8.
ÍNDICE GERAL
Dedicatória. . . 7
Nota à 2.ª Edição . . . 9
Abreviaturas, Siglas e Acrónimos. . . 13
E Porque Não? . . . 17
Nota Prévia. . . 23
I PARA UMA VISÃO COMPREENSIVA DA ESCRAVIDÃO, DA SERVIDÃO E DO TRABALHO FORÇADO OU OBRIGATÓRIO 1. Introdução. . . 35
2. Escravatura e sua Abolição . . . 49
3. Trabalho Digno e Tempo de Trabalho na Doutrina Social da Igreja . . . 59
4. A OIT e a Escravidão. . . 79
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ANTÓNIO JOSÉ MOREIRA
II
A NOVA ESCRAVIDÃO, TRABALHO DIGNO E TEMPO DE TRABALHO À LUZ DO ARTIGO 4.º
DA CEDH E DO DIREITO DO TRABALHO PORTUGUÊS
Nota. . . 109
1. O ADN do Direito do Trabalho . . . 113
2. A Liberdade de Trabalho. . . 123
3. Trabalho Digno . . . 131
4. Velhas e Novas Flexibilidades do Tempo de Trabalho . . . 141
5. O Pluralismo do Direito do Trabalho e Modelos Contratuais com Laivos de Novo Trabalho Forçado ou de Nova Escravidão . . . 167
6. Estatísticas. . . 179
7. Tribunal Europeu dos Direitos Humanos – TEDH . 187 8. Para uma visão holística e polémica do Trabalho à luz do Direito. Algumas notas. . . 211
ESCRAVIDÃO, DIGNIDADE, TRABALHO
IV
GPS OU ROTEIRO
1. Bibliografia Geral . . . 249
2. Documentos e Organizações . . . 257
3. Jurisprudência citada do TEDH. . . 261
4. Índice Onomástico de Autores, Políticos e Pensadores referidos ao longo do texto . . . 263
5. Índice Onomástico de Personagens Bíblicas, Religiosas, Santos e Papas . . . 265
6. Índice de Ilustrações . . . 267
7. Índice de Obras (ao longo do texto). . . 269
17
E PORQUE NÃO?
Nesta época de SARS-CoV-2, neste tempo de isola- mento, a caminho do silêncio a que, amiudadas vezes, se reporta, em vários dos seus livros, TOLENTINO MENDONÇA, questionei-me se não era chegada a hora, se não era a altura, o tempo certo (o Kairós) de exterio-rizar algumas ideias, de as publicitar ou, dito por outras palavras, de fazer um livro.
Bem sei que quando o Cardeal TOLENTINO se reporta, num dos seus livros mais recentes – O Que é
Amar um País. O Poder da Esperança, (agosto de 2020),
à Libroterapia, é na perspetiva da leitura que o faz, « como forma de resistir a este vírus », pois os livros, segundo ele, «… são salva-vidas para todos os tempos». E a Covid-19 estava longe de atingir os picos, porventura nunca pensados, e que nos colocou, pelo mau exemplo,
nas bocas do mundo…, e que, felizmente, foi
ANTÓNIO JOSÉ MOREIRA
Também sei que ALICE VIEIRA, respondendo a uma criança de nove anos (Com nove anos tenho capacidade para escrever livros? in Trocado por Miúdos) sobre o fazimento de um livro, diz que, desde logo, é «preciso aprendizagem e tempo», acrescentando que « os livros são essa companhia junto de nós ». Claro que é preciso inspiração (além da transpiração). Seria o caso para citar PICASSO quando asseverava que quando a inspiração chegava o encontrava sempre a trabalhar…
“Ler bem um livro é tão raro e precioso como escrevê-lo”.
… Mas porque é que nos há-de dar para estar sozinhos? … Olha para a Biblioteca. Achas que o que está escrito em todos aqueles livros não é companhia bastante? Ler é sempre um diálogo do eu com a voz de outra pessoa”, assim o diz MEGA FERREIRA, (em Porque é que os livros existem?, Trocado por Miúdos).
Também é certo que a virgindade não me acompanha na escrita. De facto, na minha idade já vetusta, além de múltiplos artigos científicos, publiquei, em 1986, o meu primeiro livro, com a chancela da Porto Editora. Mas estou a falar de Direito. E agora? Será o Ius Aequum
et Bonum?! Ou será algo mais, transdisciplinar, com
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ESCRAVIDÃO, DIGNIDADE, TRABALHO
Direito Interno, com vários ramos, ou Externo Comparado?
Olho e não vejo… ouço e não escuto…
Mais tarde, isto é, três anos depois, fui diretor de um jornal mensal, concelhio, de divulgação nacional,
Contemporâneo de seu nome, de vida efémera (dois anos), e
onde tive o privilégio da colaboração, na página O Homem
e a Sociedade, do Pde ARLINDO DE MAGALHÃES
RIBEIRO DA CUNHA, amigo para sempre.
Em 2019, a convite de PINTO DE ALBUQUERQUE, na altura juiz do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, comentei o artigo 4.º da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, publicado, no volume I dos Comentários, pela Editora da Universidade Católica Portuguesa.
A Escravidão, a Dignidade e o Trabalho são matérias que tocam, e não seria por acédia, por falta de vontade, por ausência de interesse ou, tão só, por indiferença, que não iria à luta.
ANTÓNIO JOSÉ MOREIRA
notável intervenção pastoral. Impõe-se que se fortaleça o diálogo.
Ao pensar no que ia dizer, e ao dizer o que tinha pen-sado, cumpri o que a consciência me ditava, fazendo-o com pacifismo, sem afrontar, confrontar ou, muito menos, defrontar quem quer que seja. A ideia que me mobilizou, sempre presente e que a mim me basta, foi a de contribuir, qual areia do deserto, ou das praias do mar, ou uma estrela das estrelas do céu (Gen 22,1-2.92; 10–13; 15–18) para um mundo melhor, menos tumultuoso, mais justo, mais pacífico e mais solidário. Certo é que, como diz o povo, a “arraia miúda” de FERNÃO LOPES, Presunção e água
benta, cada qual toma a que quer…
E como, segundo parece, o mais importante, pelo menos assim o escreve NUNO LOBO ANTUNES – (Porque é que os pais sabem responder a todas as perguntas, in
Trocado por Miúdos), que secundo, é saber perguntar,
comecei, uma vez mais, a questionar muitas coisas. E, depois, tentei encontrar respostas às questões formula-das, o que também não se revelou tarefa fácil e, múltiplas vezes, foi um fiasco ou, então, eram, tão só, hipóteses de respostas, que quase sempre o são, numa lógica do hic et
nunc (aqui e agora), num pensamento pouco científico,
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ESCRAVIDÃO, DIGNIDADE, TRABALHO
sempre, adiro, longe de representar a máxima que diz que da discussão nasce a luz, embora, por vezes, nasça… Foi o diálogo, a concertação, o consenso e a partilha que prevaleceram…