• Nenhum resultado encontrado

Estudo da qualidade de vida em um grupo de idosas residentes no Distrito Federal, assistidas pelo projeto promoção da saúde do idoso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Estudo da qualidade de vida em um grupo de idosas residentes no Distrito Federal, assistidas pelo projeto promoção da saúde do idoso"

Copied!
53
0
0

Texto

(1)

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

STRICTO SENSU

EM GERONTOLOGIA TRABALHO

DE CONCLUSÃO DE CURSO

Mestrado

Estudo da qualidade de vida em um grupo de idosas

residentes no distrito federal, assistidas pelo projeto

promoção da saúde do idoso

.

Autor: Juliana Oliveira de Toledo.

Orientadora: Prof

a

. Dr

a

. Carmen Jansen de Cárdenas

(2)

JULIANA OLIVEIRA DE TOLEDO

ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA EM UM GRUPO DE IDOSAS RESIDENTES NO

DISTRITO FEDERAL, ASSISTIDAS PELO PROJETO PROMOÇÃO DA SAÚDE DOS

IDOSOS.

Dissertação apresentada ao Programa de Pos-Graduação Stricto Senso em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Linha de Pesquisa: Aspectos sócio-psico-culturais do envelhecimento

Orientador: Profª. Drª Carmen Jansen de Cárdenas

(3)

TERMO DE APROVAÇÃO

Dissertação de autoria da aluna Juliana Oliveira de Toledo, intitulado- Estudo da Qualidade de vida em um grupo de idosas residentes no Distrito Federal, assistidas pelo projeto promoção da saúde do idoso - requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Gerontologia, defendida e aprovada em 04 de setembro de 2009, pela banca examinadora constituída por:

____________________________________________ Profª Drª Carmen Jansen de Cárdenas

Orientadora

___________________________________________________ Prof. Drª. Janeth de Oliveira Silva Naves UnB

Examinador Externo

__________________________________________________ Prof. Dr. Vicente Paulo Alves

Examinador Interno UCB

(4)
(5)

Agradecimentos

As idosas que pacientemente me relataram suas mais brilhantes experiências de vida, chorando, rindo, se doando... Jamais as esquecerei.

A minha orientadora Carmen Jansen, pelas horas e horas de orientações, paciência e apesar das perdas, continuamos!

A todos os demais que de alguma forma contribuíram para a conclusão deste trabalho, o meu muito obrigado!

(6)
(7)

RESUMO

TOLEDO, Juliana Oliveira de. Estudo da Qualidade de vida em um grupo de idosas

residentes no Distrito Federal, assistidas pelo projeto promoção da saúde do idoso. 2009 50 p. Mestrado em Gerontologia. UCB. Taguatinga-DF, 2009.

Pesquisou-se um grupo de idosas que usuárias de medicamentos de uso contínuo, objetivando conhecer como descrevem sua Qualidade de vida. Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas, com 20 idosas que se voluntariaram a participar. As entrevistas toaram 8 temas: tomar medicamento todos os dias, Qualidade de vida, Saúde, Independência, Vida, Morte, Doença e Cura. Cada entrevista foi gravada e posteriormente transcrita para análise pelo software ALCESTE. O software gerou 6 classes de categorias conforme o discurso principal representativo de cada tema. Pode-se concluir que os fatores que participam da definição de Qualidade de vida auto-referida neste grupo de idosas consistiram nas seguintes classes temáticas: família, dor do envelhecimento, a relação medicamento/doença, efeitos negativos dos medicamentos, levam à Qualidade de vida, e não adoecer. Recomenda-se que pesquisas posteriores aprofundem os aspectos citados por idosas usuárias de medicação de uso contínuo, com vistas a uma prática farmacológica/psicossocial que promova a Qualidade de vida para os indivíduos que passam pelo processo do envelhecimento.

(8)

ABSTRACT

A group of 20 older-women who were regular users of drugs for the treatment of chronic diseases was investigated aiming at understanding how they describe their quality of life. Semi-structured interviews were conducted exploring 8 themes: daily consumption of drugs, quality of life, health, independence, life, death, disease and healing. Each interview was recorded and subsequently transcribed for analysis by means of the Alceste software. The software yielded 6 categorical classes based on the main speech representative of each theme.

One may concluded that the factors that contributes to the self-reported quality of life in this group of older-women consisted in the following thematic classes: family, aging sorrow, the drug/disease relationship, drug-related negative effects, leading to quality of life, and not becoming sick. It is recommended that forthcoming studies involving older-women under medicamentous treatment consider in depth the aspects brought about by the present study, so to allow psychosocial/pharmaceutical practices that promote quality of life for those individuals going through the aging process.

(9)

SUMÁRIO

1. Apresentação do tema...09

2. Introdução...10

2.1 Qualidade de vida...14

3. Objetivos...19

3.1Geral...19

3.2 Específicos...19

4. Justificativa e Relevância do estudo...19

5. Aspectos metodológicos...21

5.1 Campo...21

5.2 Procedimentos...22

5.3 Participantes...23

5.4 Critérios de inclusão...23

5.5 Análise dos dados...24

5.5.1 O software ALCESTE...24

5.5.2 Definição dos termos...25

5.5.3 O material textual...26

6. Análise dos resultados...29

7. Conclusão...46

8. Referências Bibliográficas...50

(10)

1. APRESENTAÇÃO DO TEMA

No presente trabalho, serão pesquisadas a satisfação e a Qualidade de vida auto-referidas por idosas usuárias de medicamentos de uso contínuo, acompanhadas pelo PROJETO PROMOÇÃO

DA SAÚDE DOS IDOSOS no âmbito do ambulatório de farmacologia clínica do Hospital da

Universidade Católica de Brasília (HUCB), no período de 2005 até o presente momento e participantes da Universidade aberta a Terceira Idade da Universidade Católica de Brasília - UnATI. Qualidade de vida para a Organização Mundial da Saúde consiste na percepção do indivíduo de sua disposição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores em que vive e em relação aos seus desígnios, expectativas, padrões e inquietações. Avaliar Qualidade de vida consiste em confrontar as condições disponíveis e as desejáveis. Os resultados são expressos justamente por índices de desenvolvimento, bem-estar, desejabilidade, prazer ou satisfação (NERI, 1997; 2007).

(11)

2. INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas, observou-se ênfase nas discussões acerca do fenômeno do envelhecimento. O envelhecimento é um processo que ocorre durante o curso de vida do ser humano, iniciando-se com o nascimento e terminando com a morte.

O envelhecimento requer uma multiplicidade de olhares e saberes de diversas áreas do conhecimento, biológico e humano, sendo assim um processo biopsicossocial. Desta forma, configurar-se a um desfio estudar e pesquisar este fenômeno.

As pesquisas direcionadas ao envelhecimento justificam-se pelo aumento gradual no quantitativo de pessoas com mais de 60 anos de idade nas diversas sociedades. Em 1950, havia no mundo 200 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 1975, esse número aumentou para 350 milhões. Os idosos representam cerca de 10% da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Perfil dos idosos responsáveis pelo domicílio, 2007). Nas próximas duas décadas, a população idosa do Brasil poderá dobrar, passando de aproximadamente 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade para cerca de 30 milhões, conforme estimativa do IBGE(VASCONCELOS, 2007; NOBREGA, FALEIROS ET AL., 2009). Conforme gráfico abaixo, a primeira imagem mostra que em 1980 havia uma

(12)
(13)

Gráfico 1: Pirâmides populacional no Brasil em milhões de pessoas. Fonte: IBGE, 2001

(14)

a divulgação constante de informações sobre a importância de um estilo de vida saudável tem promovido a busca por recursos médicos e sociais. Entretanto muitos idosos brasileiros ainda vivem em condições precárias no tocante a aspectos como moradia, nível de escolaridade e renda. Apesar dos avanços em décadas recentes, dados do IBGE 2007 indicam ainda existirem 5,1 milhões de idosos analfabetos no País (NOBREGA, FALEIROS ET AL., 2009). Em relação ao gênero, os homens continuam sendo, proporcionalmente, mais alfabetizados do que as mulheres (67,7% contra 62,6%, respectivamente), já que, até os anos 60, tinham mais acesso à escola do que as mulheres (Perfil dos idosos responsáveis pelo domicílio, 2007). A importância da escolaridade se traduz na melhora da renda, melhora da moradia, hábitos de higiene e conseqüentemente a saúde. Direito este garantido constitucionalmente que é reiterado pela Lei orgânica da saúde conhecida como 8080/90.

(15)

2.1 Qualidade de vida

O conceito de Qualidade de vida tem recebido uma variedade de definições ao longo dos anos. Para alguns, pode ser definida como um compromisso pessoal na busca contínua de uma vida saudável, desenvolvida à luz de um bem-estar indissociável das condições do modo de viver, tais como: saúde, moradia, educação, lazer, transporte, liberdade, trabalho, auto-estima. Para outros, Qualidade de vida pode se basear em três princípios fundamentais: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação (GONZÁLEZ, 1993). Para outros, Qualidade de vida pode estar relacionada com aspectos de capacidade física, estado emocional, interação social, atividade intelectual, situação econômica e autoproteção de saúde(HORNQUIST, 1990), entre outras possíveis concepções. Portanto, a percepção do indivíduo em relação a sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações são fatores também considerados na conceituação de Qualidade de vida. (FLECK, 2000). Assim como é difícil conceituar Qualidade de vida, aferir sua medida também o é, já que ela pode sofrer influência de valores culturais, éticos e religiosos, bem como de valores e percepções pessoais, o que grandemente varia conforme a sociedade, o momento histórico e outros aspectos socioeconômicos. Novos enfoques teóricos a respeito da avaliação da Qualidade de vida na velhice requerem, portanto, a reflexão teórica e a prática apropriada à compreensão e ao atendimento às questões do envelhecimento no Brasil (NERI, 2007). A boa Qualidade de vida na velhice não é um atributo do indivíduo biológico ou psicológico, nem uma responsabilidade individual, mas, sim, um produto da interação entre pessoas vivendo numa sociedade em transformação (NERI, 1997; PEREIRA, 2002).

(16)

desenvolver suas potencialidades, vivendo, sentindo ou

amando, trabalhando, produzindo bens ou serviços;

fazendo ciência ou artes; sonhando (...), apenas

enfeitando, ou, simplesmente existindo” (RUFFINO, 1992;

DOS SANTOS, SANTOS ET AL., 2002; SANTOS, 2002).

O Grupo de estudiosos da Organização Mundial da Saúde elaborou o instrumento World Health Organization Quality of Life – WHOQOL onde considerou como características fundamentais o caráter subjetivo da qualidade de vida (englobando aspectos positivos e negativos), e sua natureza multidimensional. (WHOQOL Group, 1998). Este grupo conceitua Qualidade de vida como sendo a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito amplo e complexo, que engloba a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relação com as características do meio ambiente (KUYKEN, 1994).

(17)

diabetes mellitus, distúrbios no trato gastrintestinal, perturbações psicológicas, entre outras (CAMARANO, 1999).

Os idosos são, possivelmente, o grupo etário mais medicalizado na sociedade, devido ao aumento da prevalência de doenças crônicas com a idade como anteriormente citado. (ROZENFELD, 2003; NOBREGA, MELO ET AL., 2005). Idosos na faixa de 65 a 69 anos consomem em média 13,6 medicamentos prescritos por ano, enquanto aqueles entre 80 a 84 anos podem alcançar 18,2 medicamentos/ano (VEEHOF, 2000). Idosos chegam a constituir 50% dos multiusuários de medicamentos, incluindo alopáticos, homeopáticos, fitoterápicos, os florais de Bach, os medicamentos que não possuem formulação clara, chás, decoctos, infusos, e tinturas, entre outros em decorrência da prática terapêutica utilizada com o passar dos anos. É comum encontrar em suas prescrições dosagens e indicações inadequadas, interações medicamentosas, associações e redundância – uso de fármacos pertencentes a uma mesma classe terapêutica e medicamentos sem valor terapêutico (NOBREGA, MELO ET AL., 2005; BORTOLON, DE MEDEIROS ET AL., 2008). Tais fatores podem gerar reações adversas aos medicamentos, algumas delas graves e fatais (BEERS, 1997). Em um estudo, efeitos adversos são responsáveis por 6,4% das internações, e 4% por óbitos. Para cada medicamento utilizado pelo idoso, existe um aumento de 65% de chance de internação por complicações medicamentosas (ONDER, 2002).

Ao conviverem com a maior prevalência de doenças crônicas degenerativas nessa faixa etária, os idosos constituem um grupo nutricionalmente vulnerável, situação que pode ser agravada pelo consumo irracional de medicamentos, e seus efeitos adversos. O consumo descomedido de medicamentos e a adequabilidade destes devem ser urgentemente avaliados, para tanto, precisamos saber o que, em que quantidade, de que forma e em quais situações estão sendo utilizados.

(18)

75% dos indivíduos que sobrevivem aos 70 anos, cerca de 1/3 deles serão portadores de doenças crônicas e pelo menos 20% terão algum grau de incapacidade associada, havendo um maior consumo de fármacos. Essa constatação leva à preocupação imediata com o aumento da demanda por serviços de saúde e os custos que isto acarreta. Espera-se que o aumento na duração da vida seja acompanhado pelo controle e redução da morbidade nesta faixa etária, o que se traduziria em uma vida mais longa e de melhor qualidade para um maior número de idosos (CAMARANO, 2002).

O uso de medicamentos de forma contínua justifica-se, portanto ao pretender-se garantir, entre outras estratégicas, a Qualidade de vida aos idosos.

(19)

3 OBJETIVOS

3.1 Geral: Investigar a percepção de idosas usuárias que fazem uso contínuo de medicamento sobre sua Qualidade de vida.

3.2 Específicos:

• Investigar o uso contínuo de medicamentos em mulheres idosas participantes de projeto interdisciplinar em saúde;

• Identificar os principais fatores que participam na Qualidade de vida auto-referida desta amostra do segmento geriátrico brasileiro, valorando-os como indicadores de importância positiva ou negativa;

• Investigar se a contribuição do tratamento farmacológico para a satisfação auto referida da idosa com sua Qualidade de vida;

4 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO ESTUDO

“Estarão os idosos condenados à infelicidade e a prejuízos físicos e psicológicos

incontornáveis? Os que desfrutam de boas condições de vida têm assegurado o acesso a

uma velhice satisfatória? Os mais ativos e motivados envelhecem melhor? O que é

possível fazer para compensar os prejuízos decorrentes do envelhecimento? Os que

tiveram dificuldades no seu desenvolvimento podem viver bem a velhice? Existe uma

reserva psicológica que ajuda os mais velhos a lidar com as adversidades?”

“Estes questionamentos nos remetem à relevância do estudo da Qualidade de vida dos

idosos, e, mais especificamente, conhecer como é por eles relatada a percepção subjetiva

(20)

Por se almejar intervir nos casos de comprometimentos biopsicossociais, o projeto interdisciplinar tomado como modelo para este estudo visa contribuir para a promoção da saúde na região do Distrito Federal e buscar a resolução das principais intercorrências em saúde, sobretudo o risco cardiovascular (MORAES, SOUZA ET AL., 2008) com a equipe clínica disponível e pelo encaminhamento para serviços especializados de apoio ao idoso.

Ademais, a importância de se investigar em um projeto como o consumo de medicamentos interfere na Qualidade de vida declarada pelas idosas, decorre do fato de que um apoio interdisciplinar maximiza o acesso do paciente a informações e estímulos para que melhor se beneficie da intervenção implementada, com menos efeitos adversos, interações e consequentemente, maior adesão à terapia farmacológica.

Portanto, este estudo poderá contribuir para a integralidade de iniciativas institucionais de atendimento aos idosos que já vem sendo prestado por diferentes projetos da Universidade Católica de Brasília – UCB, incluindo aquelas desenvolvidas no âmbito da Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI). Destaca-se a importância de pesquisar Qualidade de vida, fundamentado no compromisso dos profissionais de distintas áreas que atuam junto à população de idosos, e que, necessariamente realizam uma prática interdisciplinar.

Os conhecimentos gerados por estudos como este podem transformar-se em subsídios para a implantação de programas de treinamento em habilidades sociais, específicos para a terceira idade. Tenta-se, com isso, favorecer a obtenção de redes de apoio social, assim como a preservação da saúde, sendo consideradas as magnitudes e as diferenças de cada grupo. Para redes de apoio social considera-se, “sistemas de suporte que proporcionam assistência e encorajamento para os

indivíduos com inaptidão física ou emocional para que eles possam melhor superá-la.”. (BVS)

(21)

Qualidade de vida para este grupo etário, uma vez que existem outros trabalhos, em gerontologia, em andamento na universidade acima citada

O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília (BRASIL., 1996). Conforme a Resolução Nº 196/96, do Conselho Nacional de Saúdedo Ministério da Saúde, os participantes manifestaram seu consentimento livre e esclarecido por escrito, em anexo.

5 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Em função de particularidades da pesquisa, optou-se pela utilização da metodologia quanti-qualitativa. Entende se por pesquisa qualitativa a obtenção de dados a partir de observação, entrevistas ou interações verbais, com foco nas intenções e interpretações dos participantes. As pesquisas qualitativas têm caráter exploratório: estimulam os entrevistados a pensar e falar livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos subjetivos, atingem motivações não explícitas, ou mesmo não conscientes, de forma espontânea. (MINAYO, 2006)

Já pesquisas quantitativas são mais adequadas para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados, pois utilizam instrumentos padronizados (questionários). São utilizadas quando se sabe exatamente o que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa. Permitem que se realizem projeções para a população representada. Elas testam, de forma precisa, as hipóteses levantadas para a pesquisa e fornecem índices que podem ser comparados com outros. (MINAYO, 2006)

(22)

conjuntamente em estudos mistos, para fornecer mais informações do que poderia se obter utilizando um dos métodos isoladamente (HOLLOWAY E WHEELER, 1995).

Em nosso contexto, a análise quanti-qualitativa dos dados foi feita com o suporte do software ALCESTE (Análise Lexical por Conjunto de Segmentos de um Texto), que nos forneceu

resultados brutos impetrados dos dados obtidos nas entrevistas, uma vez que o ALCESTE pode ser aplicado aos conteúdos ou corpus de diversos tipos de textos, tais como entrevistas e respostas à perguntas abertas da entrevista semi-estruturada.

Assim, buscamos uma interpretação o mais fiel à realidade e que pode ser aprofundada. Há múltiplas escalas de avaliação de Qualidade de vida. Todavia, existem diferenças em relação aos aspectos conceituais subjacentes, à importância dada à subjetividade, em detrimento da objetividade na escolha dos itens, bem como à natureza e ao peso de cada domínio para avaliação de Qualidade de vida como recurso gerador de conceitos pertinentes à população (GEORGE, 1980; FARQUAR, 1995; GROUP, 1995).

Durante a análise qualitativa da fala do indivíduo foi levado em consideração como as idosas expressam sua satisfação quanto ao consumo de medicação de uso crônico de que forma esta se configura na Qualidade de vida auto referida. Avaliando a satisfação auto referida e sua influência na Qualidade de vida das idosas que fazem uso de tratamento farmacológico continuada para doenças crônicas associadas ao envelhecimento.

5.1 Campo

(23)

5.2 Procedimentos

Entrevistas semi-estruturadas

A entrevista semi-estruturada é uma técnica de coleta de dados que supõe uma conversação continuada entre informante e pesquisador e que deve ser dirigida por este de acordo com seus objetivos (QUEIROZ, 1998). Para o presente estudo, fez-se entrevista semi-estruturada em que, afora as perguntas relativas à identificação e consumo de medicamentos pela paciente, seguiu-se um roteiro com oito perguntas versando sobre os seguintes temas: percepção subjetiva sobre o uso de medicamentos, sobre o que considera Qualidade de vida assim como sobre o que considera acerca de saúde, independência, vida, morte, doença e cura (ANEXO C).

Cada entrevista semi-estruturada foi gravada e transcrita ipis litteris. Foram realizadas somente após assinatura, do termo de consentimento livre esclarecido (TCLE) pela idosa e pelo entrevistador, em duas vias.

(24)

Participantes

Os sujeitos dessa pesquisa foram 20 usuárias de medicamentos de uso continuado para manejo de doença crônica (hipertensão). Contemplou-se usuárias de faixa etária igual ou superior a 60 anos de idade. Ressalta-se que participaram apenas idosos do gênero feminino, participantes do Projeto Institucional para Promoção da Saúde dos Idosos, oriundas de diferentes cidades satélites do Distrito Federal, e acompanhadas no âmbito do ambulatório de farmacologia clínica do Hospital da Universidade Católica de Brasília (HUCB). Para o presente estudo, foram selecionados os casos consecutivos de usuárias de tratamento farmacológico de uso contínuo que freqüentaram o ambulatório entre maio e julho de 2009, e que manifestaram interesse em participar da pesquisa mediante assinatura de termo de consentimento.

5.4 Critérios de inclusão:

Os critérios de inclusão são os que seguem:

I. Ausência de comprometimento cognitivo e/ou psicomotor detectáveis.

II. Idosas que se voluntariaram a participar da pesquisa mediante assinatura do TCLE.

5.5 Análises dos dados:

Como estratégia de coleta de dados utilizou-se a entrevista. As entrevistas foram realizadas com base em um roteiro prévio que abordou os respectivos temas anteriormente citados.

(25)

5.5.1. O software ALCESTE

O software ALCESTE foi elaborado por Max Reinert (REINERT, 1990), no Centro de Cálculos de Toulouse, e apresentado em edições de 1987 e 1990. O objetivo deste procedimento metodológico é desvelar a informação essencial contida num texto. Foi desenvolvido como uma técnica para investigar a distribuição de vocabulário em um texto escrito. O ALCESTE é um software de análise de dados textuais, realiza a análise de conteúdo de textos provenientes de

entrevistas orais abertas, semi-estruturadas, auto-relatos e reportagens. A análise dos dados textuais é atualmente uma metodologia em desenvolvimento, com o objetivo de extrair os diferentes temas de um texto bem como as frases que caracterizam cada tema, contextualizando, portanto, a fala dos sujeitos participantes de uma pesquisa, em análise.

O ALCESTE é técnica computadorizada e também metodologia para a análise de texto. Metodologia também, porque integra grande quantidade de métodos estatísticos sofisticados. O objetivo de uma análise com o ALCESTE é distinguir classes de palavras que representam diferentes formas de discurso a respeito do tópico de interesse (BAUER, 2002).

5.5.2 Definição dos Termos

U.C.I - Unidade de contexto inicial: são as divisões naturais do corpus (capítulos de um

livro, cenas de uma peça de teatro, respostas às questões abertas, etc.). Elas são os primeiros índices de uma estrutura que convém assinalar para o ALCESTE. Deve ser introduzida por linhas com asteriscos. Ex.: (**** *S_1 *id_1 *tc_3 *sx_2).

U.C.E. - Unidade de contexto elementar: corresponde a idéia de frase mais calibrada em

(26)

software ALCESTE vai estabelecer as matrizes pelas quais será efetuado o trabalho de

classificação. As U.C.E.s são segmentos de texto, na maior parte das vezes, do tamanho de 3 linhas dimensionadas pelo programa respeitando aos critérios acima.

U.C. - Unidade de contexto: é o reagrupamento das U.C.E. sucessivas de uma mesma

U.C.I. até que o número de palavras analisadas diferentes (contidas dentro desta unidade de contexto) seja superior ao fixado dentro da análise.

Classe: uma classe representa um tema extraído do texto. Cada classe é representada por

várias U.C.E. O ALCESTE decompõe o texto em unidades de contexto e efetua uma classificação em função da distribuição do vocabulário.

A.F.C. - Análise Fatorial de correspondência: é uma técnica de descrição de tabelas

cruzando o vocabulário e as classes. Obtêm-se uma representação gráfica por eixos, permitindo visualizar as oposições entre as formas ou classes. O ALCESTE executa quatro etapas analíticas. A primeira etapa prepara o material para os cálculos posteriores reconhecendo as Unidades de Contexto Inicial (UCIs), que são as próprias entrevistas. Por sua vez, as UCIs são divididas em segmentos de texto, denominadas de Unidades de Contexto Elementar (UCEs), as quais são dimensionadas em função do tamanho do corpus e da pontuação. A segunda etapa se caracteriza por cálculos que têm a finalidade de classificar as UCEs a partir da distribuição das formas reduzidas, representadas por palavras ou léxicos que elas apresentam (CARVALHO, 2006).

(27)

mais características de cada classe, possibilitando que se disponha do contexto de ocorrência do seu vocabulário (VELOZ, 1999).

5.5.3 O material textual

Cada classe é composta de várias U.C.E.s em função de uma classificação segundo a distribuição do vocabulário destas U.C.E.s, e as U.C.E.s são constituídas de enunciados lingüísticos. Esses enunciados são definidos como proposições, frases, nos quais o pensamento é anunciado, sendo que o termo pensamento é tomado como sendo um ato particular do espírito que se refere a um objeto.

A pesquisa das classes se faz com a ajuda de uma classificação descendente hierárquica. A tabela como um todo é considerada como uma classe. A cada interação, uma classe é dividida em duas de modo a otimizar um critério. O critério escolhido é um χ2 (qui-quadrado), calculado sobre uma tabela de contingência formada por duas linhas e tantas colunas quanto forem as classes de palavras formadas a serem analisadas. Portanto, o χ2 consiste em um produto de uma análise não paramétrica com variáveis categórica que funciona como indicador da força de associação entre palavra e a classe a qual pertence.

A terceira e última fase refere-se à interpretação das classes. Faz-se a análise das classes de U.C.E, tomando-se em conta o vocabulário específico extraindo-se as U.C.E.s mais representativas do vocabulário da classe. O vocabulário específico fornece uma idéia da composição de cada classe, e, as U.C.E.s representativas, dão uma idéia dos temas abordados, que são os eixos representativos das classes.

(28)

Características Gerais do Programa ALCESTE

Corpus Máximo a ser analisado (Nº. de caracteres) 10.000.000

Corpus mínimo a ser analisado (Nº. de caracteres) 50.000

• Nº. máximo de U.C.E. 10.000

• Nº. mínimo de U.C.E. 50

• Tamanho máximo de uma U.C.E. (Nº. de palavras) 2.000

• Número máximo de U.C.I. 10.000

• Número mínimo de U.C.I. 1

Etapas de Análise do ALCESTE

Iniciada a análise, o programa realiza 4 etapas (A, B, C e D), cada uma contendo três operações, exceto a última (D), que contém cinco operações.

1) Etapa A: Leitura do texto e cálculo dos dicionários

Nesta etapa, o programa prepara o corpus, reconhece as U.C.I., faz uma primeira fragmentação do texto, agrupa as ocorrências das palavras de suas raízes e procede ao cálculo da freqüência destas formas reduzidas.

Operações:

A1 - Reformatação e divisão do texto em segmentos de tamanho similar (U.C.E.).

A2 - Pesquisa do vocabulário e redução das palavras com base em suas raízes (formas reduzidas).

A3 - Criação do dicionário de formas reduzidas

2) Etapa B: Cálculo das matrizes de dados e classificação das U.C.E.

(29)

Operações:

B1 - Seleção das U.C.E. a serem consideradas e cálculo da matriz de formas reduzidas X U.C.E.

B2 - Cálculo das matrizes de dados para Classificação Hierárquica Descendente.

B3 - Classificação Hierárquica Descendente

3) Etapa C: Descrição das Classes de U.C.E. Escolhidas

Esta etapa fornece os resultados mais importantes. Nela o programa executa cálculos complementares para cada uma das classes obtidas na etapa precedente. Esta etapa fornece resultados que nos permite a descrição das classes obtidas, principalmente, pelos seus vocabulários característicos (léxico) e pelas suas palavras com asterisco (variáveis).

Operações:

C1 - Definição das classes escolhidas.

C2 - Descrição das classes.

C3 - Análise Fatorial de Correspondência ou A.F.C. (representação das relações entre as classes em um plano fatorial).

4) Etapa D: Cálculos complementares

(30)

Operações:

D1 - Seleção das U.C.E. mais características de cada classe.

D2 - Pesquisa dos segmentos repetidos (duplas e segmentos) por classe.

D3 - Construção de uma matriz de ″formas associadas a uma mesma classe″ versus

″U.C.E. da classe associada″ e de representações arborescentes destas relações.

D4 - Seleção de palavras mais características das classes para apresentação em um

″Index de contexto de ocorrência″.

D5 - Exportação para outros programas de ″sub-corpus de U.C.E. ″ por classe.

O ALCESTE por se tratar de um software, não avaliará questões subjetiva envolvendo emoções da fala do indivíduo durante a entrevista, ou momentos de crise, tom de voz, choro ou ausências.

6. Análise dos resultados

Pretendeu-se com esta pesquisa investigar as maiores preocupações no processo vivenciado pelas idosas em relação à obrigação/ao compromisso do uso continuado de medicamento(s), de que forma o medicamento contribui para sua saúde, e se contribui para a sua Qualidade de vida segundo sua percepção. Tais dados permitirão compreender com maior profundidade os aspectos que participam do desenvolvimento pessoal e realização; a qualidade das relações familiares e afetivas com pares como fatores participantes do que entendemos ser Qualidade de vida auto-referida por essa população.

Da análise lexical realizada:

De acordo com o padrão estabelecido pelo programa ALCESTE 4.8, o corpus foi dividido em 277 U.C.E.s, das quais a Análise Hierárquica considerou apenas 209 U.C.E.s, ou seja, 75% do corpus originando 06 classes agrupadas em três eixos, de U.C.E.s de “falas” diferentes entre si. A

(31)

amarelo, denominada levam a Qualidade de vida e a 5, em rosa, nomeada Efeitos negativos dos medicamentos se destacam pela distinção entre si. Contrapondo a semelhança entre as outras classes 1, em vermelho, batizada Família, 2 em verde denominada Dor do envelhecimento e 6 em azul claro, designada Não adoecer, que conforme demonstra o Gráfico 2 abaixo, sob a forma de coordenadas, apresentam marcante superposição/relação com outras classes. Isso demonstra que suas falas são bastante concisas e seguras.

(32)

O quadro a seguir apresenta essa distribuição a partir da relação (R) entre eixos e classes. Essa distribuição é feita pela Classificação Hierárquica Descendente (CHD) do corpus total, que apresenta as oposições entre as classes sob a forma de uma árvore a qual chamamos dendograma. O dendograma possibilita visualizar a relação (de 0,0 a 1,0) e o quanto cada classe representa (em percentil) do corpus avaliado.

Quadro 1. Classificação Hierárquica Descendente por eixos e classes.

1,0----.9----.8----.7----.6----.5----.4----.3----.2----.1---0

R = 0,00

R = 0,25

R = 0,34 R = 0,40

R = 0,70

E ixo 1 – Medic amento e patolog ias

E ixo 2-Qualidade de vida

E ixo 3-R elaç ões família.

C L AS S E 3– 17,22% Medic amentos /Doenç a

C L AS S E 2– 15,31% E nvelhec imento e dor C L AS S E 5– 12,44% E feitos Neg ativos dos

medic amentos

C L AS S E 4– 11,00% L evam à Qualidade de Vida C L AS S E 6– 11,48% Não adoec er

(33)

Cada eixo revela um dos sentido/conteúdo/tema específico que o discurso completo contém, enquanto as classes revelam especificidades desses eixos. Em seguida, cada eixo é apresentado detalhadamente.

O eixo 1 explica 17,22 % da variância total do corpus e discorre sobre as doenças e os medicamentos usados pelas idosas, tendo por isso sido nomeado como medicamento e patologias. Foi observada pouco ou nenhuma relação (R = 0) desse eixo com os outros.

O eixo 2 explica 22,48% da variância total do corpus e discorre sobre o tema independência, vida boa, não adoecer, cura, a morte como fator ruim, sendo nomeado como Qualidade de vida.

Já o eixo 3, que explica 60,29% da variância total do corpus, retrata as relações com filhos, netos, a dor da velhice, das conseqüências do envelhecer e a fé como meio de alívio, por isso denominado Relações familiares.

Segue-se a descrição detalhada das classes.

TABELA I - Classes semânticas provenientes das entrevistas realizadas com 20 idosas usuários de medicamentos em Brasília/DF Jun 2009.

CLASSE 1 CLASSE 2 CLASSE 3 CLASSE 4 CLASSE 5 CLASSE 6

Família Dor do

envelhecimento Medicamentos/Doenças Levam a Qualidade de

vida

(34)

Como classificado na Tabela I, para cada classe de palavras, o ALCESTE possibilita ainda que se identifique dentre as variáveis estabelecidas, aquelas que são típicas, ou seja, aquelas mais associadas à classe.

Selecionou-se as palavras que melhor representam cada classe a partir da freqüência das palavras e do cálculo do χ2 (qui quadrado), sendo Qui quadrado uma medida de associação entre variáveis qualitativas, que se baseia na comparação entre os valores observados para cada variável. Se o valor for alto poderemos concluir que não há diferenças estatisticamente significativas. Isto é, nesse caso, podemos concluir que não há distância estatisticamente significativa entre a palavra e a classe, logo, pode-se dizer que a palavra é significativa da classe ou que atribui bastante sentido à classe.

A seguir proceder-se-á à análise e discussão de cada classe em separado.

Classe 1

Tabela A- Descrição de palavras da classe 1 Palavras

significativas

Qui-quadrado %*

Filho+ 27,73 85

Neto+ Neta+ Dela Menina Filha+ Marido 21,78 19,5 13,61 10,62 6,76 6,72 100 100 88,89 100 66,67 70

*Percentual de ocorrência na Classe em relação ao corpus

(35)

marido, indicando grande ligação afetiva, financeira, e dependência emocional. Seus relatos mostram suas preocupações com os seus. Esta fala se explica no evento de que atualmente, uma parcela significativa de filhos, netos e bisnetos estão morando junto com seus pais e avós, fenômeno denominado "co-residência" (CAMARANO, 1999). Os mencionados autores apontam que este é um fenômeno mundial e os fatores que têm levado a esse tipo de organização familiar são: o prolongamento da permanência dos filhos em casa devido à necessidade de investimento em sua formação para enfrentar um mercado de trabalho bastante competitivo, a instabilidade deste e a inconsistência das relações afetivas que ocasiona o retorno dos filhos à família de origem, por ocorrência de uma separação conjugal, por exemplo. Camarano et al, constituíram uma distinção entre as famílias de idosos, onde o idoso é chefe ou cônjuge, e as famílias com idosos, onde o idoso mora na condição de parente do chefe. Para as referidas autoras, as primeiras se assinalam por serem formadas por idosos mais jovens e seus filhos, serem mais freqüentes (86% dos lares onde residem idosos são chefiadas pelos idosos), possuindo residência própria e uma renda mais elevada do que as segundas. Portanto, há idosos que cuidam e os que são cuidados. (CAMARANO, 1999 ET AL)

Ao mesmo tempo em que esses arranjos podem acarretar apoio recíproco, propiciam também dificuldades e conflitos. Entre os ganhos desse tipo de família, estão a maior escolarização dos filhos e netos, a redução do trabalho infantil e a ajuda avós concedem na educação dos netos. Entretanto, os conflitos podem surgir devido ao diferente referencial de padrões sociais e culturais entre as gerações, interferências dos avós na criação dada pelos filhos, confusão acerca de quem detém a autoridade por parte dos netos (DIAS, 1999; CAMARANO, 2003; FALCÃO, 2006).

(36)

dificuldades pelas quais as famílias vêm passando: mães que trabalham fora e deixam os filhos com avós, pais que se separam, filhos com dificuldades de inserção no mercado de trabalho ou necessitando se preparar melhor para enfrentá-lo, entre outros. Sua contribuição é evidente, especialmente junto às crianças, para as quais transmitem a história da família e do país, valores e afeto.

As UCEs citadas a seguir são as representativas desta classe:

“ [...]__ela não me deixa, os filhos dela até acham bom que eu levo ela. Mais os meus não!. Eu ando sozinha eles não preocupam não, vou pra todo lado, eu sou sim independente deles, mas eles são de mim.” *S_7 khi2 27

“ [...]Eu só sim, eu venho aqui, minha filha veio comigo mas eu faço minha comida eu moro com ela, assim, ela veio morar comigo depois que separou ai tava muito difícil para ela alugar um barraco e os meninos tinham que andar muito pra ir a escola e lá perto de minha casa tem escola, ai ela veio morar comigo, mas eu que faço minha comida” *S_19 khi18

“ [...]mas eu lutei mais meus meninos, logo eles começaram a trabalhar aqui ali, e foi que quitemos a casa, e se acredita que o pulga voltou para me tomar a casa, que queria a parte dele, depois de muitos anos, quando tava quase paga, *S_17 khi14

“ [...]socorro me chamando voinha, voinha! eu escutava ela mas não conseguia responder, eu tremia toda eu sentia ela me segurar tadinha, a pobre não agüentava meu peso ai eu cai assim na calçada assim perto de um muro me ralei toda e logo umas pessoas me acudiram e levaram pra dentro do hospital eu eu só segurava minha bolsa agarrei bem forte nela e na minha neta\ *S_18 khi10

Segundo Dias e Silva (DIAS, 1999), em regra, os avós são o porto seguro nos momentos de crise; os transmissores da história familiar, firmando a identidade do grupo; os mediadores e fontes de apoio emocional nas relações interpessoais intempestivas vividas pelos filhos, e, para os netos, representam o equilíbrio necessário nos momentos de desânimo e depreciação de si mesmo.

(37)

não houve um contato tão longo e intenso entre as várias gerações de uma mesma família como na atualidade.

Classe 2

Tabela B- Descrição de palavras da classe 2

Palavras

significativas Qui-quadrado %*

Idoso Tanto+ 33,43 27,69 87,5 85,71 Vivendo Sinto Triste+ Idade Saúde 16,53 13,78 12,56 5,73 4,78 80 54,55 66,67 50 28,13 *Percentual de ocorrência na Classe em relação ao corpus

A classe 2 denominada Dor do envelhecimento, explica 15,31% da variância total do corpus. As palavras mais significativas desta classe arrolam sobre a tristeza da idade, a dor de

perder a saúde, como são suas vidas na velhice, da alegria de viver, apesar da morte como certa. A variável mais significativa foi idoso (khi2 33,43), representando 87% da classe, como mostra a tabela B. Indicando que a velhice é compreendida de formas diferentes pelas idosas. Percebe que nesta classe a questão do envelhecimento está atrelada a perda da saúde ou perda da boa saúde, encarado como fator contribuinte à perda da Qualidade de vida.

(38)

Qualidade de vida depende da percepção do indivíduo em relação a sua posição na vida no contexto social e ambiente em que se vive. Está relacionado também ao sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (FLECK, 2000).

As UCEs citadas abaixo são as representativas da classe 2.

“ [...]...O governo promete o medicamento, vou buscar, aí é a dor, o sofrimento Ah, País, não sentes essa vil vergonha? Não sejas como a avestruz, Que mete a cabeça na areia. Trata os teus velhos com dignidade...Trata os teus velhos como merecem. Dói ouvir negativas, pedir ajuda, é tosco Já fui e fiz tanto nessa vida\. *S_5 khi20

“ [...]...corre com a mãe pra li pro hospital, eu já era pra ter morrido, ai eu fui vencendo, eu pensei assim, eu não morro, então vou ter que viver! e eu conheci uma amiga que vinha aqui na Católica ela me chamava e ia na reunião dos idosos na quadra lá, *S75 khi19

“ [...]...e cara amassada\...\ cada doutora linda, eu amo isso, amo vocês\...\ eu agora conheço mais gente, tem muitas pessoas que eu conheci aqui nos cursos dos idosos que vocês ensinam para gente, eu tenho uma colega, que só vem comigo, eu venho sem ela, mas se eu não vim *S75 khi17

“ [...]...A saúde da gente é viver gostoso.\...\não tenho problemas de saúde\...\eu queria era dar uma gaitada boa, hoje agente nem pode sorrir muito que dói o queixo, dói a cabeça eu sinto como se alguma coisa saísse do lugar, dói as costas. *S75 khi19

Classe 3

Tabela C- Descrição de palavras da classe 3

Palavras

significativas Qui-quadrado %*

Tomo Pressão Hipertensão Medica+ Artrite Losartan+ Tomar+ Captopril Colesterol Osteoporose Diabetes Esqueço 82,2 46,73 44,21 41,78 29,69 24,62 24,09 19,6 19,6 19,6 14,16 14,16 66,67 73,68 90,91 72,22 100 100 52 100 100 100 80 80

(39)

A classe 3, denominada Medicamentos/doenças, explica 17,0% da variância total do corpus. As palavras mais significativas desta classe abordam as principais patologias que as idosas

possuem e quais medicamentos usam. A variável mais significativa foi tomo (khi2 82,2), representando 66,67 % da classe, indicando que tomar medicamento faz parte do cotidiano das idosas entrevistadas, e que tomam tais medicamentos devido à poli patologia existente nesta faixa etária.

Em conformidade com o exposto anteriormente, é fato os idosos serem o grupo etário mais medicalizado na sociedade, devido ao aumento da prevalência de doenças crônicas com a idade. E segundo Veeof, 2000 que afirma os idosos consumirem 13,6 medicamentos prescritos em média por ano, são idosos na faixa de 65 a 69 anos, enquanto aqueles entre 80 a 84 anos podem alcançar 18,2 medicamentos/ano. A necessidade de se recorrer à terapia farmacológica se justifica na extensão da vida.

As UCEs citadas abaixo são típicas desta Classe.

“[...]eu tomo medicamento há três anos, tomo capotem que é o Captopril, tomo remédio pra osteoporose, tomo arcadil e gardenal, tenho sessenta e cinco anos e tenho hipertensão, artrose e osteoporose já falei né?” S_10v. khi2 83.

“[...]uso uns seis medicamentos, para pressão, para osteoporose, para circulação é para dor, pra artrite, tem uns dez anos que tomo. Pra mim é normal, já acordo pego o copo d’água é tomo meus remédios, e vou fazer meus afazeres, é normal já me acostumei, não, não me atrapalham em nada, assim só de as vezes que eu tenho muita coisa a fazer que me esqueço de tomar de manhã,“ *S_16 khi2 65.

“[...] tomo remédio há dois anos, tenho pressão alta e arritmia, batedeira, eu tomo losartana, ácido acetil salicílico, sinvastatina para o colesterol. Eu pelo menos eu acho ruim porque às vezes eu me esqueço do horário, nem sempre eu me lembro sobre o medicamento, viu\...\ *S_6 khi2 60

“Meu nome é ma, tenho sessenta anos, tenho hiperten... pressão alta, hipotiroidismo, fibromialgia, e artrose. Tomo cinco medicamentos há uns dez anos. Eu acho horrível! É Horrível. Mas eu tenho na minha consciência que eu tenho que tomar pra sobreviver mais, mais dias na minha vida né? Infelizmente eu tenho que tomar, mas gostar eu não gosto não.” *S_1 khi2 40

“[...] Meu nome é asb, tenho sessenta e quatro anos, tomo atenolol, natrilix,

(40)

Classe 4

A classe 4, denominada Levam à Qualidade de vida, explica 11% da variância total do corpus. A variável mais significativa, Independência (khi2 29,75), representou 66,67 % da classe,

indicando ser fator preponderante para a Qualidade de vida. As idosas aqui relatam sobre o que acreditam ser uma vida com qualidade, constituindo o fator independência, grande peso para tal.

Como mostra a tabela D, as variantes mais significativas, além de independência, foram: alguém, pensando, Qualidade de vida, preciso, vida, dependência, boa e qualidade. Esse achado sugere que Qualidade de vida também pode estar relacionada aos aspectos de capacidade física, estado emocional, interação social, atividade intelectual, e autoproteção de saúde, como já mencionado por HORNQUIST (HORNQUIST, 1990). A fala retrata ser a maior de suas preocupações a questão da independência, como o desejo de não precisarem de alguém para cuidar-lhes, para realizar suas atividades diárias, sendo isso um de seus maiores medos.

Tabela D- Descrição de palavras da classe 4

Palavras

significativas Qui-quadrado %*

Independência Alguém Pensando

Qualidade de vida Precis+ Vid+ Depend+ Boa+ Qualidade 29,75 19,56 17,05 16,31 15,74 13,07 12,92 11,88 9,63 66,67 66,67 75 50 57,14 25,53 66,67 33,33 50

A seguir, exemplificação de falas que concordam com a percepção acima.

(41)

lugar, dar conta de fazer tudo, aquilo que eu me proponha a mim mesma a fazer, aquilo que eu acho que estou em condições, *S_16 khi2 65.

“[...]mas na hora que lembro, ou quando a cabeça começa a doer eu já corro e tomo\...\ Qualidade_de_vida é me sentir\...\ sentir se bem, com você, a sua vida ser boa, dar conta de fazer minhas necessidades, sair, andar, passear, andar, fazer as coisas\...\ *S_16 khi2 24

“[...] Precisamos de todo mundo apesar de que independência é viver sozinho, precisar, mas independência é a pessoa que tem uma vida independência que não precisa ogrigá dos outros, a quem ajudar alguém fazer precisar de alguma ajuda qualquer ai a pessoa faz, *S_10 khi2 23

“[...] assim você precisa de ajuda, mais assim é ser dependente, não precisa que alguém ajude, ajuda assim, financeiramente que eu quero dizer, não precisa de ajuda financeiramente, de ajuda, assim não precisa. *S_10 khi2 23

Classe 5

Tabela E- Descrição de palavras da classe 5 Palavras

significativas Qui-quadrado %*

Senhor+ Dormir Tomava Acordava Noite Tomei 28,5 23,14 23,14 21,42 8,22 8,22 83,33 71,43 71,43 100 66,67 66,67

(42)

de 65% de chance de internação por complicações medicamentosas (ONDER, 2002). O Sujeito S_12 com khi2 75,31 % da classe consiste em sujeito-típico, haja vista sua fala representar bem o

arquétipo da classe. Segue sua fala integralmente.

**** *S_12 *id_1 *méd_1 *tm_3 *n_1 *pt_1Pra

mim eu acho que é bom, pelo fato, que eu vou ficar

bem vou melhorar, não, eu tomo verapamil, os

remédios que eu tomo não me atrapalham em nada.

Eu lembro de tomar todos os dias Vem muitas

coisas, coisas boas, saúde, estar bem disposta,

alegre, feliz, situação financeira estável, viver bem,

né?Muitas coisas ainda podem melhorar em média

eu daria oito pra minha vida. Saúde ta bem acima

de tudo, ta bem, feliz, agora estou muito bem, estou

com a pressão doze por oito, mas eu já tive bem

ruim, eu to livre de rivotril, depois que vim pra cá

foi embora, o médico me deu alta, quando eu estava

fazendo o tratamento o médico disse dona Vanda a

senhora precisa fazer um terapia só os remédios

não vai resolver seus problemas, remédio não faz

milagre, em vista do que eu era, agora eu to muito

bem graças a Deus, foi quando eu comecei a

procurar uma ajuda, eu procurei e encontrei aqui,

quando eu falei que vinha para cá ele até me

arrumou o passe livre, para me ajudar, para eu

continuar minha terapia, eu não falto, ai depois eu

fui melhorando, melhorando, eu tava morrendo eu

estava muito mal, esses remédios mata agente

,nossa eu fui melhorando e deixei os remédios

depois de dez anos quando ele viu que eu estava

bem ele me deu alta, essa carteirinha aqui acho que

é o último ano, eu não tomo mais os remédios, pois

é eu tomava rivotril todo dia igual cantiga de grilo,

e fiquei boa, eu tenho até vontade de sair, eu

consigo dormir meu sono é tranqüilo, normal,

nossa. Você acredita que eu nunca acreditei que ia

parar de tomar remédios, eu perguntei ao médico

quando eu vou parar de tomar remédio, minha filha

eu não sou Deus, quando ele falou que eu ia parar

de tomar os remédios eu disse, Eu não to nem

acreditando, ai eu falava assim depois que comecei

a fazer atividade na Católica eu to me sentindo tão

bem, ainda tomando os remédios, eu fala para ele,

fui explicando como era o projeto, eu sabia que o

remédio não curava, me deu ânimo para sair, me

ajudou, ai ele me deu alta, olha pois não adianta

ficar tomando remédio, remédio e não melhorar. Eu

to bem foi uma vitória eu louvo ao meu Senhor por

que tudo é por ele me deu a cura, me deu outro

físico, se eu for te contar minha vida, eu sei por que

não dá né? Mas se eu for contar o que eu passei,

não era vida, só o Senhor é Deus que me curou, era

depressão e além de tudo eu não comia, eu não

(43)

presbiteriana, eu tinha medo de dormir de assustar,

era esquisito, eu tinha medo de morrer, eu

acordava assustada e descontava em mim mesma,

eu vivia machucada, era poucos minutos, eu ficava

sozinha, eu acordava eu derrubava as coisas, eu

procurava a chave pra sair, eu abria a geladeira,

olha eu tava tão consciente eu tava vendo o que eu

tava fazendo, mas eu não conseguia controlar, mas

ai eu tava tão consciente que quando eu acordava

eu olhava as horas pra mim ver quanto tempo eu ia

ficar daquele jeito. Eu olhava as horas, era pouco

tempo, eu olhava as horas eu ia melhorando, eu via

no relógio, eram dois minutos, três minutos, ia não

tinha jeito, olha meu joelho, isso aqui é tudo

cicatriz, eu me sentia tão só, que sabe por que eu

fazia isso? Eu sentia aquela dor, e aquela dor era

maior que agonia que eu estava sentindo, desculpa,

acho que eu queria bater em mim, eu abria o

chuveiro, eu derrubava as coisas, naquela época do

pânico, durante o tempo que eu tomava os remédios

a coisa que eu mais queria era ficar boa eu falava

pro médico, olha doutor me socorre, eu tenho medo

da noite por causa do problema que eu tenho

porque de vez em quando acontecia isso e quando

acontece eu passo mal, meu Deus do céu para mim

era uma tristeza tão grande, eu dormia muito tarde,

eu sabia o que me aguardava, eu acordava

assustava, às vezes era um sonho que me assustava,

eu não dava conta daquele problema, ele dizia

vamos devagar, vamos ver o que é, e tomava aquele

monte de remédio eu tomei todos, rivotril,

diazepan, clonazepan, ai então foi isso sabe? Eu

tomava, mas nunca deu jeito, que doença que era

aquela, como Deus me ajudou, me machucava ia

procurar a chave e não achava Deus me acudiu de

abrir e porta e sumir, de morrer ou me fazer um

mal maior, eu ficava sozinha, graças a Deus Ele me

curou, eu não sinto nada, eu durmo, eu sonho, eu

venho pra cá, eu faço as terapias, eu canto, danço,

eu me esforcei muito, uma amiga, eu disse me

ajuda, fui a um psicólogo no HRAN no psiquiatra,

mas eu sei que tudo veio de Deus Ele que me curou

né, foi muito ruim mas agora eu to boa, não tenho

medo, vou onde eu quero, passou, foi uma

experiência né?

(44)

destes medicamentos para a manutenção da vida de muitos idosos, uma vez que, o uso de medicamento é fator vital na Qualidade de vida e prolongamento da vida dos idosos, porém o uso crônico indiscriminado e sem orientação, pode comprometer esta qualidade, entretanto o uso adequado promove a sobrevida e com Qualidade de vida.

Classe 6

Tabela F- Descrição de palavras da classe 6

Palavras

significativas Qui-quadrado %*

Cura+ Doença+ Doente Ninguém Pior Morrer+ Quer+ Maravilha Milagre Adoec+ Velho+ 60,82 48,6 42,85 25,6 25,6 24,44 21,18 11,86 5,95 5,95 5,54 73,33 54,17 72,73 71,43 71,43 45 54,55 60 50 50 37,5 _________________________________________________________________________

A classe 6, denominada Não adoecer, explica 11,48% da variância total do corpus. As palavras mais significativas desta classe explanam sobre ficarem sadios, como mostra a Tabela F acima. A variável mais significativa foi cura (khi2 60,82), representando 73,33% da classe, indicando que o fator saúde é indispensável para a Qualidade de vida, no relato destas idosas. Esta fala acentua o pensamento de CAMARANO (CAMARANO, 2002), que afirma, espera-se que o aumento na duração da vida seja acompanhado por uma compressão da morbidade em todas as faixas etárias, o que se traduziria em uma vida mais longa e de melhor qualidade para um maior número de idosos.

Segue falas que demonstram tais afirmações.

(45)

longe de mim.Cura é uma benção um presente, um milagre se é curado tem que agradecer até, para sempre, é até morrer\...\ *S_18 khi2 58

“[...] cura é um milagre, é muito bom ser curado daquilo de você tem não adoecer mais, não doer mais nada, mas isso é um milagre se você acredita em Deus. E eu acredito que Ele pode todas as coisas até curar um velho, se Ele quiser se achar que você merece, mas se não, você não é curado, fica doente, e vai e morre e a vida, né? *S_17 khi2 47

“[...] Morte é ruim eu já perdi muita gente que gostava então você não pode gostar de morte né? Cura é ah não sei bem o que é cura, quando ta doente e tomar os remédios e se curar é maravilhoso, toma para se prevenir, não sentir mais, não piorar, né? Pra não ter a doença que é a pior, se tirasse seria uma maravilha *S_16 khi2 40

“[...] mas é pior quando ela leva as pessoas, suas pessoas, a morte é muito ruim\...\Doença é ruim, ninguém que a doença, agente luta contra a doença, mas pêra ai\...\ eu tenho essas doenças, mas tem gente muito pior que eu, eu me considero bem em vista de umas pessoas, mas é muito ruim você ficar doente e saber que vai ter isso pra sempre, que tem que acostumar com essa doença. *S_15 khi2 35

(46)

7. Conclusão

(47)

devido ao uso adequado e orientado destas medicações e que consequentemente contribuiu para a melhora de suas vidas, ou seja, lhes proporcionando qualidade as suas vidas.

8 Referências Bibliográficas

BAUER, M. W., GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com textos, imagem e som:um manual prático. Petrópolis: Vozes. 2002

BEERS, M. H. Explicit Criteria for Determining Potentially Inappropriate Medication Use by the Elderly: An Update. Arch Intern Med, v.157, n.14, p.1531-1536. 1997.

BORTOLON, P. C., E. F. DE MEDEIROS, et al. [Analysis of the self-medication pattern among Brazilian elderly women]. Cien Saude Colet, v.13, n.4, Jul-Aug, p.1219-26. 2008. BRASIL. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. 1996/96. C. N. D. Saúde. Brasília - DF: Ministério da Saúde. Resolução 196/96 1996.

CAMARANO, A. A. Envelhecimento da população brasileira:uma contribuição demográfica. Rio de Janeiro: IPEA. 2002

CAMARANO, A. A., Ghaouri, E.L. S.K. Família com idosos:Ninhos vazios? Texto para Discussão-IPEA, v.950, p.1-20. 2003.

CAMARANO, A. M. Muito além dos 60:os novos idosos brasileiros. Rio de Janeiro: IPEA. 1999

CARVALHO, M. C. R. D., ACCIOLY, J.H, RAFFIN, F.N. Representações sociais do medicamento genérico por usuários. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.42, n.n 4, dez.2006. 2006.

DIAS, D. M. S. B., SILVA, D.V. Os avós:uma revisão de literatura nas últimas três décadas. Rio de Janeiro:Nau T. Férres- Carneiro. 1999 (Casal e família, entre a tradição e a

transformação)

DOS SANTOS, S. R., I. B. SANTOS, et al. [Quality of life of the elderly in the community: application of the Flanagan scale]. Rev Lat Am Enfermagem, v.10, n.6, Nov-Dec, p.757-64. 2002.

(48)

FIDELIX, M. S. P. Nutrição e alimentação no idoso. Rev. Racine, v.n. 79, ano XIV, marc. / abr., p. 40-48, . 2004.

FLECK, M. P. A. The World Health Organization instrument to evaluate quality of life.(WHOQOL-100):characteristics and perspectives. Cien Saude Colet, v.5, n.n1. 2000. GEORGE, L. K., BEARON L.B. Quality of life in older persons: meaning and

measurement. New York. 1980 (Human Sciences Press)

GONZÁLEZ, M. N. Symposium de calidade de vida: generalidades, mediciones utilizadas en medicina, elementtos que la componen. Arch Reumatol, v.4(1), p.40-2. 1993.

GROUP, T. W. The World Health organization quality of life assessment: position paper from the WHO. Soc Sci Med, p.41:1403. 1995.

HOLLOWAY, I. E S. Wheeler. Ethical issues in qualitative nursing research. Nurs Ethics, v.2, n.3, Sep, p.223-32. 1995.

HORNQUIST, J. O. Quality of Life:concep and assessment. Scan J Soc Med, p.18:69-79. 1990.

KUYKEN, W., ORLEY, J. Measuring Quality of Life: The World Health Organization project to develop a Quality of Life assessment (The WHOQOL). WHO. 1994

MORAES, C. F., E. R. Souza, et al. A common polymorphism in the renin angiotensin system is associated with differential outcome of antihypertensive pharmacotherapy prescribed to Brazilian older women. Clin Chim Acta, v.396, n.1-2, Oct, p.70-5. 2008. MORAGAS, R. Gerontologia social: envelhecimento e qualidade de vida. São Paulo: Paulinas. 1997

NERI, A. L., Et Al. Qualidade de vida na Velhice: enfoque multidisciplinar. Campinas: Alínea. 2007

NERI, A. L., Pavarini, Sci. A dependência comportamental na velhice. Congresso interamericano de psicologia. São Paulo. jul 6-11, 1997. pp 80 p.

NOBREGA, O. T., V. P. FALEIROS, et al. Gerontology in the developing Brazil: achievements and challenges in public policies. Geriatrics and Gerontology International, v.9, p.135-139. 2009.

NOBREGA, O. T., G. F. MELO, et al. Pattern of drugs prescribed for community-residing middle-aged and older adults from the outskirts of Brasília. Brazilian Journal of

Pharmaceutical Sciences, v.41, n.2, p.271-277. 2005.

(49)

PAIM, J. S. Direito à saúde, cidadania e estado. VIII Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 1986. 45-59 p.

PEREIRA, D. E. C. Qualidade de Vida na terceira Idade e sua relação com o trabalho no grupo de terceira Idade ''Amor e Carinho" de Santa Terezinha de Itaipu. . (Doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC, Florianópolis SC, 2002.

IBGE. Perfil dos idosos responsáveis pelo domicílio. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e estatística 2007.

QUEIROZ, M. I. P. Relatos orais: do "indizível" ao "dizível" Enciclopédia Aberta de Ciências Sociais. O. M. Von Simson. São Paulo: Vértice Editora Revista dos Tribunais. 5:

68-80 p. 1998.

REINERT, M. Alceste, une méthodolgie d'analyse des données textuelles et une application. Paris: Aurélia de G. Nerval, v.26. 1990. 24 p. (Bull Methodol Social)

ROZENFELD, S. Prevalência, fatores associados e mal uso de medicamentos entre os idosos: uma revisão. Cad Saúde Pública RJ, v.19, mai/jun, p.717-724. 2003.

RUFFINO, A. N. Qualidade de Vida: compromisso histórico da epidemiologia. Saúde em Debate, p.35:63-7. 1992.

SANTOS, S. R., SANTO, I.B.C, FERREIRA, M.G.M, HENRIQUES, E.R.M. Qualidade de Vida do idoso na comunidade: Aplicação da Escala de Flanagan. Ver Latino - Americano de Enfermagem, v.10 n. 6, nov/dez. 2002.

VASCONCELOS, A. M. N., PEREIRA, M.G. Envelhecimento da população brasileira. Brasília: Editora Universa, v.92. 2007. 9-18 p. (Envelhecimento e Saúde)

VECCHIA, R. D., Et Al. Qualidade de Vida na terceira idade:um conceito subjetivo. Rev Bras Epidemiologia v.8 n.3, p.246-252. 2005.

VEEHOF, L. J. G., Et Al. The development of polypharmacy: a longitudinal study. Farm Pract, v.17(3)261-7. 2000.

(50)

Anexo A

“PROJETO PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO”.

O envelhecimento pode ocasionar doenças ou o agravamento de suas manifestações no organismo, diminuindo a Qualidade de vida da pessoa. E uma parcela considerável da população encontra-se envelhecendo com fragilidade, uma vez que desenvolve alguma forma de dependência. Diante dessas considerações e objetivando contribuir tanto acadêmica quanto socialmente para o processo do envelhecimento populacional, a Universidade Católica de Brasília (UCB-DF) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) estão trabalhando juntas na busca por conhecer as maiores vulnerabilidades do idoso brasileiro e compreender as causas desta vulnerabilidade, de modo a gerar conhecimento e proporcionar uma melhor Qualidade de vida para a população idosa do Distrito Federal e da região metropolitana de São Paulo

Assim, necessitamos do seu consentimento para realizarmos uma avaliação sobre vários aspectos relacionados com sua saúde física e condição de vida, incluindo informações sobre sua condição socioeconômica, como utiliza medicamentos, se e como utiliza de meios modernos de acesso à informação (internet) e sobre o auto conceito que apresenta, entre outras informações. Em seguida, o(a) senhor(a) poderá ser convidado(a) a continuar estes estudos participando de séries de entrevistas individuais ou coletivas, grupos de intervenção, atendimentos clínicos especializados (médico, nutricionais, farmacológicos, psicoterapêuticos, etc) para avaliarmos se determinada estratégia contribuirá para melhorar sua Qualidade de vida. Esta pesquisa poderá possibilitar uma melhoria da compreensão do processo de envelhecimento do ser humano, o que por sua vez permitirá melhorar o atendimento e o aconselhamento prestados a pessoas idosas assistidas tantos pelos programas públicos e quantos privados de saúde.

Dependendo dos resultados e de sua avaliação, o(a) senhor(a) poderá ser incluído(a) no grupo de portadores ou não-portadores de alguma doença.

Universidade Católica de Brasília Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

(51)

ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Em concordância ao parecer MS 196/96. Declaro que fui esclarecida e aceito, livremente participar desta pesquisa intitulada: ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA EM UM GRUPO DE IDOSAS RESIDENTES NO DISTRITO FEDERAL, ASSISTIDAS PELO PROJETO “PROMOÇÃO DA SAÚDE DO IDOSO”,

Fui informada de que não terei pagar pelos atendimentos.

Fui informada que poderei a qualquer momento recusar-me a continuar, retirando meu consentimento sem sofrer qualquer penalização.

Fui informada que participarei de uma entrevista que será gravada e analisada, mas que tal procedimento não comprometerá minha atividade cotidiana.

Fui informada que o trabalho não ofereça nenhum risco à minha saúde, já que não realizarei movimentos anormais, não terei mudança da minha rotina, não entrarei em contato com quaisquer substâncias nocivas, nem terei qualquer instrumento introduzido em meu corpo. Fui informada que minha identidade será mantida sobre rigoroso sigilo, e os dados gerados serão mantidos exclusivamente sob a guarda da pesquisadora Juliana Oliveira de Toledo, não sendo permitido acesso aos mesmos por indivíduos alheios à pesquisa, sendo ainda assegurada a preservação de minha integridade física.

Fui informada que o pesquisador responsabilizar-se-á por qualquer dano que eu venha a sofrer no âmbito deste estudo e que posso optar por ter ou não ter acesso aos resultados do estudo. O pesquisador responsável me explicou que os dados obtidos na entrevistas poderão ser utilizados em outros projetos e pesquisas em outros projetos de pesquisa, mas que a cada nova utilização, serei contactada para conceder minha autorização. Assim por meio deste documento confirmo minha participação voluntária:

Identidade:... Tel.:...

________________________________________________________ Assinatura do declarante

Declaração do pesquisador

Declaro, para fins da realização da pesquisa, que cumprirei todas as exigências acima, na qual obtive de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima, qualificado para a realização desta pesquisa.

Assinatura do pesquisador responsável:________________________ FONE DE CONTATO: 61-3356-9693 ou 61-33569693 ou 61-84462303.

Características do Projeto

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa EPCT Q.S. 7, lote 1 - Águas Claras CEP: 72030-170 - Brasília – DF

http://www.ucb.br

(52)

Imagem

Gráfico 1: Pirâmides populacional no Brasil em milhões de pessoas.   Fonte: IBGE, 2001
Gráfico 2. Análise fatorial de correspondencia representado em coordenadas.
TABELA I - Classes semânticas provenientes das entrevistas realizadas com 20 idosas usuários de  medicamentos em Brasília/DF Jun 2009
Tabela A- Descrição de palavras da classe 1
+6

Referências

Documentos relacionados

O gráfico nº11 relativo às agências e à escola representa qual a percentagem que as agências tiveram no envio de alunos para a escola Camino Barcelona e ainda, qual a percentagem de

RESUMO: Busca-se neste trabalho analisar a fotografia como objeto de estudo nas áre- as da Arquivologia e Ciência da Informação a partir do levantamento, da leitura e da análise

The  surface  immunglobulin  that  serves  as  the  BCR  has  two  functions  in  B‐cell  activation.  First,  like  the  antigen  receptor  on  T  cells, 

Ninguém quer essa vida assim não Zambi.. Eu não quero as crianças

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No

ITIL, biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação, é um framework que surgiu na década de mil novecentos e oitenta pela necessidade do governo

Este trabalho traz uma contribuição conceitual sobre a utilização do sistema de gestão de produtividade que poderá motivar futuras pesquisas sobre o tema, bem

O objetivo deste artigo é justamente abordar uma metodologia alternativa para a elaboração de análises contábeis e financeiras, denominada de balanço perguntado e