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SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

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REALIZAÇÃO

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS

SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA

DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO

ASSESSORIA TÉCNICA

CHRISTINE DE FARIA ZETTEL – 2020 MAURÍCIO VIOT – 2018

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE PLANEJAMENTO E ESCOLA VIRTUAL PICTORAMA DESIGN

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros.

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.

E73c Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.

Capitalização / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de

Ensino Técnico; assessoria técnica de Christine de Faria Zettel. – 21.ed. – Rio de Janeiro: ENS, 2020.

171 p. ; 28 cm

1. Capitalização. 2. Reservas matemáticas. I. Zettel, Christine de Faria.

II. Título.

0020-2475 CDU 368.027.3(072)

21ª EDIÇÃO RIO DE JANEIRO 2020

(3)

A

ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e resseguro cada vez mais qualificado.

Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida trajetória acadêmica.

A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a competitividade é cada vez maior.

Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.

(4)

CAPITALIZAÇÃO

1. CAPITALIZAÇÃO: HISTÓRICO E

REGULAMENTAÇÃO 8

EVOLUÇÃO HISTÓRICA 9

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES 11

A CAPITALIZAÇÃO NO CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS 12 PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A

TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO 13

ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO 13

FIXANDO CONCEITOS 1 15

2. FUNDAMENTOS TÉCNICOS

BÁSICOS E NORMAS DE CONTRATAÇÃO 16

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: VISÃO GERAL 17

Títulos de Capitalização × Poupança 17

Conceitos de Poupança Programada e Sorteios 18

Características do Título 21

Conteúdo do Título 21

Aprovação do Título 23

AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 24

A Modalidade Tradicional 24

A Modalidade Instrumento de Garantia 26

A Modalidade Compra Programada 28

A Modalidade Popular 30

A Modalidade Incentivo 32

SUMÁRIO

INTERATIVO

(5)

CAPITALIZAÇÃO

A Modalidade Filantropia Premiável 35

FICHA DE CADASTRO 37

PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO 40

FIXANDO CONCEITOS 2 42

3. CAPITAL, RESGATE E SORTEIO 45

AS CONDIÇÕES GERAIS DO TÍTULO: O “CONTRATO” DE CAPITALIZAÇÃO 47 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ÀS CONDIÇÕES GERAIS 49 A CONTRATAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO:

SUBSCRITOR E TITULAR 50

TRANSFERÊNCIA DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: CEDENTE E CESSIONÁRIO 51

VIGÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 52

PRAZO DE CARÊNCIA DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 53

CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS: PU, PP E PM 54

A COMPOSIÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO: AS QUOTAS DE

CAPITALIZAÇÃO, DE SORTEIO E DE CARREGAMENTO 55

Quotas de Capitalização 55

Quotas de Sorteio 56

Quotas de Carregamento 57

A ESTRUTURAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO:

O TAMANHO DA SÉRIE 58

VALOR DA CONTRIBUIÇÃO E SUA ATUALIZAÇÃO 59

INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR 60

A PROVISÃO MATEMÁTICA PARA CAPITALIZAÇÃO:

A CONSTITUIÇÃO DO CAPITAL PARA RESGATE 60

A Provisão Matemática para Capitalização no Título PU 61 A Provisão Matemática para Capitalização nos Títulos PM ou PP 62

A REMUNERAÇÃO DO CAPITAL: A TAXA DE JUROS 63 A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA PROVISÃO MATEMÁTICA:

A RECUPERAÇÃO DO PODER DE COMPRA 64

O RESGATE DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 65

(6)

CAPITALIZAÇÃO

Resgate Parcial 66

Resgate Total 66

Penalidade 71

A TABELA DE RESGATE 71

SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 74 A REABILITAÇÃO DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 75

Reabilitação sem Prorrogação de Vigência 76

Reabilitação com Prorrogação de Vigência 77

SORTEIO: O GRANDE ATRATIVO DO TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO 77

Considerações Iniciais 77

Efeitos sobre um Título Sorteado 78

Tipos de Sorteio 80

Valores dos Prêmios dos Sorteios 82

Limites aos Prêmios e às Quotas de Sorteio 83

Pagamento do Prêmio do Sorteio e Comunicação ao Titular Sorteado 86

FIXANDO CONCEITOS 3 87

4. TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO

COMO GARANTIA DE ALUGUEL 97

CONSIDERAÇÕES INICIAIS 98

GARANTIA NOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO 98

Fiador 99

Caução em Dinheiro 99

Seguro Fiança 99

Capitalização Como Garantia de Aluguel 99

Características e Benefícios 101

MEMBROS ENVOLVIDOS NA COMERCIALIZAÇÃO

DA GARANTIA COM A CAPITALIZAÇÃO 103

PERGUNTAS FREQUENTES 104

FIXANDO CONCEITOS 4 105

(7)

CAPITALIZAÇÃO

ESTUDOS DE CASO 107

ANEXOS 109

ANEXO 1 – EXEMPLO DE CONDIÇÕES GERAIS DE UM

TÍTULO DE PAGAMENTO MENSAL (PM) – MODALIDADE TRADICIONAL 110 ANEXO 2 – NORMAS FUNDAMENTAIS DE CAPITALIZAÇÃO 117

ANEXO 3 – ÍNDICES DE ATUALIZAÇÃO 120

ANEXO 4 – CIRCULAR SUSEP 569/2018 121

ANEXO 5 – CIRCULAR SUSEP 576, DE 28 DE AGOSTO DE 2018 140 ANEXO 6 – CIRCULAR SUSEP 376, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2008 160

GABARITO 170

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 173

(8)

CAPITALIZAÇÃO 8 UNIDADE 1

Conceituar Capitalização e demonstrar sua evolução histórica.

Classificar as empresas de capitalização existentes.

Reconhecer que a

Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados.

Destacar a legislação que normatiza o mercado de Capitalização.

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:

Apontar os órgãos que integram o Sistema Nacional de Capitalização e suas respectivas

funções.

Destacar as obrigações das sociedades de capitalização.

Explicar como se

organizam as sociedades de capitalização.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES A CAPITALIZAÇÃO NO

CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A

TRANSPARÊNCIA NA RELAÇÃO DE CONSUMO

ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 1

TÓPICOS

DESTA UNIDADE

CAPITALIZAÇÃO:

HISTÓRICO e

REGULAMENTAÇÃO

01

(9)

CAPITALIZAÇÃO 9 UNIDADE 1

EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Antes de qualquer coisa, é preciso que você esteja atento para o conceito de Capitalização.

“A Capitalização é uma combinação de economia progra- mada com aplicação única ou mensal, ou periódica, vincu- lada à participação em sorteios”.

A concepção inicial de Capitalização é atribuída a Paul Viget, diretor de uma cooperativa de mineiros da França. Seu objetivo inicial foi montar um sis- tema que proporcionasse auxílio financeiro aos sócios por meio de suas próprias poupanças. O sistema era baseado em contribuições mensais e tinha como objetivo constituir um capital, previamente definido, a ser pago no fim do período combinado, ou, por meio de sorteio, de forma antecipada.

Já no Brasil, a primeira Sociedade de Capitalização foi a Sulacap, fundada em 1929, mas a oficialização da autorização de funcionamento das socie- dades de Capitalização só se deu em 1932.

QUADRO EVOLUTIVO

França

Paul Viget – concepção inicial da capitalização

1850 1929 década

1930/40 década

1950 década

1960/70 década

1980 década 1990

Brasil Sulacap.

Inexistência de poupança interna

Inflação pós-guerra, declínio do produto no mercado

Quase eliminação do negócio.

Durante este período foi instituída a correção monetária

Entrada de conglomerados financeiros neste setor; o produto volta a se expandir

Surgimento de produtos inovadores neste mercado Surgimento de

várias empresas no segmento.

Formação de poupança e investimento na construção civil

(10)

10 UNIDADE 1

CAPITALIZAÇÃO

No Brasil, após a introdução do Plano Real, em 1994, o faturamento das empresas de Capitalização no país aumentou. Este crescimento decorreu da estabilização econômica, da queda nas taxas de juros e do crescimento da renda dos brasileiros.

O valor total de “prêmios” de Capitalização (valores pagos pelos clientes, o que, tecnicamente, na Capitalização, é denominado “contribuição”) tem gerado valores na casa dos bilhões de reais anualmente.

As sociedades de Capitalização têm grandes desafios a enfrentar para manter sua expressividade apesar da expansão do mercado de Capitaliza- ção nos últimos anos.

Na relação de “prêmios” de Capitalização relativos a 2018, a SUSEP indica- va em sua listagem um total de 16 sociedades de Capitalização:

APLICAP CAPITALIZAÇÃO S/A.

APLUB CAPITALIZAÇÃO S/A.

BRADESCO CAPITALIZAÇÃO S/A BRASILCAP CAPITALIZAÇÃO S/A;

CAIXA CAPITALIZAÇÃO S/A;

CAPEMISA CAPITALIZAÇÃO S/A;

CARDIF CAPITALIZAÇÃO S/A;

CIA ITAÚ DE CAPITALIZAÇÃO;

ICATU CAPITALIZAÇÃO S/A.

INVEST CAPITALIZAÇÃO S/A;

LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S/A;

MAPFRE CAPITALIZAÇÃO S/A;

PORTO SEGURO CAPITALIZAÇÃO S/A;

SANTANDER CAPITALIZAÇÃO S/A;

SULAMÉRICA CAPITALIZAÇÃO S/A – SULACAP;

ZURICH BRASIL CAPITALIZAÇÃO S/A.

Importante

O termo contribuição refere- se aos valores pagos

pelos clientes.

Importante

Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de Capitalização, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no Decreto-

Lei 73/1966.

Isso certamente já demonstra a relevância social dessas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado.

(11)

11 UNIDADE 1

CAPITALIZAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES

Atualmente, as sociedades podem ser classificadas em duas categorias de acordo com o público-alvo de seus produtos: as sociedades ligadas a conglomerados financeiros e as sociedades independentes:

Conglomerados financeiros – essas companhias estão concentra- das diretamente nos clientes do próprio conglomerado. Em geral, pertencem a uma holding que é liderada por um banco. Assim, a Sociedade de Capitalização é uma das empresas da holding.

Independentes – são aquelas que, por não disporem de balcão de distribuição bancário próprio, utilizam como canal de distribuição casas lotéricas, agências de correios, corretores de seguros, lojas de departamentos e o balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias. Em geral, essas sociedades pertencem também a uma holding, mas não de origem ligada a um banco.

Comercialmente, ao longo dos anos, os títulos de Capitalização acabaram por se dividir em modalidades diversas, atendendo a focos diferentes de mercado, cada qual com características próprias.

A Circular 569, publicada em maio de 2018 pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) – que dispõe sobre a operação de Capitaliza- ção, as modalidades, elaboração, operação e comercialização de títulos de Capitalização –, divide os planos de Capitalização, para efeito de comer- cialização, em seis modalidades:

Modalidade I – Tradicional.

Modalidade II – Instrumento de Garantia.

Modalidade III – Compra-Programada.

Modalidade IV – Popular.

Modalidade V – Incentivo.

Modalidade VI – Filantropia Premiável.

Essa divisão é consequência da evolução mercadológica do título de Capi- talização. Você saberia dizer o porquê disso?

A resposta é simples: ao longo dos anos, os títulos de Capitalização foram se especializando em função do objetivo que o consumidor buscava.

Além disso, essa divisão permite um melhor controle do Estado, já que a legislação em vigor estabelece regras específicas para cada uma delas.

(12)

12 UNIDADE 1

CAPITALIZAÇÃO

A CAPITALIZAÇÃO NO

CONTEXTO ECONÔMICO DO PAÍS

A Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP), isto é, o título de Capitalização não é um plano de seguro a ser comercializado por uma seguradora.

A Capitalização constitui um sistema próprio: o Sistema Nacional de Capi- talização (SNC). Assim, os títulos somente podem ser comercializados por sociedades de Capitalização.

Diversos artigos do Decreto-Lei n° 73/1966, que criou o SNSP, são aplicáveis à Capitalização; por isso, é muito comum haver laços entre sociedades de Capitalização e sociedades seguradoras, que são, muitas vezes, ligadas a um mesmo grupo econômico.

No entanto, a fiscalização e a regulamentação da Capitalização, por força do Decreto-Lei 261, de 28/02/67, que criou o Sistema Nacional de Capitali- zação (SNC), também estão a cargo da SUSEP e do CNSP, respectivamen- te, da mesma forma que ocorre com as sociedades seguradoras.

Além disso, da mesma forma que o SNSP, o SNC possui relevante papel em termos de política econômica, já que desenvolve a captação de pou- pança, sendo fundamental como alternativa para o financiamento de gran- des projetos de longo prazo, tão importantes para o desenvolvimento autossustentável de um país.

Como envolvem captação de poupança popular, as sociedades de Capitali- zação, assim como as sociedades seguradoras, devem obedecer às regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, conforme previsto no Decreto-Lei 73/66. Isso, certamente, já demonstraria a relevância social des- sas empresas e a necessidade de controle e fiscalização por parte do Estado.

Você pode estar se perguntando: as sociedades de Capitalização são ins- tituições financeiras?

A resposta é não. Apesar de muitas vezes o título de Capitalização ser comercializado dentro de agências bancárias, as sociedades de Capitali- zação não são consideradas instituições financeiras e, por isso, não sofrem fiscalização do Banco Central (BACEN) . Entretanto, o Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio de suas resoluções, publica normas para aplica- ção das reservas técnicas das sociedades de Capitalização.

O mercado de Capitalização no Brasil está submetido à fiscalização da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por força do Decreto-Lei nº 261/1967. Essa autarquia está vinculada ao Ministério da Fazenda, e se encontra, também, submetido à política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Observação

Quando um Título de Capitalização é vendido em uma agência bancária do Banco XYZ (imaginário), o título não é um produto do banco, mas, sim, de uma Sociedade de Capitalização da mesma holding que o banco (provavelmente da empresa XYZ Capitalização S/A) ou parceira deste banco. Veja na listagem de Sociedades de Capitalização que muitos nomes nos remetem aos bancos, mas são empresas distinta.

(13)

13 UNIDADE 1

CAPITALIZAÇÃO

PROCON, FISCALIZADORES, REGULADORES E A TRANSPARÊNCIA NA

RELAÇÃO DE CONSUMO

O produto Capitalização tem mais de 80 anos e, à medida que os órgãos fiscalizadores e de proteção aos consumidores criam novas legislações e regulamentos, o modelo de Capitalização vai se adequando a essas novas realidades de mercado.

A atuação desses órgãos é de suma importância para garantir transpa- rência e, consequentemente, credibilidade e continuidade do produto no mercado durante todos estes anos.

E como as empresas de Capitalização se adaptaram a esse novo mercado?

Investindo em iniciativas como criação de novas formas de publicidade, maior transparência nos sorteios (com participação do público), notificação dos con- templados e atendimento ao consumidor de Capitalização, entre outros.

ALGUNS ASPECTOS SOBRE AS

SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO

Sociedades de Capitalização são entidades organizadas sob a forma de sociedade anônima, com a finalidade de constituir capitais perfeitamente determinados em cada plano, pagáveis, em moeda corrente nacional, aos titulares do direito de resgate e do direito aos prêmios de sorteio de seus títulos, segundo cláusulas e regras aprovadas pelo Governo Federal, mais especificamente pela SUSEP.

Como vimos, embora o sistema de Capitalização não integre o Sistema Nacional de Seguros Privados, evolui paralelamente a ele.

As Sociedades de Capitalização desempenham funções análogas às enti- dades representativas do setor de seguros (sociedades seguradoras).

É vedada a constituição de sociedades de Capitalização que sejam con- troladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica de direito público, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público, conforme o art. 13 da Resolução CNSP n° 15/1991.

Importante

Deve-se observar a necessidade de autorização, atualmente processada pela SUSEP, para que uma empresa possa iniciar sua operação no mercado de Títulos de Capitalização.

(14)

14 UNIDADE 1

CAPITALIZAÇÃO

Essas sociedades estão sujeitas a diversas disposições idênticas às esta- belecidas para as sociedades seguradoras no Decreto-Lei nº 73/1966, de acordo com o previsto no art. 4º do Decreto-Lei nº 261/1967.

A Sociedade de Capitalização deve constituir, obrigatoriamente, provi- sões matemáticas para garantia dos títulos em vigor (Provisão Matemática para Capitalização) e a Provisão para Sorteios a Realizar, específica para essa finalidade.

A Sociedade de Capitalização deve constituir, ainda, provisões técnicas para obrigações a liquidar, como:

Provisão para Sorteios a Pagar.

Provisão para Resgate.

Outras Provisões Técnicas.

Há algumas provisões que somente serão constituídas caso sejam neces- sárias, como a Provisão para Despesas Administrativas, constituída para cobrir os valores esperados para despesas administrativas dos planos, e Provisões para Distribuição de Bônus a serem constituídas para abranger os valores definidos para pagamentos de bônus.

(15)

15 FIXANDO CONCEITOS

CAPITALIZAÇÃO

FIXANDO CONCEITOS 1

Marque a alternativa correta

1. Atualmente, há uma divisão no mercado de Capitalização entre socie- dades ligadas a conglomerados financeiros e sociedades independentes.

Assinale a opção que apresenta uma característica típica das sociedades ligadas a conglomerados financeiros:

(a) Não dispõem de público-alvo para seus títulos.

(b) Utilizam como canal principal de distribuição as casas lotéricas.

(c) Utilizam como canal principal de distribuição as lojas de departamen- tos e/ou balcão de instituições financeiras com que firmam parcerias.

(d) O público-alvo é formado diretamente pelos clientes do próprio con- glomerado.

(e) Emitem títulos em que somente existe o direito de sorteio.

2. Pode-se afirmar que a Capitalização, no Brasil, possui relevante papel em termos de política econômica, uma vez que ela:

(a) Estimula a formação de poupança interna.

(b) Estabiliza a taxa de inflação.

(c) Permite que uma pessoa ganhe prêmios elevados em dinheiro.

(d) Aumenta significativamente o fluxo de investimentos estrangeiros.

(e) Não colabora para o desenvolvimento autossustentável de nosso país.

3. Assinale as modalidades de Capitalização comercializadas no mercado atualmente:

(a) Tradicional, Compra Financiada e Popular.

(b) Tradicional, Compra Financiada, Popular e Incentivo.

(c) Tradicional, Compra Programada e Incentivo.

(d) Tradicional, Compra Programada, Popular e Compra Financiada.

(e) Tradicional, Compra Programada, Popular, Incentivo, Instrumento de Garantia e Filantropia Premiável.

(16)

CAPITALIZAÇÃO 16 UNIDADE 2

02

Examinar as diferenças entre os dois tipos de investimento: capitalização e caderneta de poupança.

Analisar a

complementaridade dos componentes poupança e sorteio.

Demonstrar a

caracterização técnica dos títulos de capitalização.

Detalhar as características do título de capitalização e as formas de aquisição.

Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:

Conhecer e comparar as modalidades de títulos de capitalização, demonstrando suas características e peculiaridades.

Destacar os cuidados e obrigações relativos a ficha de cadastro, contratos e material de propaganda e comercialização.

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO:

VISÃO GERAL

AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO FICHA DE CADASTRO PROPAGANDA E MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO FIXANDO CONCEITOS 2

TÓPICOS

DESTA UNIDADE

FUNDAMENTOS

TÉCNICOS BÁSICOS

e NORMAS DE CONTRATAÇÃO

(17)

CAPITALIZAÇÃO 17 UNIDADE 2

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO:

VISÃO GERAL

Títulos de Capitalização × Poupança

Apesar de serem dois produtos bem distintos, existe uma confusão con- ceitual entre título de Capitalização e caderneta de poupança. Observe o Quadro comparativo abaixo e confira:

CAPITALIZAÇÃO POUPANÇA

Aspecto Lúdico Há sorteio Não há

Prazo de Resgate Pode haver prazo mínimo e há um prazo para a “efetivação do investimento”

Não exige carência para o resgate e o prazo de investimento é indetermi- nado

Provisões técnicas Obrigado a constituir provisões técnicas por

título subscrito Não há

Quotas do valor pago

Destinadas quotas para a formação do montante capitalizado, quotas de sorteio e quotas de carregamento para cobrir despesas administrativas

Todo valor depositado é revertido integralmente para a conta do titular

Participação nos lucros

Podem distribuir parte de seus lucros aos

subscritores dos títulos Não há

Taxa de juros efetiva real mensal para remuneração

Deverá corresponder a, no mínimo, 0,35%.

Para as modalidades Popular, Incentivo e Filantropia Premiável, deverá corresponder a, no mínimo, 0,16%. Em ambos os casos, a taxa deverá constar da Nota Técnica Atuarial e das Condições Gerais do título de Capitalização

Corresponde a 0,5% do capital investido ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 8,5%; ou 70% da meta da taxa Selic, enquanto esta for igual ou inferior a 8,5%. Ou seja, as taxas não necessariamente serão iguais

Garantia oficial

Não contam com qualquer garantia oficial em caso de irregularidades na gestão financeira por parte da Sociedade de Capitalização

Assegurados pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com garantia de até R$ 250.000,00

(obtido em https://www.fgc.org.br/ )

(18)

18 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

O Fundo Garantidor de Crédito é uma entidade sem fins lucrativos, destinada a adminis- trar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras, autori- zado em 1995, com a Resolução 2.197 do Conselho Monetário Nacional – CMN.

Conceitos de Poupança Programada e Sorteios

Como vimos, o Título de Capitalização busca aliar um mecanismo de pou- pança programada (a Capitalização em si) com a participação em sorteios.

Os títulos que apresentam maior receptividade no mercado brasileiro são aqueles de baixo valor unitário, cujo principal objetivo é justamente o sorteio, componente lúdico bastante apreciado pelo consumidor.

É importante que você perceba que o termo “título de Capitalização” possui duplo significado:

Capitalização como objeto do processo administrativo aberto pela sociedade, que aparece na frase “A SUSEP aprovou o título ‘Cem Milhões’ da sociedade de Capitalização XYZ”. Significa que as condições gerais e a nota técnica foram aprovadas pela SUSEP, e, assim, a sociedade de Capitalização poderá comercializar diversos contratos com aquelas mesmas condições gerais aprovadas; e

“Título de Capitalização” como individualização do contrato firma- do entre consumidor e sociedade de Capitalização. Por exemplo, na frase “Eu comprei um título da sociedade de Capitalização XYZ”.

Assim, a aprovação dada pela SUSEP em um processo administrativo (apro- vação do “título”, do plano, do produto) autoriza a sociedade a comercia- lizar diversos contratos (“títulos”) de Capitalização, sendo que estes deve- rão reproduzir as condições gerais aprovadas no processo administrativo.

Há quem denomine o objeto do processo administrativo de “plano de Capitalização” para diferenciá-lo dos títulos (contratos efetivamente comercializados).

A SUSEP prefere a nomenclatura “título de Capitalização” para acentuar a sua diferença em relação ao “plano de seguro”. Porém, no parágrafo único do art. 1º do Decreto-Lei nº 261/1967, já há menção tanto ao termo

“título” (o que a sociedade vende ao público) quanto a “plano” (o que a sociedade aprova por intermédio da SUSEP). Assim, utilizaremos o termo

“plano de Capitalização” para significar o produto que foi aprovado pela SUSEP num determinado processo.

(19)

19 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

Em regra, o título de Capitalização, entendido como um contrato, existe fisicamente, é impresso e possui um número (“número do título”) que o identifica. Deve trazer, também, as condições gerais que foram aprova- das pela SUSEP.

Atualmente, em função da parte que é mais valorizada do título (se o resgate ou se o sorteio) e de sua finalidade, os títulos serão enquadrados em uma das seis modalidades existentes, sendo voltados, assim, para nichos de mercados diferentes e, evidentemente, com características bem distintas.

No mercado atual, os títulos em comercialização, independentemente da modalidade, apresentam dois componentes: “poupança programa- da” e “sorteios”.

Siga em frente e conheça as características de cada um desses componentes.

Poupança Programada

A poupança programada faz-se por meio da aplicação de parte das con- tribuições realizadas pelo consumidor, por um período estipulado, a uma determinada taxa de juros.

Ao montante presente nessa “poupança programada” dá-se o nome de capital ou reserva de Capitalização, ou, ainda mais tecnicamente, de Provi- são Matemática para Capitalização (PMC).

Ao final de cada mês, os juros decorrentes da remuneração do capital são adicionados ao próprio capital, passando a fazer parte dessa provisão matemática para efeito de cálculo dos juros do próximo período.

Além disso, na poupança programada, o capital vai sendo mensalmente atualizado por um índice predefinido, geralmente a Taxa Referencial (TR).

A atualização monetária tem como objetivo a manutenção do poder de compra do capital, evitando que ele se deteriore pelos efeitos danosos da inflação.

Art. 1º do Decreto-Lei 261/1967:

“Art. 1º. Todas as operações das sociedades de Capitalização ficam subordinadas às disposições do presente Decreto-Lei.

Parágrafo único. Consideram-se sociedades de Capitalização as que tiverem por ob- jetivo fornecer ao público, de acordo com planos aprovados pelo Governo Federal, a constituição de um capital mínimo perfeitamente determinado em cada plano, e pago em moeda corrente em um prazo máximo indicado no mesmo plano, à pessoa que possuir um título segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título.”

Importante

Capital, Reserva de Capitalização ou Provisão Matemática para Capitalização – todos esses termos são utilizados para se referir ao montante presente na poupança programada.

(20)

20 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

As Condições Gerais deverão, nos casos em que a TR for utilizada como índice de atualização da provisão matemática para Capitalização, conter a seguinte mensagem e em destaque: “O capital formado neste título será atualizado pela Taxa Referencial (TR), conforme definido na Lei n 8.177, de 1 de março de 1991”.

O saldo desta espécie de conta programada do consumidor (Provisão Matemática para Capitalização – PMC) será utilizado como base para o valor a que o consumidor terá direito no momento do resgate (valor de resgate).

Mas atenção! Não se deve confundir título de Capitalização com caderneta de poupança. Mesmo quando utilizamos o termo “poupança” relacionado à Capitalização, o fazemos apenas para ilustrar que a evolução do capital presente na Provisão Matemática para Capitalização é muito semelhante à de uma caderneta de poupança. Na Capitalização, o acompanhamento desse capital é feito, porém, por uma Sociedade de Capitalização.

É interessante observar que a formação de capital sempre esteve presente na concepção de um título de Capitalização: as sociedades de Capitaliza- ção emitiam certificados em favor dos respectivos compradores, que nada mais eram do que os próprios títulos de Capitalização. Os subscritores dos títulos efetuavam pagamentos à sociedade, durante um certo tempo correspondentes ao valor dos títulos, e formavam, assim, um capital que, acrescido dos juros acumulados, era resgatado pelos titulares em prazo previamente fixado no título.

Sorteios

Originalmente, os sorteios eram um componente secundário, uma espécie de atrativo adicional e acessório, uma mera antecipação do recebimento do valor que seria formado ao final do prazo estipulado no plano, muito similar a um consórcio.

Atualmente, o valor do sorteio é caracterizado por um múltiplo do paga- mento único ou do pagamento mensal, ou periódico do título, não mais se vinculando ao valor de resgate final do título, podendo, inclusive, alcançar somas bastante expressivas, enquanto a PMC pode originar um valor de resgate bem menos atraente.

Tais sorteios contemplam apenas alguns dos consumidores com valores de prêmios que devem ser previamente definidos nos títulos, sendo, por- tanto, do conhecimento de todos os participantes.

É vedada a vinculação do pagamento de sorteio à aquisição de qualquer bem e/ou serviço.

(21)

21 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

Características do Título

A definição formal diz que “Título de Capitalização é um título financeiro do tipo mobiliário e nominativo, adquirido pelo comprador diretamente de uma sociedade de Capitalização ou por meio de um corretor”. Seu objetivo é a formação de capital por meio de uma aplicação prefixada por um período determinado e a uma taxa de juros previamente conhecida.

Mais adiante você estudará, no tópico referente à remuneração do capital, que é possível que as sociedades de Capitalização estruturem seus títulos com taxas de juros diferenciadas ao longo de sua vigência, desde que respeitados os limites mínimos fixados pela Circular SUSEP nº 576/2018.

Além de um papel do mercado mobiliário, o título de Capitalização é também um papel nominativo, porque possui um proprietário identificado que poderá transferir seu direito de propriedade a outra pessoa.

Os títulos de Capitalização resultam de uma associação de dois componentes distintos e complementares, que são:

Poupança programada, constituída pela Capitalização (juros com- postos) de uma parte do que foi pago pelo título; e,

Sorteios, cabendo a este aspecto lúdico antecipar ou ultrapassar os valores desejados com uma poupança programada.

Conteúdo do Título

O título de Capitalização também pode ser entendido como um contra- to entre a Sociedade de Capitalização e o adquirente, sendo composto por um conjunto de cláusulas que dão uma forma própria ao título. Estas cláusulas são denominadas condições gerais do título e estabelecem as regras relativas à formação do capital (reserva matemática), como também as regras para os sorteios.

As condições gerais, por possuírem uma natureza contratual, devem observar o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), sendo que essas condições, por disposição legal, deverão ser disponibilizadas ao subscritor, assim como todas as demais informações acessórias ao produ- to previamente à aquisição do título ou ao preenchimento da ficha de cadastro, quando existente. Excepcionalmente, para a modalidade popular custeada por pagamento único, as Condições Gerais do Título de Capitali- zação deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título.

Buscando-se uma analogia com o seguro, as condições gerais do título corresponderiam às condições contratuais do primeiro, e o título de Capi- talização corresponderia à própria apólice de seguros.

Saiba mais

Confira o conteúdo da Circular SUSEP nº 576/2018 no Anexo 5.

Importante

São as condições gerais que individualizam uma série de títulos, havendo, assim, diversos produtos em razão de existirem condições gerais diferentes.

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22 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

De qualquer forma, o título de Capitalização, juntamente com suas condi- ções gerais, deverá ser entregue ao(s) titular(es) ou ao subscritor em, no máximo, 15 (quinze) dias após a respectiva data de aquisição.

A entrega do título de Capitalização deve compreender a possi- bilidade de obtenção de sua versão impressa na cidade de domi- cílio do subscritor e do(s) titular(es), sendo vedada a cobran- ça de quaisquer valores do subscritor e do(s) titular(es). Essa entrega pode ser feita fisicamente ou por meio eletrônico, ou ainda, a Sociedade de Capitalização poderá informar o sítio na internet por meio do qual se tenha acesso às Condições Gerais.

É obrigação do subscritor e do(s) titular(es) comunicar à Sociedade de Capitalização:

I – Seus dados cadastrais atualizados, para efeito de registro e controle.

II – A realização de cessão, informando os dados cadastrais do novo subscritor ou do(s) novo(s) titular(es), respectivamente.

A Sociedade de Capitalização deverá manter registro atualizado contendo as informações sobre o título e os dados cadastrais do subscritor e do(s) titular(es), de modo a garantir perfeita vinculação do título de Capitalização entre estes e a Sociedade de Capitalização, observados também os requi- sitos da legislação específica.

A Nota Técnica Atuarial consiste na descrição do título por meio de bases técnicas, hipóteses e formulações atuariais. Nela, encontram-se as demonstrações dos cálculos dos parâmetros técnicos de um título de Capi- talização, traduzidos em enunciados e fórmulas matemáticas que o plano tem que satisfazer.

Além disso, a nota técnica traz também a formulação matemática das pro- visões que serão constituídas no plano de Capitalização. Ela deve ser assi- nada por um atuário com seu número de identificação profissional perante o órgão competente.

Por não possuir natureza contratual e por não acrescentar novos elementos sobre os direitos ou as obrigações do consumidor, a nota técnica do plano não necessita ser de conhecimento do adquirente do título de Capitalização.

Subscritor É a pessoa que adquire o título

de Capitalização, assumindo o compromisso de efetuar o pagamento de suas contribuições na forma convencionada nas condições gerais.

Titular É o próprio subscritor ou outra pessoa expressamente indicada por ele, que detém os direitos decorrentes do título de Capitalização.

Importante

É possível afirmar que um Título de Capitalização é formado tecnicamente pela união das Condições Gerais do título e da Nota Técnica Atuarial.

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23 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

Aprovação do Título

Como já falamos, para que uma Sociedade de Capitalização possa comer- cializar um título é necessário que ela obtenha, previamente, uma aprova- ção específica, fornecida pela SUSEP.

O processo ocorre da seguinte maneira: a sociedade de Capitalização deverá encaminhar à SUSEP, para análise, as condições gerais e a Nota Técnica Atuarial dos títulos de Capitalização a serem por ela comercializa- dos e, caso estejam em conformidade com os normativos em vigor, deve ocorrer a aprovação.

As condições gerais e a Nota Técnica Atuarial devem ser encaminhadas por meio do Registro Eletrônico de Produtos, contemplando, no mínimo:

A razão social da sociedade.

CNPJ.

A respectiva modalidade à qual pertence o título.

A assinatura de dois diretores da sociedade.

A assinatura do atuário responsável pela elaboração da Nota Técnica Atuarial, com número de identificação profissional perante o órgão competente.

Observação

A nota técnica e as Condições Gerais não precisam ser estáticas. Podem sofrer ajustes ou alterações, desde que as mudanças em seus dispositivos sejam aprovadas pela SUSEP pre- viamente à sua implementação. Porém, após a comercialização do título, qualquer alteração implementada nas condições gerais ou na Nota Técnica Atuarial deverá ser previamente encaminhada à SUSEP mediante abertura de novo processo administrativo e, consequen- temente, geração de um novo número. A critério da Sociedade de Capitalização, pode-se solicitar o arquivamento do processo original.

Excepcionalmente, a SUSEP não exige a abertura de um novo processo administrativo se as alterações forem decorrentes de mudanças nas normas determinadas pela própria SU- SEP ou pelo CNSP, isto é, se forem mudanças apenas para se adaptar a normativos novos que expressamente autorizem a manutenção do número de processo já existente.

A aprovação ocorre por meio do processo para aprovação de título de Capitalização. Para cada plano, existe um número de processo administra- tivo, fornecido pela SUSEP, quando do recebimento do pedido de aprova- ção. É obrigatória a inclusão do número do processo SUSEP nas condições gerais, no Título de Capitalização, na ficha de cadastro ou em qualquer vei- culação de caráter publicitário, de forma a permitir a imediata identificação do produto pelo destinatário.

Saiba mais

Após a aprovação pela SUSEP, as Condições Gerais são disponibilizadas para consulta, no site da SUSEP, por meio do número do processo administrativo.

Link: http://www.susep.gov.

br/menu/informacoes-ao- publico/planos-e-produtos/

consulta-publica-de- produtos-1

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24 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

A única exceção é quando se tratar de propaganda institucional. Nesse caso, não será necessário mencionar os números dos processos cadastra- dos na SUSEP.

Tanto as Condições Gerais quanto a nota técnica precisam ser previamen- te aprovadas pela SUSEP para que os títulos referentes àquele processo administrativo possam ser comercializados.

AS MODALIDADES DE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO

A Modalidade Tradicional

A modalidade Tradicional nada mais é do que título de Capitalização que tem por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de vigência, no mínimo, o valor total das contribuições efetuadas pelo subscritor, desde que todas as contribuições previstas tenham sido realizadas nas datas programadas, sendo vedada qualquer vinculação da Provisão Matemática para Capitali- zação à aquisição de bem e/ou serviço (Anexo 1, art. 11, “Obs.” e Tabela 1).

A modalidade Tradicional valoriza o valor final a ser resgatado pelo titular, uma vez que sua definição parte justamente de que esse valor, ao final da vigência, seja, pelo menos, igual ao valor que foi pago pelo subscritor.

Para efeito desta comparação, no valor ao final da vigência não devem ser computadas a atualização monetária da Provisão Matemática para Capita- lização nem tampouco eventual provisão para distribuição de bônus.

É importante que você observe que a Tabela de Resgate apresenta o valor a ser resgatado, ao final de cada mês de vigência, como um percentual dos valores já pagos pelo subscritor e justamente sem considerar a incidência de atualização monetária.

Assim, para os casos em que o título não prevê bônus, afirmar que o título ao final da vigência irá restituir valor igual ou superior ao montante pago pelo subscritor é o mesmo que afirmar que a última linha da tabela de resgate (referente ao último mês de vigência) deve apresentar percentual igual ou superior a 100% (Anexo 1, art. 11, Tabela 1).

É vedado aos títulos da modalidade Tradicional vincular a Provisão Mate- mática para Capitalização à aquisição de bem ou serviço e indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos.

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25 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

Também é vedada a Sociedade de Capitalização comercializar uma série exclusivamente para um mesmo subscritor.

Um ponto importante ao qual você deve estar atento é que a obrigação de que os títulos da modalidade Tradicional restituam, no mínimo, o valor que foi pago somente existe para o final da vigência. Assim, para resgates antecipados (resgates que ocorrem antes do final da vigência), não é obri- gatório que o titular receba o valor que foi pago até aquele momento.

O resgate antecipado do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 30 (trinta) dias da data da sua aquisição. Por esta razão, a legis- lação, para maior clareza ao consumidor, exige que a ficha de cadastro contenha, em destaque, a mensagem abaixo:

“Este título poderá restituir valor inferior ao total dos paga- mentos efetuados, caso o resgate seja realizado antes do término do prazo de vigência. A contratação desse título é apropriada, principalmente, na hipótese de o subscritor planejar realizar todos os pagamentos e permanecer até o final da vigência.”

A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da Nota Técni- ca Atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização.

O título da modalidade Tradicional poderá ser estruturado na forma de pagamento único (PU), pagamento periódico (PP) ou pagamento mensal (PM) e deverá ter prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE TRADICIONAL SALDO DA PMC AO

FINAL DA VIGÊNCIA No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus) UTILIZAÇÃO DO

SALDO DA PMC Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem ou serviço

CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos PREVISÃO DE BÔNUS Permitida, devendo este ser constituído de forma

independente da Provisão Matemática para Capitalização

FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição do título

TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM

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26 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

RESGATE

ANTECIPADO Após 30 (trinta) dias da data da aquisição TAXA DE JUROS

EFETIVA REAL MENSAL

No mínimo, igual a 0,35% a.m.

PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses

A Modalidade Instrumento de Garantia

O Título de Capitalização incluído na modalidade Instrumento de Garantia, tem por objetivo propiciar que a provisão matemática para Capitalização do Título de Capitalização seja utilizada para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro.

A vinculação do Título de Capitalização à obrigação garantida somente se caracteriza se o contrato principal dispuser expressamente a possibilidade de utilização desta modalidade de garantia ou outra enquadrada como caução.

A ficha de cadastro deverá conter, em destaque, a seguinte mensagem: “Este título deverá ser utilizado exclusivamente para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro”.

Ao final do prazo de vigência, a provisão matemática para resgate deverá corresponder, no mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor total dos pagamentos efetuados pelo subscritor, desde que todos os pagamen- tos tenham sido realizados nas datas programadas.

Para efeito desta comparação, no valor ao final da vigência, não devem ser computadas a atualização monetária da provisão matemática para resgate nem tampouco a provisão para distribuição de bônus.

Ainda sobre a provisão matemática para Capitalização, é importante lem- brar que ela não pode estar vinculada à aquisição de bem e/ou serviço, mas deverá ser utilizada como instrumento de garantia, isto é, a PMC pode ser utilizada, por exemplo, como garantia do pagamento de aluguel.

É vedada a indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos.

É facultada a previsão de bônus ao titular, devendo este ser constituído de forma independente da provisão matemática para Capitalização.

A cessão realizada pelo titular só será aperfeiçoada quando ocorrer a que- bra de contrato principal, momento em que o cessionário poderá resgatar o título, respeitadas as condições gerais.

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27 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

Se ocorrer a extinção antecipada do contrato principal que dispõe sobre a obrigação garantida, o titular poderá:

I. Utilizar o título para garantir outro contrato.

II. Solicitar o resgate antecipado, sem aplicação de qualquer pena- lidade.

III. Aguardar o término da vigência do título e realizar o resgate final.

Os títulos de Capitalização da modalidade Instrumento de Garantia deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses.

Durante a vigência do contrato principal que dispõe sobre a obrigação garantida, o resgate pelo titular somente poderá ocorrer com a anuência do terceiro garantido.

A ficha de cadastro deve conter nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se destina a garantia e a descrição da garantia assumida no contrato principal.

A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.

O título da modalidade instrumento de garantia poderá ser estruturado na forma de pagamentos periódicos (PP), pagamentos mensais (PM) ou de pagamento único (PU).

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE INSTRUMENTO DE GARANTIA

SALDO DA PMC AO

FINAL DA VIGÊNCIA No mínimo, a 95% (noventa e cinco por cento) do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus)

UTILIZAÇÃO DO

SALDO DA PMC Assegurar o cumprimento de obrigação assumida em contrato principal pelo titular perante terceiro.

Proibida qualquer vinculação à aquisição de bem ou serviço. Deve ser instrumento de garantia, podendo ser utilizada, por exemplo, como garantia do pagamento de aluguel

CESSÃO DE DIREITO Vedada indicação previamente impressa do cessionário em eventual cessão de direitos PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma

independente da Provisão Matemática para Capitalização

FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à aquisição do título. Deve conter o nome, CPF ou CNPJ do terceiro, a que se destina a garantia e a descrição da garantia assumida no contrato principal

(28)

28 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM RESGATE

ANTECIPADO Somente poderá ocorrer com a anuência do terceiro garantido

TAXA DE JUROS EFETIVA REAL MENSAL

No mínimo, igual a 0,35% a.m.

PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses

A Modalidade Compra Programada

É a modalidade em que a Sociedade de Capitalização garante ao titular, ao final da vigência, o recebimento do valor de resgate em moeda corrente nacional, sendo disponibilizada ao titular a faculdade de optar, sem qual- quer outro custo, pelo recebimento do bem e/ou serviço referenciado no título, subsidiado por acordos comerciais celebrados com indústrias, ataca- distas, empresas comerciais ou prestadores de serviços.

Para efeito do cálculo do valor final que é garantido ao titular, como na modalidade Tradicional, também não se devem considerar a atualização monetária e a eventual parcela de provisão para distribuição de bônus.

O título, ao final da vigência, garante ao titular, no mínimo, o recebimento integral do valor pago pelo subscritor, desde que todas as contribuições tenham sido realizadas nas datas programadas, sem considerar, ainda, a atualização monetária. Exige-se que a ficha de cadastro contenha, em des- taque, a seguinte mensagem: “Este título de Capitalização poderá restituir valor inferior ao total dos pagamentos efetuados, caso o resgate seja reali- zado antes do término do prazo de vigência.”

Nesse caso, a diferença para a modalidade Tradicional é que nela é proibi- da a vinculação do saldo da PMC a um bem ou serviço; já na modalidade Compra Programada, há essa vinculação. Entretanto, o titular não é obri- gado a escolher o bem ou serviço que foi inicialmente pactuado, podendo optar pelo recebimento em dinheiro do valor de resgate ou, sem qualquer custo adicional, pelo bem ou serviço acordado.

Outro fato a ser notado nessa modalidade é que, se pensarmos em um títu- lo em que o prazo de vigência é muito amplo, é fundamental que a atualiza- ção monetária da Provisão Matemática para Capitalização (PMC) expresse os aumentos de preço que o bem ou serviço apresentem ao longo dos meses, evitando uma diferença expressiva entre o saldo da PMC e o pre- ço do bem. Este fato poderia onerar muito a Sociedade de Capitalização, eventualmente comprometendo a sua solvência, uma vez que ela tem a obrigação de garantir a entrega do bem, caso seja esta a escolha do titular.

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29 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

A legislação determina que a atualização monetária da PMC seja feita, em regra, por índice de preços e em conformidade com a legislação em vigor.

Excepcionalmente, a utilização de outro índice poderá ser previamente apro- vada pela SUSEP, caso a Sociedade de Capitalização comprove a existência de contrato firmado com fornecedores, garantindo que a atualização dos preços dos bens ou serviços ocorrerá pelo índice a ser utilizado no plano.

As condições relativas de um bem ou serviço referenciado deverão ser informadas ao subscritor em material apartado das condições gerais, não sendo necessário o envio desse material para a SUSEP.

Com a existência de um bem ou serviço, você pode estar se perguntando se a modalidade Compra Programada se assemelha a um consórcio.

A resposta é não! Eles são muito diferentes!

Como exemplo, devemos lembrar que, na Capitalização, o prêmio de sor- teio não precisa guardar qualquer relação com o valor de resgate, isto é, o título poderá ser sorteado, continuar em vigor, sendo que o prêmio de sorteio poderá representar ou não o bem que se pretende adquirir. Mesmo que o prêmio represente o bem, caso continue em vigor, o título continuará participando de sorteios e terá direito, ainda, ao saldo da PMC no momento do resgate.

É possível, também, que o título, uma vez sorteado, seja cancelado (liquida- ção antecipada por sorteio), não sendo devido mais qualquer pagamento pelo subscritor. Isso não ocorre com um consumidor contemplado em um sorteio de um consórcio que deve continuar normalmente a realizar os pagamentos. Além disso, as sociedades de Capitalização são fiscalizadas pela SUSEP, enquanto as de consórcio são fiscalizadas pelo Banco Central.

Exatamente por haver a obrigação de a sociedade permitir ao titular a facul- dade de optar por um bem ou serviço, a legislação estabelece que somente poderá haver liquidação antecipada por sorteio se este representar uma for- ma de o titular adquirir o bem ou serviço referenciado no título, sendo que, neste caso, o resgate deverá corresponder a 100% do saldo da PMC (não pode haver penalidade). Não faria sentido cancelar o título sem que o titular conseguisse alcançar o objetivo fixado quando da sua aquisição.

Os Títulos de Capitalização da modalidade Compra Programada deverão ser estruturados com prazo de vigência igual ou superior a 6 (seis) meses.

O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 30 (trinta) dias da data de sua aquisição.

A taxa de juros efetiva real mensal utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,35% e deverá constar da nota técnica atuarial e das condições gerais do título de Capitalização.

Atenção

O título somente poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP) ou pagamento mensal (PM). Assim, não é possível a estruturação na forma pagamento único (PU).

Apenas esta modalidade possui essa limitação.

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30 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE COMPRA PROGRAMADA

SALDO DA PMC AO FINAL

DA VIGÊNCIA No mínimo, 100% do valor pago pelo subscritor (sem considerar atualização monetária e bônus)

UTILIZAÇÃO DO

SALDO DA PMC Vinculada à aquisição de bem ou serviço, mas sendo dada ao titular a opção pelo recebimento em dinheiro do saldo da PMC. Vedada a utilização como instrumento de garantia

PREVISÃO DE BÔNUS Permitida. Devendo este ser constituído de forma independente da provisão matemática para Capitalização FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título TIPOS DE TÍTULO PP ou PM (não pode ser PU)

RESGATE ANTECIPADO Após 30 (trinta) dias da data da aquisição LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA

POR SORTEIO Possível, desde que possibilite ao titular a aquisição de bem ou serviço acordado

TAXA DE JUROS EFETIVA

REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,35% a.m.

PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 6 (seis) meses ÍNDICE DE ATUALIZAÇÃO

DA PMC Em regra, por índice de preço. Excepcionalmente, pode ser aprovado outro índice

A Modalidade Popular

A modalidade Popular é o título que propicia a Capitalização da contribui- ção e a participação do titular em sorteios, sem que haja devolução integral dos valores pagos.

É clara, nessa modalidade, a importância dos sorteios, permitindo-se, inclu- sive, que o título, no final da vigência, não devolva ao titular tudo o que foi pago pelo subscritor. As condições gerais deverão conter, em destaque, a seguinte mensagem:

Este título restituirá, ao final de sua vigência, valor infe- rior ao total dos pagamentos efetuados. A contratação desse título é apropriada principalmente na hipótese de o consumidor estar interessado em capitalizar parte da contribuição e participar dos sorteios. Consulte a tabela de resgate para observar a evolução do percentual de resgate, de acordo com os meses de vigência do título.

Excepcionalmente para a modalidade popular custeada por pagamento

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31 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchi- mento da ficha de cadastro. Neste caso, a Sociedade de Capitalização deve informar ao subscritor a necessidade, a forma e o meio disponibiliza- do para preenchimento da ficha de cadastro, no título de Capitalização e em seu sítio eletrônico.

A Sociedade de Capitalização deve envidar esforços para que todos os cadastros sejam preenchidos e, quando solicitado, demonstrar à SUSEP seus procedimentos para disponibilizar ao subscritor meios para preenchi- mento da ficha de cadastro

As condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor previamente ao preenchimento da ficha de cadastro, exce- to para a modalidade Popular custeada por pagamento único, na qual as condições gerais do título de Capitalização deverão estar à disposição do subscritor na aquisição do título.

A taxa de juros efetiva real mensal mínima nessa modalidade é inferior à taxa mínima de juros aplicável às modalidades Tradicional, instrumento de Garantia e Compra Programada. Nesse caso, a taxa de juros efetiva real mensal (e/ou a sua equivalente anual) utilizada para remuneração do título deverá corresponder a, no mínimo, 0,16 % a.m. e deverá constar da nota técnica atuarial e das Condições Gerais do Título de Capitalização.

Independentemente de eventual penalidade, o resgate antecipado da pro- visão matemática para Capitalização deverá corresponder a, no mínimo, 50% do valor do pagamento único. A legislação estabelece que o custo com sorteios deverá corresponder a, no mínimo, 5% da contribuição.

A contratação na modalidade Popular não poderá prever a cessão do direi- to de participação nos sorteios e a cessão do direito de resgate.

É vedada a utilização da provisão matemática para Capitalização como ins- trumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço.

Os títulos de Capitalização da modalidade Popular deverão ser estrutura- dos com prazo de vigência igual ou superior a 12 (doze) meses.

O resgate do título somente poderá ser efetuado depois de decorridos 60 (sessenta) dias da data de sua aquisição.

As Condições Gerais do Título de Capitalização da modalidade popular, a serem submetidas à aprovação da SUSEP, não deverão trazer a denomina- ção do produto. Deve constar no Título de Capitalização apenas uma única denominação comercial do produto.

É vedada, em qualquer forma de divulgação, promoção e/ou publicidade interna ou externa, inclusive material de comercialização, independente- mente da mídia adotada na sua veiculação, a utilização de nomenclatura,

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32 UNIDADE 2

CAPITALIZAÇÃO

que de alguma forma se vincule ao título de Capitalização, diferente da denominação do produto.

É vedada a comercialização simultânea de planos distintos aprovados com a mesma denominação comercial.

O título poderá ser estruturado na forma de pagamento periódico (PP), pagamento mensal (PM) ou pagamento único (PU), sendo vedada a previ- são de bônus.

RESUMO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA MODALIDADE POPULAR SALDO DA PMC AO FINAL

DA VIGÊNCIA Inferior a 100% do valor pago pelo subscritor UTILIZAÇÃO DO

SALDO DA PMC Vedada a utilização como instrumento de garantia ou sua vinculação à aquisição de bem e/ou serviço CESSÃO DE DIREITO Vedada cessão de direito de sorteio e de resgate PREVISÃO DE BÔNUS Vedada

FICHA DE CADASTRO Obrigatória, em momento anterior à compra do título.

No caso de pagamento único, o subscritor terá 15 (quinze) dias, após a aquisição, para preenchimento da ficha de cadastro

TIPOS DE TÍTULO PU, PP ou PM

CUSTO COM SORTEIO No mínimo, 5% da contribuição TAXA DE JUROS EFETIVA

REAL MENSAL No mínimo, igual a 0,16% a.m.

RESGATE ANTECIPADO Após 60 (sessenta) dias da data da aquisição e deverá corresponder a, no mínimo, 50% do valor do pagamento único

PRAZO DE VIGÊNCIA Igual ou superior a 12 (doze) meses DENOMINAÇÃO

COMERCIAL DO PRODUTO

Exclusiva e não poderá ser utilizada por outra Sociedade de Capitalização, sendo vedada a comercialização simultânea de planos distintos aprovados com a mesma denominação comercial.

A Modalidade Incentivo

É o título de Capitalização vinculado a um evento promocional de cará- ter comercial instituído pelo subscritor. Assim, o subscritor, ou seja, uma empresa interessada em alavancar a venda de seus produtos ou serviços ou em fidelizar seus clientes (empresa promotora do evento), adquire títu- los de Capitalização por meio de uma Sociedade de Capitalização para permitir que seus consumidores, ao adquirirem seus produtos ou serviços,

Referências

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