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UM ESTUDO ACERCA DOS PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS DAS MADEIREIRAS NA AQUISIÇÃO DE MADEIRA LEGAL DESTINADAS À CONSTRUÇÃO CIVIL

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UM ESTUDO ACERCA DOS

PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS DAS

MADEIREIRAS NA AQUISIÇÃO DE

MADEIRA LEGAL DESTINADAS À

CONSTRUÇÃO CIVIL

Carlos Eduardo de Oliveira (UFU)

Michele Aparecida Ruiz (FunBBE) Vera Mara Scudeleti (FunBBE) Lucimara Olivato (FunBBE)

Resumo

Atualmente existem muitas ocorrências de devastação das florestas. Uma dessas ocorrências está relacionada com a retirada de madeira de forma ilegal. Sabe-se que a madeira é utilizada em grande escala na construção civil, porém, em alguns ccasos, não se pode identificar sua procedência. Este trabalho aborda a extração de madeira e o seu uso na construção civil nos municípios de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê, Estado de São Paulo. Para obtenção desses dados, além do desenvolvimento do referencial teórico, foram realizadas entrevistas com os gestores de madeireiras da região pesquisada. Como resultados principais da pesquisa, obteve-se que os gestores das empresas afirmam adquirir madeiras dentro da legalidade, além de contribuírem com o plantio voluntário de mudas; apresenta os principais procedimentos para obtenção da madeira legal, bem como os documentos necessários no ato da compra para garantir que a madeira comprada é de origem legal; além das práticas que as empresas e municípios podem adotar para minimizar a comercialização irregular. O estudo também apresenta os principais problemas que a utilização de madeira ilegal pode provocar ao meio ambiente e consequentemente para as pessoas.

Palavras-chaves: Madeira; Construção Civil; Desmatamento; Sustentabilidade.

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1 Introdução

A utilização de madeira para a construção de imóveis é realizada em grande escala, podendo ter uma representatividade considerável no que se refere ao número de árvores necessárias a este consumo. Isto gera uma necessidade: saber se esta matéria-prima é fruto de reflorestamento ou proveniente de desmatamento, e se é legal ou não. E mais, quais as conseqüências do desmatamento para o meio ambiente.

O não conhecimento da origem da madeira utilizada como matéria-prima na construção civil resulta na incerteza se estes materiais estão de acordo com as condições legais, e quanto deste consumo afeta no ecossistema. Nota-se que uma das principais causas do desmatamento é a extração de madeira ilegal.

A madeira de reflorestamento, legalizada, surge como principal item de consumo, já que se acredita que haja fiscalizações e acompanhamento sobre este assunto. Porém, deve ser levado em consideração à possibilidade de a madeira consumida ser de origem de desmatamento, o que pode afetar mais gravemente o ecossistema. Existe ainda a possibilidade desta madeira de desmatamento ser de origem clandestina, o que agrava ainda mais os problemas no meio ambiente.

Quando o tema desmatamento é discutido, arremete-se ao pensamento de queimadas para liberação de terreno para criação de gado ou plantio, ou mesmo, têm-se a imagem de toneladas de madeira com destino às serralherias para construção de mobiliário. Porém, o problema está mais próximo das pessoas, que muitas vezes não percebem, contribuindo assim, a prejudicar o meio ambiente.

A madeira utilizada para construção de imóveis é um bom exemplo do consumo inconsciente da madeira, no sentido de se ter ciência de sua origem. Percebe-se a grande importância da realização de estudos que indiquem a origem da madeira utilizada, para se conhecer o quanto isso influencia no desmatamento, quais as consequências e medidas que podem ser tomadas.

Para tanto, na região composta pelos municípios de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê, surge a necessidade de se realizar um estudo para buscar tais informações. Dessa forma, este

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3 artigo tem como principal objetivo apresentar um estudo sobre a utilização de madeira na construção civil nestes municípios, bem como verificar sua procedência.

2 Metodologia

A estrutura deste trabalho foi desenvolvida com o intuito de se explorar os problemas apresentados, de maneira lógica e sequencial, através de pesquisa científica. O levantamento de dados foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica, que fornecerá todas as informações teóricas necessárias, como base para esta pesquisa.

Também foi utilizada a pesquisa de campo, que utiliza como instrumento de coleta de dados o questionário, com questões relacionadas ao proposto no artigo. Para a preservação dos gestores e empresas que contribuírem com a pesquisa, e também diminuir os riscos de respostas incorretas, seus nomes serão omitidos, sendo apenas denominados como empresas.

3 Referencial Teórico

3.1 Histórico da Madeira no Brasil

Antes da chegada dos colonizadores portugueses as terras brasileiras estavam totalmente cobertas por florestas e por matas praticamente virgens. Os únicos homens que habitavam esta área eram os índios. Estes usufruíam do espaço de forma muito diferente da européia. A derrubada de árvores, por exemplo, era em escala muito pequena e em áreas pequenas, apenas o suficiente para montar a aldeia e cultivar a terra (UFSC, 2009).

A madeira extraída era utilizada nas edificações e nas fabricações dos meios de transportes. A enorme variedade de espécies arbóreas permitia inúmeros usos, tendo como principais as tintas, canoas, vigas, pilares, armas de caça, instrumentos musicais e instrumentos de trabalho.

Com a chegada dos portugueses, a extração da madeira se tornou uma atividade economicamente rentável, e passou a ser o principal produto de exportação. Além de seu valor econômico, a madeira passou a ser utilizada pela nova população para elevar seus municípios e construir seus meios de transportes. A arquitetura inicial era basicamente feita com madeira, utilizando as técnicas indígenas locais (UFSC, 2009).

A colônia inseriu seus utensílios de trabalho, suas crenças, seus formatos de municípios, mas manteve o material e as técnicas encontradas nos locais. Com o tempo, a

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4 extração da madeira além de servir como produto de exportação, passou a servir como matéria prima para a produção de energia, o que fez com que a devastação fosse bem mais acentuada. A madeira deixou por um bom tempo de ser utilizada nas construções para ser queimada nas embarcações que passavam pelo litoral brasileiro. Na arquitetura ficou rebaixada à estrutura e às casas, tendo o adobe e a taipa, como revestimento (UFSC, 2009).

A madeira pode ser obtida, segundo Zenid (2009) das seguintes fontes:

 Florestas plantadas: que se destinam a produzir matéria-prima para as indústrias de madeira serrada, painéis à base de madeira e móveis, cuja implantação, manutenção e exploração seguem projetos previamente aprovados pelo IBAMA;

 Florestas nativas: que são exploradas para atender o mercado de madeiras por meio de manejo florestal, através da exploração planejada e controlada da mata nativa e por meio de exploração extrativista, explorando comercialmente apenas as espécies com valor de mercado, sem projetos de manejo.

O aproveitamento das florestas naturais ou plantadas, através de Projeto de Manejo Florestal aprovado pelo IBAMA, é a forma correta de utilizar estes recursos naturais, por partir do princípio de sustentabilidade, ou seja, prevendo uma utilização que permita a recomposição da floresta de uma determinada área, viabilizando-a econômica, socialmente e ambientalmente.

3.2 A Utilização da Madeira na Construção Civil

Na construção civil, a madeira pode ser utilizada em várias etapas da obra, tais como em usos temporários, que englobam as formas para concreto, andaimes e escoramentos, de forma definitiva, bem como em estruturas de coberturas, esquadrias, como portas, batentes e janelas; em forros e pisos e decorações (FERREIRA, 2003).

Ferreira (2003) divide a utilização da madeira em seis categorias, com segue:

 Construção civil pesada interna: engloba peças de madeira serrada em forma de vigas, caibros, pranchas e tábuas utilizadas em estruturas de cobertura;

 Construção civil leve externa e leve interna estrutural: são as peças de madeira serrada em forma de tábuas e pontaletes empregados em usos temporários como andaimes, escoramento e fôrmas para concreto, e ripas e caibros utilizadas em partes secundárias de estruturas de cobertura;

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5 beneficiada, tais como os forros, painéis, lambris e guarnições, onde a madeira apresenta cor e desenhos considerados decorativos;

 Construção civil leve interna de utilidade geral: são utilizados em forros, painéis, lambris e guarnições, porém para madeiras não decorativas;

 Construção civil leve, em esquadrias: abrange as peças de madeira serrada e beneficiada, como portas, venezianas e caixilhos.

Muitos tipos de madeira foram utilizadas largamente na construção civil e em outras áreas de forma descontrolada, provocando a extinção de alguns tipos. A seguir estão apresentadas algumas madeiras que ainda são (em menor escala) ou já foram muito utilizadas na construção civil e hoje estão em extinção (JARDIM BOTÂNICO, 2009):

 Imbuia: obtida no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas submatas dos pinhais, é uma das madeiras mais procuradas para confecção de mobiliário de luxo, principalmente pela sua beleza. Muito utilizada na construção civil em tacos, esquadrias, lambris, pontes e moirões, para marcenaria de luxo, laminados e carpintaria. Sua extração predatória e indiscriminada por ser muito usada na confecção de mobiliários e construção civil, ameaça à espécie de extinção;

 Jacarandá-da-Bahia: obtida na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, na floresta pluvial atlântica, é própria para mobiliário de luxo, empregada também para acabamentos internos em construção civil, como lambris, molduras, portas, rodapés, para folhas faqueadas decorativas, entre outros. O corte indiscriminado feito pelas madeireiras clandestinas, levou a espécie ao risco de extinção;

 Pinheiro-do-Paraná: obtido em Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul em regiões de altitudes acima de 900m (no sul acima de 500m), é própria para forros, molduras, ripas, entre outros. A redução da Floresta de Araucária e a exploração predatória de sua madeira tornaram o Pinheiro-do-Paraná ameaçado de extinção.

Os produtos de madeiras utilizados na construção variam, como menciona Ferreira (2003), desde peças com pouco ou nenhum processamento (madeira roliça) até peças com vários graus de beneficiamento (madeira beneficiada), como está apresentado a seguir:

 Madeira roliça: produto com menor grau de processamento da madeira. Na maior parte dos casos, sequer se retira à casca. Tais produtos são empregados, de forma

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6 temporária, em escoramentos de lajes e construção de andaimes;

 Madeira serrada: é produzida em unidades industriais (serrarias), onde as toras são processadas mecanicamente. As diversas operações pelas quais esta passa são determinadas pelos produtos que serão fabricados. As serrarias produzem a maior diversidade de produtos: pranchas, pranchões, blocos, tábuas, caibros, vigas, vigotas, sarrafos, pontaletes, ripas e outros, os quais são utilizados nas construções;

 Madeira beneficiada: é obtida pela usinagem das peças serradas, agregando valor às mesmas. No processo de montagem de molduras, são realizados cortes de encaixes no comprimento para peças destinadas a forros, lambris, peças para assoalhos, batentes de portas, entre outros. Já no torneamento, as peças tomam a forma arredondada, como balaustres de escadas.

As madeiras mais utilizadas na construção civil e suas aplicabilidades estão relacionadas na Tabela 1 a seguir.

TABELA 1: Madeiras mais utilizadas na construção civil.

NOME UTILIZAÇÃO

Angelim Amargoso

utilizado na construção civil em chapas, assoalhos, marcenaria.

Angelim Pedra utilizado na carpintaria, marcenaria, molduras, forros e móveis.

Angelim Vermelho

utilizado como caibros, vigas, ripas, tacos, tábuas para assoalho, batentes de portas e janelas.

Catuaba a madeira é empregada como miolo de portas e painéis, forros e marcenaria.

Cedrinho geralmente usado em construção civil, em esquadrias, móveis, molduras.

Garapeira bastante utilizada em estruturas externas, postes, estacas, vigas, caibros.

Guariuba principalmente utilizada na construção civil em tábuas, ripas, caibros, forros, moldura, parte

interior de móveis.

Ipê geralmente usado em construções internas, portas, molduras, janelas e outros

Ipê Amarelo geralmente usado em construções internas, portas, molduras e janelas

Jatobá é empregada na construção civil em vigas, caibros, ripas, acabamentos internos (marcos de

portas, tacos e tábuas para assoalhos), esquadrias e móveis.

Maracatiara muito utilizada em marcenarias de luxo, artesanato, peças torneadas, tábuas de assoalho,

venezianas, escadas, móveis, folhas faqueadas decorativas.

Mogno acabamentos internos em construção civil como guarnições, venezianas, rodapés.

Peroba do Norte pode ser utilizada em telhados, escoramentos, andaimes.

Pinus em locais que não necessitem de madeira de grande durabilidade e resistência.

Piqui bem utilizada em construções externas, como forros, postes, estacas, vigas, caibros, tábuas

para assoalhos.

Sucupira geralmente usado em móveis, assoalhos, vigas, caibros, ripas e outros

Fonte: ECOLOG, 2009.

3.3 Madeira Legal

Para a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2010), a madeira legal é definida como as de espécies nativas que provêm de corte autorizado pelo órgão ambiental e que possuem os documentos de licença de transporte e armazenamento, acompanhada da Nota

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7 Fiscal. Para exploração de madeira legal é necessária a Autorização de Exploração (AUTEX), que pode ter origem a partir de:

 Plano de Manejo Florestal Sustentável;

 Autorização de Desmate para Uso Alternativo do Solo;

 Autorização para Supressão da Vegetação.

Nesses dois últimos, o manejo é o convencional e, apesar de legal nos termos da lei, não é sustentável. Por outro lado, quando a madeira é extraída de áreas com Plano de Manejo Florestal Sustentável, o impacto ambiental gerado é muito menor, garantindo assim a conservação das florestas e a continuidade da disponibilidade de matéria prima.

3.3.1 Procedimentos e Documentos para a Aquisição de Madeira Legalizada

A decisão do consumidor na hora de comprar madeira é fundamental no combate ao desmatamento. O Estado de São Paulo consome quase um quarto da madeira extraída da Amazônia. Se todos exigirem que o comerciante de madeira emita alguns documentos na hora da compra, estará forçando o mercado a atuar na legalidade e, assim, ajudará a diminuir os desmatamentos irregulares (DE GRANDE, 2008).

Para comprar madeira de origem legal, segundo De Grande (2008), o consumidor deve exigir que o lojista apresente o Cadastro Técnico Federal e emita um Documento de Origem Florestal (DOF), além da Nota Fiscal.

Um selo, que tem por objetivo indicar ao consumidor as empresas que vendem produtos e subprodutos florestais de forma responsável, implantado no Estado de São Paulo, é uma forma, para Carvalho (2008), de saber se a madeira é legal. Para que a empresa esteja habilitada a receber o selo, ela deve fazer a adesão voluntária ao Cadmadeira e ser avaliada pela fiscalização.

O selo atesta que a empresa se encontra em situação regular com os órgãos fiscais e sem pendências nos órgãos de fiscalização e, principalmente, que só vende produtos certificados.

No momento da compra da madeira, alguns documentos podem ser exigidos, o que comprovam a legalidade do material. Estes documentos são:

 Cadastro Técnico Federal (CTF);

 Documento de Origem Florestal (DOF);

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 Cadmadeira.

O Cadastro Técnico Federal (CTF) devem possuir as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades que causem impacto ao meio ambiente ou que sejam potencialmente poluidoras ao meio ambiente são obrigadas a se cadastrarem no Cadastro Técnico Federal - CTF do IBAMA (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

Os planos de manejo florestal devem ser registrados no CTF, por ser uma atividade que causa impacto ao meio ambiente além de consumir matéria-prima florestal. O registro no CTF é realizado através do preenchimento de uma ficha disponível na internet no site do IBAMA, e este só pode ser feito pelo detentor do plano de manejo.

No momento da efetivação do cadastro é gerado um número de registro e uma senha, onde esta senha será utilizada posteriormente para emissão do Documento de Origem Florestal – DOF (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009). O CTF é renovado automaticamente pelo IBAMA a cada três meses caso não haja pendências.

O Documento de Origem Florestal (DOF) é obrigatório para o controle do transporte e do armazenamento de produtos e subprodutos florestais de origem nativa, contendo as informações sobre a procedência dos produtos e subprodutos gerados pelo sistema eletrônico denominado DOF (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

Só é possível acessar o DOF através do número do CTF e da senha gerada pelo sistema no ato da efetivação deste cadastro. No momento do recebimento da Autorização de Colheita Florestal deverá ser lançado no Sistema DOF a declaração inicial de estoque, ou seja, as espécies e seus volumes autorizados para corte. Este lançamento irá gerar os créditos referentes às espécies para geração dos DOFs (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

O DOF só poderá ser emitido se houver saldo de volume para a espécie que se deseja acobertar o transporte e deverá ser emitido um DOF para cada meio de transporte utilizado para a madeira, porém não é cobrada taxa para emissão (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

A Nota Fiscal, de acordo com a legislação tributária, indica que qualquer operação de circulação de mercadoria/produto deverá ser acompanhada de nota fiscal (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009). O transporte da madeira deverá sempre estar acompanhado da nota fiscal. Para emissão da nota fiscal é necessário ter em mãos as seguintes informações do vendedor e comprador (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009):

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 Nome e endereço;

 CPF ou CNPJ e Inscrição Estadual (somente para empresas);

 Nome das espécies e quantidade vendida por espécie;

 Valor vendido por espécie.

Para o transporte da madeira é necessário preencher na Nota Fiscal os dados do transportador, como também o nome e CPF do transportador da madeira e o número do registro/placa do veículo que será utilizado para o transporte (PORTAL DA MADEIRA MANEJADA, 2009).

Com o intuito de ordenar o processo e ter um procedimento mais claro na comercialização legal da madeira de origem Amazônica, foi instituído cadastro dos comerciantes de produtos e subprodutos da flora nativa brasileira (Cadmadeira), que visa distinguir, perante aos consumidores, as pessoas jurídicas que comercializam de forma responsável, produtos e subprodutos florestais (SIGAM/SMA, 2009).

Este decreto cria o cadastro estadual das pessoas jurídicas que comercializam, no Estado de São Paulo, produtos e subprodutos da flora nativa e estabelece procedimentos na aquisição destes produtos e subprodutos pelo Governo do Estado (SIGAM/SMA, 2009).

Este cadastro, segundo o SIGAM/SMA (2009), é eletrônico e deverá constituir uma base de dados consistente da gestão florestal, integrada aos outros sistemas de controle florestal existentes em São Paulo e na esfera Federal.

3.3.2 Programa de Incentivo: Cidade Amiga da Amazônia - CAA

Para o Greenpeace (2009), o objetivo do programa “Cidade Amiga da Amazônia” é criar uma legislação municipal a qual elimine a madeira de origem ilegal e de desmatamentos criminosos de todas as compras municipais e com isso, o programa deve ajudar a criar condições de mercado para a madeira produzida de forma sustentável na Amazônia.

O programa foi concebido com o intuito de transformar as compras municipais em política ambiental, adicionando um novo critério aos processos de licitação para as compras de produtos e serviços que envolvam madeira da Amazônia (GREENPEACE 2009).

Atualmente, a maior parte da madeira amazônica é produzida de forma ilegal além de predatória. Quem extrai madeira ilegalmente não recolhe os impostos, remunera mal seus empregados e invade áreas públicas e protegidas para conseguir matéria-prima.

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10 Essa madeira, proveniente de extração irregular ou de desmatamentos não-autorizados, é muito mais barata, pois não demandam conhecimento técnico, documentação regular e responsabilidade social. Assim, a madeira de origem ilegal domina o mercado por sua abundância e por seu preço baixo, inviabilizando as chances de concorrência da madeira de manejo (GREENPEACE 2009).

Ao se tornar “Cidade Amiga da Amazônia”, a prefeitura contribuirá de forma concreta para mudar o cenário, uma vez que deixará de incentivar a indústria madeireira que destrói ilegalmente a Amazônia e passará a beneficiar os empresários que estão realmente comprometidos com o desenvolvimento sustentável.

O primeiro passo para um município se tornar uma “Cidade Amiga da Amazônia” é assinar um termo de compromisso, assumindo as demandas do programa. Em seguida, é estabelecido um grupo de trabalho que reúne representantes de setores do governo municipal e da sociedade civil e que estará encarregado de elaborar a legislação municipal e definir o melhor instrumento jurídico para implementá-la (GREENPEACE 2009).

Todo o conteúdo do CAA é cedido gratuitamente e o investimento fica por conta do trabalho de elaboração e implementação do projeto de lei municipal.

Segundo o Geenpeace (2009), os municípios do Estado de São Paulo que participam do programa são: Americana, Araraquara, Barueri, Bauru, Botucatu, Campinas, Conchas, Diadema, Guarulhos, Lins, Mauá, Osasco, Piracicaba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, Santos, São Bernardo, São Caetano, São Carlos, São José dos Campos, São Manuel, São Paulo e Sorocaba.

Nota-se que os municípios relacionados com esta pesquisa não participam do programa. Qualquer município que tenha interesse pode participar do programa “Cidade Amiga da Amazônia”, pois a participação é voluntária. Alguns municípios foram escolhidos em função de seu tamanho e de seus índices de consumo de madeira; porém o CAA tem caráter auto-aplicável e pode e deve ser adotado por qualquer município que tenha consciência que pode ajudar a reverter à tendência de destruição do patrimônio amazônico (GREENPEACE 2009).

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11 Segundo SMA (2009), o Selo Reposição Florestal é concedido para pessoas jurídicas que cumprirem adequadamente o plantio de árvores em volume equivalente ao de produtos ou subprodutos florestais explorados, utilizados ou transformados no último ano.

Para receber o Selo Reposição Florestal é necessário (SMA, 2009):

 Cadastrar-se no Portal do Sistema Integrado de Gestão Ambiental da Reposição Florestal;

 Preencher a declaração de consumo;

 Optar por um plano de reposição;

 Pagar a taxa de análise em favor da Secretaria do Meio Ambiente.

As principais vantagens das empresas que obtém este selo, de acordo com o SMA (2009) são apontadas como o reconhecimento da sociedade, por estar comprometida com o meio ambiente e a contribuição na diminuição da pressão sobre os ecossistemas naturais por meio do plantio de espécies adequadas.

O Programa Madeira é Legal, foi lançado no Estado de São Paulo em março de 2009, com o objetivo de incentivar e promover o uso da madeira de origem legal e certificada na construção civil no estado e no município de São Paulo. Este programa busca desenvolver mecanismos de controle como a exigência da apresentação do Documento de Origem Florestal (DOF) além do incentivo ao uso da madeira certificada nos departamentos de compras dos setores público e privado, tais como as grandes construtoras, para poder identificar e monitorar a madeira que está sendo comprada (SINDIM V, 2009).

Este programa pretende influenciar outros estados e municípios a adotar estas e outras práticas semelhantes para estimular a legalização do uso da madeira. Junto com o programa, foram lançados os manuais “Seja Legal” e “Madeira: uso sustentável na construção civil, os quais mostram como é possível desenvolver uma política de compra e como confirmar se o fornecedor está de acordo com a lei” (SINDIM V, 2009).

3.4 Madeira Ilegal

A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (2010) define como madeira explorada ilegalmente aquela realizada sem a autorização de exploração e se caracteriza pela ação rápida, predatória e devastadora de grandes áreas de floresta nativa. Muitas vezes ocorre até mesmo em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), ou seja, em áreas protegidas por lei.

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12 A ilegalidade na produção e na comercialização de madeira pode ser encontrada no sistema de licenciamento do desmatamento ou manejo florestal, como no caminho que a madeira percorre desde a floresta até o consumidor final (MILLER, 2006).

A Figura 1 ilustra o processo de licenciamento para o manejo florestal junto ao IBAMA ou organizações estaduais de meio ambiente e as fraudes mais comumente praticadas.

FIGURA 1 - Processo de licenciamento para o manejo florestal e fraudes. Fonte: Miller (2006).

Antes de ser analisado tecnicamente pelo IBAMA, o plano de manejo deve passar por uma análise de sua viabilidade jurídica, a Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal Sustentável (APAT), baseada na documentação apresentada pelo proponente (MILLER, 2006).

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13 A APAT analisará os documentos quanto à identificação do proponente, comprovação de regularidade do título do imóvel, sobreposição com unidades de conservação e terras indígenas e existência de cobertura florestal através de uma imagem de satélite. É um ato administrativo para evitar a falsificação de documentos e omissão de informação e fraudes comumente praticadas. Miller (2006) comenta que durante o processo de análise técnica, a falta de perícia e até mesmo a corrupção acabam por permitir a exploração florestal.

A Figura 2 ilustra o caminho que a madeira percorre e as fraudes associadas.

De acordo com levantamentos de dados sobre o mercado de madeira amazônica no Estado de São Paulo, a maioria dos depósitos (59%) compram madeira diretamente das serrarias da Amazônia; outros optam por atravessadores (32%) e apenas 9% possuíam serrarias próprias na região amazônica.

Miller (2006) comenta que depois que deixa a floresta, a madeira é transportada para serrarias e laminadoras, onde pode acabar sendo misturada com madeira ilegal, possuir documentação fraudulenta ou até não possuir documentação. Estas serrarias e laminadoras muitas vezes se utilizam da corrupção de fiscais, dados fictícios e emissão fraudulenta de documentos para transformar e comercializar a madeira.

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14 Historicamente, para Miller (2006), o sistema de fluxo de madeira, baseado na emissão e controle da Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF), era muito criticado por sua ineficácia.

A partir do final de 2006, o contexto mudou com a introdução de sistemas informatizados e baseados na troca de dados por satélite e uso de internet. Foi criado o Documento de Origem Florestal (DOF) em substituição à Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF). Adicionalmente, os governos estaduais assumiram, por exemplo, o licenciamento para a produção de madeira de áreas de manejo florestal sustentável, desmatamento, controle do fluxo da madeira e de produtos não-madeireiros, além do monitoramento e da fiscalização. O procedimento de fiscalização do transporte da madeira inclui a checagem on-line das informações apresentadas em papel pelo portador da mercadoria (MILLER, 2006).

A madeira ilegal é um grave problema no Brasil, e apresenta sérias implicações ambientais, sociais e econômicas, dentre as quais podem ser destacadas (MILLER, 2006):

 Exploração ilegal de madeira e o desmatamento estão diretamente associados. O lucro da venda de madeira ilegal geralmente financia o desmatamento;

 Desmatamento e as queimadas contribuem para a liberação de CO2 na atmosfera, o

que agrava o quadro de mudanças climáticas;

 Estimulo à corrupção e as práticas ilegais;

 O corte ilegal de madeira financia a abertura de estradas não-oficiais que constituem em vias de acesso para ocupação de novas áreas de floresta;

 Constitui-se em barreira para o estabelecimento de empreendimentos sérios, uma vez que gera concorrência desleal, o que desmotiva gestores potencialmente comprometidos com as boas práticas;

 Gera perdas de milhões em arrecadação;

 Desrespeita as leis trabalhistas, utiliza trabalho semi-escravo;

 Saqueia recursos de florestas públicas, que deveriam estar gerando benefícios para a sociedade;

 Gera perda de biodiversidade;

 Intensifica a exaustão a exploração sobre poucas espécies de alto valor, inclusive áreas protegidas que contenham espécies altamente valiosas, como o mogno, madeira esta utilizada na construção civil.

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15 A atividade ilegal, para Miller (2006), é parte de um problema maior, o qual vai muito além de alguns indivíduos que violam as leis, constituindo-se em esquemas bem-estruturados com ramificações.

4 Análise dos Resultados

Em entrevistas realizadas com madeireiras nos municípios de Barra Bonita e Igaraçu do Tietê, foram constatados os seguintes resultados:

 A madeira utilizada é em sua maior parte na construção civil, na cobertura de imóveis (telhado), portas, batentes e forros;

 A média de venda de madeira para fins da construção civil é acima de 600 toneladas anuais, com maior saída no período de março a setembro, correspondente ao período de menor volume de chuvas no ano;

 A madeira é trazida principalmente da região do Mato Grosso, e as mais vendidas são: peroba do norte, cedrinho e pinus;

 Elas são retiradas de áreas legalizadas, ou seja, de áreas autorizadas pelos órgãos responsáveis. Já no caso do pinus, este é obtido através de reflorestamento, por este ser de giro rápido;

 Todas afirmaram que obtém a madeira de forma legalizada, e mais, periodicamente, executam plantio de mudas de árvores em áreas indicadas por autoridades especializadas, como por exemplo, a polícia florestal. Estas áreas variam de acordo com a região, porém em sua maioria são encostas de rios ou áreas de recuperação ambiental;

 Com o passar dos anos, madeiras que eram muito utilizadas, como mogno, embuia, peroba rosa, entre outras, não são mais encontradas pelo fato de terem sido muito exploradas de maneira descontroladas, o que levou a poucas ou a nenhuma reserva;

 O mogno e a cerejeira já foram muito utilizados na região e por um preço muito acessível, e hoje devido a sua escassez, é de alto custo e quase não utilizados;

 Com relação às sobras de madeira, na maioria das empresas entrevistadas, essas são repassadas para as cerâmicas para utilização nos fornos, para acabamentos de peças nas próprias madeireiras e até mesmo as partes menores são vendidas para diversos fins;

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16 problemas para a falta de madeira são os fatores ambientais, pois muitas vezes, devido a esses fatores, fica proibida a retirada de madeira, além da lentidão do IBAMA para aprovar projetos de manejo para retirada de madeira;

 A Tabela 2 mostra as empresas que obtiveram o selo de reposição florestal no município de Barra Bonita, objeto de estudo, e a quantidade de árvores por ela plantadas.

TABELA 2 - Empresas que obtiveram o selo de reposição florestal no município de Barra Bonita.

Nome/ Razão Social Quantidade de Árvores

Plantadas Empresa A 4.000 Empresa B 10.000 Empresa C 2.500 Empresa D 1.775 Empresa E 500 Empresa F 300

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados da pesquisa.

Foi apurado que nenhuma madeireira dos municípios estudados possui o selo de reposição florestal, apenas empresas fabricantes de cerâmicas utilizam madeira como lenha em seus fornos.

5 Considerações Finais

O consumo de madeira no país atinge volumes consideráveis. Esta nem sempre vem de empresas que se preocupam com o meio ambiente. Foi possível identificar com esta pesquisa que uma grande parte da madeira extraída destina-se à construção civil.

Na região pesquisada, cujo consumo ultrapassa as 600 toneladas anuais de madeiras, segundo as madeireiras, as mesmas afirmam que utilizam métodos adequados para captação do material, além de contribuírem, por conta própria, com um esporádico plantio de mudas.

Porém, estas mesmas empresas não estão inseridas em programas de incentivos como o “Madeira é Legal” e o “Selo de Reposição Florestal”, além de os próprios municípios do estudo não estarem cadastradas no programa “Cidade Amiga da Amazônia”.

Sendo o consumo de madeiras realizado em grande escala, assim como a ilegalidade nestas práticas quando se projeta em nível nacional, o que pode ser feito, principalmente por parte da população é exigir a documentação adequada necessária que confirme a legalidade do produto, além de exigir dos órgãos governamentais, maior rigor.

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17 Mesmo as madeireiras afirmando que adquirem madeira legal, não foi possível constatar formalmente, pois o foco do trabalho não foi averiguar documentos comprobatórios de aquisição e venda.

Os autores agradecem o apoio financeiro recebido da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG.

6 Referências

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