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Projeto Pedagógico CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA

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Projeto Pedagógico

CURSO SUPERIOR DE

TECNOLOGIA EM DESIGN DE

MODA

AMERICANA

2016

(2)

Projeto Pedagógico

CURSO SUPERIOR DE

TECNOLOGIA EM DESIGN DE

MODA

Projeto Pedagógico do Curso Superior em Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda do Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) - Unidade de Americana

AMERICANA

2016

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LICEU CORAÇÃO DE JESUS

Instituição Mantenedora

Pe. José Adão Rodrigues da Silva

Presidente

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

Prof. Dr. P. Edson Donizetti Castilho

Chanceler

Prof. Dr. P. Ronaldo Zacharias

Reitor

Profa. Dra. Romane Fortes Bernardo

Pró-Reitora de Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação

Prof. Ms. Nilson Leis

Pró-Reitor Administrativo

Antonio Wardison C. Silva (Coordenador Temporário)

Pró-Reitoria de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral

Valquíria Vieira de Souza

(4)

Unidade Sede – Americana

Homero Tadeu Colinas

Diretor de Operações

P. Roberto Donizeti dos Santos Furtado

Gerente Financeiro

Daniel Basso Polezi

Coordenador do Curso de CST em Design de Moda

Unidade de Campinas / Liceu Salesiano

Marcelo Augusto Scudeler

Diretor de Operações

P. Orivaldo Voltolini

Gerente Financeiro

Unidade de Campinas / São José

Anderderson Luis Barbosa

Diretor de Operações

Ir. Marcelo Oliveira dos Santos

Gerente Financeiro

Unidade de Lorena

Grasiele Augusta Ferreira Nascimento

Diretora de Operações

P. Mauro Bombo

(5)

Unidade de São Paulo / Pio XI

Rosana Manzini

Diretora de Operações

P. Francisco Inácio Vieira Júnior

Gerente Financeiro

Unidade de São Paulo / Santa Teresinha

Rosana Manzini

Diretor de Operações

P. Eduardo A. Capucho Gonçalves

(6)

Sumário

1. A INSTITUIÇÃO ... 4 1.1IDENTIFICAÇÃO ... 4 1.2HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ... 4 1.3IDENTIDADE CORPORATIVA ... 6 1.3.1 Missão ...8 1.3.2 Visão ...8

1.3.3 Valores e Princípios de Qualidade ...8

1.3.4 Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e Extensão ... 10

1.3.4.1 Concepções Filosóficas ... 10

1.3.4.2 Políticas de Ensino ... 16

1.3.4.3 Políticas de Pesquisa ... 17

1.3.4.3.1 Objetivos das Atividades de Pesquisa ... 18

1.3.4.3.2 A Iniciação Científica no UNISAL (BIC-SAL) ... 20

1.3.4.3.3 A Iniciação Tecnológica no UNISAL (BIT SAL) ... 20

1.3.4.3.4 Iniciação à Docência no UNISAL (BID SAL) ... 20

1.3.4.4 Políticas de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral ... 21

1.4AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ... 23

1.4.1 Contextualização ... 24

1.4.1.1 Setor de Avaliação ... 25

1.4.1.2 Instrumento de Coleta de Dados ... 27

1.4.1.3 Procedimentos Metodológicos ... 28

1.4.1.4 SINAES e a Auto avaliação da Instituição ... 28

1.4.1.5 Avaliação Externa ... 32

1.4.1.6 Meta de Avaliação ... 32

1.4.1.7 SINAES e Evidências ... 33

1.4.2 Atuação dos Grupos de Qualidade e ações decorrentes dos processos de avaliação ... 34

1.5NAP–NÚCLEO DE ASSESSORIA PEDAGÓGICA ... 35

1.5.1FORMAÇÃO PEDAGÓGICA ... 36

1.5.1FORMAÇÃO ACADÊMICA ... 37

1.6PASTORAL UNIVERSITÁRIA ... 37

2. O CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA ... 39

2.1INSERÇÃO REGIONAL DO CURSO ... 39

2.2ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA ... 54

2.3OBJETIVOS DO CURSO ... 55

2.4PERFIL DO EGRESSO ... 57

2.5COORDENAÇÃO DO CURSO ... 61

2.5.1AFORMAÇÃO DO COORDENADOR... 64

2.5.2AEXPERIÊNCIA DO COORDENADOR (ACADÊMICA E NÃO ACADÊMICA) ... 64

2.5.3A DEDICAÇÃO DO COORDENADOR À ADMINISTRAÇÃO E À CONDUÇÃO DO CURSO ... 65

2.6ARTICULAÇÃO DA GESTÃO DO CURSO COM A GESTÃO INSTITUCIONAL ... 66

2.7COLEGIADO DO CURSO ... 67

2.8NDE(NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE) ... 68

2.10PPC-PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO ... 69

2.10.1 Articulação do PPC com o Projeto Institucional – PPI e PDI ... 70

2.10.2 Coerência do currículo com os objetivos do curso ... 71

2.10.3 Coerência do currículo com o perfil desejado do egresso ... 71

(7)

2.10.5 Adequação da metodologia de ensino à concepção do curso ... 72

2.10.6 Coerência dos procedimentos de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem com a concepção do curso ... 74

2.10.7 Inter-relação das unidades de estudo ... 74

2.10.8 Matriz curricular ... 75 2.10.9 Ementário e bibliografia ... 78 2.10.9.1 1º Semestre ... 79 2.10.9.2 2º Semestre ... 88 2.10.9.3 3º Semestre ... 97 2.10.9.4 4º Semestre ... 106 2.10.9.5 5º Semestre ... 114 2.10.9.6 6º Semestre: ... 118

2.10.9.7 Disciplina optativa de Libras (Decreto Nº 5.626/2005) ... 121

2.11ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS ... 123

2.11.1 Monitoria ... 124

2.11.2 PIM - Projeto Integrado de Moda ... 125

2.12PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INOVADORAS ... 127

2.13PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS ... 127

2.13.1 Disciplina optativa de Libras ... 132

2.14PRÁTICAS DE EXTENSÃO ... 133

2.15PRÁTICAS DE PESQUISA ... 135

2.16CULTURA EMPREENDEDORA ... 135

2.17EDUCAÇÃO AMBIENTAL ... 136

2.18EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E PARA O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA (RESOLUÇÃO CNE/CPN°01 DE 17 DE JUNHO DE 2004) ... 137

2.19DIREITOS HUMANOS (RESOLUÇÃO CNE/CPNº 1, DE 30/05/2012) ... 138

2.20TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO –TICS – NO PROCESSO ENSINO -APRENDIZAGEM ... 140

2.21PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ... 141

2.22DIVISÃO DE TURMAS ... 142

2.23AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM –AVA ... 144

2.24TITULAÇÃO E FORMAÇÃO DO CORPO DE TUTORES DO CURSO ... 153

2.25EXPERIÊNCIA DO CORPO DE TUTORES EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ... 154

2.26RELAÇÃO DOCENTES E TUTORES - PRESENCIAIS E A DISTÂNCIA - POR ESTUDANTE ... 155

3.1POLÍTICA DE CONTRATAÇÃO ... 156

3.2PLANOS DE CARREIRA DOCENTE E DE PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ... 156

3.3PLANO DE EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE DOCENTES E PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO ... 157

4. INFRAESTRUTURA ... 159

4.1LABORATÓRIOS ... 160

4.1.1 Laboratórios didáticos especializados ... 161

4.2BIBLIOTECA ... 164

4.3SALAS DE AULA ... 173

4.4GABINETES PARA DOCENTES PERÍODO INTEGRAL ... 173

4.5AUDITÓRIOS, AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA ... 174

4.6ACESSIBILIDADE ... 174

5. ATENDIMENTO AO ESTUDANTE ... 180

(8)

5.2PROGRAMA DE NIVELAMENTO ... 180

5.3 POLÍTICA DE BOLSAS ... 182

5.4POLÍTICA DE INTERCÂMBIO ... 182

6. POLÍTICAS DE AVALIAÇÃO ... 184

6.1AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ACADÊMICO ... 184

6.2AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ... 184

ANEXOS ... 186

A. RELAÇÃO DE DOCENTES DO CURSO ... 186

A.1FORMAÇÃO E TÍTULOS ... 187

A.2EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ACADÊMICA NO ENSINO SUPERIOR ... 190

A.3EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NÃO ACADÊMICA ... 195

A.4EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL ACADÊMICA NO ENSINO FUNDAMENTAL/MÉDIO ... 197

B.CURRÍCULO DO COORDENADOR DO CURSO ... 198

C.RELAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE TÉCNICA-ADMINISTRATIVA COM SUAS RESPECTIVAS FORMAÇÕES E TÍTULOS, EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NÃO ACADÊMICA E ACADÊMICA ... 232

D.RELAÇÃO DE DOCENTES E EQUIPE TÉCNICA-ADMINISTRATIVA EM PROGRAMAS DE QUALIFICAÇÃO ... 232

E.REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO ... 233

F.REGULAMENTO PARA O EXERCÍCIO DE MONITORIA, NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO. ... 236

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1. A INSTITUIÇÃO

1.1 Identificação

Mantenedora: LICEU CORAÇÃO DE JESUS CNPJ: 60.463.072/0001 - 05

Mantida: CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO Chanceler: Prof. Dr. Pe. Edson Donizetti Castilho

Reitor: Prof. Dr. Pe. Ronaldo Zacharias

Diretor de Operações: Prof. Ms. Homero Tadeu Colinas

Coordenador do CST em Design de Moda: Prof. Ms. Daniel Basso Polezi Telefone: (19) 3471-9700

Fax: (19) 3471-9716 Site: http://www.unisal.br

Endereço do Campus Dom Bosco: Rua Dom Bosco, 100 - Vila Santa Catarina.

CEP: 13466-327. Americana - SP

Endereço do Campus Maria Auxiliadora: Avenida Cillos, 3.500 - Parque Novo

Mundo. CEP: 13467-600. Americana - SP

1.2 Histórico da Instituição

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo resulta do reconhecimento da qualidade de ensino oferecido pelas Faculdades Salesianas, por intermédio de Decreto Presidencial de 24/11/1997, relevando, assim, os serviços prestados ao Brasil pela congregação salesiana que aqui está presente desde 1883, quando iniciou suas atividades na cidade de Niterói (RJ), com a fundação do seu primeiro colégio.

Desde então, vem consolidando sua estrutura administrativa e patrimonial, por meio de vigorosos investimentos na área de educação, o que ocasionou uma significativa expansão de suas escolas nos diversos graus de ensino. Esse

(10)

crescimento teve ainda maior ênfase nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, em função do próprio carisma salesiano – a educação de jovens – lema maior do fundador da congregação, São João Bosco, e inspirador de todas as suas ações.

No âmbito do Ensino Superior, o Liceu Coração de Jesus, em 1939, abriu em São Paulo os primeiros cursos universitários salesianos devidamente reconhecidos pelo governo. A Faculdade de Administração e Finanças, mantida pelos salesianos, funcionou no Liceu até 1964, quanto foi transferida para a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Além disso, os responsáveis pela formação dos salesianos perceberam que era necessário obter o reconhecimento oficial para os estudos de Filosofia realizados pelos estudantes, especialmente os seminaristas. Assim nasce a Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras, em Lorena, São Paulo, que foi autorizada pelo decreto do Presidente da República, de 11 de fevereiro de 1952. Era a segunda Instituição de Educação Superior particular a se instalar no interior do Estado de São Paulo, e a primeira, particular, no Vale do Paraíba paulista.

Em 1972, os salesianos do Colégio D. Bosco, em Americana, São Paulo, fundaram o Instituto de Ciências Sociais, primeira instituição de Ensino Superior da cidade.

Para atender à crescente demanda de especialistas na região de Campinas, São Paulo, polo de excelência em Tecnologia, cria-se, em 1987, a Faculdade Salesiana de Tecnologia (FASTEC), com os Cursos Superiores de Formação de Tecnólogos em Eletrônica Industrial e Instrumentação e Controle, a partir da base tecnológica já oferecida pela Escola Salesiana São José.

Assim, quando as Faculdades Salesianas de Lorena, Campinas e Americana se integraram, em 1993, tendo como sede a cidade de Americana (Parecer CFE nº 131/93, homologado pela Portaria nº 209 de 19/2/93), inicia-se o processo, junto ao MEC, para a sua transformação em universidade, tendo o Liceu Coração de Jesus, de São Paulo, como Entidade Mantenedora.

O resultado, como dito acima, foi o Decreto Presidencial de 24 de novembro de 1997 que erigiu as Faculdades Salesianas em Centro Universitário Salesiano de

(11)

São Paulo - UNISAL - com as Unidades que já existiam nas Faculdades Salesianas

(Americana, Campinas - São José, Lorena). Com o decreto foi aberto o novo

campus de Campinas (Liceu Nossa Senhora Auxiliadora) e uma nova unidade, a de

São Paulo, com os campi do Liceu Coração de Jesus e do Sta. Terezinha. Em 2005, foi autorizado o funcionamento do Curso de Teologia, no campus Pio XI, no Alto da Lapa, também em São Paulo.

Ressalte-se também que o Centro Unisal integra, desde o início, o conjunto das mais de cinquenta Instituições Salesianas de Educação Superior (IUS) existentes no mundo e se rege pelos documentos: Identidade das Instituições

Salesianas de Educação Superior e Políticas para a presença salesiana na educação superior, aprovados pelo Reitor-Mor da Congregação Salesiana, aos 12

de fevereiro de 2003.

É um dos objetivos do UNISAL buscar intercâmbio e interação com instituições que promovam a educação, a ciência, a cultura e a arte, especialmente, com as IUS. A Instituição possui o Núcleo de Desenvolvimento Institucional que é responsável pelo processo de internacionalização.

1.3 Identidade corporativa

O Centro Universitário Salesiano de São Paulo definiu sua identidade corporativa a partir do documento Identidade das Instituições Salesianas de

Educação Superior (IUS). Tal documento define as IUS como:

 instituições de ensino superior: comunidade acadêmica - formada por docentes, estudantes e pessoal administrativo – que “promove de modo rigoroso, crítico e propositivo o desenvolvimento da pessoa humana e do patrimônio cultural da sociedade, mediante a pesquisa, a docência, a formação superior”1

;

(12)

 de inspiração cristã: sua visão do mundo e da pessoa humana tem raízes no Evangelho de Jesus e é demonstrada pela comunidade acadêmica;

 caráter católico: a instituição assume que sua origem e permanência se dão no coração da Igreja, por meio de expressões de comunhão e partilhamento com a comunidade;

 índole salesiana: opção prioritária pelos jovens, especialmente os desprestigiados socialmente; “uma relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e evangelização, profissionalismo e integridade de vida (...); uma experiência comunitária baseada na ‘presença’, com espírito de família, dos docentes e o pessoal de gestão entre e para os estudantes; um estilo acadêmico e educativo de relacionamento baseado num amor manifestado aos alunos e por eles percebido. ”2 Enfim, um apreço pela pessoa fundado na confiança, no cuidado, no amor demonstrado.

A educação superior é uma vocação dos salesianos pela própria finalidade educativa de toda obra da Congregação Salesiana, pois considera-se que, em nossos tempos, tendo em vista a crise de identidade, fins e valores pela qual educadores e educação passam, há necessidade de:

 uma presença qualificada nos campos em que se promove a mudança social, especialmente juvenil;

 uma contribuição salesiana à formação qualificada dos jovens para o acesso ao mercado de trabalho e para um responsável empenho social, de modo que tal empenho ultrapasse as exigências e as necessidades do mercado, produzindo mudanças e novos desenvolvimentos na sociedade;

 um acompanhamento educativo e evangelizador dos jovens durante uma etapa em que tomam decisões importantes para sua

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vida; trata-se, no fundo, de um serviço de orientação vocacional tanto para opções fundamentais da vida quanto da profissão deles;

 uma constante reflexão científica sobre o sistema educativo salesiano, enquanto teoria e práxis, uma confrontação com o mundo da cultura e da ciência e também uma tentativa de contribuição salesiana específica na área da educação.

Portanto, as necessidades e os objetivos apontados justificam a presença da Congregação Salesiana e do UNISAL na educação superior. Os salesianos não abdicam de educar e qualificar jovens, de formar o cidadão, de formar para a vida, para o trabalho e para a convivência social.

1.3.1 Missão

“O UNISAL, fundado em princípios éticos, cristãos e salesianos, tem por missão contribuir para a formação integral de cidadãos, por meio da produção e difusão do conhecimento e da cultura, e pelas experiências de ação social, em um contexto de pluralidade.”

1.3.2 Visão

“Consolidar-se como centro de excelência, reconhecido nacional e internacionalmente na produção, sistematização e difusão do conhecimento e na qualidade de serviços prestados à comunidade.”

1.3.3 Valores e Princípios de Qualidade

A Pedagogia Salesiana é baseada no Sistema Preventivo de Dom Bosco que acreditava que os jovens eram agentes de sua própria história e que o potencial deles para o bem poderia ser estimulado. Assim, Dom Bosco firmou sua estratégia educativa sobre um conjunto de crenças e valores.

(14)

 na Igreja, Deus nos chama a sermos sinais e portadores do amor aos jovens, especialmente os mais pobres;

 todo jovem tem potencialidade para o bem;

 o jovem é protagonista de sua formação e de sua história;

 a Escola é ambiente capaz de desenvolver a educação integral, humana e cristã;

 a função da escola é educar e não somente instruir.

Esses Postulados de Fé, fundamentando a ação educativa salesiana, produzem profundas consequências na sua forma de conceber o conhecimento, como matéria-prima da educação.

Os valores são:  o critério preventivo;  o ambiente educativo;  as forças interiores;  a presença animadora;  a relação pessoal.

O critério preventivo procura encaminhar as possibilidades para experiências positivas de forma a prevenir as experiências deformantes, ajudando a viver em plenitude as aspirações, os dinamismos e impulsos.

O ambiente educativo salesiano pretende ser um ambiente acolhedor, em que os educandos possam se encontrar com os amigos e conviverem em alegria. Os relacionamentos são marcados pela confiança e festa, pelo trabalho e cumprimento do dever. As expressões livres e múltiplas do protagonismo acontecem com tranquilidade.

As forças interiores, previstas como estratégia educativa, preveem que a razão, a religião e o amor educativo sejam os seus sustentáculos. É importante o sentido do bom senso, flexibilidade e persuasão, assim como a religiosidade inerente a cada ser, inserido no processo educativo, independente da religião escolhida e da cordialidade, que possibilita o crescimento e cria a corresponsabilidade.

(15)

A presença animadora é ir ao encontro dos educandos, acolhê-los desinteressadamente e com solicitude, colocar-se em atenta escuta de seus pedidos e aspirações. Para os educadores salesianos são opções fundamentais que precedem qualquer outro passo educativo.

A relação pessoal é mais um dos valores previstos no Sistema Preventivo de Dom Bosco. Essa relação se baseia na valorização e respeito constante do patrimônio individual e da acolhida incondicional do educando. É marcada tanto pelo diálogo e confiança no ser humano como pela oferta personalizada de propostas educativas.

O rosto salesiano, hoje, caracteriza-se por:

 formar uma rede, a chamada Família Salesiana, que está espalhada pelo mundo, originando, no Brasil, a Rede Salesiana de Escolas (RSE);  buscar eficiência e qualidade, por intermédio de conteúdos significativos, no ensino, privilegiando o educativo e os fenômenos culturais, procurando superar didáticas repetitivas, orientando para um projeto de vida com visão humana e evangélica do trabalho e atualização permanente;

 basear-se nos valores evangélicos, com identidade católica, porém aberta aos valores multirreligiosos e multiculturais;

 fundar-se na Pedagogia Salesiana e no sistema preventivo, que busca a formação da pessoa, estimulando o protagonismo juvenil;

 atuar consciente da função e responsabilidade social, privilegiando currículos adaptados, promovendo a formação social e profissional, animando o ambiente e atuando preventivamente.

1.3.4 Concepções Filosóficas e Políticas de Ensino, Pesquisa e

Extensão

1.3.4.1 Concepções Filosóficas

Conforme definido no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da instituição a educação que se almeja deve levar em conta as múltiplas dimensões da experiência

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humana e capacitar o educao para lidar com o universo de informações a que está exposto, nem sempre eticamente construtivas. Trata-se pois de considerar o

educando como sujeito de sua própria formação. Para isso, necessário explicitar a realidade vivida e a realidade que deseja ser construída, ou seja, tornar clara a concepção de homem que embasa os projetos pedagógicos.

Possuindo um fundamento biológico, que o enraíza na natureza, o homem se explicita também na diversidade cultural. É um ser da práxis, da ação refletida e consciente em vista de fins e valores, como também do ócio estético. Está ligado intimamente ao mundo, por sua natureza em comum com o sistema complexo da vida em seus diversos níveis. Ao mesmo tempo, pela consciência, supera os determinismos que o ligam à cadeia natural. O homem, ser histórico por excelência, aspira à transcendência, seja em suas utopias histórico-políticas, seja nas utopias religioso-escatológicas.

Multidimensional, o homem existe e se realiza nos níveis biológico, psíquico, social, afetivo e racional. Coexistem, ora em equilíbrio, ora em desequilíbrio, as dimensões somática, individual, econômica, política, sapiencial, erótica, estética, histórica, técnica e ética. Desse modo, o homem será adequadamente compreendido e educado, se essas diversas dimensões antropológicas forem vistas com espírito conjuntivo e não disjuntivo, se contempladas com olhar de simultaneidade que mantenha a multidimensionalidade humana. À luz de uma educação transdisciplinar, pois o homem existe como totalidade para além dos recortes e fragmentações dos saberes científicos positivos à luz de uma educação integral, porque para o ser humano integral, a educação é essencialmente “educação para a liberdade” e conseqüentemente, da responsabilidade pessoal e coletiva.

A multiplicidade de dimensões, deve-se frisar, forma uma unidade. O uno se expressa como múltiplo, a multiplicidade existe como uma unidade. O todo existe nas partes e estas expressam a totalidade-unidade do ser humano.

A concepção filosófica da educação salesiana descrita acima orienta a construção e a materialização dos projetos pedagógicos de curso que colima educar

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para as múltiplas competências e habilidades por meio de um currículo rico de experiências concretas e atividades complementares. Orienta-se para o protagonismo do educando em todas as suas faces, possibilitando seu desenvolvimento e autonomia, como realização pessoal e serviço à comunidade, em consonância com a missão salesiana de transformação social e dos valores da cidadania solidária e participativa.

Reconhecemos a riqueza da razão humana, sem esquecer - nos de seus limites internos e de sua possibilidade de cair no erro e na intolerância. Por isso cultiva-se sempre, uma firme decisão pelo conhecimento racional contra as mistificações e massificações, aliada a uma cultura da compreensão humana como abertura ao outro e à diversidade, mediada pelo diálogo esclarecedor e compartilhamento de decisões.

Essa concepção toma forma no Sistema Preventivo de Educação, coluna dorsal e espírito que anima todas as obras educativas salesianas, inculturado nos mais diversos quadrantes do globo.

O Sistema Preventivo é uma espiritualidade e uma metodologia pedagógica, que se caracteriza:

 pela vontade de viver entre os jovens e educandos, participando de sua vida, com atenção às suas verdadeiras exigências e valores;

 pela acolhida incondicional que se torna força promocional e capacidade incansável de diálogo;

 pelo critério preventivo que acredita na força do bem presente em todo jovem e procura desenvolvê-la mediante experiências positivas;

 pela centralidade da razão, que é bom senso nas exigências e normas, flexibilidade e persuasão nas propostas; da religião, entendida como desenvolvimento do sentido de Deus, inerente a cada pessoa; da

cordialidade, que se exprime como amor educativo que faz crescer e

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 pelo ambiente positivo entranhado de relações pessoais, vivificado pela

presença amorosa e solidária, que é animadora e ativadora dos

educadores e do protagonismo dos próprios jovens. (PJS, 2004, p. 273) Por isso, calca o Centro Universitário Salesiano de São Paulo uma filosofia de educação na herança cultural universal, ensinada, pesquisada e divulgada diuturnamente nos vários canais acadêmicos, à luz de uma reverência pelo saber e pela ciência, aliada à vigilância crítica e criativa, sem o que não avançam as ciências da vida e da natureza, as ciências humanas e sociais, com destaque para as ciências da educação, mediações necessárias para que o país entre no rol das nações dotadas de uma plataforma humana e cultural à altura de suas aspirações e necessidades.

Pelo corpo se conhece o outro que diariamente partilha os projetos e fazeres educativos, desde o mais simples educador de apoio até o corpo diretivo. Daí utilizar da comunicação a expressão estrutural da existência humana, possibilitando ir além do mero encontro sem importância, supondo sujeitos que se educam, com-vivem e transcendem o simples pólo objetivo e receptivo, existindo como pessoa livre, para que haja verdadeira interação. Comunicação como a entendemos não significa homogenia que cancela a configuração original das pessoas, antes pressupõe como sua condição sine qua non a diferença, o debate, a resistência produtora de subjetividades coerentes e autônomas, expandindo a energia criadora e personalizante da vida comunitária, baseada nas forças interiores do trinômio salesiano: afeto, razão (dialógica) e transcendência.

A opção determinante de Dom Bosco pelos jovens, sobretudo os mais pobres, encontra eco na prática educativo-profissional, fazendo o carisma fundacional

salesiano ressoar numa forma específica de olhar a realidade e de a ela reagir, para entendê-la e transformá-la. Salesianos, portanto, são sensíveis aos aspectos que favoreçam a educação e evangelização dos jovens como também sensíveis aos riscos a que estão expostos. Ainda, atentos aos aspectos positivos, aos novos

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DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale.

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valores e possibilidades de retomada da vida e de seus projetos. Por fim, salesiano são portadores de uma atitude de escuta e de diálogo com os jovens-educandos.

Essa atitude é capaz de abrir uma prática científica de análise do campo social, por meio de pesquisas desenvolvidas pelo corpo docente e discente, que possibilitando conhecer:

 as diversas situações de pobreza e de exclusão social que comprometem gravemente sua dignidade e educação;

 as instituições educativas e a relação que estabelecem com os jovens-educandos: família, o sistema educativo, a qualidade e a integridade da formação que oferece, os meios de comunicação social disponíveis no entorno e o tipo de mentalidade que favorecem;

 os aspectos que mais exercem influência sobre os educandos, como as possibilidades e qualidades de trabalho a eles oferecidas, as oportunidades de ocupar o tempo livre, a realidade associativa;

 a realidade cultural com seus valores e limites, experiências, linguagens e símbolos que formam a mentalidade e sensibilidade dos jovens, bem como direciona suas aspirações e sonhos. (PJS, 2004, p. 29-30)4

Por fim, o homem é ser da práxis. A práxis é ação refletida, consciente e dirigida a concretizar o projeto de converter as possibilidades em realidades

históricas. Há diversas formas de práxis: do trabalho, da sexualidade, da religião, do saber, da religião, da política. O homem exerce a práxis em vários estilos e

diferentes níveis, numa pluralidade dinâmica atingindo todas as dimensões de seu ser. É ao mesmo tempo, Homo Sapiens, Faber, Ludicus, Oeconomicus, Politicus,

Technicus, Culturalis, Affectivus, Rationalis, Ethicus, Symbolicus, Historicus,

Religiosus. O homem é síntese de práxis diversas. A práxis é transitiva e intransitiva,

porque trabalha a natureza circundante e também promove a autocriação do homem

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DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale.

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em toda sua complexidade. Mediante a práxis, o ser humano transforma elementos exteriores e transforma a si mesmo. Produz recursos instrumentais e tece seu próprio destino. A práxis historiciza a aspiração, o projeto, a utopia de

transformação, a esperança que, acalentada pelas culturas, deve nortear a educação integral que, efetivamente, procuramos dar aos nossos alunos e à comunidade.

A práxis educativa, ao mesmo tempo em que procura a formação integral do educando, não esquece o educador que busca o conhecimento permanentemente, discutindo paradigmas educacionais, ética e educação, interdisciplinaridade, avaliação, valores da educação salesiana, epistemologia da prática docente, além de ser ocasião de planejamento e vivência transdisciplinar, enriquecendo as experiências pessoais dos educadores, inspirando projetos comuns, reabastecendo, enfim, o prazer e a vocação de educar, marca dos educadores salesianos.

A dimensão comunicativa, que radica na própria expressividade humana, antropologicamente falando, entra num sistema mais vasto de comunicação local e global. O primeiro tomado como território no qual se atua e se busca a transformação educativa. O segundo, não material ou geográfico, mas não menos real, que é o mundo da comunicação social, que nos faz exigências, às quais estamos respondendo com ações efetivas, investimentos materiais e em recursos humanos, objetivando:

 passar do cultivo de uma atitude de abertura e comunicação interna, como capacidade envolvente de valores ao diálogo com instituições salesianas e não-salesianas que atuam na mesma área,

 abrir-se ao espaço criado pelas técnicas modernas capazes de construir relações, oferecer uma imagem de si e iniciar um diálogo com interlocutores invisíveis mas reais,

 o exercício efetivo de “redes de conhecimento”, por meio da educação para o uso das diversas mídias, da aplicação das novas tecnologias ao ensino, do desenvolvimento das potencialidades comunicativas das pessoas e, por fim, pela promoção dos novos pobres, entendidos como

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tais os excluídos dos circuitos da informação, facilitando-lhes o acesso às novas tecnologias e suas possibilidades. (PJS, 2004, p. 41)5

1.3.4.2 Políticas de Ensino

Os princípios que norteiam as políticas de ensino da instituição fundamentam-se na aprendizagem como um processo dinâmico; na construção das habilidades e competências das quais o educando necessita para ampliar sua empregabilidade; na concepção acadêmica que transcende a mera organização dos currículos em um conjunto de disciplinas fragmentadas, na avaliação que supera notas ou conceitos restritos a processos formais e valoriza as competências e habilidades; no docente como mediador e articulador do processo de ensino- aprendizagem e ainda no aluno como sujeito do próprio processo.

À luz de tais princípios, entende-se que:

a) a aprendizagem é um processo dinâmico, que se realiza passo a passo, em uma gradualidade de ritmos e propostas que devem considerar as características e peculiaridades de cada aluno, assim como as especificidades de cada curso;

b) a aprendizagem como processo contínuo consiste em transformar o conhecimento adquirido pelo aluno em habilidades e competências que, de fato, viabilizem sua atuação plena, como profissional e como cidadão capaz de interagir com o meio sócio profissional; refletir, ponderar, argumentar, conciliar, comparar, sintetizar, decidir rápida e precisamente, sempre em bases justas e coerentes. Trata-se de reconhecer as possibilidades de traduzir conhecimento em deTrata-senvolvimento, entendido não somente a partir da perspectiva econômica, mas também sob uma ótica humanística;

c) ao docente cabe o papel de mediador e articulador no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo, assim, o objetivo maior de um projeto pedagógico

5

DICASTÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. Pastoral Juvenil Salesiana: quadro de referência fundamental. Tradução José Antenor Velho; desenhos Angel Larrañaga. 2. ed. São Paulo: Editora Salesiana, 2004. Titulo original: La Pastorale Giovanile Salesiana: quadro di riferimento fondamentale.

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institucional que é, essencialmente, o desenvolvimento humano, social e técnico-cultural;

d) o desenvolvimento da dimensão técnica é apenas uma parte das muitas dimensões e das aptidões que constituem uma aprendizagem de nível superior. A qualificação profissional passa pela aquisição de competências técnicas, mas envolve também o desenvolvimento de aptidões filosóficas, políticas e éticas;

e) a aprendizagem de temas contemporâneos promove a formação além da sala da aula e dos mecanismos formais da academia; permite ao aluno conhecer os temas locais e globais, instigando-o à reflexão sobre questões ambientais, culturais, sociais, políticas e econômicas;

f) a aprendizagem deve favorecer a formação de cidadãos sintonizados com a sociedade contemporânea e instigar no aluno a capacidade de criticar, sintetizar e se expressar.

1.3.4.3 Políticas de Pesquisa

A Política de Pesquisa de uma IES está relacionada à sua Missão e aos seus Valores institucionais. O UNISAL serve à comunidade gerando conhecimento e recursos importantes para o desenvolvimento científico, econômico, profissional, social e cultural prioritariamente das regiões em que se localiza; contribui para o bem-estar da sociedade e, assim, garante melhoria de vida na busca dialógica da verdade.

Tendo por missão contribuir na formação integral de cidadãos, por meio da produção e difusão de conhecimento e de cultura, mostra-se plenamente alinhado com a sua Política de Pesquisa. Os valores apregoados pelo UNISAL (amorevolezza, diálogo, ética, profissionalismo e solidariedade) garantem um canal de diálogo entre o educador e o educando, que é prioritário nas relações necessárias ao processo de investigação científica, técnica e cultural.

A ética é fundamental nas ações de pesquisa, garantindo o devido respeito ao objeto de pesquisa. O profissionalismo garante as competências oferecidas pelo

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pesquisador e que são desenvolvidas no corpo discente por meio de ações proativas pautadas no princípio da formação para a pesquisa. O rigor científico no desenvolvimento de conteúdos da pesquisa e da docência também está declarado nos documentos institucionais do UNISAL, bem como a necessária interdisciplinaridade em ações investigativas, princípio norteador das relações entre áreas na IES. A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão se realiza com a construção de um ambiente acadêmico e científico pluralista, capaz de formar cidadãos éticos e profissionais competentes, com uma postura crítico-reflexiva, investigativa e autônoma, propiciando o desenvolvimento de suas competências política, social, religiosa e ética, garantindo seu compromisso com um processo de humanização e construção socialmente responsável e empreendedora de sua realidade. A indissociabilidade é a essência que orienta a transformação permanente da Instituição, sendo conditio sine qua non para a realização de sua missão. É realizada a partir da relação dinâmica entre a teoria e a prática, numa visão integral do ser humano e numa relação integral entre cultura, ciência, técnica, educação e religiosidade; também promove o desenvolvimento rigoroso, crítico, propositivo e sustentável da pessoa humana. O UNISAL vincula o ensino que desenvolve às atividades investigativas. Para isso, estimula seus alunos à atividade criadora e investigativa, desenvolvida individualmente e/ou em equipe, dentro de uma determinada disciplina ou área, tornando-a veículo facilitador do despertar de vocações e aperfeiçoamento de habilidades. Para o cumprimento destas atribuições, os Centros e os Núcleos de Pesquisa do UNISAL estabelecem uma conexão dos agentes de pesquisa com a Graduação e a Iniciação Científica.

1.3.4.3.1 Objetivos das Atividades de Pesquisa

A área de pesquisa do UNISAL estimula a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; incentiva o trabalho de pesquisa e de investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e a criação e a difusão da cultura e, desse modo, tem por

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meta primordial desenvolver o entendimento do homem e do meio; manter relações com estabelecimentos congêneres e instituições de pesquisa, tanto públicas como privadas, nacionais e internacionais, para intercâmbio de ideais; direcionar a pesquisa como atividade de iniciação científica, incentivando a produção dos alunos dos cursos de graduação; custear, conforme política de capacitação constante do Regulamento da Carreira Acadêmica, a pesquisa de docentes para elaboração das suas teses, dissertações ou monografias de conclusão de cursos de pós-graduação, com a finalidade de melhorar a qualificação docente; vincular a atividade investigativa à área de desenvolvimento educacional, com vistas a atender seus programas de manutenção da qualidade do ensino e utilizar a atividade investigativa como meio provedor de soluções de problemas da comunidade.

Os Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu do UNISAL têm por objetivos: desenvolver estudos e pesquisas nos campos da Educação e do Direito, considerando particularmente a realidade brasileira; promover a competência científica nos campos do saber, contribuindo para a formação e qualificação de docentes e pesquisadores; criar espaço institucional para a implementação de programa de investigação científica.

Os Programas de Pós-Graduação Lato Sensu do UNISAL têm por objetivo maior a formação técnico-profissional, sem abranger o campo total do saber em que se insere a pós-graduação. Estes cursos são destinados ao treinamento específico de um ramo profissional, a fim de se formar especialistas e docentes para o terceiro grau.

Na estrutura do ensino vigente, os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu têm por objetivos gerais: completar a formação do pós-graduando de modo a torná-lo apto a desempenhar com independência e criatividade sua atividade profissional; orientar o pós-graduando a aperfeiçoar e aprofundar seu conhecimento teórico, sua reflexão crítica e a prática científica e técnica de forma sistemática e organizada; aperfeiçoar e aprofundar o conhecimento teórico e a práxis da atividade investigativa dos professores e dos profissionais.

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1.3.4.3.2 A Iniciação Científica no UNISAL (BIC-SAL)

O Programa de Concessão de Bolsas de Iniciação Científica do UNISAL (BIC-SAL) tem como objetivos:

a) despertar vocação de pesquisa científica e incentivar novos talentos potenciais entre os estudantes de graduação dos diversos cursos oferecidos pelo UNISAL;

b) propiciar à instituição um instrumento de formulação de política de iniciação científica à pesquisa para alunos da graduação;

c) contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa científica e incentivar os participantes na continuidade dos estudos em cursos de pós-graduação;

d) estimular e incentivar professores pesquisadores produtivos a envolveram alunos da graduação nas atividades científica, tecnológica, artística e cultural;

e) proporcionar ao bolsista (orientado por um professor pesquisador qualificado) a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade decorrentes das condições criadas pelo confronto direto entre a atividade investigativa e as demandas atuais do mercado.

1.3.4.3.3 A Iniciação Tecnológica no UNISAL (BIT SAL)

O programa de Iniciação Tecnológica do UNISAL tem o objetivo de estimular estudantes do ensino técnico e superior para a transferência de inovações tecnológicas ao setor produtivo, além de contribuir para a formação de recursos humanos focados em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das empresas. O aluno, orientado por um pesquisador qualificado, aprenderá técnicas e metodologias de pesquisa, além de ser estimulado a pensar tecnologicamente e com criatividade

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O programa de Iniciação à Docência do UNISAL tem o objetivo de oferecer bolsas aos alunos de licenciaturas de Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino. O objetivo é valorizar o magistério e apoiar estudantes no desenvolvimento de atividades didático-pedagógicas, sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola parceira.

1.3.4.4 Políticas de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral

A Congregação Salesiana, consciente e respeitosa antes de tudo da natureza específica da Universidade e das suas exigências, faz-se presente nela também para acompanhar os jovens no momento mais decisivo de seu processo de amadurecimento, oferecendo-lhes a contribuição do seu patrimônio educativo e carismático.

As IUS – Instituições Salesianas de Educação Superior - presentes em todos os continentes, formam uma rede de mais de setenta comunidades acadêmicas – Universidades, Centros Universitários, Faculdades Isoladas, Escolas Técnicas e Escolas Superiores.

Com toda a diversidade, apresentam, como diferencial, a promoção de uma educação integral e contínua, baseada em um serviço de formação científica, profissional, humana e cristã.

A Extensão e a Ação Comunitária ocupam um lugar privilegiado no Projeto Salesiano, expandindo, dessa forma, suas ações acadêmicas e sociais, que justificam o serviço qualificado aos jovens e sua inserção concreta, como fator gerador de mudança em favor de uma sociedade fundamentada em valores mais justos e promissores.

A Identidade Salesiana, no meio universitário é assegurada pela presença transdisciplinar da Pastoral, que perpassa o ensino, a pesquisa e a extensão, em todas as disciplinas, incluindo as de caráter ético e religioso, as ações comunitárias e as relações interpessoais e profissionais, tanto na esfera acadêmica, quanto

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administrativa. A missão da Pastoral é a de articular e animar a Comunidade Universitária como sinal de presença. Trata-se da intencionalidade educativo-pastoral que, por meio da pedagogia e da espiritualidade salesianas, orienta, coloca-se a coloca-serviço, evangeliza.

A Extensão para o UNISAL é o eixo articulador entre o Ensino e as novas metodologias de construção do conhecimento. Configura-se como aprendizado de gestão coletiva acerca da prática social e como suporte ao ensino, à pesquisa e à produção do conhecimento. As ações extensionistas permitem a reflexão crítica da realidade, que subsidiará a formação de novas organizações didático-pedagógicas.

A Ação Comunitária é entendida como as diversas práticas presentes frente às demandas sociais. A Ação Comunitária está além da prestação de serviços. Constitui-se como mecanismo de conquista e garantia dos direitos sociais, contribuindo para a construção e ampliação da cidadania. A inserção do UNISAL na realidade socioeconômica do seu entorno está alicerçada em um processo de reciprocidade entre as ações acadêmicas e as necessidades sociais, em uma perspectiva de transformação social. Além disso, o UNISAL acredita ser necessária uma obrigatória interface entre o Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e a gestão da Extensão, da Ação Comunitária e Pastoral. Considera determinante uma perfeita integração entre os gestores responsáveis pelas Áreas Acadêmica (Ensino e Pesquisa) e de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral, por considerá-las indissociáveis.

O UNISAL possui, em sua organização, a Pró-Reitoria de Extensão, Ação Comunitária e Pastoral, por considerar essa área de atuação junto à comunidade seu grande diferencial. Trata-se de um órgão executivo, responsável pelo planejamento, supervisão e coordenação das atividades de extensão, ação comunitária e pastoral, que assume como eixos norteadores das suas práticas e ações, a Educação Social e a Educação Continuada.

A Educação Social é entendida como a educação integral do ser humano que se prepara para a convivência com seus semelhantes, possibilitando a superação ou

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redução dos conflitos e a compreensão do outro por meio do diálogo construtivo e da paz social.

A Educação Continuada é compreendida como projetos de capacitação permanente da comunidade universitária nos mais diversos processos de aprendizagem.

Cursos de extensão universitária, formação, capacitação, além de eventos oferecidos para monitores, educadores e familiares dos educandos de Obras Sociais, sejam elas públicas, particulares ou salesianas, contam com a presença e o acompanhamento de professores, funcionários e alunos do UNISAL que, além de ampliarem suas oportunidades de desenvolvimento acadêmico e profissional, capacitam-se na busca de soluções para os desafios e necessidades de cunho social.

A mesma oportunidade é oferecida aos discentes, por meio de estágios curriculares e/ou extracurriculares nos Núcleos de Atendimento Jurídico, presentes em quatro Unidades do UNISAL, nos Serviços de Atendimento Psicológico e de Serviço Social, nas denominadas Empresas Júnior, que atendem a comunidade de forma qualitativa e expressiva e nas Atividades Pastorais realizadas por alunos dos diversos cursos do UNISAL.

Todas as atividades do UNISAL concentram-se no fiel cumprimento do princípio da valorização do ser humano, sob o vértice do ensino, da pesquisa e da extensão. É um educar partilhado e compartilhado e cujo objetivo maior é o de educar para a vida.

1.4 Avaliação Institucional

A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade é constitutiva da Identidade da Instituição. A Avaliação Institucional consta, ainda, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições

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Universitárias Salesianas em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, uma vez que ela permite o acompanhamento de todas as atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL, existe uma Comissão Própria de Avaliação (CPA), com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de autoavaliação.

1.4.1 Contextualização

É um órgão instituído pelo SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – formado por diferentes membros, representantes dos vários segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil, responsável por implantar, organizar e articular o processo de Autoavaliação Institucional nos termos da Lei Federal 10.861/2004.

Os instrumentos de autoavaliação desenvolvidos pela CPA, periodicamente, aplicados aos alunos, docentes, funcionários e gestores, constituem importantes ferramentas e subsídios para o planejamento acadêmico, com o objetivo de melhorar, sempre, a qualidade da formação do ensino superior, da produção do conhecimento e da extensão.

A análise dos dados colhidos nesses instrumentos oferece um diagnóstico da rotina universitária, dos pontos fortes e das eventuais fragilidades da instituição de tal forma que permita verificar o cumprimento da missão e das políticas institucionais, bem como os setores e áreas a merecer adequado investimento institucional, tomada de decisões, sinalizando os aspectos que requerem aprimoramentos contínuos da qualidade acadêmica.

Os resultados dos instrumentos avaliativos são divulgados na comunidade acadêmica e apresentados, obrigatoriamente, ao Ministério da Educação, por meio de relatórios anuais, e seus índices são expressos quantitativa e qualitativamente.

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A autoavaliação é uma atividade que abrange todas as Instituições de Ensino Superior do país e mostra-se como um imperativo ético e participativo, pois engloba variadas dimensões definidas pelo SINAES:

a) Missão, Plano de Desenvolvimento Institucional.

b) Políticas para o Ensino, a Pesquisa, a Pós-graduação e a Extensão.

c) Responsabilidade Social da Instituição, considerada especialmente no que se refere à sua contribuição em relação à inclusão social e ao desenvolvimento econômico e social.

d) Comunicação com a sociedade.

e) Políticas de pessoal, de carreiras do corpo docente e corpo técnico-administrativo e as condições de trabalho.

f) Organização e Gestão da Instituição.

g) Infraestrutura física, especialmente a de ensino e de pesquisa, biblioteca, recursos de informação e comunicação.

h) Planejamento e avaliação, especialmente em relação aos processos, resultados e eficácia da autoavaliação institucional.

i) Políticas de atendimento aos estudantes. j) Sustentabilidade financeira.

Enfim, a CPA contribui para o desenvolvimento de processo de autoconhecimento e autocritica em uma perspectiva construtiva, ética e dialógica.

1.4.1.1 Setor de Avaliação

A Avaliação Institucional é considerada atividade de suma importância para o desenvolvimento e aperfeiçoamento contínuos do UNISAL, posto que uma Gestão de Qualidade é constitutiva da Identidade da instituição. A Avaliação Institucional consta, ainda, dos principais documentos norteadores do UNISAL, como o “Plano de Desenvolvimento Institucional-PDI”, a “Identidade” e as “Políticas” das Instituições Universitárias Salesianas em âmbito mundial. Por isso, o UNISAL assume a Avaliação Institucional como um elemento indispensável, à medida que ela permite o

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acompanhamento de todas as atividades e inspira ações de melhoria. Desde a constituição do UNISAL, existe uma Comissão Própria de Avaliação, com representação dos diversos setores da comunidade educativa, que é responsável pela condução do processo de autoavaliação.

O projeto de autoavaliação, em vigor até 2004, contemplava 16 diferentes instrumentos de avaliação, aplicados com periodicidade variada, desde anuais até trienais, conforme especificado no Plano de Avaliação Institucional. Nesse contexto, eram avaliados tanto aspectos acadêmicos, em suas dimensões de ensino, pesquisa e extensão, como administrativos, tanto de caráter interno (como avaliação de disciplinas, de infraestrutura e de condições de trabalho) quanto de caráter externo (avaliação dos relacionamentos externos e do compromisso social). As avaliações vêm sendo realizadas por agentes internos e externos, sendo levantados dados qualitativos e quantitativos.

Desde a sua implementação, existe a efetiva participação de toda a comunidade acadêmica nos processos de autoavaliação do UNISAL. Os alunos avaliam docentes, disciplinas e aspectos gerais da instituição, como infraestrutura e serviços. O corpo docente avalia a coordenação e os mesmos aspectos gerais avaliados pelos alunos. Os funcionários avaliam suas condições de trabalho.

As divulgações têm sido as mais amplas possíveis, ocorrendo em diversas instâncias. Os resultados de avaliações de disciplinas são consolidados por docente, por turma, por série, por curso, por Unidade e geral. Os resultados individuais dos docentes são divulgados somente a eles e a seus superiores. Todas as outras consolidações são amplamente divulgadas: o aluno recebe o resultado de sua turma, de seu curso, de sua Unidade e do UNISAL, visualizando os gráficos afixados em sala de aula. O coordenador recebe os resultados de seu curso, da Unidade e do UNISAL e assim por diante. Os diretores, pró-reitores e o reitor recebem um CD com a consolidação de todos os dados. A divulgação das outras avaliações segue a mesma lógica, ou seja, os resultados são divulgados às partes interessadas, guardando-se sigilo quanto a questões éticas.

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Consolidou-se no UNISAL a proposta idealizada pela Comissão Própria de Avaliação, indicando que os membros dos fóruns constituíssem grupos permanentes de qualidade, recebendo os resultados de todas as avaliações, cuidando de sua interpretação, articulada em parceria com a CPA, e da implementação das ações, atuando de forma parcialmente independente dos colegiados (subconjuntos destes), cabendo a estes últimos a aprovação das ações sugeridas pelos grupos de qualidade. Os grupos enviam as informações a respeito das ações adotadas para registro da CPA.

Esta mesma estrutura de Avaliação Institucional foi mantida e adaptada para as novas orientações a partir da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004.

1.4.1.2 Instrumento de Coleta de Dados

A coleta de dados será elaborada com o objetivo de fornecer informações que permitam responder aos questionamentos em relação ao que se propôs avaliar. Portanto, para que esses resultados possam ser confiáveis, tanto a coleta dos dados quanto o processo de análise terão um tratamento objetivo e rigoroso. Assim sendo, cada instrumento contará com uma metodologia específica de aplicação, com a definição de seus respectivos sujeitos, bem como os devidos procedimentos na coleta de dados.

A partir do planejamento da coleta de dados, faz-se necessária a construção dos instrumentos para que seja organizada essa fase da avaliação. Esse processo de planejamento de avaliação também contemplará a etapa da definição das variáveis. Segundo Barbetta (2001), variáveis são características que podem ser observadas ou medidas em cada elemento da população sob as mesmas condições. Optou-se por trabalhar com dados e técnicas de análise qualitativa e quantitativa, utilizando instrumentos como: questionários com perguntas fechadas e abertas,

check list, entrevistas estruturadas ou semiestruturadas e grupo focal, cuja forma de

aplicação e elaboração estão sendo discutidas dentro da Comissão Própria de Avaliação (CPA).

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1.4.1.3 Procedimentos Metodológicos

As análises dos dados serão apoiadas por ferramentas computacionais no tratamento dos dados qualitativos e quantitativos. As análises que demandarem ferramentas de análise estatística terão como base de realização: 1 – Análise descritiva Univariada, Bivariada, Multivariada e Correlações Bivariadas; 2 - Consistência do Banco de Dados; 3 – Métodos Estatísticos: Análise de Variância das Médias, Teste de Homogeneidade, Teste de Unidimensionalidade, entre outros; 4 – Construção de Indicadores de Curso e Unidade; 5 – Gráficos e Tabelas Simples e Cruzadas; 6 – Teste dos Instrumentos de Avaliação; 7 – Discussão dos Resultados; 8 – Elaboração do Laudo.

As análises que demandarem técnicas qualitativas terão como base de realização: 1 – Grupo de Discussão; 2 – Roteiro Semiestruturado de Entrevista; 3 – Condução da discussão com moderador; 4 – Registro; 5 – Todos os extratos avaliados devem ser contemplados; 6 – Análise Documental; 7 – Discussão dos Resultados; 8 – Elaboração do Laudo.

Caberá à Comissão Própria de Avaliação, de posse dos vários relatórios emitidos pelos Grupos de Qualidade, providenciar o relatório final e global, encaminhando-o aos órgãos competentes do UNISAL, ao MEC/INEP e outros, bem como promover a divulgação interna e externa.

1.4.1.4 SINAES e a Auto avaliação da Instituição

O desenvolvimento do processo de avaliação institucional passou a ser um processo bastante requerido no cenário nacional. As experiências em relação a essa temática têm revelado que é necessário que os princípios orientadores dos processos de avaliação sejam construídos e conhecidos para conseguir um maior envolvimento de todos no processo. Com esse objetivo foram organizados os princípios que norteiam os trabalhos de avaliação institucional do UNISAL.

A avaliação institucional é um processo de reflexão coletiva e não apenas a verificação de um resultado pontual. A avaliação é um processo destinado a

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promover o contínuo crescimento. É próprio da avaliação promover no coletivo a permanente reflexão sobre os processos e seus resultados em função de objetivos a serem superados. Avaliar supõe, em algum momento e de alguma forma, medir. Mas medir, certamente, não é avaliar. Portanto, a avaliação é uma categoria intrínseca do processo ensino-aprendizagem, por um lado, e do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), por outro. Ela só tem sentido dentro da própria organização do trabalho pedagógico do professor e da instituição. Há, portanto, que se reafirmar a confiança no professor e na instituição. A avaliação deve ser feita pelo e para o professor/aluno e seu coletivo imediato – a instituição. As mudanças necessárias devem ser processadas no âmbito do Plano de Desenvolvimento Institucional, discutido e implementado coletivamente, sendo amparado pela instituição.

Existem várias definições para “qualidade” de ensino. Assume-se aqui que a qualidade é entendida como o melhor que uma comunidade do ensino superior pode conseguir frente aos desafios que se interpõem à realização da sua missão institucional. Além de “resultados” estão em jogo tanto as “finalidades do processo educativo” como as “condições” nas quais ocorre. Entretanto, as condições oferecidas para se conseguir essa almejada qualidade devem ser consideradas como em qualquer outra atividade humana. Não se desconhecem aqui os limites que uma sociedade desigual e injusta impõe para o trabalho dos profissionais da educação. Da mesma forma não se ignora a responsabilidade que a educação tem enquanto um meio de emancipação e de propiciar melhores oportunidades de inserção social a amplas parcelas da população marginalizadas ou não.

Qualidade, portanto, não deve ser vista apenas como “domínio de conhecimento de forma instrumental”, mas, além disso, deve incluir os processos que conduzam à emancipação humana e ao desenvolvimento de uma sociedade mais justa. Nesse sentido, a qualidade da instituição superior depende, também, da qualidade social que se consegue criar aos seus destinatários. Não menos importante, portanto, é a dimensão emancipadora dos processos avaliativos que visa inserir docentes e discentes em seu tempo e espaço, bem como dotá-los de

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capacidade crítica e criativa para superar seu tempo – a capacidade de auto-organizar-se para poder organizar novos tempos e espaços. Os processos avaliativos, longe de serem apenas aperfeiçoamento de resultados acadêmicos, visam criar sujeitos autônomos pelo exercício da participação em todos os níveis. Formar para transformar a vida e instruir para permitir o acesso ao saber acumulado são aspectos indissolúveis do ato educativo.

Nenhuma das ações de avaliação deve conduzir a “ranqueamentos” ou classificação de unidade, campus, cursos ou profissionais e muito menos deve conduzir à premiação ou punição. Os dados são produzidos nos vários níveis com o objetivo de serem usados pelos interessados na geração de processos de reflexão local e melhoria da instituição. Como princípio geral, as ações de avaliação dentro ou fora da sala de aula não se destinam a punir ou classificar, mas sim a promover.

O processo avaliativo deve ser construtivo e global. Ele envolve participantes internos (professores, alunos, especialistas e funcionários administrativos) e participantes externos (sociedade, empregadores e egressos). Trata-se de um processo que deve combinar autoavaliação, avaliação por pares e também um olhar externo.

No âmbito da avaliação institucional, a técnica de base será a autoavaliação, seguida pelo diálogo entre a Comissão Própria de Avaliação (CPA) com a Pró-Reitoria Acadêmica, com o objetivo de analisar os resultados das avaliações. Os resultados das avaliações serão analisados, de maneira minuciosa, pelos Grupos de Qualidade (GQ) das Unidades e dos cursos. A partir das análises realizadas pelos Grupos de Qualidade considerando todas as avaliações ocorridas ao longo do ano, o grupo elabora um plano de melhorias para a Unidade e os cursos a serem desenvolvidos no ano seguinte. O plano de melhorias deve ser apresentado ao conselho da unidade ou ao colegiado de curso que deliberarão a operacionalização e acompanhamento das ações aprovadas.

A Comissão Própria de Avaliação (CPA) incentiva, assessora e registra a ação dos Grupos de Qualidade. Com esse processo conjunto, participativo e contínuo de trabalho, procura-se garantir que os resultados das avaliações sejam

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interpretados e utilizados, da melhor maneira possível, pelos próprios avaliados, que são os principais protagonistas de seu desenvolvimento.

No que tange ao processo de ensino-aprendizagem, devem ser disponibilizados conhecimentos para que os professores possam melhorar estratégias de ensino e avaliação, preservando a autonomia profissional e valorizando a atuação responsável do professor no processo pedagógico. O Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP) tem como uma de suas finalidades desenvolver programas de apoio ao docente na organização do trabalho pedagógico.

O UNISAL busca verificar continuamente, por meio dos Colegiados de Curso e de seus Núcleos Docentes Estruturantes (NDEs), a existência da adequação curricular em relação aos objetivos do curso, contemplando as perspectivas estabelecidas pelas respectivas diretrizes curriculares que “fixam os mínimos de conteúdos e duração do curso, envolvendo a formação básica e instrumental, a formação profissional, as disciplinas eletivas e complementares.

Os gestores acadêmicos do UNISAL entendem que os fundamentos que orientam a concepção pedagógica dos cursos são respaldados pelos conteúdos programáticos dos componentes curriculares de formação básica, instrumental, profissional, complementar e das demais atividades culturais e extraclasses que compõem a estrutura de formação profissional. Portanto, a integração entre objetivos, perfil, competências, habilidades e concepção curricular é essencial na estruturação e organização dos cursos. As Diretrizes, ao proporem concepções pedagógicas inovadoras, indicam a urgência da revisão curricular, especialmente no que tange à flexibilidade, ao desenvolvimento de materiais pedagógicos e a outros produtos resultantes de pesquisas, a incorporação de avanços tecnológicos e a formação de ementas adequadas à concepção geral.

O projeto parte do suposto básico de que a avaliação não deve ser um instrumento de controle sobre a instituição e os profissionais da educação, mas sim um processo que reúne informações e dados para alimentar e estimular a análise reflexiva das práticas em busca de melhorias.

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Dessa forma, o “modelo” de qualidade e seus “indicadores” devem ter legitimidade técnica e política e serem produzidos coletivamente na instituição a partir da prática. O método de avaliação precisa dar conta de buscar os problemas, as divergências, as dúvidas, os pontos fortes e os pontos de melhoria e ir além de diagnosticar; precisa possibilitar a discussão, a análise conjunta e a tomada de decisão.

1.4.1.5 Avaliação Externa

A avaliação externa é a outra dimensão essencial da avaliação institucional. A apreciação de comissões de especialistas externos à instituição, além de contribuir para o autoconhecimento e aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pela IES, também traz subsídios importantes para a regulação e a formulação de políticas educacionais. Mediante análises documentais, visitas in loco, interlocução com membros dos diferentes segmentos da instituição e da comunidade local ou regional, as comissões externas ajudam a identificar acertos e equívocos da avaliação interna, apontam fortalezas e debilidades institucionais, apresentam críticas e sugestões de melhoramento ou de providências a serem tomadas – seja pela própria instituição, seja pelos órgãos competentes do MEC.

A comissão de avaliadores externos deverá ter acesso aos documentos e as instalações da instituição com o objetivo de obter informações adicionais para que o processo seja o mais completo, rigoroso e democrático possível. Na elaboração do seu relatório, a comissão considerará o relatório de autoavaliação e outras informações da IES oriundas de outros processos avaliativos (dados derivados do Censo e Cadastros da Educação Superior, do ENADE, da Avaliação das Condições de Ensino, de Relatórios CAPES e Currículos Lattes), bem como entrevistas e outras atividades realizadas. (Fonte: INEP/MEC 2012)

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