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TEORIA CRÍTICA E PÓS-CRITICA DE CURRÍCULO

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(1)

As contradições do embate contemporâneo

Professora India Mara Ap.

Dalavia de Souza Hollebn

TEORIA CRÍTICA E PÓS-CRITICA DE

CURRÍCULO

(2)

O que é uma teoria de currículo?

Que implicações tem uma determinada Teoria de Currículo sobre o

o processo de ensino e aprendizagem na escola?

Que implicações uma determinada Concepção de Currículo tem sobre a

seleção do conhecimento escolar presente nos ordenamentos jurídicos e nas diferentes

instâncias sociais que os sustentam?

O que diferencia uma teoria de Currículo de

uma teoria

educacional mais ampla?

Onde começa e como se desenvolve a história das

Teorias de Currículo?

Que implicações uma determinada Concepção de Currículo tem sobre o

conhecimento escolar presentes nos livros didáticos, no PPP, na PPC

E PTD da escola?

IN DA

GA ÇÕ

ES ..

.

(3)

CURRÍCULO Etimologia

Do grego curriculum

“pista de corrida”

Conceitos

é a expressão de uma concepção de mundo, de

homem, e de sociedade

(4)

CURRÍCULO

O currículo diz respeito a seleção, seqüenciação e dosagem de

conteúdos da cultura a serem desenvolvidos em situações de

ensino-aprendizagem.

(SAVIANI, Nereide, 2002)

(5)

Compreende conhecimentos, idéias, hábitos, valores,

convicções, técnicas, recursos, artefatos, procedimentos, símbolos

etc... dispostos em conjuntos de matérias/disciplinas escolares e

respectivos programas, com indicações de

atividades/experiências para sua consolidação e avaliação.

(SAVIANI, Nereide, 2002)

(6)

Conjunto de atividades

desenvolvidas pela escola, na distribuição das disciplinas/áreas

de estudo (as matérias, ou

componentes curriculares), por série, grau, nível, modalidade de ensino e respectiva carga-horária –

aquilo que se convencionou chamar de “grade curricular”

(SAVIANI, Nereide, 2002)

(7)

Compreende também os programas, que dispõem os

conteúdos básicos de cada componente e as indicações

metodológicas para seu

desenvolvimento. Por conseguinte, a organização curricular supõe a

organização do trabalho pedagógico.

(SAVIANI, Nereide, 2002)

(8)

O saber escolar, organizado e

disposto especificamente para fins de ensino-aprendizagem,

compreende não só aspectos ligados à seleção dos conteúdos,

mas também os referentes a

métodos, procedimentos, técnicas, recursos emprega­dos na educação

escolar. Consubstancia-se, pois, tanto no Currículo quanto na

Didática.

(SAVIANI, Nereide, 2002)

(9)

O currículo deve ser entendido como processo, que envolve uma

multiplicidade de relações, abertas ou tácitas, em diversos âmbitos, que vão da

prescrição à ação, das decisões

administrativas às práticas pedagógicas, na escola como instituição e nas

unidades escolares especificamente.

Para compreendê-lo e, principalmente, para elaborá-lo e implementá-lo de modo a transformar o ensino, é preciso

refletir sobre grandes questões”

(GIMENO SACRISTAN, J. 1998)

(10)

QUE QUESTÕES SÃO ESSAS?

“Que objetivos, no nível de que se trate, o ensino deve perseguir?

O que ensinar, ou que valores, atitudes e conhecimentos estão implicados nos

objetivos?

Quem está autorizado a participar nas decisões do conteúdo da escolaridade?

(11)

Por que ensinar o que se ensina, deixando de lado muitas outras coisas?

Todos esses objetivos devem ser para todos os alunos/as ou somente para

alguns deles?

Quem tem melhor acesso às formas legítimas de conhecimento?

Esses conhecimentos servem a quais interesses?

(12)

Que processos incidem e transformam as decisões tomadas até que se tornem

prática real?

Como se transmite a cultura escolar nas aulas e como deveria se fazer? [Já que a forma de ensinar não é neutra quanto ao

conteúdo do ensinado].

Como inter-relacionar os conteúdos selecionados oferecendo um conjunto

coerente para os alunos/as?

(13)

Com que recursos metodológicos, ou com que materiais ensinar?

Que organização de grupos,

professores/as, tempo e espaço convém adotar?

Quem deve definir e controlar o que é êxito e o que é fracasso no ensino?

(14)

Como saber se houve êxito ou não no

ensino e quais conseqüências têm sobre o mesmo as formas de avaliação

dominantes?

Como podem se mudar as práticas

escolares relacionadas com esses temas?”

(15)

Com que recursos metodológicos, ou com que materiais ensinar?

Que organização de grupos,

professores/as, tempo e espaço convém adotar?

Quem deve definir e controlar o que é êxito e o que é fracasso no ensino?

(16)

O QUE SÃO TEORIAS DE CURRÍCULO?

•Conjunto de representações, imagens, reflexões, signos que produze e descrevem

uma realidade sobre o que significa currículo.

•Campo de estudo que define-se pelos conceitos que utiliza para conceber a

“realidade” (nesse caso, a realidade do que é “currículo”)

(17)

ONDE COMEÇA E COMO SE DESENVOLVE A HISTÓRIA DAS

TEORIAS DE CURRÍCULO ?

(18)

ANOS 20 - EUA

(19)

AS PRINCIPAIS TEORIAS DE CURRÍCULO

Teorias Tradicionais de Currículo Teorias Críticas de Currículo

Teorias Pós-Críticas de Currículo

(20)

TEORIAS TRADICIONAIS (NÃO CRÍTICAS) DE CURRÍCULO

Contexto:

Processo de industrialização,

movimentos migratórios, massificação da escolarização

Racionalização da construção, desenvolvimento e testagem dos

currículos

(21)

Revolução Industrial (Europa, século XVIII)

incorporação de tecnologia no processo produtivo

êxodo rural

formação de cidades

concentração de renda

X

aumento da pobreza

(22)

A divisão do trabalho torna o trabalhador “

A divisão do trabalho torna o trabalhador “cada vez mais cada vez mais unilateral e dependente

unilateral e dependente” por exigir especializações sempre ” por exigir especializações sempre crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos às crescentes que têm como objetivo a adaptação dos sujeitos às

máquinas e aos processos industriais.

máquinas e aos processos industriais.

(MARX) (MARX)

Tempos Modernos. Charles Chaplin

(23)

“Quanto mais o trabalhador produz, menos tem de

consumir; quanto mais valores cria, mais sem valor e

desprezível se torna; quanto mais refinado o seu produto, mais desfigurado o trabalhador;

quanto mais civilizado o produto, mais desumano o

trabalhador; quanto mais poderoso o trabalho, mais

impotente se torna o trabalhador; quanto mais

magnífico e pleno de

inteligência o trabalho, mais o trabalhador diminui em inteligência e se torna escravo

da natureza.”

Tempos Modernos. Charles Chaplin

(MARX, Manuscritos econômico- filosóficos. 2004.)

(24)

Bobbit - 1918: The currículum: escolarização da massas

Princípios da administração científica:

Taylorismo aplicado à escola

princípios da administração, da racionalidade técnica.

Cienficismo e padronização nos processos pedagógicos

Tyler (1949)– preocupação com

organização e desenvolvimento do currículo

(25)

Modelos de produção industrial

Taylorismo / Fordismo

Sistema MECÂNICO de produção

o trabalhador age sozinho

os trabalhadores dependem de um supervisor central

Através do Currículo, a escola ensina o controle do tempo e

do espaço

(26)

Objetivos

Educacionais

Tecnocratismo:

escola como via de adaptação aos

preceitos mercadológicos base no controle de

resultados e na explicitação de

objetivos com base na formação para a base

mercantil.

(27)

TEORIAS CRÍTICAS

Crítica aos processos de convencimento,

adaptação e repressão da

hegemonia dominante

Contraposição ao empiricismo e ao pragmatismo das teorias tradicionais

crítica à razão iluminista e

racionalidade técnica

Busca da ruptura do status quo

Materialismo Histórico Dialético - crítica da

organização social pautada na

propriedade privada dos meios de

produção.

(Fundamentos em Marx e Gramsci)

Crítica à escola como reprodutora

da hegemonia dominante e das

desigualdades sociais. (Michael

Apple) F

U D A M E N

T O S

(28)

TEORIAS CRÍTICAS

Principais fundamentos

Escola Francesa: teoria da reprodução cultural - “capital cultural”. O currículo da escola está baseado na cultura dominante, na linguagem dominante, transmitido através do código cultural (Bourdieu e Passeron)

Escola de Frankfurt – crítica à racionalidade técnica da escola “pedagogia da possibilidade”- da resistência: Currículo como emancipação e libertação

(Giroux e Freire)

(29)

Escola de Frankfurt

(30)

TEÓRICOS DA ESCOLA DE FRANKFURT

WALTER BENJAMIN THEODOR ADORNO

MAX HORKHEIMER

HERBERT MARCUSE

JÜRGEN.

HARBEMANS

(31)

TEÓRICOS DA ESCOLA FRANCESA

PIERRE BORDIEU

LOUIS ALTHUSSER

BORDIEU/PASSERON

BAUDELOT/ ESTABLET BOWLESE GENTIS

(32)

TEORIAS CRÍTICAS O currículo oculto

Crítica à reprodução não expressa no currículo oficial, mas manifestada pelas relações sociais na e da escola (currículo

oculto)

Bowles e Gintis : as relações sociais na escola mais que o conteúdo eram

responsáveis pela socialização necessárias para boa adaptação às exigências do

trabaho capitalista

(33)

TEORIAS PÓS-CRÍTICAS

FUNDAMENTADAS NO PÓS ESTRUTURALISMO –

Multiculturalismo : movimento ambíguo de adaptação e resistência

(34)

NO CONTEXTO DA PÓS MODERNIDADE

Idéia de “mudança de paradigmas”

Crítica aos padrões considerados “rígidos” da modernidade – rompimento à lógica,

positivista, tecnocrática e racionalista.

Fim das metanarrativas

Tentativa de dar voz aos subalternos excluídos de um sistema totalizante e

padronizado.

(35)

PÓS MODERNIDADE

Superação das verdades absolutas

Primazia do discurso sobre a realidade explicada em sua concretude.

Currículo multiculturalista.

( Foucault, Derrida, Lyotard, Deleuze, Cheryholmes )

(36)

TEÓRICOS DA PÓS MODERNIDADE

DELEUZE LYOTAR

D

FOUCAULT DERRIDA

(37)

CONTEXTO DA PÓS MODERNIDADE

Busca de superação da visão de mundo positivista, tecnocrática e racionalista de conhecimentos padronizados e verdades,

A vida cultural é vista sob a pós-

modernidade “como uma série de textos em intersecção com outros textos,

produzindo mais textos [...]

O impulso destrucionista é procurar dentro de um texto por outro, dissolver um texto em outro ou embutir um texto

em outro”.

Harvey

(38)

TEORIAS PÓS-CRÍTICAS

(Nos fundamentos do PÓS ESTRUTURALISMO:

O significado não é centrado ou fixo por que está preso num jogo de referências ou de

palavras. Os significados estão dispersos indo da palavra à definição e vice versa,

assim por diante .. ) (Cheryholmes 1993)

(39)

“A existência do objeto é inseparável da trama lingüística que supostamente o

descreve”

(Silva, 2007)

(40)

superação de verdades totalizantes e

“absolutas”

“democratização cultural”

volatilidade de discursos diversidades culturais

pulverização social.

...Como se as classes não mais existissem....

(41)

Os pós-estruturalistas reivindicam conhecer impossibilidade do conhecimento sistemático Não existe um significado transcendental e sim o

relativismo determinado pelo contexto “o significado não é centrado ou fixo por que está preso num jogo de referencias entre as palavras e

definições

(42)

CURRÍCULO COMO DISCURSO

Não toma a realidade tal como ela é e sim como o que os discursos sobre elas dizem

como ela deveria ser:

a realidade não pode ser concebida fora dos processos lnguisticos de significação.

(43)

UMA ANÁLISE COMPARATIVA

TEORIAS CRÍTICAS

conceitos e conhecimentos históricos e científicos

concepções

teoria de currículo – conceitos

trabalho

materialidade/ objetividade

realidade

classes sociais

emancipação e libertação

desigualdade social

currículo como resistência

currículo oculto

definição do “o quê” e “por quê” se ensina

noção de sujeito

TEORIAS PÓS CRÍTICAS

fim das metanarrativas

hibridismo

currículo como discurso- representações

cultura

identidade/ subjetividade

discurso

gênero, raça, etnia, sexualidade

representação e incertezas

multiculturalismo

currículo como construção de identidades

Relativismo

compreensão do “para quem” se constrói o currículo – formação de identidades

(44)

INSUFICIÊNCIAS DAS TEORIAS PÓS CRITICAS

Harvey e Eagleton

(45)

Pode

contraditoriaemancipadorreacionário.mente ser e Primazia da ambiguidade

e da indeterminação insuficiente para se

captar o real

Relativização

dos conhecim

entos

Hibridismo de

concepções relativizam as possibilidades de compreender o real em

sua totalidade

Não o real para se fazer a critica,o há

conhecimento para ser sistematizado

Fragmentação das relações sociais

Insuficiente para ser

“transformador”

(46)

“Não haverá burguesia nem proletariado numa sociedade emancipada, mas certamente haverá

mulheres e celtas. Pode haver mulheres

liberadas, isto é, indivíduos do sexo feminino que são ao mesmo tempo emancipados, mas não podem existir assalariados liberados dada a impossibilidade de ser as duas coisas ao mesmo

tempo. [...] Masculino e feminino, como

caucasiano e afro-americano são categorias bem mais reciprocamente definidoras.(..)

Eagleton (1998 p. 63).

(47)

... Ninguém, entretanto tem um tipo de

pigmentação da pele porque outra pessoa tem outra, nem é homem porque alguém é

mais mulher, mas certas pessoas só são trabalhadores sem terra por que outros

são senhores fazendeiros“.

(grifo nosso) Eagleton (1998 p. 63).

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