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Indução Matemática

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Academic year: 2022

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Texto

(1)

Indução Matemática

George Darmiton da Cunha Cavalcanti CIn - UFPE

(2)

Introdução

• Qual é a fórmula para a soma dos primeiros n inteiros ímpares positivos?

• Observando os resultados para um n pequeno, encontra-se um resultado n

2

• É necessário provar que essa suposição é verdadeira.

• Indução matemática é uma ferramenta importante

para provar assertivas como essa.

(3)

Introdução

• Indução matemática é usada para provar resultados em uma grande variedade de objetos discretos

– Complexidade de algoritmos

– Corretude de alguns tipos de programas de computador

– Teoremas sobre grafos e árvores

– E uma grande quantidade de inequações

(4)

Princípio da Indução Matemática

• Seja P(n) um predicado definido para os inteiros n, e seja n0 um inteiro fixo.

• Suponha que as duas afirmações seguintes sejam verdadeiras:

1. P(n0) é Verdadeira (V).

2. Para todos inteiros k n0, se P(k) é V então P(k +1) é V.

Logo, a afirmação para todos inteiros n n0, P(n) é V.

(5)

Princípio da Indução Matemática

• A prova por indução matemática de que P(n) é verdadeira para todo inteiro n consiste de dois passos

Passo base

A proposição P(1) é verdadeira Passo indutivo

A implicação P(k) → P(k+1) é verdadeira para

todos os inteiros positivos k.

(6)

Princípio da Indução Matemática

Este princípio pode ser expresso pela seguinte regra de inferência:

Numa prova por indução matemática não é assumido que P(k) é verdadeiro para todos os inteiros. É mostrado que se for assumido que P(k) é verdadeiro, então P(k +1) também é verdadeiro.

(7)

Exemplo 1

Prove que para todos inteiros n≥1,

Prova por indução matemática

Passo Base

P(1), para n0=1, tem-se 1 = 1(1+1)/2 = 1 A fórmula é verdadeira para n0=1

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(8)

Exemplo 1

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

para algum inteiro k ≥ 1.

Deve-se mostrar que

(9)

Exemplo 1

(10)

Exemplo 2

Prove que para todos inteiros n≥0,

ERRADO

Passo Base

P(0), para n0=0, tem-se 0 = 0(0+2)/2 = 0 A fórmula é verdadeira para n0=0

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(11)

Exemplo 2

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(12)

Assim, não foi possível derivar a conclusão a partir da hipótese. Isto significa que o predicado original é falso.

Exemplo 2

(13)

Exemplo 3

Prove que

para todos inteiros n≥0 e para todos números reais r, r ≠ 1.

Passo Base

P(0), para n0=0, tem-se r0=1=(r0+1-1)/(r-1)=(r-1)/(r-1)=1 A fórmula é verdadeira para n0=0

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(14)

Exemplo 3

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(15)

Exemplo 3

(16)

Exemplo 4

Prove que para n≥1.

Passo Base

P(1), para n0=1, tem-se 22×1-1= 22-1= 4-1=3 que é divisível por 3

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(17)

Exemplo 4

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(18)

Exemplo 4

que é divisível por 3.

(19)

Exemplo 5

Prove que

para n≥0.

Passo Base

P(0), para n0=0, tem-se 20 = 1 = 20+1-1 = 21-1 = 2-1 = 1

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(20)

Exemplo 5

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(21)

Exemplo 5

(22)

Exemplo 6

Prove que para n≥0.

Passo Base

P(0), para n0=0, tem-se H20= H1= 1

1+0/2 = 1 Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(23)

Exemplo 6

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(24)

Exemplo 6

(25)

Exemplo 7

Dada a seqüência a

1

, a

2

, a

3

, ... definida como

Prove que a

n

= 2 ×××× 5

n-1

para n≥1

Passo Base

P(1), para n0=1, tem-se a1= 2 = 2

×

51-1 = 2

×

1 = 2 Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(26)

Exemplo 7

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(27)

Exemplo 7

(28)

Exemplo 8

Prove que para n≥1.

Passo Base

P(1), para n0=1, tem-se 13-1 = 1-1=0 que é divisível por 3.

Passo Indutivo

se a fórmula é verdadeira para n = k então deve ser verdadeira para n=k+1, ou seja, P(k)

P(k +1).

(29)

Exemplo 8

Supondo que a fórmula é verdadeira para n=k

Deve-se mostrar que

(30)

Exemplo 8

que é divisível por 3.

(31)

Indução Matemática Forte

Os passos para mostrar que o proposição P(n) é verdadeiro para todos os inteiros positivos n são:

Passo Base

A proposição P(1) é verdadeira Passo Indutivo

[P(1)

P(2)

...

P(k)]

P(k+1) é verdadeira para todo inteiro positivo k

Indução matemática forte é conhecida também como o segundo princípio da indução matemática

As duas formas de indução matemática são equivalentes

(32)

Exemplo

Considerando a seqüência definida por

Deseja-se mostrar, usando o segundo princípio da indução,

que a

n

= 2

n

, para qualquer n ∈ ∈ ∈ ∈ N

0

.

(33)

Exemplo

Passo Base

P(0), para n0=0, tem-se a0=1 = 20. Passo Indutivo

Seja k

∈ ∈ ∈ ∈

S e admite-se que para todo t tal que 0

≤≤≤≤

t

≤≤≤≤

k, se tem at = 2t (pode-se supor que k

≥≥≥≥

1, porque para k = 1 tem- se a1 = 2 = 21, ou seja, 1

∈ ∈ ∈ ∈

S).

Deseja-se provar que k+1

∈ ∈ ∈ ∈

S.

Como k

≥≥≥≥

1, então ak = 2k e ak−1 = 2k−1. Assim sendo,

(34)

Exemplo

Assim, k+1

∈ ∈ ∈ ∈

S.

Usando o segundo princípio da indução, tem-se que S = N0.

(35)

Propriedade da boa ordenação

• Princípio:

– Seja S um conjunto de um ou mais números inteiros que são maiores que um dado inteiro fixo. Então S tem um elemento que é menor de todos.

– Todo conjunto não-negativo de inteiros possui

um elemento que é o menos de todos.

(36)

Princípio da Indução

(37)

Princípio da Indução

• Demonstração

– Com vista a um absurdo, admitamos que S

≠≠≠≠

Nm. – Sabendo que S

⊆ ⊆ ⊆ ⊆

Nm, então A = Nm– S é um

subconjunto não vazio de Nm.

– Atendendo ao princípio da boa ordenação A possui um primeiro elemento t. Como t

∈ ∈ ∈ ∈

Nm, então t

≥≥≥≥

m.

– Mas por (i), m

∈ ∈ ∈ ∈

S e como t

∉ ∉ ∉ ∉

S, então t > m.

– Assim, t−1

≥≥≥≥

m, isto é, t−1

∈ ∈ ∈ ∈

Nm.

– Porque t é o primeiro elemento de A, t−1

∉ ∉ ∉ ∉

A, então t−1

∈ ∈ ∈ ∈

S.

– Assim, por (ii), se [(t−1)

∈ ∈ ∈ ∈

S] então [t = (t −1)+1

∈ ∈ ∈ ∈

S], o que é uma contradição.

– Portanto, S = Nm.

Referências

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