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Muitos ficarão surpreendidos por darmos mais importância às pessoas do que à tecnologia. Nós acreditamos que dar às pessoas a liberdade para

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Muitos ficarão surpreendidos por darmos mais importância

às pessoas do que à tecnologia. Nós acreditamos que dar

às pessoas a liberdade para comunicarem sempre que

quiserem e onde quer que estejam, promove

(2)

Índice

3 1.0 O nosso ano

4 1.1 Identificação sumária do grupo 1.1.1 Sobre a Sonaecom 1.1.2 Os nossos valores 1.1.3 Perfil corporativo 1.1.4 Factores de sucesso 1.1.5 Principais eventos em 2008 9 1.2 Principais indicadores 13 1.3 Mensagem do CEO

16 1.4 Principais desenvolvimentos corporativos

em 2008

18 1.5 Proposta de aplicação de resultados 19 1.6 Agradecimentos

20 2.0 O nosso negócio

21 2.1 O mercado português de telecomunicações 2.1.1 Contexto regulatório

27 2.2 Evolução dos negócios 2.2.1 Perspectiva consolidada

2.2.2 Demonstração de resultados consolidados 2.2.3 Balanço consolidado

33 2.3 Negócio de Telecomunicações

2.3.1 Principais desenvolvimentos do mercado 2.3.2 Negócio Móvel – Dados operacionais 2.3.3 Negócio Móvel – Dados financeiros 2.3.4 Negócio Fixo – Dados operacionais 2.3.5 Negócio Fixo – Dados financeiros 45 2.4 Software e Sistemas de Informação (SSI)

2.4.1 Principais desenvolvimentos do mercado 2.4.2 Dados operacionais

2.4.3 Dados financeiros 48 2.5 Público

2.5.1 Principais desenvolvimentos do mercado 2.5.2 Dados operacionais

2.5.3 Dados financeiros

51 2.6 Resultados individuais da Sonaecom SGPS 2.6.1 Dados operacionais

2.6.2 Dados financeiros

54 2.7 O nosso serviço de apoio ao cliente 56 2.8 A nossa rede de telecomunicações 59 2.9 Os nossos sistemas de informação 60 2.10 As nossas pessoas

62 3.0 A nossa gestão

66 3.1 Habilitações do Conselho de Administração 68 3.2 Outros cargos desempenhados pelos membros do Conselho de Administração

72 3.3 Artigo 447º, 448º e participações qualificadas

75 4.0 O nosso modelo de governação 76 4.1 Relatório do Governo da Sociedade

4.1.1 Declaração de cumprimento 4.1.2 Assembleia-Geral

4.1.3 Orgãos de administração e de fiscalização

4.1.4 Informação

4.1.5 Artigo 447º, 448º e participações qualificadas

Anexos

115 5.0 O Nosso Desempenho

116 5.1 Demonstrações financeiras consolidadas da Sonaecom

124 5.2 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas

175 5.3 Demonstrações financeiras individuais da Sonaecom

181 5.4 Anexos às demonstrações financeiras individuais da Sonaecom

216 5.5 Declaração nos termos do Artigo 245º 217 5.6 Certificação legal de contas e relatório de auditoria

219 5.7 Relatório e parecer do Conselho Fiscal 220 5.8 Extracto da Acta da Assembleia-geral da Sonaecom

222 6.0 As nossas acções

223 6.1 O mercado de capitais 224 6.2 Evolução do preço da acção 226 6.3 Estrutura accionista 226 6.4 Acções próprias

(3)

1.0

O nosso ano

A qualidade da nossa performance ao longo

deste ano conturbado demonstra a resiliência

da nossa estratégia de colocar as pessoas em

primeiro lugar e dos valores que definem o

nosso negócio. Apesar das inéditas pressões

económicas globais e competitivas,

(4)

1.1 Identificação sumária do Grupo

O objectivo da Sonaecom é ser o melhor prestador de serviços de comunicações em Portugal. A sua carteira de

negócios compreende três áreas distintas: telecomunicações (móveis e fixas); software e sistemas de informação

(SSI); e media. As suas mais-valias decorrem da ambição, da inovação, das capacidades de marketing e de

execução, qualidades que operam em conjunto com a infra-estrutura própria de telecomunicações, bem como com

a capacidade de compreender e exceder as expectativas dos clientes.

1.1.1 Sobre a Sonaecom

Missão

A Sonaecom é uma empresa orientada para o crescimento, cuja ambição é ser a melhor prestadora de serviços de comunicações em Portugal, criando um ambiente de eleição para o desenvolvimento do potencial dos melhores profissionais.

A Sonaecom procura de uma forma determinada criar consistentemente produtos, serviços e soluções inovadores que satisfaçam integralmente as necessidades dos seus mercados e gerem valor económico superior.

1.1.2 Os nossos valores

Orientação para o Cliente

• Irmos de encontro às necessidades dos nossos clientes, procurando saber o que eles querem e pensam, revolucionando os seus hábitos de consumo.

 Desenvolvermos produtos, serviços e soluções de qualidade, que acrescentem valor a cada um dos nossos clientes.  O cliente é responsabilidade de todos na nossa organização.

Inovação

• Criarmos constantemente, e de forma reconhecida, novas formas de comunicar: mais simples, mais eficazes e mais rentáveis, contribuindo também para o aumento do bem-estar social.

• Sermos capazes de ir além dos sucessos conquistados fazendo uso da nossa capacidade tecnológica e apelando à nossa criatividade e empreendedorismo.

• Quebrarmos de forma sistemática com o convencional e termos a capacidade para surpreender o mercado.

Responsabilidade Social

• Comprometermo-nos com a comunidade tanto pela crescente preocupação com as boas práticas ambientais, como sendo socialmente responsáveis.

• Agirmos cuidando do presente e do futuro.

Orientação para as Pessoas

• Potenciarmos as capacidades dos nossos profissionais e valorizarmos as suas ideias e iniciativas. • Incentivarmos o desenvolvimento humano e zelar pelo equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

• Regermos as nossas equipas por lealdade, profissionalismo, honestidade de actuação e pensamento e sentido de verdade. • Agirmos de forma transparente e com respeito pelos princípios éticos do mercado e da sociedade.

Orientação para o Negócio

• Procurarmos a máxima rentabilidade para, consistentemente, sustentar o nosso crescimento e cumprir com a nossa missão, assegurando um retorno superior para os nossos accionistas.

• Procurarmos a solidez e a sustentabilidade económica.

Ambição

• Sermos os melhores a operar no mercado Português.

• Termos a capacidade de enfrentar e exceder os nossos desafios. • Acreditarmos nas nossas capacidades e competência.

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1.1 Identificação sumária do grupo (continuação)

1.1.3 Perfil corporativo

A Sonaecom é uma holding operacional que controla e gere activamente uma carteira de empresas, divididas em três áreas de negócio: comunicações (móveis e fixas), software e sistemas de informação (SSI) e media. A Sonaecom conta com dois accionistas de referência, a Sonae SGPS e a France Télécom, que prestam um significativo apoio estratégico aos negócios. A Sonaecom é, actualmente, um dos maiores geradores de tráfego de comunicação em Portugal, com base na sua própria infra-estrutura de telecomunicações de âmbito nacional. A Sonaecom é um agente de transformação activo no sector das telecomunicações português e é, hoje, o operador integrado melhor posicionado como verdadeira alternativa ao operador incumbente. Em termos de serviços de telecomunicações, a Sonaecom contribui significativamente para a promoção da Sociedade de Informação em Portugal.

Estrutura simplificada da Sonaecom

(1) Software e Sistemas de Informação

Serviços de comunicações móveis

As actividades de comunicações móveis da Sonaecom são desenvolvidas pela Optimus, lançada em 1998, após ter ganho a terceira licença móvel GSM em Portugal.

Até 2007, a Optimus Telecomunicações, S.A. era a subsidiária que desenvolvia as actividades de comunicação móveis. Durante 2007, esta entidade foi objecto de fusão, tendo sido integrada na Novis Telecom, S.A. (a nossa anterior subsidiária de serviços de comunicações fixas) e a nova empresa adoptou o nome de Sonaecom – Serviços de Comunicações, S.A..

A Optimus oferece, em Portugal, uma vasta gama de serviços de comunicações móveis a clientes residenciais e empresariais, incluindo ofertas tradicionais de voz, dados, uma ampla gama de soluções móveis e serviços de roaming, assim como serviços grossistas a terceiros. Através dos seus inovadores produtos de convergência fixo-móvel, Optimus Home, da sua oferta líder de serviços de banda larga móvel, Kanguru, bem como da sua marca de baixo custo, Rede4, a Optimus consolidou a sua posição no mercado português, com 3,2 milhões de clientes e uma quota de mercado de cerca de 20%, no final de 2008.

Serviços de comunicações fixas

As actividades de comunicações fixas da Sonaecom são desenvolvidas através das marcas Clix (mercado residencial) e Optimus (mercados corporate e PMEs). Durante 2008, o âmbito da marca Optimus foi alargado às ofertas de serviços de comunicações fixas para os mercados corporate e PMEs.

As nossas operações foram lançadas após a liberalização do mercado de comunicações fixas em 2000, tendo sido a nossa subsidiária Novis Telecom, S.A. a desenvolver, até 2007, as nossas actividades neste segmento. Tal como mencionado acima, durante 2007, a Novis Telecom foi objecto de fusão, tendo integrado a Optimus Telecomunicações, S.A., e adoptando a designação social de Sonaecom – Serviços de Comunicações, S.A..

Temos vindo a fortalecer a nossa posição enquanto operador alternativo líder em Portugal, fornecendo serviços de televisão, voz e Internet a Clientes residenciais e empresariais, além de fornecer capacidade e serviços de conectividade de voz e dados a operadores de

telecomunicações em todo o mundo. Durante 2007, fortalecemos os nossos serviços de comunicações fixas através da aquisição da Tele2 Portugal e da base de clientes residencial e SOHO de um dos nossos concorrentes (ONI).

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1.1 Identificação sumária do grupo (continuação)

endereçável. Está, também, em terceiro lugar no que diz respeito à quota de mercado de publicidade (13,2%, até Dezembro de 2008). Durante o ano de 2008, além de outras iniciativas comerciais, o Público: (i) introduziu novos conteúdos no respectivo suplemento económico semanal; (ii) lançou uma nova revista de domingo, com uma imagem renovada (Pública), que conta agora com conteúdos totalmente revistos; e (iii) lançou, em parceria com a Optimus, uma versão do Público online especialmente criada e optimizada para utilizadores do iPhone.

Software e sistemas de informação

Estas actividades são desenvolvidas pela divisão SSI, criada no final de 2002, que inclui empresas como a WeDo, a Bizdirect, a Mainroad e a Saphety.

A WeDo é uma empresa fornecedora de produtos de sistemas de integração e serviços de consultoria, com um enfoque no sector das telecomunicações mas com uma presença crescente noutros sectores, com competências nas áreas de Revenue Assurance, Fraud Management, Network Security e Business Continuity, e uma forte presença em mercados internacionais. Em 2007, com a aquisição da Cape Technologies Limited (uma empresa sediada na República da Irlanda), a WeDo tornou-se no líder mundial do mercado de software integrado de Revenue Assurance.

A Mainroad é uma empresa líder em tecnologias de informação, com competências em áreas como a subcontratação de serviços de IT, Apoio ao Cliente, e em particular, Data Centres e Business Continuity.

A Bizdirect, cujos accionistas minoritários são o BPI e a AITEC, é uma empresa de referência no fornecimento de soluções comerciais de eSourcing e eProcurement, com base numa plataforma electrónica, bem como de soluções de hardware multi-oferta, com base em parcerias com as principais empresas de IT.

A Saphety, uma empresa criada em 2006 a partir das nossas operações de telecomunicações fixas, é um fornecedor de serviços de certificação, facturação electrónica e segurança em transacções B2B.

No final de 2008, o portfolio de negócios da Bizdirect foi reestruturado. Tendo em conta os níveis de complementaridade que existem entre a Saphety e a unidade B2B da Bizdirect, os accionistas da empresa (Sonaecom, BPI e AITEC) decidiram integrar esta unidade na Saphety. Devido à evolução bastante positiva da unidade BizProducts (sobretudo dedicada à venda de equipamentos) e as suas perspectivas de crescimento futuro, os accionistas da Bizdirect decidiram concentrar a empresa nesta área específica.

Além das empresas operacionais acima indicadas, a SSI detém uma participação minoritária (11,5 %) na Altitude Software, uma empresa independente líder na venda de soluções para centros de atendimento, com uma vasta carteira internacional de clientes e com presença em 18 países.

1.1.4 Factores de Sucesso

Desde a criação da Sonaecom e o lançamento dos nossos vários negócios, temos vindo a surpreender o mercado com novos produtos e serviços, melhor segmentação, ganhos operacionais significativos, melhoramento contínuo e exploração de sinergias entre os nossos negócios. A nossa estratégia traduziu-se claramente em resultados de mercado, como é demonstrado pelo facto de a Sonaecom ser o único operador de telecomunicações em Portugal a aumentar as suas quotas de receitas, de forma consistente, nos últimos nove anos.

Tendo em consideração as características do mercado e dos nossos concorrentes, os nossos factores de sucesso não poderiam basear-se em aspectos de escala, poder de mercado ou dimensão, pelo contrário, acreditamos que as nossas vantagens competitivas e factores de diferenciação assentam nos seguintes elementos fundamentais, desenvolvidos ao longo dos anos:

 Conhecimento e compreensão dos nossos mercados e das necessidades dos nossos clientes;  Elevadas capacidades de marketing e distribuição, aliadas a uma abordagem integrada do mercado;

 Detenção de uma infra-estrutura de telecomunicações de ponta, de âmbito nacional, que tem permitido disponibilizar soluções diferenciadoras a par com uma redução contínua da dependência relativa ao operador incumbente;

 Organização simplificada, robusta e ágil, capaz de se adaptar rapidamente e antecipar as dinâmicas de mercado;

 Capacidade da nossa equipa jovem e motivada – com um currículo comprovado de inovação e dinamismo – de trabalhar em equipa e perseguir objectivos comuns;

 Capacidade de perspectivar os problemas de forma diferente, envolvendo uma inovação contínua, promovendo a diferenciação e surpreendendo os nossos clientes;

 Base de accionistas clara e estável, capaz de desafiar constantemente os nossos negócios.

O nosso posicionamento como operador integrado de telecomunicações (serviços móvel, fixo, banda larga e TV) permitiu-nos obter

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1.1 Identificação sumária do grupo (continuação)

A procura de eficiência operacional, de melhoria de processos e de sinergias levaram a uma gestão integrada e a uma estrutura organizacional que inclui uma divisão de serviços partilhados e um serviço ao Cliente integrado, uma plataforma comum de IT/IS e uma equipa técnica (gestão de rede) integrada. Com esta estratégia, fomos capazes de: maximizar a nossa capacidade de desenvolver novas oportunidades de negócios; encorajar o desenvolvimento de produtos; e promover oportunidades de marketing transversais aos nossos segmentos móvel e fixo.

Estrutura organizacional da Sonaecom e número de colaboradores em 31 de Dezembro de 2008 Centro Corporativo – 43

Quadros Topo, Corporate Finance, Auditoria Interna, Relações com Investidores, Planeamento e Controlo, Legal e Regulação

Serviços Partilhados – 138

Contabilidade e Finanças, Recursos Humanos, Relações Públicas, Ambiente e Instalações

Serviços Integrados – 603

Serviço ao Cliente, IT/IS, Técnica (Rede)

Telecomunicações – 442 Media – 267 SSI – 475

A Sonaecom pretende também implementar uma rede multi-serviços totalmente integrada, para os segmentos móvel e fixo, de forma a aumentar a capacidade e flexibilidade da rede, minimizando simultaneamente os custos operacionais. Em 2008, foram dados passos significativos no sentido da convergência das redes (ver secção “A nossa rede de telecomunicações”).

(8)

1.1 Identificação sumária do grupo (continuação)

(9)

1.2 Principais indicadores

A informação financeira consolidada incluída no presente relatório foi extraída das Demonstrações Financeiras,

preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (“IAS/IFRS”) emitidas pelo

International Accounting Standards Board

(“IASB”), tal como adoptadas pela União Europeia.

Os Resultados de 2006 e de 2007 incluem os custos associados à oferta pública de aquisição lançada sobre a Portugal Telecom. De forma a isolar estes custos não recorrentes do desempenho operacional do ano, os resultados desses anos foram reexpressos, para efeitos comparativos. Todas as comparações apresentadas foram efectuadas segundo esta base comparativa em circunstâncias equivalentes.

Milhões de euros 2008 2007 Variação anual

Demonstração de Resultados Consolidados

Volume de Negócios 976,2 892,7 9,4% Móvel 629,1 619,4 1,6% Fixo 291,4 255,4 14,1% Público 32,4 33,2 (2,2%) SSI 120,1 79,5 51,1% EBITDA 160,4 162,0 (1,0%) Móvel 142,4 153,7 (7,3%) Fixo 14,0 9,8 43,8% Público (3,2) (3,3) 1,5% SSI 7,1 4,6 55,3% Margem EBITDA (%) 16,4% 18,1% (1,7pp) EBIT 2,8 22,0 (87,2%)

Resultados Financeiros Líquidos (17,8) (21,5) 17,3%

EBT (15,0) 0,5

-Resultado Líquido atribuível ao Grupo (1)

5,0 36,8 (86,4%)

CAPEX e FCF alavancado CAPEX Operacional (2)

192,1 162,8 18,0%

CAPEX Operacional como % do volume de negócios 19,7% 18,2% 1,4pp

EBITDA – CAPEX Operacional (31,7) (0,8)

-CAPEX Total 289,7 235,8 22,8%

Cash Flow operacional (3)

(59,5) 55,5

-FCF alavancado (4)

14,1 59,6 (76,4%)

Balanço Consolidado

Total do Activo Líquido 1.973,4 1.758,6 12,2%

Imobilizações Corpóreas e Incorpóreas 858,6 722,6 18,8%

Liquidez 105,7 83,9 26,1%

Capital Próprio 929,0 935,4 (0,7%)

Interesses Minoritários 0,5 0,9 (47,7%)

Dívida Bruta 405,5 393,7 3,0%

Dívida Líquida 299,7 309,8 (3,3%)

Dívida Líquida/ EBITDA útimos 12 meses 1,9x 1,9 x

(10)

1.2 Principais indicadores (continuação)

Milhões de euros 2008 2007 Variação anual

Indicadores Operacionais – Móvel

Clientes (EOP) (’000) 3.191,6 2.893,5 10,3%

Novos clientes (’000) 298,1 291,6 2,2%

Dados com % Receitas de Serviço 22,5% 17,7% 4,8pp

MOU (6) (min.)

128,4 118,1 8,7%

ARPU (euros) 16,8 18,2 (7,6%)

% Clientes Pré-Pagos 69,9% 73,1% (3,3pp)

Indicadores Operacionais – Fixo

Total Acessos (EOP) 592.900 775.623 (23,6%)

Acessos Directos 455.027 470.673 (3,3%)

Acesso Directo como % Receitas de Clientes 71,4% 70,1% 1,3pp

Receita Média por Acesso (retalho)(6)

21,5 23,1 (6,7%)

Centrais Desagregadas com ADSL2+ 166 161 3,1%

Indicadores Operacionais – Sonaecom

Colaboradores 1.968 1.961 0,4%

Volume de Negócios por colaborador (’000 euros) 496 455 9,0%

EBITDA por colaborador (’000 euros) 81 83 (1,3%)

(1) Resultados líquidos após interesses minoritários;

(2) Capex Operacional exclui Investimentos Financeiros e Provisões para desmantelamento de sites e outros investimentos não operacionais; (3) (2) Cash Flow Operacional = EBITDA – CAPEX Operacional – Variação de Fundo de Maneio – Itens não Monetários e Outros;

(4) FCF após Custos Financeiros e antes de Fluxos de Capitais e Custos de Emissão de Empréstimos; (5) Minutos de Utilização por Cliente por mês (incluindo ‘Optimus home’);

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1.2 Principais indicadores (continuação)

(12)

1.2 Principais indicadores (continuação)

(13)

1.3 Mensagem do CEO

O ano de 2008 foi positivo para a Sonaecom. Atingimos os objectivos operacionais mais importantes a que nos tínhamos proposto, sobretudo em relação ao reforço das nossas marcas, à melhoria da qualidade das nossas redes, particularmente no que respeita a cobertura e capacidade, à melhoria do serviço ao cliente, através das nossas iniciativas “o cliente em primeiro lugar”, à inovação de produtos (como o TAG) e à fase inicial de implementação da nossa rede de fibra óptica. Também atingimos um sólido conjunto de resultados financeiros no ano de 2008, apesar da crise económica global e do nível de concorrência acrescido no mercado nacional das telecomunicações.

Pontos importantes

Em relação às principais realizações do ano, gostaria de realçar os seguintes pontos:

 Crescimento significativo das receitas consolidadas, com um aumento do volume de negócios de 9,4%, para os 976 milhões de euros, e um crescimento das receitas de clientes de 9,8%, atingindo os 674,2 milhões de euros.

 EBITDA de 160,4 milhões de euros, um valor semelhante ao atingido em 2007, apesar do ambiente altamente competitivo, das reduções nas tarifas de roaming in e do forte investimento em marketing e vendas.

 Resultado líquido positivo (atribuível ao Grupo) no valor de 5 milhões de euros.

 Forte investimento na rede de acesso móvel e no serviço ao cliente, com o CAPEX operacional a atingir os 192,1 milhões de euros, um aumento de 18 % em relação a 2007, consistente com o nosso plano de investimento.  Sólido crescimento no sector móvel, com 298 mil novos

subscritores, elevando o número total de clientes de serviços móveis para 3,2 milhões (+10,3 %).

 Reacção positiva dos clientes à progressiva instalação da nossa rede FTTH, que suporta o lançamento da primeira oferta comercial de fibra óptica em Portugal.

 Forte desempenho da área de Software e Sistemas de Informação (SSI), com um nível recorde de receitas de 120 milhões de euros, um aumento de 51 % em relação a 2007, e com uma margem de EBITDA de 6 %.

 Estrutura de capital reforçada, no seguimento da conclusão de uma operação de securitização no valor de 100 milhões de euros.

O contexto

Desafios macroeconómicos e competitivos

É fundamental situar os resultados do último ano no respectivo contexto global. Ao longo de 2008, as condições macroeconómicas continuaram a deteriorar-se fortemente, em todo o mundo. Mercados de crédito em contracção e valorizações imobiliárias em queda provocaram falhas no sistema financeiro global e perdas significativas nos mercados de acções.

Inevitavelmente, estes factores desgastaram a confiança empresarial e dos consumidores tanto em Portugal como nas restantes economias. Além disto, o sector das telecomunicações viveu, entre nós, um dos anos mais competitivos de sempre. A redução de preços foi particularmente feroz no sector de rede fixa, onde os nossos concorrentes procuraram alcançar crescimento a curto prazo à custa do valor e rentabilidade sustentável a longo prazo.

Os nossos resultados

Apesar deste ambiente macroeconómico e competitivo tão desafiador, conseguimos alcançar os objectivos estratégicos a que nos havíamos proposto no início do ano. Direccionada para o aumento da competitividade e para a obtenção de um crescimento sustentável, a nossa estratégia implicou uma aceleração dos investimentos em todas as áreas de negócio, começando por um ambicioso programa de investimento nas nossas marcas e alargando-se ao reforço da cobertura e capacidade das redes e canais de distribuição, à instalação bem sucedida da rede de fibra óptica e, acima de tudo, ao investimento intensivo no serviço ao cliente. De igual modo, a SSI conseguiu significativos progressos, sobretudo com a integração bem sucedida das aquisições realizadas pela WeDo durante 2007, ao mesmo tempo que registava um crescimento recorde nas receitas.

Negócio Telco

Rede Móvel

O desempenho do negócio móvel constitui uma clara evidência de que os nossos esforços e investimentos se estão a traduzir num positivo crescimento do número de clientes. Apesar das condições desafiadoras do mercado, aumentámos em 10,3% o número dos nossos clientes, tendo conseguido 298 mil adições líquidas, e aumentámos as receitas de clientes em 3,8%. Este crescimento foi generalizado, mas mostrou particular incidência nos segmentos residencial e de banda larga móvel.

Rede fixa

O negócio ULL de rede fixa enfrentou uma concorrência sem precedentes durante 2008, com pressões ao nível dos preços

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1.3 Mensagem do CEO (continuação)

A instalação da rede de fibra (FTTH) foi um dos mais importantes desenvolvimentos do ano. Este facto permitiu-nos lançar a primeira oferta comercial de fibra óptica em Portugal, e a subsequente reacção positiva dos clientes indica que este activo irá desempenhar um importante papel impulsionador no futuro crescimento da banda larga.

Software & Sistemas de Informação

No seguimento da integração bem sucedida das aquisições da WeDo efectuadas durante 2007, o desempenho da SSI constituiu outro importante sucesso. Para além da WeDo Technologies, o portfolio da SSI inclui a Mainroad, a Bizdirect e a Saphety. Impulsionada pelo aumento das receitas de serviços e das vendas de equipamento, o volume de negócios consolidado da SSI cresceu 51%, enquanto o seu EBITDA aumentou 55% em relação a 2007.

Media

Apesar da descida dos números de circulação em todo o sector da imprensa escrita, o desempenho do Público, no que respeita a indicadores de audiência, evidenciou um aumento no número total de leitores, tendo-se posicionado em terceiro lugar entre os jornais generalistas diários pagos e evidenciando maior resiliência, quando comparado com os seus principais concorrentes, no número total de leitores. Embora as receitas de publicidade tenham diminuído 5,7%, as receitas de vendas do jornal aumentaram 1,8% e as perdas de EBITDA foram reduzidas em 1,5%, em relação a 2007.

Colocar os clientes em primeiro lugar

Colocar os clientes no centro do negócio permanece um dos nossos principais objectivos estratégicos. Durante 2008, realizámos um progresso significativo na concretização deste objectivo através de uma série de importantes iniciativas.

Tais iniciativas incluíram a reorganização dos call centres, de forma a criar uma ligação mais estreita entre os serviços que oferecemos e os clientes que os adquirem; a integração das equipas comerciais e de marketing dos negócios de rede fixa e móvel, recentemente fundidos; a adopção da marca Optimus em todo o negócio empresarial e a melhoria da cobertura, capacidade e qualidade de som das redes GSM e 3G.

Procurando superar as expectativas dos nossos clientes, lançámos também duas inovações notáveis: a concept store da Optimus na Casa da Música, no Porto, que oferece aos clientes uma interacção directa com todo o leque de produtos e serviços; e o TAG, um novo serviço móvel aliciante, baseado em plataformas de comunicações ilimitadas, desenhado especificamente para o mercado-alvo jovem. A qualidade e o profissionalismo do nosso serviço ao cliente

Portuguesa de Contact Centers e um prémio de Qualidade de Serviço da IFE Portugal, em colaboração com a revista Call Center.

Responsabilidade corporativa

Os princípios da responsabilidade corporativa e do desenvolvimento sustentável estão incrustados no ADN corporativo da Sonaecom. Em consonância com a nossa filosofia, centrada nas pessoas, estamos empenhados em servir as comunidades em que nos inserimos e o ambiente que partilhamos.

Através do valioso contributo dos stakeholders da nossa comunidade, relançámos o programa “Smile”, como forma de transferir eficazmente competências, que consideramos vitais, do sector empresarial para o voluntariado e para as comunidades. Estamos igualmente empenhados em ajudar os nossos colaboradores a atingir seu potencial pessoal e profissional. Com este objectivo, continuámos a investir fortemente na formação. Entretanto, continuamos a trabalhar para minimizar o impacto das nossas actividades no ambiente, lançando um estudo para quantificar a pegada de carbono. Para além das realizações próprias, estivemos ainda entre as empresas que patrocinaram um follow-up regional ao relatório internacional SMART 2020 do Climate Group sobre a criação de uma economia global de baixo carbono.

Olhando para o futuro

 A nossa estrutura de capital, reforçada pela operação de securitização de 100 milhões de euros no final de 2008, proporcionou-nos a capacidade financeira para continuarmos a implementar a estratégia definida, apesar das restrições nos mercados financeiros. Poderemos, no entanto, ter de ajustar o ritmo de implementação da estratégia de investimento à medida que avaliamos continuamente os impactos que a crise financeira e económica irão produzir nos negócios da Sonaecom.  Assente em bases sólidas, estabelecidas em 2008, o

negócio móvel continuará a procurar o crescimento através de produtos / serviços inovadores associados à preocupação constante com as necessidades dos nossos clientes.

 Procuraremos identificar e desbloquear vantagens competitivas resultantes da integração dos negócios de rede fixa e móvel, através da procura de novos produtos e serviços convergentes para os mercados residencial e empresarial.

Procuraremos gerir o churn e proteger as margens do negócio ULL residencial e analisaremos quaisquer desenvolvimentos regulatórios e comerciais que possam afectar a oferta ULL residencial, para avaliar oportunidades futuras.

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1.3 Mensagem do CEO (continuação)

estaremos atentos a oportunidades de expansão da marca, de alargamento dos conteúdos online, do aumento da circulação e da racionalização custos.

Nota Final

Uma última observação para referir que, perante a presença de desafios significativos durante o ano de 2008, a organização demonstrou, mais uma vez, resistência, flexibilidade e energia notáveis, pelo que muito deve ser creditado à competência, determinação, empenho e espírito combativo dos nossos colaboradores. Estou confiante de que nos encontramos bem posicionados para enfrentar os desafios do futuro.

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1.4 Principais desenvolvimentos corporativos em 2008

Os principais desenvolvimentos corporativos em 2008 foram os seguintes:

Anúncio do plano de fibra óptica

Em 21 de Fevereiro de 2008, a Sonaecom anunciou o seu plano a três anos para o desenvolvimento de uma rede de fibra óptica, com o objectivo de construir a mais avançada rede de telecomunicações em Portugal. Como parte deste plano, a Sonaecom propõe dar acesso à sua rede de fibra a todos os operadores nacionais interessados, alinhando assim com as recomendações regulatórias e as melhores práticas na Europa.

A Sonaecom anunciou ainda que irá investir no desenvolvimento desta Rede de Nova Geração um montante de 240 milhões de euros, durante um período de 3 anos, e que a mesma permitirá uma cobertura de 1 milhão de lares e de aproximadamente 25% da população Portuguesa.

Assembleia Geral de Accionistas realizada em 16 de Abril de 2008

Na Assembleia Geral Ordinária de 16 de Abril de 2008, foram aprovadas pelos accionistas da Sonaecom, entre outras, as seguintes propostas:

 Aprovação do Relatório de Gestão, Balanço e Contas, individuais e consolidadas, relativos ao exercício de 2007, incluindo proposta de aplicação do Resultado Líquido do ano, tal como apresentados;

 Eleição para os Órgãos Sociais, para o mandato que teve início em 2008 e termina em 2011, dos seguintes titulares:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: João Augusto Esmeriz Vieira de Castro Secretário: António Agostinho Cardoso da Conceição Guedes

Conselho de Administração

Duarte Paulo Teixeira de Azevedo – Presidente Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério George Christopher Lawrie

Luís Filipe Campos Dias de Castro Reis Maria Cláudia Teixeira de Azevedo Miguel Nuno Santos Almeida António Sampaio e Mello David Charles Denholm Hobley Gervais Gilles Pellissier Jean-François René Pontal Nuno Manuel Moniz Trigoso Jordão

Conselho Fiscal

Arlindo Dias Duarte Silva (Presidente) Armando Luís Vieira de Magalhães Óscar José Alçada da Quinta

Substituto: Jorge Manuel Felizes Morgado

Comissão de Vencimentos

SONAE, SGPS, S.A., representada por Duarte Paulo de Azevedo;

SONTEL, B.V., representada por Bruno Lehmann

Deloitte & Associados, SROC, S.A., representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves ou por João Luís Falua Costa da Silva;

 Conversão das acções escriturais ao portador em acções escriturais nominativas e, consequentemente, aprovação das necessárias alterações nos Estatutos da sociedade;  Autorização para a aquisição e detenção de acções próprias

da Sonaecom SGPS, S.A., directamente ou através de sociedades que no momento da aquisição sejam directa ou indirectamente dependentes daquela sociedade (nos termos do Artigo 486º Código das Sociedades Comerciais), dentro dos limites legalmente estabelecidos. As acções a adquirir destinam-se a ser integralmente atribuídas aos membros do órgão de administração e colaboradores, nos termos constantes do Plano de Incentivos de Médio Prazo.

Assembleia Geral Extraordinária realizada em 2 de Julho de 2008

Na Assembleia Geral Extraordinária de 2 de Julho de 2008, foram aprovadas pelos accionistas da Sonaecom as seguintes propostas:

 Alterar o art. 9º dos Estatutos da Sociedade, que assim passam a admitir que o Conselho de Administração seja composto por um número de membros entre três e doze;  Alargar para doze o número de membros do Conselho de

Administração e eleger Franck Dangeard para integrar o mesmo órgão até ao termo do mandato em curso (2008-2011);

(17)

1.4 Principais desenvolvimentos corporativos em 2008 (continuação)

Transferência de Participação Qualificada

No dia 1 de Agosto de 2008, a Wirefree Services Belgium, S.A., uma empresa totalmente detida pela France Télécom, S.A. (FT), comunicou que vendeu 70.276.868 acções da Sonaecom (cerca de 19,188% do capital social da Sonaecom) e os direitos de voto correspondentes à Atlas Services Belgium, S.A.. Considerando que esta empresa é também detida a 100% pela FT, a posição resultante desta transferência de acções e direitos de voto continua a ser imputável à FT, de acordo com o artigo 20/1 (b) do Código de Valores Mobiliários.

Prorrogação do Acordo de Parceria Estratégica com a France Télécom

Em 24 de Outubro de 2008, a Sonaecom chegou a acordo com a France Télécom, S.A. no que respeita à prorrogação, por um período adicional de três anos, do Acordo de Parceria Estratégica em vigor entre ambos os grupos desde 2005. O acordo prevê a continuação da cooperação entre as duas partes nas seguintes áreas-chave: aquisição de equipamento e de terminais, acesso a conteúdos e serviços multimédia, roaming, interligação e serviços de rede.

A aludida prorrogação tem como objectivo primordial e como principal efeito optimizar a dinâmica de cooperação entre a Sonaecom e a France Télécom e resulta da renegociação dos termos operacionais do referido acordo – a seu tempo divulgados ao mercado pela Sonaecom – a que as partes procederam em consequência do decurso do prazo inicial de vigência do mesmo.

Aquisição de acções próprias

Entre os dias 8 de Outubro e 3 de Novembro de 2008, a Sonaecom procedeu à aquisição, através da Euronext Lisbon Stock Exchange, de um total de 2.062.000 acções próprias, representativas de aproximadamente 0,56% do seu capital social. O preço médio ponderado destas aquisições foi de 1,34 euros por acção.

No final de 2008, a Sonaecom era titular de 5.930.643 acções próprias, representativas de aproximadamente 1,62% do seu capital social.

Cessão de Créditos Futuros

A subsidiária Sonaecom – Serviços de Comunicações, S.A. (empresa operativa do negócio de Telco) completou a 30 de Dezembro de 2008 uma operação de titularização, no montante de aproximadamente 100 milhões de euros, ao abrigo da qual acordou alocar à TAGUS – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A. (“Tagus”) os créditos futuros a serem gerados por uma carteira de contratos com clientes do segmento corporate.

As receitas futuras, nos montantes necessários para assegurar a realização pela Tagus dos pagamentos trimestrais de juros e capital, devidos aos obrigacionistas da emissão associada a esta transacção, bem com os outros pagamentos devidos aos demais credores desta operação, serão alocadas pela Sonaecom – Serviços de Comunicações, S.A. ao longo dos exercícios de 2009 a 2013.

A finalização desta transacção gerou um aumento dos fundos consolidados da Sonaecom e a liquidez daí resultante será destinada, juntamente com os restantes meios de financiamento, às finalidades gerais da sociedade. Esta transacção não implica qualquer alteração no tratamento contabilístico dos créditos subjacentes ou na relação com os respectivos clientes.

Fusão da Telemilénio com a Sonaecom – Serviços de Comunicações.

(18)

1.5 Proposta de aplicação de resultados

A 31 de Dezembro de 2008, as contas consolidadas da Sonaecom apresentavam um resultado líquido positivo de 4.998.142 euros, apresentando as contas individuais um resultado líquido positivo de 19.657.889 euros. O Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos relativos às contas individuais sejam transferidos para reserva legal, no montante de 982.894 euros, para resultados transitados, no montante de 7.402.356 euros, sendo o

(19)

1.6 Agradecimentos

A Sonaecom gostaria de agradecer ao Auditor Externo pelos valiosos conselhos e auxílio prestado no ano de 2008 e ao Conselho Fiscal pelo acompanhamento próximo dos nossos negócios.

Gostaríamos ainda de expressar a nossa gratidão aos nossos fornecedores, instituições financeiras e outros parceiros de negócio do grupo, pelo seu envolvimento contínuo e pela confiança mais uma vez demonstrada na nossa organização.

A Comissão Executiva da Sonaecom gostaria de expressar a sua gratidão aos Administradores Não-Executivos, pelo seu trabalho e valiosos conselhos.

(20)

2.0

O nosso negócio

Em 2008, ao mesmo tempo que investimos

fortemente nas nossas marcas e

infra-estruturas, fizemos também progressos

significativos para alcançar o nosso principal

objectivo estratégico: colocar os Clientes no

centro do nosso negócio. A qualidade e o

profissionalismo do nosso serviço ao Cliente

já fizeram com que ganhássemos vários

prémios de prestígio, incluindo o de Melhor

Contact Centre

Nacional, atribuído pela

(21)

2.1 O mercado português de telecomunicações

De acordo com os últimos dados disponibilizados pela Anacom, o valor do mercado português de

telecomunicações, em 2007, foi de 6,18 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 5,4%

relativamente ao ano anterior

1

. O peso do sector das telecomunicações no PIB decresceu uma taxa

aproximadamente estável de 0,2pp, nos últimos três anos, chegando aos 4,5% do total do PIB, em 2007. A

tendência de decréscimo também se aplica ao peso do sector de emprego nacional, com uma contribuição total de

0,25%, em 2007.

Embora o mercado de telecomunicações tenha vindo a crescer de forma significativa, esta tendência não se verifica da mesma forma em todos os tipos de serviços. Os 6,18 mil milhões de euros gerados em 2007 dividem-se da seguinte forma: 47,2% dizem respeito aos serviços móveis (um aumento de 0,3pp em relação a 2006); 16,9% aos serviços fixos de voz (um decréscimo de 3,3pp em comparação com 2006); os circuitos alugados representam 9,3% (0,1pp a menos do que em 2006); aos serviços de transmissão de dados – que incluem acesso à Internet de banda estreita/larga, fixa/móvel e outros serviços/tecnologias anteriores – corresponde 9,9% (2,1pp mais do que em 2006); à televisão paga corresponde 8,7% (um crescimento de 0,2pp desde 2006) e os serviços VoIP constituem 8,0% do total (um aumento de 1,3pp em relação a 2006).

Os serviços de transmissão de dados continuam a apresentar a taxa de crescimento mais interessante e sustentada dos últimos anos no mercado português das telecomunicações. Esta tendência é amplamente suportada por duas tecnologias de acesso à Internet: ADSL e acesso móvel. Não obstante este crescimento, de acordo com os dados de 2007, e comparando com a UE15, Portugal registou um dos aumentos mais baixos na penetração de serviços de banda larga da rede fixa, tendo registado um aumento anual de 16pp face aos 24pp de crescimento médio nos países da OCDE.

(22)

2.1 O mercado português de telecomunicações (continuação)

Com base nos últimos dados de mercado da Anacom, no 3T08 a penetração no mercado móvel em Portugal atingiu os 137% (face a 122,1% em 2006), valor acima da média da UE27, de 118% (valores de Outubro de 2007). Esta evolução foi impulsionada, em parte, pela detenção de mais do que um cartão SIM pelos Clientes, pela utilização máquina-a-máquina e pelo crescimento da banda larga móvel. No 3T08, a taxa de penetração da Internet de banda larga sobre a rede fixa atingiu 15,1%, comparativamente aos 14,8%, no final de 2007. Graças ao lançamento de ofertas de banda larga móvel, em que a Optimus foi pioneira com o lançamento do Kanguru, o número de utilizadores activos de banda larga móvel atingiu 19,8% da população naquele período, ao passo que a penetração da rede fixa diminuiu ligeiramente, passando para 38,9% (-0,5pp relativamente a 2007). Além disso, é de salientar que, em Setembro de 2008, a penetração relativa ao acesso de cabo (assinantes de cabo/população) apresentou um aumento de 1,7pp, atingindo uma taxa de penetração de 15,6%.

Durante os primeiros nove meses de 2008, o sector de telecomunicações apresentou uma média de 5,45 mil milhões de minutos por trimestre, o que representa um aumento de 4,67% relativamente ao ano anterior. Esta evolução resultou do crescimento de 10,7% do número de minutos móveis (enviados), que compensou por si só a diminuição de 2,3% no tráfego de voz de rede fixa e a diminuição de 53% no tráfego de Internet de banda estreita.

Mercado Móvel

No período de 12 meses até Setembro de 2008, o número total de assinantes de serviços móveis aumentou 12,4%. Esta evolução resultou não só do crescimento do número de Clientes de serviços pré-pagos (+ 7,5%), mas, principalmente, do elevado crescimento observado do número de assinantes de serviços pós-pagos (29,9%). No 3T08, o número de assinantes de serviços pós-pagos representava 25,2% do total de assinantes no mercado, em comparação com os 24,6% registados no ano anterior. Durante este mesmo período de 12 meses, o volume total de tráfego móvel, expresso em minutos, aumentou 11,9%, tendo a utilização de mensagens SMS continuado a crescer a um ritmo superior ao tráfego de voz, registando um aumento de 21,4% quando comparado com o período homólogo de 2007. O serviço de mensagens multimédia também aumentou 83,5% relativamente a Setembro de 2007, embora o tráfego total relativo a este serviço seja ainda limitado. O número e volume em minutos de vídeo-chamadas também cresceram consideravelmente, aumentando 61,4% e 307,7%, respectivamente, face ao período homólogo.

(23)

2.1 O mercado português de telecomunicações (continuação)

Mercado fixo

No período de 12 meses até Setembro de 2008, o número total de acessos à rede fixa instalados diminuiu 1,3%, para 4,021 milhões de acessos, devido à redução do número de linhas exclusivas de voz (-13,2%), não obstante o forte crescimento de acessos à rede fixa baseados em tecnologia GSM (+20,2%). No mesmo período, o tráfego na rede fixa diminuiu 5,8% em termos de número de chamadas e 2,4% em termos de minutos de tráfego de voz. Esta diminuição resultou, essencialmente, de: (i) migração contínua de Clientes de banda estreita para soluções de Internet de banda larga (ADSL, cabo e móvel), o que resultou numa redução de 51,5% no tráfego de banda estreita, em comparação com o mesmo período em 2007; e (ii) substituição de comunicações fixas por móveis, como se pode verificar pelo facto de o tráfego de voz na totalidade do sector continuar a crescer.

Durante o ano de 2008, os operadores alternativos de rede fixa continuaram a aumentar as suas quotas de mercado relativamente ao operador incumbente. No final do 3T08, estes operadores representavam 33,9% do tráfego total de voz em Portugal, expresso em minutos (em comparação com 33,6%, no mesmo período do ano anterior) e tinham alcançado, aproximadamente, 31% do número total de acessos directos (em comparação com 28,6% no 3T07). Esta evolução representa um aumento de quota de mercado de 13,1%. Embora o operador incumbente ainda tenha uma posição dominante nestes mercados, o crescimento contínuo de acessos fixos baseados na tecnologia GSM determinaram, em grande parte, estas mudanças no mercado de rede fixa em Portugal.

Relativamente aos Clientes de Internet, nos 12 meses até 30 de Setembro de 2008, o número de utilizadores de banda larga fixa aumentou 2,6%, para mais de 1,64 milhões, o que se justifica, maioritariamente, pelo aumento de 10,5% dos Clientes de acesso por cabo, facto que compensou a diminuição de 3,5% do número de Clientes ADSL. No 3T08, o mercado de banda larga fixa era composto por acessos ADSL, que representavam 58,1% do total (comparativamente a 58,3%, no ano anterior), por acessos por cabo, representando 40,4%

(comparativamente a 40,3%, no 3T07) e por outros tipo de acessos, no total de 1,5%. No que diz respeito à quota de mercado entre

operadores, no final do 3T08, o mercado de banda larga fixa estava essencialmente dividido entre a PT (com 40,7% de quota de mercado) e a Zon (com 29,6%). Os restantes operadores (incluindo outros operadores por cabo) detinham, conjuntamente, uma quota de mercado de 29,7% (face a 30,6% em Setembro de 2007).

(24)

2.1 O mercado português de telecomunicações (continuação)

Media

A imprensa diária generalista paga, de acordo com os últimos dados disponíveis (3T08), aumentou a média de circulação paga, o que poderá marcar o fim de uma tendência descendente que durou três anos consecutivos. A média diária de circulação paga em 2008 (de Janeiro a Setembro) aumentou 6,6%, relativamente ao período homólogo de 2007.

Durante este período, a quota de mercado do Correio da Manhã caiu 1,5pp, seguido pelo Público, que viu a respectiva quota de circulação cair 1,0pp, para 11,3%. A restante imprensa diária analisada manteve ou, em alguns casos, aumentou a quota de mercado.

Fonte: Marktest / Media Monitor

Relativamente ao mercado de publicidade, os investimentos publicitários totais na imprensa diária subiram 8,6% no período de 11 meses findo em Novembro de 2008. Esta subida resultou, claramente, do crescimento dos jornais gratuitos, tendo esta evolução mais que compensado a diminuição de 0,8% do mercado de publicidade na imprensa diária generalista paga. Durante o mesmo período, os investimentos publicitários nos jornais de distribuição gratuita aumentaram aproximadamente 57%.

2.1.1. Contexto Regulatório

Apresentam-se de seguida os principais desenvolvimentos regulatórios ocorridos durante 2008: 1. Licenciamento de frequências na banda 450-470 MHz

Em Março de 208, a Anacom aprovou o projecto de regulamento do concurso público para a atribuição das frequências na faixa dos 450 MHz – 470 MHz. As condições do concurso incluíam, entre outras, a exclusão de participação dos actuais prestadores de serviços de

telecomunicações móveis e SMRP. O concurso público contou apenas com um concorrente, ao qual acabou por ser atribuída a licença, denominado RNT (Rede Nacional de Telecomunicações), empresa detida em 85% pelo grupo britânico Telephony Holding e em 15% pela operadora portuguesa Radiomóvel (sendo que o concurso delimitava a sua participação a 20%). A Sonaecom contestou a decisão da Anacom, tendo apresentado uma queixa em tribunal contra a atribuição desta licença à RNT.

2. Serviço universal

Em Fevereiro de 2008, foi lançada uma consulta pública sobre o serviço universal (conjunto mínimo de serviços de comunicações definidos por lei, disponível para todos os utilizadores, independentemente da sua localização geográfica, em condições especiais para determinados grupos). Na consulta, o regulador solicitou comentários sobre uma multiplicidade de aspectos relativos ao serviço universal, incluindo o seu âmbito, condições de designação de prestadores e apuramento do respectivo custo. A consulta incluía ainda uma auscultação aos vários agentes do mercado, quanto ao seu interesse na prestação do serviço. Entretanto, o lançamento de um concurso público para a designação do(s) fornecedor(es) de serviço universal foi anunciado pela Anacom, mas ainda não são conhecidas datas concretas.

3. Entendimento da Anacom sobre o spin-off da Zon Multimédia

(25)

2.1 O mercado português de telecomunicações (continuação)

grossista de acesso desagregado e de banda larga), a Anacom anunciou que daria prioridade à reanálise destes mercados, processo que foi concluído no final do ano de 2008 (ver sumário abaixo).

4. Tarifas de Terminação Móvel

A Anacom emitiu, durante o 3T08, a decisão final respeitante às tarifas de terminação em redes móveis, definindo os preços a praticar a partir de 15 de Julho de 2008. Pela primeira vez, desde o lançamento do nosso negócio móvel, a decisão do regulador prevê a prática de preços assimétricos (20%) no tráfego móvel, em favor da Optimus, até 1 de Outubro de 2009.

TMN e Vodafone Optimus Assimetria

Anterior 0,11 0,11 0% 15-Jul-08 0,08 0,096 20% 01-Out-08 0,075 0,09 20% 01-Jan-09 0,07 0,084 20% 01-Abr-09 0,065 0,078 20% 01-Jul-09 0,065 0,072 11% 01-Out-09 0,065 0,065 0%

Montantes correspondem a euros por minuto

Posteriormente, a TMN e a Vodafone apresentaram uma providência cautelar contra esta decisão, requerendo a suspensão da eficácia da deliberação relativa ao controlo de preços no âmbito das tarifas de terminação em redes móveis individuais. A 22 de Agosto de 2008, foi apresentada pela Anacom uma resolução fundamentada, na qual defende a não-aceitação por parte do tribunal dessa providência cautelar. Neste sentido, o Anacom entende que somente a partir de 23 de Agosto entrariam em vigor os preços de terminação nas redes móveis definidos em deliberação prévia de Julho de 2008, os quais implicam assimetria de 20% favorável à Sonaecom.

5. Redes de Nova Geração

A Anacom lançou uma consulta pública respeitante às Redes de Nova Geração (RNG), onde o regulador colocou à apreciação do mercado uma série de questões que abrangem desde as soluções técnicas previstas e as respectivas condicionantes, passando pelas diversas alternativas regulatórias possíveis, de onde se destaca a análise às possíveis consequências para as actuais ofertas grossistas reguladas. Este processo de consulta terminou a 1 de Agosto de 2008, sendo, na altura, expectativa da Sonaecom que as directrizes regulatórias para o desenvolvimento das RNG em Portugal viessem a ser conhecidas o mais tardar em Outubro de 2008. Esta expectativa não foi cumprida. Deve salientar-se, também, que o Governo Português divulgou uma resolução do Conselho de Ministros, levada a cabo no dia 30 de Julho de 2008, que definia algumas directrizes para o desenvolvimento de RNG em Portugal e estabelecia os investimentos nessas redes como uma prioridade estratégica do país. Neste âmbito, o Governo definiu objectivos concretos que deverão ser alcançados até 2010. Entre estes, está o objectivo de ligar um milhão de pessoas a estas novas redes. Também solicitou ao regulador que analisasse a segmentação geográfica do mercado e desenvolvesse uma estrutura de regulação que incentive os investimentos na economia portuguesa, ao mesmo tempo que garanta a sustentabilidade da competição de mercado. Finalmente, o Governo anunciou que incluirá, no âmbito do Orçamento Público de 2009, medidas direccionadas para a promoção do investimento em RNG em áreas remotas ou menos povoadas e encontra-se actualmente em discussão uma nova legislação com o intuito de solucionar os constrangimentos identificados em relação às RNG.

6. Portabilidade

Perante os sérios problemas sentidos pelos operadores fixos no âmbito da portabilidade de número, a Sonaecom apresentou, durante o 2T08, um pedido de intervenção urgente ao regulador no sentido de se assegurar, por um lado, o cumprimento pela PT Comunicações das regras definidas no Regulamento de Portabilidade e, por outro, a alteração do próprio regulamento de modo a salvaguardar situações futuras. Estas alterações, caso aceites pelo regulador, permitiriam uma maior eficiência dos processos associados à portação do número, bem como uma maior simplificação do processo de mudança de prestador por parte dos Clientes finais, incentivando assim a concorrência no sector. Foi efectuada, no 4T08, uma consulta pública relacionada com a modificação do regulamento de portabilidade, a qual apenas abrangeu parte das preocupações da Sonaecom. O novo regulamento de portabilidade foi entretanto publicado.

7. Roaming Internacional

A Comissão Europeia anunciou, durante o 3T08, as suas propostas para alteração do Regulamento de Roaming, incluindo: (i) a extensão da regulação aos serviços de SMS (com a definição de preços máximos para os serviços de retalho e grossista de €0,11 e €0,04

respectivamente); (ii) transparência e regulação dos preços grossista dos serviços de dados (€1/MB); (iii) alargamento temporal da regulação das tarifas dos serviços de voz (até 2012); e (iv) tarifação ao segundo para as chamadas efectuadas em roaming (a vigorar a partir de 1 de Julho de 2009).

(26)

2.1 O mercado português de telecomunicações (continuação)

generalidade as propostas da Comissão. O texto aprovado pelo Conselho prevê que, a partir de 1 de Julho de 2009, o preço máximo por SMS enviado em roaming intra-comunitário seja de 0,11 euros (excluindo IVA).

Adicionalmente, o Conselho apoiou a extensão do prazo de aplicação da eurotarifa, nas chamadas de voz intra-comunitárias efectuadas e/ou recebidas em roaming, por mais três anos, bem como os limites máximos daquela tarifa propostos pela Comissão. Estes limites traduzir-se-ão numa descida tarifária gradual (no caso de chamadas efectuadas, desde os actuais 46 cêntimos por minuto até 34 cêntimos por minuto em 2012 e, para chamadas recebidas, desde os actuais 22 cêntimos por minuto até 10 cêntimos por minuto, em 2012).

No âmbito do processo de co-decisão relativo à proposta da Comissão, o Parlamento Europeu deverá pronunciar-se sobre a matéria, em primeira leitura, até ao final de Abril de 2009.

8. Análise dos mercados 4 e 5 (acesso partilhado e mercado grossista de banda larga)

No início de Dezembro de 2008, a Anacom submeteu à apreciação da Comissão Europeia a sua análise aos mercados 4 e 5 (acesso partilhado e mercado grossista de banda larga). Em termos concretos, a proposta do regulador português divide o país em duas zonas, as ditas zonas “competitivas” e “não competitivas”, sendo que nas primeiras são eliminadas determinadas obrigações do operador incumbente. Adicionalmente, o regulador abre a porta à regulação das redes de nova geração, nomeadamente via a regulação da fibra, mas sem concretizar, relegando para um momento posterior a definição de obrigações específicas. A Comissão acabou por aprovar a proposta do regulador, pedindo no entanto a sua adaptação, nomeadamente, no que se refere à necessidade de, com a análise do regulador sobre redes de nova geração, serem impostos remédios para a fibra óptica.

9. Novo modelo de taxas de a pagar à Anacom

Foi publicado durante o 4T08 o novo modelo de taxas a pagar pelos operadores ao ICP – Anacom. O novo modelo, aplicável a 2009, contempla, grosso modo, três tipos de taxas:

a) Taxação por número atribuído;

b) Taxa administrativa devida pelos custos de regulação incorridos pelo ICP – Anacom, sendo que o montante a pagar por cada operador depende do respectivo volume de proveitos;

c) Taxação pelo espectro atribuído.

Ainda no âmbito da taxação pelo espectro atribuído, e considerando ainda o anterior modelo, foi publicada a portaria do Governo que definiu uma redução de 30% – de €2,38 para € 1,65 – do valor a pagar por cada assinante relativamente ao 2º semestre de 2008.

Com o objectivo de aproveitar este novo modelo de taxação, a Sonaecom reavaliou as frequências que lhe estavam atribuídas e decidiu proceder à devolução do bloco de 2x28 MHz que detinha na faixa de frequências dos 3,6 GHz – 3,8 GHz (são mantidas as restantes

frequências assignadas para o mesmo efeito, detidas pela Sonaecom nas faixas dos 24 – 25 GHz) e, atendendo à ausência de condições para a respectiva rentabilização, foi também decidido proceder à devolução de 5MHz de espectro UMTS –TDD.

12. Licenças UMTS – Obrigações da Sociedade de Informação

(27)

2.2 Evolução dos negócios

2.2.1. Perspectiva consolidada

Os resultados da Sonaecom relativos ao exercício de 2008 mostram que a implementação da estratégia anteriormente anunciada foi bem sucedida, em particular no que diz respeito ao investimento nas actividades comerciais e na expansão da rede de telecomunicações móveis, ao mesmo tempo que registámos benefícios de escala com a integração das aquisições efectuadas em 2007 e outras medidas eficazes. Em 2008, a Sonaecom viu crescer a sua base de clientes de negócio móvel e reforçou o crescimento das receitas de clientes, ao memso tempo que gerou um EBITDA semelhante ao registado em 2007. Os resultados positivos em temros de receitas de clientes reflecte a capacidade da organização em identificar e concentrar esforços nas diversas oportunidades de crescimento nas suas áreas de negócio.

2.2.2. Demonstração de resultados consolidados

Milhões de euros 2008 2007 Variação

Volume de negócios 976,2 892,7 9,4%

Móvel 629,1 619,4 1,4%

Fixo 291,4 255,4 14,1%

Público 32,4 33,2 (2,2%)

SSI 120,1 79,5 51,1%

Outros & eliminações (96,9) (94,8) (2,2%)

Outras receitas 10,5 6,4 63,4%

Custos operacionais 804,5 724,9 11,0%

Custo das vendas 132,8 108,6 22,3%

Custos de rede (1)

320,1 298,3 7,3%

Custos com pessoal 94,8 95,0 (0,2%)

Marketing e vendas 103,0 96,5 6,8%

Serviços subcontratados (2)

82,4 65,6 25,7%

Despesas gerais e administrativas 57,1 47,2 20,9%

Outros custos operacionais 14,2 13,8 2,8%

Provisões e perdas de imparidade 21,9 12,2 79,7%

EBITDA 160,4 162,0 (1,0%) Margem EBITDA (%) 16,4% 18,1% (1,7pp) Móvel 142,4 153,7 (7,3%) Fixo 14,0 9,8 43,8% Público (3,2) (3,3) 1,5% SSI 7,1 4,6 55,3%

Outros & eliminações 0,0 (2,8)

-Depreciações e Amortizações 157,6 140,0 12,6% EBIT 2,8 22,0 (87,2%) Resultados financeiros (17,8) (21,5) 17,3% Proveitos financeiros 3,8 18,0 (79,1%) Custos financeiros 21,5 39,5 (45,5%) EBT (15,0) 0,5 -Resultado de imposto 20,2 36,6 (44,9%) Resultado líquido 5,2 37,2 (85,9%) Atribuível ao Grupo 5,0 36,8 (86,4%)

Atribuível a interesses minoritários 0,2 0,4 (41,3%)

(28)

2.2 Evolução dos negócios (continuação)

Volume de Negócios

Em 2008, o volume de negócios consolidado ascendeu a 976,2 milhões de euros, 9,4% acima do valor registado em 2007, resultado do aumento das receitas de serviços (+6,9%), que foram impulsionadas pelo crescimento de 9,8% registado nas receitas de Clientes, e de um nível mais elevado de vendas de produtos e equipamentos (+34,8%).

As receitas de serviços consolidadas aumentaram para 869,7 milhões de euros, em resultado, principalmente, do maior contributo dos negócios Telco e SSI. Os principais contributos, por tipo de negócio, foram os seguintes:

a) no negócio fixo, verificou-se um aumento nas receitas de serviços de 14,0%;

b) no negócio móvel, as receitas de serviços aumentaram 1,7% apesar do impacto, ao nível das receitas de operadores, de menores receitas de roaming-in, do novo plano de tarifas de terminação móvel e do aumento da competitividade em alguns segmentos de mercado, o que determinou uma redução da receita média por minuto;

c) na SSI, as receitas de serviços aumentaram 29,4%, em virtude do positivo desempenho de todos os seus negócios, em particular da WeDo, que registou um crescimento de 33% do volume de negócios face ao período homólogo;

d) no Público, verificou-se uma quebra nas receitas de publicidade da ordem dos 5,7%, resultado da deterioração generalizada das condições do mercado publicitário.

De salientar que as receitas de Clientes consolidadas continuam a apresentar taxas de crescimento elevadas (aumento de 9,8% face a 2007), impulsionadas sobretudo pelo crescimento das receitas de Clientes no negócio fixo (+23,7%) e na SSI (+29,4%), mas também pelo aumento de 3,8% no negócio móvel, um resultado positivo no actual ambiente económico e competitivo.

Custos operacionais

O total de custos operacionais, excluindo Custo das Vendas (COGS), ascendeu a 671,7 milhões de euros, um aumento de 9% face a 2007 e representando 77,2% das receitas de serviços (aproximadamente 1,5pp acima do nível registado em 2007). De realçar ainda que, no 4T08, o total de custos operacionais excluindo COGS era inferior em 5,7% face ao 4T07.

Os principais factores que contribuíram para a evolução dos custos operacionais, para além do contributo das empresas adquiridas em 2007, foram os seguintes:

a) aumento dos custos de rede em 7,3% face a 2007, em consequência de: (i) aumento de 7,7% verificado nos custos de interligação e conteúdos, resultado do aumento do volume de tráfego e do alargamento da base média de Clientes ULL, o que originou um aumento significativo dos custos mensais associados a esta actividade, e (ii) aumento em 11,4% dos custos com circuitos alugados; b) aumento de 6,8% dos custos de marketing e vendas, reflexo sobretudo dos investimentos realizados na área de

telecomunicações, nomeadamente na aquisição de Clientes, no lançamento de novos produtos e serviços e campanhas publicitárias associadas, e na operação de relançamento da marca Optimus, ocorrida no início de 2008;

c) aumento das despesas gerais e administrativas e outros custos operacionais em 10,3 milhões de euros face a 2007, resultado: (i) do aumento da base de Clientes no negócio móvel e respectivos custos de licença; (ii) do crescimento significativo da base de Clientes “pós-pagos” no negócio móvel e da base de Clientes no negócio fixo, com impacto ao nível dos custos de facturação e de apoio ao Cliente; e (iii) dos maiores custos associados à presença internacional alargada dos negócios da SSI;

d) aumento dos custos de serviços subcontratados em 16,8 milhões de euros, devido: (i) ao aumento dos custos com o serviço ao

Cliente, com o objectivo de aumentar a satisfação dos Clientes na área de telecomunicações; e (ii) maior nível de subcontratação na área SSI, devido à necessidade de apoiar o crescimento do seu volume de negócios.

Os custos com pessoal diminuíram cerca de 0,2% face a 2007, em consequência de um número total de colaboradores relativamente estável e do impacto da reavaliação, a preços de mercado, das responsabilidades decorrentes dos planos de incentivos de médio prazo liquidados em numerário.

As provisões e perdas de imparidade aumentaram, em 2008, aproximadamente 9,7 milhões de euros face ao período homólogo, essencialmente, como resultado da nossa decisão, no 3T08, de aumentar as provisões para Clientes de cobrança duvidosa, em consequência do aumento sustentado do nível de facturação e, simultaneamente, da deterioração da conjuntura económica.

EBITDA

Em resultado das variações, supra referidas, na receita e nos custos, o EBITDA consolidado diminuiu 1,0%, para 160,4 milhões de euros em 2008, gerando uma margem de 16,4%, inferior à margem de 18,1% verificada em 2007. De salientar que, em termos de desempenho trimestral, a margem EBITDA cresceu de 16,7% no 4T07 para 17,4% no 4T08. A decomposição do EBITDA por área de negócio foi a seguinte:

a) na área do negócio móvel, o EBITDA foi de 142,4 milhões de euros, inferior em cerca de 7,3% ao EBITDA registado em 2007, devido, principalmente, ao impacto negativo da redução das receitas de roaming-in, ao maior volume de subsidiação de terminais, ao aumento de 11,0% verificado nos custos de marketing e vendas no exercício e ao aumento de 22,3% dos custos de outsourcing (incluindo serviço ao Cliente);

b) na área de negócio fixo, o EBITDA ascendeu a 14,0 milhões de euros (aumento de 43,8% face ao 2007), essencialmente devido ao efeito das economias de escala possibilitadas pela maior base média de Clientes de acesso directo;

c) na SSI, o EBITDA aumentou 55,3% para 7,1 milhões de euros, em 2008, com melhoria do EBITDA em todas as empresas desta área de negócio, particularmente na WeDo e na Bizdirect;

d) no Público, o EBITDA foi negativo em cerca de 3,2 milhões de euros o que representa, todavia, uma melhoria de 1,5%, quando comparado com 2007, decorrente do aumento do nível de vendas de jornais (aumento de 1,8% face a 2007) e da redução em 0,5% do total de custos operacionais, sendo contudo estes impactos atenuados pela performance negativa ao nível das receitas de publicidade.

Resultado Líquido

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2.2 Evolução dos negócios (continuação)

Os encargos com amortizações e depreciações aumentaram 17,6 milhões de euros, face a 2007, ascendendo a 157,6 milhões de euros, resultado do aumento da base de activos por via quer dos investimentos efectuados na expansão das redes móvel e fixa, quer das aquisições de empresas efectuadas durante o ano de 2007. De realçar ainda que, durante o 3T08, se iniciou a amortização dos 91,3 milhões de euros de activos incorpóreos reconhecidos como CAPEX em 2008, relacionados com as obrigações assumidas no âmbito do programa “Iniciativas-E”. Comparativamente a 2007, os custos financeiros líquidos diminuíram 17,3%, para 17,8 milhões de euros em 2008, reflectindo:

a) custos financeiros inferiores em 18,0 milhões de euros. De salientar que, em 2007, os juros suportados incluem os juros pagos num empréstimo da Sontel BV, relacionado com a Oferta Pública sobre a PT, e o reconhecimento dos encargos financeiros diferidos (11,1 milhões de euros) relativos ao anterior financiamento da Optimus, que foi cancelado em Setembro de 2007. Excluindo estes efeitos, os custos financeiros seriam ainda assim inferiores em cerca de 1,8%, devido a uma redução do nível médio da dívida bruta em 2008, que foi possível graças ao refinanciamento da dívida da Optimus, e apesar de um ligeiro aumento do custo médio da dívida (que passou de 4,8% em 2007 para 5,1% em 2008), reflexo dos movimentos das taxas de juro de mercado; e

b) redução dos proveitos financeiros em 14,2 milhões de euros, reflectindo o menor nível médio de liquidez em 2008 e os impactos pontuais, ocorridos em 2007, associados às mais-valias geradas pela alienação da participação detida na “Despegar” (3 milhões de euros) e das acções da PT (2,3 milhões de euros).

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2.2 Evolução dos negócios (continuação)

2.2.3 Balanço Consolidado

Milhões de euros 2008 2007 Variação

Total do activo líquido 1.973,4 1.758,6 12,2%

Activos não correntes 1.510,7 1.353,9 11,6%

Imobilizações corpóreas e incorpóreas 858,6 722,6 18,8%

Goodwill 526,0 528,2 (0,4%)

Investimentos 1,2 2,0 (38,2%)

Impostos diferidos activos 124,9 101,1 23,5%

Activos correntes 462,8 404,7 14,3% Clientes 173,7 192,0 (9,5%) Liquidez 105,7 83,9 26,1% Outros 183,4 128,8 42,3% Capital próprio 929,0 935,4 (0,7%) Grupo 928,5 934,6 (0,6%) Interesses minoritários 0,5 0,9 (47,7%) Total passivo 1.044,5 823,2 26,9%

Passivo não corrente 572,4 422,6 35,4%

Empréstimos bancários 381,7 373,2 2,3%

Provisões para outros riscos e encargos 32,2 30,9 4,3%

Outros 158,5 18,5 -Passivo corrente 472,1 400,6 17,8% Empréstimos bancários 5,0 0,6 -Fornecedores 179,1 185,3 (3,4%) Outros 288,0 214,6 34,2% CAPEX operacional (1) 192,1 162,8 18,0%

CAPEX operacional como % do Volume de negócios 19,7% 18,2% 1,4pp

CAPEX total 289,7 235,8 22,8%

EBITDA –CAPEX operacional (31,7) (0,8)

-Cash flow operacional (2)

(59,5) 55,5

-FCF (3)

14,1 59,6 (76,4%)

Dívida bruta 405,5 393,7 3,0%

Dívida líquida 299,7 309,8 (3,3%)

Dívida líquida/EBITDA últimos 12 meses 1,9x 1,9x

-EBITDA/Juros (4) últimos 12 meses

8,1x 5,9x 2,2x

Dívida/(Dívida + Capital próprio) 30,4% 29,6% 0,8pp

Excluindo a operação de securitização:

Dívida líquida 399,0 309,8 28,8%

Dívida líquida/EBITDA últimos 12 meses 2,5x 1,9x 0,6x

EBITDA/Juros (4) últimos 12 meses

8,1x 5,9x 2,2x

(1) CAPEX operacional exclui investimentos financeiros, provisões para desmantelamento de sites e outros investimentos não-operacionais. (2) Cash flow operacional = EBITDA –CAPEX operacional – Variação de fundo de maneio – itens não monetários e outros.

(3) FCF após custos financeiros e antes de fluxos de capitais e custos de emissão de empréstimos. (4) Cobertura de juros.

Estrutura de Capital

A dívida bruta consolidada continua a ser maioritariamente contratada pela Sonaecom SGPS, sendo a alocação de liquidez entre as várias subsidiárias efectuada através de financiamentos internos. No final de 2008, a maturidade média ponderada das linhas de crédito do grupo Sonaecom era de aproximadamente 2,9 anos.

Em 2008, a dívida bruta consolidada totalizava 405,5 milhões de euros, um aumento de 11,8 milhões face ao final de 2007 e incluía principalmente:

 150 milhões de euros relativos a um empréstimo obrigacionista de longo prazo, com maturidade em Junho de 2013;  211,0 milhões de euros utilizados no âmbito do Programa de Papel Comercial (cujo montante máximo disponível é de 250

Referências

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