CRIA
ÇÃO
VEND
AS
PRODUÇ
ÃO
Gestão de Estoque nos Setores da Moda
e dos Produtos Criativos Híbridos
O que você precisa saber sobre
como o
risco e o tempo estão
Histórias de empresas que ajudam
a entender como fazer moda.
Este e-book faz parte da série Diomedea E-books, que tem por objetivo transmitir conceitos impor-tantes da área da moda, através de histórias verídicas de empresas do setor.
O público-alvo da série é: empresários que estão começando no setor da moda ou que já estão no mercado há algum tempo; gerentes de pequenas a grandes empresas, que atuam nas áreas de comer-cial, produção e criação; profissionais que querem propor soluções onde trabalham, sem desequilibra-rem a empresa; alunos que desejam saber mais sobre o funcionamento desse mercado em que estão ingressando, além de demais interessados pela área da moda.
Todos os e-books abordam conceitos específicos, com base na metodologia internacional HCP (Hybrid
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO ...04
1. OS EFEITOS DO AUMENTO DO RISCO E DO ENCURTAMENTO DO TEMPO COMERCIAL DO PRODUTO...05
2. O EFEITO TEMPO: A INOVAÇÃO DEPENDE DO “QUANDO”...09
3. O EFEITO RISCO LEVA A EMPRESA A REUNIR SEUS ESTOQUES...14
4. OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES...18
CONCLUSÃO...24
PARA SABER MAIS...25
A METODOLOGIA INTERNACIONAL HCP...26
SOBRE O AUTOR...28
SOBRE A DIOMEDEA...29
MATERIAIS RELACIONADOS...30
COMO CITAR ESTE E-BOOK...31
Índice
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E
DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS APRESENTAÇÃO
Apresentação
errar aumentou e, assim, aumentaram os custos paraatender ao mercado.
O alto riscocoloca em xeque o sistema de produção que se baseia no “tempo longo” de criação e de produção, já que a vida comercial do produto de moda é muito menor do que antes. Além disso, a alta
velocidade de consumo é uma característica comum a todos os mercados do mundo contemporâneo, e a combinação entre essa velocidade e o aumento do risco no mercado é a raiz de muitos problemas enfrentados pelas empresas atualmente.
Um desses principais problemas diz respeito à
forma de construir e gerir estoques. Normalmente, buscam-se respostas nas metodologias de gestão de estoque disponíveis no mercado, no entanto, a maior parte dessas metodologias não ensina a lidar com o produto-moda, que é muito diferente: não se trata de um produto 100% manufatureiro nem de um produto 100% criativo, mas de um híbrido. Essa característica torna a gestão de estoque desse tipo de produto especialmente desafiadora, como será explicado nos capítulos seguintes.
Boa leitura!
Equipe Diomedea Brasil
F
alar sobre gestão de estoque e como ela tem um papel fundamental nos negócios é algo que vem sendo debatido incansavelmente em livros, aulas e palestras por todo o mundo. Porém, o que você verá neste e-book se refere mais especificamente ao universo da moda.Afinal, é do interesse das áreas de Criação, Produção e Vendas que o estoque seja o maior possível,uma vez que isso facilita o trabalho de todos esses setores: no caso das Vendas, há a garantia de que todos os clientes terão à sua disposição todos os produtos em todos tamanhos e cores possíveis; para a Produção, há um aumento da eficiência através de lotes maiores; e a Criação deseja oferecer novidades e variabilidade constantemente, portanto, ter estoque alto de tecidos e produtos acabados oferece mais garantias para que esse objetivo seja alcançado
01
Os efeitos do
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS
OS EFEITOS DO AUMENTO DO RISCO E DO ENCURTAMENTO DO TEMPO COMERCIAL DO PRODUTO
Os efeitos do aumento do risco e do encurtamento
do tempo comercial do produto
V
amos utilizar aqui algumas expressões conhecidas das metodologias de gestão de estoque:• Pull: do inglês “puxar”, utilizado para descrever sistemas que se
baseiam na demanda. A empresa não produz nada que não seja previamente pedido (puxado) pelo mercado.
• Push: do inglês “empurrar”, utilizado para descrever sistemas
que empurram a produção para o mercado. A empresa não espera o pedido; ela produz e oferece, empurrando a demanda/ mercado.
• Push-pull: sistema que tem a parte inicial empurrada, mas que
depois reage sob demanda.
• Pull-push: sistema que tem a parte inicial ativada sob demanda,
mas que a partir de certo ponto se torna empurrado.
Primeiro, vamos começar com uma observação que muitos esquecem de fazer quando se trata de um setor criativo híbrido: uma empresa de moda não
pode ser pull-pull no sentido puro do termo, ou seja, 100% baseada na demanda. É preciso que na fase de criação ou na fase de produção haja uma “oferta empurrada” (push); em outras palavras, a empresa deve assumir uma parte do risco antecipando a criação ou a produção em relação à manifestação da demanda no mercado.
Existem empresas que escolhem o sistema
push-pull porque isso lhes permite antecipar a
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GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS
OS EFEITOS DO AUMENTO DO RISCO E DO ENCURTAMENTO DO TEMPO COMERCIAL DO PRODUTO
Em ambos os casos, como vimos, existe uma produção no escuro, que é realizada porque a
empresa precisa tornar o leadtime o mais curto possível; assim, mesmo no modelo sob encomenda, normalmente se realiza um estoque prévio de produto acabado, chamado de “pulmão da coleção”, que tem como objetivo dar conta dos primeiros pedidos.
Se você tem interesse em se aprofundar nos pontos fracos e nos pontos fortes dos modelos Por Pedido e
Pronta Entrega, acesse o E-book clicando aqui.
Independentemente do sistema que sua empresa utilize, a empresa tem a necessidade de buscar
manter o valor do estoque constante no tempo e no espaço (área) do depósito (aqui chamamos de depósito o seu almoxarifado ou centro de estoque e distribuição a fim de facilitar a sua leitura).
A figura exibida na próxima página mostra
visualmente de que forma o efeito TEMPO
(encurtamento da vida comercial do produto) e o
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS
OS EFEITOS DO AUMENTO DO RISCO E DO ENCURTAMENTO DO TEMPO COMERCIAL DO PRODUTO
O EFEITO DO TEMPO E DO RISCO SOBRE O ESTOQUE
EFEITO
TEMPO
Para manter constante o
Valor do estoque/tempo
EFEITO
R I S C O
E F E I T O
TEMPO + RISCO
Para manter constante
V e n d a s / e s t o q u e
Para manter constante o
02
O efeito tempo:
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E
DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS O EFEITO TEMPO: A INOVAÇÃO DEPENDE DO “QUANDO”
O efeito tempo: a inovação depende do “Quando”
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anos e 9 meses. Esse foi o ciclo de vida do inicialmente chamado Volkswagen Typ 2, mas que no Brasil ficou conhecido apenas como Kombi.O xodó dos brasileiros nasceu em 1950 na Alemanha, chegou ao Brasil em 1953 e sua produção nacional se iniciou em 1957. Ao longo do tempo, sofreu alterações em sua performance: partindo de 1.1 boxer refrigerado a ar de 25 cv e com câmbio de quatro marchas não sincronizadas, chegou à sua última versão com quatro-cilindros em linha 1.4 flex com injeção eletrônica de 80 cv. O ano de interrupção da sua produção no Brasil, 2013, foi marcado por muitas homenagens à Kombi, que marcou gerações.
Você já imaginou se sua empresa tivesse um produto com um ciclo de vida tão longo assim?Seria possível ter um alto estoque do mesmo modelo por um
longo tempo! Porém, na moda, são poucos os casos de produtos com vida muito acima da média dos demais, mas isso pode acontecer (não por 63 anos, mas por algumas coleções seguidas). Por exemplo, na moda íntima, é comum lidar com os “permanentes”, aqueles produtos que precisam ser constantemente ofertados e que sofrem poucas modificações.
No entanto, o que tem incomodado a mente e o bolso dos empresários está muito mais ligado aos produtos que sofrem muito com o efeito tempo.
Quando a vida comercial do produto é
curta, não é possível investir em grandes
volumes de produção porque esse estoque
perde valor rapidamente.
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da matéria-prima, como tecidos e aviamentos, a possibilidade de usar esse estoque está diretamente ligada à adequação dessa matéria-prima aos modelos que saem do setor de criação. No caso do produto acabado, o seu valor está diretamente ligado à velocidade com que o mesmo consegue chegar ao mercado.
Sendo assim, o objetivo da empresa se torna ter
uma gestão de estoque que mantenha o valor efetivo da matéria-prima ou do produto o mais constante possível ao longo do tempo. A solução para isso é
reduzir o volume de estoque por referência, porque isso significa manter um ciclo de produção mais curto, seja para a compra da matéria-prima, seja para a produção de lotes menores ou produtos em bases para serem personalizados posteriormente (o chamado “estoque seco”).
Na figura a seguir, as formas diferentes representam estoques de referências diferentes, mostrando como o efeito tempo diminui a quantidade de estoque de cada referência.
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E
DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS O EFEITO TEMPO: A INOVAÇÃO DEPENDE DO “QUANDO”
Dica
Você já experimentou a técnica recomendada pela Metodologia HCP® de medir a idade do seu estoque? As empresas que sofrem com um alto estoque de matéria prima e precisam desovar essa quantidade excessiva deveriam fazer uma primeira análise: estabelecer a quantidade de estoque comprada nos últimos 6 meses, no último ano, nos últimos 18 meses, e assim por diante.
Faça isso e classifique seu estoque de matéria prima por idade. Assim, a melhor estratégia para enxugar o seu
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GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS
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GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E
DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS O EFEITO RISCO LEVA A EMPRESA A REUNIR SEUS ESTOQUES
O efeito risco leva a empresa a reunir seus
estoques
N
a moda, o estoque de um modelo nuncase limita a isso: é o estoque de um modelo somado à uma grade de tamanhos e variantes de cores. Quando colocado em SKUs (sigla em inglês para Stock Keeping Unit, ou Unidade de Manutenção de Estoque), a complexidade da
gestão do estoque de um modelo se multiplica em várias vezes. Por exemplo, um modelo com 3 variantes de cor e uma grade de 5 tamanhos (PP-P-M-G-GG) teria 15 SKUs.
Por isso, quem consegue manter um estoque centralizado geralmente tem uma vantagem: evitar
a quebra de grade de tamanhos e de cor. Um exemplo de modelo de negócio que está sendo usado por muitas empresas internacionais e tem esse ponto forte se baseia no showroom – neste caso as lojas físicas não possuem estoque. O cliente conhece a marca e o produto pessoalmente, mas realiza a sua compra online e recebe o seu produto em seu endereço, direto de um centro de distribuição.
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DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS O EFEITO RISCO LEVA A EMPRESA A REUNIR SEUS ESTOQUES
Quando o risco cresce, é mais provável que
um produto se encontre no estoque errado
no momento errado. O produto existe
no estoque, mas não está fisicamente
disponível no local em que se manifesta a
demanda.
Para manter constante o valor total do estoque no espaço, é necessário agrupá-lo, mantendo o estoque unido pelo maior tempo possível – ou, se preferir, atrasando ao máximo a separação dos produtos em relação à manifestação da demanda. Quanto mais tempo mantenho os estoques unidos, mais terei condições de dividi-los de acordo com uma lógica pull, permitindo que o mercado construa o estoque de que necessita. Caso contrário, os depósitos tenderão a se fragmentar em pequenos grupos de produtos incompletos (por exemplo, em que há falta de tamanhos) o que, comercialmente, irá desvalorizar os produtos em relação à uma composição de estoque correta. Quando agrupo os estoques em um só, reduzo o risco de que um produto não seja encontrado pelo cliente.
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Os efeitos tempo e
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OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES
S
e o efeito tempo induz a empresa areduzir o volume e o efeito risco induz a empresa a centralizar o estoque, temos como consequência estoques menores e mais concentrados. O depósito tende a diminuir e se centralizar, porque ambas as estratégias têm o objetivo de manter constante o valor do estoque no tempo e no espaço.
Sendo assim, há pouca margem para erros e o custo de tomar uma decisão errada é muito maior. Como decidir que estratégia utilizar?
Antes de responder, precisamos explicar como calcular um indicador importante: a razão entre o número de produtos necessários e o número de produtos vendidos. Ou, se preferir, a razão entre o Volume Produzido (VOLP) em relação ao
Volume Vendido (VOLV) – Este indicador permite entender quantos produtos devo ter em estoque
para cada produto vendido. A empresa tem o objetivo de manter este indicador o mais próximo possível de 1. Em outras palavras, o objetivo é que a quantidade produzida seja a mais próxima possível da quantidade vendida, mas se esses dois números forem iguais, significa que estamos perdendo venda.
INDICADOR (VOLP/VOLV)
Volume Produzido
VOLP
VOLV
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OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES
1. Diminuir o Volume Produzido (VOLP): agrupar o estoque e diminuir a produção de cada referência é uma estratégia usada por muitas empresas de moda. Significa tornar a produção mais disponível para o mercado e menos sujeita a perder valor no tempo. Busca-se o leadtime curto de produção com o objetivo de manter um estoque baixo de forma constante. Procurar vender em segmentos ou mercados não sazonais juntar segmentos/mercados com alta demanda em momentos distintos, ou ainda atender mercados com vendas mais constantes são formas de diminuir a necessidade de ter um grande estoque em determinado momento do ano.
Todas as técnicas inspiradas pelas teorias de produção enxuta (Lean) e das restrições (TOC) se baseiam na capacidade de reagir rápido a mudanças de demanda sem ter grandes estoques de produção.
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DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES
3. Produzir um estoque “universal”: essa terceira estratégia, utilizada por algumas empresas de moda internacionais, se baseia naprodução de um estoque
de bases que podem ser personalizadas depois que a demanda mostra a “direção”. Na prática, isso consiste em atrasar ao máximo a personalização do produto, tornando o estoque mais “atemporal” e permitindo que ele seja separado no último momento possível. O produto continua sendo variável e tendo um ciclo comercial curto, mas é construído com base em uma composição de elementos conhecidos e combinados segundo a necessidade do mercado. É a combinação,
e não os elementos, que variam: os elementos são os mesmos, mas as diferentes combinações geram diferentes resultados de produto.
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OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES
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OS EFEITOS TEMPO E RISCO LEVAM A EMPRESA A REDUZIR E REUNIR SEUS ESTOQUES
número? Como aquele número pode ser correto para uma empresa que oferta 80% de básico e 20% de fashion, e o mesmo número ser usado para uma empresa que oferta 20% de básico e 80% de fashion? Sem considerar que além do efeito tempo existe o efeito risco: como pode aquele número ser válido tanto para uma empresa que tem um faturamento grande quanto para uma empresa de faturamento pequeno, com muitas lojas ou com uma loja apenas?
Seja diferente de quem oferece regras fáceis: para ser um bom empresário, é preciso entender do assunto, aprender uma metodologia e saber
aplicá-la em relação às mudanças da empresa e do mercado.
Dica
Qual é meu estoque ideal? Se quero vender X,
que quantidade de estoque devo multiplicar por X? Seria, por exemplo, duas vezes mais?
Apesar de encontrarmos muitas soluções pré-prontas na internet e de muito consultores quererem dar uma solução pronta, infelizmente a resposta ideal NÃO EXISTE!
Se você acompanhou até aqui, já entendeu o porquê: isso depende da vida comercial do
produto e cada empresa tem uma velocidade de troca de coleção muito particular. Além disso,
estabelecer a mesma regra para um produto básico e para um produto fashion é algo muito errado.
GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS
Conclusão
PARA SABER MAIS: ACOMPANHE NOSSOS CONTEÚDOS Siga-nos nas redes sociais:[Livro] A Economia da Moda (2017)
@diomedea_brasil /diomedeabrasil
Equipe Diomedea Brasil
C
omo você deve ter observado, nenhuma estratégia de gestão de estoque é exclusivamente relacionada ao estoque, mas gera um impacto em todo o modelo de negócio da empresa. Seja pela decisão de produzir menos volume por referência, vender mais, ou ainda ter um “estoque seco” a ser personalizado, tudo isso gera consequências na dinâmica do tripé de uma empresa de moda: as áreas de Criação, Produção e Vendas.GESTÃO DE ESTOQUE NOS SETORES DA MODA E
DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS PARA SABER MAIS
A metodologia internacional HCP
2. Abordar qualquer problema dentro de um
específico modelo de negócio, ou seja, enxergar a empresa de moda como um ponto de equilíbrio
entre os três pilares, criação, produção e distribuição/vendas;
3. Gerenciar o equilíbrio entre a cadeia do valor
imaterial (marca, design, comunicação, marketing, etc.) e a do valor material (modelagem, matéria prima, produção industrial etc.)
Na prática, a metodologia consiste na análise das relações entre os setores da criação, da produção e da distribuição/vendas: como os setores se conectam entre si, quais vantagens uma eficiente conexão entre eles pode trazer para empresa; e, por outro lado, quais os impactos para a empresa se essa comunicação não é realizada ou se é realizada com pouca eficácia.
O
grande diferencial da metodologiainternacional HCP (Hybrid Creative Product ou Produto Criativo Híbrido) é o fato de: 1. Ser específica do setor da moda e dos setores
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DOS PRODUTOS CRIATIVOS HÍBRIDOS PARA SABER MAIS
A metodologia HCP prevê, portanto, um olhar para o modelo de negócio como um todo.
Aplica-se a todos os setores criativos híbridos, dentre os quais a moda é o mais significativo. Os setores criativos híbridos são aqueles em que o valor do produto se constrói tanto na cadeia criativa e imaterial, quanto na cadeia física e material (cadeia manufatureira).
A metodologia da Diomedea busca revelar os chamados “custos invisíveis”, aqueles custos que não são facilmente identificáveis, porque se formam precisamente entre as funções.
Esse novo modo de pensar deriva de uma visão circular das principais funções de criação do valor do produto (e então dos custos), em oposição a uma visão linear e sequencial que não é adequada para os produtos criativos híbridos, que demandam uma visão total das escolhas feitas em cada função. Não se pode considerar apenas os custos específicos
Sobre
o autor
E
nrico Cietta é economista, fundadorda Diomedea e criador da metodologia
internacional HCP (Hybrid Creative Product ou Produto Criativo Híbrido). Essa metodologia foi disseminada graças aos livros “A Revolução do Fast Fashion” (2012) e “A Economia da Moda” (2017), publicados em vários países, e às consultorias realizadas para empresas de moda internacionais.
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Sobre a
Diomedea
A
Diomedea tem sede em Milão (Itália) onde atua há mais de 20 anos propondo estratégias de negócios nos setores criativos híbridos, incluindo o ramo da moda. Possui sedes operativas na Itália e no Brasil. No Brasil, atua desde 2014 com consultoriaestratégica em negócios de moda com a
metodologia exclusiva HCP, apoiando nosso cliente para o entendimento e a aplicação da metodologia. Atuamos em diversos segmentos: moda feminina, moda masculina, jeanswear, lingerie, moda praia, moda infantil, calçados, luxo, startups, dentre outros.
Até outubro de 2020, mais de 40 cidades do país já receberam palestras ou workshops da metodologia Diomedea.
E-mail: info@diomedea.com.br Site: www.diomedea.com.br
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perspectiva de mercado envolvendo todos os agentes de produção, aproximando o
leitor de cenário macro da moda. Conheça a metodologia fundada por Enrico
Como citar este e-book
CIETTA, Enrico. Gestão de estoque nos setores da moda e dos produtos criativos híbridos: O que você precisa saber sobre como o risco e o tempo estão impactando o seu estoque. São Paulo: Diomedea e-books; 2020. Disponível em meio eletrônico.
Créditos
DESIGN GRÁFICO [CAPA]: Luiza Freitas
DESIGN GRÁFICO [DIAGRAMAÇÃO]: Nayara Ribeiro REDAÇÃO: Enrico Cietta
REVISÃO DE TEXTO: Fernanda Brener Gale
ORGANIZAÇÃO E EDITORAÇÃO DO EBOOK: Luiza Freitas