Revista Internacional de Métodos Numéricos para Cálculo y Diseño en Ingeniería
w w w . e l s e v i e r . e s / r i m n i
A influência do peso próprio na otimizac¸ ão topológica de estruturas elásticas 2D – via técnica numérica Smooth Evolutionary Structural Optimization (SESO)
H.L. Simonetti
a,∗, V.S. Almeida
be L. Oliveira Neto
caDepartamentodeEngenhariaCivil,UniversidadeFederaldeOuroPreto(UFOP),OuroPreto,MinasGerais,Brasil
bDepartamentodeEngenhariadeEstruturaseGeotécnica,EscolaPolitécnicadaUniversidadedeSãoPaulo(EPUSP),SãoPaulo,Brasil
cDepartamentodeEngenhariaCivileAmbiental,FaculdadedeEngenharia(FE),(UNESP),Bauru,SãoPaulo,Brasil
informaçãosobre o artigo
Historialdoartigo:
Recebidoa23denovembrode2012 Aceitea1deoutubrode2013 On-linea9desetembrode2014
Palavras-chave:
Modelosdebiela-tirante
Otimizac¸ãoevolucionáriatopológica Estruturasdeconcretoarmado Pesopróprio
re s um o
Opresenteartigoabordaaotimizac¸ãotopológicaemproblemasdeelasticidadeplanalinearconsiderando ainfluênciadopesopróprionosesforc¸osemelementosestruturais.Utiliza-separaestefimumatécnica numéricadenominadaSmoothESO(SESO)quesebaseianoprocedimentodediminuic¸ãoprogressiva dacontribuic¸ãoderigidezdeelementosineficientescommenorestensõesatéqueelenãotenhamais influência.Asaplicac¸õesdoSESOsãofeitascomométododoselementosfinitoseconsidera-seum elementofinitotriangularedealtaordem.Nestetrabalhoestende-seatécnicaSESOparaaaplicac¸ão dopesopróprioondeoprograma,nocômputodeseuvolumeepesoespecífico,geraautomaticamente umaforc¸aconcentradaequivalenteparacadanódoelemento.Aavaliac¸ãoéfinalizadacomadefinic¸ão deummodelodebielasetirantesresultantedasregiõesdeconcentrac¸ãodetensões.Nosexemplosde aplicac¸ãosãoapresentadastopologiasótimasdeumaestruturasuspensa,devigabaixaedevigaparede considerandoopesopróprioeobtendo-seótimasconfigurac¸õesedemonstrandoqueaconsiderac¸ãodo pesoprópriolevaamaiorrobustezaoprocessodeotimizac¸ão.
©2012CIMNE(UniversitatPolitècnicadeCatalunya).PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.Todosos direitosreservados.
Theinfluenceofself-weightofelastic2Dstructuresintopologyoptimization vianumericaltechniqueSmoothEvolutionaryStructuralOptimization(SESO)
Keywords:
Strutandtiemodels Topologyoptimization Reinforcedconcretestructures Selfweight
a b s t r a c t
Thispaperdealswithtopologyoptimizationinplaneelastic-linearproblemsconsideringtheinfluence oftheselfweightineffortsinstructuralelements.Forthispurposeitisusedanumericaltechnique calledSESO(SmoothESO),whichisbasedontheprocedureforprogressivedecreaseoftheinefficient stiffnesselementcontributionatlowerstressesuntilhehasnomoreinfluence.TheSESOisappliedwith thefiniteelementmethodandisutilizedatriangularfiniteelementandhighorder.Thispaperextends thetechniqueSESOforapplicationitsselfweightwheretheprogram,incomputingthevolumeand specificweight,automaticallygeneratesaconcentratedequivalentforcetoeachnodeoftheelement.
Theevaluationisfinalizedwiththedefinitionofamodelofstrut-and-tieresultinginregionsofstress concentration.Examplesarepresentedwithoptimumtopologystructuresobtainingoptimalsettings.
©2012CIMNE(UniversitatPolitècnicadeCatalunya).PublishedbyElsevierEspaña,S.L.U.Allrights reserved.
∗ Autorparacorrespondência:CampusMorrodoCruzeiro,Bauxita,35400-000, OuroPreto-MG–Brasil.
Correioseletrónicos:heliosimonetti@ig.com.br(H.L.Simonetti), valerio.almeida@usp.br(V.S.Almeida),lutt@feb.unesp.br(L.OliveiraNeto).
1. Introduc¸ão
Atualmente na engenharia estruturalosmétodos numéricos deaplicac¸ãosãoferramentasimprescindíveisejánas2últimas décadasastécnicasdeotimizac¸ãovêmsendoempregadasnoauxí- liodamodelagem estrutural.Dentreosmétodostradicionaisde otimizac¸ão,aotimizac¸ãodeformaeaparamétricanãosãocapazes 0213-1315/$–seefrontmatter©2012CIMNE(UniversitatPolitècnicadeCatalunya).PublicadoporElsevierEspaña,S.L.U.Todososdireitosreservados.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rimni.2013.10.001
dealterara configurac¸ãodaestruturaoriginale,destamaneira, nãosãopossíveisdedeterminarosfluxosdetensões. Agrande vantagemdaotimizac¸ãotopológica(OT)étornarpossíveisestas alterac¸ões.
OsconceitosbásicosdatécnicaOTforamestabelecidoshámais deumséculo,conformedescrevemRozvanyetal.[1].Naanálise topológica,2metodologiasvêmsedestacando,aabordagemmicro eabordagemmacro.Afilosofiadatécnicabaseia-senaremoc¸ão dapartedoelementoquenãoforrealmentenecessárioàestru- tura.Estaremoc¸ãopodeserrealizadadeformasuave,atenuando osvaloresdamatrizconstitutivadoelemento.
Naabordagemmicroestrutural,oprocessodeotimizac¸ãotopo- lógicabaseadonoestabelecimentodeumrelac¸ãoentrearigidez e a densidade associada ao domínio, que pode assumir qual- quervalorentre0(vazio)e1(materialsólido),sendoosvalores intermediários correspondentes a um material poroso. A par- tir daí os algoritmos baseados em microestruturas propõem encontrar a melhor disposic¸ão do material, de modo a mini- mizaroumaximizara func¸ãocusto,Stump[2]. Comoexemplo pode-se citar: o método Simple Isotropic Material with Pena- lization (SIMP), utilizado por Bendsøe [3], Rozvany et al. [4] e [1].
Naabordagemmacro, a topologiadaestruturaémodificada mediantea inserc¸ãodefurosnodomínio.Comoexemplodeste grupodeOTpode-secitaroEvolutionaryStructuralOptimization (ESO),baseadonocálculodafunc¸ãoobjetivoquandoumelemento éremovidodamalhadeelementosfinitos,eTopologicalSensitivity Analysis(TSA),queavaliaasensibilidadedeumafunc¸ãoquandoum furoécriadonocorpoanalisado,Labanowskietal.[5].
Naanáliseestruturaldeelementosemconcretoarmadoaana- logiaapresentadaporRittereMorschnoiníciodoséculoXX,que associauma vigaa umaestruturatrelic¸adaequivalente,aindaé utilizadapararepresentarocomportamentoestruturaldesteele- mentofletido.Adenominadateoriadetrelic¸aclássicadefinebarras representandoosfluxosdetensãoprocurandocriaromenoreo maislógicocaminhodascargas.Oselementosdiscretos(barras) representamoscamposdetensãodetrac¸ão(denominadostirantes) edecompressão(denominadosbielascomprimidas)quesurgem internamenteaoelementoestruturalnoefeitodeflexão.Esteana- logiafoimelhoradaeéaindautilizadapelasnormastécnicasno dimensionamentodevigasemconcretoarmadoàflexãoeàforc¸a cortanteequeestabelecemcritériosdiversosparaadeterminac¸ão doslimitesdeseguranc¸anosseusprocedimentos.
OtrabalhodeSchlaichetal.[6]descreveomodelodebielase tirantesdemaneiramaisgeneralizada,abrangendoomodelode trelic¸adeflexãoeenglobandoregiõescomdescontinuidadeseele- mentosestruturaisespeciais.Estasregiões,denominadas«Regiões deDescontinuidadeD»,ondeastensõesdecisalhamentosãosigni- ficativaseadistribuic¸ãodasdeformac¸õesnasec¸ãotransversalnão élinear.Mesmotratandodeummodelodeidealizac¸ãosimples,é bastanteutilizadonapráticaeeficienteparaoconhecimentodas regiõesdeconcentrac¸ãodetensões.
Autilizac¸ãodeferramentascomputacionaispodetrazermaior confiabilidadeerapideznadefinic¸ãodeconfigurac¸õesgeométri- casedofluxodetensõesdoselementosdiscretosnointeriordo elementoestrutural,demodoque a aplicac¸ãoda OTnocampo daanáliseestruturalemconcretoarmadonosmodelosdebielase tirantesvemsendoamplamentedesenvolvido,destacandoostra- balhosdeAli[7],Liangetal.[8],Liangetal.[9],Liangetal.[10], LiangeSteven[11],Liang[12]eBrugge[13].
Visandoodesenvolvimentodosmodelosdebielasetirantes, faz-seumaaplicac¸ãodatécnicadeotimizac¸ãotopológicaSmooth ESO(SESO),seguindoostrabalhosdeSimonettietal.[14],Simo- nettietal.[15]naanálisedeelementosestruturaisemconcreto armado, realizando uma comparac¸ão das configurac¸ões ótimas considerando-seainfluênciadopesopróprio,oquemuitasvezes
podelevaraumaconfigurac¸ãofinalbemdistintaquandodasua nãoconsiderac¸ão.
Trata-sedeumavariantedométodoESO,cujafilosofiabaseia-se naobservac¸ãodequeseoelementonãoforrealmentenecessário àestrutura,naturalmente sua contribuic¸ãoderigidez vai dimi- nuindoprogressivamente,atéqueelenãotenhamaisinfluência.
Istoé,suaheurísticaderemoc¸ãoéfeitadeformasuave,atenuando osvaloresdamatrizconstitutivadoelemento,comoseesteesti- vesseemprocessodedanificac¸ão,sendocapazdegerarosmembros ideaisdebielasetirantesdeformamaisnatural.Sãoapresenta- dos3exemplosclássicosobtidosnaliteratura,quedemonstram que o procedimento desenvolvido para o peso próprio é eficiente.
2. Otimizac¸ãoestruturalevolucionária
XieeSteven[16]desenvolveram uma maneira bemsimples deimpormodificac¸õesnatopologiadaestrutura,feitamediante heurísticaderemoc¸ãogradualesistemáticadeelementosfinitos damalha,correspondentesaregiõesquenãocontribuemefetiva- menteparaobomdesempenhodaestrutura.
Define-seinicialmenteumamalhadeelementosfinitosquecir- cunscrevatodaaestrutura,oudomínioestendidodoprojeto,de forma a incluir as condic¸ões decontorno em forc¸as edesloca- mentos,cavidadesedemaiscondic¸õesiniciais.Emumprocesso iterativo,avaliam-se osparâmetros deinteresse deotimizac¸ão, nesteartigoemespecialéadiminuic¸ãodamassamedianteumcri- tériodetensãomáximadaestrutura.Assim,avaliam-seastensões decadaelemento,conformeousodainequac¸ão:
vme <RRk.
vmi,max
(1)
RRk+1=RRk+RE (2)
comevmei,maxvm sendo,respectivamente,astensõesprincipaisde VonMisesdoelemento«e»emáximasdaestruturanaiterac¸ãoefe- tiva«k»,RRkéraioderejeic¸ão(RR)dok-ésimoestadodeequilíbrio.
Emcadaiterac¸ãooselementosquesatisfazemainequac¸ão(1) sãoretiradosdaestrutura,figura1.OfatorRRéaplicadoparacon- trolaroprocessodaremoc¸ãodaestrutura(0,0≤RR≤1,0).Omesmo cicloderemoc¸ãodoselementosusados peladesigualdade(1) é repetidoatéquenãohajamaiselementosquesatisfac¸ammaisesta desigualdade(1).Quandoestasituac¸ãoocorre,umestadodeequi- líbrioéalcanc¸ado.Oprocessoevolucionárioédefinidoadicionando aRRumarazãodeevoluc¸ão(RE).Assim,umnovociclodeevoluc¸ão inicia-se,atéquenãoexistammaiselementosaseremeliminados comestanovaRR.ARRseráatualizadaconformeaequac¸ão(2), atéàobtenc¸ãodeumaconfigurac¸ãootimizada,alcanc¸adapelocon- troledeumparâmetrodedesempenho,denominadodeíndicede
Retirada do e-ésimo
Figura1. Algoritmoevolucionário:baseadonoelementoremovidodamalha.
performance(IP).Esteprocedimento,tambéméconhecidocomo ummétodohard-killepodeserinterpretadocomosegue:
D(j)=
D0ifj∈ 0ifj∈¯(3)
ondeDi(j)éamatrizconstitutiva do elementoj∈˝na i-ésima iterac¸ão,D0éamatrizconstitutivainicialdoprojeto,aqualédefi- nidapracadaelementofinito,˝=i+¯iéodomíniodaestrutura, tal que i={˝/(e/MAXVM (˝))≥RRi} é o conjunto dos elemen- tosquenãoserãoremovidos,e ¯i=˝−i={˝/(e/VMMAX(˝))<
RRi}éoconjuntodoselementosqueserãoremovidosdaestrutura (criac¸ãodovazio),todosnai-ésimaiterac¸ão.
Naheurísticaderemoc¸ãoviaESO,quandooelementoéremo- vidododomíniodeprojetoduranteoprocessoevolucionário,os elementosquepermanecemnaestruturarepresentamumasoluc¸ão básica,conformeforademonstradomatematicamenteporTanska- nen[17].Eledemonstraquea func¸ãodiscretaaserminimizada comrestric¸ãopormenorpesoconvergeiterativamente,conforme aretiradadeumelemento,quesignificaoencontrodeumponto deminimo.
3. Suavizac¸ãodaotimizac¸ãoestruturalevolucionária
Poroutrolado,Tanskanem[17]destacaquearetiradadeumele- mentopodeafetaraconvergênciadoprocedimentodeotimizac¸ão, poisocritérioderetiradanoESOéindicadopeloatendimentoda inequac¸ão(1),quemuitasvezespodeserradical,hard-kill,umavez queexistemelementosqueestãonavizinhanc¸adaesquerdadessa condic¸ãoquenumericamentesãoexcluídosoumantidos,masque deveriamaindacomporouserretiradosdaestrutura,oqueafetao processoevolutivo.
Nesse sentido,éadequado aplicarsobre ométodo ESO uma condic¸ãoderelaxac¸ãooudesuavizac¸ãodoESO,apresentandoem Simonettietal.[15]umprocedimentosoft-kill,demodoqueomate- rial,ouseja,oselementosquedeveriamserremovidospelocritério ESO–seguindoainequac¸ão(1)–sãoorganizadosemngruposealo- cadosemordemcrescentedetensõessendoponderadossegundo umafunc¸ão0≤(j)≤1.
Assim,p%destesngrupossãoremovidos,osgruposquecon- témoselementoscommenorestensões(domínioLS),eosgrupos (1-p%)sãodevolvidosaestrutura,domínioGS.Esteprocessode remoc¸ãoedevoluc¸ãodeelementosàestrutura podeser orien- tadoporumafunc¸ão,linearouhiperbólica,queponderaarazão VMe /VMMAXdentrododomínio ¯,istoé,permitequeelementosque tenhamsuastensõespróximaseabaixodatensãomáxima,MAXVM sejamreintegradosaestruturaacadaiterac¸ão.Aminimizac¸ãoda func¸ãoobjetivoéatingidamedianteoencontrodeumpontoótimo estacionário,conforme[17].
Umaformaalternativa,maiscaracomputacionalmente,decor- rigiressedesvioseriaapossibilidadedeinserc¸ãodoelementona estruturanovamente,destacandoquenessesentidotem-seuma variantedoESO,oBidirectionalESO(BESO),Querin[18],quepos- sibilitaaentradaeremoc¸ãodeelementosnodomíniodeprojeto.
OSESOvemdessafilosofia,deformaconsistentematematicamente emaiseficiente,queponderaamatrizconstitutiva,fazendocom queoelementoqueaprioriseriaeliminadonoESOémantidoe recebeumarelaxac¸ão,aplicandoumafrac¸ãodesuarigidezinicial, permanecendonoprojetoenaturalmentesuainfluênciacontribui parasuapermanênciaoufortaleceasuaretiradapordefinitivoda malhainicial.
Oselementosqueestãopróximosaolimitepelaesquerdadesta tensãomáximasão mantidosnaestrutura, definindoassimum
procedimentoderetirada«nãoradical»esim,deformasuave.O procedimentosoft-killusadonoSESOpodeserinterpretadoassim:
Di(j)=
⎧ ⎪
⎨
⎪ ⎩
D0sej∈i
D0·j( ¯)sej∈GS
0sej∈LS
⎫ ⎪
⎬
⎪ ⎭
(4)onde ¯=LS+GS éodomíniodoselementosque atendema inequac¸ão(1),LSiéodomíniodoselementosquedevemserexcluí- dosefetivamente,GSiodomíniodoselementosquesãodevolvidos aestrutura,0≤( ¯)≤1éumafunc¸ãoreguladoraqueponderao valordarazãoeVM/MAXVM dentrododomínio ¯.
A proposta dasuavizac¸ãopode ser desempenhadapor uma func¸ãolineardotipo( ¯)=˛j+ˇouumafunc¸ãotrigonométrica dotipo( ¯)=sen(˛j).Porqueas2func¸õessãocontínuasepodem serdiferenciadasemtodoodomínio ¯etemsuaimagemvariando de0-1,figura2.
4. Índicedeperformanceparaaformulac¸ãoSmooth EvolutionaryStructuralOptimization
Oíndicedeperformance(IP)éumparâmetroadimensionalque medeaeficiênciadaperformancedaestrutura.Oproblemaconsiste naminimizac¸ãodafunc¸ãoobjetivoemtermosdopeso,sujeitoa umarestric¸ãodetensãoadmissível(projeto),queédefinidacomo:
minimizeW=
NE e=1we(te) sujeitoaj,maxvm −project≤0
(5)
ondeNEéonúmerototaldeelementosfinitos.
OIPfoipropostoporLiangetal.[5]como:
IP=
v0,maxm i,maxvm·W0
Wi =
0,maxvm i,maxvm·0·V0
i·Vi =
0,maxvm i,maxvm·V0
Vi
(6)
ondeV0eVisãoovolumeinicialeovolumedai-ésimaiterac¸ão,
vm0,max evmi,maxsãoa tensãoinicialeatensãomáximadeMises nai-ésimaiterac¸ão,0 eisãoopesoespecíficoinicialeopeso específiconai-ésimaiterac¸ão,comosãoiguaisparaummaterial incompressível.Asuavizac¸ãogeradadevidoàequac¸ão(4)emter- mosdamatrizconstitutivapodeserescritaemtermosdeespessura, devidoàrelac¸ãodedependêncialinearentreelas.Nestecontexto,
D
D=0 D0
D0.η(j)
Ω
Γ ΓGS ΓLS
Figura2.Ilustrac¸ãodasuavizac¸ãodovolumedoselementosremovidosnaiterac¸ão i.
oIPéaequac¸ão(7),quelevaemcontaaexpressão(4)emtermos deespessuraecadafunc¸ãoreguladoradoprocedimentoSESO:
IP=
0,maxvm vi,maxm· A0·t0
NE j=1Aj·tj
=
0,maxvm i,maxvm· A0·t0
NE j=1Aj·tj·(j)
(7)
ondet0 éa espessurainicialetj éa espessurado elementona iterac¸ão j. O controle do ótimo é feito por este IP, pois ele é umfatorde«monitoramento»daregiãoótimadeprojeto.Ocon- troledamaximizac¸ãodesteparâmetro refere-seao controlede minimizac¸ãodovolume,assim,casoesteíndicecaiadeformaacen- tuadaéumaforteindicac¸ãoquesepassouporumaconfigurac¸ão deótimaouumótimoestacionárioéalcanc¸ado,noentanto,não sepodegarantirqueesteótimoéumótimoglobal,massimuma configurac¸ãoótimadeprojetodeengenharia.
5. Pesopróprio
Opesoprópriodeelementosestruturaiscorrespondenteàac¸ão dagravidadesobreoscorposeconstitui-se emumdoscarrega- mentosque devem ser considerados emseu dimensionamento estrutural.Pode-seobservarnafigura3comosedáaac¸ãodopeso próprio.
Pode-se notar que nos elementos estruturais dispostos na posic¸ãohorizontalopesopróprioconstitui-se emcarregamento transversalaoeixo(fig.3),desenvolvendoosesforc¸osdeflexão, momentofletoreesforc¸ocortante.
Nocasodoselementosdispostosnavertical,opesopróprio(G) atuanadirec¸ãodoeixolongitudinaldapec¸aeprovocaesforc¸oaxial, quepodeterumefeitodiferenciadodependendodasuavinculac¸ão.
Noselementossuspensos(tirantes,fig.4a)oefeitodopesoéde trac¸ãoenasapoiadas(pilares,fig.4b)esteefeitoédecompressão.
Opesoprópriodeumapec¸a(G)podesercalculadomultiplicando- -seovolumedamesmapelopesoespecíficodomaterial,conforme indicaaequac¸ão8:
G=AL (8)
-A-áreadasec¸ãotransversaldapec¸a -L-comprimento
--pesoespecíficodomaterial
Natrac¸ãooucompressãoaxialanãoconsiderac¸ãodopesopró- priopodesereventualeéocasomaissimples.
6. Formulac¸ãodoelementofinitodealtaordem
Oelementofinitoempregadoéadvindodaformulac¸ãolivre, destacando-se que toda a formulac¸ão foi baseada no trabalho
Peças Horizontais
P. Próprio
Figura3.Ac¸ãodopesopróprio[19].
CG CG
Estruturtas suspensas Estruturas apoiadas
G(+) G(–)
Figura4. Ac¸ãodopesopróprio[19].
de Bergan e Felippa [20]. Ele é de geometria triangular com 3grausdeliberdadeporvértice:2deslocamentostranslacionais eumaderotac¸ãoazimutal,vetorrotacionalortogonalaoplanodo elemento.Inicialmentedivide-seocampodedeslocamentosem 2modos:UbeUs,respectivamentemodosdedeslocamentosbásico esuperior.Omodobásicodedeslocamentotemoobjetivodeaten- derascondic¸õesdemovimentodecorporígidoededeformac¸ão constantecomsuasfunc¸ões interpoladoraslineares.Omodode deslocamentosuperior,oudealtaordem,sãopolinômiosquadrá- ticosemtermosdexey,levandoacamposdetensõesdevariac¸ão lineares.Destarte,amatrizderigidezfinalestabelecidacomo:
K=Kb+Ks (9)
Amatrizdosmodosbásicos,Kb,paraocasobidimensional,é dadapor:
Kb=1
A.L.Dm.LT (10)
ondeLjédenominadamatriz«amontoadora»(lumped),expressa por:
Lj=1 2
⎡
⎢ ⎢
⎣
yki 0 xik
0 xik yki
˛ 6
y2ji−y2kj ˛6
x2ij−x2jk ˛3
xij.yji−xjk.ykj⎤
⎥ ⎥
⎦
(11)ondexij=xi−xj,xij=xi−xjei,jekdenotamapermutac¸ãocíclica de1,2e3.Dméamatrizconstitutivadoelemento.Éfundamental- menteamatrizconstitutivadaelasticidade,C,integradaaolongo daespessuradoelemento.Estaintegrac¸ãoreduzovolumeVpara A,áreadoelemento.
Paraumelementodeespessurat,materialcommódulodeelas- ticidadelongitudinalEecoeficientedePoisson,amatrizDm é dadapor:
Dm= E.t 1−2
⎡
⎢ ⎣
1 0
1 0 0 0 1−
2
⎤
⎥ ⎦
(12)ondeC=1t ·Dm.
Oparâmetro˛≥0introduzidonaformulac¸ãodamatrizLapa- rececomoumfatordeescalanasfunc¸õesdeforma,multiplicando os termos relacionados com osgraus de liberdade rotacionais.
Ovalor de˛ afeta a matrizdosmodosbásicoseo cálculo das deformac¸ões.
Naequac¸ão11,se˛=0,tem-seamatrizLparaoelementofinito triangularcomdeformac¸ãoconstante(CST).Paraesteelementoas forc¸asnodaissãorelacionadasapenascomtranslac¸ões.
Amatrizdosmodosdealtaordemédadapor:
Ks=HT.Kqs.Hs (13) aquiH=G−1,ondeGéamatrizquerelacionaoscoeficientesassoci- adoscomosdeslocamentosnodaiseosparâmetrosgeneralizados q,fazendo-seasdevidassubstituic¸õesdascoordenadasnodaisnas func¸õesdeforma.
Paraumelementobidimensional,amatrizgeneralizadadealta ordemé:
Kqs=
A
BTs.Dm.BsdA (14)
ondeBSéamatrizdedeformac¸ãoparaosmodosdealtaordem, definidacomo:
Bs=Ns
=.
⎡
⎢ ⎣
2a11 +a21 2a12 +a22 2a13 +a23 b21 +2b31 b22 +2b32 b23 +2b33
−4b31 −4a11 −4b32 −4a12 −4b33 −4a13
⎤
⎥ ⎦
(15)
ondeéooperadordiferencialparadeformac¸õesdemembrana, expressopor:
=
⎡
⎢ ⎢
⎢ ⎢
⎢ ⎣
∂
∂x 0
0 ∂
∂y
∂
∂y
∂
∂x
⎤
⎥ ⎥
⎥ ⎥
⎥ ⎦
(16)
eéumfatordeescalacomdimensõesiguaisaoinversodocom- primento,dadapelaequac¸ão:
= 1
√A (17)
comA,aáreadotriângulo:
A=1
2·(xjyk) (18)
Osoutros elementosdamatrizBssão expressosdaseguinte maneira:
Nsi=
usivsi
=
=
a1i a2i a3ib1i b1i b1i
.
⎧ ⎨
⎩
2
2
⎫ ⎬
⎭
,i=1,2,3.(19)
a1i=−1
2sic2i b1i=−s2ici−1 2c3i a2i=ci3 b2i=−s3i
a3i=1
2s3i +sici2 b3i=1 2s2ici
(20)
si=senϕi=(m−i) i =−3i
2i
ci=senϕi= (m− i) i =−3 i
2i
(21)
ondeoíndicemindicaopontomédioentrejekcom m,meisão ascoordenadasadimensionaisdesseponto,definidaspelasexpres- sões:
m=1 2( j+ k) m=1
2(j+k) i=
(m− i)2+(m−i)2= 3 2
2 i +2i
(22)
ondei,jekrepresentamapermutac¸ãocíclicaentre1,2e3.
Amatrizdealtaordempodesermultiplicadaporumescalar positivoˇ,logoamatrizderigideztotaldoelementoédadapor:
K=Kb+ˇ.Ks (23)
quesatisfazaopatch-testeacondic¸ãodeserpositivadefinidapara aconvergência,conformeprovadopor[20].Oparâmetroˇ≥0para amatrizdealtaordeméutilizadoparacalibraramatrizderigidez total,K,ecomissoaperfeic¸oaaconvergência.Osvaloresótimos sugeridospor[20]para˛eˇsão,respectivamente,1,5e0,5.
7. Exemplosnuméricos
De posse da formulac¸ão descrita nos itens anteriores, desenvolveu-seumsistemacomputacionalaplicandooSESOem conjuntocomométododoselementosfinitos,usandoaformulac¸ão livredescritanoitem6baseadaem[20].Introduziu-seumalgo- ritmodediscretizac¸ãoautomáticaparamalhasnãoestruturadas baseadanatriangularizac¸ãodeDelaunayparaagilizaroprocesso epermitirgeometriamaiscomplexas,comoaformac¸ãodepoligo- naisfechadasnãoconvexasemultiplamenteconexas.Alémdisso, devido ànecessidade deresolver o sistema linear centenasde vezesnoprocessoiterativo,programou-seumconjuntodesub- -rotinasemlinguagemFortranotimizadaspararesolversistemas linearesesparsosesimétricos,indicadoporDuffeReid[21].Adici- onalmente,conjugou-seametodologiadecálculodopesopróprio gerandoautomaticamenteumaforc¸aconcentradaequivalentepara cadanódoelemento,jácomputandoseuvolumeepesoespecí- fico.Assim,apresentam-seresultadosnuméricosparaaavaliac¸ão ecomparac¸ãodasconfigurac¸õesobtidaspelosmodelosclássicos debielasetirantes.Osparâmetrosdeotimizac¸ãoRReRE,quando nãocitados,sãoiguaisa1%,eafunc¸ãoreguladoraédefinidacomo ()=10−4.
7.1. Exemplo1
Umadasquestõesmaisintrigantesnanaturezaouemestru- turasnaturaisé:«Porqueelassãodojeitoquesão?».Pararevelar arespostadestapergunta,atécnicadeotimizac¸ãopodeserapli- cadaaoprojetodeumafruta.Especificamente,aintenc¸ãoéverificar seoalgoritmoSESOpoderiaproduziramesmaformacriadapela naturezadeumamac¸ã,verificandoassimseseuformatofoideter- minadoporumaperspectivagenéticaouestrutural.
Ageometriaeascondic¸õesdecontornosãoindicadasnafigura5, aespessuraconsideradaparachapafoide0,44mm.Omódulode YoungéE=70×103MPaecoeficientedePoissoné=0,3.Utilizou- -seumarazãoderejeic¸ãoiguala0%,umarazãoevolucionáriade 0,5%,eovolumefinalobtido,comocontrolepeloIP,foraiguala 78%dovolumeinicialeovolumeretiradoporiterac¸ãoiguala5%.
Umamalharefinadade(44x44)totalizando3.828elementos finitostriangularesfoiutilizadanoprocessoevolucionário.Aestru- turaestásuspensaporumtaloemcujosnósextremospermite-se deslocamentohorizontaleonócentralestáfixo.Afigura6ilustraa topologiaótimaobtidacomapresenteformulac¸ão,destacando-se
11 mm
44 mm
44 mm
y
x 20 mm 2 mm
22 mm
0,044 mm
Figura5.Domíniodeprojeto.
Figura6.Formasemelhanteàdeumamac¸ã–topologiaótima.
emazulastensõespositivascomodevidasàtrac¸ãoqueseupeso própriosobreaestrutura.
Esteexemplofoi proposto porQuerin [18] eXieet al. [22], usandoESO.Suaformaótimaestáilustradanafigura7.Adiferenc¸a básicaentreasformulac¸õesutilizadasporestesautoresparaotimi- zaraformadestaestruturaestánocritérioderejeic¸ão,oprimeiro usatensãodeVonMiseseosegundousaatensãoprincipaloua somadastensõesprincipaiscomocritério,obtendoaformacoma uniformidadedastensõesnasuperfíciedaestrutura.
Oresultadoobtidocomapresenteformulac¸ãomostraqueaac¸ão dopesoprópriotracionaaestruturafazendocomoselementospró- ximosaoseucentrodegravidadesejammaistensionadosqueos elementosmaispróximosaocontornodaestrutura.Nota-seque ocomportamentoestruturaléassimétrico,devidoadiscretizac¸ão realizada de forma automática por um algoritmo baseado na triangularizac¸ãodeDelaunay,quelevouapequenasassimetrias, masquenão foram significativaspara a configurac¸ãoótimado problema.Nainterfaceentreoscomprimidosetracionados,res- pectivamente,vermelhoeazulédentadaedescontínuaemalguns pontos,característicasdaheurísticaderemoc¸ãodoselementosda malhanoprocedimentodeotimizac¸ãotopológicaviaSESO.
7.2. Exemplo2
Esteexemplotratadeumavigabaixabiapoiadailustradana figura8a.Osdadosutilizadossãoespessurade0,50m,módulode YoungE=20820MPaecoeficientedePoisson=0,3.Aplica-sea
Figura7.Topologiasemelhanteaumamac¸ã–propostadeQuerin[18].
0,8m
4m
a
b
c
Figura8.a)Vigaparedebaixa–domíniodeprojeto;b)Topologiaótimanãoconsi- derandoopesopróprio;c)Topologiaótimaconsiderandoopesopróprio.
técnicaSESOeocritériodeparadaérealizadoemtermosdoIPda estruturaouquandoovolumedesejadoéalcanc¸ado.Consideraram- se2tiposdecarregamento,oseupesopróprioeoutrode200kN uniformementedistribuídosem0,5m,atuandosimetricamenteno topodaviga,comoesquematicamenteindicadonafigura8a.Nessa vigabaixautilizou-seumarazãoderejeic¸ãoiguala1%,umarazão evolucionáriade2%.Ovolumedesejadofoideigual40%dovolume inicialeovolumeretiradoporiterac¸ãoiguala1,75%.Duranteo procedimentoevolucionárioodomíniofixoestendidofoidefinido porumamalharefinadade(160x60)totalizando19.200elementos finitostriangulares.
Asconfigurac¸õesótimasobtidasnesteproblemaforamsimula- dascomas2cargassimultaneamenteaplicadasduranteoprocesso deotimizac¸ão.Assim,oalgoritmoécapazdesimularmelhoropro- blemafísicoreal.Asfiguras8becmostramainfluênciadopeso próprioparaomodelodebielasetirantes,nesteproblemaviga baixa.
Porsetratardeumproblemadeotimizac¸ãonãoconvexo,istoé, comváriosmínimoslocais,optou-seporumaconfigurac¸ãoótima deprojetocomvolumede 46,1%,queéumótimocomumàs2 func¸õesobjetivodoproblema,destacando-sequeoprocessoótimo comopesoprópriochegouaumvolumefinaldesejadode33,4%.
O esquema indicado pela figura 9 mostra os elementos do modelobiela-tiranteelaboradossegundoastopologiasótimasde
T4
C1 C3
T1
T2 T3
C5 T5
C2
Figura9. Propostademodelodebiela-tiranteviaOT(seminfluênciadopesopró- prio).
maneira direta. Observa-se que na proposta esquematizada as semirretasemvermelhoeazulindicam,respectivamente,osmem- broscomprimidos,bielas,eostracionados,tirantes.
Como o peso próprio é pequeno quando comparado com acargatotaldistribuída,istoé,oseupesopróprioequivalea5%da cargatotaldistribuída,então,apropostaparaomodelodebielae tirantescomaac¸ãodopesopróprionãotemdiferenc¸asperceptíveis domodeloindicadonafigura9.
Considerandoateoriadetrelic¸aclássicaaplicadaaoconcreto, o modelo demonstra-seconsistente, com oarco superior com- primido(C1,C2eC5)ebielasinclinadas(C3eC4)compondoa trelic¸acomostirantes(T1eT3)inclinadosnaordemde30graus comahorizontaleobanzoinferiortracionado(T2).Estestiran- teseramrepresentadosporarmaduraslongitudinaisdenominadas
«cavaletes»mas,hojeemdia,elessãorepresentadospeloconjunto dearmaduraslongitudinaiseestribosverticais.
Indicando-seosmembrosondeosfluxosdetensõessedesta- cam,podem-secalcularosesforc¸osresultantesemcadaumpor meiodastensõesmédiascalculadasnoprocesso.Aforc¸aresultante emcadamembroéobtidapelamultiplicac¸ãodatensãomédiapela respectivaáreatransversal decada membro.Jáa áreadasec¸ão domembroéobtidapeloprodutodaespessuradaviga(dadodo problema)coma larguramédiadaregiãodofluxo,medidasna direc¸ãotransversalàdirec¸ãodastensõesprincipaisecalculadas automaticamentepeloprogramacomputacional.
Calculam-seassimasáreasdasarmadurasnecessáriasnaregião detirantes(tabela1).
Natabela2apresentam-seastensõesatuantesnoconcretodos membrosdebielas. Nota-seumacréscimomais significativode esforc¸osnoarcocomprimido(banzosuperior)de10-20%,porém semalterac¸õesimportantesnostirantes.
Afigura10mostraoprocessoevolucionárioedesempenhoda estruturaduranteesteprocesso.Destaca-sequeoIPmáximoobtido comaconsiderac¸ãodopesopróprioéde1,81esemopesopróprio
Tabela1
Dimensionamentodasarmadurasdostirantes
Semconsiderac¸ãodopesopróprio Comconsiderac¸ãodopesopróprio Tirante Forc¸a(kN) AS,rec(cm2) Tirante Forc¸a(kN) AS,rec(cm2)
T1 28,18 0,645 T1 28,47 0,655
T2 58,52 1,346 T2 57,26 1,317
T3 26,78 0,616 T3 29,57 0,650
Tabela2
Comparac¸ãodastensõesatuantesnasbielas
Semconsiderac¸ãodopesopróprio Comconsiderac¸ãodopesopróprio
Biela Forc¸a(kN) Biela Forc¸a(kN)
C1 231,01 C1 252,9
C2 231,01 C2 252,9
C3 25,55 C3 15,1
C4 25,55 C4 15,1
C5 231,42 C5 285,5
1,9 1,8 1,7 1,6 1,5 1,4 1,3 1,2 1,1 1,0 0,9 0,8
0 20 40 60 80
Número de iterações
índice de performance
100 120 140 160 180 200 Sem peso próprio
Considerando o peso próprio
Figura10.IPpornúmerodeiterac¸ões.
éde1,70.Mostrandoqueoaumentodastensõesmédiasnoscen- troidesdoselementosfinitosproporcionaumaumentononúmero deelementosretiradosdaestruturadeterminandoummenorcusto computacional.
Noprocedimentoevolucionárioconsiderandoopesopróprioé relevantedestacarque,mesmosendoa suaordemdegrandeza menorqueocarregamentoaplicadoàviga,asconfigurac¸õesdos esforc¸osnoselementosdo modelonão sofreramalterac¸õessig- nificativas,noentanto,asuaconsiderac¸ãoproporcionarammaior estabilidadeerapidezaoprocessoevolucionário.
Oprocedimentodeotimizac¸ãoconsiderandoopesopróprioteve ocritérioporvolumedesejadoenquantooIPfoiocritériodeparada paraavigasemconsiderac¸ãodomesmo.Destaca-sequeovolume desejadonoprocesso evolucionáriopara ambososcasosfoide 46,6%.
7.3. Exemplo3
Esteexemplofoiapresentadopor[13]queéumavigabiapoiada comumaabertura,ondeageometriaeacargadecálculo(Fd)são apresentadasnafigura11,aqualéusadacomodomínioestendido paraoprocessodeotimizac¸ão.Osparâmetrosdosmateriaisutili- zadossãoomódulodeYoungE=20820MPa,coeficientedePoisson v=0,15eespessuraiguala0,4m.
Asresistênciasdecálculo doac¸oedo concretosãotomadas comvalores,respectivamente,defyd=434MPaefcd=25MPa.Essa estruturapossuiuma região«D» emvirtudedadescontinuidade geométricadevidoàpresenc¸adeumaaberturaimpostaporpro- jeto.Nessecaso,essaregiãodeveseravaliadausandoummodelo debielasetirantes.
P = 3MN
2700 2300 7000 500
27001500
4700 500
1500 500
Figura11.Domínioestendidodoprojeto(mm),[11].
a b
c d
e
Figura12.Topologiaótimaobtida:a)sempesopróprio,b)pesopróprioaplicadonotopo,c)pesopróprioaplicadoemtodocorpodaviga(presentemodelo),d)[11],e)[13].
Paraamodelagemcomapresenteformulac¸ão,utilizou-seuma malhade elementosfinitos com13.200 elementostriangulares (150x47)enafigura12sãomostradososprojetosótimosobti- dospelapresenteformulac¸ãoSESOecomparadoscomosdescritos nostrabalhosde[11]e[13].Atopologiaótimadoprojeto,indicada nafigura12a,nãoconsideraopesoprópriodaestrutura.
Asfiguras12becmostramasconfigurac¸õesótimasconside- randoopesoprópriodaestruturaem2casosdiferentes:oprimeiro consideraumaFR=3,33MNqueéobtidaporFR=Fd+PPaplicadano topodaviga,comoumaforc¸aconcentrada,naposic¸ãoindicadana figura11,eosegundo,queconsideraopesoprópriodistribuído automaticamenteparatodososelementosdaestruturaaplicados conjuntamentecomaforc¸aconcentradaFd.
Neste problema de viga-parede alta os parâmetros de otimizac¸ãopermaneceramosmesmosparaos3casosavaliadose aconfigurac¸ãoótimaobtidacomvolumeiguala45,6%semopeso próprioe,quandoseconsiderapesopróprionotopoedistribuído novolumedaviga,iguaisa35,1e29,9%,respectivamente.Nestas figurasasregiõesemvermelhoindicamasregiõescomprimidas, bielaseastracionadas,tirantes,emazul.Observa-seque,mesmoo pesoprópriosendoinsignificanteemrelac¸ãoaocarregamentoapli- cadoàviga,háumamelhordefinic¸ãodoselementoscomponentes domodeloesuaconfigurac¸ão.
Ográficodafigura13mostraastensõesdeVonMisesmáxima emcadaiterac¸ãoparaos3casosestudadosnesteartigo.Asten- sõesmédiasquandoseconsideraopesoprópriodistribuídonaviga foramatenuadasrepresentandomelhoromodelorealdestepro- blemaumavezqueafunc¸ãoobjetivoficamaisbemrepresentada nestecaso.
1800 1600 1400 1200 1000 800
000
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Número de iteraçóes
TVM Máxima
SEM peso próprio
Peso próprio dis trib uido na viga Peso próprio no topo da viga
Figura13.TensãodeVonMisespornúmerodeiterac¸õesparaopresenteprocedi- mentodeotimizac¸ão.
OIPatingeummáximomaisrapidamentequandoseconsidera opesopróprioporque éinversamente proporcionalao número deelementosquepermanecemnaestrutura.Assim,quantomais elementossãoretiradosdaestruturapelocritériodeotimalidade impostonoprocessodeotimizac¸ãomaiorseráoIP.
Schlaichetal.[6]apresentamumapropostadereforc¸oparaessa estrutura,denominadade«DeepBeamwithalargehole»,obtida comoemprego deum modelo debielas etirantes advindoda combinac¸ãodo métododoselementosfinitos comumprocedi- mentodeseobterosfluxosdeforc¸as,usandoométododenominado de«loadpath».Deformaquenafigura17éapresentadaadisposic¸ão dasarmaduraspropostaspelosautoresparareforc¸odavigacom cavidade,entretantoelesnãoconsideramoseupesopróprio.
Comaindicac¸ãodatopologiaobtidapelapresenteformulac¸ão épossível definir uma proposta de modelo de biela-tirante de maneiradiretaeavaliarainfluênciadeseupesopróprio.Observe- -seapropostaesquematizadanafigura14ondeassemirretasem vermelhoeazulindicam,respectivamente,osmembroscompri- midos,bielas,eostracionados,tirantes.Indicando-seosmembros ondeosfluxosdetensõessedestacam,obtendoassimosvaloresdas tensõesmédiasdecadamembroecomsuarespectivaárea,dada peloprodutodaespessuradavigacomalarguramédiadaregião dofluxo.
Destemodosecalculamasáreasdasarmadurasnecessáriasna regiãodetiranteseverifica-searesistênciadoconcretoemcada biela.
Natabela3sãoapresentadososvaloresdasforc¸asmédiasobti- dasnostirantes.OstirantesT2eT4estãoinclinadosa15e45graus, respectivamente,dahorizontal.
C5
C8 C6
T4
C3
45 T3
C2
T1 T2
15 70*
Figura14.Propostademodelodebiela-tiranteviaOT.
Tabela3
Dimensionamentodasarmadurasdostirantessemconsiderac¸ãodopesopróprio
Tirante Forc¸a(MN) AS,rec(cm2) Forc¸anaarmadura(MN) Armaduraproposta Númerodebarras
T1 1,50 1,50 A=34,60 2×5∅20
T2 51,53 0,966T2 Ac=49,75 2×7∅20
T4 0,01 A 2×2∅20
T4 2,20 50,70 0,707T4 Ac=35,85 2×5∅20
0,707T4 Ad=35,85 2×5∅20
C5
C6
C7
T2 T1 T3
T4
C2 C3
C8 45
T5
Figura15.Representac¸ãoesquemáticadaarmaduraedomodelodebiela-tirante advindodaOT.
As4 (2 x 2 Ø 20)
As3 (2 x 8 Ø 20) As3 (2 x 8 Ø 20)
(2 x 7 Ø 20) (2 x 5 Ø 20) As2 As1
Figura16.Propostadedisposic¸ãodearmaduraspelopresentemodelo.
OtiranteT2érepresentadopelaparceladeforc¸adecomposta paraasbarraslongitudinais,obtendo-seassimaáreanecessáriade armaduraAs2.
OtiranteT4temsuarepresentac¸ãonamalhaortogonal,As3,que cobreotrechojuntoàbordadacavidadeeosencontrosdebielas C3eC8naextremidadeesquerda,enaarmaduracomplementar As4,a45graus,cobrindoosencontrosdebielasC2,C5eC8.
Conformeosprocedimentosdecálculoadmitidosparaasarma- durasrepresentativasdostirantes(tabela3efig.15)apresenta-seo detalhamentodestasarmadurasnafigura16,ondenota-seaexten- sãodasarmadurasAs3procurandoabrangeráreasdeencontrosde bielassobreaabertura.
Natabela4apresenta-seaverificac¸ãodastensõesatuantesno concretodosmembrosdebielasondenota-seanãoobservância doestadoúltimodecompressãodoconcretonasbielasC3eC8 (tabelas5e6.).
Aproposta para omodelo debielas etirantes considerando o peso próprio (de pequena grandeza) da estrutura apresenta configurac¸ãosemelhanteaquenãoseconsideraopesopróprio.
Noscálculosparaodimensionamentodasarmaduras,nãohouve
Tabela4
Verificac¸ãodastensõesatuantesnasbielas
Biela Forc¸a(MN) (MPa) 0,8fcd=20(MPa)
C3 3,3 –28 Reforc¸o
C5 –1,4 –20 Ok
C6 –1,7 –18,5 Ok
C7 –5,5 –18,5 Ok
C5 –2,6 –22 Reforc¸o
Tabela5
Dimensionamentodasarmadurasdostirantes,considerandoopesoprópriodistri- buídoelementoaelementonaviga
Tirante Forc¸a(MN) AS,rec(cm2)
T1 1,889 80,3943
T2 1,904 59,0522
T4 1,980 61,3555
Tabela6
Verificac¸ãodastensõesatuantesnasbielas,considerandoopesoprópriodistribuído elementoaelementonaviga
Biela Forc¸a(MN) AS,rec(cm2)
C1 –2,640 26,6640
C –1,190 95,9525
C –1,394 82,6417
C –4,485 397,5992
C –2,080
2 x 6ø12 2 x 7ø16
2 x 7ø16
2 x 6ø12
2 x 2 ø 20 2 x 2 ø 20
Figura17.Propostadedisposic¸ãodearmadurasdeparaavigacomabertura[6].
resultados diferentesdas forc¸as resultantesobtidasdas tensões médiasdoselementostracionados.
8. Conclusão
O objetivodo artigo éa verificac¸ãode um sistemarobusto, confiáveleautomatizadoparaaobtenc¸ãodemodelosdebielase tirantesconsiderandoainfluênciadopesoprópriodaestrutura.
Assim,empregou-seumprocedimentodeotimizac¸ãotopoló- gica denominadoSESO para este fim. Ele, emsíntese, emprega
ométododos elementosfinitospara efetuara presenteanálise elástica,demodoasedefinirumdomínioinicialestendidoe,ite- rativamente,ométodobuscaumaconfigurac¸ãotopológicaótima emque,naturalmente,ficamdefinidososmembroscomponentes domodelo,bielasetirantes.Dessaforma,osesforc¸osnosmem- brospodemseravaliadosparapossibilitarodimensionamentoe osreforc¸osestruturaisnecessáriosparacadatrecho.
Os3exemplosapresentadosdemonstraramboaacuráciacom asteoriasclássicaseosvaloresdescritosporoutrosautores.Foram propostastambémaquantificac¸ãoeadisposic¸ãodearmaduraspara umexemploclássicodescritonaliteraturainternacionalsobreo assuntoeummodelodebielasetirantesparaumavigaparede baixacomvárioscasosdecarregamento.
Constatou-sequepesoprópriodaestruturainfluenciapositi- vamenteoprocessoevolucionárioeaconfigurac¸ãoótimaobtida, mesmocomvaloresdepequenaordemdegrandezacomparados aoscarregamentosaplicadosaoselementosestruturais.Istosedeve aofatodequeoelementoestruturalpassaaterumadistribuic¸ão dopesopróprioemcada céluladeseuvolumeproporcionando umaalterac¸ãonastensõesinternas enoprocesso suavizadode eliminac¸ãoque,noentanto,proporcionamaiorestabilidadeerapi- dezaoprocessoevolucionário.
Agradecimentos
OsautoresagradecemaoDepartamentodeEngenhariadeEstru- turaseGeotécnicadaEscolaPolitécnicadaUniversidadedeSão Paulo(EPUSP),àUniversidadeFederaldeOuroPreto(UFOP)eàUni- versidadeEstadualPaulista(UNESP)pelosuportefinanceirodesta pesquisa.
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