• Nenhum resultado encontrado

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL"

Copied!
58
0
0

Texto

(1)

1

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

PLANO DE NEGÓCIO DO EMPREENDIMENTO

ASSOCIATIVO DA CADEIA PRODUTIVA DA

AGROINDUSTRIA FAMILIAR DO DISTRITO FEDERAL

ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES RURAIS E ARTEZANAIS

DE PLANALTINA DF

CEADES

Instituto de Estudos e Assessoria ao Desenvolvimento Alvori Cristo dos Santos

(2)

2 Sumário

Apresentação (5)

Aspectos Metodológicos (7) Resumo Executivo (11)

1. A Agricultura do Distrito Federal: Elementos (19)

2. Agroindustria do DF – Produtos Transformados Diversificados (26)

3. O Plano de Negócio: AGROINDUSTRIA FAMILIAR: RURART – Asssociação dos Produtores Rurais e Artesanais de Planaltina DF (41)

3.1 Caracterização do Empreendimento (41) 3.2 Funcionamento do Empreendimento (41)

3.2 O Mix de Produtos Comercializados no ano de 2012 (43) 3.3 Custo de Gestão do Empreendimento (45)

3.4 Resultado Econômico (46)

3.8 Projeção dos resultados pelo Plano de Negócio (48)

3.9

Ferramentas de gestão do Plano de Negócio (51)

(3)

3 Lista de Quadros

Quadro 1. Ocupação do território do DF. (20)

Quadro 2. Agricultura Familiar (estabelecimentos) por Região Federativa Brasil e DF. (21)

Quadro 3. Agricultura Familiar (área) por Região Federativa Brasil e DF. (22) Quadro 4. Agroindustria Rural Estabelecimentos. (27)

Quadro 5. Agroindustria Rural Informantes. (28)

Quadro 6. Agroindustria Rural Quantidade Vendida (toneladas). (30) Quadro 7. Agroindustria Rural Valores vendidos (R$ 1000). (32)

Quadro 8. Doces e Geleias destino dos Valores da Produção (R$ 1000). (34) Quadro 9. Doces e Geleias destino dos Valores da Produção (%). (35) Quadro 10. Farinha de Mandioca Valores da Produção (R$ 1000). (36)

Quadro 11. Farinha de Mandioca Proporção dos Valores da Produção (%). (37) Quadro 12. Queijos e Requeijão Valor da Produção (R$ 1000). (38)

Quadro 13. Legumes e verduras processadas Valores da Produção (R$ 1000). (39) Quadro 14. Legumes e verduras processadas proporção dos Valores da Produção (%). (39)

Quadro 15. Pontos de venda e fluxo de trabalho da associação. (42) Quadro 16. Pontos de venda e fluxo de transporte. (43)

Quadro 17. Mix de produtos. (44) Quadro 18. Mix de Produtos. (45)

Quadro 19. Custos de gestão do empreendimento. (46) Quadro 20. Resultados Econômicos. (47)

Quadro 21. Plano de Metas. (50) Quadro 22. Balanço mensal. (51) Quadro 23. Controle de estoque. (52) Quadro 24. Movimento financeiro. (52)

Quadro 25. Movimento mensal das disponibilidades financeiras. (52) Quadro 26. Controle mensal de contas a receber. (52)

Quadro 27. Matriz FOFA. (53)

(4)

4 Lista de Figuras

Figura 1. Composição do PIB Agricultura. (25) Figura 2. Composição do PIB Agricultura. (25) Figura 3. Composição do PIB Agricultura. (26)

Figura 4. Perfil de representação proporcional por produto do Distrito Federal. estabelecimentos. (29)

Figura 5. Perfil de representação proporcional por produto do Distrito Federal. (30) Figura 6. Quantidades vendidas de produtos da agroindústria no DF, proporção %. (31) Figura 7. Quantidades vendidas de produtos da agroindústria no DF, proporção %. (32) Figura 8. Valores vendidos de produtos da agroindústria no DF, proporção %. (33) Figura 9. Valores vendidos de produtos da agroindústria no DF, proporção %. (34) Figura 10. Destino dos valores produzidos no DF. (36)

(5)

5 Apresentação

O Plano de Negócios objeto de estudo deste trabalho apresenta a Associação de Produtores Rurais e Artesanais de Planaltina DF. O perfil do trabalho a ser realizado em parceria com o apoio da EMATER condiciona de forma positiva algumas adequações metodológicas as quais passam a ser consideradas neste documento.

- A primeira parte apresenta as características da agricultura do Distrito Federal. - A segunda parte apresenta os dados secundários oficiais sobre as cadeias produtivas; - A terceira parte apresenta dados primários obtidos a campo sobre o empreendimento objeto de estudo dos planos de negócio.

- A quinta parte apresenta o Plano de Negócio.

A elaboração de Planos de Negócio tem se tornado um procedimento utilizado e conhecido nas duas últimas décadas como ferramenta a auxiliar empreendimentos da agricultura familiar. Por se tratar de uma ferramenta de análise econômica sua utilização é pouco usual no cotidiano de gestão de agroindústrias, cooperativas e associações que se estruturam vinculadas a organizações marcadas pela ação na organização social.

Desta forma sua utilização deve ser acompanhada de um rigor metodológico e pedagógico especial relacionado a natureza deste instrumento ferramenta bastante semelhante a processos de auditoria e/ou análise de projetos. O resultado obtido pelo plano de negócio de forma clara e objetiva analisa a gestão da instituição.

É uma ferramenta forte e intensa e se bem compreendida e utilizada, de grande contribuição. Assim exigente em cuidados e procedimentos para que seus resultados sejam compreendidos pelo seu conteúdo e planejados quanto ao seu uso.

(6)

6 A partir da estratégia nacional da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário em promover o desenvolvimento da Agricultura Familiar a partir dos Territórios de Desenvolvimento é possível afirmar que uma nova perspectiva de gestão do espaço público foi iniciada.

Inserida nesta base de concepção, outra perspectiva iniciava junto com esta proposta e, se tornava a cada momento, mais clara a promoção do desenvolvimento econômico a partir de formulações alternativas de mercado solidário, estruturado a partir das relações de cooperação da organização social da Agricultura Familiar.

O estudo dos empreendimentos (PNE) da Agricultura Familiar, estruturado pelos Plano de Negócio, se torna uma das ferramentas adotadas pela política de desenvolvimento territorial com a missão de orientar caminhos apoiados pelos Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável (PTDRS) e Planos Territoriais de Cadeias Produtivas (PTCP), realizados anteriormente como pré-condição.

Estes registros são importantes para compreender os resultados dos estudos dos empreendimentos, seus limites e desafios no contexto de uma política nacional cujo objetivo é promover a dinamização do local, por vezes regional, municipal e comunitário, quando não na unidade de produção-família.

(7)

7 Aspectos Metodológicos

A demanda atendida pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial – MDA, através do CEADES de elaboração de Planos de Negócio da Agricultura Familiar do Distrito Federal assessorados pela EMATER DF determinou condições muito particulares facilitando sua execução na medida que a instituição responsável pela assistência técnica dos empreendimentos assumiu a execução dos trabalhos no apoio de logística e debate da metodologia.

O estudo foi realizado em cinco momentos metodológicos. O primeiro momento, de análise dos estudos realizados e dados secundários de apoio; o segundo momento da coleta de dados primários; o terceiro momento de análise dos dados primários e montagem do Plano de Negócio; o quarto momento de validação do Plano, através da oficina territorial; o quinto momento de elaboração final orientada pela oficina territorial de validação.

O primeiro momento realizado no período de outubro de 2012 resgatou os dados base e elementos orientadores dos estudos anteriores, legitimando a presença da Agricultura Familiar e a importância da cadeia produtiva dos alimentos processados e artesanato para o Distrito Federal, buscando as orientações sobre os empreendimentos. Esta etapa foi realizada durante o processo de articulação do trabalho de campo.

O segundo momento em novembro de 2012 realizou o estudo do empreendimento, através de trabalho de campo, a partir da orientação da EMATER e de dirigentes do empreendimento. Neste momento metodológico foi realizado o diagnóstico de funcionamento econômico e administrativo do empreendimento, buscando os dados de

(8)

8 Durante o segundo momento o estudo de campo dos sistemas de produção junto às famílias agricultoras associadas, foi realizado sistematizando os dados de funcionamento da economia da produção da produção orgânica da Agricultura Familiar.

Esta etapa foi realizada no mesmo período da etapa anterior, com dirigentes do empreendimento e agricultores associados, nas unidades de produção.

O terceiro momento metodológico foi realizado no período após o estudo de campo para levantamento dos dados primários. A avaliação considerou o empreendimento feira orgânica saudável financeiramente, com boa capacidade de gestão e organização social. Durante esta etapa foi montado o Plano de Negócio do empreendimento

(9)

9 O momento de elaboração de um plano

de negócio é sensível em temos de busca de informação na sua maioria construídas da memória oral das famílias e gestores. É necessário nestas condições supera desafios metodológicos que exige a mescla de momentos de construção de indicadores

e busca de informações com momentos de validação de objetivos e resultados.

O quinto momento metodológico foi a elaboração final do PNE da cadeia produtiva da em fevereiro de 2013. Em sua versão final o destaque da oficina de validação relacionado aos aspectos metodológicos para a elaboração de novos planos e sobre a continuidade pós plano e sua implementação.

A realização do PNE no âmbito da política nacional de desenvolvimento territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial ainda se encontra em fase de consolidação como uma das etapas geradoras de ferramenta a dinamizar a política de dinamização econômica do território e de gestão do espaço público.

(10)
(11)

11 Resumo Executivo

O Plano de Negócios objeto de estudo deste trabalho apresenta a Associação de Produtores Rurais e Artesanais de Planaltina DF. O perfil do trabalho a ser realizado em parceria com o apoio da EMATER condiciona de forma positiva algumas adequações metodológicas as quais passam a ser consideradas neste documento.

- A primeira parte apresenta as características da agricultura do Distrito Federal. - A segunda parte apresenta os dados secundários oficiais sobre as cadeias produtivas; - A terceira parte apresenta dados primários obtidos a campo sobre o empreendimento objeto de estudo dos planos de negócio.

- A quinta parte apresenta o Plano de Negócio.

O ambiente territorial de desenvolvimento onde se dinamizam os empreendimentos, os quais serão estudados para a elaboração do Plano de Negócios é o Distrito Federal do Estado Brasileiro cujas características revelam particularidades a serem consideradas. O primeiro destaque está relacionado a paisagem territorial do Cerrado cuja ocupação agrícola pode ser descrita como inicial em transição para a segunda fase de consolidação relacionada aos sistemas de produção que formam o sistema agrário e de médio impacto ambiental.

A hipótese de ocupação agrícola inicial é definida considerando que a maioria das regiões agrícolas brasileiras possui sistemas agrários já estruturados que percorreram a fase inicial, passaram pela fase de consolidação, e encontram-se na terceira fase de qualificação/crise/evolução para um novo sistema agrário.

A fase da agricultura ainda com características iniciais determina impactos ambientais menos intensos mantendo parcialmente a paisagem com potencialidades de conservação diferenciando-se de outros estados brasileiros que formam o Cerrado que se constitui na atualidade na grande fronteira agrícola brasileira de intensos impactos ambientais. Certamente outros elementos determinam esta condição ambiental entre estes elementos o fato de ser o Distrito Federal e talvez de sua condição de posse da terra e de regularização fundiária.

(12)

12 A ocupação da paisagem atual do Distrito Federal com significativa proporção de ocupações naturais nos estabelecimentos agrícolas (florestas naturais do cerrado) e a presença de unidades de conservação qualifica as considerações anteriores sobre a fase da ocupação agrícola e a condição de conservação do ambiente natural.

Quadro 1. Ocupação do território do DF.

Ocupações Indicadores Unidades

Taxa de evolução (%)

População 2.570.188 habitantes 3

Área total regional (AT) 582.210 ha 0

Ocupação do espaço

Florestas naturais 10 %/AT -1

Florestas artificiais 1 %/AT 8

Pastagens naturais 6 %/AT -2,5

Pastagens plantadas 8 %/AT 4

Agricultura 7 %/AT 2

Soja 10 %/AT 5

Cana 0,16 %/AT 9

Unidades de Conservação 9 %/AT 0

Urbanização 8 %/AT 10

Total 59,16 %/AT

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário e Planejamento Agrícola Municipal.

O quadro acima apresenta a ocupação do território do Distrito Federal - DF conforme dados do IBGE (Censo Agropecuário 2006, Planejamento Agrícola Municipal PAM 2010). Alguns destaques revelam as particularidades do DF:

- A proporção de Florestais Naturais (10%/AT) associada as Pastagens Naturais (6%) e as Unidades de Conservação (9%) expressam a proporção elevada de áreas com conservação em relação ao Cerrado Brasileiro.

- A proporção de unidades de conservação determina outra característica.

- A proporção de pastagens plantadas talvez com baixa lotação animal da pecuária de corte indica áreas de uso em transição e com médios impactos ambientais.

- A proporção da área de urbanização elevada é outro elemento diferenciador associado à elevada população proporcional à área do território.

(13)

13 agroindustrias. A região Centro Oeste possui 3,43% e o Distrito Federal 5,82% com maior representação entre os estados da região Centro Oeste.

Quadro 4. Agroindustria Rural Estabelecimentos Total Familiar Não Familiar Familiar (%) Não Familiar (%) Informantes (un/%) Brasil 5175636 391.739 1.564 7,57 0,03 863924 16,69 Norte 475778 67.375 158 14,16 0,03 98168 20,63 Nordeste 2454060 127.231 1.210 5,18 0,05 358244 14,60 Sudeste 922097 47.611 121 5,16 0,01 80162 8,69 Sul 1006203 138.625 57 13,78 0,01 309238 30,73 Centro-Oeste 317498 10.897 18 3,43 0,01 18112 5,70

Mato Grosso do Sul 64864 1.648 2 2,54 0,00 3526 5,44

Mato Grosso 112987 2.703 8 2,39 0,01 4271 3,78

Goiás 135692 6.316 8 4,65 0,01 9895 7,29

Distrito Federal 3955 230 - 5,82 420 10,62

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

O Quadro 5 a seguir apresenta outra informação relacionada ao numero de agroindústrias na forma de informantes do censo (2006). A quantidade de informantes é bem superior ao Quadro 4 e no caso do Distrito Federal registra a presença de 420 estabelecimentos. O Quadro 3 registrou 230 estabelecimentos.

A diferença pode ser explicada pela dificuldade da natureza da informação a qual inclui via de regra na sua maior proporção estabelecimentos não formalmente legalizados e/ou em vias de legalização o que torna ainda mais difícil o diagnóstico do número real de estabelecimentos.

De outra forma a simples existência de algum processo de transformação de produtos em qualquer etapa da agroindustrialização e realizado mesmo sem estruturas identificadamente para este fim pode modificar o diagnóstico sobe a quantidade de estabelecimentos agroindustriais da agricultura e da agricultura familiar.

(14)

14 Quadro 5. Agroindustria Rural Informantes.

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 863.924 18.112 3.526 4.271 9.895 420 Aguardente de cana 1,29 0,67 0,09 0,37 0,98 1,19 Algodão em pluma 0,01 0,12 0,06 0,30 0,05 0,48 Caroço de algodão 0,00 0,01 0,02 Arroz em grão 4,80 4,16 0,57 9,60 3,25 0,48

Café torrado em grão 0,28 0,54 0,28 1,29 0,26 1,43 Café torrado e moído 0,94 1,02 0,88 1,78 0,64 3,33

Cajuína 0,05 0,01 0,03 0,02

Creme de leite 0,20 0,14 0,31 0,12 0,07 0,48

Doces e geléias 1,70 1,96 3,89 2,41 0,92 5,71 Farinha de mandioca 30,66 12,37 3,15 19,29 12,69 11,90

Fubá de milho 0,86 0,11 0,23 0,07 0,06 0,71

Fumo em rolo ou corda 0,98 0,04 0,14 0,02

Legumes e verduras (processadas) 0,19 0,09 0,17 0,05 0,02 1,43

Licores 0,09 0,08 0,06 0,12 0,02 1,19

Manteiga 0,67 0,67 0,85 0,37 0,68 1,90

Melado 2,02 0,75 0,85 1,80 0,28 0,24

Óleos vegetais 1,29 0,09 0,03 0,05 0,11 0,48

Pães, bolos e biscoitos 4,03 1,05 2,69 0,94 0,51 1,19 Polpa de frutas 0,20 0,44 0,91 0,44 0,15 3,10 Queijo e requeijão 9,36 32,69 28,13 27,60 35,51 55,95 Rapadura 1,70 3,99 2,61 3,70 4,60 4,29 Sucos de frutas 1,02 0,54 1,45 0,26 0,34 0,24 Vinho de uva 0,97 0,03 0,05 0,71 Carne de bovinos(verde) 8,30 11,46 24,28 9,95 8,00 0,48 Carne de suínos(verde) 9,09 12,45 12,00 9,30 14,46 0,95 Carne de outros animais(verde) 6,86 9,74 11,57 5,57 11,27 0,95

Carne tratada(de sol, salgada) 0,18 0,26 0,26 0,70 0,08

Embutidos(linguiças, salsichas, etc.) 2,05 0,63 0,79 1,52 0,20 0,48 Couros e peles 0,36 0,03 0,03 0,07 0,02

Carvão vegetal 5,12 1,34 3,26 1,12 0,80 0,24

Produtos de madeira 0,08 0,22 0,80 0,05

Goma ou tapioca 4,66 2,32 0,60 0,16 3,94 0,48 Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

(15)

15 A associação possui 8 agroindustrias familiares associadas (3 de panificação, 3 de geleias e doces, 1 de palmito, 1 de cogumelo, 4 famílias artesãs, 1 cooperativa produtora de flores, além de famílias produtoras de embutidos de suíno e derivados de leite. São cerca de 35 famílias associadas sendo uma cooperativa com cerca de 40 sócios.

Fundada no ano de 2000 a associação possui um ponto de exposição e vendas no município sede de Planaltina representa seus associados em feiras expondo seus produtos, comercializando, e articulando mercados. A associação atua na organização através de reuniões periódicas, exerce a função de recepção e preparação de produtos para o ponto de vendas e exposições. Atua na comercialização e articulação de mercado. E gerencia a compra de insumos principalmente de embalagens para as famílias.

A associação comercializa pequena parte da produção das agroindústrias, associações, cooperativas e famílias associadas. A associação cobra 10% de suas vendas para repor custos além da contribuição por famílias associada de 0,5 salários mínimos anuais.

O projeto futuro da associação é a estruturação/consolidação a partir da organização das associadas frente a fragilidades de manutenção da estrutura que funciona como uma central de organizações econômicas.

O Quadro 18 apresenta o mix de produtos comercializados no período 2012 a partir de uma referência de funcionamento que considerou o período abril a dezembro mais intenso relacionado principalmente ao ponto de venda Torre Digital. O mix possui diversos grupos de produtos e serviços identificando a associação como uma espécie de central de comercialização dos produtos de pequenas unidades familiares o que determina para o empreendimento em estudo uma condição muito particular.

No período de análise foram comercializados cerca de R$ 170.938,67 de cerca de 12.825 unidades comerciais considerando as variações de produtos desde unidades de artesanato, sorvete, a diversos tamanhos de embalagens de alimentos processados.

(16)

16 comercializaram seus produtos. A média projetada para cada família foi de 374,82 unidades comercializadas incluindo os diversos produtos componentes do mix.

Quadro 18. Mix de produtos.

Produto unidade tamanho

Preço unitário (R$) Valor total (R$/ano) Sorvete 64.512,00 Café 22.000,00 Salame gramas 445 10 12.000,00 Almoço 8.560,00 Biscoitos gramas 200 5 10.666,67 Mel gramas 275 8 10.666,67 Cucas gramas 350 7 9.333,33 Pimentas gramas 60 7 8.000,00 Geléias gramas 200 10 4.666,67 Doce de leite gramas 800 12 4.666,67 Licor gramas 375 15 4.000,00 Palmito gramas 500 9 3.333,33 Bordados gramas 2.800,00 Desidratados gramas 70 3 2.666,67 Queijo frescal gramas 250 14 1.866,67 Compotas gramas 800 10 1.200,00 170.938,67

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

O preço médio de cada unidade pago pelo mercado no ano de 2012 aos produtos da associação foi de R$ 13,82. O custo médio de cada unidade foi de R$ 5,32 ou 39,89% sobre o preço recebido. O custo de transporte representa 53,34% do custo total. O custo do transporte projetado a partir do fluxo de transporte foi de cerca de R$ 3,79 por km uma referência bastante superior ao custo de oportunidade de terceirização deste serviço ou de gestão de transporte próprio.

(17)

17 riscos e pela sua natureza (agricultura família) podem ampliar as condições de risco pelo desconhecimento.

Quadro 21. Resultados Econômicos. Indicadores unidades

Situação atual

Situação projetada Famílias associadas famílias 33,00 34,00 Produção por família unidades 374,82 374,82

Preço por unidade R$/unidade 13,82 14,82 Valor bruto total (vbt) R$/ano 170.938,67 170.938,67

Custo unitário R$/unidade 5,32 3,48 Custo total R$/ano 68.186,80 44.293,00

Custo total %/vbt 39,89 25,91

Sobra R$/ano 102.751,87 126.645,67 Sobra familiar R$/ano 3.113,69 3.724,87 Sobra familiar R$/mês 259,47 310,41

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

Um segundo objetivo orientou a projeção do resultado a partir da redução de custos pela gestão do transporte. Para realizar este objetivo projetou-se o custo de R$ 1,30 o km como um parâmetro de custo de oportunidade de terceirização e/ou aquisição de logística e gestão própria deste serviço.

O resultado econômico final pode se considerado bom considerando a história e domínio de competências da associação, a margem de custo de 39,89% não é elevada para o perfil do empreendimento. A análise interna dos custos permite identificar que os custos de transporte podem ser reduzidos.

A renda líquida média projetada para cada uma das 33 famílias associadas é importante e deve ser analisada considerando o projeto da associação como gerador de uma renda alternativa e não oportunizada para as famílias. A associação em seu processo criou esta renda gestando um projeto alternativo.

(18)
(19)

19 1. A Agricultura do Distrito Federal: Elementos

O ambiente territorial de desenvolvimento onde se dinamizam os empreendimentos, os quais serão estudados para a elaboração do Plano de Negócios é o Distrito Federal do Estado Brasileiro cujas características revelam particularidades a serem consideradas. O primeiro destaque está relacionado a paisagem territorial do Cerrado cuja ocupação agrícola pode ser descrita como inicial em transição para a segunda fase de consolidação relacionada aos sistemas de produção que formam o sistema agrário e de médio impacto ambiental.

A hipótese de ocupação agrícola inicial é definida considerando que a maioria das regiões agrícolas brasileiras possui sistemas agrários já estruturados que percorreram a fase inicial, passaram pela fase de consolidação, e encontram-se na terceira fase de qualificação/crise/evolução para um novo sistema agrário.

A fase da agricultura ainda com características iniciais determina impactos ambientais menos intensos mantendo parcialmente a paisagem com potencialidades de conservação diferenciando-se de outros estados brasileiros que formam o Cerrado que se constitui na atualidade na grande fronteira agrícola brasileira de intensos impactos ambientais. Certamente outros elementos determinam esta condição ambiental entre estes elementos o fato de ser o Distrito Federal e talvez de sua condição de posse da terra e de regularização fundiária.

A ocupação da paisagem atual do Distrito Federal com significativa proporção de ocupações naturais nos estabelecimentos agrícolas (florestas naturais do cerrado) e a presença de unidades de conservação qualifica as considerações anteriores sobre a fase da ocupação agrícola e a condição de conservação do ambiente natural.

(20)

20 - A proporção de Florestais Naturais (10%/AT) associada as Pastagens Naturais (6%) e as Unidades de Conservação (9%) expressam a proporção elevada de áreas com conservação em relação ao Cerrado Brasileiro.

Quadro 1. Ocupação do território do DF.

Ocupações Indicadores Unidades

Taxa de evolução (%)

População 2.570.188 habitantes 3

Área total regional (AT) 582.210 ha 0

Ocupação do espaço

Florestas naturais 10 %/AT -1

Florestas artificiais 1 %/AT 8

Pastagens naturais 6 %/AT -2,5

Pastagens plantadas 8 %/AT 4

Agricultura 7 %/AT 2

Soja 10 %/AT 5

Cana 0,16 %/AT 9

Unidades de Conservação 9 %/AT 0

Urbanização 8 %/AT 10

Total 59,16 %/AT

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário e Planejamento Agrícola Municipal.

- A proporção de unidades de conservação determina outra característica.

- A proporção de pastagens plantadas talvez com baixa lotação animal da pecuária de corte indica áreas de uso em transição e com médios impactos ambientais.

- A proporção da área de urbanização elevada é outro elemento diferenciador associado à elevada população proporcional à área do território.

Uma terceira característica do território relaciona três elementos:

- A sua posição geográfica no centro do Cerrado;

- A característica do Cerrado de região de mãe das águas para as regiões federativas brasileiras;

- A característica hidrogeográfica ligada a região denominada de Águas Emendadas;

(21)

21 E por fim neste breve contexto sobre as características da paisagem do desenvolvimento do território a população de Brasília a capital federal que se torna potencial demandadora de produtos e serviços considerando os apelos de mercado tão importantes para os empreendimentos da agricultura familiar (foco deste estudo) e sociedade. A população da capital federal e de todas as cidades do DF é relevante pela sua quantidade proporcional mas também pelas suas características culturais e sociais.

Dois outros componentes específicos da agricultura regional são importantes e devem ser considerados ao qualificarmos a paisagem do desenvolvimento. Estes componentes estão relacionados a presença da agricultura familiar público objetivo deste estudo. O quadro a seguir apresenta o número de estabelecimentos por região oficial brasileira e do Distrito federal diferenciando os estabelecimentos familiares e não familiares como primeiro componente conforme o último Censo Agropecuário realizado em 2006.

Quadro 2. Agricultura Familiar (estabelecimentos) por Região Federativa Brasil e DF. Regiões

Total Não Familiar Familiar

Proporção familiar % Brasil 5.175.489 807.587 4.367.902 84 Norte 475.775 62.674 413.101 87 Nordeste 2.454.006 266.711 2.187.295 89 Sudeste 922.049 222.071 699.978 76 Sul 1.006.181 156.184 849.997 84 Centro-Oeste 317.478 99.947 217.531 69 Distrito Federal 3.955 2.131 1.824 46

Fonte: IBGE Censo Agropecuário 2006.

O objetivo é comparar e identificar possíveis diferenças. A proporção de estabelecimentos da agricultura familiar do Distrito Federal é significativamente menor 46%. Em relação a região Centro-Oeste a diferença é menor porem ainda muito expressiva. Esta característica tem implicações sob vários aspectos e passa a ser determinante na montagem de projetos de desenvolvimento.

(22)

22 A comparação entre as regiões brasileiras e o Distrito Federal novamente surpreende. A proporção de terra sob posse da agricultura familiar é bem menor do que todas as regiões brasileiras e inclusive em relação a região do Centro-Oeste do Bioma Cerrado onde se localiza o Distrito Federal.

Quadro 3. Agricultura Familiar (área) por Região Federativa Brasil e DF. Regiões

Total Não Familiar Familiar

Proporção familiar % Brasil 329.941.393 249.690.940 80.250.453 24,32 Norte 54.787.297 38.139.968 16.647.328 30,39 Nordeste 75.594.442 47.261.842 28.332.599 37,48 Sudeste 54.236.169 41.447.150 12.789.019 23,58 Sul 41.526.157 28.459.566 13.066.591 31,47 Centro-Oeste 103.797.329 94.382.413 9.414.915 9,07 Distrito Federal 251.320 240.453 10.867 4,32

Fonte: IBGE Censo Agropecuário 2006.

Associando os dois quadros acima é possível extrair a área média de terra por estabelecimento da agricultura familiar em cada região: Brasil 18,37 há por estabelecimento; Norte 40,3 há; Nordeste 12,95 há; Sudeste 18,25 há; Sul 15,37 há; Centro Oeste 43,28 há; Distrito Federal 5,96 há. A informação sobre a área média da agricultura familiar é ainda mais determinante sua característica de pouca terra restringe possibilidades de instalar muitos sistemas de produção e/ou condicionam ao uso de tecnologias muito específicas.

Os dados de ocupação da paisagem pela agricultura familiar sugere a trajetória histórica de ocupação diferente em relação às demais regiões. Outros tipos de unidades de produção não familiares podem ter sido os responsáveis pela ocupação inicial. Os dados sugerem também a provável ocupação recente da agricultura familiar na região.

(23)

23 EMATER – O diferencial de sua presença

Duas perspectivas se mostram absolutamente relevantes na perspectiva do desenvolvimento da agricultura do território e devem ser consideradas no estudo proposto para os empreendimentos em estudo.

A primeira perspectiva está relacionada a sua presença e sua capacidade instalada em cenários ainda debilitados do Sistema de ATER no Brasil. A estrutura operacional da EMATER existente no DF difere significativamente dos estados que ainda disponibilizam este serviço no Brasil. O papel da instituição é determinante e suas ações determinam e determinarão o formato da agricultura.

A segunda perspectiva relevante materializa-se na INCUBADORA em processo de institucionalização cujo objetivo pode ser descrito como a conjugação de capacidades direcionadas para fortalecer projetos de empreendimentos associativos e cooperativos de diferentes formatos para seu público beneficiário.

O projeto que nos parece inovador vinculado a instituição EMATER e portanto a extensão rural pode se tornar fator determinante e decisivo no fortalecimento e resolução de dificuldades para as organizações econômicas da agricultura familiar que têm emergido principalmente nas duas últimas décadas.

Os estudos objeto deste trabalho ao assumir o compromisso de contribuir com o Projeto INCUBADORA DA EMATER DF destaca inicialmente alguns eixos que podem contribuir para a definição do papel e ação futura deste processo inovador.

(24)

24 - Ao olhar de forma sistêmica o ato da ATER torna-se um centro de inteligência realizando a multidisciplariedade não apenas na dimensão teórica mas com foco na prática por situações empíricas reais.

- Ao aglutina diferentes profissionais e áreas do conhecimento pode reunir competências de forma ampliada para pensar e viabilizar a capacitação das equipes técnicas incubando assim as próprias equipes técnicas de forma vinculadas as necessidades dos empreendimentos.

- Sendo a ATER uma ação também de pesquisa ela constrói conhecimento. A Incubadora poderia cumprir a função de registro, memória deste conhecimento através da incubação de problemas técnicos, administrativos, gerenciais, outros.

- Ao se tornar depositária de temas pesquisa incubados pode cumprir o papel de instrumento orientador da pesquisa oficial estabelecendo a ponte necessária da extensão com a pesquisa.

- Um elemento final destas primeiras impressões sobre função e papel da incubadora está relacionada as políticas públicas. A incubadora acumulará certamente capacidades para contribuir na elaboração e/ou adequação de políticas de forma singular. Esta é uma perspectiva concreta.

O estudo que iniciamos de três empreendimentos deverá problematizar temas para a incubadora além de sugerir procedimentos metodológicos para a incubação de serviços capaz de fornecer resultados objetivos aos agricultores.

(25)

25 Figura 1. Composição do PIB Agricultura.

Fonte: IBGE, Planejamento Agrícola Municipal 2010.

No quadro a seguir outros produtos cuja representação situa-se abaixo de 2,33 %. A batata Inglesa representou no ano de 2010 conforme os dados do IBGE 2,33% do produto interno bruto do Distrito Federal.

Figura 2. Composição do PIB Agricultura.

Fonte: IBGE, Planejamento Agrícola Municipal 2010.

(26)

26 Figura 3. Composição do PIB Agricultura.

Fonte: IBGE, Planejamento Agrícola Municipal 2010.

Os dados sobe a representação dos diferentes produtos na composição da agricultura do Distrito Federal são oficiais do IBGE e devem ser considerados como base inicial de análise para diferentes objetivos que necessitem de parâmetros sobre o desenvolvimento da agricultura. A reação local sobre a análise dos dados oficiais via de regra aponta diferentes percepções as quais possuem diversas bases de percepção ora empíricas da vivência e experiência local e associadas a diferentes estudos locais e regionais. Neste contexto devemos sempre considerar estas diferentes percepções qualificando-as para que possam contribuir em futuros trabalhos e orientações ao desenvolvimento.

Assim duas questões devem ser consideradas:

- A proporção da soja na ocupação do território e na formação do PIB julgou-se elevada.

- Entre os produtos da olericultura o lugar do milho verde relacionado a outros itens foi destaque pela proporção causando dúvidas sob os olhares da experiência local. Destaque

(27)

27 2. Agroindustria do DF – Produtos Transformados Diversificados

A agricultura nos aspectos relacionados a agroindústria, principalmente familiar, ainda permanece sob grande carência de informações sobre o funcionamento das unidades produtivas incluindo informações básicas sobre a quantidade de empreendimentos e produtos relacionados.

O Quadro 4 a seguira apresenta o número de estabelecimentos diagnosticados pelo IBGE no último Censo Agropecuário. No Brasil segundo o censo existem 7,5% dos estabelecimentos agropecuários da agricultura familiar informando a presença de agroindustrias. A região Centro Oeste possui 3,43% e o Distrito Federal 5,82% com maior representação entre os estados da região Centro Oeste.

Quadro 4. Agroindustria Rural Estabelecimentos Total Familiar Não Familiar Familiar (%) Não Familiar (%) Informantes (un/%) Brasil 5175636 391.739 1.564 7,57 0,03 863924 16,69 Norte 475778 67.375 158 14,16 0,03 98168 20,63 Nordeste 2454060 127.231 1.210 5,18 0,05 358244 14,60 Sudeste 922097 47.611 121 5,16 0,01 80162 8,69 Sul 1006203 138.625 57 13,78 0,01 309238 30,73 Centro-Oeste 317498 10.897 18 3,43 0,01 18112 5,70

Mato Grosso do Sul 64864 1.648 2 2,54 0,00 3526 5,44

Mato Grosso 112987 2.703 8 2,39 0,01 4271 3,78

Goiás 135692 6.316 8 4,65 0,01 9895 7,29

Distrito Federal 3955 230 - 5,82 420 10,62

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

O Quadro 5 a seguir apresenta outra informação relacionada ao numero de agroindústrias na forma de informantes do censo (2006). A quantidade de informantes é bem superior ao Quadro 4 e no caso do Distrito Federal registra a presença de 420 estabelecimentos. O Quadro 3 registrou 230 estabelecimentos.

(28)

28 De outra forma a simples existência de algum processo de transformação de produtos em qualquer etapa da agroindustrialização e realizado mesmo sem estruturas identificadamente para este fim pode modificar o diagnóstico sobe a quantidade de estabelecimentos agroindustriais da agricultura e da agricultura familiar.

Quadro 5. Agroindustria Rural Informantes.

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 863.924 18.112 3.526 4.271 9.895 420 Aguardente de cana 1,29 0,67 0,09 0,37 0,98 1,19 Algodão em pluma 0,01 0,12 0,06 0,30 0,05 0,48 Caroço de algodão 0,00 0,01 0,02 Arroz em grão 4,80 4,16 0,57 9,60 3,25 0,48

Café torrado em grão 0,28 0,54 0,28 1,29 0,26 1,43 Café torrado e moído 0,94 1,02 0,88 1,78 0,64 3,33

Cajuína 0,05 0,01 0,03 0,02

Creme de leite 0,20 0,14 0,31 0,12 0,07 0,48

Doces e geléias 1,70 1,96 3,89 2,41 0,92 5,71 Farinha de mandioca 30,66 12,37 3,15 19,29 12,69 11,90

Fubá de milho 0,86 0,11 0,23 0,07 0,06 0,71

Fumo em rolo ou corda 0,98 0,04 0,14 0,02

Legumes e verduras (processadas) 0,19 0,09 0,17 0,05 0,02 1,43

Licores 0,09 0,08 0,06 0,12 0,02 1,19

Manteiga 0,67 0,67 0,85 0,37 0,68 1,90

Melado 2,02 0,75 0,85 1,80 0,28 0,24

Óleos vegetais 1,29 0,09 0,03 0,05 0,11 0,48

Pães, bolos e biscoitos 4,03 1,05 2,69 0,94 0,51 1,19 Polpa de frutas 0,20 0,44 0,91 0,44 0,15 3,10 Queijo e requeijão 9,36 32,69 28,13 27,60 35,51 55,95 Rapadura 1,70 3,99 2,61 3,70 4,60 4,29 Sucos de frutas 1,02 0,54 1,45 0,26 0,34 0,24 Vinho de uva 0,97 0,03 0,05 0,71 Carne de bovinos(verde) 8,30 11,46 24,28 9,95 8,00 0,48 Carne de suínos(verde) 9,09 12,45 12,00 9,30 14,46 0,95 Carne de outros animais(verde) 6,86 9,74 11,57 5,57 11,27 0,95

Carne tratada(de sol, salgada) 0,18 0,26 0,26 0,70 0,08

Embutidos(linguiças, salsichas, etc.) 2,05 0,63 0,79 1,52 0,20 0,48 Couros e peles 0,36 0,03 0,03 0,07 0,02

Carvão vegetal 5,12 1,34 3,26 1,12 0,80 0,24

Produtos de madeira 0,08 0,22 0,80 0,05

(29)

29 Nos dois quadros a representação de estabelecimentos agroindustriais mantém as proporções para o Distrito Federal em relação a região Centro Oeste. O Quadro 5 a seguir não diferencia estabelecimentos agroindustriais da agricultura familiar.

O Quadro 5 apresenta além do número de estabelecimentos um diagnóstico do mix de produtos destacando para o Brasil, regiões federativas e Distrito Federal os principais produtos através da representação percentual de estabelecimentos agroindustriais por produto.

O produto de maior representação da agroindústria do Distrito Federal é o Queijo e Requeijão (Quadro 5 e Figura 4). Em segundo lugar a Farinha de Mandioca e em terceiro lugar Doces e Geleias.

Figura 4. Perfil de representação proporcional por produto do Distrito Federal.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

(30)

30 Figura 5. Perfil de representação proporcional por produto do Distrito Federal.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

O Quadro 6 a seguir apresenta a quantidade vendida de produtos no Brasil, regiões federativas e Distrito Federal.

Quadro 6. Agroindustria Rural Quantidade Vendida (toneladas)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Legumes e verduras (processadas)

(Toneladas) 2.535 815 - X X 763

Queijo e requeijão (Toneladas) 99.329 7.355 1.075 1.231 4.759 290

Polpa de frutas (Toneladas) 4.783 118 1 18 7 93

Doces e geleias (Toneladas) 5.740 214 99 67 39 9

Rapadura (Toneladas) 29.930 1.463 124 440 890 8

Farinha de mandioca (Toneladas) 948.190 4.630 221 3.536 866 7 Aguardente de cana (Mil litros) 105.376 1.032 46 321 660 6

Licores (Mil litros) 221 17 X 10 X 3

Carne de suínos(verde) (Toneladas) 6.450 189 37 103 46 3 Carne de outros animais(verde)

(Toneladas) 2.082 79 1 8 67 3

Café torrado e moído (Toneladas) 3.013 98 41 32 23 2

Fubá de milho (Toneladas) 6.582 4 - 3 - 1

Manteiga (Toneladas) 894 28 4 9 15 1

Pães, bolos e biscoitos (Toneladas) 5.407 103 65 23 14 1

Vinho de uva (Mil litros) 14.087 2 - X - 1

(31)

31 O censo apresentou quantidades vendidas somente para 14 produtos diferenciando dos 26 produtos identificados pela presença em estabelecimentos rurais. A diferença conforme dados do censo registra pequenas produções destes produtos não diagnosticados no Quadro 6.

No quadro das quantidades vendidas o produto de maior destaque no Distrito Federal são os legumes e verduras, em segundo lugar queijo e requeijão, e em terceiro lugar as polpas de frutas.

As figuras 6 e 7 a seguir apresentam em destaque os produtos da agroindústria do Distrito Federal em ordem proporcional de importância a partir do Quadro 6 destacando os produtos de maior proporção na Figura 5 e de menor proporção na Figura 6.

Figura 6. Quantidades vendidas de produtos da agroindústria no DF, proporção %.

(32)

32 Figura 7. Quantidades vendidas de produtos da agroindústria no DF, proporção %.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Os valores vendidos pela agroindústria do Brasil, regiões federativas e Distrito Federal no ano de 2006 conforme o Censo Agropecuário realizado pelo IBGE estão descritos no

Quadro 7. Agroindustria Rural Valores vendidos (R$ 1000).

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Queijo e requeijão 486.886 38.507 4.960 8.016 23.632 1.898 Legumes e verduras (processadas) 4.506 1.558 - X X 1.478 Polpa de frutas 14.088 302 7 90 21 183 Fubá de milho 8.708 190 1 2 22 164 Doces e geléias 18.857 983 458 265 160 100 Aguardente de cana 135.671 2.820 216 835 1.686 83 Vinho de uva 37.183 69 - X - 61 Licores 947 235 X 99 X 29 Rapadura 40.008 3.101 378 956 1.741 27 Carne de outros animais(verde) 30.507 1.689 262 130 1.271 26 Farinha de mandioca 1.055.038 7.980 249 5.608 2.102 21

Café torrado e moído 18.498 756 334 306 98 17

Manteiga 5.879 214 18 117 62 17

Pães, bolos e biscoitos 26.916 216 89 54 64 9

Carne de suínos(verde) 71.520 2.577 514 492 1.562 9

Café torrado em grão 40.913 497 18 461 16 3

(33)

33 Os valores vendidos no Distrito Federal demonstram que o produto queijo e requeijão possui o maior valor vendido, em segundo lugar legumes e verduras e em terceiro lugar polpas de frutas.

A ordem de importância das quantidades vendidas destaca o produto legumes e verduras em primeiro lugar já em termos de valores vendidos o produto queijo e requeijão é o primeiro produto. Esta diferença sugere o melhor preço por unidade do produto queijo e requeijão.

O produto de maior importância dos valores vendidos conforme a Figura 7 é o queijo e requeijão representando 48% dos valores totais vendidos no Distrito Federal. Em segundo lugar o produto legumes e verduras representando 37% dos valores vendidos.

Os resultados do censo indicam a dependência de dois produtos, ou dois grupos de produtos entre 16 produtos diagnosticados com valores vendidos significativos. Os dois principais produtos são responsáveis por 85% dos valores vendidos.

O terceiro produto em ordem de importância dos valore vendidos é o produto polpa de frutas representando somente 5% um valor bastante diferente em termos proporcionais em relação ao segundo produto que representa 37% dos valores.

Figura 8. Valores vendidos de produtos da agroindústria no DF, proporção %.

(34)

34 Figura 9. Valores vendidos de produtos da agroindústria no DF, proporção %.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Os dados do diagnóstico do censo agropecuário são os dados oficiais que nos permitem analisar e comparar regiões bem como direcionar projetos e políticas. Devemos considerar no entanto que o contexto dos diagnósticos e acompanhamentos da agroindusttia, principalmente familiar, necessita ainda de maior estrutura.

Os quadros a seguir apresentam diagnósticos também do Censo Agropecuário do IBGE de 2006 relacionados ao destino da produção. Quatro produtos são apresentados pela sua importância relativa no Distrito Federal.

Quadro 8. Doces e Geleias destino dos Valores da Produção (R$ 1000)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 18.857 983 458 265 160 100

Vendida ou entregue a cooperativas 72 - - - -

-Vendida diretamente para indústrias 305 - - - -

-Entregue à empresa integradora 118 - - - -

-Vendida diretamente a intermediários 6.634 445 289 90 65 -Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) 118 - - - -

-Vendida diretamente ao consumidor 10.291 450 147 168 81 54

Exportada - - -

-Não vendeu 1.319 88 22 7 13 46

(35)

35 Os Quadros 8 e 9 apresentam o diagnóstico do destino da produção para o produto Doces e Geleias no Brasil, Centro Oeste e respectivos estados. No Brasil os produtos possuem diferentes destinos da comercialização por intermédio de cooperativas, mecado privado e programas governamentais.

Nas regiões a realidade é diferente, no caso do Centro Oeste partes proporcionais são vendidas a intermediários e diretamente ao consumidor. E no caso do Distrito Federal os destinos da produção comercializada conforme o censo agropecuário é de 54% diretamente ao consumidor e parte significativa não é comercializada cerca de 46%.

Quadro 9. Doces e Geleias destino dos Valores da Produção (%)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Vendida ou entregue a cooperativas 0,38

Vendida diretamente para indústrias 1,62 Entregue à empresa integradora 0,63

Vendida diretamente a intermediários 35,18 45,27 63,10 33,96 40,63 Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) 0,63

Vendida diretamente ao consumidor 54,57 45,78 32,10 63,40 50,63 54,00 Exportada

Não vendeu 6,99 8,95 4,80 2,64 8,13 46,00

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

A figura 10 apresenta o destino da produção em valores produzidos. A quantidade de produtos produzidos e não vendidos é expressiva, cerca de 46% bastante acima dos demais estados da região Centro Oeste e da média Brasil e Centro Oeste.

(36)

36 Figura 10. Destino dos valores produzidos no DF.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

A análise portanto é relevante quando comparada entre regiões e estados. As proporções comparativas podem identificar para determinadas regiões e no caso para o Distrito Federal uma condição muito particular.

Sobre o produto Farinha de Mandioca o Distrito Federal apresenta parte dos valores de produção comercializados através de intermediários. Este indicador qualifica a especificidade do produto e permite considerar a existência de maior complexidade da cadeia produtiva.

Quadro 10. Farinha de Mandioca Valores da Produção (R$ 1000)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 1.055.038 7.980 249 5.608 2.102 21

Vendida ou entregue a cooperativas 1.099 15

Vendida diretamente para indústrias 2.522 52 52 Entregue à empresa integradora 2.693 129 32

Vendida diretamente a intermediários 767.080 5.432 100 4.767 561 4 Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) 12.019 37 9 14

Vendida diretamente ao consumidor 159.767 1.411 107 600 695 9

Exportada 281

Não vendeu 109.577 905 11 143 744 8

(37)

37 A proporção de produtos produzidos e não comercializados (não vendidos) ainda é significativa e próxima da quantidade vendida. Comparando com os demais estados e a região Centro Oeste a matriz de destino da produção deste poduto agroindustrial ainda é diferente.

Quadro 11. Farinha de Mandioca Proporção dos Valores da Produção (%)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal

Vendida ou entregue a cooperativas 0,10 0,19 - - -

-Vendida diretamente para indústrias 0,24 0,65 - 0,93 -

-Entregue à empresa integradora 0,26 1,62 - 0,57 -

-Vendida diretamente a intermediários 72,71 68,07 40,16 85,00 26,69 19,05 Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) 1,14 0,46 3,61 0,25 - -Vendida diretamente ao consumidor 15,14 17,68 42,97 10,70 33,06 42,86

Exportada 0,03 - - - -

-Não vendeu 10,39 11,34 4,42 2,55 35,39 38,10

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Figura 11. Destino dos valores produzidos no DF.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

(38)

38 A matriz de cada produto modifica substancialmente os destinos da comercialização relacionados a cada condição. As diferenças de cada produto devem ser compreendidas e tomadas como fator de decisão no planejamento estratégico dos empreendimentos.

Quadro 12. Queijos e Requeijão Valor da Produção (R$ 1000)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 486.886 38.507 4.960 8.016 23.632 1.898

Vendida ou entregue a cooperativas 3.860 8 8

Vendida diretamente para indústrias 3.702 507 103 28 293 Entregue à empresa integradora 3.289 487 9 145 272

Vendida diretamente a intermediários 305.281 20.211 2.461 3.728 13.134 887 Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) 3.564 106 11 9 86

Vendida diretamente ao consumidor 147.992 14.635 1.947 3.562 8.415 711

Exportada 44

Não vendeu 19.154 2.542 429 544 1.412 156

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

Conforme Quadros 11, 12 e figura 12 51% dos valores vendidos foram ao intermediário, 40% diretamente ao consumidor, e somente 8% não foram vendidos. Figura 12. Proporção dos destinos da produção no DF.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

(39)

39 Quadro 13. Legumes e verduras processadas Valores da Produção (R$ 1000)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Total 4.506 1.558 1.478

Vendida ou entregue a cooperativas 52 Vendida diretamente para indústrias 126

Entregue à empresa integradora 168

Vendida diretamente a intermediários 2.552 1.556 1.478

Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) -Vendida diretamente ao consumidor 1.430

Exportada

-Não vendeu 167 2

-Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

A realidade local já acumula informações e dinâmicas produtivas e de comercialização que permitem questionar o diagnóstico do censo apresentado nestes dois quadros e figura sobre o produto Legumes e Verduras.

Quadro 14. Legumes e verduras processadas proporção dos Valores da Produção (%)

Brasil Centro-Oeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Vendida ou entregue a cooperativas 1,2

Vendida diretamente para indústrias 2,8 Entregue à empresa integradora 3,7

Vendida diretamente a intermediários 56,6 99,9 100

Vendida, entregue ou doada ao governo

(federal, estadual ou municipal) -Vendida diretamente ao consumidor 31,7

Exportada

-Não vendeu 3,7 0,1

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

As feiras de Brasília e o Mercado Institucional são dois exemplos consistentes e a princípio não registrados pelo censo agropecuário de 2006. É expressiva a quantidade de produtos e a diversidade já comercializada nestes locais e programas de comercialização de alimentos.

(40)

40 Figura 13. Produtos e destino dos valores produzidos no DF.

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2006.

(41)

41 3. O Plano de Negócio: AGROINDUSTRIA FAMILIAR: RURART – Asssociação dos Produtores Rurais e Artesanais de Planaltina DF

3.1 Caracterização do Empreendimento

A associação possui 8 agroindustrias familiares associadas (3 de panificação, 3 de geleias e doces, 1 de palmito, 1 de cogumelo, 4 famílias artesãs, 1 cooperativa produtora de flores, além de famílias produtoras de embutidos de suíno e derivados de leite. São cerca de 35 famílias associadas sendo uma cooperativa com cerca de 40 sócios.

Fundada no ano de 2000 a associação possui um ponto de exposição e vendas no município sede de Planaltina representa seus associados em feiras expondo seus produtos, comercializando, e articulando mercados. A associação atua na organização através de reuniões periódicas, exerce a função de recepção e preparação de produtos para o ponto de vendas e exposições. Atua na comercialização e articulação de mercado. E gerencia a compra de insumos principalmente de embalagens para as famílias.

A associação comercializa pequena parte da produção das agroindústrias, associações, cooperativas e famílias associadas. A associação cobra 10% de suas vendas para repor custos além da contribuição por famílias associada de 0,5 salários mínimos anuais.

O projeto futuro da associação é a estruturação/consolidação a partir da organização das associadas frente a fragilidades de manutenção da estrutura que funciona como uma central de organizações econômicas.

3.1 Funcionamento do Empreendimento

O funcionamento do empreendimento é apresentado a seguir pelo fluxo de trabalho da comercialização e de transporte como estruturas de logística centrais que determinam os custos de gestão e exigem o acompanhamento de planejamento.

(42)

42 O funcionamento da comercialização do empreendimento no ano de 2012 consolidou 3 pontos de venda (ponto fixo de Planaltina, torre digital e feiras e eventos), além de fortalecer cafés e almoços como ponto de venda dos produtos na forma de serviços ampliando possibilidades futuras.

No período 2012 foram cerca de 1033 dias de trabalho utilizados pela associação para comercializar seus produtos. O ponto de venda Torre Digital realizado semanalmente em local conhecido do plano piloto de Brasília DF durante os finais de semana (2,5 dias) utilizou 600 dias de trabalho e em segundo lugar o ponto fixo de Planaltina em local central e aberto diariamente utilizou 240 dias.

Quadro 15. Pontos de venda e fluxo de trabalho da associação.

Pontos de venda Semanas

Duração do evento (dias) Dias de evento/ano Pessoas envolvidas Dias de trabalho/ano Ponto Fixo em Planaltina 48 5 240 1 240 Torre Digital 48 2,5 120 5 600 Fest Flor 4 4 6 24 Agricultura Familiar 5 5 8 40 Morango 4 4 4 16 Agrobrasilia 5 5 5 25 Feiras e eventos Salão alimentos SEBRAE 4 4 3 12 Almoços 1 1 1 12 12 Cafés 8 8 8 8 64 Total 391 1033

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artezanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

(43)

43 - Fluxo de transporte:

O fluxo de transporte apresentado no Quadro 17 a seguir deve ser considerado prioridade no planejamento futuro pela sua necessidade e pelo momento em que representa o maior índice de custo de gestão do empreendimento.

No ano de 2012 foram necessários cerca de 80.640 km percorridos para garantir a logística necessária a comercialização dos produtos da associação. O ponto fixo Torre Digital demandou mais de 70% da estrutura de transporte.

Quadro 16. Pontos de venda e fluxo de transporte. Pontos de venda Distancia

(km)

Frequência semanal

Semanas

por ano Veículos

Famílias beneficiarias Tempo de trabalho Distância percorrida (km) Ponto Fixo em Planaltina 25 1 48 2 33 0,5 2.400 Torre Digital 120 1 48 6 8 0,3 34.560 Torre Digital outros produtos 2 120 0,5 48 15 25 0,3 43.200 Torre Digital outros produtos 3 120 0,5 48 0 15 0,5 -Feiras, eventos, refeições 100 0,2 48 3 33 1 2.880 Total 80.640

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

Cerca de 21 veículos de 33 famílias foram utilizados ainda de forma voluntária onde a maioria das famílias aça com os custos desta infraestrutura. O quadro acima foi montado pela memória oral das famílias e gestores do projeto na perspectiva de quantificar a logística e projetar uma referência de custos cujo resultado deve ser analisado como uma aproximação com efeito pedagógico incentivando o monitoramento para o planejamento.

3.2 O Mix de Produtos Comercializados no ano de 2012

(44)

44 central de comercialização dos produtos de pequenas unidades familiares o que determina para o empreendimento em estudo uma condição muito particular.

Quadro 17. Mix de produtos.

Produto unidade tamanho

Preço unitário (R$) Valor total (R$/ano) Sorvete 64.512,00 Café 22.000,00 Salame gramas 445 10 12.000,00 Almoço 8.560,00 Biscoitos gramas 200 5 10.666,67 Mel gramas 275 8 10.666,67 Cucas gramas 350 7 9.333,33 Pimentas gramas 60 7 8.000,00 Geléias gramas 200 10 4.666,67 Doce de leite gramas 800 12 4.666,67 Licor gramas 375 15 4.000,00 Palmito gramas 500 9 3.333,33 Bordados gramas 2.800,00 Desidratados gramas 70 3 2.666,67 Queijo frescal gramas 250 14 1.866,67 Compotas gramas 800 10 1.200,00 170.938,67

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

No período de análise foram comercializados cerca de R$ 170.938,67 de cerca de 12.825 unidades comerciais considerando as variações de produtos desde unidades de artesanato, sorvete, a diversos tamanhos de embalagens de alimentos processados.

No quadro a seguir são descritos por grupo de produtos as variações internas de produtos normalmente comercializados no mesmo tamanho de embalagem

(45)

45 Quadro 18. Mix de produtos.

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

São 81 produtos diferentes sem considerar diferentes pratos oferecidos pelos serviços cafés e almoços. Esta variação surpreende a capacidade da organização em aglutinar um mix tão diverso e em representar uma grande complexidade de capacidades da agricultura familiar.

3.3 Custo de Gestão do Empreendimento

Os custos de gestão do empreendimento apresentados a seguir inclui custos diretos realizados pela associação e indiretos realizados pelas famílias nos itens de transporte combustível subsidiado pelas famílias. No período de análise os custos totalizaram R$ 68.186,80.

A projeção de custos foi para o período de um ano de funcionamento considerando os custos reais praticados no ano de 2012. Os custos foram gerados em parte pelo Cuca Goiaba, Qchimia, Doce de leite, Figo, Melancia

Biscoito

Nata, Polvilho, Aveia, Maria, Milho, Melado, Laranja, Canela, Leite condenssado, Polvilho e coco, Salgados, Cueca Virada,

Mel Puro, Própolis e romã, Guaco e romã, Agrião Geléias

Pimenta, Morango, Jaboticaba, Acerola, Cagaita, Pitanga peta, Araticum, Maracuja, Abacaxi c/maracujá

Doce de leite Puro, Morango, Goiaba, Ameixa,

Compotas Laranja, Figo, Caju campo, Jaca, Picles, Jurubeba Queijo frescal

Palmito Tolete, Fatiado, Cubinho

Pimentas Molho, Malagueta, Indiana, Mexicana

Desidratados Temperos, Pimenta, Tomate, Banana, Maça, Mamão, Abacaxi

Salame Lingüiça

Sorvete

Cagaita, Mangaba, Jabuticaba, Murici, Limão-manjericão, Buriti, Jatoba, Nata c/caramelo, Abacate, Caputino

Almoço Café Bordados

Flor desidratada do cerrado, Bambu, Retalhos de tecido, Fibras de bananeira, Fibras de palha de milho, Cerâmica,

Licor

(46)

46 monitoramento contábil da associação e em parte projetados pela memória das famílias mais diretamente envolvidas na gestão da associação.

Quadro 19. Custos de gestão do empreendimento.

Tipo de custo Custo unitário (R$) Quantidade Valor Total (R$/ano) Proporção dos custos (%) Combustível de transporte subsidiado/famílias 2,85 6.700,00 19.095,00 28,00 Manutenção de veículos (21) subsidiado/famílias 800,00 21,00 16.800,00 24,64 Funcionário 700,00 13,00 9.100,00 13,35 Diárias de venda 6.240,00 9,15 Material de escritório 500,00 12,00 6.000,00 8,80 Vidro c/tampa/lacre/rótulo 2,20 2.500,00 5.500,00 8,07 Contador 311,00 12,00 3.732,00 5,47

Imposto sobre cafés 357,00 0,52

Limpeza e manutenção 500,00 0,73

Combustível de transporte Rurart 2,85 168,00 478,80 0,70

Sacos plásticos 0,05 5.200,00 234,00 0,34

Alvará 150,00 0,22

Total 68.186,80

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

Os custos relacionados a impostos são baixos, a maioria dos produtos são comercializados em nome dos agricultores e encontram-se em fase de adequação a legislação. Os tipos de custos relacionados incluem uma rotina básica de despesas. Em uma perspectiva voltada para determinada perspectiva de papel de gestão ou de eventos que incluam articulações institucionais assim como de cafés e almoços oferecidos de forma mais ampliada exigiriam tempo administrativo de dirigentes e secretaia executiva assim como de logística adaptada.

3.4 Resultado Econômico

(47)

47 O preço médio de cada unidade pago pelo mercado no ano de 2012 aos produtos da associação foi de R$ 13,82. O custo médio de cada unidade foi de R$ 5,32 ou 39,89% sobre o preço recebido. O custo de transporte representa 53,34% do custo total. O custo do transporte projetado a partir do fluxo de transporte foi de cerca de R$ 3,79 por km uma referência bastante superior ao custo de oportunidade de terceirização deste serviço ou de gestão de transporte próprio.

O objetivo do plano de negócio foi sistematizar o fluxo econômico a partir dos principais fluxos de funcionamento (financeiro, transporte e trabalho) para gear capacidade de decisão ao empreendimento em seu planejamento futuro. Este objetivo é de tornar conhecido os resultados para organizações que desconhecem seus resultados, riscos e pela sua natureza (agricultura família) podem ampliar as condições de risco pelo desconhecimento.

Quadro 20. Resultados Econômicos. Indicadores unidades

Situação atual

Situação projetada Famílias associadas famílias 33,00 34,00 Produção por família unidades 374,82 374,82

Preço por unidade R$/unidade 13,82 14,82 Valor bruto total (vbt) R$/ano 170.938,67 170.938,67

Custo unitário R$/unidade 5,32 3,48 Custo total R$/ano 68.186,80 44.293,00

Custo total %/vbt 39,89 25,91

Sobra R$/ano 102.751,87 126.645,67 Sobra familiar R$/ano 3.113,69 3.724,87 Sobra familiar R$/mês 259,47 310,41

Fonte: PNE Alimentos Processados e Artesanato, CEADES-SDT-MDA, 2013.

Um segundo objetivo orientou a projeção do resultado a partir da redução de custos pela gestão do transporte. Para realizar este objetivo projetou-se o custo de R$ 1,30 o km como um parâmetro de custo de oportunidade de terceirização e/ou aquisição de logística e gestão própria deste serviço.

(48)

48 para o perfil do empreendimento. A análise interna dos custos permite identificar que os custos de transporte podem ser reduzidos.

A renda líquida média projetada para cada uma das 33 famílias associadas é importante e deve ser analisada considerando o projeto da associação como gerador de uma renda alternativa e não oportunizada para as famílias. A associação em seu processo criou esta renda gestando um projeto alternativo.

A renda anual de R$ 3.113,69 é uma alternativa considerável para as famílias. A projeção futura de ampliação desta renda aumentando a quantidade de produtos e serviços ofertados foi considerada positiva e portanto em cenário de demanda crescente.

O resultado de reorganização da logística de transporte projetou a redução de custos totais para 25,91%, uma redução de cerca de 13% cujo significado é o aumento da renda das famílias e a possibilidade de redução de dias trabalhados em cerca de 50% um fator de aumento de renda e da capacidade de ampliar a oferta de produtos.

Uma entre outra perspectiva a ser considerada pelo empreendimento é a oferta do serviço de refeições (cafés e almoços) em eventos. Na formação do mix o produto/serviço café foi responsável pela receita bruta de R$ 22.000,00, considerando o preço pago por este serviço de cerca de R$ 22,00 o kg de alimento servido, o custo do kg de alimento para a associação próximo ao custo da unidade de R$ 5,32 (24,18%) a margem de sobra ou lucro poderia chegar a cerca de 75%. Este resultado aponta uma perspectiva futura a ser considerada pela associação.

3.9 Projeção dos resultados pelo Plano de Negócio

O Plano de Negócio representa a síntese dos registros e monitoramento dos resultados, a ser realizada entre períodos oportunos, que garanta a gestão coletiva e a compreensão do funcionamento do empreendimento. Este processo é uma condição necessária para a gestão do projeto e garante a unidade das formas de cooperação da Economia Solidária.

(49)

49 apresentado por este trabalho reúne um conjunto de ferramentas que devem ser utilizadas conforme as orientações dos momentos das oficinas realizadas.

O plano de metas, apresentado no Quadro 22, a seguir, resume os quadros anteriores do Plano de Negócio, de acordo com as orientações do Departamento de Inclusão Produtiva, da Secretaria de Desenvolvimento Territorial, e sua utilização como instrumento de registro e gestão deverá auxiliar na utilização do presente Plano de Negócio.

Alguns comentários sobre a projeção de resultados, para cinco anos de planejamento estratégico, devem ajudar na implementação do presente Plano de Negócio e devem ser adotadas as seguintes orientações:

1. A projeção de matéria prima processada (meta 1) e do produto comercializado (meta 2), foi realizada com 15,5% de crescimento anual a partir do ano 2. Esta taxa foi determinada pela elevação da quantidade de produtos das famílias que passariam a comercializar até 50% de sua produção na feira empreendimento.

2. O preço dos produtos foi mantido uma medida de planejamento conservadora com base em outras variáveis potenciais do empreendimento e permanecendo como uma alternativa de reserva.

(50)

50 Quadro 21. Plano de Metas

Ordem Metas Unidade de medida Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

1 Matéria prima processada: alimentos e artesanatos unidades/ano 12.368,93 12.987,38 13.636,75 14.318,59 15.034,52

2 Produto comercializado unidades/ano 12.368,93 12.987,38 13.636,75 14.318,59 15.034,52

5 Faturamento bruto R$/ano 170.939 179.486 188.460 197.883 207.777

6 Custos de produção

-Fixos e Variáveis R$/ano

44.293 46.508 48.833 51.275 53.838

7 Resultado operacional R$/ano

126.646 132.978 139.627 146.608 153.939

8 Remuneração dos empreendedores R$/kg

9 Reservas do empreendimento R$/ano

10 Índices operacionais e financeiros

(51)

51

3.9

Ferramentas de gestão do Plano de Negócio

A seguir são apresentados os Quadros 23, 24, 25, 26 e 27, componentes da proposta de utilização do Plano de Negócio como ferramenta de gestão estratégica do empreendimento. A importância do uso das ferramentas componentes do presente Plano de Negócio, já analisada anteriormente, indica para o empreendimento sua necessidade e condição necessária.

O balanço patrimonial pode ser utilizado em duas perspectivas, sendo a primeira como instrumento disciplinador da rotina a ser construída para a administração do empreendimento, pela sua exigência de registro e organização das informações. E a segunda como instrumento de avaliação em períodos maiores (anuais, bianuais), sobre a capacidade do empreendimento de manutenção e ampliação do patrimônio.

Quadro 22. Balanço mensal

1. Situação no início do mês Valor (R$) 1. Bens fixos e semi-fixos

2. Estoque 3. Recursos financeiros 3.1. Conta corrente 3.2. Aplicações 3.3. Caixa 4. Dívidas a receber 5. Dívidas a pagar Movimento do mês

Aquisição de bens fixos e semi-fixos Aquisição de bens de consumo Receitas de venda

Despesas operacionais Situação no fim do mês

1. Bens fixos e semi-fixos 2. Estoque 3. Recursos financeiros 3.1. Conta corrente 3.2. Aplicações 3.3. Caixa 4. Dívidas a receber 5. Dívidas a pagar

Referências

Documentos relacionados

Esses momentos foram de extrema importância, pois se trata do alicerce da formação sendo uma atividade teórico-prática-reflexiva, que possibilita aos residentes um contato

A nossa experiência tem revelado que uma elevada percentagem de provas de esforço realizadas em ambiente fechado, dão origem a resultados falso negativos; a explicação deste facto

A arquitectura Arte Nova desenvolveu-se, primeiramente, na Bélgica, com os artistas Victor Horta, que criou edifícios de estruturas simples e sóbrias, de fachadas movimentadas

Alguns fundos informam no regulamento que utilizam estratégias com derivativos como parte de sua política de investimento, que da forma que são adotados, podem resultar em perdas

Nas operações de semeadura, o estande adequado e a uniformidade de distribuição de sementes são apontados como fatores de grande influência na produtividade do milho (DELAFOSSE,

É nessa perspetiva que igualmente se colocam os que hoje defendem um Green New Deal para contrariar a crise atual, juntando no mesmo termo a ideia de investimento e de reorienta-

Então a gente circulou muito tempo com o espetáculo chamado “Uma Arriscada Trama de Picadeiro e Asfalto”, também uns três, quatro anos, fizemos mais de vinte ou trinta cidades

Toma-se como objeto de análise o Documento Base do PROEJA estabelecendo um paralelo entre o conceito de currículo integrado, central na concepção do Programa, e