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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL.

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Academic year: 2022

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UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL.

Rodrigo Koch¹, Lucas Albuquerque Crivelentte¹, Julio César Bertoso de Lima¹, Cacilda Rocha Hildebrand², Gustavo Cristofoletti³

RESUMO

A capacidade funcional pode ser definida como aptidão do indivíduo em desempenhar suas atividades da vida diária, sem disfunção ou limitações. A hospitalização é seguida, em geral, por uma diminuição da capacidade funcional e mudanças na qualidade de vida, muitas vezes, irreversíveis. O objetivo desse estudo foi avaliar a capacidade funcional de pacientes internados no setor de clínica médica do Hospitalar Universitário Maria Aparecida Pedrossian, Campo Grande, MS. Trata-se de um estudo observacional analítico e transversal.

A avaliação da capacidade funcional se realizou através do Índice de Barthel. Foram elegíveis 84 pacientes, em sua maioria idosos, brancos e de baixa escolaridade. Foi verificado que o período de internação exerceu influência sobre o índice de capacidade funcional de todos os sujeitos analisados (p=0,001), ocorrendo um declínio funcional com a hospitalização e uma leve recuperação na alta, estando, essa recuperação, associada, principalmente, a um maior nível de capacidade funcional na data da internação.

Palavras-chave: Capacidade funcional, tempo de hospitalização, alta hospitalar e Índice de Barthel

ABSTRACT Keywords:

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A capacidade funcional pode ser definida como aptidão do indivíduo em desempenhar suas atividades da vida diária, sem disfunção ou limitações, sendo diretamente influenciada por fatores demográficos, socioeconômicos, culturais e psicossociais. Possui relação com a produtividade, qualidade de vida e outras consequências sobre a saúde do indivíduo. É utilizada como marcador de qualidade de vida, permitindo medir o quanto o indivíduo pode realizar de suas atividades diárias ou, o quanto perdeu desta habilidade (OMS, 2003; FARIAS

& BUCHALLA 2005).

Embora o conceito de capacidade funcional seja bastante complexo, abrangendo os conceitos de deficiência, incapacidade, desvantagem, assim como os de autonomia e independência, na prática trabalha-se com o conceito de capacidade/incapacidade. A incapacidade funcional define-se pela dificuldade ou impossibilidade no desempenho de certos gestos e de certas atividades da vida cotidiana, influenciando diretamente na qualidade de vida das pessoas por tratar-se de um limitador para a autonomia e habilidades físicas e mentais (ROSA et al, 2003; OMS, 2003).

A etiologia da incapacidade funcional é considerada uma combinação de fatores intrínsecos (demográficos e de saúde) e extrínsecos (condições ambientais e processos de cuidado), sendo que, idade avançada, presença de múltiplas comorbidades, cognição prejudicada, delírio, depressão e uso de vários medicamentos predispõem o idoso a um maior risco de perda funcional (VOLPATO et al, 2007).

A hospitalização, embora necessária à recuperação da saúde dos indivíduos, pode estar relacionada com a piora da capacidade funcional dos mesmos, com maior risco para os idosos. Em geral, a hospitalização, é seguida por uma diminuição da capacidade funcional e mudanças na qualidade de vida, muitas vezes, irreversíveis (SIQUEIRA et al. 2004).

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A idade pode ser considerada como um fator associado ao declínio funcional, em virtude da diminuição do potencial de recuperação. As causas do comprometimento funcional são multifatoriais e cumulativas, incluindo a patologia, os procedimentos realizados, repouso no leito, uso de amarras e dispositivos restritivos, infecções hospitalares, medicamentos, desnutrição e limitação da atividade física. O medo de cair também pode contribuir para a auto-limitação do nível de atividade e tempo para sair da cama quando hospitalizado (WONG, MILLER, 2008; BOLTZ et al, 2012).

O ambiente hospitalar em si pode apresentar obstáculos à independência funcional.

Trata-se de um ambiente hostil, onde as condições físicas muitas vezes não são favoráveis, que afasta o paciente de seus pertences e do convívio social e familiar, além de causar uma mudança drástica na dieta. Todos esses fatores, dentre outros já citados, favorecem as incapacidades e, por conseguinte, a dependência funcional (MENZES, OLIVEIRA, MENEZES, 2010).

Nesse sentido, cabe aos profissionais da saúde encontrar maneiras de minimizar a perda da capacidade funcional, diminuindo, assim, as consequências do período de hospitalização.

Durante a pesquisa bibliográfica foram encontrados diversos artigos relacionados a avaliação da capacidade funcional nos idosos (PARADA et al., 2012; PAVONI et al., 2012;

MENEZES; OLIVEIRA; MENEZES, 2010; MAÑAS et al., 2005; PALLESCHI et al., 2011).

Contudo, não foram encontrados estudos que avaliam a população adulta de uma forma geral.

A avaliação nesta população torna-se de extrema importância para verificar os impactos da hospitalização sobre a mesma, principalmente considerando que ainda encontra-se em idade produtiva.

Neste contexto, esse estudo observacional de caráter transversal, tem como objetivo principal avaliar a evolução da capacidade funcional dos pacientes internados no setor de

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Clínica Médica do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul de Campo Grande/MS (HU/UFMS).

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MÉTODOS

Trata-se de um estudo observacional analítico, de caráter transversal, realizado com usuários do SUS internados na enfermaria de Clínica Médica do HU/UFMS.

Foram incluídos no estudo pacientes maiores de 18 anos de ambos os sexos, internados há menos de 48 horas na enfermaria de clínica médica da instituição. Foram excluídos do estudo os pacientes que se recusaram a assinar o Termo de Consentimento Livre Esclarecido, indígenas, quilombolas e institucionalizados, e aqueles que não responderam as três avaliações deste estudo ou que foram transferidos de enfermaria durante a internação, totalizando 84 paciente elegíveis para o estudo.

Para a coleta de dados foram utilizados uma entrevista com perguntas gerais e o Índice de Barthel. O primeiro consistiu em uma entrevista para a obtenção de dados gerais (idade, sexo, etnia, estado civil e escolaridade), além de dados referentes a internação dos participantes. Já o segundo correspondeu ao Índice de Barthel, destinado a avaliação da capacidade do indivíduo para desenvolver algumas atividades básicas de vida diária (ABVD’s). Avalia o nível de independência e autocuidado de pacientes em 10 atividades básicas de vida diária, variando de 0 a 100 pontos, onde uma pontuação mais baixa indica um maior nível de dependência na realização das ABVD’s (Guimarães, Guimarães, 2004).

Para a estratificação do Índice de Barthel em níveis, nessa pesquisa foi utilizada a proposta de Granger e colaboradores (1979), na qual uma pontuação menor do que 60 corresponde a dependência severa, um escore entre 60 e 80 caracteriza como dependência moderada e um escore igual ou superior a 85 traduz independência, necessitando apenas de uma assistência mínima (ARAUJO et al., 2007; SULTER, STEEN, KEYSER, 1999).

Após a seleção dos pacientes foi realizada a coleta de dados demográficos e referentes a internação e aplicado o Índice de Barthel. O Índice de Barthel foi aplicado em dois momentos: 1º momento – Data da seleção: quando foram realizadas duas avaliações do

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estado funcional: a primeira referente ao estado funcional do paciente em casa, antes do aparecimento dos sintomas que o levaram a internação (avaliação 1); e a segunda avaliou o estado funcional do paciente na data da entrevista (avaliação 2). O 2º momento correspondeu a avaliação realizada na data da alta hospitalar (avaliação 3).

Os dados coletados foram processados e tabulados pelo Microsoft Excel 2007. Para a análise utilizou-se a estatística descritiva relacionando-se as variáveis: idade, etnia, sexo, estado civil e escolaridade, dentre os grupos de níveis de dependência funcional.

Os resultados foram apresentados através de estatística descritiva, utilizando frequências absoluta (n) e relativa (%), média e erro padrão. Os procedimentos estatísticos inferenciais foram executados no software SPSS Statistics (versão 20.0), por meio do teste de Análise de Variâncias de Medidas Repetidas, com nível de significância de 5% (p<0,05) e um intervalo de confiança de 95%. Para verificar o tamanho do efeito das análises, foi aplicado o teste partial eta squared (ηp²) e poder da amostra.

Este estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, parecer número: 173.017. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi lido e entregue para cada participante da pesquisa em 2 vias.

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RESULTADOS

Durante o período do estudo foram selecionados 123 indivíduos que se encaixaram nos critérios de inclusão. Destes foram excluídos 16 (13%) que se recusaram assinar o TCLE, oito (8) pacientes como perda amostral devido a óbito durante o período de internação e outros 15 pacientes, por terem sido transferidos para outras enfermarias Fizeram parte do estudo então um total de 84 indivíduos.

Na tabela 1 são apresentados os dados referentes à distribuição de variáveis sociodemográficas, nível de dependência e especialidade de internação dos pacientes na avaliação realizada no momento da internação (avaliação 2). Na tabela 2 são apresentados os mesmos dados, porém referentes a avaliação realizada na data da alta hospitalar (avaliação 3).

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Tabela 1. Distribuição de variáveis sociodemográficas, nível de dependência e especialidade de internação, de pacientes adultos internados na enfermaria de clínica média do NHU/UFMS na avaliação 2 (n=84).

Variáveis

Nível de dependência na avaliação na

admissão na Clinica Médica Grave

(n=35) Moderada (n=13)

Leve ou Independente

(n=36) Total P

valor

N % N % N % n %

Sexo

0,468

Masculino 15 42,9 8 61,5 19 52,8 42 50,0

Feminino 20 57,1 5 38,5 17 47,2 42 50,0

Idade

0,338

Jovens (até 20 anos) 0 0,0 1 7,7 2 5,6 3 3,6

Adultos (20 a 59 anos) 12 34,3 3 23,1 16 44,4 31 36,9 Idosos (mais de 60 anos) 23 65,7 9 69,2 18 50,0 50 59,5 Etnia

0,117

Negro 1 2,9 1 7,7 7 19,4 9 10,7

Branco 23 65,7 6 46,2 15 41,7 44 52,4

Pardo 11 31,4 6 46,2 14 38,9 31 36,9

Estado Civil

0,595

Solteiro 9 25,7 1 7,7 4 11,1 14 16,7

Casado 10 28,6 4 30,8 15 41,7 29 34,5

Divorciado 5 14,3 1 7,7 3 8,3 9 10,7

Viúvo 8 22,9 4 30,8 9 25,0 21 25,0

União Estável 3 8,6 3 23,1 5 13,9 11 13,1

Nível de ensino

0,899

Nunca estudou 8 22,9 3 23,1 7 19,4 18 21,4

Fundamental Incompleto 16 45,7 5 38,5 16 44,4 37 44,0

Fundamental Completo 3 8,6 2 15,4 4 11,1 9 10,7

Médio Incompleto 0 0,0 1 7,7 2 5,6 3 3,6

Médio Completo 4 11,4 1 7,7 5 13,9 10 11,9

Superior Incompleto 2 5,7 0 0,0 2 5,6 4 4,8

Superior Completo 2 5,7 1 7,7 0 0,0 3 3,6

Especialidade de Internação

0,021

Clínica Geral 15 42,9 7 53,8 11 30,6 33 39,3

Cardiologia 6 17,1 3 23,1 16 44,4 25 29,8

Neurologia 10 28,6 3 23,1 1 2,8 14 16,7

Reumatologia 3 8,6 0 0,0 4 11,1 7 8,3

Nefrologia 1 2,9 0 0,0 4 11,1 5 6,0

Nota: O valor de p refere-se ao teste Qui-Quadrado.

Não foram observadas diferenças nas proporções entre os sexos. A maior parte da amostra constituiu-se por indivíduos idosos (60%), brancos (52%), e de baixa escolaridade, uma vez que 21,4% nunca estudaram e 54,7% até o ensino fundamental. No que se refere às

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especialidades pelas quais os pacientes foram internados, encontramos 39,3% dos pacientes internados pela clínica geral, 29,8% pela cardiologia, 16,7% pela neurologia, 8,3% pela reumatologia e 6% pela nefrologia.

Com relação à avaliação do paciente na admissão no setor de clínica médica, entre os que apresentaram nível de dependência grave, a maioria era do sexo feminino (57,1%), idoso (65,7%), de etnia branca (65,7%), baixa escolaridade (45,7%) e internado pela especialidade de clínica geral (42,9%).

Entre os pacientes que apresentaram dependência moderada, a maioria era do sexo masculino (61,5%), idoso (69,2%), na mesma proporção de brancos e pardos (46,2%), de baixa escolaridade (38,5%) e internados pela clínica geral (53,8%).

E aqueles que possuíam dependência leve ou eram independentes em sua maioria eram do sexo masculino (52,8%), idosos (50%), brancos (41,7%), de baixa escolaridade (44,4%) e internados pela cardiologia (44,4%).

Pela análise estatística foi obervada diferença significativa quando comparados o Índice de Barthel e as especialidades de internação (p=0,021).

Considerando a totalidade de pacientes internados em cada especialidade, foi observado que a clínica de neurologia é a que apresenta maior dependência funcional, onde 10 pacientes (71,4 %) foram classificados com grave dependência funcional. As clínicas de Cardiologia e Nefrologia apresentaram menores níveis de incapacidade funcional onde 16 (64,0%) e 4 (80,0%) pacientes respectivamente foram classificados com nível de independência, ou dependência funcional leve.

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Tabela 2. Distribuição de variáveis sociodemográficas, nível de dependência e especialidade de internação dos pacientes adultos internados na enfermaria de clínica média do NHU/UFMS na avaliação 3 (n=84).

Variáveis

Nível de dependência na avaliação na alta

na Clinica Médica

Grave

n=25 Moderada n=16

Leve ou Independente

n=43

Total P

valor

N % N % N % n %

Sexo

0,195

Masculino 10 40,0 11 68,8 21 48,8 42 50,0

Feminino 15 60,0 5 31,3 22 51,2 42 50,0

Idade

0,210

Jovens (até 20 anos) 0 0,0 0 0,0 3 7,0 3 3,6

Adultos (20 a 59 anos) 7 28,0 5 31,3 19 44,2 31 36,9 Idosos (mais de 60 anos) 18 72,0 11 68,8 21 48,8 50 59,5 Etnia

0,117

Negro 1 4,0 0 0,0 8 18,6 9 10,7

Branco 16 64,0 10 62,5 18 41,9 44 52,4

Pardo 8 32,0 6 37,5 17 39,5 31 36,9

Estado Civil

0,700

Solteiro 5 20,0 2 12,5 7 16,3 14 16,7

Casado 6 24,0 5 31,3 18 41,9 29 34,5

Divorciado 5 20,0 1 6,3 3 7,0 9 10,7

Viúvo 6 24,0 5 31,3 10 23,3 21 25,0

União Estável 3 12,0 3 18,8 5 11,6 11 13,1

Nível de ensino

0,788

Nunca estudou 6 24,0 5 31,3 7 16,3 18 21,4

Fundamental Incompleto 11 44,0 8 50,0 18 41,9 37 44,0 Fundamental Completo 3 12,0 1 6,3 5 11,6 9 10,7

Médio Incompleto 0 0,0 0 0,0 3 7,0 3 3,6

Médio Completo 3 12,0 0 0,0 7 16,3 10 11,9

Superior Incompleto 1 4,0 1 6,3 2 4,7 4 4,8

Superior Completo 1 4,0 1 6,3 1 2,3 3 3,6

Especialidade de Internação

0,069

Clínica Geral 11 44,0 7 43,8 15 34,9 33 39,3

Cardiologia 4 16,0 5 31,3 16 37,2 25 29,8

Neurologia 9 36,0 2 12,5 3 7,0 14 16,7

Reumatologia 1 4,0 1 6,3 5 11,6 7 8,3

Nefrologia 0 0,0 1 6,3 4 9,3 5 6,0

Nota: O valor de p refere-se ao teste Qui-Quadrado.

(11)

Observa-se que a maior parte daqueles que mantinham um nível de dependência grave era do sexo feminino (60%), idosa (72%), etnia branca (64%), baixa escolaridade (44%) e internado pela especialidade clínica geral (44%).

O grupo de pacientes que, no momento da alta, tinham um nível de dependência moderado era, em sua maioria, formado por homens (68,8%), idosos (68,8%), de etnia branca (62,5%), com baixa escolaridade (50%) e internados pela clínica geral (43,8%),

Observa-se que em ambas as avaliações as mesmas características da população no momento da internação foram observadas no momento da alta.

Já os pacientes com nível de dependência leve ou independência, eram principalmente, do sexo feminino (51,2%), idosos (48,8%), de etnia branca (41,9%), baixa escolaridade (41,9%) e internados pela cardiologia (37,2%).

O tempo de internação hospitalar variou de 4 a 100 dias, com média de 19±1,76 dias.

Já o tempo de internação na enfermaria de clínica médica variou de 2 a 59 dias, com média de 11,4±1,08 dias.

Esses pacientes tiveram como origem de internação na clínica médica o pronto atendimento médico em 76,2% dos casos, o centro de terapia intensiva 8,3%, unidade coronariana 14,3% e outras unidades 1% dos casos.

Considerando a divisão por clínicas, média e erro padrão dos valores obtidos nas avaliações do Índice de Barthel, observamos as linhas de progressão conforme a figura 01.

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Figura 01 – Média e erro padrão dos valores do Índice de Barthel nas avaliações 1, 2 e 3.

Para analisar a relação da capacidade funcional dos pacientes segundo a especialidade de internação, foi aplicado o teste de Análise de Variâncias para medidas repetidas, que comparou os valores segundo a ótica dos grupos, divididos por especialidades, o momento, no qual foi realizada a avaliação do índice de Barthel (Avaliação 1, 2 e 3) e a interação grupo de acordo com o momento da avaliação. O referido teste apontou diferença significativa entre os grupos quanto ao escore de Barthel (F=3,397; p=0,013; ηp²=0,147; poder de 83,03%), mostrando que os mesmos são estatisticamente diferentes entre si. Quanto ao momento, observamos que o período de internação exerceu influência sobre o índice de capacidade funcional de todos os sujeitos analisados (F=28,451; p=0,001; ηp²=0,265; poder de 99,99%).

Já a interação “especialidade” X “momento da avaliação”, onde se analisa a interferência da internação hospitalar por grupo e por momento, observamos que houve uma diferença entre os valores obtidos pelos sujeitos de todos os grupos, apontando, na interação, um maior declínio físico-funcional dos usuários internados na especialidade de neurologia (F=3,575; p=0,001; ηp²=0,153; poder 98,01%). Observou-se que o grupo neurologia obteve uma pior avaliação nos momentos 2 e 3 quando comparada ao momento 1.

Comparando agora apenas os momentos 2 e 3, ou seja, avaliação realizada na data da internação na clínica médica e a realizada no dia da alta, chegou-se aos seguintes dados: 1º)

(13)

Pela análise dos grupos, obtivemos uma diferença significativa (F=4,021; p=0,005; ηp²=0,169;

poder de 89,44%), ou seja, os pacientes chegaram com comprometimento funcional diverso, segundo a especialidade clínica; 2º) Pela análise longitudinal dos momentos, observamos que os grupos apresentaram declínio físico com sua internação (F=13,128; p=0,001; ηp²=0,142;

poder de 94,72%), e; 3º). Pela interação “especialidade” e “momento da avaliação”, não constatamos diferença significativa, ou seja, não houve, neste momento, uma maior influência ou declínio de um grupo específico, relacionado a especialidade de internação (F=1,505;

p=0,209; ηp²=0,071; poder de 44,61%).

A figura 02 demonstra a relação do índice funcional dos sujeitos quando da sua internação no setor de clinica médica até a sua alta. Pela análise de correlação observamos que estas variáveis estão altamente correlacionadas, de maneira diretamente proporcional (r=0,903; p=0,001).

Figura 02 – Relação do índice funcional na internação no setor de clínica médica até a alta do paciente do Núcleo do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian.

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DISCUSSÃO

Nesse trabalho avaliou-se a capacidade funcional dos pacientes internados no setor de clinica médica do Núcleo do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, utilizando- se o Índice de Barthel.

Siqueira e colaboradores (2004), em estudo realizado com idosos durante a internação hospitalar em enfermaria geriátrica, verificaram uma discreta predominância do sexo feminino, um maior número de pacientes de etnia branca e de baixa escolaridade, dados que vão ao encontro do presente estudo no qual a maioria dos pacientes era de etnia branca, baixa escolaridade, porém não sendo verificada diferença entre os sexos. O mesmo resultado foi encontrado em estudo realizado por Moraes, Fonseca e di Leoni (2005), em que foi avaliada a capacidade funcional de pacientes após alta da Unidade de Terapia Intensiva.

Não foram encontradas, nesse estudo, diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis sócio demográficas (sexo, idade, etnia, escolaridade e estado civil) e o índice de barthel, corroborando com dados da literatura. Siqueira e colaboradores (2004), em seu estudo, não encontraram associação entre a faixa etária e capacidade funcional, porém foi encontrada associação entre a capacidade funcional e a escolaridade, onde quanto mais alto o nível de escolaridade menor o relato de incapacidade.

Descrevendo os resultados funcionais referentes ao momento de internação do paciente no setor de clínica médica, não foi observada diferença entre pacientes com dependência grave e dependência leve ou independência (n=35 e 36 respectivamente), dados que diferem dos resultados encontrados por Siqueira e colaboradores (2004), onde a maioria dos pacientes pesquisados foi internada com uma capacidade funcional bastante reduzida.

Essa diferença pode justificar-se pelo fato da avaliação da capacidade funcional dos pacientes não ter sido realizada na data da internação hospitalar e sim na data da internação desse paciente no setor de clínica médica, ou seja, antes da avaliação o paciente já se

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encontrava internado na instituição. Foi observada uma diferença nos tempos de internação hospitalar e no setor de clínica médica 19±1,76 e 11,4±1,08 dias, respectivamente.

No presente estudo foi encontrada influência do período de internação sobre o índice de capacidade funcional de todos os sujeitos analisados, porém não sendo possível diferenciar se os efeitos foram sobre a melhora ou piora dessa capacidade.

Na literatura, não foram encontradas referências concretas quanto à influência desse tempo no declínio funcional, apenas que este tempo pode variar de acordo com o serviço prestado (ASTIZ 2008; WONG 2008; ZELADA, SALINAS, BAZTAN, 2009).

Lembrando que a avaliação 01 refere-se ao período anterior a apresentação dos sintomas que levaram o paciente a atual internação, a avaliação 2 a data de internação no setor de clínica médica e a avaliação 3 referente a data da alta hospitalar, analisando esses três momentos através dos valores médios do Índice de Barthel (IB), divididos entre as especialidades de internação na Figura 1, podemos observar que ocorreu um declínio na capacidade funcional de todos os indivíduos com a internação e uma leve recuperação na alta, sendo que o valor médio na data da alta, não se igualou ao valor referente ao período anterior a internação.

Estudo realizado por Palleschi e colaboradores (2011), com idosos hospitalizados em três hospitais da Itália, encontrou que 59% das pessoas que tiveram uma deterioração na admissão recuperam alguma função durante a hospitalização, enquanto que somente 1%

pioraram. Ainda foi relatado que 58,8% dos pesquisados teve um valor médio do IB na admissão menor do que IB prévio a admissão, como resultado do quadro agudo da doença, dados semelhantes aos encontrados nesse estudo.

Os mesmos autores ainda trazem que 28% do total da amostra teve uma avaliação na alta menor do que a avaliação antes da hospitalização, o que corrobora com os dados do presente estudo, onde o valor médio do Índice de Barthel foi discretamente menor na data da

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alta do que na avaliação antes da internação para todas as especialidades, como pode ser observado na figura 01.

Outra pesquisa, realizada com idosos internados em unidade médica de um hospital de Iowa nos Estados Unidos, mostrou que ocorreu um declínio funcional entre a avaliação prévia a internação e a da internação (WAKEFIELD, HOLMAN, 2007).

Outros autores também apresentam em seus estudos esse mesmo dado onde se observa uma queda na capacidade funcional com a internação, com uma leve recuperação na alta (COVINSKY et al., 2003; MAÑAS et al., 2005).

Menezes, Oliveira e Menezes (2010), em estudo de revisão com o objetivo de identificar os efeitos da hospitalização na capacidade funcional de idosos, verificaram que em todos os estudos selecionados foi demonstrado um declínio funcional devido ao processo de hospitalização.

No presente estudo, os pacientes foram divididos de acordo com a especialidade médica de internação e comparados entre si e quanto ao momento da avaliação. Nessa análise foi observada que os grupos eram diferentes entre si e que o tempo de internação, relacionado ao momento da avaliação, teve influência na capacidade funcional.

Relacionado a capacidade funcional foi percebida associação quando comparados a avaliação referente ao momento de internação no setor de clínica médica e a especialidade de internação com x²=0,021, mostrando que existe diferença entre as especialidades de internação. Ao compararmos esse dado com a figura 01, podemos inferir que os pacientes internados com patologias neurológicas tiveram uma piora significativa em sua capacidade funcional quando comparados com outras patologias.

Contudo, pela interação “especialidade” e “momento da avaliação”, não foi constatada diferença significativa, ou seja, não houve, nesse momento, uma maior influência ou declínio de um grupo específico, mostrando que os pacientes internados com afecções neurológicas

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apresentaram uma piora mais acentuada relacionada ao quadro agudo da doença, quando comparados com os pacientes com outras afecções, não sendo observada diferença estatisticamente significativa na capacidade funcional durante o período de internação.

Outros autores têm demonstrado que as condições mais associados com a incapacidade são demência, acidente vascular cerebral, doença mental, doença de Parkinson e baixo peso, nessa ordem, e à frente de doenças cardíacas (WOLFF et al,. 2005).

Estudo realizado por Soler e cols (2007), mostrou que embora os pacientes com insuficiência cardíaca também tenham um declínio funcional, a internação por esta condição foi um fator protetor de incapacidade quando comparado com outros diagnósticos, principalmente acidente vascular cerebral.

Na análise da figura 02 pôde ser constatado que o índice de capacidade funcional na data da internação esteve direta e altamente correlacionado com esse mesmo índice no momento da alta, ou seja, os pacientes que, na data da internação no setor de clínica médica, apresentaram um índice mais alto de capacidade funcional também o apresentaram na data da alta.

Em estudo realizado com idosos internados em três hospitais da Itália, o principal achado foi o fato de que a taxa de recuperação funcional depois da perda pré-admissão é relevante, sendo assim um elevado índice de capacidade funcional pré-admissão prediz a capacidade de recuperação da função durante o período de hospitalização (PALLESCHI et al., 2011).

Os mesmos autores concluíram que a recuperação funcional durante a hospitalização é relativamente frequente mesmo em pacientes idosos, particularmente após uma grande perda funcional pré-admissão e na presença de altos níveis funcionais antes do aparecimento dos sintomas.

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Apesar do declínio funcional que ocorre antes e durante a hospitalização é possível que a função dos pacientes melhore no período da internação até a alta (CONVINSKY et al., 2003).

Outro estudo com pacientes internados mostrou como característica daqueles capazes de recuperar a função após uma perda funcional na admissão, um alto nível funcional na avaliação pré-admissão, provavelmente indicando uma boa reserva funcional (COVINSKY et al., 2000).

Outros resultados sugerem um efeito resiliente que pode ocorrer em pacientes com duas características aparentemente opostas: um alto nível funcional pré-admissão e perda funcional dramática por causa do quadro agudo da doença, estando relacionado com a recuperação do paciente durante a internação (DE ALFIERI, BORGOGNI, 2010).

Os níveis funcionais antes e na admissão hospitalar afetam desfechos como a mortalidade, institucionalização e custos de saúde, mostrando que a trajetória funcional pode ser sinal de prognóstico e bom preditor de mortalidade, ao invés de uma medida simples e estática (SLEIMAN et al., 2009).

Ainda segundo os mesmos autores a avaliação da capacidade funcional prévia a admissão reflete o status de saúde passado, na admissão pode refletir o impacto da doença nessa capacidade e a avaliação na alta expressa a resposta individual a doença e seu tratamento.

Apesar da diferença metodológica existente entre o presente estudo, que teve como data da primeira avaliação (avaliação 2) o dia de internação na clínica médica, e os dados da literatura, os achados podem ser equiparados, pois o mesmo comportamento, referente à capacidade funcional descrito na literatura foi também observado.

Em resumo, podemos concluir que o declínio funcional dos pacientes observado na hospitalização está relacionado ao quadro agudo da doença, estando o tempo de internação

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associado a alterações no índice de capacidade funcional. A recuperação da funcionalidade pode ocorrer no próprio âmbito hospitalar, porém, em muitos casos, não atingindo o valor pré admissão desse mesmo paciente.

Sendo, a maioria dos fatores relacionados a diminuição dessa capacidade previsíveis e passíveis de intervenção, são necessárias ações interdisciplinares, avaliações contínuas e planejamento de terapias adequadas para minimizar a incidência de incapacidades trazendo um impacto favorável à qualidade de vida desses indivíduos.

Limitações: Conquanto este estudo apresenta méritos, há de se considerar as limitações presentes. Na realização desse estudo não foram relacionados o tipo de procedimento a que os pacientes foram submetidos e a data da avaliação correspondente a internação hospitalar foi realizada na data de internação no setor de clínica médica e não na data de internação hospitalar.

Sugerimos que novos estudos sejam realizados, na busca de maior clareza sobre o impacto social dessa diminuição da capacidade funcional nos pacientes internados como um todo, já que a maioria dos estudos concentra-se na população idosa, negligenciando o percentual de pessoas internados em idade economicamente ativa.

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