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CONTABILIDADE GERAL 1º ANO TÉCNICO ADMINISTRAÇÃO / CONTABILIDADE

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CONTABILIDADE GERAL

1º ANO TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO / CONTABILIDADE

Professora: Cleide Comparcida

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Sumário

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS ... 4

CONTABILIDADE GERAL ... 5

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE ... 5

EVOLUÇÃO CONTÁBIL ... 7

DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE ... 15

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA CONTABILIDADE SÃO: ... 15

A contabilidade divide-se em duas grandes ramificações: ... 16

OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE ... 17

OS FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE ... 18

EVENTOS DA CONTABILIDADE NO BRASIL ... 18

Exercícios de fixação: ... 20

PATRIMÔNIO ... 21

BENS ... 21

Bens Móveis ... 21

Bens Imóveis ... 21

Bens Tangíveis ... 21

Bens Intangíveis ... 21

DIREITOS ... 22

OBRIGAÇÕES ... 22

Aspectos qualitativos e quantitativos ... 22

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL) ... 25

Exercícios de fixação: ... 25

Equações Patrimoniais ... 27

CAPITAL ... 28

Capital Social ... 28

Capital Próprio ... 28

Capital Integralizado e Capital a Integralizar ... 29

Capital Autorizado ... 29

Capital de Giro ... 30

. Diferença entre Capital e Patrimônio ... 31

FATOS CONTÁBEIS ... 31

Modificativos ou Quantitativos ... 32

Mistos ou Compostos ... 32

Exercícios de fixação: ... 33

Livro Diário ... 51

Livro Razão ... 56

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Livro Caixa ... 62

SPED FISCAL E CONTÁBIL ... 67

Sped Fiscal ... 69

Exercícios de fixação: ... 70

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ... 71

INVENTÁRIOS ... 71

Periódico ... 71

Permanente ... 72

Sistemas Básicos de Avaliação dos Estoques ... 72

Alterações do Valor das Compras ... 73

Alterações do Valor das Vendas ... 74

RESULTADO DA CONTA MERCADORIAS ... 75

APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - ARE ... 81

OBJETIVO DA APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ... 81

Encerramento das contas de resultado ... 82

Resumo da apuração do resultado do exercício ... 82

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 84

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OBJETIVOS PEDAGO GICOS

O Curso Técnico em Contabilidade está concebido para que se possa ter uma visão abrangente deste pilar basilar da Gestão que é a Contabilidade. O atual desenvolvimento tecnológico e o alargamento dos mercados exigem que o tecido empresarial se adapte em tempo útil a novas realidades e é neste contexto que surge a Contabilidade como instrumento eficiente de Gestão.

Os principais objetivos do curso são:

 Identificar os principais fatos patrimoniais de uma empresa.

 Analisar a estrutura e a movimentação das contas.

 Compreender a necessidade dos Trabalhos de Fim de Exercício.

 Analisar as Demonstrações financeiras.

 Distinguir a Contabilidade Geral da Contabilidade Analítica.

 Identificar qual o papel da Contabilidade Analítica numa estrutura organizacional.

 Efetuar o apuramento do Custo das Mercadorias Vendidas.

 Abordar a importância da Contabilidade Orçamental.

Permitindo aos formandos desenvolver competências técnicas na área.

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CONTABILIDADE GERAL

HISTÓRIA DA CONTABILIDADE

A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.

Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.

Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.

A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.

A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações

de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de

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simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber, quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.

É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e

trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de

dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito

antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.

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A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.

EVOLUÇÃO CONTÁBIL

CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai

até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.

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ÁBACO

A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.

Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.

O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra

"Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.

As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.

Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.

Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.

Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.

Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis,

encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme,

onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto

significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus

custos.

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Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.

A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.

As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.

Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias",

"Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.

Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros.

Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária.

NA BÍBLIA

Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.

No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha!

(Gênesis 41.49).

Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.

Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17.

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Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).

Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23- 27).

Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.

CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.

No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.

Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.

Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.

Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros.

A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e

metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como

consequência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e

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pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.

O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a consequência natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.

No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.

O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.

No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.

CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.

Em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus.

Em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.

A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.

A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos

do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o

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desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.

O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.

FREI LUCA PACIOLI escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.

Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando- se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.

O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral:

como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e

"Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.

Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:

"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;

"A " , pelo qual se reconhece o credor.

Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.

A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do comércio mundial.

Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O

governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o

exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio

internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas

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falências e a consequente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.

CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.

Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.

Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.

FÁBIO BESTA 1845 – 1922

Besta nasceu em Teglio de Valtellina, na Lombardia, em 17 de janeiro de 1845. Sua família era considerada nobre, mas suas condições econômicas eram precárias.

Seguidor de Francesco Villa superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da Contabilidade. Foi, também, o chefe da terceira Escola Veneziana.

Em 1891, Fábio Besta inicia a era do controle. Besta foi o primeiro e é o maior

contador moderno. Ele desenvolve a teoria materialística das contas. Juntamente

com Pacioli, é considerado o maior vulto da Contabilidade.

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A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.

Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista.

Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.

Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da Contabilidade.

Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão.

Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.

A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da Contabilidade.

ESCOLA NORTE-AMERICANA enquanto declinavam as escolas europeias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas europeias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância.

A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que

requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias

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e práticas contábeis, que permitissem correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.

Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de economia.

NO BRASILl, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.

Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.

São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de previdência privada.

DEFINIÇÃO DE CONTABILIDADE

Contabilidade é a ciência que permite, através de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa.

PATRIMÔNIO é um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma pessoa jurídica, avaliado economicamente.

O patrimônio é o OBJETO da Contabilidade.

O OBJETIVO da Contabilidade é o estudo e o controle do patrimônio e suas variações visando ao fornecimento de informações que sejam uteis para a tomada de decisões econômicas.

AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA CONTABILIDADE SÃO:

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Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetário;

Organizar um sistema de controle adequado a empresa;

Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;

Analisar os demonstrativos com a finalidade apuração dos resultados obtidos pela empresa;

e

Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando para eventuais problemas.

AS PRINCIPAIS TÉCNICAS CONTÁBEIS UTILIZADAS PELA CONTABILIDADE SÃO:

Escrituração consiste no registro, em livros próprios (Diário, Razão, Caixa e Contas Correntes), de todos os fatos administrativos, bem como dos atos administrativos relevantes que ocorrem no dia a dia das empresas;

 Demonstrações Contábeis são os relatórios técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE;

Auditoria é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, através do exame minucioso dos registros de contabilidade e dos documentos que deram origem a eles;

Análise de Balanços compreende o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, a fim de transformar esses dados em informações uteis aos diversos usuários da contabilidade;

Consolidação de Balanços corresponde a unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando a apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

A contabilidade divide -se em duas grandes ramificações:

Pública ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito público e representação gráfica de seu patrimônio, visando três sistemas distintos:

orçamentário, financeiro e patrimonial, para alcançar os seus objetivos ramificando-se conforme sua área de abrangência em federal, municipal e autarquias.

Privada ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos das pessoas de direito

privado, tanto as físicas quanto as jurídicas, além da representação gráfica de seu patrimônio,

dividindo-se em civil e comercial.

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Contabilidade Civil é exercida pelas pessoas que não tem como objetivo final o lucro, mas sim o instinto de sobrevivência ou bem-estar social. Divide-se em: Doméstica – exercida pelas pessoas físicas em geral, individualmente ou em grupo. Contabilidade Social – usada pelas pessoas que tem como objetivo final o bem-estar social da comunidade, tais como: clubes, associações de caridade, sindicatos, igrejas, etc.

Contabilidade Comercial: é exercida pelas pessoas que exploram atividades que objetivam o lucro. Divide-se em: Contabilidade Mercantil – usada por pessoas com objetivo social de compra e venda direta de mercadorias. Exemplo: Supermercados, sapataria e açougues. Contabilidade Industrial – exercida por pessoas que tem como objetivo social a produção de bens de capitais ou de consumo, através do beneficiamento ou da transformação de matérias-primas, do plantio, da criação ou extração de riquezas.

Exemplo: indústria de móveis, pecuária e agricultura. Contabilidade de Serviços – é usada pelas pessoas que tem como objetivo social a prestação de serviços. Exemplo:

Estabelecimento de ensino, telecomunicações e clínicas médicas.

OS USUÁRIOS DA CONTABILIDADE

São as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas. Podem ser divididos em: internos e externos.

Os usuários internos são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que tem facilidade de acesso às informações contábeis como: gerentes, administradores, funcionários e diretoria.

Os usuários externos são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acesso direto às

informações contábeis, mas que as recebem de publicações das demonstrações pela entidade, tais

como: bancos, concorrentes, governo, fornecedores e clientes.

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CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 18 OS FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

POSTULADOS: A Contabilidade repousa, basicamente, em dois postulados – proposição ou observação de certa realidade não sujeita à verificação e numa lei maior de Contabilidade que definem o ambiente econômico, social e político no qual esta deve atuar – são eles:

Entidade Contábil: Em primeiro lugar, há a necessidade da existência da entidade contábil, ou seja, uma pessoa para quem é mantida a Contabilidade. Não havendo entidade, não há, evidentemente, a contabilidade aplicada. Cabe aqui ressaltar que a Contabilidade é mantida para a entidade como pessoa distinta dos sócios, ou seja, não se deve misturar as movimentações da entidade com as dos proprietários. Pessoas físicas e jurídicas não devem ser confundidas, ou sócios não devem ser confundidos com empresas.

Continuidade da Empresa: A Continuidade da empresa é baseada no pressuposto de que a empresa é algo em andamento, em continuidade, que funcionará por prazo indeterminado.

PRINCÍPIOS: originam-se da necessidade do estabelecimento de um conjunto de conceitos, princípios e procedimentos que não somente são utilizados como elementos disciplinadores do comportamento do profissional no exercício da Contabilidade, mas que permitem aos demais usuários fixar padrões de comparabilidade e credibilidade na elaboração das demonstrações. Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são:

Princípio do Custo como Base de Valor;

Princípio da Realização da Receita e Confrontação da Despesa;

Princípio do Denominador Comum Monetário;

Princípio da Competência.

CONVENÇÕES CONTÁBEIS: são mais objetivas e tem a função de indicar a conduta adequada que deve ser observada no exercício profissional da Contabilidade. São elas:

Convenção da Objetividade;

Convenção da Materialidade;

Convenção da Consistência;

Convenção do Conservadorismo.

EVENTOS DA CONTABILIDADE NO BRASIL

Alguns eventos que marcaram o desenvolvimento da Contabilidade no Brasil.

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1.850 - Publicação do Código Comercial Brasileiro, na qual instituiu a obrigatoriedade da escrituração contábil e elaboração anual da demonstração de resultado e do balanço geral.

1.902 - A primeira escola de contabilidade no Brasil, sob a forma de escola de comércio, foi a Fundação Escola de Comércio Alvares Penteado, que surgiu em 1902 como Escola Prática de Comércio. Três anos mais tarde, o decreto federal nº 1.339/ 2005 reconheceu ...

1926 - No dia 25 de abril, comemora-se o Dia da Contabilidade. Nesse dia, em 1926, o Senador João Lyra Tavares, patrono da contabilidade no Brasil, defendeu a regulamentação da profissão contábil no Congresso Nacional. A regulamentação ocorreu através do Decreto

1.931 - 30 de julho, publicação do decreto nº. 20.158 na qual organizou o ensino comercial e regulamentou a profissão contábil.

1.940 - Publicação do decreto nº. 2.627, a primeira Lei das Sociedades por Ações.

1.945 - A profissão contábil foi considerada como uma carreira universitária.

1.946 - Fundação da FEA-USP, instituição do curso de ciências contábeis e atuariais

1.971 - Publicação do livro Contabilidade Introdutória, equipe de professores da Criação do Conselho Federal de Contabilidade e dos respectivos conselhos regionais.

1.971 - Publicação do livro Contabilidade Introdutória, equipe de professores da FEA-USP.

1.972 - Resolução 220 – Circulares 178 e 179 do Banco Central do Brasil. A circular 178 obrigou o registro dos auditores independentes no Banco Central e a circular 179 tratou dos princípios e normas de contabilidade (não listou os princípios, apenas normatizou); e O Conselho Federal de Contabilidade baixou a resolução nº. 321, que conceituou os Princípios Fundamentais de Contabilidade Geralmente Aceitos (PCGA) e adotou as normas (quase que na íntegra) e procedimentos de auditoria elaborados pelo IAIB, atual IBRACON.

1.976 - Publicação da Lei 6.404, a nova Lei das Sociedades Por Ações (em vigor); e Criação da Comissão de Valores Mobiliários.

1.977 - Publicação do Decreto-lei nº. 1.598 – adequou o Regulamento do Imposto de Renda (RIR) à nova Lei das Sociedades por Ações e estendeu as normas e princípios contábeis da Lei das Sociedades por Ações às demais empresas.

1.993 - Publicação da Resolução CFC 750, que estabeleceu os novos princípios fundamentais de contabilidade (em vigor).

1.995 – Publicação da Lei nº. 9.249, que eliminou a correção monetária das demonstrações contábeis.

2007 - Quem escolher a área agora tem uma vantagem: uma lei de 2007 fez com que as normas da contabilidade no Brasil passassem a seguir padrões internacionais, obrigando cursos e profissionais a se atualizarem. "Com a mudança, as empresas brasileiras são obrigadas a adequar-se a normas internacionais de contabilidade, e a substituição da lei 6404/76 para 11638/2007”.

2.008 – Mais uma alteração pela Medida Provisória 449/2008.

2.009 – M.P convertida em lei pela 11.941.

(20)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 20

2010 - O Brasil deu um passo importante ao aderir às regras do International Financial Report Standard – IFRS. O IFRS é o padrão internacional de contabilidade que o Brasil passa a adotar a partir de 2010, que compreende um conteúdo vasto de normas contábeis.

Exercícios de fixação:

1- O objeto da Contabilidade é:

a) O Balanço Patrimonial b) A escrituração

c) O Patrimônio

d) Registrar os fatos administrativos 2- Qual a definição de contabilidade?

3- Quais são os usuários da contabilidade?

4- Quais são as técnicas contábeis

5- Quais são os postulados contábeis

(21)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 21

PATRIMO NIO

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa, ou a uma entidade, avaliado em moeda.

Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo.

As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo.

BENS

São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis.

Bens Móveis

São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por força alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que possuem movimentos próprios, semoventes), etc.

Bens Imóveis

São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem deslocados, terão de ser total, ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios, terrenos, construções, etc.

Bens Tangíveis

Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens que constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados. Ex.: veículos, terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, etc.

Bens Intangíveis

Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os bens que não

constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), patente

de invenção, ponto comercial, o domínio de internet, etc.

(22)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 22 DIREITOS

São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. É o poder de exigir alguma coisa. Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa receberá decorrente de uma venda a prazo. O comprador já levou a mercadoria, porém ainda não pagou então a empresa tem o direito de receber o valor correspondente.

Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas a receber, títulos a receber, etc.

OBRIGAÇÕES

São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física).

Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao patrimônio a partir do momento que o fornecedor o entrega. Como foi uma venda a prazo, a empresa passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar equivalente ao preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da empresa, de outro lado aumenta o Passivo (obrigação) da empresa.

Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar, Fornecedores ou Duplicatas a pagar (referente a compra de mercadorias a prazo), impostos a pagar (ou impostos a recolher), etc.

Aspectos qualitativos e quantitativos

Aspectos qualitativos

Consiste em especificar, seguindo a natureza de cada um. Veja:

(23)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 23

Permite ter uma noção mais precisa do tamanho do Patrimônio, porém essas informações ainda não são suficientes para saber o tamanho do Patrimônio da empresa. Daí surge a necessidade do seguinte aspecto: o quantitativo.

Aspectos quantitativos

Consiste em dar aos Bens, Direitos e Obrigações seus respectivos valores, levando-nos a conhecer o valor do Patrimônio da empresa. Veja:

Os aspectos qualitativos e os aspectos quantitativos são usados para avaliar o tamanho do Patrimônio da empresa.

Todas as vezes que forem extraídas demonstrações baseadas nos registros contábeis da empresa, nelas deverão estar ressaltados os aspectos qualitativos e quantitativos ‘elementos especificados com seus respectivos valores em moeda.

Representamos o Patrimônio em um gráfico simplificado, em forma de T:

(24)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 24

O T , tem dois lados. No lado esquerdo, colocamos os Bens e os Direitos.

No lado direito, colocamos as Obrigações:

Então fica:

Elementos positivos: Bens e Direitos Elementos negativos: Obrigações

Os elementos positivos são denominados componentes Ativos, e o seu conjunto forma o Ativo.

Os elementos negativos são denominados componentes Passivos, e o seu conjunto forma o Passivo.

Veja, então, como fica o gráfico:

(25)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 25 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PL)

A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), mas contém uma natureza especial, onde também fazem parte das obrigações os direitos dos acionistas, sócios ou titular da empresa individual em relação ao patrimônio da pessoa jurídica.

Representa aquilo que, de fato, a pessoa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de pagar todas as suas dívidas.

O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de uma entidade em determinado momento, ou seja, se a empresa tem um Ativo (bens + direitos) de R$100.000,00 e um Passivo (obrigações) de R$40.000,00, o Patrimônio Líquido dessa entidade será de R$60.000,00.

Ativo

R$100.000,00

Passivo R$40.000,00

Patrimônio Líquido R$60.000,00

Total

Ativo R$100.000,00

Total

Passivo R$100.000,00

Sendo assim:

A = P + PL

O PL também figura no lado do Passivo em virtude de o capital, reservas, etc., pertencerem aos proprietários da empresa (sócios, acionistas) e não deixa de ser uma obrigação da empresa pessoa jurídica para com os proprietários pessoa física.

Exercícios de fixação:

1- No patrimônio da empresa, qual dos exemplos abaixo é considerado um direito?

a) Caixa b) Estoque

c) Contas a receber d) Salários a pagar

e) Máquinas e equipamentos

2- Entende-se por bens:

a) Tudo que se pode comprar com dinheiro

b) Todo produto que a indústria de transformação produz e que pode ser avaliado economicamente

c) Qualquer móvel ou imóvel

d) Qualquer coisa que possa satisfazer as necessidades humanas e possa ser avaliado

economicamente.

(26)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 26

3- Entende-se por obrigação?

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

4- Qual o conceito de patrimônio líquido?

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

5- Classifique os elementos em:

a) Bem b) Direito c) Obrigação d) Ativo e) Passivo

ELEMENTOS A B C D E

Computador Mesa

Duplicatas a receber Impostos a recolher Alugueis a receber Dinheiro em caixa Fornecedores Clientes Veículos

Salários a pagar Mercadorias Carnês a pagar Terreno

Promissórias a pagar

Estoque de material de expediente

(27)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 27

Equaçõ es Patrimõniais

Situação Líquida Patrimonial é a diferença entre o Ativo e o Passivo.

SL = A - P

O estado patrimonial de uma empresa pode apresentar-se de diferentes maneiras na equação patrimonial:

a) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido  Indica uma situação de normalidade da empresa, pois o conjunto de bens e direitos supera as obrigações (há PL positivo). É uma situação favorável, positiva ou superavitária.

b) Ativo = Patrimônio Líquido (sendo Passivo = 0)  Não existe obrigações para com terceiros, o que geralmente ocorre na abertura da empresa, sendo o passivo igual a zero.

c) Ativo = Passivo (sendo PL = 0)  Neste caso, não existe capital próprio, o que significa que o ativo da empresa foi totalmente financiado com recursos de terceiros. É um estado de alerta, pois a empresa está com dificuldades financeiras. É uma situação nula ou compensada.

d) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo  Nesta situação, a empresa se encontra em estado de insolvência, uma parcela das obrigações ficará sem ser paga, mesmo que a empresa venda todo o seu ativo. Ou seja, o ativo não é suficiente para liquidar todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve- se aumentar o PL com o acréscimo de capital por parte dos seus proprietários. Esta é uma situação denominada Passivo a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa ou deficitária.

Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados de componentes patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:

PATRIMÔNIO Ativo Passivo

Bens e Direitos

Obrigações Patrimônio Líquido

(28)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 28 CAPITAL

O Patrimônio pode ser conceituado como um conjunto de capitais, cuja origem dos capitais está representada pelo Passivo e a aplicação dos capitais pelo Ativo.

O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da empresa, seja por terceiros ou por proprietários (passivo ou patrimônio líquido).

Ou seja, é a soma das riquezas ou recursos acumulados que se destinam à produção de novas riquezas.

A expressão Capital tem vários significados distintos, os quais veremos a seguir.

Capital Social

É o investimento inicial feito pelos proprietários da empresa e corresponde ao patrimônio líquido inicial. Ele só é alterado quando os proprietários realizam investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital). Também pode receber a denominação Capital Nominal ou Capital Integralizado

Capital Próprio

Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas de capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).

Capital de Terceiros

Corresponde ao passivo real ou passivo exigível (obrigações) da empresa e representa os investimentos feitos com recursos de terceiros.

Por exemplo: compra de um imóvel financiado pelo banco em 12 vezes (Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias (estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).

Capital Total à Disposição da Entidade

Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa e representa o total dos recursos

utilizados no financiamento das atividades (Passivo Total). É igual a soma de todas as origens que

estão a disposição da entidade e que estão aplicadas no Ativo (em decorrência do método das

partidas dobradas).

(29)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 29

Passivo total = Ativo total = Patrimônio bruto = Total das origens = Total das Aplicações = Capital Total a Disposição da Entidade

Capital Integralizado e Capital a Integralizar

Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social nem sempre estão disponíveis para serem transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade (empresa) no ato de constituição da mesma. Ou seja, nem sempre o capital encontra-se totalmente integralizado (ou realizado). O Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade.

Quando um sócio se compromete formalmente (mediante contrato social) a entregar certa importância para compor o Capital Social da entidade à qual pertence, em data futura, embora subscrita, aquela parcela do capital, correspondente aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar (ou a realizar).

Subscrição é o ato jurídico formal pelo qual o sócio, acionista ou titular da empresa individual assume a obrigação de transferir bens ou direitos para o patrimônio da entidade à qual está vinculado.

Sendo assim, o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato contínuo à subscrição, a titularidade dos bens e direitos é transferida para o patrimônio da entidade, então o capital estará subscrito e integralizado. Caso contrário, embora o capital esteja subscrito, ainda se encontrará a integralizar.

Capital Autorizado

O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou balcão), a partir da Lei nº6.404/1976, (Lei das S.A.) foi instituído como Capital Autorizado.

Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia ser feita através de uma alteração de estatuto, contrato ou registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas, com a nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos acionistas pode delegar ao Conselho de Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado.

Exemplo: A empresa tem um Capital Social de R$500.000,00, um Capital Integralizado de

R$300.000,00 e um Capital Autorizado de R$800.000,00.

(30)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 30

Capital de Giro

Existem dois tipos de investimentos que a empresa recebe quando inicia suas atividades. Um é conhecido como investimento fixo, que serve para a aquisição de máquinas, móveis, prédios, veículos, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado. O outro é conhecido como Capital de Giro.

Capital de giro é uma parte do investimento que compõe uma reserva de recursos que serão utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo. Esses recursos ficam nos estoques, nas contas a receber, no caixa, no banco, etc. É o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso.

O estoque de uma empresa é formado e mantido em função das necessidades do mercado consumidor, portanto, ele está sempre sofrendo mudanças de investimentos, seja em tipos de itens ou em quantidades. Quanto maior a necessidade de investimento nos estoques, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.

Nas vendas, quanto mais prazo você oferece ao cliente ou quanto maior for a parcela de vendas a prazo no seu faturamento, mais recursos financeiros a empresa deverá ter.

É nos Bancos e no Caixa que fica uma parte dos recursos financeiros disponíveis da empresa, ou seja, aquela que a empresa pode utilizar a qualquer tempo para honrar os seus compromissos diversos.

Dependendo do saldo inicial, das entradas e das saídas, pode ocorrer uma falta ou uma sobra desses

recursos em um momento específico, dia ou semana. Para isto não ocorrer, as decisões de compra e

venda devem ser tomadas com critérios estabelecidos. Sempre que uma decisão for tomada, é

necessário que seja feita uma análise sobre a disposição dos recursos financeiros da empresa para

isso. Se for tomada uma decisão de compra em excesso ou de dar mais tempo para os clientes nas

vendas a prazo, a empresa deverá ter uma quantidade maior de dinheiro (recursos financeiros). Se

esse recurso não existe, a entidade vai precisar utilizar recursos emprestados de bancos, de

(31)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 31

fornecedores ou de outras fontes, o que gerará uma necessidade de pagamentos de juros, diminuindo a margem de lucro do negócio.

Portanto, administrar o capital de giro da empresa significa avaliar o momento atual, as faltas e as sobras de recursos financeiros e os reflexos gerados por decisões tomadas em relação a compras, vendas e à administração do caixa.

Em resumo, Capital de giro (capital circulante ou capital de trabalho) indica a parte do patrimônio que sofre constante movimentação nas empresas, tais como as disponibilidades e os valores realizáveis, diferenciando-se entre estes os créditos, os estoques e os investimentos. São excluídos, portanto, os capitais permanentes (ativo fixo ou imobilizado, investimentos permanentes) e o ativo pendente, que compreende valores contingentes como, por exemplo, despesas do exercício seguinte

.

Diferença entre Capital e Patrimônio

Tanto Capital quanto Patrimônio podem, em termos mais amplos, serem considerados sinônimos.

Porém é necessário distingui-los, tendo em vista que a expressão capital pode assumir nos termos contábeis todos os significados descritos acima, enquanto o Patrimônio será sempre o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa.

IMPORTANTE:

Não confunda dinheiro com capital. Na Contabilidade, os dois termos são coisas distintas. O capital é formado por dinheiro ou qualquer outro bem (móvel ou imóvel) e até por créditos. Se o capital pertencer aos sócios ou aos proprietários, será chamado de capital próprio, porém, se pertencer a pessoas ou empresas alheias à entidade, será chamado de capital de terceiros. O capital, seja próprio ou alheio, sempre estará investido (aplicado) no Ativo da entidade, podendo estar materializado em dinheiro, estando na conta Caixa ou conta Bancos pertencente à entidade.

FATOS CONTÁBEIS

Fatos contábeis (ou fatos administrativos) são ocorrências que têm por efeito a alteração da composição do Patrimônio, seja em seu aspecto qualitativo ou em seu aspecto quantitativo.

São todos os eventos que ocorrem na empresa, passíveis de se determinar um valor monetário. O

registro de um fato contábil pode ou não alterar o valor do Patrimônio Líquido da empresa.

(32)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 32

Classificam-se em três grupos: Fatos contábeis permutativos (qualitativos ou compensativos), Fatos contábeis modificativos (ou quantitativos) e Fatos contábeis mistos (ou compostos).

Permutativos, Qualitativos ou Compensativos

São fatos que acarretam uma troca (permuta) entre elementos do ativo, do passivo, ou de ambos, porém sem provocar alteração no Patrimônio Líquido, alterando apenas a composição qualitativa dos elementos pertencentes ao Patrimônio. Ex.: compra de uma máquina à vista - ocorre a permuta de um bem (dinheiro) por outro bem (máquina), ambos elementos do ativo.

Débito Crédito

A A

P P

A P

P A

PL PL

Modificativos ou Quantitativos

São fatos que alteram a composição do Patrimônio e modificam para mais (modificativos aumentativos) ou para menos (modificativos diminutivos) a situação líquida da empresa.

Modificativos aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de receita, aumentando o Patrimônio Líquido (PL). Ex.: Receita de vendas, receita de aluguel, etc.

Débito Crédito

A PL/R

P PL/R

Modificativos diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de despesa, diminuindo o Patrimônio Líquido (PL). Ex.:

pagamento de despesas em geral, etc.

Débito Crédito

PL/D A

PL/D P

Mistos ou Compostos

São os que envolvem simultaneamente um fato permutativo (qualitativo) e um fato modificativo (quantitativo), alterando o Patrimônio Líquido (PL), ou seja, a troca de elemento patrimonial com lucro ou prejuízo.

Mistos aumentativos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita (venda com lucro, aumenta PL). Ex.:

recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com desconto, reforma de dívida com desconto, vendas com lucro, pagamentos de obrigações com desconto, etc.

Débito Crédito

A P/PL/R

A/P A/R

Mistos diminutivos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa (venda com prejuízo, diminui PL).

Ex.: recebimento de duplicatas com desconto, pagamentos de duplicatas com juros, reforma de dívida com juros, etc.

Débito Crédito

PL PL/P

A/P/D A

(33)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 33

Os fatos contábeis alteram o Patrimônio sob seus dois aspectos básicos: o qualitativo e o quantitativo. Ao analisar os fatos permutativos, observa-se que estes provocam variações estritamente qualitativas, isto é, modifica-se apenas a natureza dos elementos patrimoniais envolvidos. Já os fatos modificativos e os fatos mistos geram mudanças reais na expressão monetária da situação líquida, ou seja, provocam variações de natureza quantitativa.

OBS.: Não confunda fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato administrativo, não produz de imediato qualquer alteração no Patrimônio e não deve ser registrado na contabilidade. Se contabilizado, é chamado de operação extrapatrimonial (conta de compensação).

Encarregar um empregado a desempenhar determinada tarefa constitui um ATO ADMINISTRATIVO.

Agora, pagar a ele o seu salário define um FATO ADMINISTRATIVO, pois estará alterando o Patrimônio da entidade.

Exercícios de fixação:

1- Coloque V se verdadeira e F se falsa:

( ) a Situação Líquida Patrimonial é igual à soma do Ativo com o Passivo.

( ) a Situação Líquida Patrimonial será sempre negativa.

( ) a Situação Líquida Patrimonial é igual ao do Ativo diminuído das obrigações.

2- Complete:

a) Quando o total dos bens e direitos for menor que o total das obrigações, a SL será _______________.

b) Quando o Ativo for igual ao __________________, a SL será nula.

c) Quando o total das obrigações for menor que o Ativo, a SL será __________________.

d) SL Positiva é o mesmo que SL _______________________.

3- Complete:

a) SL Positiva b) SL Negativa c) SL Nula

( ) SL Superavitária ( ) Passivo a Descoberto.

( ) Situação Deficitária.

4- Quando os débitos de uma empresa excedem o seu patrimônio bruto, dizemos que a situação líquida é:

a) superavitária

b) ativa

(34)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 34

c) nula d) favorável e) deficitária

5- Não corresponde ao conceito de Passivo exigível:

a) capital de terceiros b) capital alheio c) débitos da empresa d) recursos correntes e) obrigações

6- Não é o mesmo que Capital próprio:

a) bens + direitos – obrigações

b) capital aplicado - capital de terceiros c) patrimônio bruto - capital alheio

d) recursos não correntes - passivo não circulante e) capital total à disposição da empresa - capital aplicado

7- A diferença entre o capital total à disposição da empresa e os recursos não correntes corresponde:

a) ao passivo exigível b) ao capital de terceiros

c) às exigibilidades a longo prazo d) ao passivo circulante

e) aos débitos da empresa

8- Ao levantar o seu Patrimônio, uma empresa apurou os seguintes valores:

Bens $23.000 Direitos $31.000 Obrigações $42.000

1) O Ativo da empresa totaliza:

a) $23.000

b) $31.000

(35)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 35

c) $42.000 d) $54.000 e) $12.000

2) O total do Passivo da empresa é:

a) $54.000 b) $12.000 c) $42.000 d) $30.000 e) $15.000

3) O Patrimônio Líquido da empresa importa em:

a) $12.000 b) $36.000 c) $30.000 d) $25.000 e) $41.000

4) O Passivo exigível é igual a:

a) $10.000 b) $36.000 c) $42.000 d) $23.000 e) $31.000

5) Na elaboração do Balanço Patrimonial da empresa, o Passivo totaliza:

a) $10.000 b) $31.000 c) $42.000 d) $23.000 e) $54.000

9- Ocorrerá aumento patrimonial de uma empresa, sempre que houver:

a) recebimento de direitos b) reversão de reservas de lucros c) aumento do capital social

d) aumento das reservas patrimoniais

e) conversão de debêntures em ações

(36)

CONTABILIDADE GERAL – 1º ANO TÉCNICO - 2016 36

Os seguintes itens representam elementos do patrimônio de uma entidade econômica:

a) Computador e periféricos do escritório da empresa b) Conjunto de escritório com mesa e cadeira giratória.

c) Valor referente a uma duplicata a receber de terceiros.

d) Veículo, ano de fabricação 2010.

e) Empréstimos efetuados junto ao banco.

f) Valor referente a uma duplicata emitida por um fornecedor.

g) Estoque de mercadorias para revenda.

h) Valor referente à folha de pagamento de salários da empresa que serão pagos no 5º dia útil do mês seguinte.

i) Valor referente a um adiantamento feito pela empresa a um fornecedor.

j) Valor referente ao ICMS que a empresa deverá recolher no mês seguinte.

k) Móveis e utensílios da empresa.

l) Empréstimos efetuados junto a um sócio da empresa.

m) Valor referente ao FGTS, que deverá ser depositado até o 10º dia útil do mês seguinte.

n) Estoque de material de embalagens da empresa.

1) Quais dos itens acima representam bens da empresa?

2) Quais dos itens acima representam direitos da empresa?

3) Quais dos itens acima representam obrigações da empresa?

Referências

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