dos embargos infringentes por desacordo total.

2. A intimação do representante legal da União deve ser pessoal, em atendimento ao disposto no art. 38 da Lei Complementar n.º 73/93, sob pena de nulidade. Precedentes do STJ.

3. Recurso especial conhecido e provido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, conhecer do recurso e lhe dar provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros José Arnaldo da Fonseca, Felix Fischer e Gilson Dipp votaram com a Sra. Ministra Relatora.

Brasília (DF), 15 de junho de 2004 (Data do Julgamento)

MINISTRA LAURITA VAZ Relatora

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 542.558 - RN (2003/0078830-4) RELATÓRIO

EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ:

Trata-se de recurso especial interposto pela UNIÃO com fundamento no art.

105, inciso III, alíneas a e c, da Constituição Federal, em face de decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que restou ementada nos seguintes termos, litteris:

"PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. FALTA DE INDICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DOS VOTOS VENCIDOS. NÃO INTERPOSIÇÃO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PARA SUPRIR TAL OMISSÃO. RECURSO NÃO CONHECIDO.

1. Tal qual se dá com as condições da ação, a cognição dos recursos está subordinada à verificação da presença dos pressupostos recursais, sem os quais o órgão julgador não conhece do respectivo mérito, qualquer que seja.

2. É pressuposto da cognição dos embargos infringentes a indicação dos fundamentos do voto vencido, cuja prevalência se busca.

3. Recurso não conhecido."(fl. 56)

Nas razões do especial, insurge-se a União contra o não conhecimento dos embargos infringentes ao argumento de que se presume que a divergência seja total quando não declarado os fundamentos do voto vencido.

Sustenta violação aos arts. 126, 236, § 2º, 245, 530 e 534 do Código de Processo Civil; arts. 1º, 9º, 35, 38 e 67 da Lei Complementar n.º 73/93; art. 6º da Lei n.º 9.028/95; art. 145, inciso III, IV e V do Código Civil; arts. 131, 5º, incisos LV, LIV,§§ 1º e 2º da Constituição Federal, bem como divergência jurisprudencial.

É o relatório.

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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 542.558 - RN (2003/0078830-4) EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. EMBARGOS INFRINGENTES. AUSÊNCIA DO VOTO-VENCIDO REFERENTE A TEMA ÚNICO. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTES. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL. INOCORRÊNCIA. NULIDADE ABSOLUTA. DECRETAÇÃO DE OFÍCIO.

1. A ausência dos fundamentos do voto vencido nos autos não é motivo suficiente para que não se conheça dos embargos infringentes.

Consoante entendimento desta Corte e do Supremo Tribunal Federal, quando não for possível saber a extensão do voto vencido é cabível a oposição dos embargos infringentes por desacordo total.

2. A intimação do representante legal da União deve ser pessoal, em atendimento ao disposto no art. 38 da Lei Complementar n.º 73/93, sob pena de nulidade. Precedentes do STJ.

3. Recurso especial conhecido e provido.

VOTO

EXMA. SRA. MINISTRA LAURITA VAZ (RELATORA):

Trata-se de embargos à execução por título judicial opostos pela União, rejeitados liminarmente sob o fundamento de intempestividade.

Irresignada, a União interpôs recurso de apelação, sob o argumento de que o prazo para a Fazenda Pública se manifestar somente se inicia com a intimação pessoal de seu representante legal, com a aposição de seu ciente, não podendo jamais tê-lo por iniciado a partir da mera abertura de vistas para a União.

O acórdão da apelação e remessa oficial, decididos por maioria, encontram-se assim ementado:

"PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. CITAÇÃO DA UNIÃO FEDERAL. VISTA DOS AUTOS À AGU. TERMO INICIAL DO PRAZO PARA OPOSIÇÃO DOS EMBARGOS. DESNECESSÁRIA A APOSIÇÃO DO CIENTE PELO PROCURADOR.

1. "O prazo recursal para o MP começa a fluir a partir do recebimento dos autos no órgão e não no momento em que o Procurador de justiça lança o ciente sobre a sentença. Presumindo-se a ciência desde a entrega do feito à Procuradoria.[...]

2. Em havendo sido remetidos os autos à Procuradoria da Advocacia Geral da União, através de protocolo no livro de carga da secretaria da vara, é a partir daí que começam a fluir os prazos para a União Federal, e não a partir da aposição do ciente pelo Procurador.

3. Intempestividade dos Embargos á Execução reconhecida.

4. Apelação e remessa oficial improvidas. Sentença terminativa mantida." (fl. 30)

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Superior Tribunal de Justiça

Opostos os embargos infringentes, não foram estes conhecidos por falta de indicação, pela Embargante, dos fundamentos do voto vencido. Dessa decisão recorreu a União por meio do presente recurso especial.

A matéria que ora se coloca é de cunho eminentemente processual. A controvérsia gira em torno da possibilidade ou não do conhecimento dos embargos infringentes opostos contra acórdão improvido por maioria de votos, sem que a Embargante tenha oposto os aclaratórios para suprir omissão quanto a ausência dos fundamentos do voto vencido.

Conforme se perceber da transcrição do acórdão da apelação, o decisum limita-se apenas a definir o termo inicial para a contagem do prazo recursal para a Fazenda Pública, se da mera abertura de vistas ou da intimação pessoal do seu representante legal.

Entendendo o voto vencedor que conta-se o prazo a partir do recebimento dos autos pela Advocacia Geral da União, pode-se deduzir facilmente qual o conteúdo do voto vencido, sendo, portanto, irrelevante o fato de que os seus fundamentos não estejam nos autos, porque não externados pelo Desembargador vencido. Confiram-se os seguintes precedentes desta Corte:

"PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. EMBARGOS DO DEVEDOR. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL.

INOCORRÊNCIA. EMBARGOS INFRINGENTES SOBRE TEMA ÚNICO.

JUNTADA DO VOTO-VENCIDO. DESNECESSIDADE. PRECEDENTES.

1. Cabíveis os embargos infringentes, ainda que não anexado aos autos o voto minoritário sobre tema único amplamente discutido nas decisões anteriores, pois, facilmente dedutível o seu conteúdo.

2. Imprescindível a intimação ou notificação pessoal do Advogado da União, nos termos da LC 73/93 e consoante jurisprudência iterativa desta Corte.

3. Recurso especial conhecido e provido, declarando-se, de ofício, a nulidade do processo, a partir da decisão do TRF/5ª Região." (REsp 243.490/PE, 2º Turma, rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS, DJ de 18/02/2002.)

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. LIMITES. VOTO VENCIDO. FUNDAMENTAÇÃO.

DESNECESSIDADE.

I - Nos embargos infringentes, os limites da devolução são aferidos a partir da diferença havida entre a conclusão dos votos vencedores e dos vencidos no julgamento da apelação ou da ação rescisória. O órgão ad quem, no entanto, não fica adstrito às razões invocadas no voto ensejador do recurso, razão pela qual não se exige do recorrente a repetição dos argumentos utilizados no voto vencido.

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Superior Tribunal de Justiça

II - Já decidiu o colendo STF (RE nº 113.796, DJ 06/11/87) que

"quando não se pode saber exatamente a extensão do voto vencido, por omissão do acórdão no tocante a ele e por impossibilidade de inferi-lo com segurança do teor daquele, a solução que esta Corte já acolheu é a de que os embargos infringentes são cabíveis por desacordo total."

III - Não pode servir de fundamento para negar seguimento aos embargos infringentes, tão-somente, o fato de não constar dos autos a declaração de voto vencido.

Recurso provido."(REsp 516.919/SE; 5ª Turma, rel. Min. FELIX FISCHER, DJ de 06/10/2003.)

"EMBARGOS INFRINGENTES. Fundamento do Voto Vencido.

Oferecidos embargos infringentes com base no voto vencido que rejeitou a preliminar de nulidade da sentença, não cabe desconhecer do recurso por falta de indicação dos fundamentos da dissidência se dos autos não consta a sua fundamentação.

Recurso conhecido e provido." (REsp 297754/RN, 4ª Turma, rel. Min.

RUY ROSADO DE AGUIAR, DJ de 04/02/2002.)

"Diante da impossibilidade de saber-se em que extensão se deu o julgamento majoritário, e não tendo o recorrente optado pelo oferecimento dos declaratórios a fim de ver sanada a irregularidade, estaria ele na contingência de oferecer infringentes em toda a matéria objeto de julgamento da apelação" (REsp 163.252/SP, 4ª Turma, rel. Min. SÁLVIO DE FIGUEIREDO, DJ de 01/06/1998.)

No mesmo sentido, tem-se o entendimento do Supremo Tribunal Federal, conforme precedentes abaixo transcritos:

"EMBARGOS INFRINGENTES. CABIMENTO. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE VOTO VENCIDO. OS EMBARGOS INFRINGENTES SÃO CABÍVEIS SE, APESAR DE NÃO DECLARADO O VOTO MINORITÁRIO, FOR CURIAL A DEDUÇÃO DE SEU SENTIDO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO." (AgRg no RE 112.352/SP, 2ª Turma, rel. Min. FRANCISCO REZEK, DJ de 08/05/87.)

ACÓRDÃO RECORRIDO SUSCEPTÍVEL DE SER ATACADO POR EMBARGOS INFRINGENTES, NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. QUANDO NÃO SE PODE SABER EXATAMENTE A EXTENSÃO DO VOTO VENCIDO, POR OMISSÃO DO ACÓRDÃO NO TOCANTE A ELE E POR IMPOSSIBILIDADE DE INFERI- LO COM SEGURANÇA DO TEOR DAQUELE, A SOLUÇÃO QUE ESTA CORTE JÁ ACOLHEU E A DE QUE OS EMBARGOS INFRINGENTES SÃO CABÍVEIS POR DESACORDO TOTAL. PORTANTO, SE, NO CASO, O ORA RECORRENTE, HOUVESSE EMBARGADO (EMBARGADOS INFRINGENTES) O ACÓRDÃO RECORRIDO, A DIVERGÊNCIA, SEGUNDO A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE, SERIA EM TODA A EXTENSÃO DO MÉRITO DECIDIDO. ASSIM SENDO, NÃO PODE ELE, NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, PRETENDER QUE ESTE E CABÍVEL POR NÃO SER EMBARGÁVEL O ARESTO RECORRIDO.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. (RE 113.796/MG, 1ª

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Superior Tribunal de Justiça

Turma, rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 06/11/87.)

Firmado tal entendimento, cabível, neste momento, a apreciação da alegada nulidade do acórdão proferido em sede de apelação, consubstanciada na falta de intimação pessoal do Advogado da União. Por se tratar de nulidade absoluta, pode o juiz decretá-la de ofício ou a requerimento da parte, em qualquer tempo e grau de jurisdição.

À luz do disposto no art. 38 da Lei Complementar n.º 73/93, as intimações ou notificações do representante judicial da União devem ser feitas pessoalmente, sob pena de nulidade de todos os atos processuais, conforme a inteligência do art. 247 e 248 do Código de Processo Civil. A título de elucidação, colaciono os seguintes arestos firmados em hipóteses semelhantes:

"RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MILITAR. PENSÃO. EXECUÇÃO. FALTA DE INTIMAÇÃO PESSOAL DA UNIÃO. SENTENÇA MONOCRÁTICA. ARTS. 245 E 247 DO CPC. LEI COMPLEMENTAR Nº 73/93.

Nos termos da Lei Complementar citada, a União deve, obrigatoriamente, ser intimada pessoalmente de todos os atos processuais, sob pena de nulidade dos mesmos. Precedentes.

Recurso provido." (REsp 519.951/RJ, 5ª Turma, rel. Min. JOSÉ ARNALDO DA FONSECA, DJ de 03/05/2004.)

"PROCESSUAL CIVIL. ADVOGADO DA UNIÃO. INTIMAÇÃO PESSOAL. LC NUM. 73/93, ART. 38.

- CONFORME O ART. 38 DA LEI COMPLEMENTAR NUM. 73/93, AS INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES DOS ADVOGADOS DA UNIÃO E DOS PROCURADORES DA FAZENDA NACIONAL DEVEM SER FEITAS PESSOALMENTE. - PRECEDENTES.

- RECURSO PROVIDO."(REsp 152.200/CE, 5ª Turma, rel. Min.

FELIX FISCHER, DJ de 08/06/1998.)

Ante do exposto, CONHEÇO do recurso e dou-lhe PROVIMENTO para, em observância ao princípio da celeridade e da economia processual, declarar de ofício a nulidade do processo desde o julgamento dos embargos à execução, considerando-os tempestivos, para que aquele juízo ordinário aprecie o seu mérito.

É o voto.

MINISTRA LAURITA VAZ Relatora

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Superior Tribunal de Justiça

CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUINTA TURMA

Número Registro: 2003/0078830-4 RESP 542558 / RN

Número Origem: 200005000475478

PAUTA: 15/06/2004 JULGADO: 15/06/2004

Relatora

Exma. Sra. Ministra LAURITA VAZ Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro GILSON DIPP Subprocuradora-Geral da República

Exma. Sra. Dra. LINDÔRA MARIA ARAÚJO Secretário

Bel. LAURO ROCHA REIS

AUTUAÇÃO RECORRENTE : UNIÃO

RECORRIDO : STENIO PIMENTEL SANTOS ADVOGADO : SÍLVIO CÂMARA DE OLIVEIRA

ASSUNTO: Administrativo - Servidor Público Civil - Gatilhos Salariais CERTIDÃO

Certifico que a egrégia QUINTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

"A Turma, por unanimidade, conheceu do recurso e lhe deu provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator."

Os Srs. Ministros José Arnaldo da Fonseca, Felix Fischer e Gilson Dipp votaram com a Sra. Ministra Relatora.

O referido é verdade. Dou fé.

Brasília, 15 de junho de 2004

LAURO ROCHA REIS Secretário

Referências

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