GUIA SOBRE SUBSTÂNCIAS
E MATERIAIS NOCIVOS
SUMÁRIO
Introdução
2
O que são substâncias químicas?
2
O que são substâncias perigosas?
2
O que são substâncias químicas proibidas?
2
O que são substâncias químicas de uso restrito?
3
Diretrizes básicas de gestão
3
Saúde das pessoas
4
Capacitação dos envolvidos
4
Sinalização
5
Prevenção de danos e perdas
5
Documentação
6
Transporte, manuseio, acondicionamento e armazenamento
6
Descarte
7
Anexo 1: Definições
8
Anexo 2: Lista de Substâncias Proibidas
10
Anexo 3: Lista de Substâncias de Uso Restrito
18
GUIA SOBRE SUBSTÂNCIAS E MATERIAIS NOCIVOS
Introdução
Assegurar a utilização apropriada de substâncias e produtos químicos, assim como restringir e evitar o uso de substâncias perigosas, é parte integrante das práticas de negócios do Rio 2016™.
Os fornecedores devem evitar a utilização ou fornecimento de produtos que exijam, em sua fabricação, distribuição ou processo de descarte, a utilização de materiais ou substâncias nocivas ao ser humano ou ao meio ambiente.
O objetivo deste Guia sobre Substâncias e Materiais Nocivos é divulgar como o Rio 2016™ tratará a utilização desses materiais e substâncias, conforme previsto no Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentável Rio 2016™.
O que são substâncias químicas?
São substâncias que contêm componentes químicos em seu estado natural ou obtidos por qualquer processo de produção, podendo conter qualquer aditivo necessário para preservar a estabilidade do produto e quaisquer impurezas do processo utilizado.
O que são substâncias perigosas?
São substâncias que em uma ou mais de suas formas podem acarretar danos ao meio ambiente, às pessoas ou à comunidade. Os danos podem ocorrer em atividades habituais ou por meio de acidentes.
O que são substâncias químicas proibidas?
São aquelas cujo uso é controlado ou que têm sua comercialização proibida dentro de um ou mais requisitos regulamentadores para proteger a saúde humana e/ou o
de retirada) do mercado interno pela indústria ou que passaram a ser desconsideradas em processos internacionais de aprovação.
O que são substâncias químicas de uso restrito?
São aquelas cujo uso é limitado por regulamentações ou para as quais há dúvida científica razoável sobre sua adoção e riscos. Incluem-se também substâncias químicas perigosas que ainda não tiveram seu uso vetado por falta de substitutivos viáveis. Para essas substâncias, devem ser aplicados controles que evitem danos à saúde humana e ao meio ambiente. Podem também ser aplicadas restrições na composição dos produtos e incentiva-se ainda a pesquisa de opções para substituição no curto prazo.
As listas de substâncias proibidas e de uso restrito pelo Rio 2016TM estão nos anexos 2 e 3 deste guia e devem ser rigorosamente seguidas por todos os fornecedores. Os fornecedores devem evitar a utilização ou o provimento de produtos fabricados ou distribuídos por meio da utilização de materiais ou substâncias nocivas ao ser humano ou ao meio ambiente.
É importante a constante avaliação de opções de melhoria de processo e aplicação de produtos químicos que causem menor impacto ao ser humano e ao meio
ambiente em toda a cadeia produtiva (desde a produção, passando pela
comercialização, distribuição e utilização, e chegando até o descarte). Tais critérios serão integrados em nossas especificações técnicas e considerados em nossas
decisões de negócio, conforme detalhado no Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentável Rio 2016™.
Diretrizes básicas de gestão
Para o Rio 2016TM, os seguintes aspectos são essenciais para uma boa gestão de substâncias químicas:
• Saúde das pessoas
• Capacitação dos envolvidos • Sinalização
• Prevenção de danos e perdas • Documentação
• Transporte, manuseio, acondicionamento e armazenamento • Descarte
• Substâncias proibidas e restritas
Saúde das pessoas
É importante a realização de avaliações de exposição para assegurar a saúde de todos os envolvidos nos processos em que produtos químicos sejam utilizados, incluindo funcionários, contratados, comunidades expostas e consumidores.
Para substâncias perigosas, é necessário o monitoramento periódico, de acordo com os padrões legais aplicáveis, da saúde dos funcionários envolvidos no processo produtivo.
O Rio 2016TM encoraja a certificação nas normas OHSAS 18001 (Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional) e ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental) para o controle de riscos da organização, visando assim à melhoria de seu desempenho. Essas certificações serão obrigatórias para parte de nossas contratações e
consideradas diferenciais competitivos nas demais.
Todos os envolvidos nas atividades de transporte, transferência, armazenamento, uso e manuseio, descarte e atendimento a emergências com substâncias perigosas devem utilizar equipamentos de proteção individual, definidos de acordo com os requisitos de segurança contidos nas fichas de informação de segurança de produtos (FISPQs, descritas no anexo 1).
Capacitação dos envolvidos
Para uma boa gestão de substâncias químicas, é necessária a realização de
treinamentos específicos nas etapas de aquisição, armazenamento, uso, manuseio e descarte de substâncias químicas perigosas ou não.
A capacitação dos envolvidos é feita de acordo com as condições especificadas nas FISPQse a partir do risco da atividade a ser executada. Essa capacitação é registrada e arquivada.
Nas etapas de aquisição e utilização das substâncias químicas, é essencial que informações a respeito dessas substâncias sejam evidenciadas de forma clara e concisa. Para tal, instruções sobre como obter e utilizar informações contidas nas etiquetas e FISPQs, além de procedimentos em resposta a situações de perigo e emergências, devem ser expostas no local de trabalho.
Sinalização
É necessária a classificação de substâncias e misturas de acordo com suas
propriedades e riscos quanto ao meio ambiente e à saúde. O Globally Harmonised
System of Classification and Labeling (GHS), descrito no anexo 1, fornece diretrizes
para a classificação de substâncias químicas e misturas de acordo com a quantidade de informações disponíveis da mistura em si e seus componentes.
É importante que, durante o manuseio, estejam visíveis no local de trabalho o nome do produto, suas características perigosas em formato de fácil entendimento, além da sinalização de acordo com o GHS e conforme requisitos legais aplicáveis.
Além disso, é necessária atenção aos requisitos de identificação de embalagens de produtos destinados aos consumidores finais. Vide o Guia de Embalagens do Rio 2016TM.
Prevenção de danos e perdas
É necessária a análise de risco relativa ao meio ambiente, à saúde e à segurança associada a substâncias químicas. Essas análises devem ser devidamente
documentadas e revisadas sempre que simulados de atendimento a emergências envolvendo substâncias perigosas forem realizados. Os procedimentos de
emergência devem ser desenvolvidos de acordo com as informações contidas nas FISPQs, contando com a utilização de equipamentos eficazes de combate a incêndios e contenção de derrames e/ou vazamentos.
Documentação
As FISPQs devem estar disponíveis no local de trabalho, com fácil visualização, para conhecimento dos envolvidos, apresentando os riscos e cuidados no manuseio, descarte, transporte, armazenamento e emergências.
Os rótulos das substâncias químicas devem explicitar símbolos de perigo relacionados no GHS e/ou legislação local.
É recomendado também um inventário de substâncias químicas contendo no mínimo o nome da substância química, classificação de risco, quantidades de entrada, saída e em estoque, tipo de descarte e datas de geração, descarte e destruição. Tal inventário deve ser atualizado com frequência mínima mensal.
Durante o transporte de produtos químicos, o motorista deve portar a ficha de emergência do produto transportado, para casos de acidentes durante o percurso.
Transporte, manuseio, acondicionamento e
armazenamento
No transporte de substâncias químicas perigosas, também devem ser aplicadas práticas de rotulagem conforme requisitos legais ou técnicos. A rotulagem do veículo que faz o transporte deve ser evidenciada de forma clara, bem como sua sinalização, com painéis de segurança e rotulagem de risco conforme padrões do GHS e/ou legislação local.
O transporte de substâncias químicas deve seguir os requisitos legais ou técnicos aplicáveis em cada país e deve ser realizado com a documentação legal exigida para esse tipo de transporte em diferentes esferas governamentais. É importante obter junto às autoridades locais os registros necessários para transporte de substâncias perigosas, assim como procedimentos de segurança e normas técnicas aplicáveis. Para o manuseio, deve ser sempre considerado o risco de contaminação e possíveis reações da substância perigosa e seus impactos. É importante estabelecer
procedimentos para o manuseio seguro de substâncias que possam causar danos à saúde e ao meio ambiente. Aqueles que lidam com tais substâncias devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs), conforme indicado nas FISPQs
As áreas de manuseio devem ter um sistema de drenagem e/ou contenção para as substâncias químicas em caso de derrames ou vazamentos. Caso aplicável, também deve haver um sistema exaustor e equipamentos de proteção coletivos (EPCs). O tipo de acondicionamento deve ser feito de modo a proteger as substâncias químicas de derrames, colisões e reações indesejáveis durante seu transporte, distribuição, manuseio, armazenamento e descarte.
As áreas de armazenamento de substâncias químicas devem ser bem ventiladas, cobertas e com controle de acesso, com portas corta-fogo sinalizadas para
identificação de risco de cada classe de substância de acordo com o GHS, canaletas de drenagem e sistemas de contenção para casos de vazamentos, piso
impermeabilizado, sistema de combate a incêndio e separação entre produtos químicos incompatíveis.
A fim de facilitar a identificação das substâncias químicas nas áreas de
armazenamento, as embalagens, os contêineres e os tanques de armazenamento devem ser etiquetados conforme legislação local e/ou GHS. A compatibilidade química entre as substâncias deve ser levada em consideração na disposição dos recipientes em seu armazenamento, avaliando requisitos técnicos para
compatibilidade ou, caso haja, requisitos legais.
Descarte
Os procedimentos de descarte das substâncias químicas devem ser desenvolvidos de forma a minimizar os impactos à saúde e ao meio ambiente. É necessário que seja desenvolvido um plano de gestão de resíduos contendo a fonte de geração de cada resíduo, classificação de risco, forma de segregação, coleta, estocagem temporária, transporte interno e externo, disposição final, documentação e registros, além de atendimento legal.
Para o Rio 2016TM, é proibida a disposição final de substâncias químicas perigosas ou materiais contaminados sem tratamento específico. É proibido o envio de
substâncias químicas perigosas sem tratamento para o solo, recursos hídricos ou atmosfera. Como formas de tratamento, devem ser priorizadas técnicas como reuso, reciclagem, coprocessamento, rerrefino e incineração, nesta ordem. As empresas receptoras de resíduos químicos devem ser qualificadas e licenciadas para tal atividade.
Anexo 1: Definições
A seguir, as definições dos principais termos utilizados neste documento.
Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) — Material Safety
Data Sheet (MSDS)
Ficha que contém dados relativos às propriedades de uma dada substância química. A ficha considera os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente com relação a transporte, manuseio, armazenamento e descarte das substâncias químicas. A FISPQ é internacionalmente conhecida como MSDS, e atende à norma brasileira NBR 14.725 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Globally Harmonised System of Classification and Labelling (GHS)
Sistema que tem como objetivo assegurar que as informações sobre os perigos físicos e a toxicidade das substâncias químicas estejam acessíveis, de modo a preservar a saúde humana durante seu manuseio, transporte e uso. Para tal, o GHS veicula a classificação das substâncias químicas e misturas por tipo de risco, além de sugerir elementos de risco harmonizados de comunicação, como o uso de etiquetas e fichas de segurança. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oferece o guia de implantação do GHS, elaborado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), em seu site na internet:
http://abiquim.org.br/pdfs/manual_ghs.pdf
Convenção de Estocolmo
Tratado internacional que estabelece que as substâncias químicas classificadas como Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) tenham medidas de controle nas etapas de produção, importação e disposição. Os POPs são substâncias químicas que persistem no ambiente por meio da sua biocomulação na cadeia alimentar, representando riscos para o meio ambiente e para a saúde humana. No Brasil, o texto da convenção foi aprovado pelo Decreto Legislativo nº 204/2004 e foi promulgado pelo Decreto Legislativo nº 5.472/2005.
Convenção de Roterdã sobre o Procedimento de Consentimento Prévio Informado (PIC)
Tratado internacional que determina o controle de importação da substância química e a permissão prévia do país importador no compromisso compartilhado pelo comércio internacional das substâncias. O Brasil aprovou o texto da convenção pelo Decreto Legislativo nº 197/2004 e sua promulgação se deu através do Decreto nº 5.360/2005.
Protocolo de Montreal
Tratado internacional que tem por objetivo a substituição das emissões dos grupos Clorofluocarbonos (CFCs), Halons, Tetracloretos de Carbono (CTCs) e
Hidroclorofluorcarbono (HCFCs), que agridem a camada de ozônio. O Brasil aderiu ao protocolo pelo Decreto do Executivo nº 99.280/1990 e criou em 2002 o Plano
Nacional para Eliminação de CFCs, a fim de eliminar os gases poluentes.
Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemical Substances
(REACH)
Regulamento europeu que assegura o compromisso da indústria relativo aos riscos das substâncias químicas através da viabilização de suas informações de segurança. Embora ainda não haja regulamentação similar no Brasil, o REACH é adotado como referência pelo Rio 2016™ por ser internacionalmente considerado boa prática.
Restriction of Certain Hazardous Substances (RoHS)
Diretiva da União Europeia que impede o uso das substâncias cádmio (Cd), mercúrio (Hg), cromo hexavalente (Cr(VI)), bifenilos polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs) e chumbo (Pb) na fabricação de produtos. Assim como o REACH, o RoHS é adotado como referência pelo Rio 2016™ por ser
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
1 Organoclorados
Diclorodifeniltricloroetano (DDT)
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos, principalmente nas culturas de algodão, maçã, amendoim e soja Controle de vetores da malária, tifo e outras doenças transmitidas por insetos
Controle de pragas florestais Agente sanitário de erradicação da traça e controle de piolhos
Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Lei 11.936/2009
Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Proibido o uso, a fabricação, a importação, a exportação, a manutenção em estoque e a comercialização, de acordo com a Lei 11.936/2009
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central, provocando alterações de comportamento, distúrbios sensoriais, do equilíbrio, da atividade da musculatura
involuntária e depressão dos centros vitais, particularmente da
respiração. Substância causadora de tumores
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Aldrin
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos, principalmente nas culturas
de algodão e milho Convenção de Estocolmo
Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e listado na Convenção de Roterdã
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e causa distúrbios hormonais. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais Dieldrin
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos, principalmente nas culturas de algodão e milho
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e listado na Convenção de Roterdã
Clordano
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos num amplo espectro de culturas, como legumes, algodão, milho, frutas, cana-de-açúcar e hortaliças
Controle de cupins, com aplicação diretamente no solo
Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e listado na Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar sintomas neurológicos, como convulsões e alterações no eletroencefalograma e toxicidade hepática. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Heptacloro
Biocida utilizado no tratamento do solo para sementes, grãos e sorgos Inseticida Conservante de madeira Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e listado na Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar disfunção reprodutiva e endócrina. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais Para preservação de
madeira, é indicado o uso de tratamento térmico
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
1 Organoclorados
Toxafeno
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos, principalmente nas culturas de algodão, cereais, grãos e
oleaginosas
Controle de ácaros e carrapatos em gados
Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã
No ser humano: Pode causar disfunções renais, hepáticas, no sistema nervoso central e
debilitação do sistema imunológico. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Hexaclorobenzeno
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de fungos, principalmente na proteção de sementes de cebola, sorgo e trigo Conservante de madeira
Aplicação industrial como solvente e aditivo na fabricação de borracha, PVC e corantes
Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode afetar o fígado e rins e os sistemas endócrino, imunológico, reprodutivo e nervoso. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Para preservação de madeira é indicado o uso de
tratamento térmico
Hexaclorociclohexano (BHC)
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos, principalmente nas culturas de frutas e legumes
Aplicação farmacêutica
Combate à malária e à doença de Chagas
Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar efeitos no sistema nervoso central,
irritações pulmonares, problemas cardíacos, convulsões e alterações do nível de hormônios sexuais. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Lindano (isômero do BHC)
Pesticida com aplicação na atividade agropecuária para o controle de ácaros e piolhos, principalmente nas criações de gado de corte e culturas de algodão Conservante de madeira Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã
Controle biológico, uso de pesticidas naturais Para preservação de
madeira, é indicado o uso de tratamento térmico
Bifenilas Policloradas (PCB)
Uso industrial em transformadores, capacitores, fluidos hidráulicos e resinas plastificantes
Cupinicida utilizado como estabilizante de diversas
formulações de plásticos e borrachas especiais, principalmente PVC e borracha clorada Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Portaria Interministerial (MIC/MI/MME) 0019 de 19/1/1981
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã e proibido no Brasil
No ser humano: pode causar alterações no fígado, nas funções reprodutivas e escamação dolorosa na pele. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Utilização de óleos não clorados com alta constante dielétrica.
Cupinicidas livres de ascarel, como produtos naturais cítricos (azadiractina, fipronil e sílica neutra)
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
1
Organoclorados
Pentaclorofenol e seus sais e ésteres
Biocida com amplo espectro de atuação (inseticida, fungicida, bactericida e moluscocida) Conservante de madeira Desinfetante Convenção de Estocolmo Convenção de Roterdã Conama 396/2008 Conama 357/2005
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Estocolmo e pela Convenção de Roterdã. Proibido no Brasil
No ser humano: pode causar danos aos rins, fígado, sistema nervoso e alterações hematológicas. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais Para preservação de
madeira, é indicado o uso de tratamento térmico
2
Endosulfan
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, piolhos e insetos nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
Convenção de Roterdã Portaria nº 329 de 1985 do Ministério da Agricultura
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central, causar danos hormonais, afetando o sistema reprodutor, e provocar irritações na pele e nos olhos. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
1,2 – Dicloroetano
Aplicação industrial como
intermediária para síntese de outros produtos químicos, como o cloreto de vinil, que é utilizado para produzir cloreto de polivinil (PVC) e outros materiais de construção Solvente extrator na síntese de outros solventes clorados
Aditivo na gasolina com chumbo, sendo útil na remoção do chumbo Constituinte de produtos destinados à limpeza de tecidos, remoção de gordura do metal, quebra de óleos, gorduras, ceras, resinas e borracha Componente de algumas soluções de limpeza para adesão, pintura, verniz, remoção de tinta
Pesticida com amplo espectro de atuação Convenção de Roterdã Conama 420/2009 Portaria 2.914/2011 Conama 396/2008 Conama 357/2005
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e causar danos no fígado e rins. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Para a aplicação da substância como pesticida, recomenda-se o controle biológico, uso de pesticidas naturais Para a aplicação da substância na indústria, recomenda-se a utilização seguida de práticas aceitáveis de reciclagem e/ou reaproveitamento dos resíduos gerados
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
3 Auxinas 2,4,5 – Ácido triclorofenoxiacético e seus sais ésteres
Poderoso pesticida com amplo
espectro de atuação Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar insuficiência renal, aumento da
frequência cardíaca e irritação da pele, olhos e trato respiratório. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais 4 Ácido Ariloxialcanoico e Ácido piridinocarboxílico
Dinoterbe Herbicida seletivo de ação sistêmica para o controle de dicotiledôneas 1907/2006/CE
A utilização é proibida por se tratar de substância
cancerígena e mutagênica, conforme Diretiva
1.907/2006/União Europeia (UE)
No ser humano: pode causar riscos durante a gravidez, hipertermia, catarata e glaucoma. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
5 Cloroacetanilidas Alaclor
Herbicida utilizado para controlar o crescimento de ervas daninhas de folha larga e gramíneas em milho e muitas outras culturas
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar irritação na pele e nos olhos, além de danos potenciais ao fígado, rins, baço, forro do nariz e pálpebras. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
6 Carbamatos Aldicarbe
Pesticida com aplicação na atividade agropecuária para o controle de ácaros, piolhos, insetos e vermes nematoides, principalmente nas criações de gado de corte e leite, e culturas de algodão, soja e
oleaginosas
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar danos ao sistema nervoso central, sistema renal, parada cardíaca e paralisia dos
pulmões. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
7 Dinitrofenóis Binapacril Poderoso pesticida com amplo espectro de atuação Convenção de Roterdã Lei 7.082/89 Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode afetar o metabolismo, causar danos ao feto, catarata e glaucoma.Possível cancerígeno humano
No meio ambiental: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
7 Dinitrofenóis
Dinitro-orto-cresol (DNOC) e seus sais (tais como sais de amônia, potássio e sódio)
Herbicida eficiente utilizado na agricultura para o controle de pragas, como ervas daninhas, nas culturas grãos, frutas cítricas e lúpulo
Possui efeitos secundários como inseticida, acaricida e fungicida
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar danos nos rins, fígado, sistema nervoso, sistema respiratório e sistema cardiovascular. Não classificada para efeitos
carcinogênicos
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Dinosebe e seus sais e ésteres
Herbicida fenólico eficiente utilizado na agricultura para o controle seletivo de pragas, como ervas daninhas e folhas largas, nas culturas de soja, frutas cítricas, nozes e legumes
Inseticida seletivo utilizado na cultura de uvas
Agente de secagem de sementes
Convenção de Roterdã
Produto orgânico com efeitos danosos aos seres humanos e banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar aumento da frequência cardíaca, convulsões, problemas nos rins e fígado e infertilidade. Não classificada para efeitos carcinogênicos
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
1,2 – dibromoetano
(EDB) Poderoso pesticida com amplo espectro de atuação Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar irritações nos olhos, vias respiratórias, pele e, se ingerida, pode afetar o fígado, rins e pulmões. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
8 Carboximidas Captafol
Pesticida utilizado na agricultura no controle de fungos em culturas de frutas e leguminosas
Utilizada como aditivo para produtos fungicidas no controle de pragas em madeiras
Convenção de Roterdã Lei 7.082/89
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar asma, irritação da pele, olhos, trato respiratório e dermatite de contato. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas
terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
9 Formamidinas Clordimeforme
Pesticida utilizado na agropecuária, no controle de ácaros, piolhos e insetos nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais Aplicação na indústria farmacêutica como aditivo para fármacos não
Convenção de Roterdã Lei 7.082/89
Lei Federal de
Agrotóxicos 8.802/1989
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã e proibido pela Lei Federal de Agrotóxicos 8.802/1989
No ser humano: pode causar efeitos no sistema nervoso central e cistite hemorrágica. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
9 Formamidinas Clorobenzilato
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, piolhos e insetos nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar efeitos no sistema nervoso central,
irritações nos olhos e na pele e se acumular no tecido adiposo. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
10 Éteres Óxido de Etileno
Pesticida com amplo espectro de atuação, principalmente no controle de bactérias e esporos, fungos e leveduras não fúngicas
Esterilizante de materiais médico-hospitalares e alimentares Produção do etileno glicol para posterior produção de polímeros de poliéster
Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar irritação no aparelho respiratório, queimadura nos olhos e na pele e causar danos ao sistema nervoso e catarata. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Para a aplicação da substância como pesticida, recomenda-se o controle biológico ou o uso de pesticidas naturais Para a aplicação da substância na indústria, recomenda-se a utilização seguida de práticas aceitáveis de reciclagem e/ou reaproveitamento dos resíduos gerados
11 Não classificado Fluoracetamida Raticida utilizado para controle de pragas urbanas como rato e outros roedores de interesses sanitários
Convenção de Roterdã PORTARIA 37/1974
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
12 Organofosforados Monocrotofós
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros e insetos e ervas daninhas nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
Regulador hormonal de crescimento das plantas
Convenção de Roterdã RDC 215/2006 ANVISA
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar
insuficiência respiratória, edema de pulmão, irritação nos olhos,
paralisia e tremores. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
12 Organofosforados Paration
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, insetos e ervas daninhas nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
Regulador hormonal de crescimento das plantas
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso e causar dores de cabeça, convulsões, visão
deficiente, vômitos, dor abdominal, inconsciência, tremores e edema pulmonar. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais 13 Combinações químicas Formulações em pó contendo: benomil > 7%, carbofurano > 10%, thiram > 15%
Poderosos pesticidas utilizados na agropecuária para o controle de fungos (amplo espectro de atuação) e ectoparasitas
Convenção de Roterdã Lei 7.082/89
Formulações sintéticas, persistentes e extremamente danosas aos serem humanos e ao meio ambiente, banidas pela Convenção de Roterdã
No ser humano: podem causar danos ao sistema nervoso central,
distúrbios gastrointestinais, sistema reprodutivo e funções hepáticas. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais Fosfamidona (formulações líquidas solúveis da substância que exceda 1.000 g ingrediente ativo/l)
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, insetos, nematoides e ervas daninhas nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
É utilizada diretamente no solo Regulador hormonal de crescimento das plantas
Convenção de Roterdã Lei 7.082/89
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar irritação nos olhos, desconforto respiratório, efeitos no sistema nervoso e insuficiência cardíaca. Possível cancerígeno
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Controle biológico, uso de pesticidas naturais
14 Organometálicos
Chumbo tetraetil Aditivo para gasolina para melhorar a octanagem
Aplicação industrial, principalmente em caldeiraria
Pintura naval
Convenção de Roterdã Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode afetar múltiplos órgãos e tecidos, principalmente cérebro, sangue, fígado, rins, testículos, esperma, sistema imunológico e pulmões. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Uso de álcool etílico em aditivo na gasolina
Chumbo tetrametil Convenção de Roterdã
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
Anexo 2: Lista de substâncias proibidas (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Base legal Motivo de Proibição Impactos Substitutivos
15 Asbestos
Asbestos
Aplicação industrial na produção de materiais, principalmente aqueles utilizados na construção civil — telhas de fibrocimento;
revestimento para cobertura de prédios e edifícios; gessos e estuques; revestimento à prova de fogo; isolantes térmicos e acústicos; chapas para fechamento (Eternite) —, além de vestimentas de proteção para combate a incêndios;
revestimento para o sistema de frenagem e embreagens de automóveis Convenção de Roterdã Organização Internacional do Trabalho Lei 9.055/1995 769/1976/UE 69/1997/UE 31/1999/UE Formulações sintéticas, persistentes e extremamente danosas aos seres humanos e ao meio ambiente, banidas pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar doenças respiratórias, como a asbestose, doença pulmonar causada pela aspiração do pó de amianto. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Uso de fibrocimento sem amianto ou outros materiais substitutos, como silicato de cálcio, fibra de carbono, fibra de celulose, fibra cerâmica, fibra de vidro, fibra de aço, wollastonite, aramida, polietileno, polipropileno, politetrafluoretileno Crisotila (asbesto
branco)
16 Aminas Aromáticas Benzidina e seus sais
Aplicação industrial para produção de tintas, corantes e pigmentos Agente endurecedor na indústria de borracha
Aplicação farmacêutica, principalmente como indicador analítico em processos diagnósticos Substância reagente em laboratórios químicos para a determinação de metais, em especial metais pesados
Convenção de Roterdã 769/1976/UE
Produto orgânico persistente banido pela Convenção de Roterdã
No ser humano: pode causar irritação do aparelho respiratório, da pele, dos olhos e atinge principalmente o fígado e rins. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Substitutivos necessários na aplicação industrial para a produção de tintas, corantes e pigmentos
Fazer uso de corantes e pigmentos corantes de baixa toxicidade 17 Fluorcarbonos Clorofluorcabonos (CFCs) CFCl3 (CFC-11) CF2Cl2 (CFC-12) C2F3Cl3 (CFC-113) C2F4Cl2(CFC-114) C2F5Cl (CFC-115)
Utilização industrial para
refrigeração (gases de refrigeração) Aplicação industrial para a produção de solventes orgânicos, extintores de incêndio e espumas, isolantes (poliestireno extrudado)
Embalagens de aerossóis (sprays)
Protocolo de Montreal de 1989
Portaria nº 29 do Ibama de 4/5/1995
Substância de uso proibido por ser potencialmente destruidora da camada de ozônio
No ser humano: pode causar incidência do aumento de doenças infecciosas devido a ondas de calor. Substância cancerígena
No meio ambiente: causa o aquecimento global, o que resulta na ocorrência de variações climáticas, como alteração na precipitação, subida do nível dos oceanos e ondas de calor. Esses efeitos causam impactos negativos significativos nos ecossistemas, saúde, agricultura e recursos hídricos
Uso de sistemas de refrigeração na seguinte ordem: sistemas com CO2,
amônia e isobutano C2H3Cl3 –
1,1,1-tricloroetano
Hidroclorofluorcarbono (HCFCs)
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
1 Azo-compostos (corantes) Corantes azoicos
Aplicação industrial para produção de tintas, corantes e pigmentos,
principalmente em artigos têxteis e de couro curtido
A utilização em artigos têxteis e de couro não deve liberar aminas aromáticas com
concentração superior a 30ppm (mg/l), conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar irritação da pele e de vias respiratórias. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos. Altamente solúvel em água e de difícil remoção em tratamentos de efluentes
Fazer uso de corantes de baixa toxicidade, como os corantes naturais, acridina, azina e oxazina
2 Carbamatos Carbaril (ou carbaryl)
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de insetos e ácaros, de amplo espectro de cultura (frutas, legumes, oleaginosas e tubérculos) Conservante de madeiras e sementes
A ingestão máxima diária aceitável é de 0,003 mg/kg, conforme Regulamento Técnico da Anvisa
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e o sistema intestinal, além de causar queimaduras em contato direto com pele ou com os olhos. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Pesticidas biodegradáveis (naturais)
3 Formamidinas Amitraz
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, piolhos e insetos nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
A utilização é proibida, conforme Lei Federal de Agrotóxicos 7.802/1989
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e sobre o sistema digestivo, além de causar irritações na pele e mucosas. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos Pesticidas biodegradáveis (naturais) 4 Éteres Bifenil polibromados (PBB) incluindo hexabromobisfenil (HBB)
Retardador de chama (principalmente em plásticos)
Aditivo em plásticos e resinas, retardador de chama em tintas e vernizes
A utilização em equipamentos elétricos e eletrônicos não deve ultrapassar 0,1%, conforme Diretiva 60/2006/UE
No ser humano: pode causar efeitos adversos nos rins e fígado, doenças cardiovasculares e infertilidade. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Substâncias não brominadas em retardadores de chama
Éteres difenil polibromados (PBDE)
Tetra BDE Penta BDE Penta BDE
(misturas comerciais) Éteres Difenil Polibromados (PBDE) Hexa BDE Hepta BDE Octa BDE Nona BDE Deca BDE Octa BDE (misturas comerciais)
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
5 Alifáticos Halogenados Brometo de metila
Poderoso pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, fungos, insetos, vermes nematoides e roedores nas culturas de frutas, leguminosas grãos e cereais Herbicida aplicado no solo para controle de ervas daninhas
Conservante de madeira e sementes
A utilização para o fumo, sementeiras de hortaliças, flores e formicida é proibida. Para o tratamento quarentenário e fitossanitário o prazo de eliminação é o ano de 2015,
conforme Instrução Normativa nº 1, de 10 de setembro de 2002
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central, causar edema pulmonar, insuficiência circulatória, perturbações nervosas e convulsões. Não classificada para efeitos carcinogênicos
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Tratamento térmico
6 Organofosforados Azinfos-metilo
Pesticida utilizado na agropecuária no controle de ácaros, insetos e ervas daninhas nas culturas de frutas e leguminosas e na criação de animais para fins comerciais
A utilização é de no máximo 0,12kg de substância ativa por hectare e por aplicação, conforme Diretiva 414/1991/UE
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e sobre o sistema respiratório, além de causar
manifestações alérgicas cutâneas e respiratórias. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos Pesticidas biodegradáveis (naturais) 7 Organossulfurados Ácido perfluoro-octanossulfônico (PFOS) PFOS sal de potássio PFOS sal de amônia PFOS sal de lítio
PFOS sal de dietanolamina Perfluoro-octano sulfonil fluoreto (PFOSF)
Pesticida utilizado em produtos têxteis e de couro, espumas de combate ao fogo, chapeamento de metal, aditivos para revestimentos
A utilização em produtos semiacabados ou em partes de artigos é de no máximo 0,1% em peso, conforme Regulamento 2006/122/ECOF
No ser humano: pode atuar sobre os hormônios tireoidianos e sobre o sistema hepático, além de causar distúrbios no estômago e irritação na pele e olhos. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: acumula-se nos organismos vivos, propaga-se pelo ar, pela água e pelas espécies migratórias e acumula-se nos ecossistemas terrestres e aquáticos
Pesticidas biodegradáveis (naturais)
8 Metais Mercúrio e seus compostos
Aplicação industrial em instrumentação (automação),
equipamentos eletrônicos e lâmpadas fluorescentes
Conservante de madeira (anti-incrustante)
A utilização como componente para
preparações destinadas aos seguintes fins não é permitida: impedir a fixação de
microrganismos, plantas ou animais em aparelhagens ou equipamentos utilizados em piscicultura ou conquilicultura; conservação da madeira; impregnação dos têxteis industriais pesados e dos fios utilizados para fabricação; tratamento de águas industriais (independentemente do seu uso), conforme a Diretiva 1.907/2006/UE
A utilização no mercado de pilhas e baterias que contenham mais de 0,0005% de mercúrio em massa, inclusive nos casos em que estas pilhas e baterias estão incorporadas em aparelhos, é proibida, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar problemas no sistema nervoso central, irritação na pele, olhos e vias respiratórias.
Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Termômetros elétricos Baterias de magnésio alcalino Baterias de lítio
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
8 Metais
Níquel
Aplicação industrial em
instrumentação, aparatos eletrônicos diversos e baterias
Proteção de peças metálicas
(resistência oxidação), aços especiais (aço inox)
A utilização em utensílios de adorno em contato com partes furadas do corpo não deve ultrapassar a taxa de 0,2µg/cm2/semana (limite de migração)
A utilização em artigos que entram em contato direto e prolongado com a pele, se a taxa de libertação de níquel desses artigos não deve ultrapassar 0,5µg/cm2/semana durante um período mínimo de dois anos, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: em contato direto e prolongado com a pele, pode causar alergias e irritações e acumular-se nos rins, no fígado e nos pulmões. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Adotar o uso de outros metais hipoarlegênicos para
revestimentos de adornos
Cádmio e seus compostos
Baterias, equipamentos elétricos e eletrônicos
Revestimento anticorrosivo em estruturas metálicas
A utilização em pilhas e baterias de pilhas elétricas zinco-manganês e alcalino-manganês não deve ultrapassar 0,002% em peso de cádmio, conforme Resolução Conama 401/2008
No ser humano: pode causar alterações no sistema nervoso central e no sistema respiratório. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Adotar o uso de baterias alcalinas com 0% de cádmio
Chumbo
Baterias, equipamentos elétricos e eletrônicos
Aditivo para gasolina para melhorar a octanagem
Aplicação industrial, principalmente em caldeiraria
Pintura naval
A utilização de carbonato de chumbo e sulfato de chumbo não é permitida em componentes de preparação de tintas, salvo em casos de restauração de construções históricas, conforme Diretiva 1.907/2006/UE O uso em pilhas e baterias de pilhas elétricas zinco-manganês e alcalino-manganês não deve ultrapassar 0,1% em peso de chumbo, conforme Diretiva Conama 401/2008
No ser humano: pode causar alterações no sistema nervoso central, hipertensão e diminuição da fertilidade. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Usar de baterias lead-free (livres de chumbo, como baterias de lítio) Como aditivo de gasolina, utilizar álcool etílico
Arsênio e compostos
Equipamento eletrônico Inseticida
Conservante de couro e madeira
A utilização como componente de
preparações destinadas aos seguintes casos não é permitida: impedir a proliferação de microrganismos, plantas ou animais em dispositivos ou equipamentos utilizados em piscicultura ou moluscicultura; cascos de embarcações; quaisquer dispositivos ou equipamentos total ou parcialmente submersos; preservação da madeira e no tratamento de águas industriais
(independentemente do seu uso), conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar doenças cerebrovasculares, diabetes, doenças renais e manchas na pele. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Utilizar tintas anti-incrustantes à base de cobre e em tintas autolimpantes para embarcação
Berílio e compostos
Equipamentos eletrônicos Ligas metálicas
Reatores nucleares
A utilização de compostos de berílio em lâmpadas fluorescentes não é permitida
No ser humano: a inalação prolongada pode causar beriliose (afecção
pulmonar). Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Utilizar lâmpadas tipo LED, alinhadas com políticas de
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
8 Metais Cromo hexavalente
Pigmento em tintas Plásticos
Curtimento de couro
Metalurgia, aço inoxidável, proteção de peças metálicas (resistência oxidação)
Preservação da madeira
A utilização em equipamentos elétricos e eletrônicos é proibida, conforme Diretiva 95/2002/UE
É permitido o uso como anticorrosivo em sistemas de refrigeração
No ser humano: pode causar lesões renal e hepática, rinite e sinusite crônica, atrofia da mucosa nasal e alterações na pele. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Para todas as aplicações da substância, o mais recomendado é a alteração nos processos
industriais e substituição de tecnologias
9 Éteres difenílicos polibromados
Hexabromociclododecano
Retardador de chama em produtos têxteis, plásticos, espumas e poliestireno expandido (isopor)
A utilização e a colocação no mercado como componente de preparações não é permitida em concentrações superiores a 0,1% em massa, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar distúrbios hormonais. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Alterações no design de
equipamentos para diminuir o uso de retardador de chamas
Emprego de retardadores de chama seguros, como a sílica hidratada Alfa-hexabromociclododecano Beta-hexabromociclododecano Gama-hexabromociclododecano 10 Alcanos Parafinas cloradas
Óleo lubrificante para corte Plastificante, plásticos, tintas, selantes e borrachas
A utilização e colocação no mercado como componente de preparações com
concentrações superiores a 1% no trabalho de metais e para engorduramento do couro não são permitidas, conforme Diretiva
1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar irritação no sistema respiratório e causar
queimaduras, irritações e dermatites em contato com a pele. Substância
cancerígena
No meio ambiente: substância que tem potencial de se acumular em níveis tróficos da cadeia alimentar. É improvável que tenha qualquer efeito tóxico ambiental ou ecotóxico
Utilização de aditivos naturais para engorduramento de couro e
trabalho com metais
Isobutano Refrigeração industrial É permitida a utilização para refrigeração quando não há viabilidade técnica de uso de outros sistemas de refrigeração
No ser humano: pode ser irritante para a pele, agir como asfixiante e causar inconsciência. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: riscos de explosão e combustão em sistemas de refrigeração
Uso de sistemas de refrigeração priorizados na seguinte ordem: sistemas com CO2, sistemas com
amônia e sistemas com isobutano
11 Ésteres de ácidos ftálicos (ftalatos)
Dibutilftalato (DBP) Plasticidas em PVC Adesivos
Utilização em indústrias na fabricação de tintas
A utilização e a colocação no mercado como componente de preparações com
concentrações superiores a 0,1% em massa de material plastificado, em brinquedos e artigos de puericultura não é permitida, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar
anormalidade no sistema reprodutivo. Substância potencialmente cancerígena
No meio ambiente: as fontes de
contaminação são as emissões aosféricas, efluentes aquosos e despejos sólidos de plantas industriais, que causam danos ao meio ambiente e aos organismos vivos
Plásticos de baixa toxicidade, como GTE e ASE
Dietil-hexilftalato (DEHP) Butilbenzalftalato (BBP)
Diisodecil ftalato (DIDP) Diisononil ftalato (DINP) Di-n-octilo ftalato (DNOP)
Aplicação industrial, utilizada como aditivo na fabricação de plásticos, adesivos, selantes e tintas
A utilização e a colocação no mercado como componente de preparações com
concentrações superiores a 0,1% em massa de material plastificado, em brinquedos e artigos de puericultura que crianças possam pôr na boca, não é permitida, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
12 Ésteres Dimetil fumarato (DMF)
Pesticida com aplicação na agricultura para o controle de fungos,
principalmente na proteção de sementes de cebola, soja e trigo Agente de secagem e conservante de madeira e sementes
A utilização em produtos não deve ultrapassar 0,1 mg de dimetil fumarato/kg do produto, conforme Diretiva 251/2209/UE
No ser humano: pode causar
complicações alérgicas e dificuldade respiratória. Possível cancerígeno humano
No meio ambiente: não disponível
Recomendada a alteração no desenho de produtos ou o uso de técnicas como aplicação de ozônio ou outros com baixa toxicidade Sílica gel é o melhor substituto do produto na aplicação como agente de secagem 13 Ácido Ariloxialcanoico e Ácido piridinocarboxílico Acrilonitrila
Aplicação industrial como aditivo em tinturas
É utilizada na fabricação de resinas como acrilonitrila-butadieno-estireno, plásticos, fibras acrílicas e borracha nitrílica
A utilização não é permitida na mistura com cádmio para coloração de produtos acabados, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar reações alérgicas na pele, defeitos genéticos, danos aos órgãos e ao sistema nervoso central. Substância cancerígena
No meio ambiente: em caso de contaminação dos corpos hídricos, substância potencialmente tóxica para os organismos aquáticos
Uso de tintas com baixa toxicidade sem a mistura de acrilonitrila com cádmio
14 Organoestânicos Óxido de bis-tributilestanho e compostos Aplicação industrial como estabilizador em tintas anti-incrustantes
A utilização e a colocação no mercado em forma de componentes de preparações que agem como biocidas, com o objetivo de impedir a proliferação de microrganismos, plantas ou animais, não são permitidas em: embarcações, equipamentos utilizados em piscicultura ou moluscicultura; quaisquer dispositivos ou equipamentos total ou
parcialmente submersos; tratamento de águas industriais, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar irritação para os olhos e pele e é nociva por inalação ou ingestão. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Uso de tintas com arsênicos de baixa toxicidade
15 Fenóis
Etoxilatos de alquilfenol (especialmente octifenol e nonilfenol - APEs)
Aplicação industrial, utilizada como aditivo na fabricação de plásticos, adesivos e materiais de limpeza diversos
A utilização e a colocação no mercado como componentes de preparações não são permitidas em concentrações iguais ou superiores a 0,1% em massa para as seguintes aplicações: limpeza industrial, limpeza doméstica, tratamento de têxteis e de couros, emulsionante em produtos de imersão agrícola, fabricação de pasta e de papel, produtos cosméticos e formulantes nos pesticidas e biocidas, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar alterações no sistema endócrino, incluindo efeitos no sistema reprodutivo feminino e masculino e aumento do risco de câncer
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Utilização de produtos de limpeza com baixa toxicidade (substituição por etoxilatos alcoólicos)
Bisfenol A (BPA)
Aplicação industrial na produção de policarbonatos, resina de epóxi e retardadores de chamas
A utilização é proibida para garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês e produtos de plástico variados, de acordo com a Resolução 41/2011 da Anvisa. Deve ser evitado o uso em qualquer utensílio que entre em contato com comida
Utilização de mamadeiras de vidro e polipropileno
Anexo 3: Lista de substâncias de uso restrito (continuação)
# Grupo Substância Aplicação Restrição de uso Impactos Substitutivos
16 Componentes Orgânicos Voláteis (VOCs) e solventes
Benzeno
Solvente industrial para tintas, colas e vernizes
Matéria-prima para obtenção do náilon e do isopor
A utilização em brinquedos ou partes de brinquedos colocados no mercado em
concentrações iguais ou superiores a 0,1% em massa não é permitida, conforme Diretiva 1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar danos na medula óssea, provocando a anemia e danos ao sistema imunológico. Substância cancerígena
No meio ambiente: em caso de contaminação dos corpos hídricos, substância prejudicial aos organismos aquáticos. A queima pode produzir monóxido de carbono, dióxido de carbono, vapores do produto não
queimado e materiais particulados, além de outras substâncias perigosas
Empregar solventes orgânicos que não sejam oriundos de
hidrocarbonetos, tais como álcoois e cetonas
1,1 Dicloroetileno (cloreto de vinila)
Aplicação industrial na produção de resinas, adesivos, refrigerantes, fibras sintéticas
Aplicação na indústria farmacêutica na produção de cosméticos,
auxiliando principalmente na reposição de colágeno
A utilização em cosméticos é proibida, de acordo com a Diretiva 1.976/768/UE
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central, fígado e rins. Substância cancerígena
No meio ambiente: acumula-se em níveis tróficos da cadeia alimentar, podendo causar a morte de organismos vivos
Empregar o uso de substâncias com baixa toxicidade e aditivos
naturais em cosméticos
Empregar o uso de removedores de tinta de baixa toxicidade, como silicone
Tolueno
Solvente industrial para produção de borrachas, tintas, revestimentos e óleos
Produção de polímeros de uso comum, como náilon, plásticos e garrafas
A utilização e a colocação no mercado como componente de preparações não é permitida para concentração igual ou superior a 0,1% em massa em produtos adesivos e tintas para pulverização, conforme Diretiva
1.907/2006/UE
No ser humano: pode causar dor de cabeça, náuseas e alterar a coordenação de movimentos. Não classificada para efeitos carcinogênicos
No meio ambiente: em caso de contaminação dos corpos hídricos, substância potencialmente tóxica para os organismos aquáticos. Se afetar o solo por percolação, degrada a qualidade das águas do lençol freático
Adotar materiais livres de tolueno como solventes acetatos ou outros solventes com baixa toxicidade
Cloreto de metileno
Solvente para produção de vernizes especiais e laca
Agente propulsor de aerossóis e espuma plástica
A utilização em cosméticos é proibida, de acordo com a Diretiva 1976/768/UE A utilização como removedor de tinta é proibida
No ser humano: pode atuar sobre o sistema nervoso central e anular a capacidade do sangue em transportar oxigênio. Substância cancerígena
No meio ambiente: miscível em água, podendo contaminar os corpos hídricos
Empregar o uso de substâncias com baixa toxicidade e aditivos
naturais em cosméticos
Empregar o uso de removedores de tinta de baixa toxicidade, como solventes acetatos
Formaldeído
Aplicação industrial para produção de resinas
Aplicação na indústria farmacêutica na produção de cosméticos
Resina aglutinante utilizada em madeiras industrializadas (MDF, MDP, OSB etc)
A utilização em pastilhas nos processos de desinfecção e esterilização de artigos médico-hospitalares é proibida, conforme Resolução 37/2008 da Anvisa
No ser humano: pode causar
irritabilidade nos tecidos. Substância cancerígena
No meio ambiente: biodegradável e não se bioacumula na cadeia alimentar
Usar nos processos de desinfecção de hospitalar por tratamento térmico e adotar solventes de baixa toxicidade